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Literatura unidade 4

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· Pergunta 1
1 em 1 pontos
	
	
	
	“Se ao Brasil literário não convém não deixar perder a tradição clássica portuguesa, que lhe empresta um passado, uma história e um modelo, ao Portugal literário cabe não permanecer indiferente àquela expressão da antiga colônia, que ao mesmo tempo e as circunstância têm vindo diferenciando, mas lhe é devedora da sua primeira educação e mesmo, nos tempos modernos, de poderosas sugestões. Seria, além de falso, pueril pretender negar a enorme influência de Garret, Herculano e Castilho sobre os nossos românticos, mesmo indianistas, de Eça de queirós sobre os nossos naturalistas[...], até de Eugênio de Castro sobre os nossos simbolistas”.
MÜLLER, Fernanda Suely. Ruptura ou tradição? A crítica e a literatura portuguesa em “O Estado de São Paulo” no pré-modernismo Brasileiro: 1900-1911. Disponível em:< https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-01112007-144956/publico/TESE_FERNANDA_SUELY_MULLER.pdf>. Acessado em 27 07 2019.
 
Muito da crítica presente em “a máquina de fazer espanhóis” aborda o que seria de Portugal sem seu grande império colonial. Essa crítica já estava presente, por exemplo, na obra “A Jangada de Pedra”, de José Saramago, na qual a península ibérica, o que engloba Portugal e Espanha, se desliga da Europa e fica à deriva no oceano Atlântico. Esse pensamento, presente em ambas as obras, aponta como, para os escritores a única saída para Portugal é
	
	
	
	
		
	
	Resposta Correta:
	 
retomar a união ibérica, tornando-se parte da Espanha.
	
	
	
	
	
· Pergunta 2
1 em 1 pontos
	
	
	
	“a fantasia mais audaciosa e descomedida e a aventura são interiormente motivadas, justificadas e focalizadas aqui pelo fim puramente filosófico-ideológico[...] de criar situações extraordinárias para provocar e experimentar uma palavra, uma verdade materializada na imagem do sábio que procura essa verdade. Cabe salientar que, aqui, a fantasia não serve à materialização positiva da verdade mas à busca, à provocação e principalmente à experimentação dessa verdade. Muito amiúde o fantástico assume caráter de aventura, às vezes simbólico ou até místico-religioso[...] Mas, em todos os casos, ele está subordinado à função puramente ideológica de provocar e experimentar a verdade”.
BAKHTIN, Mikhail. Problemas da poética de Dostoiévski . Trad. Paulo Bezerra. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005, p. 120
 
 
Nas histórias de Mia Couto, é comum o recurso ao elemento fantástico. Porém, não é um uso ocasional, visto que
	
	
	
	
		
	
	Resposta Correta:
	 
o elemento sobrenatural é educativo: exemplo disso é como as personagens caminham por uma terra destruída que desaprendeu a sonhar, sonâmbula.
	
	
	
	
	
· Pergunta 3
1 em 1 pontos
	
	
	
	“A mediação da informação, na contemporaneidade, passa por processos tão revolucionários quanto aqueles originados pelo advento das “antigas” tecnologias de registro e circulação, não apenas com intensidade certamente mais contundente, em razão da natureza e da abrangência que as tecnologias eletrônicas permitiram (sobretudo depois da Segunda Guerra), mas também face às estruturas e circuitos pelos quais a informação passa a ser organizada e mediada. O novo quadro de desenvolvimento de tecnologias, portanto, não significa tão somente a concorrência de meios atualizados de transporte de informação a distância. Trata-se do estabelecimento de uma nova ordem histórica mundial, de concepções, modos e recursos de configuração da sociedade e da informação, transformada em produto no mercado internacional, ou em armas ideológicas dos Estados. Midiatizada por meio das novas técnicas e tecnologias eletrônicas de registro, circulação e recepção, a informação ganhou territórios antes inalcançáveis, lançando mão dessas instâncias de mediação que modificam extraordinariamente a relação entre sujeitos, conhecimento e memória social”.
PIERUCCINI, I. “A ordem informacional dialógica” Disponível em:< http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27143/tde-14032005-144512/pt-br.php> . Acesso em: 10 jul2019.
 
Seguindo a tradição de grandes dramaturgos como Dias Gomes, que adaptou peças de teatro para a televisão – como “Roque Santeiro”, há uma nova geração de escritores que produzem textos literários em formatos fáceis de serem adaptados, posteriormente, para a televisão. Duas obras de Drauzio Varella, “Carandiru” e “Carcereiros”, falam da mesma temática: o cotidiano dos presídios. Assim como Lima Barreto, eles rompem com a literatura tradicional
	
	
	
	
		
	
	Resposta Correta:
	 
ao contar histórias sobre os marginalizados da sociedade.
	
	
	
	
	
· Pergunta 4
1 em 1 pontos
	
	
	
	“Minha eleição recaiu sobre assunto de caráter interdisciplinar: pensar a literatura a partir da posição que ela passou a ocupar na sociedade midiática e de consumo, e pensar, também, a integração de práticas discursivas distintas nas obras literárias do novo milênio. Creio que, sem a consciência da atual perda do capital simbólico da literatura frente aos outros meios, e sem o reconhecimento dos artifícios a que a indústria cultural recorre para destacar uma obra, e não outra; um escritor, e não outro, nossa percepção de leitores e de estudiosos pode ficar bastante comprometida”.
CADERMATORI, Ligia. O professor e a literatura. São Paulo: Autêntica, 2016, p. 18.
 
A ideia de uma obra que é adaptada para a televisão ou para outros meios não é recente: clássicos da literatura, como “O Conde Monte Cristo”, de Alexandre Dumas, já foi adaptado para o teatro, musicais e cinema. Porém, entre meados do século XX e início do século XXI temos um novo conceito de autor, o “autor-midiático”, que seria
	
	
	
	
		
	
	Resposta Correta:
	 
o que cria a obra midiática com elementos do texto literário.
	
	
	
	
	
· Pergunta 5
0 em 1 pontos
	
	
	
	“Sendo o conjunto de mediações um ordenador de apropriações distintas da recepção, ele funciona como uma “lente”. As mediações socioculturais constituem-se em parte ativa dos processos de significação, atuando no modo como o receptor vê/lê um determinado produto televisivo (ou um fato social), da mesma forma que são influenciadas pelos modos de ver... Assim, o autor rompe como uma visão de sociedade homogeneizada, vítima indiscriminada dos meios de comunicação de massa, para evidenciar como as mediações dos receptores são sempre ativas e diferentes entre si, pois envolvem outras mediações em relação direta e dinâmica”.
OLIVEIRA, Amanda Leal de. "Estudo sobre O conceito de negociação cultural nos processos de mediação e apropriação da informação" – p. 402-403. Disponível em:<http://www.uel.br/eventos/cinf/index.php/secin2017/secin2107/paper/viewFile/473/286>. Acessado em 27 07 2019.
 
Com base no texto, pode-se dizer que a influência de Kafka em Haruki Murakami ocorre por mostrar a banalidade do cotidiano e
	
	
	
	
		
	
	Resposta Correta:
	 
seus absurdos.
	
	
	
	
	
· Pergunta 6
1 em 1 pontos
	
	
	
	“A tradução intersemiótica, também denominada tradução interartes, consiste na transposição de um sisTitle de signos para outro. Trata-se de um movimento e processo que paradoxalmente faz equivaler significados através de um sisTitle sígnico diferente. Ou seja, a tradução intersemiótica reconhece a especificidade das várias linguagens semióticas (pintura, literatura, teatro, fotografia, cinema, televisão) e ao mesmo tempo acolhe o intercâmbio entre as mesmas em um processo de transcodificação criativa”.
AZERÊDO, Genilda; ALVAREZ, Eveline. Tradução Intersemiótica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008, p. 15.
 
Dentre as produções literárias, a negociação intersemiótica possibilita que os textos atinjam novos patamares. Isso é resultado de uma época
	
	
	
	
		
	
	Resposta Correta:
	 
na qual há a expansão das mídias, de modo que o texto literário negocia com outros meios de comunicação.
	
	
	
	
	
· Pergunta 7
1 em 1 pontos
	
	
	
	“Gosto de escrever, na maioria das vezes dói, mas depois do texto escrito é possível apaziguar um pouco a dor, eu digo um pouco. Escrever pode ser uma espécie de vingança,às vezes fico pensando sobre isso. Não sei se vingança, talvez desafio, um modo de ferir o silêncio imposto, ou ainda, executar um gesto de teimosia esperança”.
MOREIRA, Nadilza Martins de Barros e Liane Schneider. Mulheres no mundo: etnia, marginalidade e diáspora. João Pessoa: Ideias, 2005, p. 2002.
 
O potencial da literatura contemporânea é vasto. Sua variedade de temáticas aborda uma consequência do advento da pós-modernidade: o surgimento de narradores que contam diversas histórias, das elites aos plebeus, dos ricos aos excluídos. Isso é uma marca de um momento cultural no qual todas as vozes podem ser ouvidas, a exemplo da
	
	
	
	
		
	
	Resposta Correta:
	 
prosa de Fernando Bonassi.
	
	
	
	
	
· Pergunta 8
1 em 1 pontos
	
	
	
	“Todos nós estamos, a contragosto, por desígnio ou à revelia, em movimento. Estamos em movimento mesmo que fisicamente estejamos imóveis: a imobilidade não é uma opção realista num mundo em permanente mudança. E, no entanto, os efeitos dessa nova condição são radicalmente desiguais. Alguns de nós tornam-se plena e verdadeiramente globais; alguns se fixam na sua localidade – transe que não é nem agradável nem suportável em um mundo em que os “globais” dão o tom e fazem as regras do jogo da vida. [...]. Os desconfortos da existência localizada compõem-se do fato de que, com os espaços públicos removidos para além do alcance da vida localizada, as localidades estão perdendo a capacidade de gerar a negociar sentidos e se tornam cada vez mais dependentes de ações que dão e interpretam sentidos, ações que elas não controlam – chega dos sonhos e consolos comunitaristas dos intelectuais globalizados”.
BAUMAN, Zigmunt. Globalização: as consequências humanas . Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1999, p. 8)
 
Cada vez mais a literatura negocia com as culturas exteriores, principalmente quando, a cada dia, temos contato com autores de outros países. Se anteriormente um Julio Verne ou um Eça de Queirós era uma presença constante, hoje temos contato com a literatura de países ainda mais distantes, como o Japão. Essa tendência das editoras publicarem no Brasil esses textos indica a presença de um mercado influenciado por um público
	
	
	
	
		
	
	Resposta Correta:
	 
mais cosmopolita.
	
	
	
	
	
· Pergunta 9
0 em 1 pontos
	
	
	
	“Os signos de que a língua é feita, os signos só existem na medida em que são reconhecidos, isto é, na medida em que se repetem; o signo é seguidor, gregário; em cada signo dorme este monstro, um estereótipo: nunca posso falar senão recolhendo aquilo que se arrasta na língua. Assim que enuncio, essas duas rubricas se juntam em mim, sou ao mesmo tempo mestre e escravo não me contento com repetir o que foi dito, com alojar-me confortavelmente na servidão dos signos: digo, afirmo, assento o que repito”.
BARTHES, Roland. Aula . São Paulo: Cultrix, 1987, p. 15
 
Na obra de valter hugo mãe, O uso de uma variedade linguística para a produção dos seus textos literários representa
	
	
	
	
		
	
	Resposta Correta:
	 
uma forma de subverter a língua, criando novos significados.
	
	
	
	
	
· Pergunta 10
1 em 1 pontos
	
	
	
	“O discurso literário que se manifesta na obra de vários escritores contemporâneos não só identificam no passado causas para o que veio depois, mas também investigam o processo pelo qual, lentamente, essas causas começaram a produzir seus efeitos. São memórias que, silenciadas, adquirem corpo e voz. Não num movimento linear que poderia ter sido promovido por um narrador autoritário que quer ‘falar pelo outro’. Antes, inscrevem-se tais memórias do corpo e da voz do dominado”
FONSECA, Maria Nazareth Soares; CURY, Maria Zilda Ferreira. Mia Couto: espaços ficcionais. Belo Horizonte: Autêntica, 2008, p. 21
 
A literatura sempre teve uma relação com o seu tempo de produção, bem como é o espaço por excelência para o resgate de um passado pouco explicado. Exemplo disso é a obra “A máquina de fazer espanhóis”, na qual as personagens que vivem no asilo trazem à tona
	
	
	
	
		
	
	Resposta Correta:
	 
de Portugal na atualidade, e como ele precisa se reinventar após toda a convivência história com a África.
	
	
	
	
	
PERGUNTA 3
1. “Quando pensamos na estrutura tradicional da narrativa, remetemo-nos a um quadro que preserva o fio estrutural e se prende à sucessividade dos fatos. A prosa contemporânea pressupõe uma estrutura na qual os fatos são emaranhados de tal forma que ocultam os elementos sucessivos, formando novas relações na rede textual. Notamos que a perda dessa noção de linearidade leva o narrador a criar mundos puros e autônomos, que se distanciam da comunicação imediata e apostam em uma narrativa que “não transmite o puro em si como a informação, pois é uma forma artesanal de comunicação” (BENJAMIN, p. 205) “Que eram tantas as palavras, de tão diferentes fontes e sabores, que concentravam em si tamanha quantidade de matizes e sentidos, que alguns como eles dois já não conseguiam guardá-los” (NOLL, 2003). Vemos aqui signos que se estilhaçam e apresentam apenas índices de significação”. 
FERRARI, Sandra aparecida. “Estrutura narrativa na pós-modernidade”. Disponível em:< http://www.abralic.org.br/eventos/cong2011/AnaisOnline/resumos/TC0582-1.pdf>. Acessado em 28 07 2019. 
  
Assim como em muitos romances pós-modernos, Terra Sonâmbula rompe com a estrutura narrativa tradicional ao contar duas histórias ao mesmo:
	
	
	a do velho e do menino, e a história relatada nos cadernos de Kindzu, a qual está relacionada com a dos protagonistas.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
PERGUNTA 4
1. “A obra de Fernando Namora, escritor português, aborda o alpinismos social da classe burguesa. No Romance “O Homem Disfarçado”, têm-se a história de João Eduardo, médico  que atinge fama e riqueza mas, ao mesmo tempo que progride profissionalmente, vai-se desintegrando por dentro, mercê duma esposa frágil e das concessões que se vê compelido a fazer”. 
MOISÉS, Massaud. A literatura portuguesa através dos textos. São Paulo: Cultrix, 1980, p. 502-503 
  
Da mesma forma que textos de escritores como Fernando Namora, que mostra o drama da vida do burguês em um Portugal dos anos 50, em vários de seus textos, Murakami aborda a característica da solidão e do isolacionismo de uma sociedade japonesa em pleno século XXI, a qual passa por influências tecnológicas, mas ainda apresenta inconstâncias no âmbito social. Na obra “Drive My Car”, o autor resgata muito do elemento confessional, presente
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	em crônicas do século XIV.
	
	
	
PERGUNTA 6
1. “[...]aquele em que se abafam as vozes dos percursos em conflito, em que se perde a ambiguidade das múltiplas posições, em que o discurso se cristaliza e se faz discurso da verdade única, absoluta, incontestável. Para reconstruir o diálogo desaparecido são, nesse caso, necessários outros textos que, externamente, recuperem a polêmica escondida, os choques sociais, o confronto, a luta. A censura, nos regimes autoritários, a proibição de fala ao filho ou empregado “respondão” são, entre outros, meios de impedir que, pela intertextualidade externa, se retome o diálogo internamente perdido”. 
BARROS, Diana Luz Pessoa de; FIORIN, José Luiz (Orgs.). Dialogismo, Polifonia, Intertextualidade. 2. ed. São Paulo: EdUSP, 2003. 
  
Há toda uma produção literária que dialoga com os momentos de conflitos. Obras como “O que é isso, Companheiro?”, de Fernando Gabeira, abrange os grupos guerrilheiros durante a ditadura militar brasileira; “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, conta a história da Guerra de Canudos. Por sua vez, Terra Sonâmbula aborda um evento muito comum a vários países africanos que se tornaram independentes ao longo do século XX:
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	os conflitos internos causados pela guerra civil que ocorreu logo após a independência, arrasando uma terra que havia acabado de sair de outra guerra.
	
	
	
PERGUNTA 8
1. “o discurso literário transmite, com muito mais sutileza que os outros, todas as transformações na inter-orientação sócio-verbal. O discurso retórico, diferentementedo discurso literário, pela própria natureza da sua orientação, não é tão livre na sua maneira de retratar as palavras de outrem. Ele tem, de forma inerente, um sentimento agudo dos direitos de propriedade da palavra e uma preocupação exagerada com autenticidade”. 
BAKHTIN, Mikhail . Mar xismo e filosofia da linguagem. Problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. 4. ed. Trad. Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. São Paulo: Hucitec, 2006, P. 199. 
  
Assim como Rubens Braga, a prosa de Fernando Bonassi apresenta elementos violentos e exagerados, buscando
	
	
	
	
	
	
	
	
	demonstrar o lado realista da vida.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
PERGUNTA 10
1. “Deve haver, no mais pequeno poema de um poeta, qualquer coisa por onde se note que existiu Homero”. 
PESSOA, Fernando. In: REIS, Carlos. O Conhecimento da Literatura. 2. ed. Coimbra: Almedina, 2008, p. 507. 
  
Com base nesse texto, pode-se dizer que o processo intertextual que Murakami realiza no conto “Sherazade” apresenta traços de uma literatura
	
	
	
	
	
	
	
	
	que é produzida em diálogo com textos anteriores.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Pergunta 2
“Eu comecei a escrever poesia primeiro, depois comecei a escrever contos. Contos muito marcados pelo encontro que tive com o escritor chamado Luandino Vieira. (...) ele me autorizou a fazer alguma coisa que aprecio muito fazer. As histórias que eu queria contar não podiam ser contadas no português normal, no português que, afinal, Moçambique adotou como língua oficial. (...) a mesma influência que ele tinha em mim ele tinha a partir de um escritor que nós não conhecíamos, que se chamava Guimarães Rosa. Eu fiquei alertado, avisado, e queria muito esses livros, de Guimarães Rosa. Quando chegou o primeiro livro, Primeiras Estórias, houve um fenômeno curioso. Eu não conseguia entrar naquele texto. Era como se eu lesse, ouvisse vozes, que eram as vozes da minha infância. (...) Era uma linguagem, quase uma linguagem de transe, que permitia que outras linguagens tomassem posse dela. E isto era fundamental num país em que há um amálgama, há uma ficção que se chama Moçambique”. 
COUTO, Mia. “Nas pegadas de Rosa”. In: Revista Scripta, PUC-Minas, Belo Horizonte, v. 2, n. 3, p. 11-13, 2º semestre de 1998. Disponível em:< http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/10213>. Acesso em 23 jul. 2017). 
 
Mia Couto é considerado, atualmente, um dos maiores escritores de língua portuguesa no mundo. Parte do seu mérito envolve como ele cria toda uma literatura que 
Resposta Correta: 	dialoga com a cultura e a sociedade africana, por uma visão não estereotipada. 
Pergunta 4
“Essa tendência neodocumental da ficção, com tinturas tardo-naturalistas, constitui a referência óbvia ao fenômeno referido da compulsão pelas situações-limite na vida social. Desde o aparecimento do Cidade de Deus, de Paulo Lins, sucedido por muitas outras narrativas da marginalidade e da exclusão – como o Estação Carandiru de Dráuzio Varella, o Memórias de um sobrevivente de Luiz Alberto Mendes, ou ainda o Capão Pecado de Ferréz – que o esforço testemunhal dos narradores, diante da desumana inserção social vivenciada, patenteia-se na linguagem fluida,comunicável, de forte compleição jornalística, na obsessão etnográfica com a contextualização da cena e dos caracteres, bem como na enfática objetivação da violência, em precisos recortes de extremos da torpeza humana”. 
DIAS, Ângela Maria. 
. Disponível em: < 
http://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/9079/8087>. Acessado em 28 07 2019. 
 
Diferente da versão idealizada do amor, cantada por autores do trovadorismo até o romantismo, na obra de Fernando Bonassi o amor é visto como algo luxurioso. Essa premissa já fora explorada em “Senhora”, de José de Alencar, no qual relata-se um casamento como um compra, e a certidão de casamento, um contrato de posse. Essa visão do conceito de amor, antes idealizado, agora, revelado pelos acontecimentos atuais, mostra como o texto literário contemporâneo 
Resposta Correta: 	desvela o amor em todas as suas camadas, rompendo a idealização associada ao termo. 
Pergunta 10
“Todos esses escritores são ex-cêntricos, marinheiros que navegam por uma língua que criou portos nas partes mais distantes do globo”. PADILHA, Laura Cavalcante. “Poesia angolana e remapeamento etnocultural – trajetos”. In: José Luís Jobim (Org). Sentido dos lugares . Rio de Janeiro: ABRALIC, 2005, p. 87.
 
Muitos dos grandes escritores contemporâneos que utilizam o português como língua literária não são, propriamente, portugueses. Isso ocorre por que, mesmo tendo sido a língua do colonizador, o idioma português 
	
	
	
	Resposta Correta: 
	
deixou marcas culturais profundas nesses países, de maneira que seus próprios cânones literários tem os clássicos portugueses como referência.

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