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UNIDADE DE NEONATOLOGIA DO HOSPITAL MATERNO INFANTIL DE BRASÍLIA Hospital de Ensino/SES/DF SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NASCIDO DE RISCO Paulo R. Margotto 4ª EDIÇÃO - 2021 Paulo Roberto Margotto Médico, Doutor em Perinatologia pelo CLAP (Centro Latinoamericano de Perinatología y Desarrollo Humano) / OPS (Organização Panamericana de Saúde) /OMS (Organização Mundial de Saúde), Montevideo, Uruguai. Professor do Curso de Medicina da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/ Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, Coordenador do Internato-6ª Série (Eixo Saúde da Criança|) de 2011-2013. Professor de Neonatologia da Faculdade de Medicina da Universidade Católica de Brasília (2014-2018). Especialista em Neonatologia (TEM) pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Estágio de Aperfeiçoamento em ecografia cerebral e Doppler na Unité de Soins Intensifs de Port-Royal (Centre Hospitalier Universitaire Cochin St Vincent de Paul, Université René Descartes, Paris, France e na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Coordenador do Programa de Residência Médica em Neonatologia do Hospital Regional da Asa Sul/HRAS/ SES/DF (1990-2000). Chefe da Unidade Neonatologia da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (1987-1996;1999- 2002). Coordenador da Neonatologia da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (1999-2002). Diretor de Ensino Médico Continuado da Associação Médica de Brasília (1999-2001). Neonatologista do Hospital das Forças Armadas / EMFA (1981-2011).Ultrassonografista cerebral do Hospital Maternidade Brasília, UTI Neonatal do Hospital Santa Lúcia e Unidade de Neonatologia do HMIB/SES/DF (visitante). UNIDADE DE NEONATOLOGIA DO HOSPITAL MATERNO INFANTIL DE BRASÍLIA Hospital de Ensino/SES/DF SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NASCIDO DE RISCO Paulo R. Margotto 4ª EDIÇÃO - 2021 UNIDADE DE NEONATOLOGIA DO HOSPITAL MATERNO INFANTIL DE BRASÍLIA Hospital de Ensino/SES/DF SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL © 2021. Todos os direitos reservados. Paulo Roberto Margotto. É proibida a reprodução, total ou parcial, por qualquer meio ou processo. Vedado o armazenamento total ou parcial, bem como a inclusão de qualquer parte desta obra em qualquer sistema de processamento de dados. Aviolação de direitos autorais é crime. Como citar: Margotto PR. Assistência ao Recém-Nascido de Risco, HMIB/SES/DF, Brasília, 4ª Ed., 2021 Projeto Gráfico e Editoração Qualidade Gráfica e Editora | Wagner Castro Revisão de Texto Qualidade Gráfica e Editora | Amanda Vasconcelos Impressão Qualidade Gráfica e Editora Foto Capa Paula Cristina Margotto aos 6 meses FICHA CATALOGRÁFICA ___________________________________________________________________________ Margotto, Paulo Roberto. Assistência ao recém nascido de risco/ Paulo Margotto, - Brasília, 2021. 1. Recém-nascido - normas de assistência 2. Recém-nascido de risco - assistência I. Título ISBN: 85.8799-117-5 CDU ___________________________________________________________________________ Baixe a versão PDF desta publicação. Acesse: www.paulomargotto.com.br AGRADECIMENTOS À Carmen, esposa, amiga, conselheira, além de grande companheira em todos os momentos; sem seu apoio, sobretudo tolerância, compreensão e amor, a 4ª Edição dessa obra com certeza não seria hoje uma realidade. À minha filha Paula Cristina (na capa aos 6 meses), a nossa Flor do Cerrado que nos enche de orgulho e felicidade diuturnamente. Aos meus pais, Aurélio Margotto e Maria Guerra Margotto, de onde estiverem, a distância jamais será maior que a saudade de quem dedicou a vida na formação dos seus filhos médicos, José Antônio Margotto, Paulo R. Margotto, Luis Pedro Margotto (in memoriam) e Lucas Margotto. Aos colegas da Unidade de Neonatologia do Hospital Regional da Asa Sul/ Hospital Infantil de Brasília e aos Residentes da Neonatologia que ao longo de 40 e 30 anos, respectivamente, me tornaram esse neonatologista que sempre buscou incessantemente a divulgar o conhecimento e que constituem os pilares dessa 4ª Edição. – P R E FÁC I O – PREFÁCIO Procuramos “descobrir os erros e não a verdade” (Karl Popper), pois essa é mutável. Tão logo foi publicada a 3ª Edição do livro Assistência ao Recém-Nascido de Risco, em outubro de 2012, começamos a construir a 4ª Edição ao longo de seis anos (são 111 capítulos com 4096 referências!). O combustível que nos impulsionou veio das nossas Dis- cussões Clínicas diárias na Unidade, Apresentações de artigos científicos pelos Residentes e Internos da Faculdade de Medicina da Universidade Católica de Brasília, Conferências de Congressos e Simpósios, Casos Clínicos e Casos Anátomo-Clínicos e Sessões de Anatomia Clínica. Essa nova Edição registra os Avanços da Neonatologia in- corporados nos 111 capítulos, como a Hipotermia Terapêutica, o único neuroprotetor aprovado pela Academia Americana de Pediatria, Uso do bilirrubinômetro tanto no recém-nascido a termo como pré-termo, Ventilação de alta frequência e Venti- lação dirigida a volume, Uso do surfactante de forma menos invasiva, conhecida entre nós como Mini Insure, o melhor enten- dimento da microbiota intestinal na prevenção da enterocolite necrosante, a sensibilização na necessidade de melhor controle na administração de oxigênio com alvos definidos (Projeto COALA-Controlando Ativamente Alvos de Oxigênio), idealizado pelo Dr. Guilherme Sant´Anna, Canadá), A definição do Limite de Periviabilidade na Unidade Neonatal do HMIB, a Priorização do uso de CPAP precoce, uma das tecnologias que mais influenciou nos índices de morbimortalidade nos pré-termo, Insuficiência Intestinal e Refluxo Gastroesofágico. Novos capítulos fazem parte dessa Edição, como Um olhar para o Recém-Nascido, sua Família e a Equipe de Saúde, a Relação entre Pais e Bebês Críticos na UTI Neonatal, Uso de Diuréticos na UTI Neonatal, Ecocardiografia Funcional, Hipertensão Arterial, Medicações Endovenosas em Uso na Neonatologia, Síndrome de Abstinência, Cuidado Paliativo: um desafio na abordagem do paciente neonatal, Colostroterapia, Imunodeficiência Primária no Neonato e entre os capítulos de Urgências Cirúrgicas, Extrofia Vesical, Epispádia e Extrofia de Cloaca, Atresia das Vias Biliares, Dilatação das Vias Biliares e Priapismo Neonatal. Agradecemos a todos os colegas participantes que suporta- ram os inúmeros e-mails e de forma especial às Dra. Sandra Lins, Marta David Rocha de Moura (Chefes da Unidade Neonatal do HMIB) e Edelaide Rachel Pilau Frazão (Presidente do Hospital de Ensino do HMIB), Marta Vieira (SubSecretária de Saúde do DF), Virgínia Lira e Fabiana Márcia Alcântara de Moraes (Coordena- ção da Neonatologia do DF) e Nelma Regia da Cunha Louzeiro (Acessora de Relações Institucionais/IGES) pelo intenso apoio e envolvimento, sempre acreditando na importância desse traba- lho para uma melhor Medicina Neonatal no DF. Ao longo desses 40 anos sempre acreditamos que as Uni- dades devem ter suas Normas implantadas após discussão com a Equipe, sobretudo em ambiente onde há Programa de Resi- dência Médica para evitar um brain storm de condutas, no qual o grande prejudicado será inevitavelmente o paciente associado à impossibilidade da avaliação do que fazemos (é como singrás- semos em mar aberto sem rumo!). Todos devem participar na elaboração das Normas, discutindo em conjunto (ninguém é melhor sozinho), buscando a melhor evidência, revisando os resultados e propondo novos caminhos com base na evidência e agora com a experiência (os resultados). Isso nos torna verdadei- ros artesões na Medicina Neonatal! Com esse livro na nossa Unidade, procuramos “descobrir os erros e não a verdade” (Karl Popper), pois essa é mutável e à luz das evidências, corrigí-los diuturnamente para uma melhor assistência a esses indefesos que desabrocham para a vida pelas nossas mãos.Nesses 40 anos, com certeza foram várias as razões que nos impulsionaram cada vez mais para gente na conquista do ideal de ser sempre útil, uma doação constante, na esperança de uma vida sadia que começa através de nós Momento mágico que não pode admitir erros, pelo risco de uma cicatriz perene! É certamente emocionante fazer parte desta peça há tanto anos! Encerro o que diz o Professor e Escritor Daniel Pennac (Fran- ça): existem três tipos de pessoas a) os guardiões do templo que veem o saber como propriedade privada e tentam monopoli- zá-la, porque outros não são dignos deles b) os que não ligam para nada, ou seja, preferem se manter alienados e indiferentes e agora, c) os passeurs, pessoas que levam em consideração a sua cultura, sabendo que ela não lhe pertence e pode fazer a felicidade dos outros. Ser passeurs é isso: tudo que vocês sabem não pertence a vocês, não é sua propriedade. O conhecimento não faz mais do que passar através de você. É certamente emocionante fazer parte desta peça há tanto anos! Paulo R. Margotto, 22 de agosto de 2020 – P R E FÁC I O – É com grande satisfação que apresento aos colegas a quarta edição do livro Assistência ao Recém-nascido de Risco, um proje- to coordenado pelo eminente colega Prof Dr Paulo Margotto em conjunto com seu grupo da UNIDADE DE NEONATOLOGIA DO HOSPITAL MATERNO INFANTIL DE BRASÍLIA. A sobrevida de nos- sos neonatos de alto risco, tem crescido ano a ano, resultado da melhora da qualidade assistencial nas UTIs Neonatais do mundo todo, incluindo o nosso país. Esse livro, traz atualizações que contribuirão sobremaneira na qualificação profissional de quem atende o neonato, a leitura é agradável, com fluidez e os capítulos estão didaticamente dis- tribuídos com a finalidade de facilitar a busca por tópicos. Na sobrecarga dos plantões, para uma consulta atenta e comple- mentar é de importância essa praticidade, sem perda na quali- dade de informação. É exatamente o que vocês, caros colegas terão nesse livro. Espero que seja muito útil, também aos novos colegas neonatologistas e futuros colegas em formação. Muito obrigada, Professor Paulo Margotto e equipe de colaboradores por nos oferecer mais essa contribuição para a Academia Brasileira, ampliando oportunidades de informações relevantes, atuais e de elevada qualidade científica. Professora Dra Rita de Cassia Silveira, Medica Pediatra e Neonatologista; Professora Associada IV Depto de Pediatria Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Orietadora Mestrado e Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente UFRGS; Chefe da UTI Neonatal e da área Neonatal no Centro Obstétrico do Hospital de Clinicas de Porto Alegre (HCPA), Coordenadora do Ambulatorio de Seguimento da Neonatologia HCPA; Pesquisadora PQ/CnPQ Só é útil o conhecimento que nos torna melhores. Sócrates. É com muita honra e alegria que fui presenteada com o privi- légio de apresentar aos leitores a 4ª edição do Livro Assistência ao Recém – Nascido de Risco que tem o Dr Paulo Roberto Margotto como autor principal. Dr Paulo é um ser humano como poucos, neonatologista de primeira linha, que tem como meta de vida divulgar o conheci- mento baseado nas melhores evidências. Tenho a honra de ter sido sua residente, sua colega de plantão e chamá-lo de meu amigo e mestre. O livro Assistência ao recém-nascido de risco é uma constru- ção coletiva de vários profissionais que foram orquestrados pelo Dr Paulo, e é um passeio pelos mais variados temas neonatais, com uma linguagem fácil. Cada capítulo tem sua vinculação a alguma prática acadêmica e aos protocolos assistências da UTI Neonatal do Hospital Materno Infantil de Brasília onde começou o sonho desse livro durante as visitas, discussões à beira leito e as apresentações dos residentes que são seu motor de desafios. Durante a leitura, vamos mergulhando nos vários “arquivos” dos capítulos do livro. Aprendendo e identificando no conjunto da obra as mudanças dos paradigmas assistenciais aos recém nascidos criticamente enfermos. É um livro para principiantes e leitores já acostumados com o tema e que buscam se aperfeiçoar. Querido, Dr Paulo o seu entusiasmo pela causa neonatal é contagiante, e sua autoridade para defendê-la, inquestionável. Pois é um exemplo vivo daquilo que prega, cuidar do recém- -nascido e de sua família para garantir um futuro melhor para todos nós. Acredito que durante a leitura vocês serão surpreendidos e serão felizes confirmando os seus conhecimentos, reforçando e aprendendo outros. Divirtam-se! Marta David Rocha de Moura, Pediatra Neonatologista do Hospital Materno Infantil de Brasília, Mestre em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia pela Univer- sidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – Botucatu. Doutoranda da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília. Professora e atual Diretora da Escola Superior de Ciências da Saúde e Diretora técnica do Instituto de Pesquisa em Neonatologia Paulo Roberto Margotto. – P R E FÁC I O – Receber o convite para fazer o prefácio da 4ª Edição do Livro Assistência ao Recém-Nascido de Risco além de um privilégio é uma honra e uma felicidade muito grande. Dr. Paulo é inspirador. Ele lança as sementes do amor ao recém-nascido e rega todos os dias com o saber que busca incessantemente e compartilha com todos que estão a sua volta e que amam a Neonatologia. Foi assim que me apaixonei ainda no Internato e segui o cami- nho da Pediatria e da Neonatologia. Tive o privilégio de conhe- cê-lo e depois de ser sua Residente no Hospital Materno Infantil de Brasilia - HMIB e hoje sigo nesse mesmo serviço onde tudo começou. E, ao longo de todos esses anos, vi essas sementes germinando. Mais Neonatologistas sendo formados e os livros sendo escritos por ele e pela equipe que tanto ama. Estes livros foram partilhados pelo Brasil, pelos vários serviços neonatais e se tornaram companheiros de plantões de muitos. E ele segue partilhando conhecimento, partilhando amor e construindo um belo jardim. Um jardim de muitos outros que amam a Neonato- logia e que aprendem com ele todos os dias, seja folheando seus livros, seja assistindo suas aulas. O tempo passou e já estamos na 4ª edição e o entusiasmo e o amor que Dr. Paulo tem pela Neonatologia só aumentam e a gente fica aqui, recebendo amor em forma de livro. Cada vez que folhearmos esses livros nos de- pararemos com o amor que ele tem pelo recém-nascido, pela vida e por cada um de nós. Obrigada Mestre!! Sandra Lúcia Andrade de Caldas Lins, Médica Pediatra e Neonatologista; Pós Graduação em Saúde, Educação e Desenvolvimento do Bebê UNB; Pós Graduação em Nutrição Pediátrica Boston University Scholl of Medicine; Médica Assistente da Unidade de Neonatologia do Hospital Materno Infantil de Brasília - HMIB; Coordenadora Médica da Unidade de Neonatologia do Hospital Materno Infantil de Brasília - HMIB; Coordenadora Médica da Unidade de Neonatalogia do Hospital Santa Lúcia; Presidente do IPN - Instituto de Pesquisas em Neona- tologia Paulo Roberto Margotto. – P R E FÁC I O – AUTORES 1. Adriana Kawaguchi Fernandes Araújo Medica Assistente UTI neonatal HMIB; Médica Preceptora da Residência de Neonatologia HMIB; Médica Assistente UTI Neonatal Hospital Santa Lúcia. 2. Amanda Torrezan Galigali Pereira da Luz Fisioterapeuta especialista em Fisioterapia Pneumofuncional – UnB; Curso RTA Fisioterapeuta da UTIN-HMIB-SES-DF. 3. Alexandre Peixoto Serafim Especialista em Terapia Intensiva Pediátrica da UTI Pediátrica do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) e Supervisor do Programa de Residência Médica em Terapia Intensiva Pediátrica. 4. Aline de Aquino Barbosa Nutricionista formada pela Universidade de Brasília, UNB; Especialista em Saúde Coletiva/Vigilância Sanitária na área de Alimentos, pela Universidade de Brasília, UNB; Consultora em Boas Práticas e Análise de Perigos e Pontos Críticos deControle (APPCC), pelo Programa Alimentos Seguros (PAS). Nutricionista do Banco de Leite do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB). 5. Ana Carolina Kozak Cardiologista e Intensivista da UTI Cardíaca Pediátrica do Instituto de Cardiologia do Distrito Federal. 6. Ana Carolina Pereira de Oliveira Ziller Fisioterapeuta especialista em Fisioterapia Neurofuncional – UnB; Curso no Conceito Neuroevolutivo; Curso RTA; Fisio- terapeuta da UTIN- HMIB-SES-DF. 7. Ana Célia Dos Santos Brito Nutricionista. Especialista em Nutrição Clínica Funcional pela VP Consultoria Nutricional/ Divisão Ensino e Pesquisa; Consul- tora Internacional em Amamentação pela International Board of Lactation Consultant Examiners (IBLCE); Chefe do Banco de Leite do Hospital Regional de Sobradinho; Membro da Acade- mia Brasileira de Nutrição Funcional. Coach Nutricional. 8. Ana Lúcia Moreira do Nascimento Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria; Médica Assistente na Unidade de Neonatologia do Hospital Materno Infantil de Brasília. 9. Ana Paula Amaral Cirurgiã Pediatra do Hospital Materno Infantil de Brasília; Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pediátrica; Coor- denadora do Ambulatório de Manejo Colorretal do Hospital Materno Infantil de Brasília. 10. Ana Paula Moreira Cirurgiã Pediátrica do Hospital Materno Infantil de Brasília/ SES/DF. 11. Carla Pacheco Brito Especialista em Pediatria e Neonatologia pela Sociedade Brasileira de Pediatria; Médica Assistente da Unidade de Neonatologia do Hospital Materno Infantil de Brasília. 12. Carlos Moreno Zaconeta Titulo de Especialista em Pediatria e Neonatologia; Preceptor da Residência Médica em Neonatologia do HMIB; Mestre em Medicina pela UnB; Instrutor de Reanimação Neonatal pela Sociedade Brasileira de Pediatria. 13. Cláudia Janaína Silva Cruz Graduada em Medicina pela Escola Superior de Ciências da Saúde em 2007; Cursou Residência Médica em Pediatria no Hospital Regional da Asa Sul, Brasília, DF, no período de 2008 a 2009; Cursou Residência Médica em Nefrologia Pediátrica no Hospital de Base do Distrito Federal no período de 2009 a 2010; Treinamento em Serviço em Nefrologia Pediátrica no Hospital de Base do Distrito Federal no período de 2011 a 201; Nefropediatra do Hospital da Criança de Brasília desde abril de 2012; Nefropediatra do Instituto de Nefrologia de Brasília desde janeiro de 2017; Pediatra Geral e Nefropediatra da RF Pediatria desde setembro de 2017. 14. Cristina Targa Ferreira Doutora em Gastroenterologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Especialista em Gastroenterolo- gia Pediátrica pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Associação Médica Brasileira (AMB); Especialista em Endosco- pia Pediátrica pela AMB e Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED); Especialista em Hepatologia pela AMB e Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH); Chefe do Serviço de Gastroenterologia Pediátrica do Hospital da Criança Santo Antônio – Complexo Hospitalar Santa Casa; Prof. Adjunta de Gastroenterologia Pediátrica da UFCSPA. 15. Diogo Pedroso Pediatra com área de atuação em Infectologia Pediátrica e Terapia Intensiva Pediátrica; Preceptor do Programa de Re- sidência Médica em Neonatologia e Médico Assistente da Unidade de Neonatologia do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB); MBA Executivo em Administração: Gestão em Saúde pela Fundação Getúlio Vargas (FGV); Coordenador Médico da UTI Pediátrica do Hospital Santa Luzia - Rede D´or São Luiz. 16. Elisa de Carvalho Doutora e Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília, com área de concentração em Pediatria. Especialista em Pediatria e Gastroenterologia Pediátrica pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Associação Médica Brasileira (AMB); Diretora clínica do HCB. Supervisora da Residência Médica em Gastroenterologia Pediátrica do HBDF/HCB. Professora do Curso de Medicina do Centro Universitário de Brasília; Membro da Academia de Medicina de Brasília; Membro do Departamento de Hepatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria; Autora de 04 livros de Gastroentero- logia e Hepatologia em Pediatria, lançados em 2003, 2011 e 2018 (editora Manole); Autora de vários capítulos de livros referências para estudos de Pediatria e Gastroenterologia Pe- diátrica; Publicações em revistas internacionais de Pediatria e Gastroenterologia Pediátrica; Revisora do Jornal de Pediatria; Presidente do Departamento de Gastroenterologia Pediátri- ca da Sociedade de Pediatria do DF. – AU TO R E S – 17. Emmanuelle S. Coutinho Especialista em Audiologia Clínica. Fonoaudióloga da Unida- de de Neonatologia do Hospital Materno Infantil de Brasília. 18. Erika Ibiapina Médica Assistente da Unidade de Neonatologia do Hospital Materno Infantil de Brasília/SES/DF. 19. Elysio Moraes Garcia Docente do curso de medicina da ESCS; Especialista em car- diologia com habilitação em Ecocardiografia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia; Médico Cardiologista da Unidade de Neonatologia do Hospital Materno Infantil de Brasília; Docente do Centro Universitário de Brasília (Uniceub); 20. Evely Mirela Santos França Graduada em Medicina pela UFBA em 1994; Residência Mé- dica de Pediatria SES/DF Em 1995/1996; Residência Médica de Neonatologia SES/DF Em 1997; Título De Especialista em Pediatra pela SBP em 1999; Médica Assistente na Unidade de Neonatologia do HMIB/SES/DF desde 2000; Título de Especialista em Neonatologia pela SBP em 2002; Preceptora do Programa de Residência Médica (PRM) de Neonatologia HMIB/SES/DF desde 2004; Supervisora do PRM DE e Neona- tologia do HMIB/SES/DF desde e 2009. 21. Fabiana M. Pontes Especialista em Pediatria e Neonatologia pela Sociedade de Pediatria. Médica; Médica Assistente da Unidade de Neona- tologia do Hospital Regional da Asa Sul/Hospital Materno Infantil de Brasília. 22. Fabiana Márcia de Alcântara Morais 23. Fabiano Cunha Gonçalves Título de Especialista em Neonatologia (TEN); Médico Assis- tente da Unidade de Neonatologia Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) e da Unidade de Neonatologia Hospital Santa Marta/ DF. 24. Fábio Augusto Albanez Souza Cirurgião Pediátrico do Hospital Materno Infantil de Brasília/ SES/DF. 25. Fabíola Scancetti Tavares Pediatra, Alergista e Imunologista; Mestre em Ciências Apli- cadas à Pediatria pela UNIFESP/EPM; Responsável pela Área de Imunologia Infantil do Hospital da Criança de Brasília; Responsável pelo Ambulatório de Infecções de Repetição do Hospital Universitário de Brasília. 26. Fávia de Azevedo Belêsa Formada pela Universidade de Brasília - UnB na Turma; Residência Médica de Cirurgia Geral na Universidade Federal do Triângulo Mineiro; Residência Médica de Cirurgia Pediátrica na Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG; Pós-Graduação de Videocirurgia pelo IPEMEC - UNICETREX; Cirurgiã Pediátrica no HMIB. 27. Felipe Teixeira de Mello Freitas Médico infectologista do Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Materno Infantil de Brasília. Doutora- do em Medicina Tropical com ênfase em Epidemiologia das Doenças Infecto Parasitárias pela Universidade de Brasília; Docente da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS). 28. Flávia Alice Timburibá de Medeiros Guimarães Especialista em Pediatria e Área de Atuação em Alergia e Imunologia do Programa de Residência Médica de Alergia e Imunologia Pediátrica do HMIB/SES/DF. 29. Geórgia Quintiliano Carvalho da Silva Especialista em Pediatria e Neonatologia pela Sociedade Brasileira de Pediatria; Médica Assistente da Unidade de Neo- natologia do Hospital Regional da Asa Sul Materno Infantil de Brasília. 30. Giane M. César Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pe- diatria; Médica Assistente da Unidade de Neonatologia do Hospital Materno Infantil de Brasília. 31. Gilda Porta Prof. Livre-Docente do Departamento de Pediatria da FMUS- P;Médica do Grupo de Hepatologia e Transplante Hepático do Hospital MeninoJesus, H. Sírio-Libanês e A C Camargo Câncer Center- São Paulo. 32. Hélida Adelina Maia Fonoaudióloga Clínica da UTI Neonatal do HMIB; Especialista em Linguagem; Tutora do Método Canguru. 33. Isadora de Carvalho Especialista em Pediatria e Gastroenterologia Pediátrica pela SBP e AMB; -Curso de Aperfeiçoamento em Transplante de Fígado Pediátrico (Hospital Sírio-Libanês e Ministério da Saú- de); Preceptora do Programa de Residência Médica de Pedia- tria no Hospital Materno Infantil de Brasília/SES/DF; Pediatra e Gastroenterologista Pediátrica no Hospital Materno Infantil de Brasília e no Hospital da Criança de Brasília. 34. Jaisa Ma M. Moura (in memorian, 2012) Mestre em Ciências Médica pela Universidade de Brasília (UnB); Especialista em Cirurgia Geral pela Sociedade Brasi- leira de Cirurgia; Especialista em Cirurgia Pediátrica pela So- ciedade Brasileira de Cirurgia Pediátrica; Cirurgiã Pediátrica do Hospital Regional da Asa SUL/Hospital Materno Infantil de Brasília. 35. Jane Júnia S Ramos Albernaz Fisioterapeuta especialista em Traumato-Ortopédica e Des- portiva, PUC; Curso em Reedecation Posturale Globale ( RPG PH Souchard); Fisioterapeuta da UTIN- HMIB- SES- DF. 36. Jefferson Guimarães de Resende Especialista em Pediatria pela UFRJ; Doutor em Ciências Mé- dicas pela UnB, Intensivista Neonatal do Hospital Regional da Asa Sul/Hospital Materno Infantil de Brasília, de 1986 a 2009. 37. João Francisco Volpe Junior Médico pela Universidade de Brasília (UnB); Anestesista pelo Hospital de Base do Distrito Federal. 38. Jorge Yussef Afiune Diretor da Divisão de Cardiologia Pediátrica do Instituto de Cardiologia do Distrito Federal; Doutor em Medicina pela Uni- versidade de São Paulo – Área de Concentração em Pediatria. – AU TO R E S – 39. Joseleide de Castro Residência Médica em Pediatria e Terapia Intensiva Pediátri- ca; Especialista em Pediatria e Neonatologia pela Sociedade Brasileira de Pediatria; Médica Assistente da Unidade de Neonatologia do Hospital Materno Infantil de Brasília; Médi- ca Assistente do Hospital Santa Lucia (Unidade de Terapia Neonatal); Preceptora do Programa de Residência Médica de Neonatologia do Hospital Materno Infantil de Brasília. 40. Kátia Rodrigues Menezes Enfermeira na Secretaria de Estado de Saúde do DF; Docente do Curso de Graduação em Enfermagem da Escola Superior de Ciências da Saúde; Especialista em Educação e Promoção da Saúde; Especialista em Saúde da Família; Especialista em Formação Pedagógica na Área de Saúde: Enfermagem; Especialista em Gestão do Trabalho e Educação na Saúde; Mestranda em Ciências da Saúde pela Escola Superior de Ciências da Saúde. 41. Laurista Corrêa Filho Assistente Estrangeiro dos Hospitais de Paris. 42. Letícia Martins Narciso Fisioterapeuta especialista em Fisioterapia Neurofuncional – UNB; Especialista em gestão em saúde – FioCruz; Curso no Conceito Neuroevolutivo; Certificada em Avaliação de Gene- ral Movements; Chefe do Núcleo de Saúde Funcional HMIB. 43. Lisliê Capoulade Doutor em Ciências Médicas pela Universidade de Brasília; Professora do Curso de Medicina da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS); Preceptora da Pediatra do Hospital Regional da Asa Sul/ Hospital Materno Infantil de Brasília. 44. Liu Campelo Porto Mestre em Ciências da Saúde (área de concentração em epidemiologia) pelo Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde da Universidade de Brasília; Docente da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS); Neonatologista e Infectologista Pediátrica do Hospital Regional da Asa Sul/ Hospital Materno Infantil de Brasília. 45. Lucila Nagata Médica formada pela Faculdade de Medicina na Univer- sidade de Brasília (UnB) em 1988; Residência médica em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) em 1989/1990; Título de Especialista em ginecologia e obstetrícia pela FEBRASGO desde 1991; Médica do Serviço de Gestação de Alto Risco do Hospital Materno Infantil de Brasília desde 1994 até a presente data; Chefe do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia no período de junho de 2012 a 31/12 de 2018; Membro do Comitê de Mortalidade Mater- na da FEBRASGO desde 2015 até a presente data; Membro da Diretoria da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília (SGOB). 46. Ludmylla de Oliveira Beleza Graduação em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade de Brasília (2002); Pós-Graduação em Terapia Intensiva pela Universidade Católica de Goiás e em Educação Profissional pela FIOCRUZ; Mestre pelo Programa de Pós-Graduação de Enfermagem da Universidade de Brasília; Supervisora do Programa de Residência de Enfermagem em Neonatologia do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) de 2009 a 2014; Enfermeira assistencial da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do HMIB. 47. Marcia Cristina Mondaini Salazar Especialista em Alergia e Imunologia pela Associação Brasi- leira de Alergia-Imunopatologia - ASBAI; Especialista em Pe- diatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria - SBP; Ex-coor- denadora do Programa de Asma do Distrito Federal - SES-DF; Ambulatório de Alergia e Imunologia Pediátrica do Hospital Regional da Asa Sul/ Hospital Materno Infantil de Brasília. 48. Marcos Ortega Judice Cirurgião Pediatra na Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB); Cirurgião Pediatra do Hospital da Criança de Brasília (HCB); Preceptor de Residência Médica em Cirurgia Pediátri- ca do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB); Cirurgião Pediatra na Área de Urologia Pediátrica no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB). 49. Maria Eduarda Canellas de Castro Médica Pediatra pela Universidade de Brasília e especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Residente de Neonatologia do Hospital Materno Infantil de Brasília. 50. Maria Grasiela de Paula Enfermeira, Técnica de enfermagem da UTIN do HMIB há 10 anos. 51. Maria Luíza Almada Residência em Pediatria, Especialização em Saúde Pública e Medicina Tropical. Médica Assistente (Alojamento Conjunto) da Unidade de Neonatologia do HMIB/SES/DF e da UTI Neo- natal (Alojamento Conjunto) do Hospital Santa Lúcia. 52. Maria Teresinha de Oliveira Cardoso Medica Geneticista, Responsável Técnica pelo Laboratório de Triagem Neonatal Ampliada da SES, Coordenadora de Gené- tica e Doenças Raras da SES. Professora adjunta do Curso de Medicina Universidade Católica de Brasilia. 53. Maria Rita Carvalho Garbi Novaes Farmacêutica-Bioquímica graduada pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS); Mestrado em Quí- mica Farmacológica pela Universidade de Brasília (UNB); Mestrado em Metodologias Ativas pela Universidade de Maastrich, Holanda; Doutora em Farmacologia Clínica pela UNB; Pós-Doutora em Ética em Ensaios Clínicos pela Univer- sidade do Chile; Titular da Academia Brasileira de Ciências Farmacêuticas; Farmacêutica hospitalar da SES/DF desde 1988; Professora do Curso de Medicina e dos Mestrados e Doutorados dos Programas de Pós graduações em Ciências da Saúde da ESCS e da UNB desde 2000; Membro do Comi- tê de Ética em Pesquisa (CEP/FEPECS) e da Comissão Nacio- nal de Ética em Pesquisa (CONEP/MS); -Possui mais de 150 artigos publicados em Revistas Nacionais e Internacionais. 54. Marcela Soares Silva Ferreira Fisioterapeuta Especialista em Fisiologia - Gama Filho – RJ; Coordenadora da Equipe de Fisioterapia da UTIN- HMIB. 55. Márcia Pimentel de Castro Médica Pediatra/Neonatologia, Pós Graduada em Bioética pela Universidade de Brasília; Mestrado em Ginecologia/ Obstetrícia com Área de Atuação em Perinatalogia pela Universidade Estadual de São Paulo/UNESP; Atuou como Médica Intensivista Neonatal -SES DF até junho 2015; Médica Rotineira da Unidade Neonatal/HUB (Universidade de Brasí- lia) desde julho 2015. Docente do Curso de Medicina da ESCS (Escola Superior de Ciências da Saúde) de 2009 a 2015. 56. Mariana Gadelha Médica formada pela UFPB - Universidade Federal da Paraíba em 2001; Residência Médica em Pediatria no HMIB- SES - DFem 2002-2003; Residência Médica em Medicina do Adoles- cente - HBDF - SES DF em 2004; Especialização em Endocri- nologia Pediátrica na UFPR - Universidade Federal do Paraná / 2005-2006; Título de especialista em Pediatria em 2004 e em Pediatria com Área de Atuação em Endocrinologia Pediá- trica em 2007; Médica Pediatra / Endocrinopediatra do HMIB desde 2006; Médica Endocrinopediatra do HFA (Hospital das Forças Armadas) desde 2008 e Médica Endocrinopediatra do HCB (Hospital da Criança de Brasília) desde 2011. Atualmente Preceptora do internato da ESCS e Preceptora da Residência Médica em Pediatria do HMIB. 57. Marina Betiol Nogueira Médica Pediatra pelo Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB); Médica Gastroenterologista Pediátrica pelo Hospital de Base de Brasília (HBDF); Médica Pediatra da Área de Gas- troenterologis Pedátrica do Hospital da Criança de Brasília (HCB). 58. Maristela Estevão Barbosa Formado em Medicina pela Universidade Federal do Triângu- lo Mineiro, Uberaba (1993); Educação Formal:1995 – 1998: Es- pecialização em Endocrinologia Pediátrica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP, São Paulo; 1997 – 1998: Especialização - Residência Médica pela Uni- versidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP, São Paulo, (Título: Pediatria 3 Endocrinologia; 1995 – 1997: Especialização - Residência Médica. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP, São Paulo, Título: Pe- diatria Conselheiro. Médica Pediatra da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SESDF). 59. Marta David Rocha de Moura Pediatra Neonatologista do Hospital Materno Infantil de Brasília, Mestre em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – Bo- tucatu. Doutoranda da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília. Professora e atual Diretora da Escola Superior de Ciências da Saúde e Diretora técnica do Instituto de Pesquisa em Neonatologia Paulo Roberto Margotto. 60. Martha Vieira Coordenada da Neonatologia da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal; Médica Assistente da Unidade de Neonatologia do Hospital Materno Infantil de Brasília. 61. Mauro P. Felipe Baças Especialista em Pediatria e Neonatologia pela Sociedade Brasileira de Pediatria; Médico. Assistente da Unidade de Neonatologia do Hospital Materno Infantil de Brasília. 62. Maya Caetano Paes de Almeida Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina da Uni- versidade Federal de Minas Gerais em 2004; Cursou Residên- cia Médica em Pediatria no Hospital Universitário de Brasília no período de 2005 a 2006; Cursou Residência Médica em Nefrologia Pediátrica no Hospital de Base do Distrito Federal no período de 2007 a 2008; Cursou o Aprimoramento em Transplante Renal Pediátrico no Hospital Samaritano de São Paulo no Período de 2016 a 2017; Título de Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria; Atuou como Preceptora da Residência Médica em Nefrologia Pediátrica no Hospital de Base do Distrito Federal no período de 2017; Coordenadora da Nefrologia Pediátrica do Instituto de Nefro- logia de Brasília desde 2016. 63. Milena Conde Nogueira Pires Graduada em Medicina pela Universidade Regional de Gurupi-TO (UNIRG), Pediatra pelo Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), Pós-Graduada em Saúde da Família pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), atual- mente é Médica Residente em Neonatologia no HMIB e atua como Médica em Neonatologia na Secretaria de Saúde do Distrito Federal. 64. Miriam Martins Leal Medica pela Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS); Pediatra pelo Hospital Materno-Infantil de Brasília (HMIB); Medica Concursada da Unidade de Neonatologia do HMIB; Docente do Centro Universitário de Brasília (Uniceub); Mes- tranda pela Escola Superior de Ciências da Saúde. 65. Miza M B A Vidigal Medica formada pela Universidade de Brasília; Residência em Pediatria e Neonatologia na SES/DF e Titulo de Especialista em Pediatria e Neonatologia pela SBP; Medica da SES Na Unidade de Neonatologia do HMIB. 66. M. Monset Couchard Chargée de Recherche INSERM e Pediatre Attaché, Unidade de Cuidados Intensivos de Port-Royal, Centro Hospitalar Universitário de Cochin Port- Royal, Universidade René Des- cartes, Paris, França. 67. Mônica de Lima Lemos Especialista em Terapêutica Ocupacional com área de atua- ção em recém-nascidos e lactentes no Hospital Regional da Asa Sul/Hospital Materno Infantil de Brasília. 68. Nathalie de Abreu Cardoso Zambrano Especialista em Pediatria pela Sociedade de Pediatria; Pós-graduação em Endocrinologia Pediátrica pela Univer- sidade de Brasília; Membro do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria do Distrito Federal (SPDF); Médica Responsável pelas Atividades Médi- cos Assistências do Posto de Coleta de Leite Humano de São Sebastião-DF. 69. Nara Vanessa Costa Fisioterapeuta especialista em Reabilitação do Portador de Deficiências Físicas Incapacitantes pelo HCFM-USP; Tutora em atenção humanizada ao recém nascido (Método Can- guru); Fisioterapeuta da UTI Neonatal do HMIB; Certificação pelo método Reequilíbrio Tóracoabdominal (RTA). 70. Neulânio Francisco de Oliveira Médico Pediatra, Neonatologista e Paliativista; Mestre em Saúde Pública; Membro do Departamento de Dor e Medici- na Paliativa da Sociedade Brasileira de Pediatria; Membro do Comitê de Perinatologia da Academia Nacional de Cuidados Paliativos. 71. Patrícia Leão Bered Médica formada pela Pontifícia Universidade Católica do RS; Residência em Pediatria – Hospital São Lucas da PUCRS; Resi- dência em Neonatologia – Hospital São Lucas da PUCRS; Titulo de Especialista em Pediatria pela SBP; Titulo de Especialista em – AU TO R E S – Neonatologia pela SBP; Psicoterapeuta Pais-Bebê - Formada pelo Instituto de Psicanálise da Universidade de Columbia – Nova York; Atualmente atua na interface Neonatologia / Psicoterapia Pais-Bebês na UTI Neonatal do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB); Médica Integrante da Equipe de Cuidados Paliativos Perinatal no HMIB. 72. Paulo Lassance Professor de Cirurgia Pediátrica da Universidade Católica de Brasília; Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pediá- trica; Cirurgião Pediátrico do Hospital Materno Infantil de Brasília/SES/DF. 73. Raquel Prata Da Fonseca Nutricionista formada pela Universidade de Brasília, UNB. Especialista em saúde pública pela University of British Co- lumbia, UBC/CA. Nutricionista do Banco de Leite do Hospital Materno Infantil de Brasília. 74. Raulê de Almeida Médico, Pediatra, Neonatologista, Especialista em Perinato- logia e Desenvolvimento da Criança – UnB; Especialista em Desenvolvimento na Infância – Centro de Estudos, Pesquisa e Atendimento Global na Infância e Adolescência – BSB/DF E CENTRO LYDIA CORIAT – Porto Alegre / RS. Mestrando em Psicologia Clínica E Cultura – UnB; Tutor para Formação em Atenção Humanizada - Método Gang uru – MS; Instrutor Do Programa de Reanimação Neonatal – SBP; Assistente em Pe- diatria e Terapia Intensiva Neonatal – HFA e Mil /DF; Preceptor da Residência Médica em Pediatria e Neonatologia – HFA e HMIB/DF; Coordenador de Especialidade Neonatal dos Hos- pitais da SES/DF; Assistente Em Puericultura – PueriClínica. 75. Renilde Barros Tavares Enfermeira Especialista em Administração Hospitalar pela Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP; Especialista em Enfermagem em Neonatologia pela Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras – ABENFO; Tutora da Metodologia Canguru- Ministério da Saúde; Enfermeira As- sistencial da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do HMIB; 19 anos de atuação na Área de Neonatologia. 76. Rodolfo Alves Paulo de Souza Mestrado em Oftalmologia pela Universidade de Brasília (UnB) – Retinopatia da Prematuridade; Residência em Of- talmologia–Hospital das Forças Armadas Brasília/DF; Título de Especialista em Oftalmologia pela Comissão Nacionalde Residência Médica do Ministério da Educação e Cultura e pela Associação Médica Brasileira; Médico concursado do Hospital Materno Infantil de Brasília, responsável pelo setor de Retinopatia da Prematuridade. 77. Rosângela C. Marinho Especialista em Terapia Intensiva Pediátrica; Médica Assisten- te da Unidade de Neonatologia do Hospital Materno Infantil de Brasília. 78. Rozilene Bastos Cabral Muniz Especialista em Pediatria (Residência pela Fundação Hospi- talar do Distrito Federal); Especialista em Alergia e Imuno- logia pela Associação Brasileira de Alergia-Imunopatologia - ASBAI; Ambulatório de Alergia e Imunologia do Hospital de Base de Brasília. 79. Samiro Assreuy Médico Assistente da Unidade de Neonatologia do Hospital l Materno Infantil de Brasília. 80. Sandra Lins Médica Pediatra e Neonatologista; Pós Graduação em Saúde, Educação e Desenvolvimento do Bebê UNB; Pós Graduação em Nutrição Pediátrica Boston University Scholl of Medicine; Médica Assistente da Unidade de Neonatologia do Hospital Materno Infantil de Brasília - HMIB; Coordenadora Médica da Unidade de Neonatologia do Hospital Materno Infantil de Brasília - HMIB; Coordenadora Médica da Unidade de Neona- talogia do Hospital Santa Lúcia; Presidente do IPN - Instituto de Pesquisas em Neonatologia Paulo Roberto Margotto. 81. Sérgio Henrique Veiga Médico Pediatra, área de atuação em Neurologia Pediátrica, trabalhando nas clínicas Pediátrica e Neonatal do Hospital Regional da Asa Sul/Hospital Materno Infantil de Brasília; Do- cente e Coordenador de Módulo do 4° ano do Curso de Me- dicina da Escola Superior de Ciências da Saúde l (ESCS-DF). 82. Sylvia Freire Pediatra do HMIB. Preceptora do PRM de Infectologia Pe- diátrica do HMIB. Infectologista Pediátrica do Hospital da Criança de Brasília. 83. Tatiana Santos Freire Ribeiro Netto Graduação em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade de Brasília (2005); Residência de Enfermagem Materno In- fantil, com aprofundamento em Neonatologia pela FEPECS (2006); MBA em Gestão em Saúde e Controle de Infecção pela INESP (2018); Tem experiência na Área de Supervisão e Assistência de Enfermagem, com ênfase em Enfermagem em Neonatologia; Preceptora da Residência em Enfermagem em Neonatologia (2015 - 2017); Atua como Enfermeira na UTI Neonatal no HMIB desde 2006. 84. Tayana T. de Almeida Especialista em Audiologia Clínica; Fonoaudióloga da Unida- de de Neonatologia do Hospital Materno Infantil de Brasília. 85. Vanessa Gonzaga Tavares Guimarães Especialista em Pediatria pela SBP e Alergia e Imunolopa- tologia pela ASBAI; Preceptora do Programa de Residência Médica de Alergia e Imunologia Pediátrica do HMIB; RTD colaboradora da Pneumologia - SES/DF. 86. Vanessa Macedo Silveira Fuck Graduada em medicina pela Universidade Federal de Brasília - UnB. Especialização em Pediatria (Residência Médica) no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB); Especialização em Gastroenterologia Pediátrica (Residência Médica) no Hos- pital de Base do DF (HBDF); Tílulo de especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP); Título de especia- lista em Gastroenterologia Pediátrica; Médica Pediátrica no Banco de Leite Humano – HMIB; Preceptora de Residência Médica de Pediatria – HMIB; Presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria do Distrito Federal (SPDF). – AU TO R E S – 87. Vanessa Siano da Silva Pediatra Infectologista na Região Sul de Mato Grosso; Plan- tonista na UTI Neonatal da Santa Casa de Rondonópolis, MT; Médica Responsável pelo Home Care Pediátrico em Rondonópolis; Formada pela UFMT; Residência em Pediatria e Infectologia no Hospital Regional da Asa Sul/ Hospital Ma- terno Infantil de Brasília. 88. Viviana I Intriago Sampietro Serafim Médico pela Universidad Central del Ecuador Facultad de Ciências Médicas Escuela de Medicina, Título revalidado na UNB; Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria; Residência Médica na UNB; Especialista em Terapia Intensiva Neonatal; Residência Médica na UTI Neonatal do HMIB; Especialista em Terapia Intensiva Pediátrica pela AMIB e SBP; Residência Médica no HMIB; Médica Coordenadora Médica da UTI Infantil do Hospital Anchieta; Médica diarista da UTI Pediátrica do Hospital Brasília; Médica Plantonista da UTI Neonatal do Hospital Regional de Sobradinho SES. 89. Virginia Lira da Conceição Medica Pediatra Neonatologista HMIB; Instrutora do Pro- grama de Reanimação Neonatal e Vice Coordenadora do Programa de Reanimação Neonatal DF; Responsável Técnico Distrital de Neonatologia SES-DF. 90. Yanna Aires Gadelha de Mattos Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pe- diatria; Especialista em Gastroenterologia Pediátrica pela Associação Médica Brasileira, Sociedade Brasileira de Pediatria e Federação Brasileira de Gastroenterologia; Pós-graduação em Nutrição Pediátrica pela Boston University School of Me- dicine, Mestranda em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília (UnB); Médica Preceptora da Residência de Pediatria do Hospital Materno Infantil de Brasília e do Hospital da Crian- ça de Brasília e Professora do Curso de Medicina do Uniceub. 91. Wandréa Marcinoni Formada em Medicina pela Universidade Federal do Ma- ranhão, 1998; Residência Médica em Pediatria no Hospital Regional de Taguatinga, DF (HRT) 1998 a 2000, Residência Médica em Neonatologia no HRT 2000 a 2001; Residência Médica em Terapia Intensiva Pediátrica 2001 a 2002; Médica da SES em Terapia Intensiva Neonatal desde 2002 no HMIB; TEP 2001 e TEN 2004. – AU TO R E S – PREFÁCIO DA 3ª EDIÇÃO O homem faz a sua obra. A obra, faz o homem. Prefiro assim iniciar, com estas palavras, o prefácio solicitado para a 3ª. Edição do livro “Assistência ao Recém-Nascido de Risco”, de autoria do Dr. Paulo R. Margotto. Conheço o Dr. Paulo R. Margotto, há, acredito três décadas. Margotto além de estar sempre atuando na Unidade de Neo- natologia do Hospital Regional da Asa Sul/Hospital Materno Infantil de Brasília, sempre via-o, frequentando, os Congressos de Pediatria e de Perinatologia. E sempre lá estava participando como ouvinte dos convidados nacionais e internacionais e apre- sentando trabalhos realizados com seus alunos-residentes. Mar- gotto sempre estava publicando normas atualizadas, discutindo artigos internacionais e... enviando a seus amigos. E aí, a obra armazenada, torna-se um livro, “Assistência ao Recém-Nascido de Risco” em sua primeira edição. O trabalho na Unidade hospitalar, crescia, fervilhava de alu- nos, companheiros e colaboradores e tudo isso, mais os resumos comentados dos Congressos, chegavam a todos nós, membros de uma lista, trazendo as informações colhidas (escritas, gravadas, filmadas) didaticamente discutidas e comentadas. E veio a 2ª. Edição do livro “Assistência ao Recém-Nascido RN de Risco” sempre com a preocupação de discutir todos os aspectos ligados a essa assistência, desde seus aspectos mais rotineiros e elementares, passando pelos grandes tópicos ligados ao recém-nascido e à sua família, até as discussões bioéticas en- volvendo a mortalidade neonatal. E as sessões clínico-patológicas realizadas com seus compa- nheiros da Unidade Neonatal e, quase sempre, enriquecida pela participação de seus jovens alunos médicos residentes. Sessões extremamente importantes ao aprendizado de todos, em espe- cial aos jovens alunos e médicos residentes, que usufruíam do conhecimento, dedicação de Margotto e de sua disponibilidade em distribuir o conhecimento. A obra aumenta: agora nos chega a 3ª. Edição, com 86 capí- tulos, e mais de 600 páginas e uma grande relação de convidados especiais participando como colaboradores. No entanto, o trabalho do homem Margotto vai muito além de suas publicações. A preocupação que ele tem com quem o cerca no dia a dia do trabalho, com quem trabalha com recém-nascidos, continua, célere e incansável. A sua capacidade de trabalho só é suplantada pela suacapacidade de distribuir conhecimentos, adquiridos aqui e ali e, sempre, compartilhados. Margotto lança mais uma edição de seu livro “Assistência ao Recém-Nascido de Risco”. Sua obra cresce para fazer jus ao grande homem que ele é. José Dias Rego, Membro da Academia Brasileira de Pediatria A teoria sem a prática é nula A prática sem a teoria é cega Este livro é um exemplo de produção de conhecimentos científicos e tecnológicos a partir de uma rede pública de servi- ços de saúde: a rede da SES-DF. Exemplo também do que o Mi- nistério da Educação e o Ministério da Saúde preconizam: através do trabalho do dia a dia na rede assistencial do SUS, é possível produzir conhecimentos voltados para a melhoria permanente dessa mesma rede assistencial. O Professor Doutor Paulo Roberto Margotto pertence ao cor- po docente de um novo curso de medicina que o GDF implantou em 2001, com a criação da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS). Mantém ao mesmo tempo, assim como os demais docen- tes dessa Escola, grande parte de sua carga horária de trabalho em serviços do SUS-DF. Esse grupo de docentes do qual ele faz parte, guiados pelo Projeto Político Pedagógico da ESCS, procu- ram desenvolver novas abordagens de educação de profissionais de saúde no contexto de uma rede de serviços. Eles são muito cientes de que uma rede de serviços para se desenvolver, neces- sita ter uma escola em sua estrutura de funcionamento: rede e escola, com objetivos comuns, alcançando benefícios mútuos, através da integração Ensino-Serviços. O Professor Paulo Roberto Margotto vem realizando seus trabalhos para o desenvolvimento de habilidades profissionais que garantam as competências necessárias a uma boa prática e ao bom desempenho clínico, dirigidos para uma melhoria contínua da qualidade da atenção e da assistência à saúde de recém-nascidos de risco. No desempenho dessa função assistencial–educadora, o pro- fessor Paulo R. Margotto, sempre procurou garantir o domínio da fisiopatologia e da consistência dos dados e análises epidemioló- gicas – bases da produção de seus conhecimentos. Direciona-os – P R E FÁC I O – ao mesmo tempo para os serviços que os originaram para as ativi- dades educacionais correlatas. Nesse sentido, o livro é também o auge de uma fértil e longa trajetória de divulgação de publicações contendo artigos relevantes e relatórios estatísticos, além de sugestões de condutas próprias para a Assistência ao Recém-nas- cido de Risco. São produtos dos bons resultados da Unidade de Neonatologia do Hospital Regional da Asa Sul/Hospital Materno Infantil de Brasília, fruto dos esforços do conjunto dos profissionais ali lotados. Úteis no cotidiano por dirigirem-se a profissionais que trabalham “na ponta”, aquelas publicações, aprimoradas e no seu tempo natural, resultaram no livro ASSISTÊNCIA AO RECEM NAS- CIDO DE RISCO, que agora ganha nova edição. Fiel à Aprendizagem Baseada em Problemas – método de ensino adotado na ESCS, o arranjo didático-expositivo do livro problematiza toda a amplitude da temática desses conheci- mentos e das práticas sugeridas. Enquadra-se na denominada clínica ampliada, uma vez que procura abordar os aspectos que envolvem o contexto de vida do recém-nascido grave como resultados que são, muitas vezes, das condições sociais, econô- micas e culturais tanto dos pacientes como dos próprios serviços de saúde – tal como ocorre na maioria dos serviços brasileiros de neonatologia. É pro isso que o livro expressa o essencial das Diretrizes Cur- riculares Nacionais/MEC que determinam que além de um sólido conhecimento profissional específico, o profissional formado deve adquirir também em sua formação outros domínios e com- petências gerais tais como atenção à saúde, tomada de decisão, comunicação, liderança, administração e gerenciamento de serviços e educação permanente. O livro expressa a própria evolução da especialidade e certamente sua leitura por estudantes, residen- tes, estagiários e profissionais dessa área da saúde fortalece o domínio do novo paradigma da clínica atual. Mourad Ibrahim Belaciano, Diretor Geral da ESCS 2001-2012 Professor do DSC-FS/UnB – P R E FÁC I O – PREFÁCIO DA 2ª EDIÇÃO Há médicos que aprendem a ciência e a arte da medicina e as usam em benefício de seus pacientes. Há outros, entretanto, que possuem o dom da inquietude sadia que, além disto, os leva a dividir o seu aprendizado e suas reflexões com seus pares e seus alunos, divulgando dados e informações, descrevendo suas experiências, multiplicando o conhecimento que se irá traduzir em benefícios a um número maior de pacientes. Nesta categoria de inquietos situa-se o Dr. Paulo R. Margotto. De uma forma continuada, através dos anos, o Dr. Margotto tem divulgado para todo o Brasil dados estatísticos da Unidade de Neonatologia do Hospital Materno Infantil de Brasília, reproduções e resumos de artigos neonatais relevan- tes e experiências pessoais e de seu grupo. Poder-se-ia prever que este acervo coletado por longo período desembocaria, quase que inevitavelmente, num livro de Neonatologia, agora oferecido à comunidade pediátrica pelo Dr. Margotto e seus colaboradores. Trata-se de um livro prático, para consulta rápida, editado em português por quem conhece a Neonatologia, mas conhe- ce também as peculiaridades da Neonatologia no Brasil. Estas publicações são muito úteis ao médico na linha de frente e ao estudante e complementam os amplos e detalhados tratados, tão bem desenvolvidos nos Estados Unidos e na Europa. O livro aqui apresentado é bastante abrangente e, além dos clássicos temas de tratamento intensivo neonatal, contempla ainda aspectos importantes da pediatria preventiva neonatal. Está, pois, plantada a árvore. Que ela dê muitos frutos. Renato M. Fiori, Professor de Neonatologia PUCRS, Porto Alegre PREFÁCIO DA 1ª EDIÇÃO "É inútil procurar encurtar o caminho (...) Pois existe a trajetória e a trajetória não é apenas um modo de ir. A trajetória somos nós mesmos." Certa vez Wiston Churchill disse que um autor passa por diversas fases ao escrever um livro. Nas fases iniciais tudo é novidade, uma. Entretanto, lá pelo final passa a ser uma tirania que governa sua vida. É, exatamente no momento em que você começa a se acostumar com a sua servidão, você mata o monstro e o atira para o público. Há muitos anos venho acompanhando o trabalho do Dr. Paulo R. Margotto à frente da Unidade de Neonatologia do Hospital Materno Infantil de Brasília e durante este período tenho sido presenteado com boletins informativos anuais emitidos por sue serviço. Estes Boletins Informativos, inicialmente apenas relatos estatísticos da Unidade de Neonatologia do HMIB, foram gradati- vamente incorporando artigos relevantes e sugerindo condutas práticas na assistência ao recém-nascido. Nos últimos anos ele já vinha sendo tão abrangente e completo que sua compilação em livro tornava-se mandatória e inevitável. É com enorme prazer que vejo minha expectativa se concretizar! Com este trabalho sobre "Assistência ao Recém-Nascido de Risco", Paulo Margotto nos brinda com uma obra extremamente prática e objetiva sobre as principais patologias encontradas no dia-a-dia por profissionais de saúde que prestam assistência a recém-nascidos de risco. Tenho plena convicção de que a realização de um trabalho desta magnitude é sempre o produto da contribuição de diversas pessoas, a despeito da solidão aparente de quem o subscreve. A Neonatologia Brasileira se engrandece com esta obra de Paulo Roberto Margotto e sua Equipe. Prof. Dr. Manoel de Carvalho, Prof. de Neonatologia da Universidade Federal Fluminense 17 – AU TO R E S – SUMÁRIO SUMÁRIO CAP. 1 | Assistência perinatal 1.1 Como exercer a Medicina/ Neonatologia com base em evidências .........22 1.2 Uso do corticosteroide pré-natal: visão do neonatologista ...........................................251.3 A relação entre pais e bebês críticos na UTI Neonatal .............................................................31 1.4 Assistência ao nascimento em um olhar para o sujeito emergente .......................................34 1.5 Limite de viabilidade ..................................................36 1.6 Gemelaridade: uma abordagem para o neonatologista ...............................................................40 1.7 Estatística neonatal ....................................................45 CAP. 2 | Unidade de Terapia Intensiva: um olhar para o recém-nascido, sua família e a equipe de saúde 2.1 Unidade de Terapia Intensiva: um olhar para o recém-nascido, sua família e a equipe de saúde ...........................................................50 CAP. 3 | Assistência ao recém-nascido 3.1 Assistência ao recém-nascido na sala de parto ..............................................................................58 3.2 Exame físico neonatal ................................................68 3.3 Avaliação neurológica do recém-nascido .....72 3.4 Avaliação da idade gestacional ...........................78 3.5 Alojamento conjunto para bebês saudáveis e de cuidados especiais/ Unidade Canguru .........................................................94 3.6 Aleitamento Materno e Banco de Leite ..........104 3.7 Abordagem do recém-nascido febril ...............118 CAP. 4 | Cuidados ao recém-nascido criticamente doente 4.1 Recém-nascido prematuro extremo ................122 4.2 Manuseio mínimo: um caminho para o neurodesenvolvimento adequado ...................126 4.3 Transporte do recém-nascido ...............................130 4.4 Dor neonatal ..................................................................133 4.5 Analgesia e sedação no recém-nascido em ventilação mecânica/sequência rápida de intubação ....................................................145 4.6 A Fisioterapia na UTI Neonatal .............................153 CAP. 5 | Monitorização do paciente criticamente doente 5.1 Oximetria de pulso/capnografia .........................160 5.2 Avaliação da severidade clínica nos recém-nascidos sob assistência respiratória/ escore preditivo de morbimortalidade ...........165 CAP. 6 | Nutrição do recém-nascido 6.1 Nutrição enteral do prematuro ............................170 6.2 Nutrição parenteral no recém-nascido ...........183 6.3 Leite humano exclusivo para o recém-nascido pré-termo: evidências para o seu enriquecimento ....................................191 6.4 Crescimento pós-natal do prematuro: uso de curvas ..................................................................196 CAP. 7 | Distúrbios metabólicos 7.1 Distúrbios metabólicos no recém-nascido ..... 202 7.2 Doença metabólica óssea da prematuridade ...............................................................208 7.3 Hidratação venosa .......................................................210 7.4 Erros Inatos do Metabolismo: manifestações clínicas no recém-nascido ......................................214 CAP. 8 | Distúrbios respiratórios 8.1 Causas dos distúrbios respiratórios ..................226 8.2 CPAP nasal .........................................................................237 8.3 Ventilação Não Invasiva Neonatal ......................239 8.4 Assistência respiratória ao recém-nascido ...... 241 8.5. Surfactante pulmonar exógeno ............................ 251 8.6. Hipertensão pulmonar persistente ..................... 256 8.7. Hemorragia pulmonar.................................................. 265 8.8. Displasia broncopulmonar ........................................ 267 8.9. Apneia neonatal ............................................................... 277 8.10. Hérnia diafragmática congênita ......................... 281 8.11. Traqueostomia em neonatos................................ 288 CAP. 9 | Distúrbios cardiológicos 9.1 Arritmias cardíacas/insuficiência cardíaca congestiva/ cardiopatias congênitas ...............294 9.2 Persistência do canal arterial .................................307 9.3 Cuidados no pós-operatório de cirurgia cardíaca neonatal .........................................................311 CAP. 10 | Distúrbios hematológicos 10.1 Anemia neonatal ........................................................320 10.2 Policitemia ......................................................................324 10.3 Disturbios hemorrágicos .......................................326 10.4 Trombocitopenia/trombocitose .......................331 10.5 Hemoderivados e suas complicações ..........335 10.6 Trombose neonatal ...................................................339 CAP. 11 | Distúrbios Neurológicos 11.1 Crises Convulsivas no Período Neonatal .....346 11.2 Hemorragia Intraventricular no Recém-Nascido a Termo ........................................353 11.3 Lesão neurológica isquêmica e hemorrágica do prematuro: patogenia, fatores de risco, diagnóstico e tratamento ......362 11.4 Macrocrania ...................................................................375 11.5 Hemorragia Peri/Intraventricular no Recém-Nascido Pré-termo ...................................377 11.6. Significado Perinatal das Dilatações Ventriculares Cerebrais ......................................................384 11.7 Aspectos Ultrassonográficos das Malformações Cerebrais ........................................397 11.8 Defeitos de Fechamento do Tubo Neural .... 402 11.9 Asfixia Perinatal ...........................................................404 11.10 Ultrassonografia Doppler Cerebral no Recém-Nascido .................................................416 11.11 Retinopatia da Prematuridade ........................425 11.12 O Cérebro do Recém-Nascido com Cardiopatia Congênita .........................................433 CAP. 12 | Infecções adquiridas 12.1 Infecções fúngicas .....................................................442 12.2 Infecções bacterianas ..............................................448 CAP. 13 | Infecções Perinatais Crônicas 13.1 Sífilis Congênita ..........................................................462 13.2 Toxoplasmose congênita ......................................466 13.3 Síndrome da imunodeficiência adquirida perinatal ...........................................................................474 13.4 Rubéola Congênita ...................................................478 13.5 Doença de Chagas ....................................................480 13.6 Herpes Simples ...........................................................483 13.7 Varicela Congênita ....................................................485 13.8 Tuberculose Congênita e Perinatal .................487 13.9 Tétano................................................................................489 13.10 Hepatite B ....................................................................491 13.11 Citomegalovirose Congênita Perinatal ......494 13.12 Infecção Perinatal Pelo novo Coronavírus 2019 ....................................................500 CAP. 14 | Distúrbio do Trato Gastrintestinal 14.1 Refluxo gastroesofágico ........................................506 14.2 Enterocolite Necrosante ........................................511 14.3 Insuficiência intestinal ............................................516 CAP. 15 | Síndromes ictéricas 15.1 Hiperbilirrubinemia Neonatal ............................524 15.2 Colestase Neonatal ...................................................539 CAP. 16 | Distúrbios do Trato Genitourinário 16.1 Injúria Renal Aguda .................................................552 16.2 Hidronefrose Pré-Natal ..........................................562 16.3 Ascite Neonatal ...........................................................594 CAP. 17 | Hidropsia Fetal 17.1 Hidropsia Fetal .............................................................574 CAP. 18 | Urgências Cirúrgicas18.1 Defeitos no fechamento da parede abdominal Onfalocele/gastrosquise .............578 18.2 Anomalias Anorretais ..............................................585 18.3 Atresia de Vias Biliares .............................................588 18.4 Megacólon Congênito (Doença de Hirschsprung) ...................................592 18.5 Extrofia Vesical, Epispádia e Exrofia de Cloaca ........................................................................594 18.6 Obstruções Intestinais ............................................598 18.7 Atresia de Vias Biliares .............................................602 18.9 Priapismo Neonatal ..................................................606 18.10 Acesso Vascular no Recém-Nascido ............608 18.11 Drenagem Torácica ................................................626 CAP. 19 | Distúrbios endocrinológicos 19.1 Distúrbios Do Desenvolvimento Sexual (DDS) e Hiperplasia Congênita de Suprarrenal (HCSR) ....................................................630 19.2 Hipotireoidismo Congênito ..............................636 CAP. 20 | Imunologia do Recém-Nascido 20.1 Imunodeficiência Primária no Neonato.......642 20.2 Colostroterapia ............................................................652 CAP. 21 | Uso Do Curare Na UTI Neonatal 21.1 Uso do Curare na Uti Neonatal ..........................656 CAP. 22 | Uso de Diuréticos na UTI Neonatal 22.1 Diuréticos no recém-nascido: mais controvérsias do que indicações .....................668 CAP. 23 | Administração de Medicamentos no Recém-Nascido 23.1 Administração de Medicamentos no Recém-Nascido ..............................................................674 CAP. 24 | Síndrome de Abstinência Neonatal 24.1 Síndrome de Abstinência Neonatal ...............700 CAP. 25 | Problemas Hemodinâmicos 25.1 Problemas Hemodinâmico ..................................704 CAP. 26 | Ecocardiografia Funcional 26.1 Ecocardiografia funcional .....................................710 CAP. 27 | Cuidado Paliativo: Um Desafio na Abordagem do Paciente Neonatal 27.1 Cuidado Paliativo: Um Desafio na Abordagem do Paciente Neonatal .................714 CAP. 28 | Hipertensão arterial 28.1 Hipertensão Arterial no Recém-Nascido ....718 CAP. 29 | Distúrbios Do Equilíbrio Ácido-Básico 29.1 Distúrbios Do Equilíbrio Ácido-Básico ..........724 CAP. 30 | Seguimento Ambulatorial do Recém-Nascido Egresso da UTI Garantindo a Continuidade do Cuidado 30.1 Seguimento Ambulatorial do Recém- Nascido Egresso da UTI Garantindo a Continuidade do Cuidado ...................................732 Referências .............................................................................739 ASSISTÊNCIA PERINATAL CAP. 1 – A S S I S T Ê N C I A AO R E C É M - N A S C I D O D E R I S CO | 4 ª E D I Ç ÃO - 2 0 2 1 – 22 1.1 COMO EXERCER A MEDICINA/ NEONATOLOGIA COM BASE EM EVIDÊNCIAS Paulo R. Margotto 1 Só é permitido acesso ao resumo do artigo (abstract), tal como fora publicado, o que permite ao médico fazer uma primeira seleção de artigos de maior relevância para questão clínica que motivou a pesquisa. O novo paradigma para a prática clínica, ou seja, base para tomar decisões, tem que incluir a evidência da pesquisa clínica. Os tratamentos que usamos para os bebês devem ter sempre mais benefícios do que prejuízos. Assim, devemos adquirir informação por meio da procura por evidências, e que isto seja verdadeiro na literatura. Este é o novo para- digma da Medicina: um esforço para tentar melhorar a situação do pa- ciente com base em evidência nas pesquisas clínicas. Medicina baseada em evidência é o uso consciencioso da melhor evidência disponível na tomada de decisões no cuidado ao paciente. A prática da Medicina baseada em evidência significa integrar experiência clínica individual à melhor evidência clínica disponível em pesquisas sistemáticas. Sem a experiência clínica, as práticas correm o risco de ser tiranizadas pela evidência, podendo esta evidência ser inapropriadamente aplicada ou mesmo não aplicada ao paciente. Sem a evidência, as práticas logo se tornarão obsoletas e podem ser detrimentais ao paciente. Já chegando ao novo milênio, a estratégia mais poderosa é a procura eletrônica pela informação. Devemos ter um modo sistemá- tico de estudar a literatura médica de uma maneira eficaz. A evidência válida é apenas uma pequena parte da literatura que está disponível. Temos que ter uma forma eficiente de busca. Somos médicos muito ocupados e precisamos encontrar uma evidência válida (artigos de alta qualidade). Nos últimos três anos, foi possível, para qualquer parte do mundo, ter acesso à internet gratuitamente, procurando o Medline por meio deste endereço: www.pubmed.com.1 No exercício da Medicina Neonatal com base em evidências, citamos um endereço da internet (www.cochrane.org) que nos possi- bilita acessar meta-análises de diversas situações colocadas em ordem alfabética, como: cafeína versus teofilina no tratamento da apneia no recém-nascido (RN) pré-termo; CPAP versus teofilina para a apneia do pré-termo; uso profilático de CPAP nasal em RNs muito prematuros; uso profilático de anticonvulsivante na asfixia perinatal do RN a termo; e muitos outros temas polêmicos na prática clínica diária. O endereço específico neonatal é: http://www.nichd.nih.gov/cochrane. O nome Cochrane é uma homenagem ao Dr. Archibald Lemon Colchrane (1909-1988), pesquisador médico britânico que muito contribuiu para o desenvolvimento da Epidemiologia como ciência. A biblioteca Cochrane é um compêndio de revisões sistemáticas de estudos randomizados de todos os campos da Medicina. Utilizando o site www.paulomargotto.com.br, vamos ter a oportunidade de consultar casos clínicos selecionados, resumos de artigos neonatais, reprodução das mais importantes conferências/congressos/simpósios de Perinatologia, além de acesso a importantes sites de busca, como: Medline: www.pubmed.com; MD Consult: www.mdconsult.com; Journal of Perinatology: www.nature.com/jp; New England Journal of Medicine: http://content.nejm.org; Cochrane Neonatal: www.nichd.nih.gov/cochrane; Bireme: www.bireme. br; Pediatrics: http://pediatrics.aappublications.org; Neonatology on the Web: www.neonatology.org; Jornal de Pediatria: www.jped. com.br; Journal of Pediatrics: www.jpeds.com. Os artigos também podem ser solicitados diretamente ao autor por e-mail, quando disponível nos abstracts. Estrutura de um estudo da avaliação de um tratamento Conhecimento da estrutura de um estudo da avaliação de um tratamento: EXPOSIÇÃO Resultados Total Evento Não evento Sim (tratado) a b n1 Não (controle) c d n2 Medidas do efeito de tratamento: Risco relativo (RR): é a medida da força da associação entre a exposição e o evento (resultado) RR: a/n1 c/n2 Redução do risco relativo (RRR): 1 – RR Diferença de risco (DR): a/n1 – c/n2 Número necessário para tratamento (NNT): 1 DR Quando RR = 1, significa que não há efeito com o tratamento, ou seja, o efeito do tratamento é o mesmo nos dois grupos. Se RR < 1, significa que o risco do evento é menor no grupo tratado do que no controle. A variabilidade amostral do estudo pode ser avaliada por meio de testes de significância ou via intervalo de confiança. Aqui, da- remos preferência à segunda abordagem. Assim, desejando-se saber se um RR = 0,40 – para a redução de ductus arteriosus patente, foi signi- ficativo no grupo de RN exposto a um menor regime de oferta hídrica versus maior regime de oferta hídrica (Restricted vs Liberal Water Intake in Premature: Bell; Acarregui, 1999) –, pode-se calcular um intervalo de confiança para esta estimativa. Para um dado nível de significância (P ≤ 0,05), o intervalo de confiança representa o intervalo em que deve estar o parâmetro, ou seja, o RR verdadeiro. Se o valor 1, que se refere à nulidade da associação, não estiver contido no intervalo, temos uma confiança de que, na população de onde nossaamostra foi extraída, o RR é diferente de 1, sendo, portanto, significativo o achado da amostra. Para a realização dos cálculos do RR e o intervalo de 95% de confiança, assim como o seu significado, consulte Paulo Margotto (www.paulo- margotto.com.br), em Entendendo Bioestatística e Exercício da Medicina Baseado em Evidências. Uma vez calculado o intervalo de 95% de confiança para o nosso exemplo, temos: RR = 0,40 (95% IC: 0,26 – 0,63): a interpretação deste resultado é a de que o RR é significativo na redução do ductus arteriosus patente no grupo exposto ao regime de menos líquido. O intervalo de confian- ça não contém o valor 1, que indica nulidade de associação, ou seja, a amostra estudada reflete um efeito real da menor oferta hídrica na redução do ductus arteriosus patente. Redução do Risco Relativo (RRR): determina, em termos percen- tuais, que a redução do tratamento provoca a ocorrência da doença no grupo tratado quando comparado com o grupo controle. RRR: 1 – RR No exemplo anterior, ductus arteriosus patente: regime de menor x regime de maior oferta hídrica. RR: 0,40 RRR: 1 – 0,40 = 0,60 x 100 = 60% (há uma redução de 60% do ductus arteriosus patente no grupo de menor oferta hídrica). http://www.pubmed.com http://www.nichd.nih.gov/cochrane http://www.paulomargotto.com.br http://www.pubmed.com/ http://www.mdconsult.com/ http://www.nature.com/jp http://content.nejm.org/ http://www.nichd.nih.gov/cochrane http://www.bireme.br/ http://www.bireme.br/ http://pediatrics.aappublications.org/ http://www.neonatology.org/ http://www.jped.com.br/ http://www.jped.com.br/ http://www.jpeds.com/ http://www.paulomargotto.com.br http://www.paulomargotto.com.br 23 – CAPÍTULO 1 | 1.1. COMO EXERCER A MEDICINA/NEONATOLOGIA COM BASE EM EVIDÊNCIAS – Diferença de Risco (DR): a/n1 – c/n2. No exemplo anterior do ductus arteriosus patente com oferta hídrica menor ou maior, a DR foi de 0,190. Número necessário para tratamento (NNT): 1 DR A importância de se conhecer a DR é que possibilita calcular o NNT, que nos informa quantos indivíduos devem ser tratados para que se possa evitar a ocorrência de um evento (quanto melhor o trata- mento, menor o NNT). No caso do ductus arteriosus patente frente a dois regimes, de oferta hídrica (maior x menor), o NNT é: NNT = 1 DR DR= - 0,190; NNT = 1 = 5,26 = 5,3 -0,190 Ou seja, o número necessário de indivíduos a serem tratados com restrição hídrica para evitar um caso de ductus arteriosus patente é 5,3. Mais dois exemplos: 1. Hemorragia intraventricular (todos os grupos): grupo com menor x maior oferta hídrica. RR = 0,94 (95% IC: 0,52 – 1,72) RRR = 1 – 0,94 = 0,06 x 100= 6% DR = - 0,011 NNT = 1 = 90,9 -0,011 Interpretação: o risco de hemorragia intraventricular (todos os graus) não foi significativamente afetado pela oferta hídrica (veja, o intervalo de confiança do RR contém a unidade). A redução da hemor- ragia intraventricular, que é o RR, é de 6%, ou seja, há uma diminuição de 6% na incidência desta patologia no grupo com restrição hídrica, mas esta redução não foi significativa. O NNT de 90,9 significa que é necessário restringir líquido em 90,9 RNs para evitar a ocorrência de um caso de hemorragia. Lembramos que, quanto melhor o tratamento, menor o NNT. Morte neonatal: ingesta hídrica restrita x ingesta liberal. RR = 0,52 (95% IC: 0,28 – 0,96) RRR = 1 – 0,52 = 0,48 x 100 = 48% DR = - 0,063 NNT = 1 = 15,87 = 15,9 -0,063 Vejam que há uma redução significativa de 48% de morte neona- tal no grupo submetido à restrição hídrica, e o número necessário para o tratamento com restrição hídrica para evitar uma morte neonatal é de 15,9. Confiram a apresentação dos resultados: Forest Plot mostra visualmente os resultados de uma meta-análise, além de fazer uma estimativa visual da quantidade de variação entre os resultados. RR (95% IC) Oferta hídrica restrita x ingesta liberal Ductus arteriosus patente Hemorragia peri/intraventricular Morte neonatal Quando a linha horizontal estiver à esquerda (RR < 1), significa redução do evento; quando à direita, aumento do evento; e, toda vez que a linha horizontal tocar a linha vertical, significa que o RR não é significativo. Veja, agora, um exemplo do RR localizado à direita: meta-análise revista por Halliday e Ehrenkranz (1999) para determinar se o uso de esteroide entre 7 e 14 dias de vida versus controle é benéfico na preven- ção e/ou no tratamento da doença pulmonar crônica no prematuro. Foram observados como efeitos colaterais: • Hiperglicemia: RR = 1,27. IC = 0,99-1,63. Como interpretar: há um aumento da glicemia em 27% destes bebês (1,27 x 100 = 127: aumento de 27%: 100 + 27); porém, não foi significativo (veja que o intervalo de confiança contém a unidade: 0,99....1....1,63). • Hipertensão arterial: RR = 5,30. IC 95%: 1,59 - 21,29: há um aumento significativo (o intervalo de confiança não contém a unidade) de 5,3 vezes mais. • Hipertrofia do miocárdio: RR = 9. IC: 95%: 1,2 - 67,69: há um aumento significativo (o intervalo de confiança não contém a unidade: 1....1,2....67,69) de nove vezes mais. Vejam como fica a apresentação dos resultados: Esteroide com 7-14 dias nos RNs ventilados x controle Hiperglicemia Hipertensão arterial Hipertrofia do miocárdio Odds ratio ou razão das chances Os estudos de casos-controles comparam a frequência de expostos a um determinado fator entre um grupo de indivíduos que apresenta a doença – casos – e outro que não a tem – controle. Nestes estudos se ingressa pelo dano, isto é, um grupo de indivíduos doentes em que se estuda a exposição ao(s) fator(es) é comparado a um grupo de indivíduos sem esta patologia, exposto ao(s) mesmo(s) fator(es). Aqui estamos lidando com grupos: um portador da condição (doença) e outro não portador da condição (controle). Estes estudos também são chamados de estudos retrospectivos, pois, a partir da doença-dano, busca-se para trás fator(es) de exposição. Veja o esquema: Fator Dano Sim Não Sim a b Não c d a + b b + d n (a + b + c + d) Assim, a soma horizontal não tem sentido (pode-se conhecer todos os enfermos e só um número muito pequeno dos não doentes). Desta forma, torna-se impossível calcular o RR como aprendemos ante- riormente, e, então, usamos um estimador indireto do RR, que é a razão dos produtos cruzados ou de chance (odds ratio: OR): OR = a x d b x c Este é um bom estimador do RR sempre que a prevalência do dano nos não expostos for igual ou menor que 5%. A expressão “odds” não possui equivalente em português; alguns epidemiologistas referem-se à odds ratio como "razão de chances ", “razão de produtos cruzados”, ou, ainda, “razão de odds”. Usaremos o termo original. A razão das chances (OR) é definida como a probabilidade de que um evento ocorra dividida pela probabilidade de que ele não ocorra. Quando o (a) é pequeno em relação ao (b) e o (c) é pequeno em relação ao (d), os resultados entre RR e OR são muitos semelhantes. Como calcular a odds ratio: EXPOSIÇÃO Resultado Evento Não evento Sim a b Não c d – A S S I S T Ê N C I A AO R E C É M - N A S C I D O D E R I S CO | 4 ª E D I Ç ÃO - 2 0 2 1 – 24 OR = a x d b x c Utilizando o mesmo grupo de dados, o valor obtido para a me- dida de associação pela fórmula da OR é, geralmente, maior do que se obtém por meio da fórmula tradicional do RR. Do mesmo modo, o RR avalia se a variabilidade amostral da OR, por meio do cálculo do intervalo de confiança, e a interpretação são as mesmas do RR, ou seja, se o intervalo de confiança da OR contiver a uni- dade, significa ausência de associação. Para os cálculos, consulte Paulo Margotto (www.paulomargotto.com.br), em Entendendo Bioestatística. Entendendo as regressões múltipla e logística Havendo vários previsores, estaremos realizando uma regressão múltipla (esta é uma extensão lógica dos princípios
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