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Imprimir INTRODUÇÃO Situações cotidianas podem acarretar um acidente de trauma. Quantas vezes presenciamos cenas de pessoas caindo em ruas, jogos, acidentes? Infelizmente, vivenciamos muitas situações em que o primeiro atendimento é crucial para que não haja a perda de membro ou da mobilidade e, em casos graves, a manutenção da vida. O primeiro cuidado está ligado diretamente ao sucesso das demais etapas do tratamento e à reabilitação de quem sofreu um trauma, qualidade de vida pós trauma e até evitar a morte. Ter conhecimento para saber como agir com calma em casos de amputação, entorse e luxações, sabendo como diferenciar cada situação e os primeiros socorros indicados, fará a diferença no trabalho do socorrista. Imagine-se presenciando um acidente desses. Você saberia identi�car o tipo de lesão? Quais atitudes tomar? Como socorrer essa vítima? Nesta aula, vamos abordar os conceitos para responder a esses questionamentos e prepará-lo tecnicamente para agir, caso seja necessário. Bons estudos! AMPUTAÇÕES, ENTORSES E LUXAÇÕES Amputações, esmagamentos, entorses e luxações são termos conhecidos, mas, muitas vezes, utilizados de forma errônea. Para que haja clareza e o correto entendimento, serão abordados as de�nições, tipos, características e diferenças entre essas lesões. Entende-se como amputação a ablação total ou parcial de alguma parte do corpo, por causa de algum trauma ou como um método de tratamento cirúrgico para diversas patologias, diferente dos esmagamentos, que são ferimentos que acometem tecidos moles com grande intensidade. A amputação traumática tem relação com o evento inesperado, súbito e violento que ocasionou a lesão, acarretando a perda da parte afetada. Exemplos de situações que levariam a uma amputação traumática incluem acidentes de trânsito, eventos com maquinários, explosões com os fogos de arti�cio, choques elétricos. Tais situações são de perigo e, por vezes, fatais devido à ocorrência de hemorragia, sendo de suma importância a presteza no primeiro atendimento para que haja a manutenção da vida. Na amputação total ocorre a separação completa de uma parte, de membros, por exemplo, do restante do corpo, e essa parte �ca sem aporte sanguíneo, acarretando necrose. Nesse tipo de amputação, ocorre a retração dos vasos sanguíneos, facilitando a coagulação, tendo uma hemorragia reduzida, se comparada com Aula 1 AMPUTAÇÕES, ENTORSES E LUXAÇÕES Amputações, esmagamentos, entorses e luxações são termos conhecidos, mas, muitas vezes, utilizados de forma errônea. Para que haja clareza e o correto entendimento, serão abordados as de�nições, tipos, características e diferenças entre essas lesões. 15 minutos a amputação parcial. Nas amputações parciais, há um sangramento de grande importância e de difícil coagulação, sangramento ativo, devido à tração entre e o corpo e o segmento pendurado. A entorse é um estiramento ou a ruptura de um ou mais ligamentos, que são faixas resistentes e curtas de tecido que conectam as articulações e fazem a comunicação dos ossos. Esse tipo de estriamento ocorre quando uma articulação é torcida, dobrada ou sobre esticamento exacerbado. Temos como exemplos situações de lesões esportivas, quedas, entre outras. Podem ser de grau leve, moderado ou grave, fazendo referência ao grau de acometimento do ligamento distendido, parcialmente ou completamente rompido. Não se considera um entorse os casos de ruptura de tendão ou de músculo. A luxação é quando ocorre a completa separação dos ossos que formam a articulação. Refere-se como subluxação quando ossos que compreendem a articulação �cam parcialmente deslocados de sua posição original, mas não completamente separados. Atente-se que as articulações fazem parte do sistema musculoesquelético, composto pelos ossos, músculos e seus tecidos conectivos (tecido conjuntivo, ligamentos e tendões), conferindo ao corpo sua forma, estabilidade e movimentação. A maior parte das luxações são advindas de traumatismo, incluindo força direta (quedas, acidente automobilístico), desgaste por repetições (atividades diárias, excesso de vibrações ou solavancos), uso em demasia (atletas que levam ao uso excessivo). Quanto à gravidade de uma luxação, depende do que a causou, como força e o tipo de traumatismo. Há lesões provocadas por esporte, quando ocorre durante a prática esportiva, por exemplo. Há também a síndrome de Ehlers Danlos, um distúrbio genético raro, no qual o tecido conjuntivo, de forma incomum, deixa as articulações mais �exíveis, fazendo com o indivíduo tenha maior propensão a luxações e entorses. AMPUTAÇÃO, ENTORSE E LUXAÇÃO: IDENTIFICAÇÃO DA LESÃO Amputação Quando ocorre a separação de um membro do restante do corpo, chamada de amputação parcial ou total, há a interrupção do �uxo sanguíneo e, por consequência, hipóxia tecidual e necrose. Nos casos de amputação total, ocorre a retração dos vasos e a coagulação, o que reduz o sangramento, tornando-o menos intenso que nos casos em que a amputação é parcial. Nesta, há um grande sangramento de coagulação difícil, devido à tração entre a parte pendurada e o corpo. Este tipo de situação costuma ser bem evidente, chamando muito a atenção das testemunhas, e a vítima pode ou não saber que houve a perda de parte do seu corpo. O atendente deve ser cauteloso ao lidar com esse tipo de lesão, mantendo a vítima calma. Como agir diante de um caso de amputação? Como socorrer a vítima? O que fazer com a parte amputada? (Figura 1) Figura 1 | Ilustração de um acidente com amputação Um ponto importante é localizar a parte amputada, em especial se for extremidade superior e polegar, para uma possível implantação. Geralmente, extremidades inferiores, quando ocorre a amputação traumática, não são implantadas, pois existem próteses efetivas para esses casos e pouco sucesso nas tentativas de implantação. Lembramos que a avaliação primária sempre deve ser feita antes de realizar a busca pela parte perdida. Sabemos que, visualmente, uma amputação é muito feia, mas se há manutenção da vida (vias aéreas abertas, coração batendo e hemorragias contidas), a parte separada do corpo é de importância secundária em relação a situações potencialmente fatais. Outras situações comuns que podem levar a traumas são ruas com desnível, prática de atividades físicas ou até a simples falta de atenção, que podem levar a uma queda e a lesões tanto superiores quanto inferiores no corpo, acarretando movimentação incorreta dos pés, tornozelos, ombros, punho e dedos, provocando lesões, entorses e luxações (Figura 2). Figura 2 | entrose de tornozelo e luxação de ombro Entorses Ocorre por uma movimentação atípica, no português popular “torção”, que leva à lesão de ligamentos de uma articulação e, consequentemente, a ruptura parcial ou total desse ligamento. Portanto, a entorse ocorre quando uma articulação entre dois ossos é forçada mais que seus limites. Quando uma vítima sofre uma entorse, ela terá dor local, pode haver formação de edema, vermelhidão e até hematoma. A região afetada �ca sensível e com di�culdade para execução de movimentos. Luxação Ocorre nas articulações pelo deslocamento do osso posicionado de maneira incorreta, impedindo a movimentação. No popular, a luxação é o “deslocar”, por exemplo, do ombro. Pode ser derivada de movimento brusco, pancada, ou qualquer situação em que uma força desloque os ossos de sua posição correta. Leva a deformidade, dor intensa e limitação de movimento. Portanto a luxação acontece quando dois ossos se desarticulam, não há quebra do osso, mas uma deformidade com dor intensa. Próximo às articulações, existem muitas terminações nervosas que são comprimidas quando os ossos saem de sua posição original. A luxação, em comparação a uma fratura óssea, é de maior urgência, pois a luxação, mesmo em repouso ou imobilizada, gera muita dor, e só melhora quando os ossos e as articulações voltam à sua posição natural. AMPUTAÇÃO, ENTORSES E LUXAÇÕES: PRIMEIROS SOCORROS Ao prestar um atendimento,deve-se privilegiar a manutenção da vida, eliminando as situações que impliquem em risco de morte, tais como obstrução de vias aéreas e crises cardíacas. Segundo o recomendado pelo Atendimento Pré-hospitalar Avançado ao Trauma (PHTLS), o atendimento deve seguir XABCDE do trauma (Figura 3), um mnemônico para padronização do atendimento ao politraumatizado, priorizando a abordagem no atendimento. Figura 3 | Representação do XABCDE • X – Contenção da exsanguinação. • A - Manutenção da permeabilidade de vias aéreas e da boa ventilação. • Controle de hemorragia na parte afetada, iniciando com compressão direta; caso não tenha sucesso, pode evoluir para o torniquete. • Proteger o ferimento com curativo seco. • Não manipular ferimentos que não estão mais sangrando. Ocorrendo a coagulação, o sangramento cessa. • Nessa situação, ter atenção a um possível quadro de choque. • Realizar avaliação secundária. Manejo e cuidados da parte amputada (Figura 4). 1. Realizar a limpeza com ringer lactato (mantém melhor a vitalidade); na ausência, usar soro �siológico. 2. Envolver o segmento em gaze estéril umedecida com ringer lactato e colocá-la em saco plástico ou recipiente e identi�car. 3. Colocar o saco plástico ou recipiente externo em outro recipiente com gelo triturado. Nunca colocar o segmento diretamente no gelo, não congelar, não colocar gelo seco. 4. Transportar o segmento amputado com o paciente até o hospital mais próximo e apropriado para o procedimento de implantação. Figura 4 | Manejo correto do segmento amputado Para o transporte do paciente • Realizar a mobilização cuidadosa e considerar imobilização adequada da coluna cervical, tronco e membros, em prancha longa com alinhamento anatômico, sem atraso para o transporte; caso o segmento não seja encontrado, encaminhar a vítima para hospital e, posteriormente, caso seja encontrado em tempo hábil, enviar o segmento para o hospital. Como agir em uma entorse? 1- Retirar sapatos, roupas, acessórios (relógios, anéis, pulseiras), tudo que possa levar à compressão da articulação afetada ou que impeça a circulação sanguínea devido ao edema. 2- Colocar gelo, compressas frias para reduzir o edema. 3- Realizar a imobilização da articulação, osso acima e osso abaixo, de forma confortável, evitando atar a faixa com muita força, pois isso pode levar à redução da circulação e a vítima relatará formigamento. 4- Levar ao hospital mais próximo para a realização de radiogra�a e descarte de fratura. Em casos de luxação, a colocação da articulação no lugar só deve ser realizada por médico, sob risco de piora da lesão. Então, como agir nesse primeiro atendimento? 1- Manter a articulação lesada em posição confortável. 2- Em caso de a lesão ser em membro superior (braço), atá-lo junto ao corpo, por uma tipoia, ou por faixas, lembrado sempre de deixar confortável. Caso não haja nenhum material, solicitar que a vítima mantenha o braço junto ao corpo. Ficar atento à coloração das pontas dos dedos, pois indicarão a presença ou ausência de circulação. 3- Em caso de lesão em membro inferior (pernas), imobilizar alinhadas horizontalmente, com um coxim entre as pernas (toalhas, cobertores, blusas); depois, amarre as pernas juntas com faixas, mantendo os nós sobre o membro sem lesão. 4- Caso a lesão seja em tornozelo ou pé, imobilizar a lesão e deixar em posição confortável, usando coisas macias. 5- Usar, sempre que possível, faixas largas para imobilizar. 6- Nunca tente colocar a região lesionada em sua posição natural, pois esse ato pode levar ao agravamento da lesão. VIDEOAULA Estudante, vamos reforçar seus conhecimentos sobre os conceitos básicos, tipos de lesão e como agir em situações com entorses, amputações e luxações. Que tal discutirmos como improvisar, caso não tenha à mão um kit de primeiros socorros? Você saberia utilizá-los? Qual a forma correta de realizar um torniquete? Como imobilizar um membro? Quer saber mais? Então, acompanhe nosso vídeo. Videoaula Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. Saiba mais Ambientes escolares são locais propícios para acidentes, pois são praticadas diversas atividades, desde o ensino, práticas sociais, lazer e jogos. Como agir frente a um acidente nesse ambiente? Veja a cartilha O atendimento prestado pelos professores em situações de emergência, às crianças na pré escola: confecção de uma cartilha ilustrada, escrita por Monica Resende de Abreu e Vanessa da Lapa Silva. Dentre as diversas articulações do corpo, o ombro é a com maior mobilidade, devido ao seu desenho anatômico, o que também pode facilitar luxações. Para compreender melhor sobre esse possível tipo de lesão, recomendo a leitura do artigo Luxação do Ombro: Avaliação e Tratamento escrito pelo Dr. Jóni Nunes. Casos de vítimas decorrentes de trauma aumentam a cada ano, e a amputação é um dos grandes problemas. Para aumentar seus conhecimentos acerca desse assunto, leia o artigo Trauma de extremidades: avaliação e manejo inicial das lesões graves e ameaçadoras da vida escrito por Ana Carolina Muniz de Farias. https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/2676 https://revdesportiva.pt/wp-content/uploads/2021/05/Dragao_5_21.pdf http://revista.universo.edu.br/index.php?journal=1UNICARECIFE2&page=article&op=viewArticle&path%5B%5D=6958 INTRODUÇÃO Na rotina diária, vivemos momentos do cotidiano, estudos, trabalho e lazer. Na execução dessas atividades podemos vivenciar situações que levem a um acidente de trauma. Muitas vezes, presenciamos cenas de acidentes automobilísticos, atropelamentos, queda da própria altura ou encontramos um buraco na rua. Infelizmente, vemos muitas situações em que o primeiro atendimento é crucial para que não haja a perda de membro, lesões cerebrais e, em casos graves, a perda da vida. Os primeiros socorros estão diretamente ligados ao êxito no salvamento da vítima, para que sua recuperação e reabilitação sejam as melhores possíveis. Saber como atuar em casos de fraturas e traumas cranioencefálicos fará a diferença nesse momento tão crucial, se o socorrista agir de modo correto. Em caso de fratura, que atitude tomar? Como evitar maiores lesões, após um trauma cranioencefálico? Vamos abordar os conceitos para responder esses questionamentos e prepará-lo para agir nesses casos. Bons estudos! FRATURAS: TRAUMA DE EXTREMIDADES E CRANIOENCEFÁLICO O trauma de extremidades é uma temática complexa e ampla, tem sua de�nição como todas as lesões que afetam membros inferiores e superiores, e sua prevalência é em vítimas politraumatizadas. São intercorrências clínicas que afetam os membros, e correspondem a fraturas, luxações e entorse. Nosso foco de estudo, agora, são as fraturas. A fratura é a descontinuidade no tecido ósseo, é a ruptura, rachadura ou quebra na continuidade, mesmo que não seja completa, sendo de�nida como a interrupção da continuidade do osso levando à incapacidade de transmissão de carga devido à perda da estrutura, e é classi�cada de acordo com a extensão e o tipo. Ela ocorre quando o osso passa por uma situação de estresse maior do que ele pode suportar ou absorver. Pode ter como causa impactos diretos, movimentos súbitos de torção, força de esmagamento, lesões de esforço e, Aula 2 FRATURAS O trauma de extremidades é uma temática complexa e ampla, tem sua de�nição como todas as lesões que afetam membros inferiores e superiores, e sua prevalência é em vítimas politraumatizadas. São intercorrências clínicas que afetam os membros, e correspondem a fraturas, luxações e entorse. Nosso foco de estudo, agora, são as fraturas. x minutos até mesmo, uma contração muscular vigorosa. Geralmente, é o resultado de traumas de alta energia, porém, pode ser relacionada aos traumas de baixa intensidade, em casos de doenças pré-existentes, como osteoporose e neoplasias ósseas. Quando ocorre a fratura, não é somente o osso que sofre com a quebra, as estruturas adjacentes ao osso, como os músculos, vasos sanguíneos,nervos, tendões, articulações e órgãos próximos também podem ser afetados, acarretando aumento de volume (edema) de tecidos moles, hemorragia interna nos músculos e articulações, luxações articulares, rompimento de tendões, laceração de nervos e lesão de vasos sanguíneos. As lesões das estruturas adjacentes podem ser geradas tanto pela força que ocasionou a fratura como por fragmentos ósseos dela provenientes. Já o trauma cranioencefálico (TCE) compõem-se da lesão física ao tecido cerebral que, provisoriamente ou de�nitivamente, impossibilita a função cerebral, sendo uma das causas comum de óbitos ou de sobrevida com de�ciência. Dentre as principais causas de TCE estão as quedas (especialmente em crianças pequenas e idosos), acidentes automobilísticos (com bicicleta, carros e os demais veículos ou atropelamento) e agressões (brigas, socos, pancadas, golpes com objetos pesados). São TCE um grupo de lesões abertas ou fechadas do crânio: concussão (alteração pós-traumática transitória e reversível no status mental); contusões encefálicas (hematomas no cérebro que podem levar a prejuízos nas funções cerebrais); lesão axonal difusa (LAD – quando se tem a desaceleração rotacional, gerando forças que levam à ruptura generalizada de �bras axonais e da bainha de mielina); hematomas (acúmulo de sangue intracerebral ou ao redor do cérebro, podendo ser epidurais ou intracerebrais); fraturas cranianas (lesões penetrantes envolvendo fraturas, lesões fechadas, com fraturas lineares, com depressão óssea ou cominutiva, sugestivas de grande força de impacto). A sintomatologia do TCE tem relação direta com o grau da força empregada como causa da lesão e da intensidade do acidente, mas os sintomas mais comuns incluem perda de memória, desmaio, alterações visuais, olhos com hematoma (olhos de guaxinim é um sinal clássico de trauma de base de crânio) e sangramentos na cabeça, rosto ou ouvido. FRATURAS: TRAUMA DE EXTREMIDADES E CRANIOENCEFÁLICO As fraturas são caracterizadas pela descontinuidade parcial ou total de um osso, podendo apresentar as seguintes subdivisões, levando em conta sua etiologia: • Fraturas causadas unicamente por trauma: ocorrem em ossos sãos e íntegros, advindo de traumas indiretos ou diretos, ligadas a agressões físicas ou acidentes; é o grupo de maior incidência, por isso, quando utilizado o termo fratura sem especi�cações acaba-se remetendo a esse tipo de fratura. • Fraturas por stress ou fadiga: são causadas por pequenos e repetidos traumas, em ossos submetidos a esforço prolongado ou em ossos sãos; ocorrem em membros inferiores e nas vértebras lombares. • Fraturas patológicas: acometem ossos com patologias que os deixam enfraquecidos, podendo ser fraturados espontaneamente ou em atividades banais. As fraturas também podem ser classi�cadas levando em conta a região do osso que acometeu: epí�se (região articular), metá�se ou diá�se (corpo, parte mais longa e central do osso). A classi�cação quanto ao traço da lesão: longitudinal, oblíqua exposta, transversa, espiral e desviada, tendo ainda a comunicativa e a simples. Ainda podem ter sua classi�cação relacionada ao comprometimento articular, podem ser interarticulares ou extra articulares. Podemos também analisá-las e classi�cá-las quanto a ruptura do osso e da pele: • Fratura completa: envolve todo o corte transversal do osso, geralmente com desvio (posição anormal). • Incompleta: envolve parte do corte transversal do osso ou pode ser longitudinal. • Fechada (simples): a pele (mucosas) não é rompida, não sendo perfurada pelas extremidades ósseas que estão quebradas. • Aberta (exposta ou composta): pele rompida que leva diretamente à fratura, o osso se quebra, atravessando a pele, ou existe uma ferida associada que se estende desde o osso fraturado até a pele (ou seja, o osso normalmente é visível). Para a fratura aberta, há, ainda, outras classi�cações: a) Grau I: lesão limpa com menos de 1 cm de comprimento. b) Grau II: lesão maior que 1 cm, sem retalhos extensos de tecido mole. c) Grau III: lesão altamente contaminada e extensa dos tecidos moles, incluindo pele, músculo, estrutura neurovascular, com esmagamento. • Patológica: através de área de osso enfermo (osteoporose, cisto ósseo, tumor ósseo, metástase óssea). Os sintomas de uma fratura são: dor, deformidade, encurtamento do membro, crepitação (sensação de rangido ao tocar a região lesada), edema e perda de função. Geralmente, a identi�cação de uma fratura é fácil, está associada à deformidade do membro, sensibilidade local, fragmentos expostos, edema e coloração diferente, associada à perda funcional do membro. Quanto às TCE, em especí�co as fraturas do crânio que envolvem riscos especiais, classi�camos: aquelas com depressão óssea (maior risco de laceração dural), ósseas temporais que ultrapassam a área da artéria meníngea (ocasional hematoma epidural), as que ultrapassam um dos seios durais (levam a hemorragias signi�cativas e hematomas epidural ou subdural, podendo levar a infarto cerebral e trombose), as que envolvem o canal carotídeo (levando a dissecção da carótida), no osso occipital e ossos basilares (base do crânio: fraturas nessas áreas indicam lesão por alto impacto, aumentando o risco de lesão intracraniana) e aquelas em crianças (podendo levar ao desenvolvimento de cistos leptomeníngeos). Independentemente do tipo de TCE, pode ocorrer edema cerebral, redução do aporte de sangue ao encéfalo, levando ao aumento da pressão intracraniana e isquemia. O edema em conjunto com a isquemia pode levar a complicações, como hipotensão, hipóxia e lesão permanente. FRATURAS: TRAUMA DE EXTREMIDADES E CRANIOENCEFÁLICO Com o conhecimento do que é uma fratura e seus tipos, chegou a hora de aprender como atender as vítimas em casos de suspeita de fratura. Primeiramente, deve-se manter a calma, veri�car se existem ferimentos com maior gravidade, tais como sangramentos, seguir XABCDE do trauma (Figura 1) e chamar o socorro (SAMU, Bombeiros, Polícia). O cuidado com as fraturas entra na avaliação secundária. Figura 1 | Signi�cado do XABCDE Para o atendimento da vítima, seguiremos os seguintes passos: 1. Manter membro lesionado em repouso, em posição natural ou mais confortável possível. 2. Realizar a imobilização do membro, sempre assegurando que abranja uma articulação acima e uma abaixo da fratura, podendo ser utilizadas talas. Caso não tenha disponível, deve-se improvisar com pedaços de madeira, papelão e faixas ou panos limpos para atar. 3. NUNCA tentar colocar o osso no lugar. 4. Se for do tipo de fratura exposta, cobrir o ferimento com gaze ou pano limpo. Para realizar a imobilização de forma correta e evitar agravamento da lesão deve-se atentar se a fratura é fechada ou aberta. Nos casos de fratura fechada, aquelas nas quais não houve a ruptura da pele, coloca-se uma tala de cada lado da região fraturada e realiza-se a amarração envolvendo as talas do início ao �m, lembrando que as talas devem ultrapassar a articulação acima e abaixo da parte fraturada. Nos casos de fraturas expostas, quando existe trecho do osso à mostra, perfurando a pele, deve-se passar uma tala por trás do local onde o osso ultrapassou a pele, com amarração acima e abaixo da área afetada, mas sem passar a faixa por ela; a lesão �ca à mostra e recoberta por uma gaze. Já sobre os primeiros socorros em caso de TCE os passos iniciais são manter a calma, seguir XABCDE do trauma (Figura 1), e os seguintes passos: 1- Chamar o socorro (SAMU, bombeiros, ambulância, polícia). 2- Em vítimas conscientes, mantê-la calma até a chegada do auxílio. Já em vítimas inconscientes, veri�car respiração e batimentos cardíacos; caso estejam ausentes, iniciar massagem torácica. 3- Tentar realizar a imobilização da vítima, uso de colares cervicais para evitar lesões raquimedulares; caso não tenha o colar à disposição, realizar a imobilização com as mãos, evitando, assim, que a vítima se movimente. 4- Caso haja hemorragias, realizara compressão local com pano ou gazes limpos. 5- Fique atento à vítima até a chegada do auxílio, veri�que constantemente os sinais vitais (pulso e respiração) e o nível de consciência, conversando com a vítima, fazendo perguntas, para veri�car se não está �cando confusa. Resumidamente, os primeiros socorros em casos de TCE são: chamar auxílio, acalmar a vítima, avaliação primária, não dar nada para pessoa consumir (bebidas comidas), muito cuidado ao mover a vítima (somente mover em casos em que o local ofereça maior risco que a própria lesão), cuidar das demais lesões e manutenção dos sinais vitais até a chegado ao hospital. VIDEOAULA Estudante, vamos reforçar seus conhecimentos sobre os conceitos básicos, tipos de fraturas e como agir em situações com TCE? Que tal vermos como são realizadas as escalas para análise de nível de consciência? Qual a forma correta de realizar imobilizações de membros? Como cuidar de um TCE? Quer saber mais? Então, acompanhe o vídeo! Videoaula Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. Saiba mais Com o avançar da idade, a falta de equilíbrio pode acarretar fraturas por queda em pessoas idosas. Através da leitura do artigo Fatores associados à quedas e fraturas nos pacientes idosos, de Bittar et al (2021), tenha mais conhecimentos sobre quais os tipos de fraturas que mais acometem essa população. O TCE pode ocorrer em qualquer faixa etária. Para entender melhor os casos em recém-nascidos, recomendo a leitura do capítulo 16: Lesões cerebrais traumáticas em recém-nascido, do livro Medicina: ciências da saúde e pesquisas interdisciplinares escrito por Benedito Rodrigues da Silva Neto. Aula 3 TRAUMAS https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/33435 https://www.atenaeditora.com.br/post-artigo/54497 INTRODUÇÃO Ao despertar, é costume de alguns lares deixar seus televisores sintonizados em noticiários, para se preparar para o dia. Muitas vezes, nos deparamos com notícias sobre pessoas feridas por arma de foro, crianças que, distraídas, acabaram por cair de alturas, indivíduos que tentam pular portões e �cam “enganchados” em suas lanças, acidentes de motocicleta onde o motoqueiro é lançado metros à frete, acidentes de carro em que o passageiro está sem cinto e é lançado no para-brisa, do tipo olho de boi, entre outros. Saber como atuar em situações de trauma: tórax, abdômen, raquimedular ou mesmo em situações de empalamento pode fazer a diferença na vida do acidentado. Vamos abordar os conceitos sobre trauma de tórax e abdômen, trauma raquimedular e empalamento e prepará-lo para agir nesses casos. Bons estudos! TRAUMA: TÓRAX, ABDÔMEN, RAQUIMEDULAR E EMPALAMENTO A terminologia trauma é utilizada na descrição de dani�cações ocasionadas por eventos que originam ferimentos com causas diversas, como acidentes, agressões ou violência, que podem gerar injúrias graves e até afetar órgãos, sendo necessária uma intervenção ágil. O trauma é do tipo contuso quando não ocorre a perfuração da pele, como escorregões, pancadas ou batidas. Pode ser do tipo penetrante quando ocorre laceração ou rompimento da pele, feridas por arma de fogo ou arma branca e fraturas expostas. Ou pode ser do tipo misto, quando a vítima sofre os dois tipos de traumas (contuso e penetrante), como os que correm em acidentes de trânsito, por exemplo. Nesta aula, veremos o trauma de tórax, abdômen, trauma raquimedular e trauma por introdução de objetos (empalamento). Iniciaremos com seus conceitos. O trauma de tórax ou torácico (TT) está ligado a qualquer tipo de injúria que tem o comprometimento de um ou mais estruturas da cavidade e da parede torácica, incluindo mediastino, podendo acarretar acidose metabólica (ocorre devido ao estado de hipoperfusão sanguínea tecidual, podendo ser agravada devido à acidose respiratória por conta de hipoventilação), hipercapnia (o acumulo de gás carbônico em decorrência de uma ventilação, respiração inadequada ou insu�ciente) e hipóxia tecidual (onde há oferta inadequada ou insu�ciente de oxigênio aos tecidos, que pode estar associada à hipovolemia). O tórax está na parte superior do tronco, sendo limitado inferiormente pelo músculo diafragma. A terminologia trauma é utilizada na descrição de dani�cações ocasionadas por eventos que originam ferimentos com causas diversas, como acidentes, agressões ou violência, que podem gerar injúrias graves e até afetar órgãos, sendo necessária uma intervenção ágil. 14 minutos O trauma de abdômen ou abdominal (TA) está relacionado a injúrias resultantes de ações mecânicas, químicas, elétricas ou irradiações, de forma súbita e violenta exercida contra o abdômen, podendo atingir vísceras e órgãos dessa região (fígado, baço, intestinos) e estruturas adjacentes, podendo ocasionar evisceração, quando ocorre a exteriorização de vísceras. O trauma raquimedular (TRM) corresponde a uma injúria à coluna vertebral ou à medula espinhal que acarreta danos neurológicos, como alterações motoras, sensitivas e na função autônoma, podendo ser causado por quedas de árvores, acidentes de mergulho, automobilísticos e arma de fogo. Esse trauma pode levar ao choque neurogênico, disre�exia autônoma, trombose venosa profunda (TVP), alterações psicossociais, com sequelas que dependerão da altura em que a medula sofreu a injúria. O empalamento ou empalação é uma forma especí�ca de encravamento caracterizada pela introdução de um objeto que tenha maior eixo longitudinal em orifícios naturais, como ânus, boca, nariz, orelha, região perineal. Costumam ser injúrias múltiplas e diversi�cadas quando sua profundidade tem variação segundo a força, velocidade do impacto ou, ainda, das dimensões do objeto contundente. Como o empalamento é uma modalidade do encravamento, devemos compreender a de�nição desse termo, que representa um tipo de injúria produzida pela entrada e penetração de objetos em qualquer parte do corpo, podendo ocorrer de forma acidental. São decorrentes de acidentes com grande impacto entre o indivíduo e o objeto ou quando o indivíduo e o objeto encontram-se em grande velocidade TRAUMA: TÓRAX, ABDÔMEN, RAQUIMEDULAR E EMPALAMENTO O trauma de tórax pode ser classi�cado em aberto ou fechado e, ainda, quanto à natureza do mecanismo de trauma, em contuso ou penetrante. Vamos, então, veri�car suas características: • Trauma de tórax aberto: são os ferimentos decorrentes de traumas penetrantes, que têm por causa mais comum os ocorridos por arma branca (FAB) e por arma de fogo (FAF), em comunicação entre o meio exterior e interior. • Trauma de tórax fechado: são os ferimentos decorrentes de traumas contusos que têm por causa, por exemplo, acidentes automobilísticos nos quais uma força leva a uma lesão interna que não tem comunicação com o ambiente externo. O trauma de tórax ainda pode ser classi�cado pelo tipo de manifestações clínicas: o Pneumotórax: caracterizado pela presença de ar entre as camadas da pleura (serosa que reveste os pulmões). o Hemotórax: caracterizado pelo acúmulo de sangue entre os pulmões e a parede torácica. o Tamponamento cardíaco: caracterizado pelo acúmulo de sangue no pericárdio (membrana serosa que reveste externamente o coração). o Contusão pulmonar: caracterizada por injúrias que levam à ocorrência de dano intersticial e alveolar, com presença de edema e sangue, sendo uma injúria parenquimatosa traumática. O trauma abdominal pode ser classi�cado, em dois tipos principais: • Trauma abdominal aberto: existe a descontinuidade da pele na região afetada, exercendo a comunicação entre o meio interno do corpo e o meio externo, podendo ou não ocorrer evisceração, e são subdivididos em trauma penetrante e não penetrante na cavidade abdominal. • Trauma abdominal fechado: também chamado contusão abdominal, são as lesões em que a pele da região abdominal permanece íntegra, porém, internamente, sofre os efeitos do mecanismo agressor que transfere a intensidade do impacto recebido pela parede abdominal às vísceras,podendo ocorrer por contragolpe ou desaceleração. Por exemplo, quando ocorre a colisão de um veículo e o motorista está sem o cinto de segurança, na desaceleração, o abdômen pode colidir com o volante. A classi�cação do trauma raquimedular segue, desde 1969, a descrita de forma simpli�cada por Frankel: • Frankel A (completa): recebe essa classi�cação quando a injúria acarreta ausência de sensibilidade e motricidade distal ao nível da lesão. • Frankel B (incompleta): recebe essa classi�cação quando a injúria acarreta paralisia motora completa, mas a sensibilidade está mantida na região distal ao nível da injúria. • Frankel C (incompleta): recebe essa classi�cação quando a injúria acarreta presença de alguma força motora, mas sem função prática. • Frankel D (incompleta): recebe essa classi�cação quando a injúria está ligada à força motora efetiva distal ao nível da lesão, mas com um certo grau de de�ciência. • Frankel E (normal): são os indivíduos sem alteração neurológica. O TRM pode ocorrer por fratura das vértebras, tipo A, lesões compressivas: A1 fratura em “tear drop”, A2 fratura em “split”, A3 faz o acompanhamento do platô superior e A4 está ligada a injúria causada por ambos os platôs; ou Tipo B, lesão por ruptura: B1 anteroposterior, B2 ruptura do platô superior e ligamentar e B3 do disco vertebral e ligamentar total. TRAUMA: TÓRAX, ABDÔMEN, RAQUIMEDULAR E EMPALAMENTO O trauma de tórax ou torácico pode gerar diferentes tipos de lesão. Para que se faça um atendimento inicial adequado, ele deve ser ordenado e seguir a regra básica do XABCDE do trauma (Figura 1) e chamar ajuda (SAMU, bombeiros, polícia). As lesões torácicas são analisadas tanto durante a avaliação primária quanto na secundária, dependendo da potencialidade de sua gravidade. Figura 1 | Signi�cado do XABCDE As lesões torácicas que representem risco iminente de morte devem ser avaliadas; as que necessitam de atendimento na avalição primária são as obstruções de vias aéreas, pneumotórax aberto ou hipertensivo, tórax instável, hemotórax maciço e tamponamento cardíaco. As lesões torácicas com potencial risco de morte que devem levantar suspeita e requerem investigação na avaliação secundária são: pneumotórax simples, hemotórax, contusão pulmonar, laceração traqueobrônquica, traumatismo contuso do coração, ruptura traumática de aorta ou diafragma e ferimentos trans�xantes do mediastino. A conduta dependerá do tipo de lesão: • Pneumotórax aberto: deve realizar curativo valvulado, em três pontos, seguido de drenagem. • Hemotórax ou pneumotórax simples: realizar a drenagem pleural. • Pneumotórax hipertensivo: deve realizar a punção com agulha de grosso calibre no segundo espaço intercostal. No caso de atendimento à vítima de trauma abdominal, lembrando que esse tipo de vítima deve ser considerado em estado grave, seguir o XABCDE, ligar para emergência, deixar a vítima repousada em decúbito dorsal, não dar nada para ela beber ou comer. Caso a lesão seja do tipo aberto, proteger a ferida com um tecido limpo; se houver objeto encravado, ele não deve ser retirado, mas deve-se tentar �xá-lo, sem movimentá-lo, para que não se mexa no transporte e evite o agravamento da lesão. Caso haja evisceração (saída de vísceras), nunca tentar colocar as vísceras dentro da cavidade abdominal, mas deve-se cobri-la com tecido úmido e oferecer suporte psicológico, para que a vítima �que em repouso e calma. Em casos em que ocorra a suspeita de um traumatismo raquimedular, deve-se seguir o XABCDE, promover a imobilização da coluna cervical, pescoço e cabeça, em posição neutra, com o mínimo de movimentação possível para não agravar a lesão. A imobilização pode ser realizada com colar cervical ou, na ausência, com as mãos, abas de boné, pano grosso enrolado (cuidado para não as�xiar). Caso esteja de capacete e esteja lúcido, não fazer a retirada; em caso de insu�ciência respiratória ou cardíaca, retirar o capacete para que o socorro seja prestado. Somente mover o paciente em caso de perigo com relação à cena; se for necessário movê-lo, utilizar a técnica de monobloco, e sempre suspeitar de lesão raquimedular em vítimas de trauma cranioencefálico. Caso a vítima tenha um objeto encravado, podendo ser um ferro, vidros, galhos, hastes de metal ou madeira, nunca retirar nem movimentar, pois, na tentativa de retirada, pode-se provocar lesões em órgãos próximos ou agravar hemorragias que o objeto está contendo com a pressão que exerce sobre ele. Nesses casos, deve-se fazer a proteção da área afetada com gazes ou panos limpos, tentar �xar o objeto para evitar sua movimentação ao longo do transporte até o hospital, onde ele poderá ser retirado com segurança. VIDEOAULA Estudante, vamos reforçar seus conhecimentos sobre os conceitos básicos do trauma torácico, abdominal e raquimedular. Diferenciar lesões de empalamento e encravamento, além de enfatizar como agir em cada uma dessas situações. Que tal vermos como realizar de forma adequada a imobilização e movimentação da vítima com suspeita de TRM? Qual a atitude frente a um caso de lesão com objeto encravado? Quer saber mais? Então, acompanhe o vídeo. Videoaula Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. Saiba mais Os traumas são considerados um grande problema de saúde pública no mundo. Ocorre em todas as faixas etárias, sobretudo, em crianças, adolescentes e jovens adultos, sendo a principal causa de morte. Para aprofundar seus conhecimentos sobre trauma raquimedular, recomendo a leitura do artigo A importância da atuação da equipe no APH a vítima suspeita de TRM de Michelly Rodrigues de Paula et al. O trauma abdominal aberto ocorre quando um objeto perfura o indivíduo, causando descontinuidade dos tecidos. Aprofunde seus conhecimentos com o artigo Trauma abdominal aberto (XAVIER et al., 2018). Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. Aula 4 TRAUMA POR TEMPERATURA E CHOQUE As queimaduras são classi�cadas como lesões traumáticas de origem térmica, são resultado da ã d lí id t h f i i t b tâ i í i di ti h https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/20918 http://www.revista.universo.edu.br/index.php?journal=1unicarecife2&page=article&op=viewarticle&path%5b%5d=6968 INTRODUÇÃO Quando entra a temporada de férias, de verão ou de inverno, vemos as crianças brincando nas ruas, parques, em momentos de diversão, que não percebem o perigo que podem correr. Situações como empinar pipa perto da �ação elétrica ou �car muito expostas ao sol, brincar com “bombinhas” em época de festas juninas, são atividades simples que podem acabar em tragédias. Caso a pipa encoste no �o, pode levar a um choque, uma queimadura pode ocorrer na explosão da bombinha etc. Saber como atuar em situações de trauma por choque elétrico ou queimaduras pode fazer a diferença na vida do acidentado. Vamos abordar os conceitos sobre traumas térmicos, trauma por choque elétrico e queimaduras, e prepará-lo para agir nesses casos. Bons estudos! TRAUMA TÉRMICOS, TRAUMA POR CHOQUE ELÉTRICO E QUEIMADURAS As queimaduras são classi�cadas como lesões traumáticas de origem térmica, são resultado da ação de líquidos quentes, chamas, frio intenso, substâncias químicas ou radioativas, choques elétricos, fricção ou atrito. As causas mais comuns são advindas dos agentes causadores de traumas térmicos ou elétricos, mas há outras causas para queimaduras, como plantas (urtiga) e animais (como caravela, água-viva) que causam ferimentos semelhantes a queimaduras, mas não serão abordados nesta unidade. O que são agentes térmicos, químicos, elétricos, radioativos ou inalatórios? • Trauma por agente térmico: são as lesões que resultam da transferência de energia, ou seja do calor da fonte, para o corpo (fogo, líquidos quentes, ferro quente) ou que sequestrem o calor do corpo (gelo, temperaturas baixas). • Trauma por agentes químicos: podem ser causados tanto por substâncias cáusticas, quando entram em contato com a pele ou roupas,e podem levar a lesões com características semelhantes às causadas por agentes térmicos. Essas substâncias são encontradas em produtos de uso doméstico, como soda cáustica (NaOH), usada para desentupir canos e até remover tinta, água sanitária (hipoclorito de sódio) muito utilizada como desinfetante e também para branquear roupas, ácido clorídrico (HCl) utilizado em piscinas, ou até mesmo o cimento, quando ainda molhado, se em contato com a pele, pode levar a queimaduras. Essas substâncias, quando absorvidas, têm o poder de levar injúrias aos órgãos internos, e o tamanho da lesão tecidual está ligado à natureza, concentração e duração do contato da substância química com a parte lesada. ação de líquidos quentes, chamas, frio intenso, substâncias químicas ou radioativas, choques elétricos, fricção ou atrito. x minutos • Trauma por choque elétrico: ocasionado por descarga de eletricidade - e qualquer fonte geradora de eletricidade pode provocar lesões. Pode ser por um disparo elétrico, como pela passagem direta da corrente de eletricidade pelo corpo, que ocasiona a queimadura térmica; já a passagem da correte tem a marca de entrada e a marca de saída, podendo acarretar danos por todo o caminho que percorrer, provocando não somente queimadura, mas uma parada cardiorrespiratória. A gravidade desse tipo de trauma está ligada diretamente ao tipo da corrente que o gerou, qual a quantidade de corrente que passou pelo corpo, por quanto tempo a corrente elétrica esteve agindo e qual foi o trajeto de passagem entre o ponto de entrada e o de saída do corpo. • Trauma por radiação: quando o corpo recebe cargas de energia radioativa. A mais comum e natural é a radiação emitida pelo sol , que pode levar a queimaduras de diversos graus, insolação e desmaios. Porém, temos fontes radioativas utilizadas em tratamentos de radioterapia que têm queimaduras como efeito não desejado pela passagem da radiação do ponto de origem até seu órgão alvo. • Trauma por inalação: esse tipo de queimadura das vias áreas ocorre pela inalação de vapores quentes, fumaças e gases em alta temperatura. Em um incêndio, além de queimaduras externas as pessoas inalam a fumaça composta de monóxido de carbono e outros gases em alta temperatura que podem levar a intoxicação, queimadura das vias áreas superiores e inferiores, e lesão dos alvéolos pulmonares. TRAUMA TÉRMICO (CALOR E FRIO): QUEIMADURAS; TRAUMAS POR CHOQUE ELÉTRICO As queimaduras concebem injúrias elementares com aniquilamento da parte super�cial da pele pela ação de um agente traumático agressivo externo, podendo causar desde vesículas mínimas, a bolhas e/ou corrosões mais escavadas ou de maior diâmetro, com capacidade de ativar diversi�cadas respostas do sistema. Existem várias formas de classi�car as queimaduras, como a profundidade da lesão, o grau de acometimento das camadas da pele e quanto à complexidade. Veja a classi�cação quanto ao acometimento e destruição das camadas teciduais: • Primeiro grau: afeta apenas a epiderme, camada mais super�cial da cútis, sem comprometimento hemodinâmico, tendo por característica dor e rubor, não deixando cicatrizes, apresentam-se comuns em queimaduras solares. • Segundo grau: já se tem o acometimento da derme, é mais profunda que a de primeiro grau, atinge também alguns anexos cutâneos; além de provocar rubor e dor, há formação de bolhas e vesículas, que podem ou não deixar cicatrizes, podendo ocorrer por derramamento de líquidos quentes. • Terceiro grau: acometem todas as camadas cutâneas, podendo atingir músculos e ossos. Nesta, o grau de destruição tecidual é tão grande que não se tem dor, somente a borda da ferida pode apresentar sinal doloroso. • Quarto grau: tem o comprometimento total das camadas da pele, tecido gorduroso, músculos e ossos. É comum nos traumas por choque elétrico. Outra forma de classi�car as queimaduras é quanto a sua etiologia: • Queimaduras super�ciais: o dano celular acomete apenas a camada mais super�cial da pele, �cando a superfície com eritema e ruborizada, sendo de característica seca, podendo ocorrer um leve edema. Tem sua recuperação espontânea. • Queimaduras super�ciais de espessura parcial: o dano celular chega até a camada das papilas dérmicas de forma leve ou moderada, apresentando a formação de bolhas, dor e podendo ocorrer febre. Há regeneração em um período de 1 a 10 dias, podendo deixar cicatriz. • Queimaduras profundas de espessura parcial: acomete até a camada reticular da derme, levando consigo a destruição dos folículos, glândulas e terminações nervosas. Queimadura úmida, com tumor, variação de sensibilidade. Esse tipo tem a formação de cicatriz entre 3 e 5 semanas. • Queimadura de espessura completa: pode acometer até o tecido gorduroso, tem características que se assemelham a um pergaminho, fato de a destruição impedir que o sangue chegue na área afetada, acarretando necrose tecidual. • Queimadura subdermal: acomete toda a epiderme, derme, tecido gorduroso, músculos e ossos. São também classi�cadas quanto a sua complexidade, levando em conta a regra dos noves acometimentos da superfície corporal queimada (SCQ) em: • Pequenos queimados: quando o corpo é acometido somente por queimaduras de primeiro grau, ou quanto se tem 5% SCQ em crianças e 10% em adultos de queimaduras do segundo grau. • Médio queimado: 5 a 15% em criança e 10 a 20% em adultos de queimaduras de segundo grau, quando se tem qualquer acometimento de face, mãos, pescoço, axila, pé ou grandes articulações com queimaduras de segundo grau. • Grande queimado: >15% em crianças e >20% em adultos de queimaduras de segundo grau. Se queimadura de terceiro grau, >3 a 5% em crianças e 10% em adultos. Queimaduras em região de períneo de segundo ou terceiro grau, quando se tem qualquer acometimento de face, mãos, pescoço, axila e pé de terceiro grau; queimaduras de choque elétrico ou que acometam as vias áreas, no politrauma ou em vítimas com outras comorbidades. TRAUMA TÉRMICO (CALOR E FRIO): QUEIMADURAS; TRAUMAS POR CHOQUE ELÉTRICO Sempre devemos ver a vítima, em especial aquelas com grandes extensões de queimaduras, como um politraumatizado. Iniciamos o atendimento �ndando as chamas, afastando da fonte de eletricidade, retirando do produto químico e levando o indivíduo para um local seguro, longe da fonte geradora da injúria, fazendo a retirada das vestimentas, exceto as partes que estão aderidas, e tentando resfriar a área afetada. Feito isso, o atendimento ao trauma térmico ou por choque elétrico deve seguir a regra básica do XABCDE do trauma (Figura 1) e chamar ajuda (SAMU, bombeiros, polícia). Figura 1 | Signi�cado do XABCDE No X, veri�car se existe algum sangramento grave. No A, veri�car a existência, gravidade e tamanho de injúrias em vias aéreas; caso tenha acometimento, é provável que seja necessária a intubação para manutenção da via aberta. Características que auxiliam na suspeita desse acometimento é a vítima ter face queimada, presença de fuligem em narinas e boca. No B, é hora de observar injúrias com gravidade que podem ser da respiração de fumaça e pela intoxicação por CO2; nesse caso, cuidar da manutenção da respiração e, se possível, fazer uso de oxigênio provendo maior �uxo. No C, fazer reposição de volemia, quando possível, hidratando de forma endovenosa. No D, fazer toda a veri�cação da consciência, pois a inalação de CO2 pode levar à queda nos níveis de saturação, levando à hipóxia. No E, fazer a retirada de adornos, como anéis, relógios, brincos e qualquer coisa que esteja na área afetada e que não esteja aderida. Caso não retirem os objetos, poderá haver constrição do local, acarretando hipóxia. Deve-se proteger a vítima para que ela não tenha hipotermia. Vamos imaginar que você esteja fazendo um café e o pó quente entorne em sua mão. O que fazer? Imediatamente, você deve colocar a área afetada embaixo da água em temperatura ambiente para a retirada da borra que está quente e para resfriamento dolocal; deixe a água correr por vários minutos, até terminar a limpeza da área afetada com delicadeza, evitando que ocorra fricção, pois isso auxiliará na prevenção contra infecções do local. Nunca se deve passar manteiga, pasta de dente, pó de café ou qualquer outra substância na queimadura, pois di�culta a limpeza da queimadura e prejudica a cicatrização. Nos casos em que o acidente ocorre com trauma por choque elétrico ou eletrocussão, deve-se desligar imediatamente a fonte elétrica ou o disjuntor, quando possível, evitando tocar na vítima antes de afastá-la com algum material não condutor da fonte de eletricidade. Cuidar para que a vítima, ao ser retirada da fonte elétrica, não tenha uma queda, para que seu quadro não seja agravado. Seguir o XABCDE; caso seja necessário, realizar a reanimação cardiorrespiratória, aplicar compressas ou panos limpos sobre as queimaduras e encaminhar a vítima para o atendimento hospitalar para averiguação de lesões mais extensas. VIDEOAULA Estudante, vamos reforçar seus conhecimentos sobre os conceitos básicos do trauma térmico, diferenciar os graus de queimadura e reforçar as devidas ações frente a eles. Vamos orientá-lo em como atuar frente a um trauma por choque elétrico. Quer saber mais? Então, assista a este vídeo. Videoaula Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. Saiba mais As queimaduras são danos nos tecidos orgânicos em virtude de traumas térmicos em consequência da exposição ou contato com o calor, substâncias químicas, radiação ou atrito, que resultam em complicações físicas e psicológicas. Saiba mais em Queimaduras: �siopatologia das complicações sistêmicas e manejo clínico (MIRANDA, 2021). As lesões por queimaduras elétricas são infrequentes causas de internações hospitalares, mesmo no ambiente de urgência e emergência. Contudo, apresentam elevados índices de mortalidade e são, geralmente, causadas por fatores evitáveis. Saiba mais em Análise epidemiológica de lesões fatais causadas por choque elétrico no Brasil (KUIAVA; KUIAVAA; CHIELLE, 2020). Aula 1 ABREU, M. R.; SILVA, V. L. O atendimento prestado pelos professores em situações de emergência, às crianças na pré escola: confecção de uma cartilha ilustrada. Revista Ibero-americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 7, n. 10, p. 1484–1503, 2021. Disponível em: https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/2676. Acesso em: 24 jan. 2022. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192: Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2016 CBMMG, Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. INSTRUÇÃO TÉCNICA OPERACIONAL Nº 23: Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar. Belo Horizonte, 2013. REFERÊNCIAS 7 minutos https://www.brazilianjournals.com/index.php/brjd/article/view/32102 https://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/article/view/11112 https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/2676 ENFERMAGEM, Saúde. PRIMEIROS SOCORROS: Hemorragias. São Paulo, 2018. FARIAS, A. C. M. et al. Trauma de extremidades: atendimento inicial à vítima de amputação. Revista de Trabalhos acadêmicos – universo Recife, v. 5, n. 2, 2018. Disponível em: http://revista.universo.edu.br/index.php? journal=1UNICARECIFE2&page=article&op=viewArticle&path%5B%5D=6958. Acesso em: 6 dez. 2021. NUNES, J. et al. Luxação do Ombro: Avaliação e Tratamento. Rev. Medicina Desportiva informa, v.12, n. 3, p. 31-33, 2021. Disponível em: https://revdesportiva.pt/wp-content/uploads/2021/05/Dragao_5_21.pdf. Acesso em: 4 dez. 2021. PHTLS. Atendimento Pré-hospitalizado ao Traumatizado. Comitê de Atendimento Pré-Hospitalar ao Traumatizado. 9. ed. Burlington, Massachusetts, EUA: Jones & Bartlett Learning, 2021. PIGNATTI, V. T. P. et al. Trauma de membros inferiores com desenluvamento: opções terapêuticas associadas à oxigenoterapia hiperbárica adjuvante. Relatos Casos Cir. n. 1, p. 1-4, 2017. PROTOCOLO de suporte básico de vida. Corpo de Bombeiros Militar. Goiânia, 2020. Disponível em: https://www.bombeiros.go.gov.br/wp- content/uploads/2020/08/PROTOCOLO_DE_SUPORTE_BASICO_DE_VIDA_DO_CBMGO___2020_v2.pdf. Acesso em: 28 nov. 2021. Aula 2 BITTAR, C. K. et al. Fatores associados à quedas e fraturas no paciente idoso. Brazilian Journal of Development , v. 7, n. 7, 2021. Disponível em: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/33435. Acesso em: 25 jan. 2022. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192: Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. CBMMG. Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais: Manual de Bombeiros Militar Atendimento Pré Hospitalar. 1. ed. Belo Horizonte, CBMMG, 2018. ENFERMAGEM, Saúde. Primeiros socorros: Hemorragias. São Paulo, 2018. FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Manual de Primeiros Socorros. Disponível em: http://www.�ocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/biosseguranca/manualdeprimeirossocorros.pdf. Acesso em: 25 jan. 2022. KAREN, Keith J. et al. Primeiros socorros para estudantes. 10. ed. Barueri/SP: Manole, 2014. PHTLS. Atendimento Pré-hospitalizado ao Traumatizado. Comitê de Atendimento Pré-Hospitalar ao Traumatizado. 9. ed. Burlington, Massachusetts, EUA: Jones & Bartlett Learning, 2021. PROTOCOLO de suporte básico de vida. Corpo de Bombeiros Militar. Goiânia, 2020. Disponível em: https://www.bombeiros.go.gov.br/wp- content/uploads/2020/08/PROTOCOLO_DE_SUPORTE_BASICO_DE_VIDA_DO_CBMGO___2020_v2.pdf. Acesso em: http://revista.universo.edu.br/index.php?journal=1UNICARECIFE2&page=article&op=viewArticle&path%5B%5D=6958 https://revdesportiva.pt/wp-content/uploads/2021/05/Dragao_5_21.pdf https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2020/08/PROTOCOLO_DE_SUPORTE_BASICO_DE_VIDA_DO_CBMGO___2020_v2.pdf https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/33435 http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/biosseguranca/manualdeprimeirossocorros.pdf 28 nov. 2021. SILVA NETO, B. R. Lesões cerebrais traumáticas em recém-nascidos. Ponta Grossa/PR: Atenas, 2021. Disponível em: https://www.atenaeditora.com.br/post-artigo/54497. Acesso em: 25 jan. 2022. Aula 3 ATLS - Advanced Trauma Life Support for Doctors. American College of Surgeons. 10. ed., 2018. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192: Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. CBMMG. Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. Manual de Bombeiros Militar Atendimento Pré Hospitalar. 1. ed. Belo Horizonte, CBMMG, 2018. ENFERMAGEM, Saúde. Primeiros socorros: Hemorragias. São Paulo, 2018. FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Manual de Primeiros Socorros. Disponível em: http://www.�ocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/biosseguranca/manualdeprimeirossocorros.pdf. Acesso em: 26 jan. 2022. KAREN, K. J. et al. Primeiros socorros para estudantes. 10. ed. Barueri: Manole, 2014. MEDEIROS, G. A. Ferimentos Penetrantes de Tórax. Ferimentos, São Paulo, 2017. PAULA, R. M. et al. A importância da atuação da equipe no atendimento pré-hospitalar (APH) à vítima suspeita de trauma raquimedular. Brasilian Journal of Development , v. 6., n. 12, 2020. Disponível em: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/20918. Acesso em: 25 jan. 2022. PHTLS Atendimento Pré-hospitalizado ao Traumatizado. 9. ed. USA: Jones & Bartlett Learning, 2021. PROTOCOLO de suporte básico de vida. Corpo de Bombeiros Militar. Goiânia, 2020. 140 p. Disponível em: https://www.bombeiros.go.gov.br/wp- content/uploads/2020/08/PROTOCOLO_DE_SUPORTE_BASICO_DE_VIDA_DO_CBMGO___2020_v2.pdf. Acesso em: 28 nov. 2021. XAVIER, E. J. et al. Trauma abdominal aberto. revista de trabalhos acadêmicos - Universo Recife, v. 5, n. 2, 2018. Disponível em: http://www.revista.universo.edu.br/index.php? journal=1unicarecife2&page=article&op=viewarticle&path%5b%5d=6968. Acesso em: 25 jan. 2022. ZANETTE, G. Z.; WALTRICK, R. S.; MONTE, M. B. etal. Per�l epidemiológico do trauma torácico em um hospital referência da Foz do Rio Itajaí. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, v. 46, n. 12, 2019. Aula 4 ATLS - Advanced Trauma Life Support for Doctors. American College of Surgeons. 10. ed., 2018. https://www.atenaeditora.com.br/post-artigo/54497 http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/biosseguranca/manualdeprimeirossocorros.pdf https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/20918 http://www.revista.universo.edu.br/index.php?journal=1unicarecife2&page=article&op=viewarticle&path%5b%5d=6968 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192: Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. CBMMG. Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais: Manual de Bombeiros Militar Atendimento Pré Hospitalar, 1. ed. Belo Horizonte, CBMMG, 2018. ENFERMAGEM, Saúde. PRIMEIROS SOCORROS: Hemorragias. São Paulo, 2018. FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Manual de Primeiros Socorros. Disponível em: http://www.�ocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/biosseguranca/manualdeprimeirossocorros.pdf. Acesso em: 25 jan. 2022. KAREN, K. J. et al. 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