ATIVIDADE DISFONIA E REFLUXO/ DISFONIA E CCP Nome: Franciane Lima Vieira Data: 17/12/2021 Instrução: Na tabela abaixo insira as informações mais relevantes sobre os 4 artigos. Artigo 1: Refluxo laringofaríngeo: estudo prospectivo correlacionando achados à videolaringoscopia e endoscopia digestiva alta (Disfonia X Refluxo). A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é uma alteração de consequência da volta do conteúdo do trato gástrico e algumas vezes gastroduodenal para o esôfago. O artigo traz os principais sintomas que são: pirose (queimação), regurgitação e dor subesternal. Alguns estudos recentes já comprovaram que DRGE tem duas diferentes manifestações: esofagite (DRGE) e extraesofágica de sintomas altos, broncoespasmo, asma, entre outros (RLF - Refluxo Laringofaríngeo). Na região laringofaríngea, essa doença atinge o epitélio apresentando características próprias nessa alteração. 80% das queixas que trazem incômodo de garganta, tem refluxo associado. Quando a videolaringoscopia é feita, pode-se encontrar edema e hiperemia da laringe, hiperemia e hiperplasia linfóide na parede posterior da faringe, alterações interaritenoideas, úlceras de contato, granuloma laríngeo, pólipos, edema de Reinke, estenose subglótica e laringite hipertrófica. Os sintomas referidos são: disfonia, tosse, sensação de globus faríngeo, pigarro, hipersalivação, odinofagia, disfagia alta, queimação na garganta e garganta seca. O tratamento dessa doença é eliminar os fatores que causam esses problemas ao paciente, orientando-o a mudar seus hábitos alimentares e hábitos de vida. Além disso, na maioria dos casos, é indicado tratamento medicamentoso durante um tempo recomendado. O objetivo principal deste artigo é estudar sobre as alterações de mucosas, tanto esofágica, quanto gástrica e laríngea dos pacientes selecionados com RLF. Foram selecionados 58 pacientes adultos, entre 21 e 78 anos de idade, e os critérios de seleção foram pacientes que apresentaram queixas de tempo superior a 3 meses e com sintomas que sugerem RLF. A partir disso, os pacientes foram tratados com orientações sobre postura e alimentação, com medicamento omeprazol 40 mg/dia pela manhã, em jejum, e antes do jantar durante 8 semanas. Após esse período, a recuperação foi evidente com melhora dos sintomas e os achados laringoscópicos. Nos resultados, a endoscopia digestiva mostrou que 58 pacientes avaliados (total), 7 apresentaram exame normal em seus resultados; 19 apresentaram gastrite leve e 28 gastrite acentuada. Na avaliação videolaringoscópica os achados foram: 49 pacientes com edema e hiperemia de laringe posterior e/ou alterações das pregas vocais e em 9 pacientes não entraram alterações. O tratamento clínico, em média, durou 3 meses, sendo que 52 dos 58 pacientes avaliados tiveram remissão completa dos sintomas e 6 não apresentaram remissão dos sintomas mesmo com tratamento superior a 4 meses. Porém, até o momento da realização deste estudo, não houve recidiva e continuaram com restrição dietética e cuidados com hábitos e vícios que provocam o refluxo. Entre as alterações de laringe e esôfago, as alterações no RLF não atingiram preferencialmente as mucosas laríngea, faríngea e cavidade oral como sugere Eckley et al. O artigo supõe que DRGE pode causar manifestações atípicas e comprometimento típico de acometimento em nível esofágico e/ou gastroduodenal, sendo esses assintomáticos frequentemente. Dano esofágico, foi presente em apenas 3 dos pacientes, que confirma os dados da literatura sobre a mucosa respiratória ser menos afeita às agressões do estômago. Além disso, no RLF a motilidade esofágica é normal ou próxima disso. Contrariamente, na esofagite a motilidade do esôfago é comprometida. Para concluir, as alterações de esôfago e laringe sugeriram que a mucosa laríngea é mais acometida do que a mucosa esofágica. Artigo 2: Desvantagem vocal e estratégias de enfrentamento nas disfonias após laringectomias A laringectomia parcial supracricoide (LPSC), é apontada como mais vantajosa do que a laringectomia total (LT), diferenciando das duas, a conservação do órgão. Sobre taxas de sobrevivência, ambas são semelhantes. Após cirurgia, a LPSC apresenta qualidade vocal roucosoprosa com inteligibilidade conservada, possibilitando comunicação efetiva ao paciente e baixo impacto nas atividades sociais, e consequentemente, melhor qualidade de vida. A LT é um dos principais procedimentos dentro do tratamento do câncer de laringe e dá ao paciente a necessidade de aprender uma nova forma de se comunicar verbalmente e aprender a lidar com as mudanças na respiração e deglutição, na qual interfere na sua vida. Sobre a avaliação, pode envolver quatro domínios principais: funcionamento físico, psicológico, interação social e sintomas relacionados ao tratamento da doença, portanto a maneira que o paciente lida com a doença influencia de forma significativa o tratamento e os resultados. Por causa disso, há a necessidade de enfrentamento (são resultados de esforços cognitivos e comportamentais utilizados para gerenciar as demandas internas e externas diante de circunstâncias estressantes e as emoções que elas geram). O objetivo do estudo foi avaliar e comparar desvantagem vocal e estratégias de enfrentamento da disfonia em dois grupos de pacientes de LPSC e LT. Avaliaram 17 pessoas divididas em 2 grupos: LPSC (8) e LT (9). Cinco sujeitos usavam prótese traqueoesofágica, dois com voz esofágica e dois com eletrolaringe. Todos os pacientes realizaram radioterapia depois da cirurgia. Foi respondido as questões do IDV-10 e PEED-27, sendo o primeiro para que se entendam os impactos que a disfonia causa na vida do indivíduo e o segundo, é uma autoavaliação, com finalidade de avaliar a maneira pela qual pessoas com alteração vocal enfrentam seu problema de voz. Os resultados mostraram que o grupo LPSC mostrou predomínio de voz “boa” e o grupo LT mostrou predomínio também de voz boa. No artigo, chamou atenção a tendência de ambos os grupos terem feito autoavaliações positivas, considerando-se a extensão da laringectomia parcial supracricoide, ou a retirada total do órgão, que gerou voz alaríngea. Pode-se levar em consideração fatores que influenciaram no autoconceito, como as cirurgias de LPSC e LT que alteraram gravemente a estrutura laríngea ou remoção da mesma. Isso levou ao comprometimento da QV intensamente ou levou os pacientes buscarem fonação substitutiva, como voz esofágica, prótese traqueoesofágica, entre outros. Outro fator contribuinte, é que os pacientes do estudo passaram por terapia fonoaudiológica, facilitando a adaptação da nova voz e comunicação funcional. Portanto, pode-se dizer que os sujeitos dos dois grupos utilizavam o dobro de estratégias com foco na emoção, quando comparadas àquelas com foco no problema. Diante disso, o grupo de LPSC e LT não evidenciaram diferenças nos aspectos de autoavaliação da voz e desvantagem vocal. Artigo 3: Perfil de participação em atividades vocais e estratégias de enfrentamento da disfonia em pacientes com câncer de laringe tratados com radioterapia. O câncer de laringe, tratado com radioterapia, visa exterminar o tumor, reduzi-lo em parte ou diminuir a dor local para preservar as funções da respiração, deglutição e comunicação oral. Porém, por consequência, este tratamento gera efeitos adversos com diferentes graus como: fibrose, edema crônico, estenose de laringe, xerostomia, odinofagia, mucosite, dermatite, osteorradionecrose, trismo, cárie e perda do paladar, nos quais trazem impactos na qualidade de vida do paciente oncológico. Por isso, é importante os protocolos de qualidade de vida que observam a autopercepção quanto ao impacto da alteração vocal na vida do paciente e a análise das informações que trazem os impactos da dificuldade na produção vocal. Neste artigo, foi abordado o protocolo PPAV e o PEED-27, com o objetivo de traçar o perfil de participação em atividades vocais e verificar as estratégias de enfrentamento da disfonia dos pacientes irradiados por câncer de laringe. É importante