Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Etapas dos exames laboratoriais UC: Análises Metabólicas e perfusionais Prof. Cris9na Lorena Massoca;o Fases do exames laboratoriais Todo exame laboratorial conta com três fases Etapas dos exames laboratoriais 1. PRÉ-ANALÍTICA Envolve desde o pedido médico até o momento da análise. 2. ANALÍTICA Envolve a mensuração do analito de interesse 3. PÓS- ANALÍTICA Avaliação dos resultados; Elaboração do laudo; Entrega do laudo ao paciente A fase pré-analí)ca inicia com a solicitação do exame e envolve a obtenção da amostra, que depende da orientação e preparo do paciente, da iden8ficação da amostra, da coleta feita corretamente, do acondicionamento adequado e do transporte. • Envolve diferentes processos, alguns de di=cil controle, como o preparo do paciente. • Deve-se cuidar de garan8r a amostra biológica nas melhores condições para análise. Fase pré-analí8ca •Quando se dá a mensuração do analito solicitado. • É a fase em que há maiores possibilidade de aplicação de métodos de controle. • Com o avanço da tecnologia, do controle da qualidade das análises, da informa6zação, e da automação dos processos, os erros laboratoriais da fase analí6ca, isto é, àquela que se refere a etapa de execução do exame propriamente dita, foram bastante mi6gados. Fase analí=ca Fase que se inicia após a obtenção de resultados válidos das análises e finda com a emissão do laudo, para a interpretação pelo solicitante Fase pós-analí<ca O processamento de uma amostra biológica ob4da adequadamente, "espécime diagnós4co", em um ensaio laboratorial é composto por três fases: pré-analí4ca, analí4ca e pós-analí4ca. Cada etapa contempla a possibilidade de erros que afetam a qualidade e a confiabilidade do resultado. LIMA-OLIVEIRA, Gabriel de Souza; PICHETH, Geraldo; SUMITA, Nairo Massakazu and SCARTEZINI, Marileia. Controle da qualidade na coleta do espécime diagnósKco sanguíneo: iluminando uma fase escura de erros pré-analíKcos. J. Bras. Patol. Med. Lab. [online]. 2009, vol.45, n.6, pp.441-447. ISSN 1676-2444. h]p://dx.doi.org/10.1590/S1676-24442009000600002. •A prevenção de erros médicos representa um obje6vo primário dos sistemas de saúde. •Até 70% das decisões médicas se baseiam em resultados de laboratório. Como a influência das variáveis pré- analí7cas podem ser minimizadas: •Orientação adequada aos pacientes •Obtenção de informações acerca dos medicamentos em uso pelo paciente •Treinamento adequado e con7nuo dos profissionais que realizam a coleta de sg Identificação dos pacientes e orientações de coleta RESUMO Amostras biológicas Coleta Causas Pré-analí7cas de Variações dos Resultados de Exames Laboratoriais UC: Análises Metabólicas e perfusionais Prof. Cris9na Lorena Massoca;o Amostra do paciente – “espécime clínica” As amostras devem ser ob-das e conservadas com o maior cuidado possível Parte do material biológico de origem humana u-lizada para análises laboratoriais. EXATIDÃO NOS RESULTADOS DE ACORDO COM O EXAME SOLICITADO, A PARTIR DO SANGUE, SE PODE OBTER: Sangue total O sangue consiste em um suspensão de elementos figurados (eritrócitos, leucócitos e plaquetas) em um líquido complexo, chamado plasma. • O PLASMA É A PARTE LÍQUIDA DO SANGUE Cons%tuição do sangue TIPOS DE AMOSTRAS VERMELHO- Sem an&coagulante Obtenção de soro para bioquímica e sorologia. Ex: Ureia e Colesterol CINZA- Contém fluoreto de sódio = EDTA. Obtenção do plasma para determinação de glicemia ROXO- Com anPcoagulante EDTA Obtém-se assim o sangue total para hematologia. Ex: Eritrograma AMARELO – Sem anticoagulante e com gel Obtenção de soro para bioquímica e sorologia. Ex: Ureia e Colesterol à Parede dos tubos são reves.das com par2culas de sílica TIPOS DE AMOSTRAS Tubo contendo gel para dosagem em soro TIPOS DE AMOSTRAS AZUL - Contém Citrato de sódio Obtenção de plasma para provas de coagulação VERDE - Contém heparina Obtenção de plasma para provas de gasometria Mecanismo: inibe a trombina e o fator Xa BRANCO – sem adiLvo Transporte para amostras Ordem de coleta Existe uma possibilidade pequena de contaminação com adi4vos de um tubo para outro, durante a troca de tubos, no momento da coleta de sangue. Para obtermos uma amostra sanguínea com qualidade sa4sfatória existe uma sequência correta dos tubos de sangue no momento da coleta. Impedir contaminação cruzada por adi1vos nos tubos subsequentes quando há coleta de diversos analitos no mesmo indivíduo Ordem de coleta Interferências comuns da fase pré-analí6ca •Hemólise • Lipemia Interferências comuns da fase pré-analí6ca Hemólise: Refere-se à liberação dos componentes intracelulares de eritrócitos no liquido extracelular (plasma ou soro). ↑↓ [] dos analitos que se deseja quanAficar Esta é visível após a centrifugação da amostra, quando surge uma coloração vermelha no plasma ou no soro pela presença de hemoglobina Interferências comuns da fase pré-analí6ca Hemólise: Pode se originar principalmente de duas causas Hemólise in vivo (menos de 2%) Doença sanguíneas Hemólise in vitro Manuseio inadequado da amostra Podendo causar erros nos resultados laboratoriais A hemólise in vitro representa a causa mais frequente de erros na fase pré-analí=ca do laboratório. Interferências comuns da fase pré-analí6ca Hemólise: A interferência por hemólise representa uma das razões mais frequentes de rejeição, pois afeta a determinação de vários analitos; contudo, outros testes não sofrem interferência significa@va. *Avaliar o grau de hemólise Ex: Valores falsamente elevados de potássio, magnésio e fosfato. Baixos valores de glicose, sódio e cloreto são causados por efeitos de diluição Interferências comuns da fase pré- analí6ca Como evitar a hemólise: ► Quando coletar com seringa, re1re a agulha antes de transferir o material coletado, dispensando-o suavemente pelas paredes do tubo ► Após a coleta, sempre homogeneíze o tubo suavemente por inversão; ► Transporte os tubos sempre na posição ver1cal. Essa posição permite a completa formação do coágulo e reduz a agitação no interior do tubo durante o transporte; ► Proteja a amostra de sangue total da exposição a temperaturas muito elevadas ou baixas. Mantenha a temperatura entre 20° e 26°C.; ► Não interrompa bruscamente a centrifugação. Interferências comuns da fase pré-analí6ca Lipemia: A elevada concentração de lipídeos na amostra pode interferir na realização de exames Amostras coletadas no período pós-prandial ou em portadores de dislipidemias ↑ [ ] de lipídeos à turbidez da amostra à interferência na precisão de algumas metodologias (especialmente em leituras colorimétricas ou turbidimétricas) *Deve ser relatado no laudo Lipemia = aspecto turvo (leitoso) do soro ou plasma Variáveis intraindividuais e interindividuais A avaliação do significado clínico de resultados ob5dos nas análises depende da soma de muitas variáveis. Entre as mais relevantes temos: Variações intraindividuais Variações interindividuais Variações intraindividuais Referem-se a modificações no valor verdadeiro de um analito de um mesmo indivíduo em momentos diferentes. As mais importantes são: ü Dieta ü Variação cronobiológica ü Postura corporal ü A7vidade :sica ü Fármacos e drogas de abuso Dieta A dieta habitual, mesmo que se mantenha um períodos de jejum prévio à coleta de sangue, pode interferir na concentração de alguns componentes. Alimentos ricos em proteínas: Aumento de ureia, amônia e ácido úrico. Alimentos ricos em gordura: Aumento de colesterol e triglicerídeos . Cafeína: aumento de ácidos graxos livres. Álcool: aumento de triglicerídeos e γ-GT - 24-72h Variação cronobiológica Alterações cíclicas da concentração de alguns parâmentros biológicos em função do tempo à Variação circadiana (diária): Cor1sol: concentração maior das 6:00 às 8:00h ACTH (hormônio adrenocor1cotrófico): pico matu@no à Variação circatrigintano ( mensal): Hormônios femininos Postura corporal O volumesanguíneo de um adulto que se move rapidamente da posição supina para a posição ereta é de 600 a 700 mL menor - afluxo de água e subst. filtráveis do espaço intravascular para o inters7cial. A redução do volume promove o aumento: vProteínas plasmá?cas (enzimas, hormônios e compostos ligados a proteínas, como drogas, cálcio e bilirrubinas) vFerro, triglicerídeos e colesterol Os valores reais são restaurados quando o equilíbrio hídrico é restabelecido Posição supina Po siç ão e re ta Atividade física Logo após a a(vidade -sica à teores aumentados de ácido graxo livre Até 24 horas após à Aumenta a a(vidade das enzimas originárias do músculo AST (Aspartato aminotransferase), LDH (Lactato Desidrogenase) e CK (Crea4na quinase). Ácido úrico, potássio, fósforo, crea(nina e proteínas totais também se encontram aumentados. Prefere-se a coleta de amostras com o paciente em condições basais, mais facilmente reprodutíveis e padronizáveis. Fármacos e drogas de abuso Muitos medicamentos apresentam marcado efeito sobre os resultados das análises Vitamina C: mascara glicosúria AAS: interfere nos exames coagulação Variações interindividuais Referem-se às diferenças nos teores verdadeiros de um analito entre indivíduos. Causadas por: ü Idade ü Sexo Idade Vários cons)tuintes apresentam concentrações séricas dependentes da idade do indivíduo. Esta dependência é resultante de diversos fatores, como maturidade funcional dos órgãos e sistemas, conteúdo hídrico e massa corporal. Sexo Além das diferenças hormonais específicas e caracterís5cas de cada sexo, outros parâmetros são dis5ntos entre homens e mulheres em decorrência das diferenças metabólicas e massa muscular. Os intervalos de referência para esses parâmetros são específicos para cada sexo Acondicionamento das amostras após coleta üO armazenamento das amostras deve observar o tempo especificado em condições que garantam estabilidade das propriedades e repe8ção do exame. üEvitar congelamentos e descongelamentos consecu8vos. üA qualidade do espécime clínico é de suma importância para o sucesso da análise. Transporte das Amostras üRESOLUÇÃO RDC Nº 504, DE 27 DE MAIO DE 2021 üDispõe sobre as Boas Prá.cas para o transporte de material biológico humano. üA iden.ficação correta das amostras é fundamental; üOs recipientes devem estar bem fechados – sem vazamento de conteúdo. üTempo x temperatura
Compartilhar