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CIRCULAÇÃO · Perfusão pulmonar: sangue desoxigenado passa pelos pulmões e é reoxigenado; · Artérias pulmonares: paredes finas e grande complacência (se adapta a grandes volumes sem aumentar a pressão – pode acomodar 2/3 do débito cardíaco direito); · Veias pulmonares: semelhante ao sistema venoso sistêmico; · Na circulação pulmonar, o sangue rico em gás carbônico chega no átrio direito pelas veias cavas superior e inferior, passa para o ventrículo direito e sai pela artéria pulmonar pra ser distribuído nos pulmões. Lá, o sangue se libera no CO2 e recebe O2 – uma vez oxigenado, o sangue retorna ao coração pelas veias pulmonares; · Respiração fetal: função dos pulmões é substituída pela placenta (circulação pulmonar não é útil) – sangue evita passar pelos pulmões de duas formas: quando chega ao átrio direito, passa por uma comunicação para a aurícula esquerda; a pouca quantidade de sangue que passa para o ventrículo direito, ao invés de seguir para os pulmões, passa para a artéria aorta por outro forame que comunica as artérias aorta e a pulmonar; · Na circulação brônquica, o sangue não é exposto ao ar alveolar, de modo que persiste venoso, a sua drenagem se faz parte pelas veias ázigos ou intercostais antes de penetrar no átrio direito; · Parte dos pequenos capilares venosos do sistema brônquico drenam para o sistema venoso pulmonar – ou seja, faz shunt de derivação/anatômico (mistura dos sangues) – causa hipoxemia; · Shunt tem a função de nutrir o sistema de condução pulmonar; · Sistema linfático: suga esse excesso de líquido que sai do vaso pro interstício, drena o liquido que sai dos vasos constantemente (no ducto torácico) – o comprometimento pode gerar derrame pleural; · Pressão pulmonar (VD: sistólica 25mmHg, diastólica 8mmHg): média é 15mmHg; · Pressão média capilar: 8mmHg; · Pressão átrio esquerdo: 2 a 5 mmHg; Circulação pulmonar · Corresponde a 450ml (sendo que apenas 7ml faz hematose) – 9% do sangue total fica no pulmão; · Expiração forçada e hipovolemia o sangue sai dos pulmões e vai pra circulação sistêmica. · Estenose mitral (aumento da pressão do átrio esquerdo, deixando sangue retido no pulmão) ou insuficiência do ventrículo esquerdo (aumenta PA, dificultando drenagem do pulmão para o coração) – pode causar edema; · Fatores que influenciam o fluxo sanguíneo (resistência) pulmonar: volume pulmonar, SNA e pressão hidrostática; · Na expiração forçada, aumenta a resistência; · Resistência vascular pulmonar RVP: – = 1,7mmHg/L – resistência é baixa (e alta complacência), ou seja, aceita grandes volumes sem alterar a sua pressão; · Embora a RVP seja baixa, os vasos pulmonares tem a capacidade de tornar ela mais baixa por conta de dois mecanismos: de recrutamento e de distensão vascular – com o aumento fluxo sanguíneo pulmonar, distende (distensão) a rede, aumenta raio do vaso e vasos que não estão sendo utilizados são recrutados (recrutamento); · Grandes e baixos volumes pulmonares tendem a aumentar a resistência; · Se a concentração parcial de oxigênio baixa (hipoxemia), o fluxo reduz (vasoconstrição – aumenta resistência) – provavelmente mediada pelo óxido nítrico, evitando shunt fisiológico; · No exercício físico, a resistência diminui pelo mecanismo de recrutamento e distensão; · Pressão hidrostática: a pressão diminui a medida que vai da base para o ápice (no ápice, é negativa, tendo alta concentração de oxigênio – ou seja, não ventila muito nem leva muito sangue) – influenciada pela pressão e pela gravidade; · Base é melhor perfundida; Relação entre ventilação e perfusão (V/Q) · Mede a funcionalidade do sistema respiratório (em condições normais, é 0,8); · · Normal: volume corrente (500ml), espaço morto (150mL), frequência respiratória (12rpm), volume capilar pulmonar (70mL) e frequência cardíaca (80bpm); · O equilíbrio entre ventilação e perfusão é essencial para as trocas gasosas pulmonares;Só acontece em situação de hipovolemia e aumento da pressão da ventilação · Relação V/Q no ápice > 1 (ventila melhor que circula – espaço morto); · Relação V/Q na base < 1 (circula melhor que ventila – shunt fisiológico – hipóxia); · Melhor ponto de ventilação e perfusão é no meio: perfusão = 1; · Ventilação e a perfusão não ocorrem de forma uniforme, porque são influenciadas pela resistência e gravidade; · Quando o coração não bombeia, sangue fica no pulmão, liquido do vaso fica no pulmão e é drenado pelo sistema linfático; · Hipoxemia (concentração parcial de oxigênio no sangue): · Hipoxemia normal: 80 a 100; · Hipoxemia leve: abaixo de 60-70; · Hipoxemia moderada: 40 a 59; · Hipoxemia grave: abaixo de 40; · Ventilação mecânica: aumenta pressão alveolar – aumenta resistência dos capilares (fluxo); · Distribuição do fluxo não muda se está em repouso ou em atividade física (aumenta intensidade); Dinâmica capilar pulmonar · Pressão hidrostática é sempre positiva, então sempre sai um pouquinho pro espaço entre o vaso e o alvéolo (intersticial) – não tem edema porque sistema linfático recolhe esse líquido é o sistema linfático; · Doenças pulmonares relacionadas a alterações da circulação pulmonar geralmente: · Edema agudo de pulmão: acúmulo anormal de fluidos no compartimento extravascular pulmonar, resultando em hipoxemia, aumento do trabalho respiratório, diminuição da complacência pulmonar e alteração da relação ventilação-perfusão; · Causas: aumento da pressão capilar hidrostática (insuficiência cardíaca esquerda e doença da válvula mitral), aumento da permeabilidade capilar (toxinas inaladas, radiação e toxidade pelo oxigênio), redução da drenagem linfática (politransfundidos e aumento da pressão venosa central), redução da pressão intersticial (evacuação rápida de derrame pleural ou pneumotórax), redução da pressão coloidosmótica (soroterapia excessiva ou hipoalbuminemia), grandes altitudes, neurogênico e heroína; · Sistema linfático tem um fator de segurança de 10x capacidade de carregar líquido; · Choque hemorrágico: pouca proteína no líquido (e pouco líquido) – não adianta colocar soro no paciente, porque a pressão hidrostática vai ser muito maior que a pressão oncótica, estimulando a saída para o espaço intersticial – preciso injetar proteínas, hemoglobina, plasma e outras estruturas que mantenham o líquido dentro do vaso; · Derrame pleural: líquido na pleura que, por gravidade, fica em baixo – causas: insuficiência cardíaca, tamponamento cardíaco, alteração da pressão oncótica, alterações hepáticas (cirrose) e doenças linfáticas; · Pode ser transudato (sem bactéria – simples punção resolve) ou exudato (com pus – precisa de dreno torácico na axilar média);
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