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APOSTILA PARA PROFESSOR DE JUAZEIRO
EDITAL 2021
SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA
PÁGINA 1 ATÉ A PÁGINA 137
RACIOCÍNIO LÓGICO
PÁGINA 138 ATÉ A PÁGINA 166
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
PÁGINA 167 ATÉ A PÁGINA 310
CONHECIMENTOS DE JUAZEIRO I
PÁGINA 311 ATÉ A PÁGINA 327
CONHECIMENTOS DE JUAZEIRO II
PÁGINA 328 ATÉ A PÁGINA 345
 
P á g i n a 1 
 
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cursotopdelinhaonline.com LÍNGUA PORTUGUESA ______________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________ 
1. Compreensão e interpretação de textos 
 
TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e 
relacionadas entre si, formando um todo 
significativo capaz de produzir INTERAÇÃO 
COMUNICATIVA (capacidade de CODIFICAR E 
DECODIFICAR). 
 
CONTEXTO – um texto é constituído por diversas 
frases. Em cada uma delas, há uma certa 
informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou 
com a posterior, criando condições para a 
estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa 
interligação dá-se o nome de CONTEXTO. Nota-se 
que o relacionamento entre as frases é tão grande, 
que, se uma frase for retirada de seu contexto 
original e analisada separadamente, poderá ter um 
significado diferente daquele inicial. 
 
INTERTEXTO - comumente, os textos apresentam 
referências diretas ou indiretas a outros autores 
através de citações. Esse tipo de recurso 
denomina-se INTERTEXTO. 
 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - o primeiro 
objetivo de uma interpretação de um texto é a 
identificação de sua ideia principal. A partir daí, 
localizam-se as ideias secundárias, ou 
fundamentações, as argumentações, ou 
explicações, que levem ao esclarecimento das 
questões apresentadas na prova. 
 
PONTOS IMPORTANTES PARA UMA BOA 
COMPREENSÃO/INTERPRETAÇÃO TEXTUAL 
 
1 – Ler duas vezes o texto. A primeira para tomar 
contato com o assunto; a segunda para observar 
como o texto está articulado; desenvolvido; 
2 – Observar que um parágrafo em relação ao 
outro pode indicar uma continuação ou uma 
conclusão ou, ainda, uma falsa oposição; 
3 – Sublinhar, em cada parágrafo, a ideia mais 
importante (tópico frasal); 
4 – Ler com muito cuidado os enunciados das 
questões para entender direito a intenção do que 
foi pedido; 
5 – Sublinhar palavras como: erro, incorreto, 
correto, para não se confundir no momento de 
responder à questão; 
6 – Escrever, ao lado de cada parágrafo, ou de cada 
estrofe, a ideia mais importante contida neles; 
7 – Não levar em consideração o que o autor quis 
dizer, mas sim o que ele disse; escreveu; 
8 – Se o enunciado mencionar tema ou ideia 
principal, deve-se examinar com atenção a 
introdução e/ou a conclusão; 
9 – Se o enunciado mencionar argumentação, deve 
preocupar-se com o desenvolvimento; 
10 – Tomar cuidado com os vocábulos relatores 
(os que remetem a outros vocábulos do texto: 
pronomes relativos, pronomes pessoais, pronomes 
demonstrativos). 
 
ERROS COMUNS NA ANÁLISE DOS TEXTOS 
 
1 – Extrapolação: É o fato de se fugir do texto. 
Ocorre quando se interpreta o que não está escrito. 
Muitas vezes são fatos, mas que não estão 
expressos no texto. Deve-se ater somente ao que 
está relatado. 
 
2 – Redução: É o fato de se valorizar uma parte do 
contexto, deixando de lado a sua totalidade. Deixa-
se de considerar o texto como um todo para se ater 
apenas à parte dele. 
3 – Contradição: É o fato de se entender 
justamente o contrário do que está escrito. É bom 
que se tome cuidado com algumas palavras, como: 
“pode”, “deve”, “não”, verbo “ser”, etc. 
 
ARGUMENTAÇÃO 
 
Para que as ideias estejam adequadamente 
concatenadas dentro do texto, fazemos uso dos 
chamados operadores argumentativos: elementos 
linguísticos, geralmente invariáveis, que ligam as 
orações estabelecendo relação entre as ideias e 
indicando o “tom” pretendido pelo autor. Seguem 
alguns exemplos de operadores argumentativos: 
 
1- Operadores que indicam contradição, 
oposição de ideias: mas, porém, todavia, 
entretanto, por mais que, ao contrário, 
ATENÇÃO - Muitos pensam 
que há a ótica do escritor e a 
ótica do leitor. Pode ser que 
existam, mas numa prova 
de concurso, o que deve 
ser levado em consideração 
é o que o AUTOR DIZ e nada 
mais. 
 
 
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mesmo que, embora, ainda que, a despeito 
de. 
2- Operadores que indicam conclusão, 
consequência: logo, portanto, assim, então, 
de modo que, por isso, por conseguinte, de 
maneira que, em vista disso, pois (quando 
usado depois do verbo). 
3- Operadores que indicam causa: porque, 
que, porquanto, senão, por causa de, por 
razão de, em decorrência de, posto que. 
• OBS: portanto = indica 
conclusão porquanto = indica 
causa 
4- Operadores que indicam condição, 
probabilidade, hipótese: caso, se, desde 
que, a não ser que, exceto se, a menos que. 
5- Operadores que indicam tempo: assim que, 
logo que, quando, depois de, depois que, 
mal (Exemplo: Ela mal chegou, fez 
confusão), antes de, antes que. 
6- Operadores que indicam finalidade: com o 
fim de, a fim de que, com o intuito de, para 
que, para, com o propósito de. 
7- Operadores que indicam relevância da 
informação: acima de tudo, primeiramente, 
antes de mais nada, sobretudo. 
8- Operadores que indicam adição de ideias: e, 
não só, como também, nem (com sentido 
de “e não”), além de, ainda, também, mas 
também. 
QUESTÕES 
 
Interpretação de texto 
1. 
É assim que acontece a bondade 
 
Rubem Alves 
 
(...) 
O que pode ser ensinado são as coisas que moram 
no mundo de fora: 
astronomia, física, química, gramática, anatomia, 
números, letras, palavras. 
Mas há coisas que não estão do lado de fora, coisas 
que moram dentro do corpo. 
Estão enterradas na carne, como se fossem 
sementes à espera… 
Sim, sim! Imagine isto: o corpo como um grande 
canteiro! 
Nele se encontram, adormecidas, em estado de 
latência, as mais variadas sementes. 
Elas poderão acordar, como a Bela Adormecida 
acordou com um beijo. 
Mas poderão também não brotar. 
Tudo depende… 
As sementes não brotarão se sobre elas houver 
uma pedra. 
E também pode acontecer que, depois de brotar, 
elas sejam arrancadas… 
De fato, muitas plantas precisam ser arrancadas, 
antes que cresçam: 
as pragas, tiriricas, picões… 
Uma dessas sementes é a “solidariedade”. 
A solidariedade não é uma entidade do mundo de 
fora, 
ao lado de estrelas, pedras, mercadorias, dinheiro, 
contratos. 
Se ela fosse uma entidade do mundo de fora 
poderia ser ensinada e produzida. 
A solidariedade é uma entidade do mundo interior. 
Solidariedade nem se ensina, nem se ordena, nem 
se produz. 
A solidariedade tem de brotar e crescer como uma 
semente… 
Veja o ipê florido! 
Nasceu de uma semente. 
Depois de crescer não será necessária nenhuma 
técnica, 
nenhum estímulo, nenhum truque para que ele 
floresça. 
Angelus Silesius, místico antigo, tem um verso que 
diz: 
“A rosa não tem porquês. Ela floresce porque 
floresce”. 
O ipê floresce porque floresce. 
Seu florescer é um simples transbordar natural da 
sua verdade. 
A solidariedade é como o ipê: 
nasce e floresce. 
Mas não em decorrência de mandamentos éticos 
ou religiosos. 
Não se pode ordenar: “Seja solidário!” 
A solidariedade acontece como um simples 
transbordamento: 
as fontes transbordam… 
Já disse que solidariedade é um sentimento. 
É esse o sentimento que nos torna humanos. 
 
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A solidariedade me faz sentir sentimentos que não 
são meus, que são de um outro. 
Acontece assim: eu vejouma criança vendendo 
balas num semáforo. 
Ela me pede que eu compre um pacotinho das suas 
balas. 
Eu e a criança – dois corpos separados e distintos. 
Mas, ao olhar para ela, estremeço: 
algo em mim me faz imaginar aquilo que ela está 
sentindo. 
E então, por uma magia inexplicável, esse 
sentimento imaginado se aloja junto dos meus 
próprios sentimentos. 
Na verdade, desaloja meus sentimentos, pois eu 
vinha, no meu carro, com sentimentos leves e 
alegres, 
e agora esse novo sentimento se coloca no lugar 
deles. 
O que sinto não são meus sentimentos. 
Foram-se a leveza e a alegria que me faziam cantar. 
Agora, são os sentimentos daquele menino que 
estão dentro de mim. 
Meu corpo sofre uma transformação: 
ele não é mais limitado pela pele que o cobre. 
Expande-se. 
Ele está agora ligado a um outro corpo que passa a 
ser parte dele mesmo. 
Isso não acontece nem por decisão racional, nem 
por convicção religiosa, nem por um mandamento 
ético. 
É o jeito natural de ser do meu próprio corpo, 
movido pela solidariedade. 
Pela magia do sentimento de solidariedade meu 
corpo passa a ser morada do outro. 
É assim que acontece a bondade. 
O menino me olhou com olhos suplicantes. 
E, de repente, eu era um menino que olhava com 
olhos suplicantes… 
 
Disponível em 
https://rubemalvesdois.wordpress.com/2010/09
/11/e-assim-que-acontece-a-bondade/ 
De acordo com o TEXTO I, para Rubem Alves, a 
solidariedade é um sentimento que 
A 
floresce com a ajuda de mandamentos 
religiosos. 
B 
se aprende por meio de exemplos 
familiares. 
C 
não se ensina, apenas deixa-se 
florescer. 
D 
já faz parte da essência do ser humano. 
 
2. 
 
Disponível em 
https://br.pinterest.com/pin/304274518572701992/. 
 
A partir da análise da charge do TEXTO II, 
é correto inferir que 
A 
o preço da conta de luz é muito alto. 
B 
os adultos enfrentam melhor os seus 
medos. 
C 
os medos parecem maiores durante a 
infância. 
D 
os medos das crianças são passageiros 
e podem ser ignorados. 
 
 
 
 
 
3. 
O Tempo 
 
Rubem Alves 
 
Há duas formas de marcar o tempo. Uma delas foi 
inventada por homens que amam a precisão dos 
números, matemáticos, astrônomos, cientistas, 
técnicos. Para marcar o tempo de forma precisa, 
eles fabricaram ampulhetas, relógios, 
cronômetros, calendários. Nesses artefatos 
 
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técnicos, todos os pedaços do tempo – segundos, 
minutos, dias, anos – são feitos de uma mesma 
substância: números, entidades matemáticas. Não 
há inícios nem fins, apenas a indiferente sucessão 
de momentos, que nada dizem sobre alegrias e 
sofrimentos. Apenas um bolso vazio. Nele, a alma 
não encontra morada. 
 
Nas Olimpíadas, a performance dos corredores e 
nadadores é medida até os centésimos. Fico a me 
perguntar: “Como é que conseguem? Que diferença 
faz?”. 
 
A outra foi inventada por homens que sabem que a 
vida não pode ser medida com calendários e 
relógios. A vida só pode ser marcada com a vida. Os 
amantes do Cântico dos Cânticos marcavam o 
tempo do amor pelos frutos maduros que pendiam 
das árvores. Quando as folhas dos plátanos ficam 
amarelas sabemos que o outono chegou. Os ipês-
rosas e amarelos anunciam o inverno. 
 
Qual a magia que informa os ipês, todos eles, em 
lugares muito diferentes, que é hora de perder as 
folhas e florescer? E sem misturar as cores. 
Primeiro os rosas, depois os amarelos e, 
finalmente, os brancos. 
 
Sugeri que algum compositor compusesse uma 
sinfonia ou uma brincadeira musical em três 
movimentos. Primeiro movimento, “Ipê-rosa”, 
andante tranquilo, em que os violoncelos cantam a 
paz e a segurança. Segundo movimento, “Ipê-
amarelo”, rondo vivace, em que os metais, cores 
parecidas com a dos ipês, fazem soar a exuberância 
da vida. Terceiro movimento, “Ipê-branco”, 
moderato, em que o veludo dos oboés canta a 
mansidão. Seria bom se nós, como os ipês, nos 
abríssemos para o amor no inverno. 
 
A precisão dos números marca o tempo das 
máquinas e do dinheiro. O tempo do amor se marca 
com o corpo. 
 
Um calendário é coisa precisa: anos, meses, dias, 
horas, que são marcados com números. Esses 
números medem o tempo. Mas os pedaços de 
tempo são bolsos vazios: nada há dentro deles. O 
bolso vazio do tempo se torna parte do nosso corpo 
quando o enchemos com vida. Aí o tempo não mais 
pode ser representado por números. O tempo 
aparece como um fruto que vai sendo comido: é 
belo, é colorido, é perfumado. E, à medida que vai 
sendo comido, vai acabando. Vem a tristeza. O 
tempo da vida se marca por alegrias e tristezas. Há 
inícios e há fins. 
 
Tempus fugit; o tempo foge. Portanto, carpe diem: 
colha o dia como um fruto que amanhã estará 
podre. 
 
Viver ao ritmo de alegrias e tristezas é ser sábio. 
“Sapio”, no latim, quer dizer, “eu saboreio”. O sábio 
é um degustador da vida. A vida não é para ser 
medida. Ela é para ser saboreada. 
 
Um texto bíblico diz: “Ensina-nos a contar os 
nossos dias de tal maneira que alcancemos um 
coração sábio”. Acho que Jesus sorriria se eu 
acrescentasse ao “Pai-Nosso” outra súplica: “A 
fruta nossa de cada dia dá-nos hoje…”. Caqui, 
pitanga, morango à beira do abismo, melancia… 
 
Heráclito foi um filósofo grego fascinado pelo 
tempo. Contemplava o rio e via que tudo é rio. 
Percebeu que não é possível entrar duas vezes no 
mesmo rio; na segunda vez, as águas serão outras, 
o primeiro rio já não existirá. Tudo é água que flui: 
as montanhas, as casas, as pedras, as árvores, os 
animais, os filhos, o corpo… Assim é tudo, assim é 
a vida: tempo que flui sem parar. Daquilo que ele 
supostamente escreveu, restam apenas 
fragmentos enigmáticos. Dentre eles, um me 
encanta: “Tempo é criança brincando, jogando; da 
criança o reinado”. 
 
Para nós, o tempo é um velho, cada vez mais velho, 
sobre quem se acumulam os anos que passam e de 
quem a vida foge. 
 
Heráclito, ao contrário, diz que o tempo é criança, 
início permanente, movimento circular, o fim que 
volta sempre ao início, fonte de juventude eterna, 
possibilidade de novo começos. 
 
Tempo é criança? O que o filósofo queria dizer 
exatamente eu não sei. Mas sei que as crianças 
odeiam Chronos, o deus dos cronômetros, dos 
segundos, dos centésimos de segundos O relógio é 
o tempo do dever: corpo engaiolado. 
 
Disponível em 
https://www.revistaecosdapaz.com/o-tempo-
uma-cronica-encantadora-de-rubem-alves/. 
 
 
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De acordo com as ideias apresentadas no TEXTO I, 
com relação à questão do tempo, o escritor Rubem 
Alves afirma que 
 
I. há duas formas de marcar o tempo: a 
cronológica e a própria vida. 
 
II. o tempo criança assusta os mais velhos 
que têm medo da morte. 
 
III. o tempo pode ser aprisionado, 
encarcerado pelo homem. 
 
IV. o tempo é como um rio, flui sem parar, 
não espera por ninguém. 
 
É correto o que se afirma 
A 
apenas em I e III. 
B 
apenas em II e III. 
C 
apenas em I e IV. 
D 
apenas em II e IV. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. 
 
Disponível em 
https://www.conradoleiloeiro.com.br/peca.asp?ID=2185724
.. 
 
Pela análise da tirinha do TEXTO II, é correto 
inferir que 
A 
há boas perspectivas para o futuro. 
B 
o futuro guarda segredos 
inimagináveis. 
C 
não devemos nos preocupar com o 
futuro. 
D 
o futuro parece ser bastante 
desagradável. 
 
5. 
 
Disponível em https://www.gov.br/saude/pt-
br/assuntos/noticias/ministerio-dasaude- lanca-
servico-de-combate-a-fake-news. 
 
O anúncio do Ministério da Saúde sobre as fake 
news têm o objetivo principal de 
A 
desmentir as falsas informações que 
foram divulgadas na pandemia. 
B 
informar o papel dos profissionais de 
saúde no combateàs fake news. 
C 
esclarecer os procedimentos jurídicos 
existentes no combate às fake news. 
D 
orientar e conscientizar a população 
sobre a questão das fake news na 
saúde. 
 
6. 
 
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O macacão branco 
 
Sejamos honestas, colegas de trabalho: quem de 
nós pode vestir um macacão branco decotado na 
frente e nas costas, colado ao corpo, sem antes 
passar por uma lipoescultura, uma sessão de 
bronzeamento e ficar duas semanas sem comer? 
Resposta no final dessa coluna. 
 
Não teria adjetivos suficientes para comentar o 
show que Maria Rita fez no Anfiteatro Pôr do Sol, 
semana passada, cantando músicas da sua mãe, 
Elis Regina. O espetáculo foi perfeito do início ao 
fim, e São Pedro ainda deu uma canja, oferecendo 
um entardecer de cinema, com direito a uma lasca 
de lua, céu estrelado e brisa suave. Se Elis não fosse 
gaúcha, teria se naturalizado naquele instante, em 
algum cartório no céu. 
 
Mas voltemos a Maria Rita. Toda de branco, ela 
entrou no palco com uma túnica diáfana que ia até 
os pés: praticamente um anjo de bons modos. Até 
que, quatro ou cinco músicas depois do início do 
show, ela retirou a túnica e ficou só de macacão 
branco decotado, com as costas de fora, colado no 
corpo. Pensei: é peituda essa mulher. 
 
Peituda porque, além de peito, Maria Rita tem coxa, 
tem bunda, tem barriguinha, tem sustância, tem o 
corpo da brasileira típica, que passa longe das 
esquálidas das revistas, das ossudas das 
passarelas. A numeração de Maria Rita não é 36, 
mas vestiu aquele macacão branco como se fosse. 
Quaquaraquáquá, quem riu? Quaquaraquáquá, foi 
ela. Cantando Vou Deitar e Rolar e outros tantos 
hits da sua talentosa genitora, Maria Rita rebolou, 
sambou, jogou charme, braço pra cima, braço pro 
lado, ajeitadinha no cabelo, caras e bocas, dona e 
senhora do pedaço e com o namorado bonitão 
(Davi Moraes, na guitarra) ali na retaguarda, 
babando – se não estava, deveria. Porque Maria 
Rita, além de cantar divinamente, mostrava 100% 
seu lado fêmea, segura e incomparável. Que nem as 
modelos de revista? Quaquaraquaquá. Muito 
melhor. 
 
Fiquei matutando depois: como mulher se 
preocupa com besteira. Usa roupa preta para 
afinar, veste bermudas compressoras para chapar 
a barriga, manga comprida para esconder os 
braços roliços, e mais isso, e aquilo, quando o 
maior segredo de beleza consta do seguinte: sinta-
se num palco, mesmo que nunca tenha chegado 
perto de um. Imagine-se com 60 mil pessoas te 
aplaudindo, te admirando pelo que você faz, pelo 
que você é, imagine-se com o público na mão, pois 
você é competente e tem uma elegância natural. 
Conscientize-se de que sua inteligência é superior 
às suas medidas, que ser magrinha não atrai amor 
instantâneo, que sua personalidade é um cartão de 
visitas, que a felicidade é a melhor maquiagem, que 
ser leve é que emagrece. 
 
E dá-se a mágica. 
 
Quem de nós pode vestir um macacão branco 
decotado na frente e nas costas, colado ao corpo, 
sem antes passar por uma lipoescultura, uma 
sessão de bronzeamento e ficar duas semanas sem 
comer? Qualquer uma de nós, ora. 
 
MEDEIROS. Martha. A graça da coisa. 1ª ed. Porto 
Alegre – RS: L&PM, 2013. 
 
De acordo com o TEXTO I, 
A 
as mulheres deveriam valorizar 
valores como inteligência, 
personalidade, felicidade e leveza, em 
detrimento de valores relacionados à 
aparência física. 
 
 
 
B 
existe um padrão de beleza e, ao tentar 
se adequar a ele, a mulher conseguirá 
afirmar-se na sociedade. 
C 
nem todas as mulheres têm condições 
de se comportar como Maria Rita, em 
seu show. 
D 
o maior segredo da beleza é a mulher 
seguir os ditames proferidos pela 
opinião pública. 
 
7. 
Modernidade líquida 
 
O conceito de modernidade líquida foi 
desenvolvido pelo sociólogo polonês Zygmunt 
Bauman e diz respeito a uma nova época em que as 
relações sociais, econômicas e de produção são 
frágeis, fugazes e maleáveis, como os líquidos. O 
 
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conceito opõe-se, na obra de Bauman, ao conceito 
de modernidade sólida, quando as relações eram 
solidamente estabelecidas, tendendo a serem mais 
fortes e duradouras. 
 
O que é modernidade líquida? 
 
Bauman definiu como modernidade líquida um 
período que se iniciou após a Segunda Guerra 
Mundial e ficou mais perceptível a partir da década 
de 1960. Esse sociólogo chamou de modernidade 
sólida o período anterior. 
 
A modernidade sólida era caracterizada pela 
rigidez e solidificação das relações humanas, das 
relações sociais, da ciência e do pensamento. A 
busca pela verdade era um compromisso sério 
para os pensadores da modernidade sólida. As 
relações sociais e familiares eram rígidas e 
duradouras, e o que se queria era um cuidado com 
a tradição. Apesar dos aspectos negativos 
reconhecidos por Bauman da modernidade sólida, 
o aspecto positivo era a confiança na rigidez das 
instituições e na solidificação das relações 
humanas. 
 
A modernidade líquida é totalmente oposta à 
modernidade sólida e ficou evidente na década de 
1960, mas a sua semente estava no início do 
capitalismo industrial, durante a Revolução 
Industrial. As relações econômicas ficaram 
sobrepostas às relações sociais e humanas, e isso 
abriu espaço para que cada vez mais houvesse uma 
fragilidade de laço entre pessoas e de pessoas com 
instituições. 
 
A lógica do consumo entrou no lugar da lógica da 
moral, assim, as pessoas passaram a ser 
fortemente analisadas não pelo que elas são, mas 
pelo que elas compram. A ideia de compra também 
adentrou nas relações sociais, e as pessoas 
passaram a comprar afeto e atenção. 
 
Nesse contexto, as instituições ficaram 
estremecidas. O emprego tornou-se um 
empreendimento completamente individual no 
momento em que o indivíduo tornou-se um 
“empreendedor” de si mesmo. Se alguém não 
obtém sucesso nessa lógica da modernidade 
líquida, a responsabilidade é completamente 
individual. 
 
Assim sendo, a modernidade líquida tem 
instituições líquidas, pois cada pessoa é uma 
instituição. A exploração capitalista deixou de ser 
vista como exploração e passou a ser vista como 
uma relação natural em que o sujeito, 
empreendedor de si mesmo, vende a sua força de 
trabalho ao sujeito empreendedor que possui o 
capital. 
 
A modernidade líquida é ágil, pois ela acompanha 
a moda e o pensamento de época. A ciência, a 
técnica, a educação, a saúde, as relações humanas 
e tudo mais que foi criado pelo ser humano para 
compor a sociedade são submetidos à lógica 
capitalista de consumo. 
 
Modernidade líquida e relações humanas 
 
As relações humanas ficaram extremamente 
abaladas com o surgimento da modernidade 
líquida. Bauman usa o termo “conexão” para 
nomear as relações na modernidade líquida no 
lugar de relacionamento, pois o que se passa a 
desejar a partir de então é algo que possa ser 
acumulado em maior número, mas com 
superficialidade suficiente para se desligar a 
qualquer momento. A amizade e os 
relacionamentos amorosos são substituídos por 
conexões, que, a qualquer momento, podem ser 
desfeitas. 
 
As redes sociais e a internet serviram de 
instrumento para a intensificação do que Bauman 
chamou de amor líquido: a relação pseudoamorosa 
da modernidade líquida. Não se procura, como na 
modernidade sólida, uma companhia afetiva e 
amorosa como era na modernidade sólida, mas se 
procura uma conexão (que pode ser sexual ou não, 
sendo que a não sexual substitui o que era a 
amizade) que resulte em prazer para o indivíduo. 
O imperativo da modernidade líquida é a busca por 
prazer a qualquer custo, mesmo que utilizando 
pessoas como objetos. Aliás, namodernidade 
líquida, o sujeito torna-se objeto. 
 
As conexões estabelecidas entre pessoas são laços 
banais e eventuais. As pessoas buscam um número 
grande de conexões, pois isso se tornou motivo de 
ostentação. Mais parceiros e parceiras sexuais, 
mais “amigos” (que, na verdade, não passam, na 
maioria dos casos, de colegas ou conhecidos), pois 
quanto mais conexões, mais célebre a pessoa é 
considerada. Basta fazer uma breve análise das 
 
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relações sociais em redes sociais como o Facebook: 
quanto mais “amigos” (que, na verdade, são apenas 
contatos virtuais) a pessoa tem, mais requisitada 
ela se torna. (...) 
 
Modernidade líquida e consumismo 
 
O consumo tornou-se um imperativo na 
modernidade líquida. Criou-se todo um aparato 
para que o capitalismo consiga progredir 
desenfreadamente por meio do consumo 
irracional. Para além do que o filósofo e sociólogo 
alemão Karl Marx observou em sua época, um 
fetiche pelo consumo, criou-se um fetiche pelas 
marcas, deixando de importar o produto em si, mas 
a sua fabricante e o seu preço. 
 
Consumo sempre foi sinônimo de status, mas, na 
modernidade líquida, o consumo e o status são 
expressivamente dotados de uma carga simbólica 
muito mais intensa do que era na modernidade 
sólida. O sujeito é objetificado pelo capitalismo, 
tornando-se apenas o que ele consome, e não mais 
o que ele é. Na lógica da modernidade líquida, o 
sujeito é aquilo que ele consome. 
 
O modo pelo qual o capitalismo consegue efetuar 
essa mudança de perspectiva é pela promessa de 
felicidade: os sujeitos estão cada vez mais ansiosos, 
tristes e sobrecarregados. Associa-se então o 
prazer momentâneo oferecido pelo consumo à 
felicidade. Como esse prazer é rapidamente 
passageiro, o sujeito sente a necessidade de buscá-
lo constantemente, na tentativa de alcançar a 
felicidade. (...) 
 
Publicado por Francisco Porfírio Disponível em 
https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/modernidade
-liquida.htm. 
 
De acordo com o TEXTO I, a partir da análise da 
teoria de Zygmunt Bauman, a era da modernidade 
líquida foi marcada, principalmente, por uma 
mudança que diz respeito 
A 
à rigidez e à solidificação das relações 
humanas, das relações sociais, da 
ciência e do pensamento. 
B 
à tendência que o capitalismo 
instaurou de progredir 
desenfreadamente por meio do 
consumo racional. 
C 
ao desejo das pessoas de buscarem um 
número grande de conexões para não 
se sentirem sós e isoladas. 
D 
ao fato de as pessoas passarem a ser 
fortemente analisadas não pelo que 
elas são, mas pelo que elas compram. 
 
8. 
A CULTURA DO CANCELAMENTO 
 
 No mundo da internet, principalmente no 
terreno das redes sociais, é fácil ler que 
determinada pessoa foi cancelada. A expressão diz 
respeito à chamada cultura do cancelamento, 
termo que foi considerado o de maior destaque de 
2018 e de 2019 pelo Dicionário Macquarie, por 
causa da __________¹ ocorrida nas redes sociais pelo 
mundo. Não se sabe ao certo a origem dele, mas foi 
a partir de 2017, durante as denúncias de assédio 
sexual em Hollywood, e do surgimento do 
movimento #MeToo, que ele começou a aparecer 
com mais força. 
 Embora o movimento tenha decolado em 2017 
com a hashtag #MeToo, ele definitivamente 
manteve seu ímpeto e começou a espalhar suas 
asas linguísticas para além da hashtag e do nome 
do movimento, respondendo a uma necessidade 
óbvia no discurso que cerca essa convulsão social, 
explicou, em comunicado, o Dicionário Macquarie. 
 No dicionário, a palavra cancelar quer dizer 
eliminar ou riscar para tornar sem efeito. É 
exatamente isso que a cultura do cancelamento da 
web propõe. Basta que uma pessoa pública ou não, 
apesar de que os famosos acabam sendo as 
principais vítimas, faça algo errado para que as 
propostas de cancelamento comecem a surgir. No 
Brasil nomes como do humorista e influencer 
Carlinhos Maia, do funkeiro MC Gui, da cantora 
Anitta e do cantor Nego do Borel já figuraram entre 
os cancelados. Bullying, preconceito, homofobia e 
transfobia foram os motivos que os levaram ao 
boicote do público. 
 Como tudo na vida, a cultura do cancelamento 
tem bônus e ônus. Como ponto positivo, percebo a 
indignação das pessoas em relação a situações que 
antes passavam despercebidas, como casos de 
preconceito, machismo e racismo, além dos citados 
acima. O ponto negativo desse movimento está na 
anulação por completo. Não há uma conversa, não 
há uma busca por se colocar no lugar do outro. 
 
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 É claro que há atitudes que são deploráveis e até 
criminosas. E, para usar outro termo da internet, 
não é preciso passar pano, acobertando erros. Mas 
a decisão de cancelar alguém, muitas vezes, pode 
ser drástica demais. É como se tivéssemos o poder 
de eliminar, ao melhor estilo do que ocorre em 
realities shows, nos quais isso, de fato, é uma 
brincadeira, parte de uma dinâmica de jogo, sem 
direito a resposta ou retratação. 
 
Disponível em: 
https://www.correiobraziliense.com.br – Texto 
adaptado 
 
A temática principal tratada no TEXTO I é 
A 
as atitudes preconceituosas de pessoas 
famosas. 
B 
o surgimento do movimento #MeToo. 
C 
o banimento, sobretudo, de pessoas da 
arena pública nas mídias sociais. 
D 
a eliminação em realities shows. 
 
9. 
De acordo com o TEXTO I (ANTERIOR), 
é incorreto afirmar que 
A 
as atitudes machistas, homofóbicas e 
racistas são razões para o boicote do 
público. 
B 
a cultura do cancelamento só ocorre 
com pessoas famosas. 
C 
a falta de empatia se apresenta como 
um aspecto que contribui para o 
cancelamento. 
D 
as pessoas canceladas não têm voz nem 
defesa. 
 
10. 
Anedota Filosófica: Diógenes e Alexandre, o 
Grande 
 
Plutarco 
 
Conta-se que, certa manhã, Diógenes tomava sol 
sentado ao lado de seu barril. Alexandre, o Grande, 
andava por aquelas terras e, de tanto ouvir falar no 
homem que morava dentro de um barril, quis 
conhecê-lo. 
 
Informado de onde se encontrava o filósofo, 
Alexandre, montado em seu Bucéfalo, pôs-se frente 
a frente com Diógenes e, com este, teve o mais 
memorável de seus diálogos. 
 
Desta forma, apresentou-se o general: 
 
– Sou Alexandre, o Grande, diante de mim 
prostram-se os reinos, eu sou possuidor de muitas 
riquezas. 
 
Diógenes, sem esboçar sinal algum de surpresa, 
unicamente respondeu ao general: 
 
– Eu sou Diógenes e isto me basta. 
 
Alexandre, pasmo com a reação indiferente de 
Diógenes frente a sua imponência, ainda tentou 
persuadi-lo, com o pretexto de fazer o filósofo 
segui-lo: 
 
– Ouvi muito sobre sua sabedoria e ofereço-te 
metade de minhas riquezas se quiser acompanhar-
me. 
 
Diógenes, para a surpresa de Alexandre e de todos 
que estavam presentes, prontamente respondeu: 
 
– De você não desejo nada, quero apenas que saia 
da frente do meu sol pois estás me fazendo sombra. 
 
Os soldados do temível general ainda quiseram 
zombar de Diógenes, mas foram censurados por 
Alexandre que lhes repreendeu desta maneira: 
 
– Não zombem deste homem, pois se eu não fosse 
Alexandre Magno, eu queria ser Diógenes. 
 
Alexandre então se retirou, deixando em paz o 
filósofo sem nunca esquecer o exemplo de 
Diógenes, tendo também a certeza de que estivera 
diante do mais diferente homem de seu tempo. 
 
(Disponível em: 
https://www.acropole.org.br/simbolismo/anedot
a- 
filosofica- diogenes-e-alexandre-o-grande/ 
 
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 ______________________________________________________________A partir da leitura do TEXTO I, assinale a 
alternativa correta. 
A 
A resposta de Diógenes, ao pedir que 
Alexandre se afastasse do sol, foi 
irônica. 
B 
Alexandre menosprezava o filósofo e 
ofereceu-lhe riquezas apenas para 
testá-lo. 
C 
Ao final do TEXTO I, pode-se concluir 
que Alexandre ainda respeitava muito 
o filósofo. 
D 
Diógenes não tinha interesse por bens 
materiais, pois acreditava em vida após 
a morte. 
E 
Diógenes considerava que a vida não 
tinha sentido, então não tinha interesse 
por poder. 
 
11. 
Ao responder “Não zombem deste homem, pois se 
eu não fosse Alexandre Magno, eu queria ser 
Diógenes”, pode-se concluir que Alexandre 
A 
gostava de ser general. 
B 
apreciava uma vida simples. 
C 
aprovou a reação dos soldados. 
D 
desejava ser sábio como Diógenes. 
E 
era muito ambicioso e prepotente. 
 
12. 
Memórias Póstumas de Brás Cubas 
 
Machado de Assis 
 
Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias 
pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em 
primeiro lugar o meu nascimento ou a minha 
morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo 
nascimento, duas considerações me levaram a 
adotar diferente método: a primeira é que eu não 
sou propriamente um autor defunto, mas um 
defunto autor, para quem a campa foi outro berço; 
a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante 
e mais novo. Moisés, que também contou a sua 
morte, não a pôs no introito, mas no cabo; 
diferença radical entre este livro e o Pentateuco. 
[...] 
 
ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás 
Cubas. (Disponível 
em: 
http://www.dominiopublico.gov.br/download/te
xto/bv000215.pdf) 
 
A partir da leitura do TEXTO II, assinale a 
alternativa correta. 
A 
Brás quer sair da vulgaridade. 
B 
O autor deseja viver eternamente. 
C 
Trata-se de um texto religioso. 
D 
O autor é otimista por seu futuro 
literário. 
E 
Brás deseja escrever bem como Moisés. 
 
13. 
Quem quer viver para sempre? 
 
Eu já deveria estar morto. Ou a caminho de. Para 
alguns leitores, nunca uma frase soou tão 
verdadeira. Mas eu falo da história, não de afetos. 
Se tivesse nascido em Portugal, cem anos atrás, já 
haveria lápide e caixão. Dá para acreditar que, em 
inícios do século XX, a esperança média de vida 
para os homens portugueses rondasse os 35-40 
anos? Hoje, andará pelos oitenta. O que significa 
que, com sorte e algum bom humor do Altíssimo, 
eu estou apenas a meio da viagem. Se juntarmos os 
progressos da medicina no futuro próximo, é 
possível que a viagem seja alargada mais um 
pouco. Cem anos, cento e tal. Nada mau. 
 
Um artigo recente da Nature, aliás, promete 
revoluções para a minha pobre carcaça. O segredo 
está no hipotálamo cerebral e numa proteína do 
dito cujo que regula o envelhecimento humano. 
Não entro em pormenores, até porque eu próprio 
não os entendo. Mas eis o negócio: se a proteína é 
 
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estimulada, os ratinhos morrem mais depressa. Se 
a proteína é inibida, acontece o inverso. Falamos 
de ratos, por enquanto, o que significa que a 
descoberta só terá aplicação imediata entre a 
classe política. Mas o leitor entende onde quero 
chegar. 
 
E eu quero chegar à maior promessa de todas: o dia 
em que seremos finalmente imortais. Na história 
da cultura ocidental, esse dia pode estar no 
passado distante (ler Hesíodo, ler a Bíblia). Ou 
pode estar no futuro, como garantem os “trans-
humanistas”. Falo de uma corrente bioética 
perfeitamente respeitável que se dedica a essa 
causa: o destino da humanidade não está em 
morrer aos cem. Está em viver indefinidamente 
depois dos cem, através dos avanços da tecnologia. 
Porque só a tecnologia permitirá aos homens 
suplantar a sua infantil condição mortal. O nosso 
corpo é apenas a primeira casca de todas as cascas 
que estarão por vir. E quem não gostaria de viver 
para sempre? 
 
Curiosamente, há quem não queira. O filósofo 
Roger Scruton, em ensaio recente, dedica um 
capítulo específico aos transhumanistas. O livro 
intitula-se The Uses of Pessimism and the Dangers of 
False Hope. Segundo sei, será publicado no Brasil 
em breve. Recomendo. Primeiro, porque é uma 
súmula perfeita do pensamento de Scruton, escrito 
com elegância habitual do autor. Mas sobretudo 
porque é a mais brilhante refutação do 
pensamento utópico, e em particular do 
pensamento utópico trans-humanista de autores 
como Ray Kurzweil ou Max More, que me lembro 
de ter lido. Isso se deve, em grande parte, ao fato 
corajoso de Scruton ter sido capaz de virar o 
debate do avesso e perguntar: por que motivo a 
doença e a morte devem ser vistas como males 
intoleráveis que devemos erradicar? Não será 
possível olhar para eles como bens necessários? 
 
Certo, certo: ninguém ama a doença e, tirando 
casos extremos, ninguém deseja morrer. Mas sem 
a doença e a morte, a vida não teria qualquer valor 
em si mesma. Os projetos que fazemos; as viagens 
com que sonhamos; os amores que temos, 
perdemos, procuramos; e até a descendência que 
deixamos – tudo isso parte da mesma premissa: o 
fato singelo de não termos todo o tempo do mundo. 
Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos 
urgência em viver, escolher e amar. Se retirarmos 
a urgência da equação, podemos ainda viver 
eternamente. Mas viveremos uma eternidade de 
tédio em que nada tem sentido porque nada 
precisa ter sentido. Sem importância do efêmero, 
nada se torna importante. 
 
Os trans- humanistas sonham com um mundo pós- 
humano. É provável que esse mundo seja possível 
no futuro, quando a técnica suplantar a nossa casca 
primitiva. Mas esse mundo, até pela sua própria 
definição, será um filme diferente. Não será um 
filme para seres humanos tal como os conhecemos 
e reconhecemos. 
 
Viver até os cem? Agradeço. Cento e vinte também 
serve. Mas se me dissessem hoje mesmo que o meu 
futuro duraria uma eternidade, eu seria o primeiro 
a pular da janela sem hesitar. 
 
COUTINHO, João Pereira. Vamos ao que interessa: 
cem crônicas da era da brutalidade. São Paulo: 
Três Estrelas, 2015. 
 
De acordo com o autor do TEXTO I, 
A 
a doença e a morte nos fazem perseguir 
nossos projetos, nossos sonhos, pois 
tememos não termos uma outra 
oportunidade. 
B 
mesmo com o progresso da medicina, 
dificilmente conseguiremos aumentar 
nossa expectativa de vida. 
C 
o que nos faz seres humanos é o nosso 
desejo incessante pela eternidade, 
procurando sempre levar uma vida 
saudável e plena. 
D 
todos querem viver para sempre, mas 
não querem adoecer, por isso se 
preocupam tanto com a saúde mental e 
física. 
 
14. 
Energias alternativas podem gerar 1 milhão de 
empregos no Brasil 
 
Com investimentos em energias alternativas, o 
Brasil pode gerar mais de 1 milhão de empregos e 
reduzir em 28 toneladas a emissão de CO² até 2025. 
 
 
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Nos próximos cinco anos, os investimentos da 
indústria de energia alternativa, como a solar e a 
eólica, e o impacto da digitalização das cidades 
podem gerar mais de 1,2 milhão de novos 
empregos no país. 
 
A análise é do Fórum Econômico Mundial, em 
parceria com a Accenture, empresa global de 
serviços profissionais, que ouviu mais de 25 
empresas de serviços públicos globais e empresas 
de tecnologia de energia. 
 
Além dos empregos, esses investimentos deverão 
resultar na redução de 28 toneladas de emissão de 
CO² (dióxido de carbono). O estudo foi feito em 
várias regiões, explorando o caminho das 
concessionárias em meio à pandemia e as 
oportunidades para acelerar o crescimento 
econômico e a transição para a energia limpa. 
 
O Grupo de Ação da Indústria, formado por mais de 
25 empresas, buscou avaliarde forma holística os 
resultados econômicos, ambientais, sociais, bem 
como desdobramentos técnicos de potenciais 
soluções de energia. 
 
Segundo a Accenture, foram mapeados diversos 
elementos da cadeia de valor do setor elétrico no 
país, como emissão de gás carbônico, pegadas 
d’água, acesso a eletricidade, qualidade do ar, 
resiliência e segurança do setor, qualidade de 
serviços e flexibilidade. 
 
No entanto, foram outros aspectos que se 
destacaram no cenário nacional, como: impactos 
no emprego e na economia, eficiência do setor e 
produtividade, investimento estrangeiro, 
atualização de sistemas e competitividade. 
 
Setor elétrico deve triplicar até 2050 
 
Com o mapeamento do setor elétrico brasileiro, foi 
possível identificar um modelo que pode 
direcionar a transformação e atualização do país 
em termos de energia, utilizando sua grande fonte 
de energia hidrelétrica como alicerce para 
sustentar a população. 
 
Simultaneamente a isso, investimentos em fontes 
alternativas de energia ganham força, como a solar 
e a eólica, bem como investimentos em cidades 
integradas e inteligentes. 
 
A demanda por energia no país deve triplicar até 
2050, fortalecendo a necessidade de 
investimentos. Para isso, segundo o estudo, o 
Brasil deverá precisar de, pelo menos, 38 novas 
linhas de distribuição de energia com mais de 5 mil 
km de extensão. 
 
Na prática, isso significa um investimento de mais 
de R$10 bilhões, segundo dados da Empresa de 
Pesquisa Energética, articulada com o Ministério 
de Minas e Energia e o Ministério da Economia. 
 
(...) 
 
Folha Dirigida. Reportagem: Energias Alternativas 
podem gerar 1 milhão de empregos no Brasil. 
[Fragmento]. (Disponível em: 
https://folhadirigida.com.br/mais/noticias/suste
ntabilidade/energias-alternativas-podem-gerar-
1-milhao-de-empregos-no-brasil .) 
 
De acordo com o TEXTO I, é correto afirmar que 
A 
a análise é do Fórum Econômico 
Mundial, em parceria com a Accenture, 
empresa global de serviços 
profissionais, que ouviu mais de 25 
empresas estatais. 
B 
a pesquisa sinaliza que, até 2050, o 
Brasil triplicará a demanda de energia, 
necessitando de mais 38 linhas de 
distribuição e investimento acima de 
R$ 10 bilhões. 
C 
na cadeia de valor do setor elétrico no 
país, tiveram destaque os impactos no 
emprego e na economia, a eficiência do 
setor e produtividade e o investimento 
estrangeiro. 
D 
no Brasil, os investimentos em 
energias alternativas já asseguram 
mais de 1 milhão de empregos e até 
2050 reduzirão em 28 toneladas a 
emissão de CO². 
E 
o cenário brasileiro apresentou como 
aspectos relevantes a emissão de gás 
carbônico, pegadas d'água, acesso a 
eletricidade e qualidade do ar. 
 
 
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15. 
O objetivo principal do autor com o TEXTO I é 
A 
alertar sobre um grande crescimento 
econômico por meio de energias 
renováveis. 
B 
denunciar os atuais prejuízos do 
consumo de energias nãorenováveis 
no planeta. 
C 
estimular que as empresas 
estrangeiras invistam na preservação 
ambiental. 
D 
informar sobre a relação entre criação 
de empregos e energias renováveis. 
E 
utilizar argumentos para ampliar o 
consumo de energias nãorenováveis. 
 
16. 
A CRUZ DA ESTRADA 
 
Castro Alves 
 
Caminheiro que passas pela estrada, 
Seguindo pelo rumo do sertão, 
Quando vires a cruz abandonada, 
Deixa-a em paz dormir na solidão. 
 
Que vale o ramo do alecrim cheiroso 
Que lhe atiras nos braços ao passar? 
Vais espantar o bando buliçoso 
Das borboletas, que lá vão pousar. 
 
É de um escravo humilde sepultura, 
Foi-lhe a vida o velar de insônia atroz. 
Deixa-o dormir no leito de verdura, 
Que o Senhor dentre as selvas lhe 
compôs. 
 
[...] 
 
Quando, à noite, o silêncio habita as matas, 
A sepultura fala a sós com Deus. 
Prende-se a voz na boca das cascatas, 
E as asas de ouro aos astros lá nos céus. 
 
Caminheiro! Do escravo desgraçado 
O sono agora mesmo começou! 
Não lhe toques no leito de noivado, 
Há pouco a liberdade o desposou. 
 
(Disponível em 
https://www.escritas.org/pt/t/5023/a-cruz-da-
estrada.). 
 
Após a leitura do TEXTO III, assinale a alternativa 
correta. 
A 
Ao escravo morto valem apenas o 
bando buliçoso das borboletas e o 
alecrim cheiroso. 
B 
O poema retrata que a liberdade dos 
escravos era conquistada apenas com a 
morte. 
C 
O poeta discorre sobre a sensibilidade 
do escravo liberto ao falar a sós com 
Deus. 
D 
A cruz da estrada representa o 
sofrimento do escravo humilde na 
solidão do sertão. 
E 
Castro Alves convida o caminheiro a 
conversar com a sepultura do escravo 
humilde. 
 
17. 
TEXTO I 
 
Bitcoin 
 
O Bitcoin funciona como uma espécie de “dinheiro 
da internet” e conta com carteira virtual e um site 
específico para transações comerciais. 
 
O Bitcoin (BTC) é um tipo de moeda virtual 
também chamado de criptomoeda. É como se fosse 
uma espécie de dinheiro da internet, mas que não 
apresenta um sistema centralizado de controle 
sobre as suas trocas comerciais, tais como um 
banco central, ao contrário do que acontece com as 
moedas do “mundo real”. O termo bitcoin também 
é designado para o software utilizado para a 
criação e controle da moeda. 
 
O nome bit não faz referência a byte, como muitos 
podem pensar, mas sim a uma rede de 
 
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compartilhamento ponto a ponto (P2P), chamada 
de BitTorrent, em que cada usuário é anônimo e 
possui o mesmo valor. É o que acontece com a 
moeda virtual. 
 
Apesar de ser a mais conhecida e amplamente 
aclamada no mundo da internet, o Bitcoin não é a 
única criptomoeda existente. Os destaques da 
concorrência vão para o Litecoin e o Mastercoin, 
mas nenhum deles possui a representatividade do 
Bitcoin, a principal moeda virtual do mundo 
atualmente. 
 
A origem do Bitcoin é atribuída a Dorian 
Nakamoto, um codinome que seria utilizado por 
Satoshi Nakamoto, apesar de ele sempre negar a 
suposta criação que, ao menos oficialmente, 
permanece no anonimato. 
 
Como adquirir bitcoins? 
 
Para poder adquirir dinheiro em forma de bitcoins, 
seja para investimento, seja para diversão, o 
usuário primeiramente precisa criar a sua carteira 
virtual, que funciona como uma espécie de ponto 
virtual onde todos os bitcoins ficam armazenados, 
categorizando um tipo de conta bancária livre de 
taxas e impostos. Essa carteira só pode ser criada 
no site oficial da blockchain (cadeia de blocos). 
Cada unidade possui uma numeração específica, 
protegida por criptografia. 
 
Para evitar fraudes ou golpes, como a cópia ou 
duplicação de moedas, além de falsas transações e 
outros tipos de crimes, há um poderoso sistema de 
segurança e controle. Basicamente, quando há uma 
troca comercial entre duas carteiras virtuais, ela é 
publicada no site da blockchain em forma de 
código, que é verificado por softwares específicos 
voltados para essa função. 
 
Para que uma pessoa obtenha bitcoins, ela pode 
fazer uma transação comercial, recebendo a 
moeda virtual em troca de serviços ou produtos, 
como uma negociação comum. Outro método é 
comprar diretamente bitcoins, trocando as 
moedas oficiais (tais como o real e o dólar) de 
acordo com a cotação de mercado, de forma que, 
quanto mais caro for o bitcoin, mais dinheiro você 
precisará para adquirilo. Esse processo poderá ser 
feito on-line somente no próprio site da 
blockchain, o mesmo da carteira virtual, além de 
caixas eletrônicos criados para isso, o que 
praticamente não existe no Brasil. 
 
Há, dessa forma, muitas pessoas que utilizam o 
bitcoin como uma forma de especulação, 
comprando moedas quando elas estão 
desvalorizadas e barataspara depois revendê-las 
quando elas valorizarem em relação às moedas 
oficiais. Há relatos de pessoas que se tornaram 
rapidamente ricas com esse tipo de especulação, 
que, no entanto, é um processo bastante arriscado. 
 
[...] 
 
Vantagens e desvantagens da moeda digital 
 
Criptomoedas com esse tipo de funcionamento 
possuem pontos positivos e negativos. Entre as 
vantagens do bitcoin, podemos citar a falta de um 
governo ou banco central para controlar e alterar 
o funcionamento da moeda e o baixo número de 
transações. Entre as desvantagens do bitcoin, 
destacam-se a instabilidade da moeda, que hoje 
pode valer muito e amanhã nem tanto, o seu risco 
em termos de falha na segurança e, 
principalmente, o seu uso indiscriminado em 
atividades ilícitas, facilitando lavagens de dinheiro. 
 
Independentemente de suas vantagens e riscos, o 
bitcoin vem crescendo substancialmente nos 
últimos anos, embora vários governos não 
reconheçam o seu uso, havendo alguns que se 
posicionam totalmente contrários a esse tipo de 
prática, a exemplo da Rússia. No Brasil, com o 
crescimento dessa moeda alternativa (que é vista 
oficialmente como um tipo de ação, e não como 
moeda propriamente dita), existe um estudo para 
garantir que elas sejam incluídas no sistema de 
declaração do imposto de renda. 
 
(Disponível em: Bitcoin. Como funciona o Bitcoin? 
- 
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/bit
coin.htm). 
 
De acordo com o TEXTO I, é correto afirmar que 
A 
embora o bitcoin tenha alta 
volatilidade, estes tiveram uma grande 
valorização e enriqueceram muitos 
investidores. 
B 
 
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 ______________________________________________________________ 
o autor é contra as criptomoedas, 
principalmente devido ao seu uso 
indiscriminado em atividades ilícitas, 
facilitando a lavagem de dinheiro. 
C 
a Rússia, por sua economia 
tradicionalmente centralizada, tem 
feito muitas reclamações à 
comunidade internacional para banir 
as criptomoedas. 
D 
no Brasil, o bitcoin ainda não é 
reconhecido como moeda, 
impossibilitando assim os investidores 
a terem acesso a tal opção de 
investimento. 
E 
embora ainda isentas de fiscalização 
dos órgãos reguladores, as 
criptomoedas já podem ser inclusas 
nas declarações anuais de imposto de 
renda no Brasil. 
 
18. 
O objetivo principal do autor do TEXTO I é 
A 
apresentar os prós e contras do 
investimento em criptomoedas. 
B 
utilizar argumentos para ampliar o 
investimento em criptomoedas. 
C 
convencer os leitores a investir em 
criptomoedas como um hobby. 
D 
advertir a todos sobre atividades 
ilícitas de lavagem de dinheiro. 
E 
alertar o leitor para declarar 
criptomoedas no imposto de renda. 
 
19. 
Considerando o trecho “A origem do Bitcoin é 
atribuída a Dorian Nakamoto, um codinome que 
seria utilizado por Satoshi Nakamoto (...)” assinale 
a alternativa em que também há um “codinome”. 
A 
O jogador Pelé é considerado como um 
dos melhores futebolistas. 
B 
O sanfoneiro Luiz Gonzaga foi 
denominado pelo povo como Rei do 
Baião. 
C 
O apresentador Faustão também é 
radialista, repórter e ator brasileiro. 
D 
O autor Ian Flemming escreveu 
romances sobre James Bond, o Agente 
007. 
E 
O escritor Fernando Pessoa também 
era conhecido como Álvaro de Campos. 
 
20. 
 
Expectativas Extravagantes 
 
Casamentos combinados? Nada contra. Mas 
existem combinações e combinações. Conhecer a 
noiva ainda no berço não é a ideia perfeita de 
romantismo. Casar com ela durante a infância 
também não. Mas confesso inveja pelos indígenas 
de Tikopia, uma pequena ilha do Pacífico, onde as 
combinações matrimoniais impostas pela tribo 
admitem um período de conhecimento e, digamos, 
"experimentação". Se as coisas não resultarem, 
nenhum drama: é hora de tentar uma nova 
combinação. 
 
É nessas alturas que uma pessoa pensa nas 
desvantagens de viver no Ocidente pós-moderno, 
onde estamos por nossa conta e risco na busca da 
princesa encantada. E tanto esforço, e tanta 
despesa, e tanta angústia para quê? Vivesse eu em 
Tikopia e poderia estar tranquilamente em casa, 
lendo e escrevendo, enquanto a tribo procurava 
fêmea compatível para mim. Quando a 
encontrasse, era só bater na minha porta e eu 
receberia a noiva do mês para o respectivo período 
de conhecimento e "experimentação". Haverá 
coisa mais civilizada? 
 
Paul Hollander não se pronuncia. Mas o seu 
"Extravagant Expectations", onde conheci os 
tikopianos, é um dos meus livros de 2011. 
Hollander, como estudioso dos regimes totalitários 
do século 20, dispensa apresentações. Só que, 
dessa vez, o sociólogo americano resolveu fazer 
uma pausa nas suas trincheiras para investigar 
como amam os americanos. O que procuram eles 
na carametade. E por qual motivo se desiludem tão 
 
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rapidamente com o parceiro. Essas perguntas 
exigiram "trabalho de campo": Hollander 
mergulhou nos classificados pessoais de 
relacionamento; consultou sites de encontros na 
internet; e leu a bibliografia popular e a acadêmica 
sobre o assunto. Conclusão: a crise das relações 
modernas está, como o título indica, nas 
"expectativas extravagantes" que os americanos - 
e, desconfio, os ocidentais em geral - transportam 
para o matrimônio. 
 
Na conjugalidade, o casal não conhece limites em 
seus desejos contraditórios. Reclama doses 
homéricas de paixão e de razão; de aventura 
permanente mas também de segurança 
permanente; de estabilidade emocional e de 
excitação emocional; de beleza física e de intelecto 
apurado. Haverá relação que aguente o peso 
dessas expectativas? 
 
Dificilmente. Mas o interesse do livro de Paul 
Hollander está sobretudo na explicação genética 
das "expectativas extravagantes". Que, 
obviamente, seriam incompreensíveis para nossos 
antepassados. E seriam incompreensíveis porque a 
dimensão "romântica" do casamento é recente na 
história do Ocidente: tradicionalmente, as relações 
entre homens e mulheres eram tuteladas por 
"agentes intermediários", a começar pela família, 
que proviam e promoviam essas relações. Os 
"sentimentos" das partes envolvidas não eram os 
argumentos mais preponderantes. 
 
O romantismo próprio da modernidade acabaria 
por enterrar esse mundo, atribuindo ao indivíduo 
(e ao "sentimento") a construção do seu destino 
"autêntico". E acabou também por determinar o 
recuo da família, da tradição e mesmo da religião. 
Não apenas como "agentes intermediários"; mas 
também como fontes válidas de conhecimento ou 
consolação. O problema, escreve Hollander, é que 
esse recuo não significou o fim das carências - 
espirituais, éticas, intelectuais - que continuam a 
pulsar na natureza humana. E que são agora 
transplantadas pelo indivíduo socialmente isolado 
para dentro da sua privacidade. 
 
Hoje, os ocidentais desejam que as relações 
íntimas possam suprir todas as exigências que 
anteriormente estavam repartidas por várias 
esferas da sociedade. Azar: o casamento não 
comporta essas exigências múltiplas e 
contraditórias. A pessoa com quem casamos não 
consegue reunir as qualidades perfeitas de 
amante, amigo, confessor, professor, guia turístico, 
estátua grega e terapeuta. 
 
No Ocidente pós-moderno, a taxa de divórcio não 
para de subir. Brasil incluso. Um cínico diria que o 
fenômeno tem explicação simples: as pessoas 
divorciam-se porque podem. Mas é possível 
oferecer uma explicação alternativa: as pessoas 
divorciam-se porque casam. E não há casamento 
que resista quando se exige dele tudo e o seu 
contrário. 
 
COUTINHO, João Pereira. Vamos ao que interessa: 
cem crônicas da era da brutalidade. São Paulo: 
Três Estrelas, 2015. 1. 
 
De acordo com o TEXTO I, 
A 
a crençana idealização amorosa não 
faz mais parte dos relacionamentos da 
modernidade e por isso tais 
relacionamentos são efêmeros. 
B 
a crise nos relacionamentos pode ter 
como motivo a grande expectativa 
gerada pelos casais, que idealizam seus 
parceiros e depois se frustram. 
C 
é mais fácil encontrar o parceiro ideal 
por meio de sites de encontros na 
internet ou consultando os 
classificados. 
D 
fatores como segurança, paixão, beleza 
física e inteligência fazem parte da 
idealização amorosa e tornam os 
relacionamentos duradouros. 
 
Gabarito 
 
1.C 
2.A 
3.C 
4.D 
5.D 
6.A 
7.D 
8.C 
9.B 
10.C 
11.D 
 
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12.A 
13.A 
14.B 
15.D 
16.B 
17.A 
18.A 
19.D 
20.B 
 
2. Tipologia textual e gêneros textuais. 
 
TIPOLOGIA TEXTUAL 
Tipo textual é a forma como um texto se 
apresenta. As tipologias mais usadas são: 
narração, descrição, dissertação, 
argumentação, informação e injunção. É 
importante que não se confunda tipo textual com 
gênero textual, visto que os gêneros textuais são 
textos que cumprem uma função social em uma 
dada situação comunicativa. 
1- TEXTO NARRATIVO 
Modalidade em que se conta um fato, 
fictício ou não, que ocorreu num determinado 
tempo e lugar, envolvendo certos personagens. 
Refere-se a objetos do mundo real. Há uma relação 
de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal 
predominante é o passado. Estamos cercados de 
narrações desde que nos contam histórias infantis 
até às piadas do cotidiano. É o tipo predominante 
nos seguintes textos: contos, fábulas, crônicas, 
romances, novelas, piadas, poemas e lendas. 
Observe a tirinha que segue, depois leia o texto que 
narra os acontecimentos da tirinha. 
 
Exemplo de texto narrativo 
A história preferida 
Certa noite, Cascão estava em seu quarto, 
quase pronto para dormir. Ele já havia colocado o 
pijama, sentado em sua cama, sob os cobertores, 
mas ainda faltava uma coisa: ele queria ouvir uma 
história. Cheio de expectativa, ele olhou para seu 
pai e pediu: 
---Pai, conta uma história pra eu dormir? 
Seu pai, já segurando o livro de história 
respondeu: 
---Tá bem, filho! Que história você quer 
ouvir? 
---Cascão todo animado, ajeitou-se na cama. 
Puxou os cobertores, encostou-se no travesseiro e 
respondeu: 
---Aquela que eu gosto mais! 
O pai respondeu: 
---Já sei! 
Então, o pai de Cascão puxou uma cadeira, 
sentou-se ao lado do menino, abriu o livro e 
começou a ler a história preferida do garoto; 
--- Era uma vez, três porquinhos... 
Satisfeito e tranquilo ao ouvir a história de 
seus personagens favoritos, Cascão se acalmou 
para ter uma longa noite de sono! 
 
2- TEXTO DESCRITIVO 
Um texto em que se faz um retrato escrito 
de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. 
A classe de palavras mais utilizada nessa produção 
é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa 
abordagem mais abstrata, pode-se até descrever 
sensações ou sentimentos. Não há relação de 
anterioridade e posterioridade. E fazer uma 
descrição minuciosa do objeto ou da personagem a 
que o texto refere. Nessa espécie textual as coisas 
acontecem ao mesmo tempo. É o tipo 
predominante em textos como o diário, o relato, a 
biografia e autobiografia, a notícia, o currículo, a 
lista de compras e o cardápio. 
 
UM LUGAR INESQUECÍVEL 
Localizado no Estado do Piauí, entre as 
cidades de São Raimundo Nonato e Coronel José 
Dias, encontra-se um dos locais mais bonitos do 
Brasil, o Parque Nacional Serra da Capivara, 
caracterizado pela sua paisagem exuberante e seus 
"mistérios" históricos. 
Declarado Patrimônio Cultural da 
Humanidade pela UNESCO, este parque sensibiliza 
qualquer indivíduo que o visita. Suas rochas com 
formatos especiais, os diferentes animais 
silvestres e a impressão de estar há milhares de 
anos nos causam fortes sensações. 
Os desenhos e pinturas nas cavernas e 
partes de esqueletos são também urna atração 
espetacular. Termos noção dos raros vestígios dos 
povos mais antigos da América é um fato marcante. 
Estudos revelam que a região da Serra da Capivara 
era coberta por densa floresta tropical. Hoje, sua 
 
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vegetação é diferente, mas não apaga o aspecto de 
floresta. 
Turistas de todo o mundo visitam o parque 
com frequência. Lamentavelmente, os turistas 
brasileiros são os que possuem menor índice de 
visitas, até porque não damos valor às belezas 
naturais e culturais que encontramos em nosso 
próprio país. 
 
TIPOS DE DESCRIÇÃO 
 
Conforme a intenção do texto, as 
descrições são classificadas em: 
 
Descrição Subjetiva: apresenta as descrições de 
algo, todavia, evidencia as impressões pessoais do 
emissor (locutor) do texto. Exemplos são nos 
textos literários repletos de impressões dos 
autores. 
 
Exemplo: 
"A bonita cidade é pequena e pacata. Lá todas as 
pessoas se conhecem. O que há na cidade se 
resume em praticamente algumas poucas lojas, 
uma escola muito boa, uma igreja lindíssima e 
uma praça muito florida." 
 
Descrição Objetiva: nesse caso, o texto procura 
descrever de forma exata e realista as 
características concretas e físicas de algo, sem 
atribuir juízo de valor, ou impressões subjetivas do 
emissor. Exemplos de descrições objetivas são os 
retratos falados, manuais de instruções, verbetes 
de dicionários e enciclopédias. 
 
Exemplo: 
"A cidade é pequena e pacata. Lá todas as pessoas 
se conhecem. O que há na cidade se resume em 
praticamente algumas lojas, uma escola, uma 
igreja e uma praça." 
 
Importa referir que mesmo que se trate de uma 
descrição objetiva, o que é descrito depende da 
escolha do descritor. 
Assim, o descritor acima optou por falar do 
tamanho e do que havia na cidade. Mas podia ter 
escolhido falar do número e do costume dos seus 
habitantes. 
 
3- TEXTO DISSERTATIVO 
 
Este tipo de texto consiste na defesa de 
uma ideia por meio de argumentos e explicações, à 
medida que é dissertativo; bem como seu objetivo 
central reside na formação de opinião do leitor, 
ou seja, caracteriza-se por tentar convencer ou 
persuadir o interlocutor da mensagem, sendo 
nesse sentido argumentativo. 
 
EXEMPLO 
 
É importante refletir sobre a importância 
de preservação do meio ambiente bem como atuar 
em prol de uma sociedade mais consciente e limpa. 
Já ficou mais que claro que a maioria dos 
problemas os quais enfrentamos atualmente nas 
grandes cidades, foram gerados pela ação humana. 
De tal modo, podemos pensar nas grandes 
construções, alicerçadas na urbanização 
desenfreada, ou no simples ato de jogar lixo nas 
ruas. A poluição gerada e impregnada nas grandes 
cidades foi em grande parte fruto da urbanização 
desenfreada ou da atuação de indústrias; porém, 
deveres não cumpridos pelos homens também 
proporcionaram toda essa "sujidade". Nesse 
sentido, vale lembrar que pequenos atos podem 
produzir grandes mudanças se realizados por 
todos os cidadãos. 
Portanto, um conselho deveras 
importante: ao invés de jogar o lixo (seja um 
papelzinho de bala, ou uma anotação de um 
telefone) nas ruas, guarde-o no bolso e atire 
somente quando encontrar uma lixeira. Seja um 
cidadão consciente! Não Jogue lixo nas ruas! 
 
4- TEXTO INJUNTIVO 
 
O texto injuntivo ou instrucional está 
pautado na explicação e no método para a 
concretização de uma ação. 
Ele indica o procedimento para realizar 
algo, por exemplo, uma receita de bolo, bula de 
remédio, manual de instruções, editais e 
propagandas. 
Exemplo: 
Receita 
Massa de Panqueca Simples 
Ingredientes: 
1 ovo 
1 xícara de farinha de trigo 
1 xícara de leite 
1 pitada de sal 
1 colher de sopa de óleo 
 
Modo de Preparo: 
 
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Bata todos os ingredientes no liquidificador. A 
seguir, aqueça uma frigideira untada com um fio de 
óleo em fogo baixo. 
Coloque um pouco da massa na frigideira não 
muito quente e esparrame de modo a cobrir todo o 
fundo e ficar só uma camada fina de massa. 
Deixe igualar os dois lados, até que fiquem 
levemente douradas. Retire com a espátula, e sirva 
com o recheio de sua preferência. 
 
Sugestão de recheio: carne moída, queijo e geleia. 
 
5- TEXTO EXPOSITIVO 
 
O texto expositivo apresenta informações 
sobre um objeto ou fato específico, sua descrição e 
a enumeração de suas características. Esse deve 
permitir que o leitor identifique, claramente, o 
tema central do texto. 
Um fato importante é a apresentação de 
bastante informação; caso se trate de algo novo 
esse se faz imprescindível. Quando se trata de 
temas polêmicos, a apresentação de argumentos se 
faz necessária para que o autor informe aos 
leitores sobre as possibilidades de análise do 
assunto. 
O texto expositivo deve ser abrangente e 
deve ser compreendido por diferentes tipos de 
pessoas. 
O texto expositivo pode apresentar 
recursos como a: 
- instrução, quando apresenta instruções a serem 
seguidas; 
- informação, quando apresenta informações sobre 
o que é apresentado e/ou discutido; 
- descrição, quando apresenta informações sobre 
as características do que está sendo apresentado; 
- definição, quando queremos deixar claro para o 
nosso leitor do que, exatamente, estamos falando; 
- enumeração, quando envolve a identificação e 
apresentação sequencial de informações 
referentes àquilo que estamos escrevendo; 
- comparação, quando o autor quer garantir que 
seu leitor irá compreender bem o que ele quer 
dizer; 
CLASSIFICAÇÃO DOS TEXTOS 
EXPOSITIVOS 
Os textos expositivos podem ser 
classificados em dois tipos, de acordo com o 
objetivo central do texto. 
Texto Expositivo-argumentativo 
Quando se trata do texto expositivo-
argumentativo, além de referir-se à apresentação 
do tema, o emissor ainda mantém seu foco em 
argumentos que são necessários para a explanação 
das ideias, recorrendo à autores e teorias para 
conceituar, comparar e ainda para defender a 
opinião exposta. 
Texto Expositivo-informativo 
Esse segundo tipo, refere-se à transmissão 
das informações a respeito de um determinado 
tema sem que haja grandes apreciações, 
abordando, dessa forma, o tema com o máximo de 
neutralidade. Como exemplo deste caso, podemos 
citar como exemplo uma apresentação sobre os 
índices de violência no país, apresentando 
informações sobre o problema por meio de 
gráficos e dados sobre o tema, sem que haja defesa 
de opinião. 
 
QUESTÕES 
 
1. 
O Tempo 
 
Rubem Alves 
Há duas formas de marcar o tempo. Uma delas foi 
inventada por homens que amam a precisão dos 
números, matemáticos, astrônomos, cientistas, 
técnicos. Para marcar o tempo de forma precisa, 
eles fabricaram ampulhetas, relógios, 
cronômetros, calendários. Nesses artefatos 
técnicos, todos os pedaços do tempo – segundos, 
minutos, dias, anos – são feitos de uma mesma 
substância: números, entidades matemáticas. Não 
há inícios nem fins, apenas a indiferente sucessão 
de momentos, que nada dizem sobre alegrias e 
sofrimentos. Apenas um bolso vazio. Nele, a alma 
não encontra morada. 
 
Nas Olimpíadas, a performance dos corredores e 
nadadores é medida até os centésimos. Fico a me 
perguntar: “Como é que conseguem? Que diferença 
faz?”. 
 
A outra foi inventada por homens que sabem que a 
vida não pode ser medida com calendários e 
relógios. A vida só pode ser marcada com a vida. Os 
amantes do Cântico dos Cânticos marcavam o 
tempo do amor pelos frutos maduros que pendiam 
das árvores. Quando as folhas dos plátanos ficam 
amarelas sabemos que o outono chegou. Os ipês-
rosas e amarelos anunciam o inverno. 
 
 
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Qual a magia que informa os ipês, todos eles, em 
lugares muito diferentes, que é hora de perder as 
folhas e florescer? E sem misturar as cores. 
Primeiro os rosas, depois os amarelos e, 
finalmente, os brancos. 
 
Sugeri que algum compositor compusesse uma 
sinfonia ou uma brincadeira musical em três 
movimentos. Primeiro movimento, “Ipê-rosa”, 
andante tranquilo, em que os violoncelos cantam a 
paz e a segurança. Segundo movimento, “Ipê-
amarelo”, rondo vivace, em que os metais, cores 
parecidas com a dos ipês, fazem soar a exuberância 
da vida. Terceiro movimento, “Ipê-branco”, 
moderato, em que o veludo dos oboés canta a 
mansidão. Seria bom se nós, como os ipês, nos 
abríssemos para o amor no inverno. 
 
A precisão dos números marca o tempo das 
máquinas e do dinheiro. O tempo do amor se marca 
com o corpo. 
 
Um calendário é coisa precisa: anos, meses, dias, 
horas, que são marcados com números. Esses 
números medem o tempo. Mas os pedaços de 
tempo são bolsos vazios: nada há dentro deles. O 
bolso vazio do tempo se torna parte do nosso corpo 
quando o enchemos com vida. Aí o tempo não mais 
pode ser representado por números. O tempo 
aparece como um fruto que vai sendo comido: é 
belo, é colorido, é perfumado. E, à medida que vai 
sendo comido, vai acabando. Vem a tristeza. O 
tempo da vida se marca por alegrias e tristezas. Há 
inícios e há fins. 
 
Tempus fugit; o tempo foge. Portanto, carpe diem: 
colha o dia como um fruto que amanhã estará 
podre. 
 
Viver ao ritmo de alegrias e tristezas é ser sábio. 
“Sapio”, no latim, quer dizer, “eu saboreio”. O sábio 
é um degustador da vida. A vida não é para ser 
medida. Ela é para ser saboreada. 
 
Um texto bíblico diz: “Ensina-nos a contar os 
nossos dias de tal maneira que alcancemos um 
coração sábio”. Acho que Jesus sorriria se eu 
acrescentasse ao “Pai-Nosso” outra súplica: “A 
fruta nossa de cada dia dá-nos hoje…”. Caqui, 
pitanga, morango à beira do abismo, melancia… 
 
Heráclito foi um filósofo grego fascinado pelo 
tempo. Contemplava o rio e via que tudo é rio. 
Percebeu que não é possível entrar duas vezes no 
mesmo rio; na segunda vez, as águas serão outras, 
o primeiro rio já não existirá. Tudo é água que flui: 
as montanhas, as casas, as pedras, as árvores, os 
animais, os filhos, o corpo… Assim é tudo, assim é 
a vida: tempo que flui sem parar. Daquilo que ele 
supostamente escreveu, restam apenas 
fragmentos enigmáticos. Dentre eles, um me 
encanta: “Tempo é criança brincando, jogando; da 
criança o reinado”. 
 
Para nós, o tempo é um velho, cada vez mais velho, 
sobre quem se acumulam os anos que passam e de 
quem a vida foge. 
 
Heráclito, ao contrário, diz que o tempo é criança, 
início permanente, movimento circular, o fim que 
volta sempre ao início, fonte de juventude eterna, 
possibilidade de novo começos. 
 
Tempo é criança? O que o filósofo queria dizer 
exatamente eu não sei. Mas sei que as crianças 
odeiam Chronos, o deus dos cronômetros, dos 
segundos, dos centésimos de segundos O relógio é 
o tempo do dever: corpo engaiolado. 
 
Disponível em 
https://www.revistaecosdapaz.com/o-tempo-
uma-cronica-encantadora-de-rubem-alves/. 
 
Um gênero textual pode ser composto por várias 
tipologias, desde que elas sejam necessárias para 
cumprir o objetivo comunicativo em questão. O 
texto de Rubem Alves, por exemplo, é composto 
por tipologias textuais diferentes. A esse propósito, 
analise o trecho a seguir: 
 
“Há duas formas de marcar o tempo. Uma delas foi 
inventada por homens que amam a precisão dos 
números, matemáticos, astrônomos, cientistas, 
técnicos. Para marcar o tempo de forma precisa, 
eles fabricaram ampulhetas, relógios, 
cronômetros, calendários. Nesses artefatos 
técnicos, todos os pedaços do tempo – segundos,minutos, dias, anos – são feitos de uma mesma 
substância: números, entidades matemáticas”. 
 
Sobre o trecho analisado, é correto afirmar que a 
tipologia textual predominante é a 
A 
argumentativa. 
B 
 
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injuntiva. 
C 
narrativa. 
D 
descritiva. 
 
2. 
A importância da vacina na prevenção e na 
erradicação de doenças 
 
As vacinas estão há mais de 200 anos combatendo 
doenças infecciosas como sarampo e H1N1. 
Produzida pela primeira vez em 1796, a vacina é 
um dos principais recursos no combate a doenças 
infecciosas. Foi o médico britânico Edward Jenner 
que criou a primeira delas, contra o vírus da 
varíola, que hoje está erradicado graças à 
descoberta científica. 
 
Atualmente, existem imunizações contra vários 
tipos de doença, como gripe, hepatite, febre 
amarela, caxumba, tuberculose, sarampo, H1N1, 
que devem fazer parte da rotina de vacinação de 
todo indivíduo. 
 
Como funciona a vacina? 
 
Quando atingido por um agente infeccioso pela 
primeira vez, o sistema imunológico produz 
naturalmente anticorpos para combater o invasor. 
O problema é que essa produção pode não 
acontecer com a rapidez suficiente para prevenir a 
infecção, fazendo com que a pessoa fique doente. 
Porém, caso o organismo entre em contato com o 
mesmo agente após um tempo, o sistema 
imunológico já estará preparado para reconhecer 
a infecção e criar os anticorpos na velocidade 
necessária, garantindo certa imunidade à doença. 
 
O papel da vacina é criar essa defesa e garantir a 
saúde do indivíduo. Para isso, ela conta com os 
antígenos que causam a doença, enfraquecidos ou 
mortos, para estimular o sistema imunológico a 
produzir os anticorpos necessários. Assim, se a 
pessoa entrar em contato com a infecção após a 
vacina, o corpo estará imunizado para combater a 
doença sem sofrer com os sintomas. 
 
Efeitos colaterais da vacina 
 
Mesmo sendo essencial para garantir a saúde da 
população, a vacina pode gerar alguns efeitos 
adversos. Os mais comuns são dor, vermelhidão e 
inchaço no local em que foi aplicada a injeção. Em 
alguns casos, também podem ocorrer febre e mal-
estar passageiro. 
 
Se a vacina for composta pelo agente infeccioso 
enfraquecido, algumas pessoas podem apresentar 
sintomas parecidos com os da doença. Contudo, 
isso não significa que elas estarão realmente 
infectadas. 
 
Sem vacina, doenças controladas podem voltar. 
 
Por conta das campanhas de vacinação em todo o 
mundo, cada vez mais doenças infecciosas estão se 
tornando raras. Para garantir que essas infecções 
sejam realmente erradicadas, é essencial que todos 
continuem seguindo o Calendário Nacional de 
Vacinação. 
 
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece 19 vacinas 
para mais de 20 doenças; são mais de 300 milhões 
de doses para imunizar crianças, adolescentes, 
adultos, idosos, gestantes e indígenas. As 
imunizações estão disponíveis nas Unidades 
Básicas de Saúde (UBS) no Brasil. 
 
Vacinas são seguras? 
 
Por conta das eventuais reações, como febre e 
inchaço no local da aplicação, parte da sociedade se 
sente temerosa em tomar vacinas. Contudo, é 
importante ressaltar que o benefício da 
imunização é muito mais valioso do que o receio de 
sofrer com as possíveis reações temporárias. 
 
Além disso, antes de a vacina ser licenciada, ela 
precisa passar por diferentes tipos de critérios e 
testes, desde o início do seu desenvolvimento até a 
sua produção e aplicação. É por isso que a 
liberação de novas vacinas, como as que estão 
sendo testadas para conter a pandemia do novo 
coronavírus, levam em média 18 meses para 
ficarem prontas. 
 
No Brasil, as vacinas também passam pela rígida 
aprovação da Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (Anvisa), órgão vinculado ao Ministério 
da Saúde. Depois que é licenciada, a solução 
continua sendo monitorada para que especialistas 
possam acompanhar o surgimento de possíveis 
reações adversas, garantindo segurança e saúde à 
população. 
 
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Disponível em 
https://summitsaude.estadao.com.br/desafios-no-
brasil/a-importancia-da-vacina-na-prevencao-e-na-
erradicacao-de-doencas/ 
 
O TEXTO I tem como principal objetivo 
comunicativo 
A 
divulgar os benefícios da vacinação e 
incentivar a maior comercialização 
desse produto. 
 
 
 
B 
 
denunciar as irregularidades na 
produção de vacinas clandestinas e 
maléficas à população. 
C 
fornecer esclarecimentos sobre as 
vacinas para conscientizar a população 
da sua importância. 
D 
apresentar as reações adversas que as 
vacinas podem causar e alertar a 
população sobre seu uso. 
 
3. 
Modernidade líquida 
 
O conceito de modernidade líquida foi 
desenvolvido pelo sociólogo polonês Zygmunt 
Bauman e diz respeito a uma nova época em que as 
relações sociais, econômicas e de produção são 
frágeis, fugazes e maleáveis, como os líquidos. O 
conceito opõe-se, na obra de Bauman, ao conceito 
de modernidade sólida, quando as relações eram 
solidamente estabelecidas, tendendo a serem mais 
fortes e duradouras. 
 
O que é modernidade líquida? 
 
Bauman definiu como modernidade líquida um 
período que se iniciou após a Segunda Guerra 
Mundial e ficou mais perceptível a partir da década 
de 1960. Esse sociólogo chamou de modernidade 
sólida o período anterior. 
 
A modernidade sólida era caracterizada pela 
rigidez e solidificação das relações humanas, das 
relações sociais, da ciência e do pensamento. A 
busca pela verdade era um compromisso sério 
para os pensadores da modernidade sólida. As 
relações sociais e familiares eram rígidas e 
duradouras, e o que se queria era um cuidado com 
a tradição. Apesar dos aspectos negativos 
reconhecidos por Bauman da modernidade sólida, 
o aspecto positivo era a confiança na rigidez das 
instituições e na solidificação das relações 
humanas. 
 
A modernidade líquida é totalmente oposta à 
modernidade sólida e ficou evidente na década de 
1960, mas a sua semente estava no início do 
capitalismo industrial, durante a Revolução 
Industrial. As relações econômicas ficaram 
sobrepostas às relações sociais e humanas, e isso 
abriu espaço para que cada vez mais houvesse uma 
fragilidade de laço entre pessoas e de pessoas com 
instituições. 
 
A lógica do consumo entrou no lugar da lógica da 
moral, assim, as pessoas passaram a ser 
fortemente analisadas não pelo que elas são, mas 
pelo que elas compram. A ideia de compra também 
adentrou nas relações sociais, e as pessoas 
passaram a comprar afeto e atenção. 
 
Nesse contexto, as instituições ficaram 
estremecidas. O emprego tornou-se um 
empreendimento completamente individual no 
momento em que o indivíduo tornou-se um 
“empreendedor” de si mesmo. Se alguém não 
obtém sucesso nessa lógica da modernidade 
líquida, a responsabilidade é completamente 
individual. 
 
Assim sendo, a modernidade líquida tem 
instituições líquidas, pois cada pessoa é uma 
instituição. A exploração capitalista deixou de ser 
vista como exploração e passou a ser vista como 
uma relação natural em que o sujeito, 
empreendedor de si mesmo, vende a sua força de 
trabalho ao sujeito empreendedor que possui o 
capital. 
 
A modernidade líquida é ágil, pois ela acompanha 
a moda e o pensamento de época. A ciência, a 
técnica, a educação, a saúde, as relações humanas 
e tudo mais que foi criado pelo ser humano para 
compor a sociedade são submetidos à lógica 
capitalista de consumo. 
 
 
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 ______________________________________________________________Modernidade líquida e relações humanas 
 
As relações humanas ficaram extremamente 
abaladas com o surgimento da modernidade 
líquida. Bauman usa o termo “conexão” para 
nomear as relações na modernidade líquida no 
lugar de relacionamento, pois o que se passa a 
desejar a partir de então é algo que possa ser 
acumulado em maior número, mas com 
superficialidade suficiente para se desligar a 
qualquer momento. A amizade e os 
relacionamentos amorosos são substituídos por 
conexões, que, a qualquer momento, podem ser 
desfeitas. 
 
As redes sociais e a internet serviram de 
instrumento para a intensificação do que Bauman 
chamou de amor líquido: a relação pseudoamorosa 
da modernidade líquida. Não se procura, como na 
modernidade sólida, uma companhia afetiva e 
amorosa como era na modernidade sólida, mas se 
procura uma conexão (que pode ser sexual ou não, 
sendo que a não sexual substitui o que era a 
amizade) que resulte em prazer para o indivíduo. 
O imperativo da modernidade líquida é a busca por 
prazer a qualquer custo, mesmo que utilizando 
pessoas como objetos. Aliás, na modernidade 
líquida, o sujeito torna-se objeto. 
 
As conexões estabelecidas entre pessoas são laços 
banais e eventuais. As pessoas buscam um número 
grande de conexões, pois isso se tornou motivo de 
ostentação. Mais parceiros e parceiras sexuais, 
mais “amigos” (que, na verdade, não passam, na 
maioria dos casos, de colegas ou conhecidos), pois 
quanto mais conexões, mais célebre a pessoa é 
considerada. Basta fazer uma breve análise das 
relações sociais em redes sociais como o Facebook: 
quanto mais “amigos” (que, na verdade, são apenas 
contatos virtuais) a pessoa tem, mais requisitada 
ela se torna. (...) 
 
Modernidade líquida e consumismo 
 
O consumo tornou-se um imperativo na 
modernidade líquida. Criou-se todo um aparato 
para que o capitalismo consiga progredir 
desenfreadamente por meio do consumo 
irracional. Para além do que o filósofo e sociólogo 
alemão Karl Marx observou em sua época, um 
fetiche pelo consumo, criou-se um fetiche pelas 
marcas, deixando de importar o produto em si, mas 
a sua fabricante e o seu preço. 
 
Consumo sempre foi sinônimo de status, mas, na 
modernidade líquida, o consumo e o status são 
expressivamente dotados de uma carga simbólica 
muito mais intensa do que era na modernidade 
sólida. O sujeito é objetificado pelo capitalismo, 
tornando-se apenas o que ele consome, e não mais 
o que ele é. Na lógica da modernidade líquida, o 
sujeito é aquilo que ele consome. 
 
O modo pelo qual o capitalismo consegue efetuar 
essa mudança de perspectiva é pela promessa de 
felicidade: os sujeitos estão cada vez mais ansiosos, 
tristes e sobrecarregados. Associa-se então o 
prazer momentâneo oferecido pelo consumo à 
felicidade. Como esse prazer é rapidamente 
passageiro, o sujeito sente a necessidade de buscá-
lo constantemente, na tentativa de alcançar a 
felicidade. (...) 
 
Publicado por Francisco Porfírio Disponível em 
https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/m
odernidade-liquida.htm. 
 
Um texto pode ser escrito a partir de várias 
tipologias textuais, mas quase sempre há uma que 
é a predominante. No TEXTO I, a tipologia textual 
que predominou foi a 
A 
narrativa, porque conta uma história 
baseada em fatos reais da 
modernidade líquida. 
B 
descritiva, porque informa as 
características da sociedade de 
consumo e suas benesses. 
C 
expositiva, porque explica o 
pensamento de Bauman a respeito das 
relações nas sociedades atuais, com 
base no conceito da modernidade 
líquida. 
D 
argumentativa, porque em todo o texto 
percebe-se a defesa do ponto de vista 
do autor contra o pensamento da 
modernidade líquida defendido por 
Bauman. 
 
4. 
Adoção no Brasil: a busca por crianças que não 
existem 
 
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Os pretendentes à adoção no Brasil buscam crianças 
brancas, de até um ano, sem histórico de doença ou 
irmãos 
 
Por Mariana Lima 
 
De acordo com dados do Conselho Nacional de 
Justiça (CNJ), existem, aproximadamente, 47 mil 
crianças e adolescentes em situação de 
acolhimento no Brasil. Deste total, 9,5 mil estão no 
Cadastro Nacional de Adoção (CNA) e apenas 5 mil 
estão, efetivamente, disponíveis para adoção. 
 
A criança passa a constar na lista de adoção após as 
tentativas de reinserção na família de origem 
falharem, e se não houver formas de a criança ficar 
com a família extensa (tios e avós, por exemplo). 
 
“Adoção é sempre a última possibilidade. Fazemos 
de tudo para que aquela criança possa voltar a sua 
família de origem. Se o processo de reestruturação 
familiar falha, buscamos outras soluções”, conta o 
juiz titular da Vara da Infância e Juventude de 
Guarulhos (SP) e assessor da Corregedoria Geral 
da Justiça de São Paulo, Iberê de Castro. 
 
Atualmente, a fila para quem aguarda uma criança 
no Brasil é composta por 46,2 mil pretendentes. 
Como o número de pretendentes é muito maior do 
que o de crianças disponíveis para adoção, seria de 
se esperar que todas essas crianças encontrassem 
um lar. Mas a realidade é outra. 
 
Existe um perfil que é buscado pelos pretendentes 
na hora de adotar: 14,55% só adotam crianças 
brancas; 58% aceitam apenas crianças até 4 anos 
de idade; 61,92% não aceitam adotar irmãos; e 
61% só aceitam crianças sem nenhuma doença. (...) 
 
Disponível em 
https://observatorio3setor.org.br/carrossel/adoc
ao-no-brasil-abusca- por-criancas-que-nao-
existem/. 
 
O TEXTO III apresenta características muito 
comuns ao gênero 
A 
crônica, pois é um misto de narração e 
reflexões da autora sobre a adoção no 
Brasil. 
B 
relato pessoal, pois narra uma história 
real a partir de experiências pessoais 
da escritora. 
C 
artigo de opinião, pois tece um 
comentário crítico sobre as falhas no 
processo de adoção. 
D 
notícia, pois fornece informações sobre 
a atual situação do processo de adoção 
no Brasil. 
 
5. 
Bitcoin 
 
O Bitcoin funciona como uma espécie de “dinheiro 
da internet” e conta com carteira virtual e um site 
específico para transações comerciais. 
 
O Bitcoin (BTC) é um tipo de moeda virtual 
também chamado de criptomoeda. É como se fosse 
uma espécie de dinheiro da internet, mas que não 
apresenta um sistema centralizado de controle 
sobre as suas trocas comerciais, tais como um 
banco central, ao contrário do que acontece com as 
moedas do “mundo real”. O termo bitcoin também 
é designado para o software utilizado para a 
criação e controle da moeda. 
 
O nome bit não faz referência a byte, como muitos 
podem pensar, mas sim a uma rede de 
compartilhamento ponto a ponto (P2P), chamada 
de BitTorrent, em que cada usuário é anônimo e 
possui o mesmo valor. É o que acontece com a 
moeda virtual. 
 
Apesar de ser a mais conhecida e amplamente 
aclamada no mundo da internet, o Bitcoin não é a 
única criptomoeda existente. Os destaques da 
concorrência vão para o Litecoin e o Mastercoin, 
mas nenhum deles possui a representatividade do 
Bitcoin, a principal moeda virtual do mundo 
atualmente. 
 
A origem do Bitcoin é atribuída a Dorian 
Nakamoto, um codinome que seria utilizado por 
Satoshi Nakamoto, apesar de ele sempre negar a 
suposta criação que, ao menos oficialmente, 
permanece no anonimato. 
 
Como adquirir bitcoins? 
 
 
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Para poder adquirir dinheiro em forma de bitcoins, 
seja para investimento, seja para diversão, o 
usuário primeiramente precisa criar a sua carteira 
virtual, que funciona como uma espécie de ponto 
virtual onde todos os bitcoins ficam armazenados, 
categorizando um tipo de conta bancária livre de 
taxas e impostos.Essa carteira só pode ser criada 
no site oficial da blockchain (cadeia de blocos). 
Cada unidade possui uma numeração específica, 
protegida por criptografia. 
 
Para evitar fraudes ou golpes, como a cópia ou 
duplicação de moedas, além de falsas transações e 
outros tipos de crimes, há um poderoso sistema de 
segurança e controle. Basicamente, quando há uma 
troca comercial entre duas carteiras virtuais, ela é 
publicada no site da blockchain em forma de 
código, que é verificado por softwares específicos 
voltados para essa função. 
 
Para que uma pessoa obtenha bitcoins, ela pode 
fazer uma transação comercial, recebendo a 
moeda virtual em troca de serviços ou produtos, 
como uma negociação comum. Outro método é 
comprar diretamente bitcoins, trocando as 
moedas oficiais (tais como o real e o dólar) de 
acordo com a cotação de mercado, de forma que, 
quanto mais caro for o bitcoin, mais dinheiro você 
precisará para adquirilo. Esse processo poderá ser 
feito on-line somente no próprio site da 
blockchain, o mesmo da carteira virtual, além de 
caixas eletrônicos criados para isso, o que 
praticamente não existe no Brasil. 
 
Há, dessa forma, muitas pessoas que utilizam o 
bitcoin como uma forma de especulação, 
comprando moedas quando elas estão 
desvalorizadas e baratas para depois revendê-las 
quando elas valorizarem em relação às moedas 
oficiais. Há relatos de pessoas que se tornaram 
rapidamente ricas com esse tipo de especulação, 
que, no entanto, é um processo bastante arriscado. 
 
[...] 
 
Vantagens e desvantagens da moeda digital 
 
Criptomoedas com esse tipo de funcionamento 
possuem pontos positivos e negativos. Entre as 
vantagens do bitcoin, podemos citar a falta de um 
governo ou banco central para controlar e alterar 
o funcionamento da moeda e o baixo número de 
transações. Entre as desvantagens do bitcoin, 
destacam-se a instabilidade da moeda, que hoje 
pode valer muito e amanhã nem tanto, o seu risco 
em termos de falha na segurança e, 
principalmente, o seu uso indiscriminado em 
atividades ilícitas, facilitando lavagens de dinheiro. 
 
Independentemente de suas vantagens e riscos, o 
bitcoin vem crescendo substancialmente nos 
últimos anos, embora vários governos não 
reconheçam o seu uso, havendo alguns que se 
posicionam totalmente contrários a esse tipo de 
prática, a exemplo da Rússia. No Brasil, com o 
crescimento dessa moeda alternativa (que é vista 
oficialmente como um tipo de ação, e não como 
moeda propriamente dita), existe um estudo para 
garantir que elas sejam incluídas no sistema de 
declaração do imposto de renda. 
 
(Disponível em: Bitcoin. Como funciona o Bitcoin? 
- 
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/bit
coin.htm). 
 
A respeito do TEXTO I, é correto afirmar que o tipo 
textual adotado tem uma linguagem 
A 
técnica, com vocabulário e termos 
específicos, inacessível a todos os 
públicos. 
B 
coloquial, visando à compreensão e à 
aceitação das criptomoedas pelo 
público. 
C 
rebuscada, com termos refinados e de 
difícil compreensão ao público leigo. 
D 
extremamente complexa, de difícil 
entendimento até para profissionais da 
área. 
E 
persuasiva, direcionada a influenciar 
os brasileiros a investir somente em 
criptomoedas. 
Gabarito 
1.D 
2.C 
3.C 
4.D 
5.B 
3. Elementos de coesão e coerência 
textual. 
 
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 ______________________________________________________________ 
Um texto bem escrito é aquele que o leitor 
o compreende sem grandes dificuldades, por isso 
ao escrever um texto, deve-se observar se há 
coerência (lógica do que foi escrito) e coesão 
(articulação lógicas entre as orações, períodos e 
parágrafos do texto). 
Às vezes algumas palavras mal colocadas 
comprometem a qualidade textual, contribuindo 
para uma interpretação errada, é o que ocorre com 
a ambiguidade (dizer uma coisa com duplo 
sentido) e com a redundância (repetição de 
palavras ou de ideias desnecessárias) 
 Conseguimos escrever um texto com 
qualidade fazendo o uso correto da coesão textual 
a qual se refere às articulações gramaticais entre 
palavras de uma mesma oração, com o objetivo de 
levar clareza e o sentido buscado pelo escritor. A 
coesão busca a harmonia entre os termos e é 
percebida quando existe continuidade dos fatos 
expostos. 
O emprego dos elementos coesivos são 
chamados de sintaxe que relacionam palavras, 
orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras 
palavras, a coesão dá-se quando, através de um 
pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um 
pronome oblíquo átono, há uma relação correta 
entre o que se vai dizer e o que já foi dito. 
 
1- Coesão por referência: é um dos tipos 
mais utilizados em um texto. Graças a ela, 
evitamos repetições de termos, descuido 
que pode tornar desagradável a leitura de 
um texto: 
 
Os alunos do terceiro ano foram visitar o Museu 
da Língua Portuguesa. Eles foram acompanhados 
pelos professores da escola. 
 
Em vez de: 
 
Os alunos do terceiro ano foram visitar o Museu da 
Língua Portuguesa. Os alunos do terceiro ano 
foram acompanhados pelos professores da escola. 
 
2- Coesão por substituição: são 
empregadas palavras e expressões que 
retomam termos já enunciados através da 
anáfora. Observe o exemplo: 
 
Os alunos foram advertidos pelo mau 
comportamento. Caso isso volte a acontecer, eles 
serão suspensos. 
 
Em vez de: 
 
Os alunos foram advertidos pelo mau 
comportamento. Caso o mau comportamento volte 
a acontecer, os alunos serão suspensos. 
 
3- Coesão por elipse: Ocorre por meio da 
omissão de uma ou mais palavras sem que 
isso comprometa a clareza de ideias da 
oração: 
 
Maria faz o almoço e ao mesmo tempo conversa ao 
telefone com a amiga. (elipse de sujeito, sabemos 
quem conversa pela desinência verbal). 
 
Em vez de: 
 
Maria faz o almoço e ao mesmo tempo Maria 
conversa ao telefone com a amiga. 
 
4- Coesão lexical: ocorre por meio do 
emprego de sinônimos, pronomes, 
hipônimos ou heterônimos. Observe o 
exemplo: 
 
Machado de Assis é considerado o maior escritor 
brasileiro. O carioca nasceu no dia 21 de junho de 
1839 e faleceu no Rio de Janeiro no dia 29 de 
setembro de 1908. Gênio maior de nossas letras, 
foi um dos fundadores da Academia Brasileira de 
Letras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÕES 
 
1. 
 
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 ______________________________________________________________ 
 
Disponível em https://hsvp.com.br/doacao-de-orgaos-
e-tecidos. 
 
No excerto “Não deixe cair por terra o que 
pode alçar novos voos”, a expressão “alçar 
novos voos” está se referindo 
A 
às vidas que os órgãos doados podem 
salvar. 
B 
à dificuldade de se encontrar um 
doador de órgãos. 
C 
à esperança de quem ainda não 
conseguiu uma doação. 
D 
à possibilidade de regeneração de 
órgãos não saudáveis. 
 
2. 
Seu pai a trazia às vezes, aos domingos, quando 
vinha cumprir o piedoso dever de amizade, 
visitando Quaresma. Há quanto tempo estava ele 
ali? Ela não se lembrava ao certo; uns três ou 
quatro meses, se tanto. 
 
Só o nome da casa metia medo. O hospício! É assim 
como uma sepultura em vida, um semi-
enterramento, enterramento do espírito, da razão 
condutora, de cuja ausência os corpos raramente 
se ressentem. 
 
A saúde não depende dela e há muitos que 
parecem até adquirir mais força de vida, prolongar 
a existência, quando ela se evola não se sabe por 
que orifício do corpo e para onde. Com que terror, 
uma espécie de pavor de coisa sobrenatural, 
espanto de inimigo invisível e onipresente, não 
ouvia a gente pobre referir-se ao estabelecimento 
da Praia das Saudades! Antes uma boa morte, 
diziam. 
 
No primeiro aspecto, não se compreendia bem esse 
pasmo, esse espanto, esse terror do povo por 
aquela casa imensa, severae grave, meio hospital, 
meio prisão, com seu alto gradil, suas janelas 
gradeadas, a se estender por uns centos de metros, 
em face do mar imenso e verde, lá na entrada da 
baía, na Praia das Saudades. Entrava-se, viam-se 
uns homens calmos, pensativos, meditabundos, 
como monges em recolhimento e prece. 
 
De resto, com aquela entrada silenciosa, clara e 
respeitável, perdia-se logo a ideia popular da 
loucura; o escarcéu, os trejeitos, as fúrias, o 
entrechoque de tolices ditas aqui e ali. 
 
Não havia nada disso; era uma calma, um silêncio, 
uma ordem perfeitamente naturais. No fim, porém, 
quando se examinavam bem, na sala das visitas, 
aquelas faces transtornadas, aqueles ares 
aparvalhados, alguns idiotas e sem expressão, 
outros como alheados e mergulhados em um 
sonho íntimo sem fim, e via-se também a excitação 
de uns, mais viva em face à atonia de outros, é que 
se sentia bem o horror da loucura, o angustioso 
mistério que ela encerra, feito não sei de que 
inexplicável fuga do espírito daquilo que se supõe 
o real, para se apossar e viver das aparências das 
coisas ou de outras aparências das mesmas. 
 
Quem uma vez esteve diante deste enigma 
indecifrável da nossa própria natureza, fica 
amedrontado, sentindo que o gérmen daquilo está 
depositado em nós e que por qualquer coisa ele nos 
invade, nos toma, nos esmaga e nos sepulta numa 
desesperadora compreensão inversa e absurda de 
nós mesmos, dos outros e do mundo. Cada louco 
traz em si o seu mundo e para ele não há mais 
semelhantes: o que foi antes da loucura é outro 
muito outro do que ele vem a ser após. 
 
No trecho “Não havia nada disso...”, o termo em 
destaque refere-se 
A 
 
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 ______________________________________________________________ 
à entrada silenciosa. 
B 
a monges em recolhimento. 
C 
a tolices ditas aqui e ali. 
D 
à ordem natural. 
 
3. 
Expectativas Extravagantes 
 
Casamentos combinados? Nada contra. Mas 
existem combinações e combinações. Conhecer a 
noiva ainda no berço não é a ideia perfeita de 
romantismo(c). Casar com ela durante a infância 
também não. Mas confesso inveja pelos indígenas 
de Tikopia, uma pequena ilha do Pacífico, onde as 
combinações matrimoniais impostas pela tribo 
admitem um período de conhecimento e, digamos, 
"experimentação". Se as coisas não resultarem, 
nenhum drama: é hora de tentar uma nova 
combinação. 
 
É nessas alturas que uma pessoa pensa nas 
desvantagens de viver no Ocidente pós-moderno, 
onde estamos por nossa conta e risco na busca da 
princesa encantada. E tanto esforço, e tanta 
despesa, e tanta angústia para quê? Vivesse eu em 
Tikopia e poderia estar tranquilamente em casa, 
lendo e escrevendo, enquanto a tribo procurava 
fêmea compatível para mim(a). Quando a 
encontrasse, era só bater na minha porta e eu 
receberia a noiva do mês para o respectivo período 
de conhecimento e "experimentação". Haverá 
coisa mais civilizada? 
 
Paul Hollander não se pronuncia. Mas o seu 
"Extravagant Expectations", onde conheci os 
tikopianos, é um dos meus livros de 2011. 
Hollander, como estudioso dos regimes totalitários 
do século 20, dispensa apresentações. Só que, 
dessa vez, o sociólogo americano resolveu fazer 
uma pausa nas suas trincheiras para investigar 
como amam os americanos. O que procuram eles 
na carametade. E por qual motivo se desiludem tão 
rapidamente com o parceiro. Essas perguntas 
exigiram "trabalho de campo": Hollander 
mergulhou nos classificados pessoais de 
relacionamento; consultou sites de encontros na 
internet; e leu a bibliografia popular e a acadêmica 
sobre o assunto. Conclusão: a crise das relações 
modernas está, como o título indica, nas 
"expectativas extravagantes" que os americanos - 
e, desconfio, os ocidentais em geral - transportam 
para o matrimônio. 
 
Na conjugalidade, o casal não conhece limites(d) em 
seus desejos contraditórios. Reclama doses 
homéricas de paixão e de razão; de aventura 
permanente mas também de segurança 
permanente; de estabilidade emocional e de 
excitação emocional; de beleza física e de intelecto 
apurado. Haverá relação que aguente o peso 
dessas expectativas? 
 
Dificilmente. Mas o interesse do livro de Paul 
Hollander está sobretudo na explicação genética 
das "expectativas extravagantes". Que, 
obviamente, seriam incompreensíveis para nossos 
antepassados. E seriam incompreensíveis porque a 
dimensão "romântica" do casamento é recente na 
história do Ocidente: tradicionalmente, as relações 
entre homens e mulheres eram tuteladas por 
"agentes intermediários", a começar pela família, 
que proviam e promoviam essas relações. Os 
"sentimentos" das partes envolvidas não eram os 
argumentos mais preponderantes. 
 
O romantismo próprio da modernidade acabaria 
por enterrar esse mundo, atribuindo ao indivíduo 
(e ao "sentimento") a construção do seu destino 
"autêntico". E acabou também por determinar o 
recuo da família, da tradição e mesmo da religião. 
Não apenas como "agentes intermediários"; mas 
também como fontes válidas de conhecimento ou 
consolação. O problema, escreve Hollander, é que 
esse recuo não significou o fim das carências - 
espirituais, éticas, intelectuais - que continuam a 
pulsar na natureza humana. E que são agora 
transplantadas pelo indivíduo socialmente isolado 
para dentro da sua privacidade. 
 
Hoje, os ocidentais desejam que as relações 
íntimas possam suprir todas as exigências(b) que 
anteriormente estavam repartidas por várias 
esferas da sociedade. Azar: o casamento não 
comporta essas exigências múltiplas e 
contraditórias. A pessoa com quem casamos não 
consegue reunir as qualidades perfeitas de 
amante, amigo, confessor, professor, guia turístico, 
estátua grega e terapeuta. 
 
No Ocidente pós-moderno, a taxa de divórcio não 
para de subir. Brasil incluso. Um cínico diria que o 
fenômeno tem explicação simples: as pessoas 
 
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divorciam-se porque podem. Mas é possível 
oferecer uma explicação alternativa: as pessoas 
divorciam-se porque casam. E não há casamento 
que resista quando se exige dele tudo e o seu 
contrário. 
 
COUTINHO, João Pereira. Vamos ao que interessa: 
cem crônicas da era da brutalidade. São Paulo: 
Três Estrelas, 2015. 1. 
 
A substituição do elemento sublinhado pelo 
pronome correspondente foi realizada de 
acordo com a norma padrão em 
A 
“...enquanto a tribo procurava fêmea 
compatível para mim”. – procurava-
lhe para mim. 
B 
“...que as relações íntimas possam 
suprir todas as exigências”. – possam-
nas suprir. 
C 
“Conhecer a noiva ainda no berço não 
é a ideia perfeita de romantismo”. – 
Conhecê-la. 
D 
“Na conjugalidade, o casal não 
conhece limites...” – não conhece-os. 
 
4. 
O livro de cabeceira de Alexandre 
 
Alexandre da Macedônia é chamado de Grande 
porque conseguiu unificar as orgulhosas cidades-
estados gregas, conquistar todos os reinos entre a 
Grécia e o Egito, derrotar o poderoso exército 
persa e criar um império que se estendeu até a 
Índia – em menos de treze anos. Pergunta-se desde 
então como um governante de um reino grego 
menor foi capaz de realizar essa façanha. Mas 
sempre houve uma segunda pergunta, mais 
atraente para mim: antes de mais nada, por que 
Alexandre quis conquistar a Ásia? 
 
Ao pensar sobre essa questão, acabei por me 
concentrar em três objetos que Alexandre levava 
consigo em suas campanhas militares e que punha 
embaixo de seu travesseiro todas as noites, três 
objetos que resumiam o modo como ele via sua 
campanha. O primeiro era um punhal. Ao lado 
dessa arma, Alexandre guardava uma caixa. E 
dentro da caixa estava o mais precioso dos três 
objetos: uma cópia de seu texto favorito,a Ilíada. 
 
Como ele escolheu esses três objetos, e o que 
significavam para ele? 
 
Alexandre dormia sobre um punhal porque queria 
escapar ao destino de ser assassinado como seu 
pai. A caixa ele a tomara de Dario, seu adversário 
persa. E a Ilíada, ele a levou para a Ásia porque era 
a história através da qual via sua campanha e sua 
vida, um texto fundamental que se assenhorou da 
mente de um príncipe que viria a conquistar 
grande parte do mundo então conhecido. 
 
A epopeia de Homero já era um texto fundamental 
para os gregos havia muitas gerações. Para 
Alexandre, adquirira a importância de um texto 
quase sagrado, e é por isso que sempre o levava 
consigo em sua campanha. É o que fazem os textos, 
sobretudo os fundamentais: eles alteram a 
maneira como vemos o mundo e também atuamos 
nele. Esse era decerto o caso de Alexandre. Ele foi 
induzido não só a ler e estudar esse texto, mas 
também a reencená-lo. Alexandre, o leitor, se pôs 
dentro da narrativa, vendo sua própria vida e sua 
trajetória à luz do Aquiles de Homero. Alexandre, o 
Grande, é bem conhecido por ser um rei 
extraordinário. Acontece que era também um 
leitor extraordinário. 
 
PUCHNER, Martin. O mundo da escrita: como 
a literatura transformou a civilização. 1ª ed. – São 
Paulo: Companhia das Letras, 2019. 
 
Em “Ele foi induzido não só a ler e estudar esse texto, 
mas também a reencená-lo”, o termo destacado 
refere-se a 
A 
Alexandre. 
B 
estudar. 
C 
ler. 
D 
texto. 
 
5. 
A era da indiferença 
 
Quão valiosos para as outras pessoas? Não digo 
qualquer pessoa, mas para aquelas que dizem se 
 
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importar conosco. Quão importantes de fato somos 
para elas? Tenho me pegado pensando 
constantemente nisso e por mais que você tenha 
visão esperançosa em relação ao homem, parece-
me que realmente vivemos na era da indiferença. 
 
A vida contemporânea exige muito de nós. Isso é 
algo sabido por todos. No entanto, isso não justifica 
o modo como agimos uns com os outros. As 
relações são meramente questões 
de conveniência(C), são uma troca de fardos 
no mercado(D) da personalidade, de tal maneira 
que apenas me aproximo de determinada pessoa e 
mantenho uma relação com ela se houver algo dela 
que possa usar. Ou seja, as relações humanas 
seguem lógicas comerciais e, assim, todos nos 
tornamos mercadorias(A). 
 
Obviamente, não estou querendo dizer que 
devemos nos submeter a relações degradantes, 
que apenas usurpam nossas forças ou que não 
devemos esperar reciprocidade ao se envolver 
com alguém. Mas, ao implementarmos uma lógica 
comercial às relações humanas, deixamos de 
considerar totalmente as nuances e complexidades 
que formam o ser humano. 
 
Isto é, ninguém está bem o tempo inteiro, 
tampouco, possui uma constante na vida. Todos 
nós temos nossos dias ruins, passamos por 
problemas e atravessamos os nossos períodos de 
crise, de modo que, ao doutrinar as relações 
humanas à cartilha comercial, os pontos baixos da 
vida de um indivíduo são desconsiderados, o que 
implica automaticamente a descartabilidade 
daqueles que sucumbem às suas fraquezas. 
 
Sendo assim, somos tão somente importantes e 
amados na medida em que temos um sorriso no 
rosto, uma história engraçada para contar e somos 
úteis de algum modo. Em outras palavras, somos 
queridos apenas nos nossos bons momentos, 
quando estamos no auge e tudo parece dar certo. 
Entretanto, como disse, a vida não é uma 
constante, de maneira que inevitavelmente 
passaremos por momentos ruins, em que tudo dá 
errado e nós perdemos a esperança. 
 
Nesses instantes, percebemos a fragilidade dos 
laços humanos, a nossa indiferença, a nossa 
incapacidade de se colocar no lugar do outro e 
buscar entender o ¹ do sofrimento, da 
angústia, da insônia, do medo e da lágrima oculta 
no olhar, porque quando uma relação é construída 
com laços fortes, lutamos contra o egoísmo para 
poder sentir a dor que aflige e esmaga o peito de 
quem sofre. 
 
Quando uma relação é mais do que uma ação 
na bolsa de valores(B) do amor líquido, temos 
empatia e esta não é ver uma pessoa triste e fazer 
coisas para que ela fingir estar feliz. É ver uma 
pessoa triste e ser capaz de ajudá-la a chorar. 
 
Acho que os nossos tempos estão carentes de 
pessoas corajosas o bastante para abraçar alguém 
e dizer que a ama enquanto as lágrimas se 
precipitam e anunciam uma torrente de dor em 
forma de choro intercalada com soluços. Por outro 
lado, o mundo está repleto de pessoas que abraçam 
e riem junto com você, mas tão somente enquanto 
você também estiver com um sorriso no rosto. 
Pessoas que descartam as outras com imensa 
facilidade quando outras ações, digo, pessoas, 
acenam com possibilidades melhores e sorrisos 
mais audaciosos. 
 
Tudo isso é uma pena, ², no fim das contas, 
todos nós precisamos de alguém que nos ajude a 
chorar, já que só lágrimas de compaixão podem 
limpar a alma da indiferença. E como as lágrimas 
não caem, porque estamos ocupados demais com 
nossas trivialidades mesquinhas, o mundo 
continua sujo, ecoando pelos esgotos a nossa era 
da indiferença. 
 
Fonte: https://www.pensarcontemporaneo.com – 
Acesso em: 25/07/2019 
 
O autor afirma que “as relações humanas seguem 
lógicas comerciais” São expressões que, no texto, 
também se referem a comércio, exceto 
A 
mercadorias. 
B 
bolsa de valores. 
C 
conveniência. 
D 
mercado. 
 
6. 
A era da indiferença 
 
 
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Quão valiosos para as outras pessoas? Não digo 
qualquer pessoa, mas para aquelas que dizem se 
importar conosco. Quão importantes de fato somos 
para elas? Tenho me pegado pensando 
constantemente nisso e por mais que você tenha 
visão esperançosa em relação ao homem, parece-
me que realmente vivemos na era da indiferença. 
 
A vida contemporânea exige muito de nós. Isso é 
algo sabido por todos. No entanto, isso não justifica 
o modo como agimos uns com os outros. As 
relações são meramente questões de conveniência, 
são uma troca de fardos no mercado da 
personalidade, de tal maneira que apenas me 
aproximo de determinada pessoa e mantenho uma 
relação com ela se houver algo dela que possa usar. 
Ou seja, as relações humanas seguem lógicas 
comerciais e, assim, todos nos tornamos 
mercadorias. 
 
Obviamente, não estou querendo dizer que 
devemos nos submeter a relações degradantes, 
que apenas usurpam nossas forças ou que não 
devemos esperar reciprocidade ao se envolver 
com alguém. Mas, ao implementarmos uma lógica 
comercial às relações humanas, deixamos de 
considerar totalmente as nuances e complexidades 
que formam o ser humano. 
 
Isto é, ninguém está bem o tempo inteiro, 
tampouco, possui uma constante na vida. Todos 
nós temos nossos dias ruins, passamos por 
problemas e atravessamos os nossos períodos de 
crise, de modo que, ao doutrinar as relações 
humanas à cartilha comercial, os pontos baixos da 
vida de um indivíduo são desconsiderados, o que 
implica automaticamente a descartabilidade 
daqueles que sucumbem às suas fraquezas. 
 
Sendo assim, somos tão somente importantes e 
amados na medida em que temos um sorriso no 
rosto, uma história engraçada para contar e somos 
úteis de algum modo. Em outras palavras, somos 
queridos apenas nos nossos bons momentos, 
quando estamos no auge e tudo parece dar certo. 
Entretanto, como disse, a vida não é uma 
constante, de maneira que inevitavelmente 
passaremos por momentos ruins, em que tudo dá 
errado e nós perdemos a esperança. 
 
Nesses instantes, percebemos a fragilidade dos 
laços humanos, a nossa indiferença, a nossa 
incapacidade de se colocar no lugar dooutro e 
buscar entender o ¹ do sofrimento, da 
angústia, da insônia, do medo e da lágrima oculta 
no olhar, porque quando uma relação é construída 
com laços fortes, lutamos contra o egoísmo para 
poder sentir a dor que aflige e esmaga o peito de 
quem sofre. 
 
Quando uma relação é mais do que uma ação na 
bolsa de valores do amor líquido, temos empatia e 
esta não é ver uma pessoa triste e fazer coisas para 
que ela fingir estar feliz. É ver uma pessoa triste e 
ser capaz de ajudá-la a chorar. 
 
Acho que os nossos tempos estão carentes de 
pessoas corajosas o bastante para abraçar alguém 
e dizer que a ama enquanto as lágrimas se 
precipitam e anunciam uma torrente de dor em 
forma de choro intercalada com soluços. Por outro 
lado, o mundo está repleto de pessoas que abraçam 
e riem junto com você, mas tão somente enquanto 
você também estiver com um sorriso no rosto. 
Pessoas que descartam as outras com imensa 
facilidade quando outras ações, digo, pessoas, 
acenam com possibilidades melhores e sorrisos 
mais audaciosos. 
 
Tudo isso é uma pena, ², no fim das contas, 
todos nós precisamos de alguém que nos ajude a 
chorar, já que só lágrimas de compaixão podem 
limpar a alma da indiferença. E como as lágrimas 
não caem, porque estamos ocupados demais com 
nossas trivialidades mesquinhas, o mundo 
continua sujo, ecoando pelos esgotos a nossa era 
da indiferença. 
 
Fonte: https://www.pensarcontemporaneo.com – 
Acesso em: 25/07/2019 
 
“Quando uma relação é mais do que uma ação na 
bolsa de valores do amor líquido...”. Ao utilizar a 
expressão em destaque, o autor se refere às 
 
 
A 
relações comerciais. 
B 
relações sociais fragilizadas. 
C 
relações construídas com laços fortes. 
D 
relações degradantes. 
 
 
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7. 
 
Conhecimento prévio 
 
Entenda por que aquilo cada um já sabe é a ponte 
para saber mais 
 
Elisângela Fernandes 
 
Virou quase uma obrigação. Não há (ou pelo menos 
não deveria haver) professor que inicie a 
abordagem de um conteúdo sem antes identificar 
o que sua turma efetivamente conhece sobre o que 
será tratado. Apesar de corriqueira nos dias de 
hoje, a prática estava ausente da rotina escolar até 
o início do século passado. Foi Jean Piaget (1896-
1980) quem primeiro chamou a atenção para a 
importância daquilo que, no atual jargão da área, 
convencionou chamar-se de conhecimento prévio. 
 
As investigações do cientista suíço foram feitas sob 
a perspectiva do desenvolvimento intelectual. Para 
entender como a criança passa de um 
conhecimento mais simples a outro mais 
complexo, Piaget conduziu um trabalho que durou 
décadas no Instituto Jean-Jacques Rousseau e no 
Centro Internacional de Epistemologia Genética, 
ambos em Genebra, Suíça. Ao observar 
exaustivamente como os pequenos comparavam, 
classificavam, ordenavam e relacionavam 
diferentes objetos, ele compreendeu que a 
inteligência se desenvolve por um processo de 
sucessivas fases. Dependendo da qualidade das 
interações de cada sujeito com o meio, as 
estruturas mentais - condições prévias para o 
aprendizado, conforme descreve o suíço em sua 
obra - vão se tornando mais complexas até o fim da 
vida. Em cada fase do desenvolvimento, elas 
determinam os limites do que os indivíduos podem 
compreender. 
 
Dessa perspectiva, fica claro que o cerne de sua 
investigação relaciona-se à capacidade de 
raciocínio. Por não estudar o processo do ponto de 
vista da Educação formal, Piaget não se interessava 
tanto pelo conhecimento como conteúdo de 
ensino. Na década de 1960, esse tema mereceu a 
atenção de outro célebre pensador da Psicologia da 
Educação, o americano David Ausubel (1918-
2008). "Ele foi possivelmente um dos primeiros a 
usar a expressão conhecimento prévio, hoje 
consagrada entre os professores", diz Evelyse dos 
Santos Lemos, pesquisadora do ensino de Ciências 
e Biologia do Instituto Oswaldo Cruz. 
 
De acordo com Ausubel, o que o aluno já sabe - a 
ideia-âncora, na sua denominação - é a ponte para 
a construção de um novo conhecimento por meio 
da reconfiguração das estruturas mentais 
existentes ou da elaboração de outras novas. 
Quando a criança reflete sobre um conteúdo novo, 
ele ganha significado e torna mais complexo o 
conhecimento prévio. Para o americano, o 
conjunto de saberes que a pessoa traz como 
contribuição ao aprendizado é tão essencial que 
mereceu uma citação contundente, no 
livro Psicologia Educacional: "O fator isolado mais 
importante influenciando a aprendizagem é aquilo 
que o aprendiz já sabe. Descubra isso e ensine-o de 
acordo". 
 
Ao enfatizarem aspectos distintos do 
conhecimento prévio, as visões de Piaget e Ausubel 
se complementam. "Para aprender algo são 
necessárias estruturas mentais que deem conta de 
novas complexidades e também conteúdos 
anteriores que ajudam a assimilar saberes", diz 
Fernando Becker, professor da Universidade 
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). (...) 
 
Disponível em 
https://novaescola.org.br/conteudo/1510/conhe
cimento-previo. Acesso em 12/09/2020. (com 
adaptações) 
 
Em “O fator isolado mais importante influenciando 
a aprendizagem é aquilo que o aprendiz já sabe. 
Descubra isso e ensine-o de acordo". (...), os termos 
destacados foram empregados no texto para 
realizar 
 
A 
uma coesão sequencial, por meio de 
uso dos pronomes, para substituir a 
ideia citada anteriormente sobre o que 
o aluno já sabe. 
B 
uma coerência entre as ideias de 
parágrafos distintos, realizando uma 
ligação de sentido entre eles. 
C 
uma coesão elíptica, por meio da 
ausência de termos que foram 
 
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substituídos por pronomes 
demonstrativo e oblíquo. 
D 
uma coesão referencial, por meio do 
uso de pronomes, para substituir, 
respectivamente, “aquilo que o aluno já 
sabe” e “aprendiz”. 
 
8. 
 
 
Disponível em 
https://doidosporcinema.wordpress.com/tag/luis-
fernando-verissimo/. Acesso em 10/09/2020. 
 
LEGENDA: 
PRIMEIRO BALÃO: ESSA NOVA GERAÇÃO ME 
PREOCUPA. 
SEGUNDO BALÃO: SEI NÃO... 
TERCEIRO BALÃO: ACHO QUE, NO FUNDO, ELA 
NÃO É MUITO DIFERENTE DA NOSSA. 
QUARTO BALÃO: ISSO É O QUE ME PREOCUPA. 
 
Na frase final “Isso é o que preocupa”, o pronome 
“isso” se refere 
 
 
A 
à negligência dos jovens em relação à 
sua saúde. 
B 
ao poder de luta dos jovens contra as 
injustiças. 
C 
à influência das redes sociais na nova 
geração. 
D 
à inércia comportamental da geração 
atual. 
 
 
9. 
 
 
Disponível 
em https://br.pinterest.com/pin/37365810031070
7621/. Acesso em 30/06/2020. 
 
Ao analisar a frase da Mafalda presente no último 
quadrinho, informe como é o mundo ao qual a 
personagem se referiu ao falar “Será que o mundo 
está assim porque está cheio de Miguelitos?”. 
 
A 
É o mundo que vive um retrocesso 
tecnológico e científico. 
B 
É o mundo que sofre muitas mazelas 
políticas, sociais e ambientais. 
C 
É o mundo que cuida bem de seus 
habitantes e do meio ambiente. 
D 
É o mundo que vive uma crise 
financeira, sem lucro para os patrões. 
 
Gabarito 
1.A 
2.C 
3.C 
4.D 
5.C 
6.B 
7.D 
8.D 
9.B 
 
 
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4. Funções da linguagem. 
 
Toda linguagem é utilizada para comunicar 
algo a alguém, um receptor da mensagem. Sendo 
assim, considerando os elementos que constituem 
a comunicação (emissor, receptor, código, canal, 
mensagem e contexto). As funções da 
linguagem são formas de utilização da linguagemsegundo a intenção do falante, a depender do tipo 
de mensagem que está sendo passada e do objetivo 
do emissor. 
Para que entendamos as funções da linguagem, 
precisamos conhecer os seguintes elementos 
comunicativos: 
EMISSOR: quem fala, quem transmite a mensagem 
RECEPTOR: quem ouve, quem recebe a mensagem 
MENSAGEM: conteúdo transmitido pelo emissor 
CÓDIGO: conjunto de signos utilizados para 
transmissão da mensagem (a língua) 
REFERENTE: contexto, assunto ao qual a 
mensagem se refere 
CANAL: meio utilizado para o estabelecimento da 
comunicação 
 
 As funções da linguagem são divididas em 
seis tipo, sendo elas referencial ou denotativa, 
emotiva ou expressiva, poética, fática, conativa ou 
apelativa e metalinguística. 
 
• FUNÇÃO REFERENCIAL: focada no 
contexto, no assunto. É a típica função 
empregada nas notícias que visam 
apenas à informação. Não pretende 
convencer, mas apenas informar. 
Presente em jornais, em discursos 
científicos, em livros didáticos. 
 
• FUNÇÃO EMOTIVA: focada no emissor, 
nos sentimentos/emoções/opiniões de 
quem transmite a mensagem. 
Geralmente é marcada pelo uso de 
sinais como o ponto de exclamação e as 
reticências. Função empregada com 
frequência em músicas, poemas, em 
colunas de opinião. 
 
Ex: “Ando devagar Porque já tive pressa E levo 
esse sorriso Porque já chorei demais 
 Hoje me sinto mais forte Mais feliz, quem sabe 
Só levo a certeza De que muito pouco sei Ou 
nada sei 
 (...) É preciso amor Pra poder pulsar É preciso 
paz pra poder sorrir É preciso a chuva para 
florir (...)”. 
 
• FUNÇÃO POÉTICA: focada 
na mensagem, esta função preocupa-se 
mais com a parte estética da mensagem 
e, para isto, faz embaraços com as letras, 
palavras, emprega figuras de linguagem. 
Muito comum nos poemas, músicas e na 
publicidade. 
• FUNÇÃO FÁTICA: focada no canal, 
empregada para viabilizar a 
manutenção da comunicação ou 
promover a sua interrupção. Função 
comumente empregada nos diálogos 
entre emissor e receptor. 
 
Ex: -Está me ouvindo? 
 -Sim, tudo bem. 
 
• FUNÇÃO CONATIVA: focada no receptor, 
tem por objetivo convencer, persuadir, 
influenciar. Função utilizada 
frequentemente pelas peças 
publicitárias. 
 
Ex: Compre batom, seu filho merece batom. 
 
• FUNÇÃO METALINGUÍSTICA: focada no 
próprio código. Uso da linguagem para 
falar de linguagem, da poesia para falar 
de poesia. 
Ex: Eu faço versos como quem chora De 
desalento...de desencanto Fecha o meu livro, se 
por agora Não tens motivo nenhum de pranto. 
Meu verso é sangue. Volúpia ardente... Tristeza 
esparsa...remorso vão... Dói-me nas veias. 
Amargo e quente, Cai, gota a gota, do coração. E 
 
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nestes versos de angústia rouca, Assim dos 
lábios a vida corre, Deixando um acre sabor na 
boca. Eu faço versos como quem morre. 
(Manuel Bandeira) 
QUESTÕES 
1. 
O apanhador de desperdícios 
 
Uso a palavra para compor meus silêncios. 
Não gosto das palavras 
fatigadas de informar. 
Dou mais respeito 
às que vivem de barriga no chão 
tipo água pedra sapo. 
Entendo bem o sotaque das águas 
Dou respeito às coisas desimportantes 
e aos seres desimportantes. 
Prezo insetos mais que aviões. 
Prezo a velocidade 
das tartarugas mais que a dos mísseis. 
Tenho em mim um atraso de nascença. 
Eu fui aparelhado 
para gostar de passarinhos. 
Tenho abundância de ser feliz por isso. 
Meu quintal é maior do que o mundo. 
Sou um apanhador de desperdícios: 
Amo os restos 
como as boas moscas. 
Queria que a minha voz tivesse um formato 
de canto. 
Porque eu não sou da informática: 
eu sou da invencionática. 
Só uso a palavra para compor meus silêncios. 
 
Manoel de Barros 
Disponível em -Memórias Inventadas – As 
Infâncias de Manoel de Barros – Manoel de Barros 
– Editora Planeta, 2008, p.45. 
 
Em todo o poema de Manoel de Barros, percebe 
que o eu-lírico expressa seus sentimentos em 
relação às coisas simples da vida. Essa 
característica representa a figura de linguagem 
conhecida por 
 
“Entendo bem o sotaque das águas 
Dou respeito às coisas desimportantes 
e aos seres desimportantes”. 
 
A 
fática. 
B 
emotiva. 
C 
conativa. 
D 
metalinguística. 
 
2. 
O apanhador de desperdícios 
 
Uso a palavra para compor meus silêncios. 
Não gosto das palavras 
fatigadas de informar. 
Dou mais respeito 
às que vivem de barriga no chão 
tipo água pedra sapo. 
Entendo bem o sotaque das águas 
Dou respeito às coisas desimportantes 
e aos seres desimportantes. 
Prezo insetos mais que aviões. 
Prezo a velocidade 
das tartarugas mais que a dos mísseis. 
Tenho em mim um atraso de nascença. 
Eu fui aparelhado 
para gostar de passarinhos. 
Tenho abundância de ser feliz por isso. 
Meu quintal é maior do que o mundo. 
Sou um apanhador de desperdícios: 
Amo os restos 
como as boas moscas. 
Queria que a minha voz tivesse um formato 
de canto. 
Porque eu não sou da informática: 
eu sou da invencionática. 
Só uso a palavra para compor meus silêncios. 
 
Manoel de Barros 
Disponível em -Memórias Inventadas – As 
Infâncias de Manoel de Barros – Manoel de Barros 
– Editora Planeta, 2008, p.45. 
 
Dentre as definições apresentadas abaixo, assinale 
aquela que caracteriza corretamente 
metalinguismo ou metalinguagem. 
 
 
A 
Caracteriza-se pelo próprio ato de ler e 
escrever. 
B 
 
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 ______________________________________________________________ 
É a capacidade de falar sobre a 
linguagem, descrevê-la e analisá-la 
como objeto de estudo (a gramática 
convencional). 
C 
Caracteriza-se pela reflexão que quem 
escreve ou lê faz enquanto escreve ou 
lê, para compreender ou atribuir 
sentidos ao texto, verificar sua lógica, 
coesão, coerência, adequação das 
categorias gramaticais e ortografia. 
D 
Corresponde a diferentes formas de 
utilização da linguagem, que são 
escolhidas segundo a intenção 
comunicativa do falante. 
 
 
3. 
LIAMES DA VIRTUDE - ÉTICA E MORAL NO 
MUNDO 
ROMANO 
 
Por LEANDRO GONSALES CICCONE 
 
( ... ) Em síntese, podemos reconhecer no discurso 
do romano Marco Túlio Cícero quatro virtudes 
fundamentais que relacionam a ética à 
honestidade, conceituando ainda uma moral 
decorrente dessa relação; tais virtudes seriam a 
verdade, a ordem, a fortaleza e o equilíbrio. Para 
cada um desses princípios, Cícero estabelece um 
arrazoado que tentaremos analisar a seguir. 
 
( ... ) 
 
Terceira dessas virtudes, a fortaleza simboliza o 
ideal de O integridade, a capacidade inequívoca de 
preservar seu próprio caráter mesmo quando em 
conflito com graves perigos e interesses mais 
imediatos; foi a ponte mais direta, para o discurso 
de Cícero, no paralelo entre honestidade e 
utilidade. Essa integridade precisava resistir a 
todas as provas, e nunca se basear na opinião 
pública ou no senso comum, mas antes, sempre, na 
consciência individual da própria virtude. 
 
Disponível em https:llanpuh.orq.brluploads/anais-
simposios/pdf/2019- 
01/1548206570 
22a3f115d1f9533b3d73d6aba7244f39.pdf. Acesso em 
09/03/2020. 
 
Os textos apresentam funções de linguagem 
diferentes a depender do objetivo comunicativo 
que pretendem alcançar. Pelas características do 
trecho retirado do TEXTO II, de um estudo feito por 
Leandro Gonsales, sobre o pensamento de Marco 
Túlio Cícero, depreende-se que função de 
linguagem predominante é 
 
A 
emotiva. 
B 
apelativa. 
C 
referencial. 
D 
metalinguística. 
 
4. 
 
Disponível em 
https://www.santos.sp.gov.br/?q=noticia/. Acesso em 
16/11/2019. 
 
Ao analisar o TEXTO II, depreende-se que seu 
objetivo comunicativo está baseado, 
 
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 ______________________________________________________________ 
predominantemente, na função de linguagem 
denominada 
A 
metalinguística. 
B 
referencial. 
C 
apelativa. 
D 
emotiva. 
 
5. 
Em nome da urgência ecológica 
 
“As medidas que devem ser tomadas serão difíceis 
de aceitar. Podemos dizer que a luta contra as 
mudanças climáticas é incompatível com as 
liberdades individuais, portanto, sem dúvida, 
incompatível com a democracia”, afirma o 
climatologista François-Marie Bréon. “Eu não 
pretendo ter as soluções [para lutar contra o 
aquecimento global]; há especialistas muito mais 
competentes para isso”, explica, por sua vez, o 
astrofísico Aurélien Barreau, antes de acrescentar 
que sua única certeza é sobre a necessidade de 
tomar “medidas coercitivas, impopulares, 
contrárias às nossas liberdades individuais”. A 
tentação de subordinar a democracia ao 
imperativo climático se espalha como uma música 
de fundo. “Após ter sido um tabu por muito tempo, 
a ideia da necessidade de uma restrição, da tomada 
de decisões impopulares, começa a ganhar 
terreno”, observa o jornalista Stéphane Foucart. E 
conclui: “As alternativas são sombrias: renunciar à 
forma atual da democracia para conter o 
aquecimento global ou esperar até que este vença 
a democracia?” 
 
Ao contrário do que afirmam alguns cientistas na 
revista Valeurs Actuelles, a realidade das 
mudanças climáticas está estabelecida. 
Interroguemos então o real significado do discurso 
que sujeita a democracia – ou seja, uma das 
expressões fundamentais de nossas liberdades – 
ao meio ambiente. Não há “ditadura verde” no 
horizonte: as eleições continuam sendo o alfa e o 
ômega do exercício do poder, pelo menos no 
mundo ocidental. Em compensação, as balizas da 
democracia começam a ser objeto de medidas 
concretas, muitas vezes adotadas sem discussão 
real, tão pesada é a “emergência climática”. Na 
França, a Carta Ambiental figura desde 2005 no 
preâmbulo da Constituição, ao lado da Declaração 
dos Direitos do Homem e do Cidadão. Em 2018, a 
Comissão de Direito da Assembleia Nacional 
propôs ir além, com a inclusão da luta “contra as 
mudanças climáticas” no artigo 1º da Constituição, 
colocando essa questão no mesmo nível que o 
caráter “indivisível, laico, democrático e social” da 
República, portanto, no topo da hierarquia das 
normas que balizam as instituições. 
 
O estabelecimento, no dia 4 de outubro de 2019, da 
Convenção Cidadã pelo Clima (CCC) concentra os 
impensados e os perigos desse discurso, 
aparentemente movidos pelo bom senso e pela 
“necessidade de agir antes que seja tarde demais”. 
Encarregado, ao lado de Anne Frago (diretora do 
Departamento de Cultura e Assuntos Sociais da 
Assembleia Nacional) e Michèle Kadi (diretora-
geral honorária dos Serviços do Senado), pela 
organização da CCC decidida pelo presidente 
Emmanuel Macron no fim do grande debate 
nacional, o diretor e escritor Cyril Dion assim 
define o alvo: “Nosso modelo de democracia 
representativa não permite tomar as medidas 
radicais necessárias para enfrentar os desafios 
atuais”. A chave, segundo ele, está no 
estabelecimento de espaços de deliberação que 
permitam criar soluções a serem adotadas pelos 
poderes públicos. Ele se mostrou particularmente 
animado durante o lançamento da CCC. Definidos 
com base em um sorteio geral, a ideia é que os 150 
membros da convenção se reúnam por seis 
semanas com especialistas que expliquem as 
questões a serem decididas. Caberá então ao 
Parlamento adotar formalmente as medidas ou aos 
eleitores tomar uma posição. “Nossa aposta é criar 
uma relação de forças com o governo a partir de 
dentro”, esclarece Dion. “Elaborar propostas em 
uma estrutura aprovada pelo governo e depois 
obter um referendo.” 
 
(...) 
 
(Anne-Cécile Robert. Le Monde Diplomatique. 8 de 
janeiro de 2020.) 
 
Conforme destacado no texto, (CCC) é exemplo de 
função 
A 
metalinguística. 
B 
conativa. 
 
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 ______________________________________________________________ 
C 
emotiva. 
D 
fática. 
 
6. 
Bom exemplo na saúde 
 
O Estado de S.Paulo 
9 de setembro de 2018 
 
Os bons resultados que estão sendo obtidos por 
programa de parceria entre hospitais privados de 
ponta e hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) 
para reduzir a infecção hospitalar nestes últimos, 
como mostra reportagem do Estado, são um 
exemplo de que é possível melhorar o atendimento 
na rede pública com medidas simples e de custo 
relativamente baixo. Embora não sejam uma 
panaceia, medidas como essa, destinadas a tirar o 
máximo proveito de recursos escassos, são um dos 
caminhos a seguir para recuperar a saúde pública, 
especialmente neste momento _____¹ o País 
enfrenta grave crise econômica. 
 
Em um ano, o treinamento que profissionais de 
119 unidades da rede pública de 25 Estados 
recebem em cinco hospitais privados de ponta – 
Albert Einstein, Sírio-Libanês, Oswaldo Cruz, 
Hospital do Coração, de São Paulo, e Moinhos de 
Vento, de Porto Alegre – já levou a uma redução de 
23% das ocorrências de infecção hospitalar em 
Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de três tipos 
principais: na corrente sanguínea, no trato 
urinário e pneumonia associada à ventilação 
mecânica. Participam do treinamento não apenas 
médicos e enfermeiros, mas também – e este é um 
ponto importante – integrantes das diretorias dos 
hospitais para facilitar a adoção dos 
procedimentos como rotina. 
 
Depoimentos de participantes do programa, 
financiado por recursos de isenção fiscal – neste 
caso, bem empregados –, mostram como tem sido 
possível avançar na melhoria do serviço prestado 
pela rede pública de maneira simples e objetiva. 
“Com pequenas coisas que nos ensinaram, a gente 
tem conseguido reduzir (casos de infecção) mesmo 
com todas as dificuldades”, afirma Sandra Santos 
da Luz, coordenadora de enfermagem da UTI do 
Hospital Municipal Santa Isabel, de João Pessoa. 
Pequenas coisas incluem a maneira correta de 
lavar as mãos e o treinamento para colocar sondas. 
 
Uma das UTIs do Hospital Estadual Mário Covas, 
em Santo André, não registra nenhum daqueles 
três tipos de infecção há cinco meses. Os bons 
resultados do programa, observados em todas as 
regiões, levou o Ministério da Saúde a fixar a meta 
_____² de redução de 50% da infecção hospitalar na 
rede do SUS até 2020. Isso significará salvar 8.500 
vidas de pacientes de UTI. O programa também 
permitirá, segundo estimativa do Ministério, 
reduzir R$ 1,2 bilhão nos gastos com internação. 
 
Tudo isso sem fazer reformas e obras na rede 
pública, apenas redesenhando “o processo 
assistencial com os recursos disponíveis”, como diz 
a coordenadora-geral da iniciativa, Cláudia Garcia, 
do Hospital Albert Einstein. Além de fazer muito 
com poucos recursos, o alvo do programa foi bem 
escolhido, porque as infecções hospitalares estão 
entre as principais causas de mortes em serviços 
de saúde do mundo inteiro, segundo a Organização 
Mundial da Saúde. 
 
É preciso ter em mente, porém, que não se pode 
esperar demais de iniciativas desse tipo. Elas são 
importantes em qualquer circunstância – porque o 
bom emprego do dinheiro público, para dele 
sempre tirar o máximo, deve ser uma regra –, mas 
têm alcance limitado. Constituem um avanço, não 
mais do que isso. 
 
A recuperação da rede pública de saúde exige 
providências mais ambiciosas. 
 
Com relação ao parágrafo segundo do texto, é 
correto afirmar que nele (no parágrafo, não no 
texto como um todo) predomina a função da 
linguagem: 
A 
referencial. 
B 
conativa. 
C 
emotiva. 
D 
fática. 
 
 
 
 
 
P á g i n a 39 
 
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 ______________________________________________________________7. 
 
Disponível em: 
https://novaescola.org.br/conteudo/2134/descons
truindo-os-anunciospublicitarios. 
Acesso em 11de julho de 2019. 
 
Levando em consideração a estrutura linguística 
do TEXTO, observa-se que a função da linguagem 
predominante é: 
A 
conativa. 
B 
metalinguística. 
C 
poética. 
D 
referencial. 
 
 
Gabarito 
1.B 
2.B 
3.C 
4.C 
5.A 
6.A 
7.A 
 
 
 
 
 
 
5. Ortografia oficial. 
 
A ortografia se caracteriza por estabelecer 
padrões para a forma escrita das palavras. Essa 
escrita está relacionada tanto a critérios 
etimológicos (ligados à origem das palavras) 
quanto fonológicos (ligados aos fonemas 
representados). É importante compreender que a 
ortografia é fruto de uma convenção. A forma de 
grafar as palavras é produto de acordos 
ortográficos que envolvem os diversos países em 
que a língua portuguesa é oficial. A melhor maneira 
de treinar a ortografia é ler, escrever e consultar o 
dicionário sempre que houver dúvida. 
 
EMPREGO DAS LETRAS S e Z 
 
 
EMPREGA-SE O S: 
 
1) Nas palavras derivadas de outras que já 
apresentam s no radical 
 
Exemplos: Análise - analisar catálise - 
catalisador casa - casinha, casebre liso - alisar 
 
2) Nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem 
nacionalidade, título ou origem 
 
Exemplos: burguês- burguesa inglês- 
inglesa chinês- chinesa milanês- 
milanesa 
 
3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -
oso e –osa 
 
Exemplos: catarinense gostoso- gostosa
 amoroso- amorosa palmeirense 
gasoso- gasosa teimoso- teimosa 
 
4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -ose 
 
Exemplos: catequese, diocese, poetisa, profetisa, 
sacerdotisa, glicose, metamorfose, virose 
 
5) Após ditongos- Exemplos: 
 
P á g i n a 40 
 
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coisa, pouso, lousa, náusea. 
 
6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como 
em seus derivados 
 
Exemplos: pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, 
pusesse, puséssemos 
quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, 
quiséssemos 
repus, repusera, repusesse, repuséssemos. 
 
7) Nos seguintes nomes próprios personativos: 
 
Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, Resende, 
Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás 
 
8) Nos seguintes vocábulos: 
 
abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa, 
cortesia, decisão, despesa, empresa, freguesia, 
fusível, maisena, mesada, paisagem, paraíso, 
pêsames, presépio, presídio, querosene, raposa, 
surpresa, tesoura, usura, vaso, vigésimo, visita. 
 
EMPREGA-SE SS 
 
1) Escreveremos com -cess- as palavras derivadas 
de verbos terminados em -ceder. 
 
Exemplos: anteceder = antecessor 
exceder = excesso conceder = concessão 
 
2) Escreveremos com -press- as palavras 
derivadas de verbos terminados em -primir. 
 
Exemplos: imprimir = impressão 
comprimir = compressa deprimir = 
depressivo 
 
3) Escreveremos com -gress- as palavras 
derivadas de verbos terminados em -gredir. 
 
Exemplos: agredir = agressão progredir = 
progresso transgredir = transgressor 
 
4) Escreveremos com -miss- ou -mess- as palavras 
derivadas de verbos terminados em -meter. 
 
Exemplos: comprometer = compromisso 
intrometer = intromissão 
prometer = promessa remeter = remessa 
 
 
 
 
 
EMPREGO DO Z 
 
1) Nas palavras derivadas de outras que já 
apresentam z no radical 
 
Exemplos: deslize- deslizar razão- 
razoável vazio- esvaziar raiz- 
enraizar cruz-cruzeiro 
 
2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos 
abstratos a partir de adjetivos 
 
Exemplos: inválido- invalidez limpo-limpeza
 macio- maciez rígido- rigidez 
frio- frieza nobre- nobreza pobre-pobreza surdo- 
surdez 
 
3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao 
formar substantivos 
 
Exemplos: civilizar- civilização
 hospitalizar- hospitalização colonizar- 
colonização 
realizar realização 
 
4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -
zito, -zita 
 
Exemplos: 
cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozit
o, avezita 
 
5) Nos seguintes vocábulos: 
azar, azeite, azedo, amizade, buzina, bazar, 
catequizar, chafariz, cicatriz, coalizão, cuscuz, 
proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc. 
 
6) Nos vocábulos homófonos, estabelecendo 
distinção no contraste entre o S e o Z 
 
Exemplos: cozer (cozinhar) e coser (costurar) 
prezar (ter em consideração) e presar (prender) 
traz (forma do verbo trazer) e trás (parte 
posterior) 
 
• Observação: em muitas palavras, a 
letra X soa como Z. Veja os exemplos: 
 
 
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 ______________________________________________________________ 
Exa
me 
Exa
to 
Exaus
to 
Exem
plo 
Exist
ir 
exóti
co 
inexorá
vel 
Emprego de S, Ç, X e dos Dígrafos Sc, Sç, Ss, Xc, 
Xs 
 
Existem diversas formas para a representação do 
fonema /S/. 
 
1- Emprega-se o S: Nos substantivos 
derivados de verbos terminados 
em "andir","ender", "verter" e 
"pelir" 
 
Exemplos: 
expandir- expansão pretender- pretensão
 verter- versão expelir- expulsão 
estender- extensão suspender- suspensão
 converter - conversão repelir- repulsão 
 
2- Emprega-se Ç: Nos substantivos 
derivados dos verbos "ter" e 
"torcer" 
 
Exemplos: 
ater- atenção torcer- torção 
deter- detenção distorcer-distorção 
manter- manutenção contorcer- contorção 
 
3- Emprega-se o X: Em alguns casos, 
a letra X soa como Ss 
 
Exemplos: auxílio, expectativa, experto, 
extroversão, sexta, sintaxe, texto, trouxe 
 
4- Emprega-se Sc: Nos termos 
eruditos 
 
Exemplos: acréscimo, ascensorista, consciência, 
descender, discente, fascículo, fascínio, 
imprescindível, miscigenação, miscível, plebiscito, 
rescisão, seiscentos, transcender. 
 
5- Emprega-se Sç: Na conjugação de 
alguns verbos 
 
Exemplos: nascer- nasço, nasça crescer- 
cresço, cresça descer- desço, desça 
 
6- Emprega-se Ss: Nos substantivos 
derivados de verbos terminados 
em "gredir", "mitir", "ceder" e 
"cutir" 
 
Exemplos: agredir- agressão demitir- demissão
 ceder- cessão discutir- discussão 
progredir- progressão transmitir- transmissão
 exceder- excesso repercutir- 
repercussão 
 
7- Emprega-se o Xc e o Xs: Em 
dígrafos que soam como Ss 
 
Exemplos: exceção, excêntrico, excedente, 
excepcional, exsudar 
 
8- Emprego de X e Ch 
 
Emprega-se o X: 
 
1) Após um ditongo. 
 
Exemplos: caixa, frouxo, peixe 
 
Exceção: recauchutar e seus derivados 
 
2) Após a sílaba inicial "en". 
 
Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca 
 
Exceção: palavras iniciadas por "ch" que recebem 
o prefixo "en-" Exemplos: encharcar (de charco), 
enchiqueirar (de chiqueiro), encher e seus 
derivados (enchente, enchimento, preencher...) 
 
3) Após a sílaba inicial "me-". 
 
Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão 
Exceção: mecha 
 
4) Em vocábulos de origem indígena ou africana e 
nas palavras inglesas aportuguesadas. 
 
Exemplos: abacaxi, xavante, 
orixá, xará, xerife, xampu 
 
5) Nas seguintes palavras: 
bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, 
lixo, puxar, rixa, oxalá, praxe, roxo, 
vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, xale, xinga
r, etc. 
 
 
 
 
Emprega-se o dígrafo Ch: 
 
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 ______________________________________________________________ 
 
1) Nos seguintes vocábulos: 
 
bochecha, bucha, 
cachimbo, chalé, charque, chimarrão, chuchu, ch
ute, cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, 
flecha, mochila, pechincha, salsicha, tchau, etc. 
 
Observações sobre o uso da letraX 
 
1) O X pode representar os seguintes fonemas: 
 
/ch/ - xarope, vexame 
/cs/ - axila, nexo 
/z/ - exame, exílio 
/ss/ - máximo, próximo 
/s/ - texto, extenso 
 
2) Não soa nos grupos internos -xce- e -xci- 
 
Exemplos: excelente, excitar 
 
 
EMPREGO DE G e J 
 
Para representar o fonema /j/ na forma 
escrita, a grafia considerada correta é aquela que 
ocorre de acordo com a origem da palavra. 
 
Exemplo: gesso: Origina-se do grego gypsos 
jipe: Origina-se do inglês jeep. 
 
Emprega-se o G 
 
1) Nos substantivos terminados em -agem, -igem, 
-ugem 
 
Exemplos: barragem, miragem, viagem, origem, 
ferrugem 
 
Exceção: pajem 
 
2) Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, 
-ógio, -úgio 
 
Exemplos: estágio, 
privilégio, prestígio, relógio, refúgio 
 
3) Nas palavras derivadas de outras que se grafam 
com g 
 
Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de 
massagem), vertiginoso (de vertigem) 
 
4) Nos seguintes vocábulos 
 
algema, auge, bege, 
estrangeiro, geada, gengiva, gibi, gilete, 
hegemonia, herege, megera, monge, rabugento, 
vagem. 
 
Emprega-se o J 
 
1) Nas formas dos verbos terminados em -jar ou –
jear 
 
Exemplos: 
arranjar: arranjo, arranje, arranjem 
despejar: despejo, despeje, despejem 
gorjear: gorjeie, gorjeiam, gorjeando 
enferrujar: enferruje, enferrujem 
viajar: viajo, viaje, viajem (3ª pessoa do plural do 
presente do subjuntivo) 
 
2) Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou 
exótica 
 
Exemplos: biju, jiboia, canjica, pajé, jerico, 
manjericão, Moji 
 
3) Nas palavras derivadas de outras que já 
apresentam j 
 
Exemplos: 
laranja- laranjeira loja- lojista 
lisonja - lisonjeador nojo- nojeira 
cereja- cerejeira varejo- varejista rijo- 
enrijecer jeito- ajeitar 
 
4) Nos seguintes vocábulos 
 
berinjela, cafajeste, jeca, jegue, 
majestade, jeito, jejum, laje, traje, pegajento 
 
 
 
 
 
 
 
 
EMPREGO DO HÍFEN 
 
 
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REGRA EXEMPLO 
Palavras relacionadas 
a espécies botânicas e 
zoológicas. 
Beija-flor, couve-
flor, erva-doce, 
pimenta-do-reino. 
Para formar a união de 
palavras que se combinam 
por ocasião. 
Ponte Rio-Niterói, 
Negociações China-
EUA. 
Usado em palavras 
compostas por 
justaposição que 
constituem uma unidade 
sintagmática e semântica. 
ano-luz; tio-avô; 
médico-cirurgião; 
segunda-feira; 
guarda-chuva; sul-
africano. 
palavras compostas 
iniciadas pelo advérbio 
"bem" ou "mal", em que a 
segunda palavra seja 
iniciada por qualquer 
vogal ou a letra "h" 
bem-humorado; 
bem-amado; mal-
afortunado; mal-
estar. 
 
 
HÍFEN PROIBIDO 
 
REGRA EXEMPLO 
palavras compostas por 
justaposição que tenham 
perdido a noção de 
composição 
girassol; 
paraquedas; 
mandachuva e 
passatempo. 
Caso os prefixos pós e pré 
percam a sua tonicidade 
não usamos o hífen. 
prever; promover; 
pospor. 
Quando o prefixo terminar 
em vogal e o segundo 
termo iniciar com 
consoante diferente de R 
ou S 
Autopreparação, 
microcomputador 
autopeça, 
extraforte. 
. Quando o prefixo 
terminar em vogal e o 
segundo termo iniciar 
com R ou S, dobra-se as 
consoantes citadas. 
Autorregulamenta
ção, cosseno, 
extrasseco, 
ultrarromântico, 
antissocial, 
contrarreforma 
Quando o prefixo terminar 
em vogal diferente da 
vogal que o segundo 
termo se inicia: 
Autoescola, 
infraestrutura, 
extraescolar, 
autoajuda 
Quando o primeiro 
termo iniciar 
com DES- e IN- e o 
segundo termo perder o 
H do início da palavra. 
Inumano, 
desumano. 
O prefixo co une-se, 
geralmente, ao segundo 
coordenador, 
cooperar. 
termo, mesmo se este 
começar com o. Exemplos: 
Quando o prefixo terminar 
com consoante e o 
segundo termo iniciar 
com vogal ou consoante 
diferente do primeiro 
termo. 
Hipermercado, 
superamigo, 
hiperativo, 
Superinteressante 
 
ERROS COMUNS 
 Ao longo da trajetória como falantes da 
língua portuguesa nos deparamos com algumas 
palavras corriqueiras, mas que constantemente 
trazem questionamento sobre o seu correto 
emprego numa frase. Vamos trazer aqui alguns 
exemplos para que vocês possam ficar atentos em 
relação a estes vocábulos e concluírem as provas 
com sucesso. 
MAU X MAL 
 
A palavra mau com U deve ser empregada 
quando tiver sentido oposto ao de bom. Já a 
 
PREFIXOS 
OU 
FALSOS 
PREFIXOS 
 
REGRA
S 
 
EXEMPLO
S 
 
OBSERVAÇ
ÕES; 
SAIBA MAIS 
 
 
 
 
Vogais 
iguais 
 
 
 
 
Usa-se 
o hífen 
quand
o o 
prefixo 
e o 
segund
o 
elemen
to 
juntam
-se 
com 
a mes
ma 
vogal. 
 
 
anti-
ibérico, 
auto-
organizaç
ão, 
contra-
almirante,
 
infra-
axilar, 
micro-
ondas, 
neo-
ortodoxo, 
sobre-
elevação, 
anti-
inflamató
rio 
Os prefixos 
co, pro, pre, 
re se juntam 
ao segundo 
elemento, 
ainda que 
este inicie 
pelas vogais 
o ou e: 
coocupar, 
coorganizar, 
coautor, 
coirmão, 
cooperar, 
preenchime
nto, 
preexistir, 
preestabele
cer, 
proeminent
e, propor 
reeducação, 
reeleição, 
reescrita. 
 
P á g i n a 44 
 
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palavra mal com L deve ser empregada quando 
tiver o sentido oposto ao de bem. 
 
Exemplo: O mau aluno não é aprovado. 
O bom aluno não é aprovado. 
O bem vence o mal. 
 
PORQUE X POR QUE X PORQUÊ X POR QUÊ 
 
Porque: equivalente a "pois", "uma vez que". 
 
Exemplo: Não fui à escola porque estava doente. 
 
Por que: equivalente a "por qual motivo?", "por 
qual razão?". Pode também significar "pelo qual" e 
ainda ser empregado em frases interrogativas 
diretas. 
 
Exemplo: Por que você faltou à aula? (frase 
interrogativa direta) 
Não sei por que você age assim. (por qual motivo) 
A situação difícil por que passamos será resolvida. 
(pela qual) 
 
Porquê: representa um substantivo e é 
equivalente a "motivo", "causa", "razão". 
 
Exemplo: Ela não sabe o porquê do 
comportamento do filho. 
 
Por quê: empregado no final de frases e 
antecedido por ponto final, de exclamação, de 
interrogação. 
 
Exemplo: Ela não sabe por quê! 
Não fui aprovado. Por quê? 
 
ONDE X AONDE 
 
Onde: indica localização com ideia estática. Pode 
ser advérbio ou pronome relativo (pode ser 
substituído por "em que"). 
 
Exemplo: Onde guardei meu livro? 
Mora na rua onde fica o teatro municipal. 
 
Aonde: é advérbio e indica localização com ideia 
de movimento, de deslocamento. 
 
Exemplo: Aonde você vai? 
 Aonde estamos indo? 
 
AO ENCONTRO DE X DE ENCONTRO A 
 
Ao encontro de: ideia de concordância, ser 
favorável. 
Dica: Lembrar de "A" de "a favor". 
 
Exemplo: As ideias dos alunos vão ao encontro da 
pretensão do colégio. 
 
De encontro a: oposição, ideia 
contrária. Dica! Lembrar de "D" de "do contra". 
 
Exemplo: As opiniões dela vão de encontro às 
minhas. 
 
 
AGENTE X A GENTE 
 
Agente: pessoa que atua, opera ou faz algo. Dica! 
Lembrem do 007 (agente secreto) e do agente de 
saúde. 
 
Exemplo: O agente atuou com base nos requisitos 
legais. 
 
A gente: expressão coloquial que faz referência a 
um conjunto de pessoas. 
 
Exemplo: Amanhã, a gente vai ao circo. 
 
A FIM X AFIM 
 
A fim: ideia de finalidade, objetivo. 
 
Exemplo: Foi à praia a fim de relaxar. 
 
Afim: indica semelhança, afinidade. 
 
Exemplo: Elas possuem ideias afins. 
 
 
 
 
MAS X MAIS 
 
Mas: conjunção que indica contrariedade, 
oposição. 
 
Exemplo: Comprei o livro, mas não li. 
 
Mais: advérbio de intensidade ou pronome 
indefinido. 
 
Exemplo: Ela era mais bonita que a irmã. 
 
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NA MEDIDA EM QUE X ÀMEDIDA QUE 
 
Na medida em que: indica causa, consequência, 
efeito. Equivale a "visto que", "porque", "já que". 
 
Exemplo: Na medida em que fazíamos uma dieta 
rígida, perdíamos peso rapidamente. 
 
À medida que: indica proporção. 
 
Exemplo: À medida que enricou, tornou-se mais 
prepotente. 
 
HÁ X A 
 
Há: quando empregado com sentido de existir ou 
de tempo decorrido. 
 
Exemplo: Há uma pessoa procurando por você. 
Há dez anos almoço naquele restaurante aos 
domingos. 
 
A: nas demais situações. Isso mesmo, não sendo 
caso de emprego do "Ha", utilizamos o "A". Pode, 
inclusive, indicar tempo futuro ou distância. 
 
Exemplo: Ela mora a alguns quilômetros da minha 
casa. 
Daqui a pouco irei à academia. 
 
AO NÍVEL DE X EM NÍVEL DE 
 
Ao nível de: sentido de "à mesma altura". 
 
Exemplo: Aquela atriz não está ao nível 
de Fernanda Montenegro. 
 
Em nível de: sentido de hierarquia, de "âmbito". 
 
Exemplo: A questão deve ser tratada em nível 
de governo federal. 
 
A FORA x AFORA 
 
A fora (separado): locução adverbial empregada 
em conjunto com a expressão "a dentro", opondo-
se a ela. 
 
Exemplo: Chapeuzinho procurou a vovó de 
dentro a fora da casa. 
 
Afora(junto): pode ser advérbio ou preposição. Se 
for advérbio, terá sentido de "ao longo de", "para o 
lado de fora". Se for preposição, terá sentido de "à 
exceção de". 
 
Exemplo: Pela estrada afora, eu vou bem sozinha, 
levar esses doces para a vovozinha. (advérbio) 
Afora o lobo, todos eram personagens do bem. 
(preposição) 
 
*QUESTÕES APÓS O CAPÍTULO DE ACENTUAÇÃO 
GRÁFICA. 
 
6. Acentuação gráfica. 
 
 Baseiam-se na constatação de que, em nossa 
língua, as palavras mais numerosas são 
as paroxítonas, seguidas pelas oxítonas. A maioria 
das paroxítonas termina em -a, -e, -o, -em, podendo 
ou não ser seguidas de "s". Essas paroxítonas, por 
serem maioria, não são acentuadas graficamente. 
Já as proparoxítonas, por serem pouco numerosas, 
são sempre acentuadas. 
 
Proparoxítonas 
 
Sílaba tônica: antepenúltima 
 
As proparoxítonas são todas acentuadas 
graficamente. 
 
Exemplos: 
trágico, patético, árvore 
 
Paroxítonas 
 
Sílaba tônica: penúltima 
 
Acentuam-se as paroxítonas terminadas em: 
 
-Terminadas em N, R, L e X são acentuadas. 
 
Exemplos: útil, ônix, hífen, elétron, éter, cadáver, 
pólen. 
 
-Terminadas em ÃO, ÃOS são acentuadas. 
 
Ex: órgão, órgãos, órfão, bênção, bênçãos. 
 
 
-Terminadas em ON(s) são acentuadas. 
 
 
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Ex: elétron, elétrons, próton, prótons. 
 
 
-Terminadas em UM/UNS são acentuadas. 
 
Ex: álbum, álbuns 
 
-Terminadas em PS são acentuadas. 
 
Ex: fórceps, bíceps, tríceps, quadríceps. 
 
-Terminadas em U(s) ou I(s) são acentuadas. 
 
Ex: júri, júris, vírus, lápis, táxi. 
 
-Terminadas em ditongo oral (som oral, 
pronunciado apenas pela boca) devem ser 
acentuadas: 
 
Exemplos: história, imóveis, jóquei, túneis. 
 
Observações: 
 
1) As paroxítonas terminadas em "n" são 
acentuadas (hífen), mas as que terminam 
em "ens", não (hifens, jovens). 
2) Não são acentuados os prefixos terminados 
em "i "e "r" (semi, super). 
3) Acentuam-se as paroxítonas terminadas 
em ditongos crescentes: ea(s), oa(s), eo(s), 
ua(s), ia(s), ue(s), ie(s), uo(s), io(s). 
 
Exemplos: 
várzea, mágoa, óleo, régua, férias, 
tênue, cárie, ingênuo, início 
 
 
Oxítonas 
 
Sílaba tônica: última 
 
Acentuam-se as oxítonas terminadas em: 
 
-Terminadas em A(s), E(s), O(s), EM(ens). 
 
Exemplos: português, picolé, maracujá, armazém, 
parabéns, Pará, paletó, mocotó, aliás. 
 
-Monossílabas tônicas. 
 
As palavras formadas por uma única sílaba 
(tônica) são acentuadas quando terminadas 
em: A(s), E(s) ou O(s). 
 
Ex: pó, pá, só, pé, má, mês. 
 
 
OBS: As formas verbais tônicas e monossilábicas 
terminadas em A, E ou O seguidas de lo(s) ou la(s) 
são acentuadas. 
 
Ex: dá-lo (verbo dar), pô-lo (verbo pôr), fê-lo 
(verbo fazer). 
 
-Verbos 
 
Algumas palavras são acentuadas para que sejam 
diferenciadas de outras e isto acontece com 
a terceira pessoa do plural dos verbos TER e VIR. 
 
Ex: Ele vem, eles vêm. 
Ela tem, elas têm. 
 
OBS: Cuidado com os verbos: 
 
DETER: Ele detém / Eles detêm 
CONVIR: Ele convém / Eles convêm 
INTERVIR: Ele intervém / Eles intervêm 
MANTER: Ele mantém/ Eles mantêm 
 
A forma verbal PÔDE (pretérito perfeito do 
Indicativo) é acentuada para ser diferenciada 
de PODE (presente do Indicativo), vejamos: 
 
Ex: Ele pôde fazer a prova tranquilamente ontem. 
(passado) 
Exemplo: Ela pode fazer a prova 
tranquilamente hoje. (presente) 
 
A forma verbal PÔR é acentuada para não ser 
confundida com a preposição POR. 
 
Exemplo: Pare de pôr refrigerante na mesa, já 
temos o suficiente. (verbo) 
Maricota estudou por três livros diferentes. 
(preposição) 
 
-Hiato 
 
Palavra com vogal I ou vogal U tônica, isolada ou 
seguida de S na mesma sílaba, formando hiato, é 
acentuada. 
 
Ex: saída (sa- í - da), saúde (sa-ú-de), heroína (he-
ro-í-na), açaí (a-ça-í). 
 
 
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OBS: raiz (ra-iz), juiz (ju-iz), cair (ca-ir) não são 
acentuadas, pois a vogal (i ou u) não está sozinha 
na sílaba, nem acompanhada pelo S, mas por outra 
consoante. 
 
Quando o hiato for seguido de NH na sílaba 
seguinte, não deve ser acentuado. 
 
Ex: rainha, (ra-i-nha), campainha (cam-pa-i-nha), 
moinho (mo-i-nho). 
 
Quando o hiato (i/u) for formado por vogais iguais, 
não deve ser acentuado. 
 
Ex: xiita (xi-i-ta), vadiice (va-di-i-ce). 
 
-Novo acordo ortográfico 
 
Segundo o Novo Acordo Ortográfico, os 
hiatos OO e EEM não são mais acentuados: 
 
Ex: voo, creem, veem, enjoo, abençoo, leem, deem. 
 
Os monossílabos e as oxítonas com ditongo aberto 
são acentuados! 
 
Ex: réis, herói, papéis, chapéus, rói, céu, troféus. 
 
O Novo Acordo Ortográfico retirou a 
acentuação dos ditongos abertos ÉI e ÓI 
em palavras paroxítonas. 
 
Ex: ideia, plateia, paranoia, estreia, jiboia, geleia, 
epopeia, heroico (lembrando que "herói" continua 
acentuado por ser oxítona terminada em ditongo 
aberto). 
 
Exceção: destróier (paroxítona terminada em R) 
 
QUESTÕES SOBRE ORTOGRAFIA E 
ACENTUAÇÃO 
 
1. 
TEXTO I 
 
O macacão branco 
 
Sejamos honestas, colegas de trabalho: quem de 
nós pode vestir um macacão branco decotado na 
frente e nas costas, colado ao corpo, sem antes 
passar por uma lipoescultura, uma sessão de 
bronzeamento e ficar duas semanas sem comer? 
Resposta no final dessa coluna. 
 
Não teria adjetivos suficientes para comentar o 
show que Maria Rita fez no Anfiteatro Pôr do Sol, 
semana passada, cantando músicas da sua mãe, 
Elis Regina. O espetáculo foi perfeito do início ao 
fim, e São Pedro ainda deu uma canja, oferecendo 
um entardecer de cinema, com direito a uma lasca 
de lua, céu estrelado e brisa suave. Se Elis não fosse 
gaúcha, teria se naturalizado naquele instante, em 
algum cartório no céu. 
 
Mas voltemos a Maria Rita. Toda de branco, ela 
entrou no palco com uma túnica diáfana que ia até 
os pés: praticamente um anjo de bons modos. Até 
que, quatro ou cinco músicas depois do início do 
show, ela retirou a túnica e ficou só de macacão 
branco decotado, com as costas de fora, colado no 
corpo. Pensei: é peituda essa mulher. 
 
Peituda porque, além de peito, Maria Rita tem coxa, 
tem bunda, tem barriguinha, tem sustância, tem o 
corpo da brasileira típica, que passa longe das 
esquálidas das revistas, das ossudas das 
passarelas. A numeração de Maria Rita não é 36, 
mas vestiu aquele macacão branco como se fosse. 
 
Quaquaraquáquá, quem riu? Quaquaraquáquá, foi 
ela. Cantando Vou Deitar e Rolar e outros tantos 
hits dasua talentosa genitora, Maria Rita rebolou, 
sambou, jogou charme, braço pra cima, braço pro 
lado, ajeitadinha no cabelo, caras e bocas, dona e 
senhora do pedaço e com o namorado bonitão 
(Davi Moraes, na guitarra) ali na retaguarda, 
babando – se não estava, deveria. Porque Maria 
Rita, além de cantar divinamente, mostrava 100% 
seu lado fêmea, segura e incomparável. Que nem as 
modelos de revista? Quaquaraquaquá. Muito 
melhor. 
 
Fiquei matutando depois: como mulher se 
preocupa com besteira. Usa roupa preta para 
afinar, veste bermudas compressoras para chapar 
a barriga, manga comprida para esconder os 
braços roliços, e mais isso, e aquilo, quando o 
maior segredo de beleza consta do seguinte: sinta-
se num palco, mesmo que nunca tenha chegado 
perto de um. Imagine-se com 60 mil pessoas te 
aplaudindo, te admirando pelo que você faz, pelo 
que você é, imagine-se com o público na mão, pois 
você é competente e tem uma elegância natural. 
Conscientize-se de que sua inteligência é superior 
às suas medidas, que ser magrinha não atrai amor 
instantâneo, que sua personalidade é um cartão de 
 
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visitas, que a felicidade é a melhor maquiagem, que 
ser leve é que emagrece. 
 
E dá-se a mágica. 
 
Quem de nós pode vestir um macacão branco 
decotado na frente e nas costas, colado ao corpo, 
sem antes passar por uma lipoescultura, uma 
sessão de bronzeamento e ficar duas semanas sem 
comer? Qualquer uma de nós, ora. 
 
MEDEIROS. Martha. A graça da coisa. 1ª ed. Porto 
Alegre – RS: L&PM, 2013. 
 
Assinale a alternativa em que todas as palavras 
estejam grafadas corretamente. 
 
Aígnio – nódoa – sucitar 
Btaciturno – vicisitudes – impecilhos 
Cascensão – colizão – atrasado 
Dconceder – obtenção – linchar 
 
 
2. 
A CULTURA DO CANCELAMENTO 
 
 No mundo da internet, principalmente no 
terreno das redes sociais, é fácil ler que 
determinada pessoa foi cancelada. A expressão diz 
respeito à chamada cultura do cancelamento, 
termo que foi considerado o de maior destaque de 
2018 e de 2019 pelo Dicionário Macquarie, por 
causa da __________¹ ocorrida nas redes sociais pelo 
mundo. Não se sabe ao certo a origem dele, mas foi 
a partir de 2017, durante as denúncias de assédio 
sexual em Hollywood, e do surgimento do 
movimento #MeToo, que ele começou a aparecer 
com mais força. 
 Embora o movimento tenha decolado em 2017 
com a hashtag #MeToo, ele definitivamente 
manteve seu ímpeto e começou a espalhar suas 
asas linguísticas para além da hashtag e do nome 
do movimento, respondendo a uma necessidade 
óbvia no discurso que cerca essa convulsão social, 
explicou, em comunicado, o Dicionário Macquarie. 
 No dicionário, a palavra cancelar quer dizer 
eliminar ou riscar para tornar sem efeito. É 
exatamente isso que a cultura do cancelamento da 
web propõe. Basta que uma pessoa pública ou não, 
apesar de que os famosos acabam sendo as 
principais vítimas, faça algo errado para que as 
propostas de cancelamento comecem a surgir. No 
Brasil nomes como do humorista e influencer 
Carlinhos Maia, do funkeiro MC Gui, da cantora 
Anitta e do cantor Nego do Borel já figuraram entre 
os cancelados. Bullying, preconceito, homofobia e 
transfobia foram os motivos que os levaram ao 
boicote do público. 
 Como tudo na vida, a cultura do cancelamento 
tem bônus e ônus. Como ponto positivo, percebo a 
indignação das pessoas em relação a situações que 
antes passavam despercebidas, como casos de 
preconceito, machismo e racismo, além dos citados 
acima. O ponto negativo desse movimento está na 
anulação por completo. Não há uma conversa, não 
há uma busca por se colocar no lugar do outro. 
 É claro que há atitudes que são deploráveis e até 
criminosas. E, para usar outro termo da internet, 
não é preciso passar pano, acobertando erros. Mas 
a decisão de cancelar alguém, muitas vezes, pode 
ser drástica demais. É como se tivéssemos o poder 
de eliminar, ao melhor estilo do que ocorre em 
realities shows, nos quais isso, de fato, é uma 
brincadeira, parte de uma dinâmica de jogo, sem 
direito a resposta ou retratação. 
 
Disponível em: 
https://www.correiobraziliense.com.br – Texto 
adaptado 
 
A correta grafia da palavra suprimida no espaço 1 
(l.6) do TEXTO I é 
 
Adisceminassão. 
Bdisceminação. 
Cdisseminação 
Ddiceminassão 
3. 
Dentre as alternativas abaixo, assinale a que 
apresenta a palavra cuja grafia está correta. 
A 
chilogravura 
 
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B 
somatisação 
C 
misântropo 
D 
rubrica 
E 
xacara 
4. 
Assinale a alternativa em que todas as palavras 
estão grafadas corretamente. 
 
A 
Açaí, Guarana, Melão. 
B 
Jacá, Pessego, Carnaúba. 
C 
Jundiaí, Vitória, Petropólis. 
D 
Piauí, Uberlândia, Manaús. 
E 
Belém, Maceió, Ceará. 
 
 
 
5. 
TEXTO I 
 
Taxa de informalidade aumenta e é a maior 
desde 2016 
 
São Paulo – A estudante universitária Dennyse 
Sousa, 24, mora em Belém (PA) e trabalha desde os 
16 anos. Nunca teve a carteira assinada. Ela 
estagiou, foi babá, atendente em uma gráfica 
e freelancer em eventos como demonstradora de 
produtos em supermercados. Há três anos, vende 
brincos e acessórios artesanais. “Como não 
conseguia um emprego fixo, com carteira assinada, 
eu tive que tentar várias maneiras de conseguir 
alguma renda. Queria aliviar as despesas da 
família”, diz. 
 
A história de Dennyse ilustra a informação 
divulgada ontem pelo IBGE de que a melhora na 
qualidade do emprego gerado no País ainda está 
concentrada em poucos locais, especialmente em 
São Paulo, segundo os dados da Pesquisa Nacional 
por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad 
Contínua). 
 
No ano de 2019, a taxa de informalidade alcançou 
recorde em 19 Estados, além do Distrito Federal. 
Na média do Brasil, a taxa de informalidade foi de 
41,1%, o equivalente a 38,4 milhões de pessoas 
entre os trabalhadores ocupados. Mas esse 
percentual subia a 62,4% no Pará, onde reside 
Dennyse. No Maranhão, 60,5% dos trabalhadores 
ocupados eram informais. No Estado de São Paulo, 
a taxa de informalidade média foi de 32,0% no ano 
passado, também o nível mais elevado da série 
iniciada em 2016. 
 
“O ano de 2019 é importante, porque é o terceiro 
ano seguido com aumento na ocupação. Mas outros 
indicadores mostram que a qualidade desse 
trabalho que está sendo gerado ainda carece de 
uma melhora”, ponderou Adriana Beringuy, 
analista da Coordenação de Trabalho e 
Rendimento do IBGE. 
 
Na passagem do terceiro trimestre de 2019 para o 
quarto trimestre do ano, a taxa de desemprego 
teve um recuo estatisticamente significativo – ou 
seja, superou a margem de erro – em apenas nove 
das 27 Unidades da Federação. Em São Paulo a taxa 
de desemprego desceu de 12,0% para 11,5%, 
movimento semelhante ao da média nacional, que 
saiu de 11,8% para 11,0% no período. 
 
Foram abertas 593 mil vagas com carteira 
assinada no setor privado em todo o País no último 
trimestre do ano passado, sendo mais da metade 
delas em São Paulo, que gerou 324 mil postos 
formais a mais no período. Em todo o Brasil, 
apenas quatro Estados tiveram avanço 
significativo na carteira assinada no último 
trimestre do ano: São Paulo, Rondônia, Paraíba e 
Sergipe. 
 
O Estado de São Paulo abriu 473 mil vagas formais 
no setor privado no período de um ano. “A gente 
não vê nenhuma atividade se destacando. Tudo 
indica que foi uma soma de pequenas reações 
setoriais. Não foi a indústria que reagiu em São 
Paulo e começou a contratar com carteira na 
região. Não parece ser isso”, disse Adriana. 
 
No quarto trimestre de 2019, o País ainda tinha 
11,632 milhões de desempregados, sendo2,910 
milhões deles em busca de emprego há pelo menos 
dois anos. 
 
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E entre esses desempregados está Dennyse, a 
estudante do início deste texto, que segue 
vendendo brincos por meio das redes sociais e em 
eventos. Sem emprego formal são essas vendas 
que ajudam com as despesas da faculdade, tarifa de 
transporte público, produtos de higiene, entre 
outras. 
 
(Estadão Conteúdo. In: https://www.msn.com/pt-
br/dinheiro/economia-e- 
negocios/taxa-de-informalidade-aumenta-e-é-a-
maior-desde-2016/ar 
BB101VUH?ocid=spartandhp) 
 
Em higiene, grafou-se corretamente a palavra, com 
H inicial. Assinale a alternativa em que 
isso não tenha ocorrido. 
A 
humildade 
B 
homoplata 
C 
hostilidade 
D 
hombridade 
 
6. 
Os outros que ajudam (ou não) 
 
Muitos anos atrás, conheci um alcoólatra, que, aos 
quarenta anos, quis parar de beber. O que o levou 
a decidir foi um acidente no qual ele, bêbado, quase 
provocara a morte da companheira que ele amava, 
por quem se sentia amado e que esperava um filho 
dele. 
 
O homem frequentou os Alcoólicos Anônimos. Deu 
certo, mas, depois de um tempo, houve uma 
recaída brutal. Desanimado, mas não menos 
decidido, com o consenso de seu grupo do AA o 
homem se internou numa clínica especializada, 
onde ficou quase um ano – renunciando a conviver 
com o filho bebê. Voltou para casa (e para as 
reuniões do AA), convencido de que nunca deixaria 
de ser um alcoólatra – apenas poderia se tornar, 
um dia, um "alcoólatra abstêmio". 
 
Mesmo assim, um dia, depois de dois anos, ele se 
declarou relativamente fora de perigo. Naquele 
dia, o homem colocou o filhinho na cama e sentou-
se na mesa para festejar e jantar. E eis que a mulher 
dele chegou da cozinha erguendo, triunfalmente, 
uma garrafa de premier cru de Château Lafite: 
agora que estava bem, certamente ele poderia 
apreciar um grande vinho, para brindar, não é? O 
homem saiu na noite batendo a porta. A mulher 
que ele amava era uma idiota? Ou era (e sempre 
foi) não sua companheira de vida, mas de sua 
autodestruição? Seja como for, a mulher dessa 
história não é um caso isolado. Quem foi fumante e 
conseguiu parar quase certamente já encontrou 
um amigo que um dia lhe propôs um cigarro "sem 
drama": agora que parou, você vai poder fumar de 
vez em quando – só um não pode fazer mal. 
 
Também há os que patrocinam qualquer exceção 
ao regime que você tenta manter estoicamente: se 
for só hoje, massa não vai fazer diferença, nem uma 
carne vermelha. Seja qual for a razão de seu regime 
e a autoridade de quem o prescreveu, para 
parentes e próximos, parece que há um prazer em 
você transgredir. 
 
Há hábitos que encurtam a vida, comprometem as 
chances de se relacionar amorosa e sexualmente e, 
mais geralmente, levam o indivíduo a lidar com um 
desprezo que ele já não sabe se vem dos outros ou 
dele mesmo. Se você precisar se desfazer de um 
desses hábitos, procure encorajamento em 
qualquer programa que o leve a encontrar outros 
que vivem o mesmo drama e querem os mesmos 
resultados. É desses outros que você pode esperar 
respeito pelo seu esforço – e até elogios (quando 
merecidos). 
 
Hoje, encontrar esses outros é fácil. Há 
comunidades on-line de pessoas que querem se 
livrar do sedentarismo, da obesidade, do fumo, do 
alcoolismo, da toxicomania etc. Os membros 
registram e transmitem, todos os dias, os seus 
fracassos e os seus sucessos. No caso do peso, por 
exemplo, há uma comunidade cujos integrantes 
instalam em casa uma balança conectada à 
internet: o indivíduo se pesa, e os demais sabem 
imediatamente se ele progrediu ou não. 
 
Parêntese. A balança on-line não funciona pela 
vergonha que provoca em quem engorda, mas 
pelos elogios conquistados por quem emagrece. 
Podemos modificar nossos hábitos por sentirmos 
que nossos esforços estão sendo reconhecidos e 
encorajados, mas as punições não têm a mesma 
eficácia. Ou seja, Skinner e o comportamentalismo 
 
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têm razão: uma chave da mudança de 
comportamento, quando ela se revela possível, 
está no reforço que vem dos outros ("Valeu! 
Força!"). Já as ideias de Pavlov são menos úteis: os 
reflexos condicionados existem, mas, em geral, se 
você estapeia alguém a cada vez que ele come, 
fuma ou bebe demais, ele não vai parar de comer, 
fumar ou beber – apenas vai passar a comer, fumar 
e beber com medo. 
 
Volto ao que me importa: por que, na hora de 
tentar mudar um hábito, é aconselhável procurar 
um grupo de companheiros de infortúnio 
desconhecidos? Por que os nossos próximos, na 
hora em que um reforço positivo seria bem-vindo, 
preferem nos encorajar a trair nossas próprias 
intenções? 
 
Há duas hipóteses. Uma é que eles tenham (ou 
tivessem) propósitos parecidos com os nossos, 
mas fracassados; produzindo o nosso malogro, eles 
encontrariam uma reconfortante explicação pelo 
seu. Outra, aparentemente mais nobre, diz que é 
porque eles nos amam e, portanto, querem ser a 
nossa exceção, ou seja, querem ser aqueles que nós 
amamos mais do que a nossa própria decisão de 
mudar. Como disse Voltaire, "que Deus me proteja 
dos meus amigos. Dos inimigos, cuido eu". 
 
CONTARDO, Calligaris. Todos os reis estão nus. 
Org. Rafael Cariello. São Paulo: Três Estrelas, 2014. 
 
Assinale a alternativa em que todas as palavras 
estejam grafadas corretamente. 
A 
paralisado – conseder – impecilho – 
concessiva 
B 
ascenção – mecher– apetrecho – 
colizão 
C 
aprasível – linxar – insosso – retenção 
D 
obtenção – atrasado – enxugar – 
extremo 
 
7. 
Assinale a alternativa em que todas as palavras 
estão escritas corretamente. 
A 
Hagnóstico – alviçarras 
B 
Hiena – hóstia 
C 
Hebdomadário – orrípilo 
D 
Hinócuo - agnóstico 
 
8. 
Assinale a alternativa em que as palavras 
apresentam corretamente o uso do X, Z, S e CH. 
A 
mecherico; bochexa; análize; aprasível 
B 
mexerico; grozelha; cachumba; 
aprazível 
C 
desprezo; groselha; caxumba; tocha 
D 
despreso; cachumba; tocha; bochecha 
 
9. 
Poluição sonora requer fiscalização rigorosa 
 
A chamada Lei do Silêncio é um daqueles bons 
exemplos de ¹ do Estado sobre a vida cotidiana 
dos cidadãos. Ao estabelecer limites para decibéis 
produzidos em determinados locais e em horários 
definidos, sob o risco da aplicação de multas aos 
desobedientes, a norma serve para garantir, antes 
de mais nada, a civilidade. 
 
Em Belo Horizonte, informa esta edição, o número 
de multas dadas pela prefeitura em razão do 
barulho tem aumentado. Nos primeiros seis meses 
deste ano, segundo a Secretaria Municipal de 
Política Urbana, foram lavradas na capital 429 
punições, sobretudo, a proprietários de bares, 
boates e casas de shows (que representam quase 
70% do total de infratores). 
 
Isso representou aumento de 56% em relação ao 
total de multas no mesmo período do ano passado, 
lembrando que os valores vão de R$144,45 a 
R$18.093,39, podendo triplicar em caso de 
reincidências, sem falar na possibilidade de 
interdição dos estabelecimentos. 
 
Mas isso não quer dizer que as transgressões 
estejam diminuindo. Moradores de regiões como a 
Savassi, particularmente nas proximidades do 
 
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quarteirão fechado da Rua Tomé de Souza, entre 
Getúlio Vargas e Rio Grande do Norte, onde 
eventos com música, bebidas e gastronomia 
sempre acontecem, têm sofrido bastante, como 
relata a matéria. 
 
Há duas semanas, inclusive,eles colocaram uma 
faixa no local, na qual “dizem não aos barulhos”. 
Além da poluição sonora, queixam-se do lixo e de 
outros inconvenientes provocados pelas festas. Até 
educadores e estudantes de uma escola próxima 
entraram no protesto, alegando dificuldades para 
as reposições de aulas, tamanho o volume dos alto-
falantes nos fins de semana. 
 
Na verdade, o que parece é que o problema, muitas 
vezes, está nas próprias pessoas. É comum que 
aqueles que sofrem com som alto em sua 
vizinhança, por exemplo, sejam os mesmos que, em 
outras ocasiões, divirtam-se em ambientes com 
poluição sonora considerável sem se dar conta de 
que pode haver descontentes nas proximidades. 
 
Falta, no caso, o dom da alteridade, a capacidade de 
colocar-se, com empatia, no lugar do outro. E é 
exatamente por isso que o poder público precisa, e 
deve, fazer sua parte. 
 
https://www.hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/c
olunas/editorial- 
1.334042/polui%C3%A7%C3%A3o-sonora-
requerfiscaliza% C3%A7%C3%A3o-rigorosa-
1.655016. 
 
A forma ortográfica da palavra que preenche o 
espaço vazio 1 do texto I acima é: 
A 
Igerêcia. 
B 
Ingerença. 
C 
Ingerencia. 
D 
Injerência. 
E 
Ingerência. 
 
10. 
5 lições de gestão de projetos para empresas de TI 
 
Focadas no desenvolvimento de novos produtos e 
serviços, as empresas de tecnologia da informação 
têm que operar sob condições bastante incertas. 
Para tal, uma boa dose de comprometimento e 
paixão pelo que se faz é realmente importante, mas 
não basta para o sucesso. Afinal de contas, os 
negócios de TI, como qualquer outro, demandam o 
uso de ferramentas eficazes de gerenciamento, 
seja para engajar o cliente, aumentar a 
produtividade ou administrar processos de 
inovação com êxito. 
 
É neste cenário que, ao longo dos últimos anos, os 
projetos na área vêm ganhando crescente espaço. 
Primeiro, porque os empreendedores estão cada 
vez mais conscientizados da importância de se 
trabalhar com orientação para projetos. Em 
segundo lugar, devido ao aumento da interação 
entre o usuário e os analistas de TI. Mesmo com os 
avanços, no entanto, ainda são muitos os setores e 
empresas do segmento que operam de forma 
insatisfatória - fatores como falta de agilidade no 
cumprimento das demandas e clientes infelizes 
com custos e prazos ainda são recorrentes no 
ramo. 
 
Vale lembrar que o setor de TI, apesar da crise, 
conta com perspectivas de muito crescimento e 
geração de oportunidades. Então por que não 
lançar mão das melhores metodologias e 
ferramentas de gestão para potencializar os 
resultados? Confira 5 lições de gestão de projetos 
para empresas de TI e alavanque o potencial do seu 
negócio! (...) 
 
Disponível 
em: https://noticias.terra.com.br/dino/5-licoes-de- 
gestao-de-projetos-para-empresas-de ti, 26800282 
e 9a67298bcd 196d48b75a e437ms 1bo9v.html. 
Acesso em:28/04/2017 
 
Entre os sinônimos da palavra “sucesso” qual o 
único cuja grafia está inadequada aos padrões 
ortográficos do português brasileiro? 
A 
êsito 
B 
vitória 
C 
triunfo 
D 
conquista 
 
11. 
 
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Texto 
 
Tenho 15 minutos para escrever esta crônica 
 
É dia de rodízio do carro e preciso chegar uma hora 
antes ao trabalho. Reunião de novos 
procedimentos. Então foi necessário andar 800 
metros sob chuva para pegar o trem da CPTM. 
Acabei comparecendo em cima da hora. 
 
Tinha me proposto a fazer exercícios três vezes por 
semana e o encontro, marcado de última hora, 
botou a saúde em segundo plano. Sou o tipo de 
pessoa que carece de uma certa planificação para 
iniciar qualquer coisa na vida. Da compra de um 
imóvel aos treinos esportivos. Tinha planejado 
começar as tais atividades físicas nessa segunda-
feira. Com isso garantiria um dia útil de caminhada 
já no início da semana. E os outros dois 
treinamentos ficariam para sábado e domingo, 
quando tudo está um pouco mais calmo. 
 
Infelizmente está cada vez mais difícil prometer-se 
alguma coisa. Prometer aos outros então é 
impensável. Almoços, cafés da tarde, idas ao 
cinema, não consigo fazer mais nada disso. Quando 
muito é um chat mais longo num Messenger da 
vida e olhe lá. 
 
Minha mãe é idosa, mora no interior, e a última vez 
que falei com ela, ao telefone, foi no Ano Novo. Ela 
se queixa bastante, mas acabou tendo que, quase 
aos 90 anos, entrar no WhatsApp para charlar com 
o filho. É incrível como aprendeu rápido a usar 
emojis e a enviar GIF’s com mensagens do papa 
Francisco. 
 
Em função desse “rush” também não consigo mais 
ler. Minha leitura se reduz, no momento, a 
manchetes de portais da internet e a um ou dois 
parágrafos de posts jornalísticos. Logo eu que 
devorei Guerra e Paz durante uma lua de mel. 
 
É senso comum que os livros são quase tudo para 
um cronista. Leitura e vivência. Como não tenho 
mais contato com nenhuma das duas, preciso 
inventar artifícios para entregar meus materiais 
aos órgãos de imprensa. Fazer aquilo que sempre 
critiquei no gênero: a narrativa palavra puxa 
palavra. 
 
Tudo bem que Rubem Braga, com sua vasta 
experiência na II Grande Guerra e no corpo 
diplomático, podia se dar ao luxo de produzir o que 
quisesse. Tudo ótimo que James Joyce, com seus 
neologismos geniais, teria a licença de conceber 
linhas que nem a Nora Barnacle entendesse. 
Contudo, no meu caso, criar algo que renego, em 
função da mais prosaica falta de tempo, vem com o 
gosto amargo de derrota. 
 
É triste, só que não há muito a ser feito. A reunião 
começou atrasada e vai ultrapassar a hora do 
almoço. Como sempre não acontecerá nada que 
mude o futuro da humanidade, no entanto sou 
daqueles que não consegue escrever em laptops. 
Fico me sentindo culpado e paranoico imaginando 
que alguém pode perceber que não estou focado 
nas problemáticas, sem solucionáticas, do comitê. 
 
A ideia inicial desta crônica eu já tinha pinçado 
entre várias outras. Seria a história de um 
engenheiro do Google que inventou um incrível 
aplicativo no qual podia-se comprar créditos de 
tempo. Isso mesmo, como quem compra créditos 
de celular pré-pago. 
 
Mal consegui desenvolver o esboço do argumento. 
Sobrou apenas esse tempo exíguo que estou 
acabando de queimar agora. Se existisse o tal app 
eu já o teria instalado em meu celular e talvez 
logrado postar algo com mais qualidade literária e 
dentro das regras da arte. 
 
Fica para uma próxima, quando eu tiver mais do 
que 15 minutos para escrever uma crônica. 
 
Disponível em: https://medium.com/revista-
bravo/falta- 
de-tempo-cr%C3%B4nica-4e66745b3e0b Acesso 
em 05/05/2017 Por Carlos Castelo 
 
O sinônimo da palavra “carece” grafado 
inadequadamente é: 
A 
Necessita 
B 
Prescisa 
C 
Escasseia 
D 
Sente falta. 
 
12. 
 
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Texto 
 
Tenho 15 minutos para escrever esta crônica 
 
É dia de rodízio do carro e preciso chegar uma hora 
antes ao trabalho. Reunião de novos 
procedimentos. Então foi necessário andar 800 
metros sob chuva para pegar o trem da CPTM. 
Acabei comparecendo em cima da hora. 
 
Tinha me proposto a fazer exercícios três vezes por 
semana e o encontro, marcado de última hora, 
botou a saúde em segundo plano. Sou o tipo de 
pessoa que carece de uma certa planificação para 
iniciar qualquer coisa na vida. Da compra de um 
imóvel aos treinos esportivos. Tinha planejado 
começar as tais atividades físicas nessa segunda-
feira. Com isso garantiria um dia útil de caminhada 
já no início da semana. E os outros dois 
treinamentos ficariam para sábado e domingo, 
quando tudo está um pouco mais calmo. 
 
Infelizmente está cada vez mais difícil prometer-se 
alguma coisa. Prometer aos outros entãoé 
impensável. Almoços, cafés da tarde, idas ao 
cinema, não consigo fazer mais nada disso. Quando 
muito é um chat mais longo num Messenger da 
vida e olhe lá. 
 
Minha mãe é idosa, mora no interior, e a última vez 
que falei com ela, ao telefone, foi no Ano Novo. Ela 
se queixa bastante, mas acabou tendo que, quase 
aos 90 anos, entrar no WhatsApp para charlar com 
o filho. É incrível como aprendeu rápido a usar 
emojis e a enviar GIF’s com mensagens do papa 
Francisco. 
 
Em função desse “rush” também não consigo mais 
ler. Minha leitura se reduz, no momento, a 
manchetes de portais da internet e a um ou dois 
parágrafos de posts jornalísticos. Logo eu que 
devorei Guerra e Paz durante uma lua de mel. 
 
É senso comum que os livros são quase tudo para 
um cronista. Leitura e vivência. Como não tenho 
mais contato com nenhuma das duas, preciso 
inventar artifícios para entregar meus materiais 
aos órgãos de imprensa. Fazer aquilo que sempre 
critiquei no gênero: a narrativa palavra puxa 
palavra. 
 
Tudo bem que Rubem Braga, com sua vasta 
experiência na II Grande Guerra e no corpo 
diplomático, podia se dar ao luxo de produzir o que 
quisesse. Tudo ótimo que James Joyce, com seus 
neologismos geniais, teria a licença de conceber 
linhas que nem a Nora Barnacle entendesse. 
Contudo, no meu caso, criar algo que renego, em 
função da mais prosaica falta de tempo, vem com o 
gosto amargo de derrota. 
 
É triste, só que não há muito a ser feito. A reunião 
começou atrasada e vai ultrapassar a hora do 
almoço. Como sempre não acontecerá nada que 
mude o futuro da humanidade, no entanto sou 
daqueles que não consegue escrever em laptops. 
Fico me sentindo culpado e paranoico imaginando 
que alguém pode perceber que não estou focado 
nas problemáticas, sem solucionáticas, do comitê. 
 
A ideia inicial desta crônica eu já tinha pinçado 
entre várias outras. Seria a história de um 
engenheiro do Google que inventou um incrível 
aplicativo no qual podia-se comprar créditos de 
tempo. Isso mesmo, como quem compra créditos 
de celular pré-pago. 
 
Mal consegui desenvolver o esboço do argumento. 
Sobrou apenas esse tempo exíguo que estou 
acabando de queimar agora. Se existisse o tal app 
eu já o teria instalado em meu celular e talvez 
logrado postar algo com mais qualidade literária e 
dentro das regras da arte. 
 
Fica para uma próxima, quando eu tiver mais do 
que 15 minutos para escrever uma crônica. 
 
Disponível em: https://medium.com/revista-
bravo/falta- 
de-tempo-cr%C3%B4nica-4e66745b3e0b Acesso 
em 05/05/2017 Por Carlos Castelo 
 
Levando em consideração o contexto atribuído 
pelos enunciados, empregue corretamente um dos 
termos entre parênteses propostos pelas 
alternativas. 
 
I. A falta de tempo deixou o autor do texto em 
__________ (cheque/xeque). 
 
II. O autor do texto deveria visitar mais a sua mãe, 
curtir o interior, colocar uma _____________ no cavalo 
e passear pela mata. (cela/sela). 
 
III. O autor do texto precisa assistir a algum filme 
na ______ das dez. (seção/sessão/cessão) 
 
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A sequência correta é: 
A 
Xeque, cela, cessão 
B 
Cheque, sela, sessão 
C 
Xeque, cela, seção 
D 
Xeque, sela, sessão. 
 
13. 
Cientistas preveem futuro sombrio para Terra 
 
A ideia de um fim, de termo absoluto, do mundo em 
que vivemos é de tal forma fantástica que, talvez 
por isso, a tratemos com algum descrédito. É difícil 
compreender que tudo o que somos, tudo o que 
fizemos e conseguimos poderá _____1. Mas é tempo 
de acordarmos, de nos conscientizarmos, dos 
homens que governam o mundo se unirem para 
impedir que o que vemos em ficção se torne 
realidade. 
 
http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/pro
posta200707.jhtm. 
 
A forma ortográfica da palavra que preenche o 
espaço vazio 1, no texto, é: 
A 
desapareser 
B 
dezaparecer 
C 
desaparecer 
D 
dezapareser 
 
14. 
TEXTO III 
 
Seu pai a trazia às vezes, aos domingos, quando 
vinha cumprir o piedoso dever de amizade, 
visitando Quaresma. Há quanto tempo estava ele 
ali? Ela não se lembrava ao certo; uns três ou 
quatro meses, se tanto. 
 
Só o nome da casa metia medo. O hospício! É assim 
como uma sepultura em vida, um semi-
enterramento, enterramento do espírito, da razão 
condutora, de cuja ausência os corpos raramente 
se ressentem. 
 
A saúde não depende dela e há muitos que 
parecem até adquirir mais força de vida, prolongar 
a existência, quando ela se evola não se sabe por 
que orifício do corpo e para onde. Com que terror, 
uma espécie de pavor de coisa sobrenatural, 
espanto de inimigo invisível e onipresente, não 
ouvia a gente pobre referir-se ao estabelecimento 
da Praia das Saudades! Antes uma boa morte, 
diziam. 
 
No primeiro aspecto, não se compreendia bem esse 
pasmo, esse espanto, esse terror do povo por 
aquela casa imensa, severa e grave, meio hospital, 
meio prisão, com seu alto gradil, suas janelas 
gradeadas, a se estender por uns centos de metros, 
em face do mar imenso e verde, lá na entrada da 
baía, na Praia das Saudades. Entrava-se, viam-se 
uns homens calmos, pensativos, meditabundos, 
como monges em recolhimento e prece. 
 
De resto, com aquela entrada silenciosa, clara e 
respeitável, perdia-se logo a ideia popular da 
loucura; o escarcéu, os trejeitos, as fúrias, o 
entrechoque de tolices ditas aqui e ali. 
 
Não havia nada disso; era uma calma, um silêncio, 
uma ordem perfeitamente naturais. No fim, porém, 
quando se examinavam bem, na sala das visitas, 
aquelas faces transtornadas, aqueles ares 
aparvalhados, alguns idiotas e sem expressão, 
outros como alheados e mergulhados em um 
sonho íntimo sem fim, e via-se também a excitação 
de uns, mais viva em face à atonia de outros, é que 
se sentia bem o horror da loucura, o angustioso 
mistério que ela encerra, feito não sei de que 
inexplicável fuga do espírito daquilo que se supõe 
o real, para se apossar e viver das aparências das 
coisas ou de outras aparências das mesmas. 
 
Quem uma vez esteve diante deste enigma 
indecifrável da nossa própria natureza, fica 
amedrontado, sentindo que o gérmen daquilo está 
depositado em nós e que por qualquer coisa ele nos 
invade, nos toma, nos esmaga e nos sepulta numa 
desesperadora compreensão inversa e absurda de 
nós mesmos, dos outros e do mundo. Cada louco 
 
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traz em si o seu mundo e para ele não há mais 
semelhantes: o que foi antes da loucura é outro 
muito outro do que ele vem a ser após. 
 
Na oração “...não se sabe por que orifício do corpo 
e para onde”, os termos sublinhados possuem sua 
grafia justificada pelo mesmo motivo que em 
A 
Por que a casa lhe metia tanto medo? 
B 
Não sei por que não o podemos visitar 
diariamente. 
C 
A visão estigmatizada da doença 
mental é o motivo por que muitos 
lutam. 
D 
Perguntei por que frequentemente os 
funcionários se atrasam. 
 
15. 
A era da indiferença 
 
Quão valiosos para as outras pessoas? Não digo 
qualquer pessoa, mas para aquelas que dizem se 
importar conosco. Quão importantes de fato somos 
para elas? Tenho me pegado pensando 
constantemente nisso e por mais que você tenha 
visão esperançosa em relação ao homem, parece-
me que realmente vivemos na era da indiferença. 
 
A vida contemporânea exige muito de nós. Isso é 
algo sabido por todos. No entanto, isso não justifica 
o modo como agimos uns com os outros. As 
relações são meramente questões de conveniência, 
são uma troca de fardos no mercado da 
personalidade, de tal maneira que apenas me 
aproximo de determinada pessoa e mantenho uma 
relação com ela se houver algo dela que possa usar.Ou seja, as relações humanas seguem lógicas 
comerciais e, assim, todos nos tornamos 
mercadorias. 
 
Obviamente, não estou querendo dizer que 
devemos nos submeter a relações degradantes, 
que apenas usurpam nossas forças ou que não 
devemos esperar reciprocidade ao se envolver 
com alguém. Mas, ao implementarmos uma lógica 
comercial às relações humanas, deixamos de 
considerar totalmente as nuances e complexidades 
que formam o ser humano. 
 
Isto é, ninguém está bem o tempo inteiro, 
tampouco, possui uma constante na vida. Todos 
nós temos nossos dias ruins, passamos por 
problemas e atravessamos os nossos períodos de 
crise, de modo que, ao doutrinar as relações 
humanas à cartilha comercial, os pontos baixos da 
vida de um indivíduo são desconsiderados, o que 
implica automaticamente a descartabilidade 
daqueles que sucumbem às suas fraquezas. 
 
Sendo assim, somos tão somente importantes e 
amados na medida em que temos um sorriso no 
rosto, uma história engraçada para contar e somos 
úteis de algum modo. Em outras palavras, somos 
queridos apenas nos nossos bons momentos, 
quando estamos no auge e tudo parece dar certo. 
Entretanto, como disse, a vida não é uma 
constante, de maneira que inevitavelmente 
passaremos por momentos ruins, em que tudo dá 
errado e nós perdemos a esperança. 
 
Nesses instantes, percebemos a fragilidade dos 
laços humanos, a nossa indiferença, a nossa 
incapacidade de se colocar no lugar do outro e 
buscar entender o ¹ do sofrimento, da 
angústia, da insônia, do medo e da lágrima oculta 
no olhar, porque quando uma relação é construída 
com laços fortes, lutamos contra o egoísmo para 
poder sentir a dor que aflige e esmaga o peito de 
quem sofre. 
 
Quando uma relação é mais do que uma ação na 
bolsa de valores do amor líquido, temos empatia e 
esta não é ver uma pessoa triste e fazer coisas para 
que ela fingir estar feliz. É ver uma pessoa triste e 
ser capaz de ajudá-la a chorar. 
 
Acho que os nossos tempos estão carentes de 
pessoas corajosas o bastante para abraçar alguém 
e dizer que a ama enquanto as lágrimas se 
precipitam e anunciam uma torrente de dor em 
forma de choro intercalada com soluços. Por outro 
lado, o mundo está repleto de pessoas que abraçam 
e riem junto com você, mas tão somente enquanto 
você também estiver com um sorriso no rosto. 
Pessoas que descartam as outras com imensa 
facilidade quando outras ações, digo, pessoas, 
acenam com possibilidades melhores e sorrisos 
mais audaciosos. 
 
Tudo isso é uma pena, ², no fim das contas, 
todos nós precisamos de alguém que nos ajude a 
 
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chorar, já que só lágrimas de compaixão podem 
limpar a alma da indiferença. E como as lágrimas 
não caem, porque estamos ocupados demais com 
nossas trivialidades mesquinhas, o mundo 
continua sujo, ecoando pelos esgotos a nossa era 
da indiferença. 
 
Fonte: https://www.pensarcontemporaneo.com – 
Acesso em: 25/07/2019 
 
As formas ortográficas das palavras que 
preenchem corretamente os espaços vazios 1 
(l. 20) e 2 (l. 30) do TEXTO I, respectivamente, 
são 
A 
porque/ por que. 
B 
porquê / porque. 
C 
por quê / por que. 
D 
porque / porquê. 
 
16. 
Vacina da gripe: o que muda em 2020 
 
Com a ameaça do coronavírus, a campanha de 
vacinação da gripe foi antecipada. Saiba quem 
pode tomar o imunizante contra o influenza na 
rede pública 
 
Por André Biernath 
 
Em sua 21ª temporada, a Campanha Nacional de 
Vacinação Contra a Gripe segue mais forte do que 
nunca. Só para 2020, o Ministério da Saúde 
encomendou ao Instituto Butantan, órgão 
responsável por fabricar as vacinas, mais de 75 
milhões de doses. A meta é proteger ao menos 67 
milhões de brasileiros. 
 
A estratégia, aliás, teve que ser revista de última 
hora: com a confirmação dos primeiros casos de 
infecção pelo novo coronavírus no Brasil, o 
governo antecipou a campanha em quase um mês. 
Antes, a proposta era iniciar os trabalhos na 
segunda quinzena de abril. Agora, as primeiras 
doses estarão disponíveis para o público-alvo a 
partir do dia 23 de março. 
 
“Antecipamos a campanha ______________ 2 a vacina 
deixa o sistema imunológico 80% protegido contra 
cepas do vírus influenza, milhares de vezes mais 
comuns que o coronavírus”, justificou, em 
entrevista coletiva, o ministro da saúde Luiz 
Henrique Mandetta. “Se a pessoa avisa que foi 
vacinada [contra a gripe], isso auxilia no raciocínio 
do profissional de saúde, do médico pensar em 
outros vírus por trás de uma doença”, completou. 
 
Que fique claro: não é que a vacina da gripe diminui 
o risco de contágio por coronavírus. Mas, ao 
proteger a população mais vulnerável, a injeção 
evita que o influenza sobrecarregue o sistema 
respiratório. E se sabe que o coronavírus tende a 
provocar complicações entre quem está 
enfraquecido por uma doença ou carrega outros 
agentes infecciosos no corpo. 
 
A vacinação ainda desafoga os pronto-socorros e 
hospitais do sistema público e privado, que vão ter 
menos pacientes com gripe e mais espaço para um 
eventual surto de Covid-19 (o nome da doença 
provocada pelo novo coronavírus). 
 
A médica Isabella Ballalai, vice-presidente da 
Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), vê 
com bons olhos a decisão do Ministério da Saúde. 
“A antecipação é super bem-vinda. Março é a 
melhor época para começar a campanha, pois o 
vírus da gripe já circula entre nós. Quanto antes 
vacinarmos, mais a população estará preparada 
para enfrentá-lo”, acredita. (...) 
 
Disponível em: 
https://saude.abril.com.br/medicina/vacina-gripe-
2020/ . Acesso em 06/03/2020. 
 
Para a lacuna 2, assinale a forma ortográfica que a 
preenche corretamente. 
A 
porque 
B 
por que 
C 
porquê 
D 
por quê 
 
17. 
Qual das palavras a seguir está correta em relação 
à acentuação gráfica? 
 
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 ______________________________________________________________ 
A 
cafézinho 
B 
silvicôla 
C 
zoológia 
D 
bênção 
E 
raínha 
 
18. 
“Não se pode ordenar: “Seja solidário!”. Assinale a 
alternativa que apresenta uma palavra acentuada 
pelo mesmo motivo que “solidário”. 
A 
Para o dependente, a recaída tem sabor 
de derrota. 
B 
O repórter divulgou informações falsas 
sobre o caso. 
C 
Aquele senhor deixou o seu chapéu no 
banco do parque. 
D 
Uma série de acontecimentos 
estranhos amedrontou a cidade. 
 
19. 
“Seria bom se nós, como os ipês¹, 
nos abríssemos² para o amor no inverno”. As 
palavras em negrito foram acentuadas por quais 
motivos? 
 
AÉ uma palavra oxítona terminada em E(s). 2. 
Toda palavra proparoxítona é acentuada. 
BÉ uma palavra paroxítona terminada em ES. 
2. É uma palavra proparoxítona terminada em 
OS. 
CTodo monossílabo tônico é acentuado. 2. 
Toda palavra paroxítona é acentuada. 
DÉ uma palavra paroxítona terminada em 
hiato. 2. Toda palavra proparoxítona é 
acentuada. 
 
20. 
“Porém, caso o organismo entre em contato com o 
mesmo agente após um tempo, o 
sistema imunológico¹ já estará preparado para 
reconhecer a infecção e criar os anticorpos na 
velocidade necessária²...”. As palavras 
“imunológico” e “necessária” recebem acento 
porque 
A 
Toda palavra proparoxítona é acentuada. 2. É 
uma palavra paroxítona terminada em ditongo 
crescente. 
B 
É uma palavra paroxítona terminada em O. 2. É 
uma palavra proparoxítona terminada em A. 
C 
Toda palavra proparoxítona é acentuada. 2. É 
uma palavra paroxítona terminada em ditongo 
decrescente. 
D 
É uma palavra oxítona terminada em vogal. 2. 
É uma palavra paroxítona terminada em hiato. 
21. 
Analise as assertivas a seguir: 
 
I. Na oração “Se Elis não fosse gaúcha...”, a 
palavra destacada é acentuada por ser umaparoxítona terminada em “A”. 
 
II. Em “...ela entrou no palco com 
uma túnica diáfana...”, as palavras em 
destaque são acentuadas seguindo a mesma 
regra: todas as proparoxítonas são 
acentuadas. 
 
III. No trecho “... mostrava 100% seu lado 
fêmea, segura e incomparável.”, o vocábulo 
é acentuado seguindo a regra de acentuar-se 
as paroxítonas terminas em “L”. 
 
É correto o que se apresenta 
A 
apenas na assertiva II. 
B 
apenas nas assertivas II e III. 
C 
apenas na assertiva I. 
D 
apenas nas assertivas I e III. 
 
22. 
Conforme as regras de acentuação gráfica, todas as 
palavras proparoxítonas recebem acento. Não se 
observa essa regra em 
A 
 
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 ______________________________________________________________ 
linguísticas (l. 13). 
B 
vítimas (l. 22). 
C 
deploráveis (l. 37) 
D 
dinâmica (l. 43) 
 
23. 
Leia as assertivas a seguir: 
 
I. “...já haveria lápide e caixão”. Nessa 
oração, o termo em destaque é acentuado 
por seguir a regra das proparoxítonas. 
 
II. Nos trechos “é possível que a viagem seja 
alargada mais um pouco” e “Mas eis 
o negócio...”, os vocábulos destacados são 
acentuados por seguir a mesma regra. 
 
III. Em “será um filme diferente”, o termo em 
destaque é acentuado por se tratar de uma 
palavra oxítona terminada em “a”. 
 
É correto o que se afirma 
A 
em I, II e III. 
B 
apenas em I e III. 
C 
apenas em III. 
D 
apenas em II. 
 
24. 
Em “Aliás, típica”, a palavra “aliás” recebe acento 
porque 
A 
é uma palavra oxítona terminada em 
A(s). 
B 
é uma palavra oxítona terminada em S. 
C 
toda palavra proparoxítona recebe 
acento. 
D 
é uma palavra paroxítona terminada 
em ditongo crescente. 
 
25. 
Aponte a alternativa que apresenta palavras que 
foram acentuadas pelo mesmo motivo que justifica 
o acento em “desperdício” e “econômico”, 
presentes em “O desperdício tem impactos 
ambientais, sociais e econômicos significativos, 
assinala o relatório”. 
A 
A dinâmica da vida é um estímulo para 
os mais afoitos. 
B 
A irreverência de uns causa a angústia 
em outros. 
C 
O repórter conversou com a vítima do 
acidente. 
D 
A displicência no trânsito o deixou 
paraplégico. 
 
26. 
 
 
Em "Bem, física quântica é um ramo teórico1 da 
ciência2 ... ", as palavras destacadas recebem 
acento, respectivamente, porque 
A 
Todas as palavras proparoxítonas são 
acentuadas. 2. As paroxítonas terminadas em 
ditongo crescente são acentuadas. 
B 
As paroxítonas com hiato são acentuadas. 2. As 
proparoxítonas terminadas em ditongos são 
acentuadas. 
C 
As palavras proparoxítonas ditongo crescente 
são acentuadas. 2. As paroxítonas terminadas 
em hiato são acentuadas. 
D 
 
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Todas as palavras proparoxítonas são 
acentuadas. 2. As paroxítonas terminadas em 
ditongo decrescente são acentuadas. 
 
27. 
Assinale a alternativa em que todas as palavras 
estão acentuadas pela mesma regra. 
A 
Abóbora – âmbito – alcóolatra 
B 
Aborígene – acordão – sabiá 
C 
Pará – bênção – ácaro 
D 
Vatapá – sótão - ângulo 
 
28. 
O que mais você quer? 
 
 Era uma festa familiar, dessas que reúnem tios, 
primos, avós e alguns agregados ocasionais que 
ninguém conhece direito. Jogada no sofá, uma 
garota não estava lá muito sociável, a cara era de 
enterro. Quieta, olhava para a parede como se ali 
fosse encontrar a resposta para a pergunta que 
certamente martelava em sua cabeça: o que estou 
fazendo aqui? De soslaio, flagrei a mãe dela 
também observando a cena, inconsolável, ao 
mesmo tempo em que comentava com uma tia: 
"Olha pra essa menina. Sempre com esta cara. 
Nunca está feliz. Tem emprego, marido, filho. O que 
ela pode querer mais?" 
 Nada é tão comum quanto resumirmos a vida de 
outra pessoa e achar que ela não pode querer mais. 
Fulana é linda, jovem e tem um corpaço, o que mais 
ela quer? Sicrana ganha rios de dinheiro, é 
valorizada no trabalho e vive viajando, o que é que 
lhe falta? 
 Imaginei a garota acusando o golpe e 
confessando: sim, quero mais. Quero não ter 
nenhuma condescendência com o tédio, não ser 
forçada a aceitá-lo na minha rotina como um 
inquilino inevitável. A cada manhã, exijo ao menos 
a expectativa de uma surpresa, quer ela aconteça 
ou não. Expectativa, por si só, já é um entusiasmo. 
 Quero que o fato de ter uma vida prática e 
sensata não me roube o direito ao desatino. Que eu 
nunca aceite a ideia de que a maturidade exige um 
certo conformismo. Que eu não tenha medo nem 
vergonha de ainda desejar. 
 Quero uma primeira vez outra vez. Um primeiro 
beijo em alguém que ainda não conheço, uma 
primeira caminhada por uma nova cidade, uma 
primeira estreia em algo que nunca fiz, quero 
seguir desfazendo as virgindades que ainda 
carrego, quero ter sensações inéditas até o fim dos 
meus dias. 
 Quero ventilação, não morrer um pouquinho a 
cada dia sufocada em obrigações e em exigências 
de ser a melhor mãe do mundo, a melhor esposa do 
mundo, a melhor qualquer coisa. Gostaria de me 
reconciliar com meus defeitos e fraquezas, arejar 
minha biografia, deixar que vazem algumas ideias 
minhas que não são muito abençoáveis. 
 Queria não me sentir tão responsável sobre o 
que acontece ao meu redor. Compreender e aceitar 
que não tenho controle nenhum sobre as emoções 
dos outros, sobre suas escolhas, sobre as coisas 
que dão errado e também sobre as que dão certo. 
Me permitir ser um pouco insignificante. 
 E, na minha insignificância, poder acordar um 
dia mais tarde sem dar explicação, conversar com 
estranhos, me divertir fazendo coisas que nunca 
imaginei, deixar de ser tão misteriosa pra mim 
mesma, me conectar com as minhas outras 
possibilidades de existir. O que eu quero mais? Me 
escutar e obedecer ao meu lado mais transgressor, 
menos comportadinho, menos refém de reuniões 
familiares, marido, filhos, bolos de aniversário e 
despertadores na segunda-feira de manhã. E 
também quero mais tempo livre. E mais abraços. 
 Pois é, ninguém está satisfeito. Ainda bem. 
 
Martha Medeiros 
Disponível em 
https://www.pensador.com/cronicas_martha_
medeiros/ 
 
“Era uma festa familiar, dessas que reúnem tios, 
primos, avós e alguns agregados ocasionais...”. O 
verbo “reúnem” recebe acento por 
A 
ser uma palavra paroxítona formada 
por ditongo decrescente. 
B 
apresentar "u" tônico formando hiato 
com a vogal anterior. 
C 
ser uma palavra oxítona terminada em 
EM. 
D 
ser uma palavra proparoxítona. 
 
 
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29. 
O Novo Acordo Ortográfico está em vigor, no 
Brasil, desde o ano de 2016. Este acordo trouxe 
modificações, inclusive, na acentuação de palavras. 
Assinale a alternativa que apresenta a correta 
acentuação das palavras de acordo com as novas 
regras. 
A 
assembleia; Coreia; asteroide; jiboia 
B 
jibóia; Sauípe; assembléia; feiúra 
C 
feiura; Bocaiúva; Sauipe; Coréia 
D 
assembléia; Coréia; Sauípe; jiboia 
 
30. 
De acordo com o Novo Acordo Ortográfico, a 
palavra destacada no trecho “Use 
uma joia discreta e bonita para se encontrar com 
uma amiga de infância.”, não é acentuada porque: 
A 
classifica-se como paroxítona 
terminada em hiato. 
B 
trata-se de um ditongo aberto em uma 
palavra oxítona. 
C 
trata-se de um ditongo aberto em uma 
palavra paroxítona. 
D 
classifica-se como uma palavra 
paroxítona terminada em A. 
 
Gabarito 
1.D 
2.C 
3.D 
4.E 
5.B 
6.D 
7.B 
8.C 
9.E 
10.A 
11.B 
12.D 
13.C 
14.C 
15.B 
16.A 
17.D 
18.D 
19.A 
20.A 
21.B22.C 
23.B 
24.A 
25.D 
26.A 
27.A 
28.B 
29.A 
30.C 
 
7. Pontuação. 
 
Os sinais de pontuação são recursos de 
linguagem empregados na língua escrita e 
desempenham a função de demarcadores de 
unidades e de sinalizadores de limites de 
estruturas sintáticas nos textos escritos. Assim, os 
sinais de pontuação cumprem o papel dos recursos 
prosódicos, utilizados na fala para darmos ritmo, 
entoação e pausas e indicarmos os limites 
sintáticos e unidades de sentido. 
 
Como na fala temos o contato direto com 
nossos interlocutores, contamos também com 
nossos gestos para tentar deixar claro aquilo que 
queremos dizer. Na escrita, porém, são os sinais 
de pontuação que garantem a coesão e a 
coerência interna dos textos, bem como os 
efeitos de sentidos dos enunciados, 
 
Vejamos, a seguir, quais são os sinais de pontuação 
que nos auxiliam nos processos de escrita: 
 
Ponto ( . ) 
 
a) Indicar o final de uma frase declarativa: 
Gosto de sorvete de goiaba. 
 
b) Separar períodos: 
Fica mais um tempo. Ainda é cedo. 
 
c) Abreviar palavras: 
Av. (Avenida) 
 
V. Ex.ª (Vossa Excelência) 
p. (página) 
 
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Dr. (doutor) 
 
Dois-pontos ( : ) 
 
a) Iniciar fala de personagens: 
O aluno respondeu: 
– Parta agora! 
 
b) Antes de apostos ou orações apositivas, 
enumerações ou sequência de palavras que 
explicam e/ou resumem ideias anteriores. 
Esse é o problema dos caixas eletrônicos: não tem 
ninguém para auxiliar os mais idosos. 
 
Anote o número do protocolo: 4254654258. 
 
c) Antes de citação direta: 
Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não 
seja eterno posto que é chama, mas que seja 
infinito enquanto dure.” 
 
Reticências ( ... ) 
 
a) Indicar dúvidas ou hesitação: 
Sabe... andei pensando em uma coisa... mas não é 
nada demais. 
 
b) Interromper uma frase incompleta 
sintaticamente: 
Quem sabe se tentar mais tarde... 
 
c) Concluir uma frase gramaticalmente incompleta 
com a intenção de estender a reflexão: 
“Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, 
tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...” 
(Cecília - José de Alencar) 
 
d) Suprimir palavras em uma transcrição: 
“Quando penso em você (...) menos a felicidade.” 
(Canteiros - Raimundo Fagner) 
 
Parênteses ( ) 
 
a) Isolar palavras, frases intercaladas de caráter 
explicativo, datas e também podem substituir a 
vírgula ou o travessão: 
Manuel Bandeira não pôde comparecer à Semana 
de Arte Moderna (1922). 
 
"Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como 
se fora na véspera), acordara depois duma grande 
tormenta no fim do verão.” (O milagre das chuvas 
no Nordeste- Graça Aranha) 
 
Ponto de Exclamação ( ! ) 
 
a) Após vocativo 
Ana, boa tarde! 
 
b) Final de frases imperativas: 
Cale-se! 
 
c) Após interjeição: 
Ufa! Que alívio! 
 
d) Após palavras ou frases de caráter emotivo, 
expressivo: 
Que pena! 
 
Ponto de Interrogação ( ? ) 
 
a) Em perguntas diretas: 
Quantos anos você tem? 
 
b) Às vezes, aparece com o ponto de exclamação 
para enfatizar o enunciado: 
Não brinca, é sério?! 
 
Vírgula ( , ) 
 
De todos os sinais de pontuação, a vírgula é 
aquele que desempenha o maior número de 
funções. Ela é utilizada para marcar uma pausa do 
enunciado e tem a finalidade de nos indicar que os 
termos por ela separados, apesar de participarem 
da mesma frase ou oração, não formam uma 
unidade sintática. Por outro lado, quando há uma 
relação sintática entre termos da oração, não se 
pode separá-los por meio de vírgula. 
 
 
CASOS EM QUE DEVEMOS UTILIZAR A VÍRGULA: 
 
A vírgula no interior da oração 
 
a) Utilizada com o objetivo de separar o vocativo: 
 
Ana, traga os relatórios. 
O tempo, meus amigos, é o que nos confortará. 
 
b) Utilizada com o objetivo de separar apostos: 
 
Valdirene, minha prima de Natal, ligou para mim 
ontem. 
Caio, o aluno do terceiro ano B, faltou à aula. 
 
 
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c) Utilizada com o objetivo de separar o adjunto 
adverbial antecipado ou intercalado: 
 
Quando chegar do trabalho, procurarei por você. 
Os políticos, muitas vezes, são mentirosos. 
 
d) Utilizada com o objetivo de separar elementos 
de uma enumeração: 
 
Estamos contratando assistentes, analistas, 
estagiários. 
Traga picolé de uva, groselha, morango, coco. 
 
e) Utilizada com o objetivo de isolar expressões 
explicativas: 
 
Quero o meu suco com gelo e açúcar, ou melhor, 
somente gelo. 
 
f) Utilizada com o objetivo de separar conjunções 
intercaladas: 
 
Não explicaram, porém, o porquê de tantas faltas. 
 
g) Utilizada com o objetivo de separar o 
complemento pleonástico antecipado: 
 
A ele, nada mais abala. 
 
h) Utilizada com o objetivo de isolar o nome do 
lugar na indicação de datas: 
 
Goiânia, 01 de novembro de 2018. 
 
i) Utilizada com o objetivo de separar termos 
coordenados assindéticos: 
 
É pau, é pedra, é o fim do caminho. 
 
j) Utilizada com o objetivo de marcar a omissão de 
um termo: 
 
Ele gosta de fazer academia, e eu, de comer. 
(omissão do verbo gostar) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASOS EM QUE SE USA A VÍRGULA ANTES DA 
CONJUNÇÃO E: 
 
1) Utilizamos a vírgula quando as orações 
coordenadas possuem sujeitos diferentes: 
Os banqueiros estão cada vez mais ricos, e o povo, 
cada vez mais pobre. 
 
2) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” 
repete-se com o objetivo de enfatizar alguma ideia 
(polissíndeto): 
E eu canto, e eu danço, e bebo, e me jogo nos blocos 
de carnaval. 
 
3) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” 
assume valores distintos que não retratam sentido 
de adição (adversidade, consequência, por 
exemplo): 
 
Chorou muito, e ainda não conseguiu superar a 
distância. 
 
 
A VÍRGULA ENTRE ORAÇÕES 
 
A vírgula é utilizada entre orações nas seguintes 
situações: 
 
1) Para separar as orações subordinadas adjetivas 
explicativas: 
 
Meu filho, de quem só guardo boas lembranças, 
deixou-nos em fevereiro de 2000. 
 
2) Para separar as orações coordenadas sindéticas 
e assindéticas, com exceção das orações iniciadas 
pela conjunção “e”: 
 
Cheguei em casa, tomei um banho, fiz um 
sanduíche e fui direto ao supermercado. 
Estudei muito, mas não consegui ser aprovada. 
 
3) Para separar orações subordinadas adverbiais 
(desenvolvidas ou reduzidas), principalmente se 
estiverem antepostas à oração principal: 
"No momento em que o tigre se lançava, curvou-se 
ainda mais; e fugindo com o corpo apresentou o 
gancho." (O selvagem - José de Alencar) 
NÃO devemos usar a vírgula para separar os 
seguintes termos: 
 
a) Sujeito de Predicado; 
b) Objeto de Verbo; 
c) Adjunto adnominal de nome; 
d) Complemento nominal de nome; 
e) Predicativo do objeto do objeto; 
f) Oração principal da Subordinada substantiva 
(desde que esta não seja apositiva nem apareça 
na ordem inversa). 
 
 
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4) Para separar as orações intercaladas: 
 
"– Senhor, disse o velho, tenho grandes 
contentamentos em estar plantando-a...” 
 
5) Para separar as orações substantivas antepostas 
à principal: 
 
Quando sai o resultado, ainda não sei. 
 
PONTO E VÍRGULA ( ; ) 
 
a) Utilizamos ponto e vírgula para separar os itens 
de uma sequência de outros itens: 
 
Antes de iniciar a escrita de um texto, o autor deve 
fazer-se as seguintes perguntas: 
I- O que dizer; 
II- A quem dizer; 
III- Como dizer; 
IV- Por que dizer; 
V- Quais objetivos pretendo alcançar com este 
texto? 
 
b) Utilizamos ponto e vírgula para separar orações 
coordenadas muito extensas ou oraçõescoordenadas nas quais já se tenha utilizado a 
vírgula: 
 
“O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, 
numa quietude apática, era pronunciadamente 
vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, 
quando a bronquite crônica de que sofria desde 
moço se foi transformando em opressora asma 
cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto 
tenso." 
(O Visconde de Inhomerim - Visconde de Taunay) 
 
TRAVESSÃO ( — ) 
 
a) Utilizamos o travessão para iniciar a fala de um 
personagem no discurso direto: 
A mãe perguntou ao filho: 
— Já lavou o rosto e escovou os dentes? 
 
b) Utilizamos o travessão para indicar mudança do 
interlocutor nos diálogos: 
— Filho, você já fez a sua lição de casa? 
— Não se preocupe, mãe, já está tudo pronto. 
 
c) Utilizamos o travessão para unir grupos de 
palavras que indicam itinerários: 
Disseram-me que não existe mais asfalto na 
rodovia Belém—Brasília. 
 
d) Utilizamos o travessão também para substituir 
a vírgula em expressões ou frases explicativas: 
Pelé — o rei do futebol — anunciou sua 
aposentadoria. 
 
ASPAS ( “ ” ) 
 
As aspas são utilizadas com as seguintes 
finalidades: 
 
a) Isolar palavras ou expressões que fogem à 
norma culta, como gírias, estrangeirismos, 
palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões 
populares: 
A aula do professor foi “irada”. 
Ele me pediu um “feedback” da resposta do cliente. 
 
b) Indicar uma citação direta: 
“Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, 
bufando, 
com todo o sangue na face, desfiz e refiz a mala”. 
(O prazer de viajar - Eça de Queirós) 
 
c) Para marcar o título de uma obra. Observe o 
exemplo: 
“Memórias Póstumas de Brás Cubas”. (Machado de 
Assis) 
 
• ATENÇÃO: Dispensam o uso da vírgula os 
termos coordenados ligados pelas 
conjunções e, ou, nem. 
 
Exemplo: Preferiram os sorvetes de creme, uva e 
morango. 
Não gosto nem desgosto. 
Não sei se prefiro Minas Gerais ou Goiás. 
 
Caso os termos coordenados ligados pelas 
conjunções e, ou, nem aparecerem repetidos, com 
a finalidade de enfatizar a expressão, o uso da 
vírgula é, nesse caso, obrigatório. 
 
Exemplo: Não gosto nem do pai, nem do filho, nem 
do cachorro, nem do gato dele. 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES 
 
1. 
 
Disponível em 
https://www.conradoleiloeiro.com.br/peca.asp?ID=21
85724.. 
 
“Bubi,¹ com seus poderes, você pode se transportar 
no tempo e nos dizer como será o futuro?” A 
primeira vírgula empregada no período foi 
necessária para 
A 
isolar o vocativo. 
B 
isolar o aposto. 
C 
separar orações coordenadas. 
D 
intercalar adjunto adverbial deslocado. 
 
2. 
A importância da vacina na prevenção e na 
erradicação de doenças 
 
As vacinas estão há mais de 200 anos combatendo 
doenças infecciosas como sarampo e H1N1. 
Produzida pela primeira vez em 1796, a vacina é 
um dos principais recursos no combate a doenças 
infecciosas. Foi o médico britânico Edward Jenner 
que criou a primeira delas, contra o vírus da 
varíola, que hoje está erradicado graças à 
descoberta científica. 
 
Atualmente, existem imunizações contra vários 
tipos de doença, como gripe, hepatite, febre 
amarela, caxumba, tuberculose, sarampo, H1N1, 
que devem fazer parte da rotina de vacinação de 
todo indivíduo. 
 
Como funciona a vacina? 
 
Quando atingido por um agente infeccioso pela 
primeira vez, o sistema imunológico produz 
naturalmente anticorpos para combater o invasor. 
O problema é que essa produção pode não 
acontecer com a rapidez suficiente para prevenir a 
infecção, fazendo com que a pessoa fique doente. 
Porém, caso o organismo entre em contato com o 
mesmo agente após um tempo, o sistema 
imunológico já estará preparado para reconhecer 
a infecção e criar os anticorpos na velocidade 
necessária, garantindo certa imunidade à doença. 
 
O papel da vacina é criar essa defesa e garantir a 
saúde do indivíduo. Para isso, ela conta com os 
antígenos que causam a doença, enfraquecidos ou 
mortos, para estimular o sistema imunológico a 
produzir os anticorpos necessários. Assim, se a 
pessoa entrar em contato com a infecção após a 
vacina, o corpo estará imunizado para combater a 
doença sem sofrer com os sintomas. 
 
Efeitos colaterais da vacina 
 
Mesmo sendo essencial para garantir a saúde da 
população, a vacina pode gerar alguns efeitos 
adversos. Os mais comuns são dor, vermelhidão e 
inchaço no local em que foi aplicada a injeção. Em 
alguns casos, também podem ocorrer febre e mal-
estar passageiro. 
 
Se a vacina for composta pelo agente infeccioso 
enfraquecido, algumas pessoas podem apresentar 
sintomas parecidos com os da doença. Contudo, 
isso não significa que elas estarão realmente 
infectadas. 
 
Sem vacina, doenças controladas podem voltar. 
 
 
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Por conta das campanhas de vacinação em todo o 
mundo, cada vez mais doenças infecciosas estão se 
tornando raras. Para garantir que essas infecções 
sejam realmente erradicadas, é essencial que todos 
continuem seguindo o Calendário Nacional de 
Vacinação. 
 
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece 19 vacinas 
para mais de 20 doenças; são mais de 300 milhões 
de doses para imunizar crianças, adolescentes, 
adultos, idosos, gestantes e indígenas. As 
imunizações estão disponíveis nas Unidades 
Básicas de Saúde (UBS) no Brasil. 
 
Vacinas são seguras? 
 
Por conta das eventuais reações, como febre e 
inchaço no local da aplicação, parte da sociedade se 
sente temerosa em tomar vacinas. Contudo, é 
importante ressaltar que o benefício da 
imunização é muito mais valioso do que o receio de 
sofrer com as possíveis reações temporárias. 
 
Além disso, antes de a vacina ser licenciada, ela 
precisa passar por diferentes tipos de critérios e 
testes, desde o início do seu desenvolvimento até a 
sua produção e aplicação. É por isso que a 
liberação de novas vacinas, como as que estão 
sendo testadas para conter a pandemia do novo 
coronavírus, levam em média 18 meses para 
ficarem prontas. 
 
No Brasil, as vacinas também passam pela rígida 
aprovação da Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (Anvisa), órgão vinculado ao Ministério 
da Saúde. Depois que é licenciada, a solução 
continua sendo monitorada para que especialistas 
possam acompanhar o surgimento de possíveis 
reações adversas, garantindo segurança e saúde à 
população. 
 
Disponível em 
https://summitsaude.estadao.com.br/desafios-
no-brasil/a-importancia-da-vacina-na-prevencao-
e-na-erradicacao-de-doencas/ 
 
Em “No Brasil, as vacinas também passam pela 
rígida aprovação da Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (Anvisa), órgão vinculado ao Ministério 
da Saúde”, a vírgula destacada foi empregada para 
A 
isolar o aposto. 
B 
isolar o vocativo. 
C 
separar orações coordenadas. 
D 
intercalar adjunto adverbial deslocado. 
 
3. 
O uso dos dois-pontos no trecho, “(...) quando o 
maior segredo de beleza consta do seguinte: sinta-
se num palco, mesmo que nunca tenha chegado 
perto de um.”, justifica-se, pois 
A 
realça a palavra ou expressão. 
B 
anuncia uma explicação. 
C 
indica a consequência do que foi 
enunciado. 
D 
exprime uma interrupção da fala do 
narrador. 
 
4. 
A oração cuja pontuação está 
feita corretamente é: 
A 
O filho mais velho estudou Direito; já a 
sua irmã, Psicologia. 
B 
A lua que é o nosso satélite natural, é 
menor que a Terra. 
C 
Confessou-lhe tudo o que sentia; medo, 
solidão, frustração. 
D 
Estas vilas constituem-se, na maior 
parte de imigrantes pobres. 
E 
Minha esposa, modestamente preferiu 
abandonar aquela cidade. 
 
5. 
Assinale a alternativa em que a colocação da crasee da pontuação estão corretas. 
 
A 
A criança, sem a presença dos pais não 
assiste à filmes de horror. 
 
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B 
No jantar das bodas de ouro, pedimos 
arroz à grega e bife a cavalo. 
C 
O sino da igreja tocaria daqui à uma 
hora, para iniciar a festa. 
D 
O tema que escolhemos na reunião, não 
interessa à ninguém. 
E 
Todos cantaram; "parabéns a você" por 
seu aniversário. 
 
6. 
 
Quem quer viver para sempre? 
 
Eu já deveria estar morto. Ou a caminho de. Para 
alguns leitores, nunca uma frase soou tão 
verdadeira. Mas eu falo da história, não de afetos. 
Se tivesse nascido em Portugal, cem anos atrás, já 
haveria lápide e caixão. Dá para acreditar que, em 
inícios do século XX, a esperança média de vida 
para os homens portugueses rondasse os 35-40 
anos? Hoje, andará pelos oitenta. O que significa 
que, com sorte e algum bom humor do Altíssimo, 
eu estou apenas a meio da viagem. Se juntarmos os 
progressos da medicina no futuro próximo, é 
possível que a viagem seja alargada mais um 
pouco. Cem anos, cento e tal. Nada mau. 
 
Um artigo recente da Nature, aliás, promete 
revoluções para a minha pobre carcaça. O segredo 
está no hipotálamo cerebral e numa proteína do 
dito cujo que regula o envelhecimento humano. 
Não entro em pormenores, até porque eu próprio 
não os entendo. Mas eis o negócio: se a proteína é 
estimulada, os ratinhos morrem mais depressa. Se 
a proteína é inibida, acontece o inverso. Falamos 
de ratos, por enquanto, o que significa que a 
descoberta só terá aplicação imediata entre a 
classe política. Mas o leitor entende onde quero 
chegar. 
 
E eu quero chegar à maior promessa de todas: o dia 
em que seremos finalmente imortais. Na história 
da cultura ocidental, esse dia pode estar no 
passado distante (ler Hesíodo, ler a Bíblia). Ou 
pode estar no futuro, como garantem os “trans-
humanistas”. Falo de uma corrente bioética 
perfeitamente respeitável que se dedica a essa 
causa: o destino da humanidade não está em 
morrer aos cem. Está em viver indefinidamente 
depois dos cem, através dos avanços da tecnologia. 
Porque só a tecnologia permitirá aos homens 
suplantar a sua infantil condição mortal. O nosso 
corpo é apenas a primeira casca de todas as cascas 
que estarão por vir. E quem não gostaria de viver 
para sempre? 
 
Curiosamente, há quem não queira. O filósofo 
Roger Scruton, em ensaio recente, dedica um 
capítulo específico aos transhumanistas. O livro 
intitula-se The Uses of Pessimism and the Dangers of 
False Hope. Segundo sei, será publicado no Brasil 
em breve. Recomendo. Primeiro, porque é uma 
súmula perfeita do pensamento de Scruton, escrito 
com elegância habitual do autor. Mas sobretudo 
porque é a mais brilhante refutação do 
pensamento utópico, e em particular do 
pensamento utópico trans-humanista de autores 
como Ray Kurzweil ou Max More, que me lembro 
de ter lido. Isso se deve, em grande parte, ao fato 
corajoso de Scruton ter sido capaz de virar o 
debate do avesso e perguntar: por que motivo a 
doença e a morte devem ser vistas como males 
intoleráveis que devemos erradicar? Não será 
possível olhar para eles como bens necessários? 
 
Certo, certo: ninguém ama a doença e, tirando 
casos extremos, ninguém deseja morrer. Mas sem 
a doença e a morte, a vida não teria qualquer valor 
em si mesma. Os projetos que fazemos; as viagens 
com que sonhamos; os amores que temos, 
perdemos, procuramos; e até a descendência que 
deixamos – tudo isso parte da mesma premissa: o 
fato singelo de não termos todo o tempo do mundo. 
Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos 
urgência em viver, escolher e amar. Se retirarmos 
a urgência da equação, podemos ainda viver 
eternamente. Mas viveremos uma eternidade de 
tédio em que nada tem sentido porque nada 
precisa ter sentido. Sem importância do efêmero, 
nada se torna importante. 
 
Os trans- humanistas sonham com um mundo pós- 
humano. É provável que esse mundo seja possível 
no futuro, quando a técnica suplantar a nossa casca 
primitiva. Mas esse mundo, até pela sua própria 
definição, será um filme diferente. Não será um 
filme para seres humanos tal como os conhecemos 
e reconhecemos. 
 
Viver até os cem? Agradeço. Cento e vinte também 
serve. Mas se me dissessem hoje mesmo que o meu 
 
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futuro duraria uma eternidade, eu seria o primeiro 
a pular da janela sem hesitar. 
 
COUTINHO, João Pereira. Vamos ao que interessa: 
cem crônicas da era da brutalidade. São Paulo: 
Três Estrelas, 2015. 
 
A vírgula no trecho “Um artigo recente da Nature, 
aliás, promete revoluções para a minha pobre 
carcaça” é empregada para isolar 
A 
a oração intercalada. 
B 
a oração reduzida de infinitivo. 
C 
o adjunto adverbial antecipado. 
D 
o elemento meramente explicativo. 
 
7. 
A vírgula presente no período “...o sujeito do 
desempenho é mais rápido e produtivo do que o 
indivíduo obediente, mas o poder se transforma em 
uma espécie de dever” foi empregada por qual 
motivo? 
 
A 
Para separar orações coordenadas 
sindéticas iniciadas pelas conjunções 
adversativas. 
B 
Para separar um adjunto adverbial 
antecipado ou intercalado entre o 
discurso. 
C 
Para indicar a supressão de um verbo 
subentendido na oração. 
D 
Para separar orações coordenadas 
assindéticas. 
 
8. 
Em “O primeiro filósofo que li, o dinamarquês 
Soeren Kiekeggard, um solitário que me faz 
companhia até hoje, observou que o início da 
infelicidade humana se encontra na comparação”, 
as vírgulas destacadas foram empregadas para 
 
A 
isolar o aposto. 
B 
isolar o vocativo. 
C 
isolar o adjunto adverbial deslocado. 
D 
separar orações coordenadas 
sindéticas. 
 
 
Gabarito 
 
1.A 
2.A 
3.B 
4.C 
5.B 
6.C 
7.A 
8.A 
 
8. Crase 
 
A crase é um fenômeno fonético ( ̀ ) que representa 
a junção da preposição “a” com o artigo feminino 
“a”. Além disso, pode haver crase também na 
combinação da mesma preposição com pronomes 
demonstrativos que se iniciem com a letra “a”. 
Segue abaixo os casos particulares do emprego da 
crase. 
 
1- Se o verbo da oração exigir a preposição a e, em 
seguida, houver um artigo e um substantivo 
feminino. 
 
 
Exemplo: Julia levou sua irmã (a + a = à) praça. 
(prep. + artigo + substantivo feminino) 
 
Eles desobedeceram às normas de segurança. 
(preposição a (exigida pelo verbo) + artigo as + 
subs.feminino) 
 
• OBS: Uma dica comumente usada para 
perceber a regência do verbo em relação ao 
contexto é em uma oração, se você puder substituir 
o substantivo feminino por um masculino e este for 
antecedido por “ao”, haverá crase. 
 
Exemplo: Eles desobedeceram aos pais / Eles 
desobedeceram às normas 
 Julia levou sua irmã ao teatro / Julia levou 
sua irmã à praça 
 
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2- Em locuções adverbiais, prepositivas e 
conjuntivas. 
 
Locuções adverbiais: às vezes, à noite, à tarde, às 
claras, à meia-noite, às três horas; 
Locuções prepositivas: à frente de, à beira de, à 
exceção de; 
Locuções conjuntivas: à proporção que, à medida 
que. 
 
3- Ao indicar horas específicas. 
 
Exemplo: A reunião ocorrerá às duas horas da 
tarde de sexta-feira. 
Horas específicas 
 
Atenção: Quando a hora aparecer de forma 
genérica (uso de preposição), não haverá crase. 
Exemplo: 
Passarei em sua casa a uma hora qualquer para 
conhecer o bebê. (Hora genérica) 
 
4- Usa-se crase nas expressões à moda de / à 
maneira de.Exemplo: 
Prefiro comida à francesa. 
a expressão à moda de está implícita em à francesa 
Ela pinta à maneira de Picasso. 
 
5- Antes dos substantivos casa e terra, desde que 
não tenham o sentido de lar e terra firme, 
respectivamente. 
 
Exemplo: Residência de outras pessoas 
Ela voltou à casa dos avós após a viagem. 
 
Ela voltou a casa após a viagem / seu próprio 
lar – não há crase 
 
Chegamos à terra natal de nossos antepassados. 
lugar específico 
 
Voltei a terra firme após um mês velejando. 
(não há crase) 
 
6- Usa-se crase com pronomes demonstrativos e 
relativos quando vierem precedidos da preposição 
a. 
 
Exemplo: Ele não obedeceu àquela norma de 
segurança. 
verbo transitivo indireto pede a presença da 
preposição a (a + aquela = àquela) 
As perguntas às quais respondemos estavam 
difíceis. 
verbo transitivo indireto pede preposição a (a + as 
quais = as quais) 
 
QUANDO NÃO UTILIZAR A CRASE 
 
1- Entre datas 
 
Exemplo: O evento será de 8 a 10 de outubro. 
 
2- Antes de preposição 
 
Exemplo: Começou após as 21 horas. 
 
• OBS: Para relembrar, são preposição as 
palavras a, ante, após, até, com, contra, de, 
desde, em, entre, para, perante, por [ou per, 
em algumas variações históricas e 
geográficas], sem, sob, sobre, trás. 
 
3- Antes de pronomes demonstrativos (isso, esse, 
esta, essa) 
 
Exemplo: Eu assisti a este filme segunda-feira. 
 
4- Antes de pronomes pessoais do caso reto e 
oblíquo (eu, tu, ele, nós, me, mim, 
comigo, ti) 
Exemplo: Me refiro a ela. 
 
5- Antes de palavras no plural com o a no singular 
 
Exemplo: Na verdade, as histórias de bruxas 
pertenciam a fantasias infantis 
 
6- Antes de verbo no infinito 
Exemplo: O prefeito se propôs a estudar melhor o 
assunto. 
7- Entre palavras repetidas 
Exemplo: Dia a dia vamos fazendo nosso trabalho. 
8- Pronomes de tratamento 
Exemplo: Estava me referindo a vossa senhoria. 
 
QUESTÕES 
 
1. 
Em “...o sistema imunológico já estará preparado 
para reconhecer a infecção e criar os anticorpos na 
 
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velocidade necessária, garantindo certa 
imunidade à doença”, o fenômeno linguístico da 
crase teve de ocorrer porque 
 
A 
trata-se de uma locução adverbial 
feminina que sempre é apresentada 
com a contração À. 
B 
o nome “imunidade” pede a preposição 
A e o substantivo “doença” aceita o 
artigo feminino A. 
C 
o substantivo “doença” pede a 
preposição A e também aceita o artigo 
feminino A. 
D 
o verbo “garantindo” pede a 
preposição A e o substantivo “doença” 
aceita o artigo feminino A. 
 
2. 
Em “A modernidade líquida é totalmente oposta à 
modernidade sólida...”, o fenômeno linguístico da 
crase teve de ocorrer porque 
A 
trata-se de uma locução adverbial 
feminina que sempre é apresentada 
com a contração À. 
B 
o substantivo “modernidade” pede a 
preposição A e também aceita o artigo 
feminino A. 
C 
o adjetivo “oposta” pede a preposição A 
e o substantivo “modernidade” aceita o 
artigo feminino A. 
D 
o advérbio “totalmente” pede a 
preposição A e o substantivo 
“modernidade” aceita o artigo 
feminino A. 
 
3. 
Analise as sentenças a seguir: 
 
I. Ninguém se prestou à ouvir as vítimas do 
cancelamento. 
 
II. Chegamos a conclusão de que a cultura do 
cancelamento é autoritária. 
 
III. A menina, à quem ele fez alusão, após ser 
cancelada, pediu desculpas por suas 
atitudes. 
 
IV. Eles assistiram àquela cena de boicote 
sem nenhuma reação. 
 
Deduz-se que o emprego do sinal indicativo da 
crase está correto 
A 
apenas em I e II. 
B 
apenas em II e III. 
C 
apenas em III e IV. 
D 
apenas em IV. 
 
4. 
De origem grega, a palavra “crase” significa 
mistura, fusão da preposição "a" com os artigos 
definidos "a" ou "as", bem como os pronomes 
demonstrativos "a" ou "as" e a vogal inicial dos 
demonstrativos "aquele", "aquela" e "aquilo". A 
crase é marcada com o acento agudo (`) sobre a 
vogal “a”. Com base nesta definição, assinale a 
alternativa correta. 
A 
Apesar do local ser antigo, as pessoas já 
tinham fogão a gás. 
B 
Para não terem dívidas, os familiares 
não compram à prazo. 
C 
Ao saber da aprovação no concurso, 
Mariana pôs-se à gritar. 
D 
No estádio, José dizia sempre: "assisti à 
jogos memoráveis". 
E 
Nas últimas férias, eu realizei grande 
sonho: visitei à Itália. 
 
5. 
TEXTO I 
 
Quem quer viver para sempre? 
 
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 ______________________________________________________________ 
 
Eu já deveria estar morto. Ou a caminho de. Para 
alguns leitores, nunca uma frase soou tão 
verdadeira. Mas eu falo da história, não de afetos. 
Se tivesse nascido em Portugal, cem anos atrás, já 
haveria lápide e caixão. Dá para acreditar que, em 
inícios do século XX, a esperança média de vida 
para os homens portugueses rondasse os 35-40 
anos? Hoje, andará pelos oitenta. O que significa 
que, com sorte e algum bom humor do Altíssimo, 
eu estou apenas a meio da viagem. Se juntarmos os 
progressos da medicina no futuro próximo, é 
possível que a viagem seja alargada mais um 
pouco. Cem anos, cento e tal. Nada mau. 
 
Um artigo recente da Nature, aliás, promete 
revoluções para a minha pobre carcaça. O segredo 
está no hipotálamo cerebral e numa proteína do 
dito cujo que regula o envelhecimento humano. 
Não entro em pormenores, até porque eu próprio 
não os entendo. Mas eis o negócio: se a proteína é 
estimulada, os ratinhos morrem mais depressa. Se 
a proteína é inibida, acontece o inverso. Falamos 
de ratos, por enquanto, o que significa que a 
descoberta só terá aplicação imediata entre a 
classe política. Mas o leitor entende onde quero 
chegar. 
 
E eu quero chegar à maior promessa de todas: o dia 
em que seremos finalmente imortais. Na história 
da cultura ocidental, esse dia pode estar no 
passado distante (ler Hesíodo, ler a Bíblia). Ou 
pode estar no futuro, como garantem os “trans-
humanistas”. Falo de uma corrente bioética 
perfeitamente respeitável que se dedica a essa 
causa: o destino da humanidade não está em 
morrer aos cem. Está em viver indefinidamente 
depois dos cem, através dos avanços da tecnologia. 
Porque só a tecnologia permitirá aos homens 
suplantar a sua infantil condição mortal. O nosso 
corpo é apenas a primeira casca de todas as cascas 
que estarão por vir. E quem não gostaria de viver 
para sempre? 
 
Curiosamente, há quem não queira. O filósofo 
Roger Scruton, em ensaio recente, dedica um 
capítulo específico aos transhumanistas. O livro 
intitula-se The Uses of Pessimism and the Dangers of 
False Hope. Segundo sei, será publicado no Brasil 
em breve. Recomendo. Primeiro, porque é uma 
súmula perfeita do pensamento de Scruton, escrito 
com elegância habitual do autor. Mas sobretudo 
porque é a mais brilhante refutação do 
pensamento utópico, e em particular do 
pensamento utópico trans-humanista de autores 
como Ray Kurzweil ou Max More, que me lembro 
de ter lido. Isso se deve, em grande parte, ao fato 
corajoso de Scruton ter sido capaz de virar o 
debate do avesso e perguntar: por que motivo a 
doença e a morte devem ser vistas como males 
intoleráveis que devemos erradicar? Não será 
possível olhar para eles como bens necessários? 
 
Certo, certo: ninguém ama a doença e, tirando 
casos extremos, ninguém deseja morrer. Mas sem 
a doença e a morte, a vida não teria qualquer valor 
em si mesma. Os projetos que fazemos; as viagens 
com que sonhamos; os amores que temos, 
perdemos, procuramos; e até a descendência que 
deixamos – tudo isso parte da mesma premissa: o 
fato singelo de não termos todo o tempo do mundo. 
Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos 
urgência em viver, escolher e amar. Se retirarmos 
a urgência daequação, podemos ainda viver 
eternamente. Mas viveremos uma eternidade de 
tédio em que nada tem sentido porque nada 
precisa ter sentido. Sem importância do efêmero, 
nada se torna importante. 
 
Os trans- humanistas sonham com um mundo pós- 
humano. É provável que esse mundo seja possível 
no futuro, quando a técnica suplantar a nossa casca 
primitiva. Mas esse mundo, até pela sua própria 
definição, será um filme diferente. Não será um 
filme para seres humanos tal como os conhecemos 
e reconhecemos. 
 
Viver até os cem? Agradeço. Cento e vinte também 
serve. Mas se me dissessem hoje mesmo que o meu 
futuro duraria uma eternidade, eu seria o primeiro 
a pular da janela sem hesitar. 
 
COUTINHO, João Pereira. Vamos ao que interessa: 
cem crônicas da era da brutalidade. São Paulo: 
Três Estrelas, 2015. 
 
A respeito do trecho “E eu quero chegar à maior 
promessa de todas...”, a crase empregada poderá 
ser mantida caso o verbo em destaque seja 
substituído por 
A 
ensinar. 
B 
informar. 
C 
 
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 ______________________________________________________________ 
obedecer. 
D 
planejar. 
 
6. 
Quem quer viver para sempre? 
 
Eu já deveria estar morto. Ou a caminho de. Para 
alguns leitores, nunca uma frase soou tão 
verdadeira. Mas eu falo da história, não de afetos. 
Se tivesse nascido em Portugal, cem anos atrás, já 
haveria lápide e caixão. Dá para acreditar que, em 
inícios do século XX, a esperança média de vida 
para os homens portugueses rondasse os 35-40 
anos? Hoje, andará pelos oitenta. O que significa 
que, com sorte e algum bom humor do Altíssimo, 
eu estou apenas a meio da viagem. Se juntarmos os 
progressos da medicina no futuro próximo, é 
possível que a viagem seja alargada mais um 
pouco. Cem anos, cento e tal. Nada mau. 
 
Um artigo recente da Nature, aliás, promete 
revoluções para a minha pobre carcaça. O segredo 
está no hipotálamo cerebral e numa proteína do 
dito cujo que regula o envelhecimento humano. 
Não entro em pormenores, até porque eu próprio 
não os entendo. Mas eis o negócio: se a proteína é 
estimulada, os ratinhos morrem mais depressa. Se 
a proteína é inibida, acontece o inverso. Falamos 
de ratos, por enquanto, o que significa que a 
descoberta só terá aplicação imediata entre a 
classe política. Mas o leitor entende onde quero 
chegar. 
 
E eu quero chegar à maior promessa de todas: o dia 
em que seremos finalmente imortais. Na história 
da cultura ocidental, esse dia pode estar no 
passado distante (ler Hesíodo, ler a Bíblia). Ou 
pode estar no futuro, como garantem os “trans-
humanistas”. Falo de uma corrente bioética 
perfeitamente respeitável que se dedica a essa 
causa: o destino da humanidade não está em 
morrer aos cem. Está em viver indefinidamente 
depois dos cem, através dos avanços da tecnologia. 
Porque só a tecnologia permitirá aos homens 
suplantar a sua infantil condição mortal. O nosso 
corpo é apenas a primeira casca de todas as cascas 
que estarão por vir. E quem não gostaria de viver 
para sempre? 
 
Curiosamente, há quem não queira. O filósofo 
Roger Scruton, em ensaio recente, dedica um 
capítulo específico aos transhumanistas. O livro 
intitula-se The Uses of Pessimism and the Dangers of 
False Hope. Segundo sei, será publicado no Brasil 
em breve. Recomendo. Primeiro, porque é uma 
súmula perfeita do pensamento de Scruton, escrito 
com elegância habitual do autor. Mas sobretudo 
porque é a mais brilhante refutação do 
pensamento utópico, e em particular do 
pensamento utópico trans-humanista de autores 
como Ray Kurzweil ou Max More, que me lembro 
de ter lido. Isso se deve, em grande parte, ao fato 
corajoso de Scruton ter sido capaz de virar o 
debate do avesso e perguntar: por que motivo a 
doença e a morte devem ser vistas como males 
intoleráveis que devemos erradicar? Não será 
possível olhar para eles como bens necessários? 
 
Certo, certo: ninguém ama a doença e, tirando 
casos extremos, ninguém deseja morrer. Mas sem 
a doença e a morte, a vida não teria qualquer valor 
em si mesma. Os projetos que fazemos; as viagens 
com que sonhamos; os amores que temos, 
perdemos, procuramos; e até a descendência que 
deixamos – tudo isso parte da mesma premissa: o 
fato singelo de não termos todo o tempo do mundo. 
Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos 
urgência em viver, escolher e amar. Se retirarmos 
a urgência da equação, podemos ainda viver 
eternamente. Mas viveremos uma eternidade de 
tédio em que nada tem sentido porque nada 
precisa ter sentido. Sem importância do efêmero, 
nada se torna importante. 
 
Os trans- humanistas sonham com um mundo pós- 
humano. É provável que esse mundo seja possível 
no futuro, quando a técnica suplantar a nossa casca 
primitiva. Mas esse mundo, até pela sua própria 
definição, será um filme diferente. Não será um 
filme para seres humanos tal como os conhecemos 
e reconhecemos. 
 
Viver até os cem? Agradeço. Cento e vinte também 
serve. Mas se me dissessem hoje mesmo que o meu 
futuro duraria uma eternidade, eu seria o primeiro 
a pular da janela sem hesitar. 
 
COUTINHO, João Pereira. Vamos ao que interessa: 
cem crônicas da era da brutalidade. São Paulo: 
Três Estrelas, 2015. 
 
No trecho “Isso se deve, em grande parte, ao fato 
corajoso de Scruton ter sido capaz...”, a ocorrência 
da crase dar-se-ia caso 
 
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A 
“ao” fosse substituído por “a”. 
B 
“fato” fosse substituído por 
“assistências”. 
C 
“corajoso” fosse substituído por 
“primordial”. 
D 
“fato corajoso” fosse substituído por 
“ação corajosa”. 
 
 
7. 
Assinale a alternativa correta sobre a colocação de 
crase. 
A 
Os programas forneceram às famílias a 
assistência necessária. 
B 
Os diretores da empresa discutiam os 
problemas frente à frente. 
C 
A finalização da obra foi favorável à 
toda população da montanha. 
D 
À contragosto, a equipe de alunos 
entregou a relação do material. 
E 
Naquela noite, pedimos uma pizza a 
moda da casa para jantar. 
 
Gabarito 
1.B 
2.C 
3.D 
4.A 
5.C 
6.D 
7.A 
 
9. Emprego e descrição das classes de 
palavras. 
 
Todas as palavras da língua portuguesa 
podem ser colocadas em dez classes diferentes, de 
acordo com sua classificação gramatical. A isso 
damos o nome de classes de palavras. 
 
SUBSTANTIVOS 
 
Os substantivos é uma classe de palavras 
que é amplamente utilizada para identificar e 
nomear seres, visíveis ou inanimados, objetos, 
lugares, ações, estados, sentimentos, desejos, 
ideias e outras coisas presentes no universo ou no 
senso popular. Pode assumir diversas funções 
sintáticas, como núcleo do sujeito, do predicado e 
também dos objetos direto e indireto. Os 
substantivos são classificados em: 
 
1- Substantivo comum: Qualquer ser ou 
espécie comum, sem particularizá-la. 
Ex: Açúcar, bolo, menino, lápis, caderno. 
2- Substantivo próprio: Nomeiam um ser 
em particular como países, cidades e 
nomes próprios e são grafados com a letra 
maiúscula. 
Ex: Japão, Brasil, Juazeiro, Petrolina, Arnaldo, 
Matheus. 
3- Substantivo concreto: Nomeiam seres 
que possuem existência própria, ou seja, 
não necessitam de outro ser para existir. 
Ex: Lápis, caneta, gato, cachorro, pedra, cadeira, 
venda (lugar físico). 
4- Substantivo abstrato: Nomeiam ações, 
qualidades, estados e sentimentos, ou seja, 
seres que são codependentes para existir. 
Ex: Amor, pobreza, bravura, ensino, venda (ação de 
vender). 
5- Substantivo simples: Possui apenas um 
radical, isto é, apenas um elemento 
formador da palavra. 
Ex: Exemplos: xícara, vaso, polvo, pessoa, tédio. 
6- Substantivo composto: Possui mais de 
um radical, isto é, mais de um elemento 
formador da palavra.Ex: Fim de semana, couve-flor, girassol, bem-te-vi, 
erva-doce. 
7- Substantivo primitivo: São palavras que 
não são derivadas de outras. 
Ex: Casa, pedra, jardim, dente, chuva. 
8- Substantivo derivado: São palavras que 
são derivadas de outras. 
 
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 ______________________________________________________________ 
Ex: Caseiro, jardinagem, pedreira, chuveiro. 
9- Substantivo coletivo: São palavras que 
dão a ideia de plural, mesmo estando no 
singular. 
 
Ex: Colmeia, alcateia, cardume, multidão. 
 
ADJETIVOS 
 
 Os adjetivos são palavras que designam 
condição ou estado provisório, ou permanente, 
caracterizando e particularizando os seres. Podem 
expressar fatos ou percepções subjetivas. Refere-
se a um substantivo explícito ou subtendido numa 
frase, com o qual concorda em número e gênero. 
 As locuções adjetivas são formadas por 
preposição mais substantivo que possuem valor 
de adjetivo, como nos exemplos grifados abaixo: 
 
Ex: Cavalo de guerra. 
 Dama de casa. 
 
 Possuem função sintática de adjunto 
adnominal na frase, tanto o adjetivo como a 
locução adjetiva. No caso dos adjetivos, podem ser 
classificados como primitivos (liso, estreito), 
derivados (brasileiro, louvável), simples (querido, 
perigoso) e composto (científico-literário). 
 
• OBS: Por mais que hora pareçam 
semelhantes, principalmente nas locuções 
adjetivas, não deve se confundir um 
adjetivo com um advérbio. Perceba que o 
adjetivo dá a ideia de qualidade e que o 
advérbio passa a ideia de lugar, tempo, 
modo, causa. 
 
Ex: Ele fala alto. (Função morfológica de adverbio) 
 Ele é alto. (Função morfológica de adjetivo). 
 
ARTIGO 
 
 Os artigos são as palavras que antecedem o 
substantivo, definindo-o ou o indefinindo, a 
depender do tipo de artigo utilizado. Possuem 
função sintática de adjunto adnominal em uma 
frase. Os artigos podem ser classificados em: 
 
1- Artigos definidos: o, a, os, as; 
2- Artigos indefinidos: um, uma, uns, umas. 
 
NUMERAL 
 O numeral é a palavra que expressa 
quantidade exata de pessoas ou coisas em um local 
ou a sequência que eles ocupam. Possuem também 
a função sintática de adjunto adnominal em uma 
frase. Os numerais são classificados em: 
1- Cardinais (indicam quantidade 
determinada): um, dois, três, oitenta etc.; 
2- Ordinais (indicam ordem de sucessão): 
primeiro, terceiro, quinto etc.; 
3- Multiplicativos (indicam multiplicação): 
dobro, triplo, quíntuplo etc.; 
4- Fracionários (indicam partes iguais em 
que se subdivide um todo): meio, terço, 
doze avos etc. 
 
 
PRONOME 
 
 Os pronomes são palavras que substituem 
ou acompanham outras palavras, principalmente 
substantivos, fazendo referencia às pessoas do 
discurso. Podem também referir-se às palavras, 
orações e frases expressas anteriormente. Os 
pronomes são classificados em: 
1- Pronomes pessoais: São aqueles que 
representam a pessoa do discurso. Podem 
assumir a função sintática diferente, a 
depender do caso: 
1.1- Caso reto: Função de sujeito ou 
predicativo do sujeito 
Ex: eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas; 
1.2- Caso oblíquo: Função de 
complemento 
Ex: Me, mim, te, ti, contigo, comigo, se, lhe, conosco, 
convosco. 
2- Pronomes de tratamento: São aquelas 
palavras utilizadas para tratar de modo 
cerimonioso o interlocutor. 
Ex: Vossa Alteza, Vossa Senhoria, Vossa Excelência 
etc. 
 
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3- Pronomes possessivos: São aqueles que 
indicam posse em relação às três pessoas 
do discurso. 
Ex: Meu, minha, teu, seu, nosso, vosso. 
4- Pronomes Demonstrativos: São aqueles 
que situam pessoas ou coisa em relação as 
três pessoas do discurso. Essa localização 
pode ser no tempo, no espaço ou no 
próprio texto. 
Ex: Este, esse, aquele, aquela, aquilo, isso, isto, 
mesmo, próprio. 
• Obs: Será também pronome 
demonstrativo “o, a, os e as” quando forem 
equivalentes a aquilo, aquele, aquela, 
mesmo, próprio. 
Ex: Imagino o que ela sofreu. 
5- Pronomes Indefinidos: São aqueles que 
fazem referências vagas, imprecisas e 
genéricas aos substantivos. 
Ex: Todo, tudo, algum, outro, nenhum, pouco, 
quanto, qualquer, qual, tanto, cada qual, qualquer 
um, seja quem for, todo aquele. 
6- Pronomes Interrogativos: São os 
pronomes indefinidos utilizados em frases 
interrogativas. 
 
VERBOS 
 
1- Regulares 
São os que seguem o modelo de sua 
conjugação. Para saber se um verbo é regular, 
basta conjugá-lo no presente do indicativo e no 
pretérito perfeito do indicativo. Se não houver 
mudanças no radical ou nas desinências nesses 
dois tempos, não haverá em nenhum outro. 
 
 
 
 
2- Irregulares 
São aqueles cujo radical e/ou terminações 
se alteram, não seguindo o modelo de sua 
conjugação. Vejamos os verbos a seguir: 
 
 
 
 
Houve alteração nas desinências, na conjugação do 
verbo “dar”. 
A irregularidade pode também ocorrer no radical, 
como no caso do verbo “ouvir” na 1a pessoa do 
presente do indicativo — eu ouço: 
 
 
 
FLEXÕES VERBAIS: Dentre todas as classes 
gramaticais, a que mais se apresenta passível de 
flexões é a representada pelos verbos. Flexões 
estas relacionadas a: pessoa, número, tempo, modo 
e voz. 
 
Pessoa – Indica as três pessoas relacionadas ao 
discurso, representadas tanto no modo singular, 
quanto no plural. 
 
Número – Representa a forma pela qual o verbo se 
refere a essas pessoas gramaticais. 
 
Por meio dos exemplos em evidência, podemos 
constatar que o processo verbal se encontra 
devidamente flexionado, tendo em vista as pessoas 
do discurso (eu, tu, ele, nós, vós, eles). 
 
VOZES VERBAIS 
 
A voz verbal caracteriza a ação expressa pelo verbo 
em relação ao sujeito, classificada em: 
Voz ativa – o sujeito é o agente da ação verbal. 
Os professores aplicaram as provas. 
 
Voz passiva – o sujeito sofre a ação expressa pelo 
verbo. 
As provas foram aplicadas pelos professores. 
 
Voz passiva analítica 
Constitui-se da locução verbal formada pelo verbo 
auxiliar + verbo principal no particípio. Os 
auxiliares empregados são SER ou IR. 
 
 
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A fruta foi comida pelo macaco. 
A rosa será colhida por Maria. 
O santo ia carregado pelos fiéis. 
O trio iria seguido pela multidão. 
Curiosidade: Na voz passiva analítica, aquele que 
pratica a ação é chamado AGENTE DA PASSIVA (no 
caso dos exemplos acima, temos, então, pelo 
macaco, pela Maria, pelos fiéis e pela multidão 
como agentes da passiva). 
 
Voz passiva sintética 
Constitui-se do verbo principal na 3a pessoa 
(singular ou plural concordando com o sujeito) + 
partícula apassivadora SE. 
Comeu-se a banana. 
Comeram-se as bananas. 
Colheu-se a rosa. 
Colheram-se as rosas. 
 
Curiosidade: 
a) Neste tipo de voz passiva, não aparece o agente 
da passiva. 
b) O SE também pode ser chamado de pronome 
apassivador. 
 
Voz reflexiva – o sujeito, de forma simultânea, 
pratica e recebe a ação verbal. 
O garoto feriu-se com o instrumento. 
 
Voz reflexiva recíproca – representa uma ação 
mútua entre os elementos expressos pelo sujeito. 
Os formandos cumprimentaram-se 
respeitosamente. 
 
Curiosidade: Quando o sujeito é plural, temos a 
voz reflexiva recíproca: 
As meninas pentearam-se. 
Âni e Ina cortaram-se com a faca. 
 
LOCUÇÃO VERBAL 
 
É a união de um verbo auxiliar com um verbo em 
forma nominal (infinitivo, gerúndio ou particípio). 
A função do verbo auxiliar é expandir a significação 
do principal. 
 
Ex:Preciso sair agora. — Preciso é verbo auxiliar, 
sair é verboprincipal. 
Estou cantando bem? — estou é verbo auxiliar, 
cantando é verbo principal. 
Tenho falado muito! — tenho é verbo auxiliar, 
falado é verbo principal. 
 
Nas locuções verbais, o verbo auxiliar está sempre 
conjugado, e o verbo principal 
(aquele que dá sentido à locução) deve ficar no 
infinitivo (-r), gerúndio (-ndo) ou 
particípio (-do/?): 
■ infinitivo: Eu vou falar. 
■ gerúndio: Eu estou falando. 
■ particípio: Eu tenho falado. 
 
Curiosidades: 
1. A locução formada de infinitivo pode ter 
preposição entre o auxiliar e o principal: 
O bebê começou a falar hoje. 
João está para chegar. 
 
2. Nas locuções verbais formadas de particípio, 
devemos optar pelo regular ou irregular, de acordo 
com a seguinte regra: 
a) Com auxiliares TER ou HAVER: usamos o 
particípio regular (-do): 
Eu tenho pagado minhas contas em dia. 
Ele havia acendido a vela. 
b) Com outros auxiliares: usamos o particípio 
irregular: 
A conta foi paga. 
A vela está acesa. 
 
3. Quando o particípio possui uma única forma, não 
temos por que optar: 
fazer — feito: 
Eu tenho feito o trabalho sozinho. 
O trabalho foi feito por mim. 
vender — vendido: 
Eu tenho vendido muitas roupas. 
Estas roupas já foram vendidas. 
 
VERBOS UNIPESSOAIS 
 
São aqueles que aparecem apenas na 3ª pessoa do 
singular ou do plural. 
a) verbos que exprimem as vozes dos animais: latir 
(late, latem), miar (mia, miam) etc. 
b) outros verbos que expressam ideias que não se 
atribuem a seres humanos: soar 
(soava, soavam), acontecer (aconteceu, 
aconteceram) etc. 
 
ADVÉRBIO 
 
 Advérbio é a palavra que indica as 
circunstâncias em que se dá a ação verbal. 
Etimologicamente, a palavra advérbio significa 
“termo que acompanha o verbo”, pode 
 
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acompanhar também o substantivo e o adjetivo. 
Estas palavras ou locuções, que é quando duas ou 
mais palavras possuírem o valor de um advérbio, 
vão assumir a função sintática de adjunto 
adverbial e são classificados em advérbios: 
 
1- De afirmação: certamente, efetivamente, 
deveras, com certeza etc.; 
2- De dúvida: acaso, talvez, possivelmente, 
provavelmente etc.; 
3- De intensidade: pouco, muito, bastante, 
menos, demais, excessivamente, 
demasiadamente, completamente etc.; 
4- De lugar: lá, aqui, ali, longe, abaixo, perto, 
acima, além, adiante, junto, ao lado etc.; 
5- De tempo: hoje, amanhã, agora, ontem, 
tarde, cedo, sempre, jamais, nunca etc.; 
6- De modo: depressa, bem, mal, assim, 
devagar, à vontade, às escondidas, devagar 
etc.; 
7- De negação: tampouco, não, 
absolutamente, de forma alguma, de modo 
algum etc. 
 
PREPOSIÇÃO 
 
 A preposição é a palavra que liga duas 
outras palavras, de forma que o sentido da 
primeira é o complemento da segunda. As 
preposições podem ser classificadas em: 
1- Essenciais: As essenciais são as que 
exercem a função de preposição. São essas: 
a, ante, até, após, com, contra, de, desde, em 
entre, para, por, perante, sem, sob, sobre. 
Ex: O vento sopra sobre a Vila. 
 Aguardo com alegria sua chegada. 
2- Acidentais: são as palavras que além de 
exercerem a função de preposição também 
podem ter outras funções morfológicas. As 
principais: exceto, consoante, durante, 
mediante, afora, fora, segundo, tirante, 
visto, senão. 
Ex: O ministro agiu segundo as orientações do 
presidente. 
 Ou você me obedece senão vai ficar de castigo. 
 
CONJUNÇÃO 
 
 Conjunção é a palavra ou expressão (loc. 
Conjuntivas) que relaciona duas orações ou dois 
termos de mesmo valor sintático em uma frase. As 
conjunções podem ser: 
 
1- Coordenadas: Ligam palavras ou orações 
de mesmo valor sintático, sendo estas 
orações independente sintaticamente uma 
da outra. As conjunções sintáticas 
coordenadas caracterizam as orações 
coordenadas sindéticas, podendo ser elas: 
1.1- Aditivas: Ideia de soma, adição. 
Ex: Ela gosta de andar e jogar bola. 
1.2- Adversativas: Ideia de oposição, 
contraste. 
Ex: Ela foi ao médico mas não foi atendida. 
1.3- Alternativas: Dão a ideia de 
alternância. 
Ex: Ou você vai ou vai apanhar. 
1.4- Conclusivas: Ideia de conclusão a 
uma ideia que foi passada anteriormente. 
Ex: Fui muito bem nas provas logo devo passar de 
ano. 
1.5- Explicativas: Idea de explicação. 
Ex: Eu fiz isto pois estava exausto. 
 
2- Subordinadas: Inserem uma oração na 
outra, estabelecendo entre elas uma 
relação de dependência sintática. Essas 
conjunções ligam uma oração principal a 
uma oração dependente através de uma 
conjunção subordinada adverbial que pode 
ser: 
 
2.1- Causal: Indica cauda, motivo, ou razão do 
efeito expresso na oração principal. 
 
Ex: Foi bem no vestibular porque estudou 
bastante. 
 
 
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 2.2- Comparativas: Indica ideia de comparação 
entre as orações. 
 
Ex: Maria é tão inteligente quanto Ana. 
 2.3- Concessivas: Indica ideia de concessão. 
Ex: Ele não concordará com isso por mais que você 
insista. 
 2.4- Condicionais: Indica ideia de condição 
para que aconteça algo expresso na oração 
principal. 
Ex: Iria ao teatro se tivesse companhia. 
 2.5- Conformativas: Indica ideia de 
conformidade em relação a uma ideia expressa na 
oração principal. 
Ex: Fizemos a pesquisa conforme as orientações 
passadas. 
 2.6- Consecutivas: Indica uma consequência. 
Ex: Trabalhei tanto que estou morto. 
 2.7- Finais: Indica ideia de finalidade. 
Ex: Cheguei mais cedo a fim de que possamos 
preparar o material da aula. 
 2.8- Proporcionais: Indicam ideia de 
proporção. 
Ex: O medo cresce à medida que crescemos. 
 2.9- Temporais: Indica a ideia de momento que 
ocorre algum fato descrito na oração principal. 
Ex: O filho arrumava a mesa enquanto a mãe 
preparava a comida. 
 
INTERJEIÇÃO 
 É a palavra que expressa emoções, apenas, 
sentimentos, sensações, estado de espírito a fim de 
provocar reações no interlocutor. As interjeições 
podem ser classificadas como as que expressam: 
1- Alívio: Ufa! 
2- Alegria: Oh! Oba! Aleluia! 
3- Dor: Ai! 
4- Desejo: Tomara! 
5- Advertência: Cuidado! Atenção! 
6- Agradecimento: Obrigado! 
7- Aplauso: Muito bem! 
 
 
QUESTÕES 
 
1. 
O termo agridoce é formado por 
A 
derivação prefixal. 
B 
derivação sufixal. 
C 
derivação imprópria. 
D 
composição por justaposição. 
E 
composição por aglutinação. 
 
2. 
“O envelhecimento da população brasileira é um 
fenômeno recente...”. O vocábulo “envelhecimento” 
é um substantivo derivado que foi formado por 
meio de um processo conhecido como 
A 
derivação sufixal. 
B 
derivação prefixal. 
C 
derivação pré-sufixal. 
D 
derivação parassintética. 
 
3. 
Assinale a alternativa que apresenta palavra com 
derivação parassintética. 
A 
alegremente 
B 
refazer 
C 
antebraço 
D 
desalmado 
 
4. 
 
O rato, na tirinha acima, utiliza uma estratégia para 
adquirir comida, produzindo as palavras “Piu! 
 
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Piu!”. Esse recurso linguístico é conhecido no 
processo de formação de palavras como 
A 
hibridismo. 
B 
neologismo. 
C 
onomatopeia. 
D 
composição. 
 
5. 
Os pontos positivos e negativos das redes 
sociais 
 
Jornal do Brasil 
 
Nos dias atuais, as diversas opções de sites de 
relacionamentos ocupam uma parte significativa 
do tempo das pessoas, principalmente dos mais 
jovens. Twitter, Facebook, Youtube, Google+ e 
Instagram são algumas das principais e também 
mais utilizadasno Brasil. Com elas é possível falar 
com uma pessoa no Japão e outra na Bahia, 
simultaneamente; compartilhar o que se está 
fazendo por meio de vídeos, fotos ou textos, em 
tempo real e tudo isso com interação total com os 
amigos. Ou seja, são ótimas ferramentas de 
comunicação e de entretenimento, agilizam e 
facilitam a nossa comunicação diária. Entretanto, 
na mesma proporção que têm pontos positivos, 
contam também com negativos, como, por 
exemplo, a sensação de solidão ou a dificuldade de 
superar a timidez. 
 
O usuário deve ter em mente que não é ele que está 
a serviço das redes sociais, são elas que devem 
trabalhar a seu favor, para facilitar e agilizar a sua 
vida. O uso indiscriminado, sem se preocupar com 
os vícios de comportamento que elas podem 
oferecer é prejudicial. Entender o que esses sites 
têm a oferecer de positivo e quais são os aspectos 
negativos é o primeiro passo para estabelecer o 
seu uso saudável. "É importante avaliar quais são 
os reais benefícios que elas oferecem. Até que 
ponto fazem bem? Dou muita importância para o 
que eu vejo e faço no ambiente virtual? Estou feliz 
com os relacionamentos que tenho em rede? 
Perguntas como essas provocam questionamentos 
internos importantes acerca de como a pessoa se 
relaciona nestes sites e quais são seus sentimentos 
em relação a sua vida em rede", argumenta a 
psicoterapeuta Maura de Albanesi. 
 
A possibilidade de compartilhar aquilo que se vive, 
em tempo real, é um dos chamarizes da internet, 
mais especificamente dos sites de relacionamento. 
Ao relacionar-se em rede, o usuário tem ao seu 
dispor inúmeras possibilidades, como a troca de 
experiência, o compartilhamento de informações, 
além da comunicação ágil e direta. Por outro lado, 
pode causar nas pessoas uma certa 
obrigatoriedade de ser feliz, já que existe uma 
espetacularização da felicidade. "O indivíduo não 
está num dia bom, está triste, abre o seu perfil e se 
depara com uma série de imagens, textos em que 
seus seguidores desfrutam e descrevem momentos 
felizes. Cria-se aí um cenário onde a sensação que 
se tem é da obrigação de ser feliz, como se naquele 
espaço, o virtual, não houvesse outra opção a não 
ser a de estar sempre bem", explica a 
psicoterapeuta.7 
 
http://www.jb.com.br/ciencia-e-
tecnologia/noticias/2015/07/22/os-
pontospositivos- e-negativos-das-redes-sociais/. 
 
As palavras “felicidade e espetacularização” são 
derivadas e foram formadas pelo acréscimo de um 
elemento conhecido por: 
A 
Prefixo. 
B 
Sufixo. 
C 
Prefixo e sufixo. 
D 
Vogal temática. 
E 
Desinência de número. 
 
6. 
Utilização da água de chuva 
 
Atualmente, grande parte da água da chuva vai 
parar na rede de esgoto das cidades, gerando um 
grande desperdício deste recurso. Esta água, se 
captada, pode ser utilizada para diversas 
finalidades. Já existem alguns prédios com 
estrutura capaz de fazer a captação e 
armazenagem deste tipo de água. Ela é usada nos 
processos de limpeza do prédio, resultando numa 
 
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importante economia para o condomínio, pois gera 
uma redução na conta de água. 
(com adaptação) 
 
(http://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/reus
o_agua.htm) 
 
A palavra “atualmente” é formada por: 
A 
Prefixação. 
B 
Justaposição. 
C 
Sufixação. 
D 
Aglutinação. 
 
7. 
Substantivos coletivos são palavras que, escritas 
no singular, indicam um conjunto ou um 
agrupamento de coisas e de seres da mesma 
espécie, transmitindo assim uma noção de 
multiplicidade. Tendo isso em mente, 
é correto afirmar que uma cáfila é o substantivo 
coletivo de 
A 
insetos. 
B 
macacos. 
C 
camelos. 
D 
borboletas. 
E 
ovelhas. 
 
8. 
O livro de cabeceira de Alexandre 
 
Alexandre da Macedônia é chamado de Grande 
porque conseguiu unificar as orgulhosas cidades-
estados gregas, conquistar todos os reinos entre a 
Grécia e o Egito, derrotar o poderoso exército 
persa e criar um império que se estendeu até a 
Índia – em menos de treze anos. Pergunta-se desde 
então como um governante de um reino grego 
menor foi capaz de realizar essa façanha. Mas 
sempre houve uma segunda pergunta, mais 
atraente para mim: antes de mais nada, por que 
Alexandre quis conquistar a Ásia? 
 
Ao pensar sobre essa questão, acabei por me 
concentrar em três objetos que Alexandre levava 
consigo em suas campanhas militares e que punha 
embaixo de seu travesseiro todas as noites, três 
objetos que resumiam o modo como ele via sua 
campanha. O primeiro era um punhal. Ao lado 
dessa arma, Alexandre guardava uma caixa. E 
dentro da caixa estava o mais precioso dos três 
objetos: uma cópia de seu texto favorito, a Ilíada. 
 
Como ele escolheu esses três objetos, e o que 
significavam para ele? 
 
Alexandre dormia sobre um punhal porque queria 
escapar ao destino de ser assassinado como seu 
pai. A caixa ele a tomara de Dario, seu adversário 
persa(b). E a Ilíada, ele a levou para a Ásia(d) porque 
era a história através da qual via sua campanha e 
sua vida, um texto fundamental que se assenhorou 
da mente de um príncipe que viria a conquistar 
grande parte do mundo então conhecido(a). 
 
A epopeia de Homero já era um texto fundamental 
para os gregos havia muitas gerações. Para 
Alexandre, adquirira a importância de um texto 
quase sagrado(c), e é por isso que sempre o levava 
consigo em sua campanha. É o que fazem os textos, 
sobretudo os fundamentais: eles alteram a 
maneira como vemos o mundo e também atuamos 
nele. Esse era decerto o caso de Alexandre. Ele foi 
induzido não só a ler e estudar esse texto, mas 
também a reencená-lo. Alexandre, o leitor, se pôs 
dentro da narrativa, vendo sua própria vida e sua 
trajetória à luz do Aquiles de Homero. Alexandre, o 
Grande, é bem conhecido por ser um rei 
extraordinário. Acontece que era também um 
leitor extraordinário. 
 
PUCHNER, Martin. O mundo da escrita: como 
a literatura transformou a civilização. 1ª ed. – São 
Paulo: Companhia das Letras, 2019. 
 
O fragmento do texto em que o vocábulo em 
destaque foi substantivado é: 
A 
“de um príncipe que viria 
a conquistar grande parte do mundo 
então conhecido. 
B 
“A caixa ele a tomara de Dario, seu 
adversário persa”. 
 
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C 
“...adquirira a importância de um 
texto quase sagrado...” 
D 
“E a Ilíada, ele a levou para a Ásia...” 
 
9. 
TEXTO I 
 
Vacina da gripe: o que muda em 2020 
 
Com a ameaça do coronavírus, a campanha de 
vacinação da gripe foi antecipada. Saiba quem 
pode tomar o imunizante contra o influenza na 
rede pública 
 
Por André Biernath 
 
Em sua 21ª temporada, a Campanha Nacional de 
Vacinação Contra a Gripe segue mais forte do que 
nunca. Só para 2020, o Ministério da Saúde 
encomendou ao Instituto Butantan, órgão 
responsável por fabricar as vacinas, mais de 75 
milhões de doses. A meta é proteger ao menos 67 
milhões de brasileiros. 
 
A estratégia, aliás, teve que ser revista de última 
hora: com a confirmação dos primeiros casos de 
infecção pelo novo coronavírus no Brasil, o 
governo antecipou a campanha em quase um mês. 
Antes, a proposta era iniciar os trabalhos na 
segunda quinzena de abril. Agora, as primeiras 
doses estarão disponíveis para o público-alvo a 
partir do dia 23 de março. 
 
“Antecipamos a campanha porque a vacina deixa o 
sistema imunológico 80% protegido contra cepas 
do vírus influenza, milhares de vezes mais comuns 
que o coronavírus”, justificou, em entrevista 
coletiva, o ministro da saúde Luiz Henrique 
Mandetta. “Se a pessoa avisa que foi vacinada 
[contra a gripe], isso auxilia no raciocínio do 
profissional de saúde, do médico pensar em outros 
víruspor trás de uma doença”, completou. 
 
Que fique claro: não é que a vacina da gripe diminui 
o risco de contágio por coronavírus. Mas, ao 
proteger a população mais vulnerável, a injeção 
evita que o influenza sobrecarregue o sistema 
respiratório. E se sabe que o coronavírus tende a 
provocar complicações entre quem está 
enfraquecido por uma doença ou carrega outros 
agentes infecciosos no corpo. 
 
A vacinação ainda desafoga os pronto-socorros e 
hospitais do sistema público e privado, que vão ter 
menos pacientes com gripe e mais espaço para um 
eventual surto de Covid-19 (o nome da doença 
provocada pelo novo coronavírus). 
 
A médica Isabella Ballalai, vice-presidente da 
Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), vê 
com bons olhos a decisão do Ministério da Saúde. 
“A antecipação é super bem-vinda. Março é a 
melhor época para começar a campanha, pois o 
vírus da gripe já circula entre nós. Quanto antes 
vacinarmos, mais a população estará preparada 
para enfrentá-lo”, acredita. (...) 
 
Disponível em: 
https://saude.abril.com.br/medicina/vacina-gripe-
2020/ . Acesso em 06/03/2020. 
 
Na frase “Antecipamos a campanha porque a 
vacina deixa o sistema imunológico 80% protegido 
contra cepas do vírus influenza, milhares de vezes 
mais comuns que o coronavírus”, citada no TEXTO 
I, encontramos 
A 
4 substantivos. 
B 
9 substantivos. 
C 
7 substantivos. 
D 
11 substantivos. 
 
10. 
Temos o plural “menores aprendizes”. As 
alternativas a seguir seguem corretamente as 
regras de plural de substantivos compostos, exceto 
A 
guardas civis. 
B 
abaixos- assinados. 
C 
quartas-feiras. 
D 
primeiras-damas. 
 
11. 
 
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http://3.bp.blogspot.com/-g-
hHaAyDp8o/UD4hsNSm4GI/AAAAAAAAAdQ/Y8j1h
A4FDsQ/s1600/aquecimento+global+9.jpg] 
 
O termo “próximo” pode ser utilizado em língua 
portuguesa em várias classes de palavras 
diferentes. No caso do texto, esta palavra foi 
utilizada como: 
A 
Adjetivo 
B 
Advérbio 
C 
Substantivo 
D 
Conjunção 
 
12. 
 
Disponível em 
https://br.pinterest.com/pin/304274518572701992/. 
 
Em “Quando eu era criança tinha medo do 
escuro...”, os verbos destacados estão conjugados 
em que tempo e modo verbais? 
A 
pretérito imperfeito do modo 
indicativo. 
B 
pretérito perfeito do modo indicativo. 
C 
pretérito imperfeito do modo 
subjuntivo. 
D 
pretérito mais-que-perfeito do modo 
indicativo. 
 
13. 
Assinale a alternativa em que o verbo pode ser 
conjugado no singular ou no plural sem prejuízo 
para a norma culta. 
A 
Vendem-se livros usados. 
B 
Havia muitas pessoas na reunião. 
C 
As Filipinas foram uma colônia 
espanhola. 
D 
Filmes, livros, conversas, nada o 
animava. 
E 
A multidão de fanáticos torcedores 
comemorou o gol. 
 
14. 
Assinale a alternativa na qual os verbos em 
destaque estão conjugados, respectivamente, 
no pretérito imperfeito do subjuntivo e no 
futuro do pretérito do indicativo. 
A 
Para uma pessoa obter bitcoins, 
ela fará uma transação comercial. 
B 
Um investidor ficara feliz, 
pois obtivera muitos bitcoins na 
transação. 
C 
Se obtivesse muitos 
bitcoins, deveria imediatamente 
vendêlos. 
D 
Obtidos os bitcoins 
que sejam suficientes, deveria compra
r mais logo em seguida. 
E 
 
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Quando obtiver mais capital, 
imediatamente comprará mais 
criptomoedas. 
 
15. 
 
Disponível 
em https://br.pinterest.com/pin/37365810031070
7621/. Acesso em 30/06/2020. 
 
No período “Que história é essa de ficar sentado 
esperando alguma coisa da vida?”, há a presença de 
pronomes que podem ser classificados, 
respectivamente, como 
 
A 
interrogativo – demonstrativo – 
indefinido. 
B 
relativo – indefinido – demonstrativo. 
C 
interrogativo – possessivo – 
demonstrativo. 
D 
relativo – demonstrativo – indefinido. 
 
16. 
Analisando os pronomes destacados nos trechos, 
está CORRETA a alternativa: 
 
I- Eu faço o máximo para limpá- la. 
 
II- ... essa é uma tarefa inútil. 
 
III- ... sua gravata também dá sinais de gasto... 
 
A 
Os pronomes de II e III apresentam a 
mesma classificação. 
B 
Em I, tem-se um pronome pessoal 
oblíquo átono. 
C 
Em II, o pronome classifica-se como 
indefinido. 
D 
Em III, o pronome emprega-se como 
demonstrativo. 
 
17. 
 
 
Disponível em: revistaencontro.com.br/canal/ 
encontro-indica/2015/03/conhecao- ilustrador-
que-da-vida-a-armandinho-que-e-sucesso-no-
facebo.html. Acesso em 04 de fev. 2021. 13. 
 
Em “Acho que estou meio ansioso...”, o termo em 
destaque é classificado como 
A 
adjetivo. 
B 
advérbio. 
C 
conjunção. 
D 
numeral. 
18. 
O Tempo 
 
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Rubem Alves 
 
Há duas formas de marcar o tempo. Uma delas foi 
inventada por homens que amam a precisão dos 
números, matemáticos, astrônomos, cientistas, 
técnicos. Para marcar o tempo de forma precisa, 
eles fabricaram ampulhetas, relógios, 
cronômetros, calendários. Nesses artefatos 
técnicos, todos os pedaços do tempo – segundos, 
minutos, dias, anos – são feitos de uma mesma 
substância: números, entidades matemáticas. Não 
há inícios nem fins, apenas a indiferente sucessão 
de momentos, que nada dizem sobre alegrias e 
sofrimentos. Apenas um bolso vazio. Nele, a alma 
não encontra morada. 
 
Nas Olimpíadas, a performance dos corredores e 
nadadores é medida até os centésimos. Fico a me 
perguntar: “Como é que conseguem? Que diferença 
faz?”. 
 
A outra foi inventada por homens que sabem que a 
vida não pode ser medida com calendários e 
relógios. A vida só pode ser marcada com a vida. Os 
amantes do Cântico dos Cânticos marcavam o 
tempo do amor pelos frutos maduros que pendiam 
das árvores. Quando as folhas dos plátanos ficam 
amarelas sabemos que o outono chegou. Os ipês-
rosas e amarelos anunciam o inverno. 
 
Qual a magia que informa os ipês, todos eles, em 
lugares muito diferentes, que é hora de perder as 
folhas e florescer? E sem misturar as cores. 
Primeiro os rosas, depois os amarelos e, 
finalmente, os brancos. 
 
Sugeri que algum compositor compusesse uma 
sinfonia ou uma brincadeira musical em três 
movimentos. Primeiro movimento, “Ipê-rosa”, 
andante tranquilo, em que os violoncelos cantam a 
paz e a segurança. Segundo movimento, “Ipê-
amarelo”, rondo vivace, em que os metais, cores 
parecidas com a dos ipês, fazem soar a exuberância 
da vida. Terceiro movimento, “Ipê-branco”, 
moderato, em que o veludo dos oboés canta a 
mansidão. Seria bom se nós, como os ipês, nos 
abríssemos para o amor no inverno. 
 
A precisão dos números marca o tempo das 
máquinas e do dinheiro. O tempo do amor se marca 
com o corpo. 
 
Um calendário é coisa precisa: anos, meses, dias, 
horas, que são marcados com números. Esses 
números medem o tempo. Mas os pedaços de 
tempo são bolsos vazios: nada há dentro deles. O 
bolso vazio do tempo se torna parte do nosso corpo 
quando o enchemos com vida. Aí o tempo não mais 
pode ser representado por números. O tempo 
aparece como um fruto que vai sendo comido: é 
belo, é colorido, é perfumado. E, à medida que vai 
sendo comido, vai acabando. Vem a tristeza. O 
tempo da vida se marca por alegrias e tristezas. Há 
inícios e há fins. 
 
Tempus fugit; o tempo foge. Portanto, carpe diem: 
colha o dia como um fruto que amanhã estará 
podre. 
 
Viver ao ritmo de alegrias e tristezas é ser sábio. 
“Sapio”, no latim, quer dizer, “eu saboreio”. O sábio 
é um degustador da vida. A vidanão é para ser 
medida. Ela é para ser saboreada. 
 
Um texto bíblico diz: “Ensina-nos a contar os 
nossos dias de tal maneira que alcancemos um 
coração sábio”. Acho que Jesus sorriria se eu 
acrescentasse ao “Pai-Nosso” outra súplica: “A 
fruta nossa de cada dia dá-nos hoje…”. Caqui, 
pitanga, morango à beira do abismo, melancia… 
 
Heráclito foi um filósofo grego fascinado pelo 
tempo. Contemplava o rio e via que tudo é rio. 
Percebeu que não é possível entrar duas vezes no 
mesmo rio; na segunda vez, as águas serão outras, 
o primeiro rio já não existirá. Tudo é água que flui: 
as montanhas, as casas, as pedras, as árvores, os 
animais, os filhos, o corpo… Assim é tudo, assim é 
a vida: tempo que flui sem parar. Daquilo que ele 
supostamente escreveu, restam apenas 
fragmentos enigmáticos. Dentre eles, um me 
encanta: “Tempo é criança brincando, jogando; da 
criança o reinado”. 
 
Para nós, o tempo é um velho, cada vez mais velho, 
sobre quem se acumulam os anos que passam e de 
quem a vida foge. 
 
Heráclito, ao contrário, diz que o tempo é criança, 
início permanente, movimento circular, o fim que 
volta sempre ao início, fonte de juventude eterna, 
possibilidade de novo começos. 
 
Tempo é criança? O que o filósofo queria dizer 
exatamente eu não sei. Mas sei que as crianças 
 
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odeiam Chronos, o deus dos cronômetros, dos 
segundos, dos centésimos de segundos O relógio é 
o tempo do dever: corpo engaiolado. 
 
Disponível em 
https://www.revistaecosdapaz.com/o-tempo-
uma-cronica-encantadora-de-rubem-alves/. 
 
A coesão é importante para interligar as ideias em 
um texto. Sem ela, não é possivel estabelecer o 
sentido desejado. Em “E, à medida que vai sendo 
comido, vai acabando”, a conjunção destacada está 
estabelecendo ideia de 
A 
consequência. 
B 
comparação. 
C 
proporção. 
D 
conclusão. 
 
19. 
Na passagem “A numeração de Maria Rita não é 
36, mas vestiu aquele macacão branco como se 
fosse”, o termo em destaque pode ser substituído, 
sem prejuízo de sentido, por 
 
 
A 
conquanto. 
B 
por isso. 
C 
porquanto. 
D 
todavia. 
 
 
Gabarito 
 
1.E 
2.D 
3.D 
4.C 
5.B 
6.C 
7.C 
8.C 
9.B 
10.B 
11.A 
12.A 
13.E 
14.C 
15.A 
16.B 
17.B 
18.C 
19.A 
 
10. Sintaxe da oração e do período. 
 
FRASE 
 
A frase pode ser definida por seu propósito 
comunicativo. Isso significa que Frase é todo 
enunciado capaz de transmitir, de traduzir 
sentidos completos em um contexto de 
comunicação, de interação verbal. Observe 
algumas características das frases: 
 
1- O início e o final da frase são marcados, na 
escrita, por pontuação específica (. ! ? …); 
 
2- Na fala, o início e o final da frase são 
marcados por uma entoação característica. 
Não se esqueça de que a entoação é a forma 
como os falantes associam o contorno da 
expressividade, como é visto na frase 
interrogativa ou declarativa; 
 
3- Podem ser elaboradas por uma única ou 
por várias palavras; 
 
4- Podem apresentar um verbo ou não; 
 
5- Na escrita, os limites da frase são indicados 
pela letra inicial maiúscula e pelo sinal de 
pontuação (. ! ? …). 
 
Tipos de Frases 
 
1- Frases interrogativas: Entonação de 
pergunta. Geralmente, é finalizada com 
ponto de interrogação (?). 
 
Exemplo: Que dia você volta? 
 
2- Frases exclamativas: Entonação expressiva, 
reação mais exaltada. Geralmente, 
finalizada com ponto de exclamação ou 
reticências (! …). 
 
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 Exemplo: Que horror! 
 
3- Frases declarativas: Não são marcadas pela 
entonação expressiva ou intencional. 
Geralmente apresentam declarações 
afirmativas ou negativas e são finalizadas 
com o ponto final (.). 
 
 Exemplo: Amanhã não poderei levantar. 
 
4- Frases imperativas: Enunciado que traz um 
verbo no modo imperativo. Geralmente 
sugere uma ordem e é finalizado pelos 
pontos de exclamação e final (! .). 
 
Exemplo: Fale mais baixo! 
 
ORAÇÃO 
 
A oração é uma unidade sintática. Trata-se 
de um enunciado linguístico cuja estrutura 
caracteriza-se, obrigatoriamente, pela presença de 
um verbo. Na verdade, a oração é caracterizada, 
sintaticamente, pela presença de um predicado, o 
qual é introduzido na língua portuguesa pela 
presença de um verbo. Geralmente, a oração 
apresenta um sujeito, termos essenciais, 
integrantes ou acessórios. 
 
PERÍODO 
 
O período é uma unidade sintática. Trata-
se de um enunciado construído por uma ou mais 
orações e possui sentido completo. Na fala, o início 
e o final do período são marcados pela entonação 
e, na escrita, são marcados pela letra maiúscula 
inicial e a pontuação específica que delimita sua 
extensão. Os períodos podem ser simples ou 
compostos. Vejamos cada um deles: 
 
PERÍODO SIMPLES 
 
Os períodos simples são aqueles 
constituídos por uma oração, ou seja, um 
enunciado com apenas um verbo e sentido 
completo. Exemplo: Os dias de verão são muito 
longos! (verbo ser) 
 
PERÍODO COMPOSTO 
 
Os períodos compostos são aqueles 
constituídos por mais de uma oração, ou seja, dois 
ou mais verbos. Exemplo: Mariana me ligou para 
dizer que não virá mais tarde. (Período composto 
por três orações: verbos ligar, dizer e vir.) O 
período composto pode ser composto por 
coordenação ou subordinação. 
 
ORAÇÕES COORDENADAS 
 
Os períodos compostos por coordenação 
são formados por orações independentes. Apesar 
de estarem unidas por conjunções ou vírgulas, as 
orações coordenadas podem ser entendidas 
individualmente porque apresentam sentidos 
completos. 
 
COORDENADAS ASSINDÉTICAS 
 
São orações coordenadas entre si e que não 
são ligadas através de nenhum conectivo. Estão 
apenas justapostas. 
 
COORDENADAS SINDÉTICAS 
 
Ao contrário da anterior, são orações 
coordenadas entre si, mas que são ligadas através 
de uma conjunção coordenativa. Esse caráter vai 
trazer para esse tipo de oração uma classificação. 
As orações coordenadas sindéticas são 
classificadas em cinco tipos: aditivas, adversativas, 
alternativas, conclusivas e explicativas. 
 
1- ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS 
ADITIVAS: Apresentam ideias de soma, suas 
principais conjunções são: e, nem, não só... mas 
também, não só... como, assim... como. 
 
Não só cantei como também dancei. 
Nem comprei o protetor solar, nem fui à praia. 
Comprei o protetor solar e fui à praia. 
 
2- ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS 
ADVERSATIVAS: Apresentam ideias opostas, suas 
principais conjunções são: mas, contudo, todavia, 
entretanto, porém, no entanto, ainda, assim, senão. 
 
Fiquei muito cansada, contudo, me diverti 
bastante. 
Ainda que a noite acabasse, nós continuaríamos 
dançando. 
Não comprei o protetor solar, mas mesmo assim 
fui à praia. 
 
 
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3- ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS 
ALTERNATIVAS: Apresentam ideias de escolha, 
suas principais conjunções são: ou... ou; ora...ora; 
quer...quer; seja...seja. 
 
Ou uso o protetor solar, ou uso o óleo bronzeador. 
Ora sei que carreira seguir, ora penso em várias 
carreiras diferentes. 
Quer eu durma quer eu fique acordado, ficarei no 
quarto. 
 
4- ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS 
CONCLUSIVAS: Apresentam ideias de conclusão 
em relação a oração anterior, suas principais 
conjunções são: logo, portanto, por fim, por 
conseguinte, consequentemente, pois (posposto ao 
verbo) 
 
Passei no vestibular, portanto irei comemorar. 
Conclui o meu projeto, logo posso descansar. 
Tomou muito sol, consequentemente ficou 
adoentada.A situação é delicada; devemos, pois, agir. 
 
5- ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS 
EXPLICATIVAS: Apresentam ideia de explicação 
em relação ao fato expresso na oração anterior, 
suas principais conjunções são: isto é, ou seja, a 
saber, na verdade, pois (anteposto ao verbo). 
 
Só passei na prova porque me esforcei por muito 
tempo. 
Não fui à praia, pois queria descansar durante o 
Domingo. 
 
ORAÇÕES SUBORDINADAS 
 
Os períodos compostos por subordinação são 
formados por orações dependentes uma da outra. 
Como as orações subordinadas apresentam 
sentidos incompletos, não podem ser entendidas 
de forma separada. Conforme a função sintática 
que desempenham, as orações subordinadas são 
classificadas em substantivas, adjetivas ou 
adverbiais. 
 
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA 
 
 
1- SUBJETIVA (O.S.S.S.): exercem função 
de sujeito do verbo da oração principal. 
 
É provável que ele chegue ainda hoje. 
 
 
 
Oração principal O.s.s.subjetiva 
 
 Objetiva Direta (O.S.S.O.D.): exercem função 
de objeto direto (não possui preposição). 
 
Desejo que todos venham. 
 
 
Oração principal O.s.s. objetiva direta 
 
OBJETIVA INDIRETA (O.S.S.O.I.): exercem função 
de objeto indireto (possui preposição obrigatória, 
que vem depois de um VERBO). 
 
Necessitamos de que todos nos ajudem. 
 
 
Oração principal o.s.s.objetiva indireta 
 
PREDICATIVAS (O.S.S.P.): exercem função 
de predicativo a principal sempre terá verbo de 
ligação. 
 
Meu desejo era que me dessem uma camisa. 
 
 
Oração principal o.s.s.predicativa 
 
COMPLETIVAS NOMINAIS (O.S.S.C.N.): exercem 
função de complemento nominal de um nome da 
oração principal. 
 
Tenho esperança de que ela ainda volte. 
 
 
Oração principal o.s.s. completiva nominal 
 
APOSITIVAS (O.S.S.A.): todas as apositivas têm 
dois pontos (:)ou ponto e virgula (;) no meio da 
oração. Exercem função de aposto. 
 
Desejo-te uma coisa: que sejas muito feliz. 
 
 
Oração principal o.s.s. apositiva 
Todas as orações subordinadas 
substantivas podem ser trocadas pelas 
palavras: isso, disso ou nisso. Veja os exemplos: 
 
 
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Precisamos de que venha para a aula. = 
Precisamos disso. (Disso: completiva nominal ou 
objetiva indireta) 
Quero que venha para a guerra. = Quero isso. (Isso: 
subjetiva, objetiva direta, predicativa) 
Fiquei pensando que valia a pena. = Fiquei 
pensando nisso. (Nisso: completiva nominal ou 
objetiva indireta). 
 
ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL 
 
Uma oração é considerada subordinada 
adverbial quando se encaixa na oração principal, 
funcionando como adjunto adverbial. 
São introduzidas pelas conjunções subordinativas 
e classificadas de acordo com as circunstâncias que 
exprimem. Podem ser: causais, comparativas, 
concessivas, condicionais, conformativas, 
consecutivas, finais, proporcionais, temporais, 
locativas e modais. 
 
1- CAUSAL- indica a causa da consequência 
expressa na oração principal. 
 
Ex.: Todos se opuseram a ele, porque não 
concordavam com suas ideias 
A cidade foi alagada porque o rio transbordou 
 
2- CONDICIONAL- indica a condição para que 
a ação da oração principal aconteça. 
 
Ex.: Se houvesse opiniões contrárias, o acordo 
seria desfeito 
Caso você não estude, ficará muito ansioso para a 
prova 
 
3- TEMPORAL- marca o momento em que a 
ação da oração principal acontece. 
 
Ex.: Priscila chegou em casa quando amanheceu 
Eu me sinto segura assim que fecho a porta da 
minha casa 
 
4- PROPORCIONAL - indica ações que 
acontecem proporcionalmente a algo 
expresso na oração principal. 
 
Ex.: Quanto mais você fumar, mais grave ficará 
sua doença 
Quanto menos trabalho, menos vontade tenho de 
trabalhar 
 
5- FINAL - indica a finalidade da ação 
expressa na oração principal. 
 
Ex.: O pai sempre trabalhou para que os filhos 
estudassem 
Sentei-me na primeira fila, a fim de que pudesse 
ouvir melhor 
 
6- CONFORMATIVA - indica que a ação da 
oração principal ocorre em conformidade 
com aquilo ali expresso. 
 
Ex.: Os jogadores procederam segundo o técnico 
lhes ordenara 
Como eu havia te falado, a prova não estava fácil. 
 
7- CONSECUTIVA - indica a consequência da 
ação (causa) expressa na oração principal. 
 
Ex.: Suas dívidas eram tantas que vivia nervoso. 
Comecei o dia tão mal que não consegui me 
concentrar no trabalho. 
 
8- CONCESSIVA - indica uma concessão 
(concede uma ideia oposta daquela 
expressa na oração principal). 
 
Ex.: Embora a prova estivesse fácil, demorei 
bastante para terminar. 
Mesmo tendo sido cuidadosamente planejado, 
ocorreram vários imprevistos. 
 
9- COMPARATIVA - estabelece comparação 
entre as duas orações (para evitar a 
repetição, é comum a omissão do verbo em 
uma delas). 
 
Ex.: Ele sempre se comportou tal qual um 
cavalheiro. 
Ele tem estudado como um obstinado (estuda). 
 
10- MODAL - Indicam um modo expresso na 
oração principal. 
 
Ex.: Chegou em casa sem fazer nenhum barulho. 
A criança distraia-se com o desenho animado. 
 
11- LOCATIVA - Indica um lugar que está 
expresso na oração principal. 
 
Ex.: Quero visitar a escola onde estudei. 
Você vai morar na casa onde há um belo jardim. 
 
 
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ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA 
 
Orações adjetivas são aquelas orações que 
exercem a função de um adjetivo dentro da 
estrutura da oração principal. Há dois tipos de 
orações adjetivas: as restritivas e as explicativas. 
A subordinada adjetiva sempre vem com pronome 
relativo: Que (qual, o qual, qual, as quais, os quais), 
cujo, onde (aonde). 
 
1- O. S. ADJETIVAS RESTRITIVAS: 
funcionam como adjuntos adnominais e 
servem para designar algum elemento da 
frase. Não pode ser isolada por vírgulas, e 
restringe, identifica o substantivo ou 
pronome ao qual se refere. 
 
Exemplo: 
Você é um dos poucos alunos/ que eu conheço. 
Eles são um dos casais/ que falaram conosco 
ontem. 
Os idosos que gostam de dançar/ se divertiram 
muito. 
 
2- O. S. ADJETIVAS EXPLICATIVAS: ao 
contrário das restritivas, são quase sempre 
isoladas por vírgulas. Servem para 
adicionar características ao ser que 
designam. Sua função é explicar, e funciona 
estruturalmente como um aposto 
explicativo. 
 
Exemplo: 
Meu tio, que era advogado, prestou serviços ao réu. 
Eu, que não sou perfeito, já cometi alguns erros 
graves. 
Os idosos, que gostam de dançar, se divertiram 
muito. 
 
ESTRUTURA SINTÁTICA DO PERÍODO 
A estrutura de um período é composta pelos 
termos da oração, ou seja, pelas palavras que 
dotam uma frase verbal de sentido. Os termos 
podem ser: 
• Essenciais (ou fundamentais): são o sujeito 
e o predicado da oração. 
• Integrantes: termos que completam o 
sentido, como: 
1. Complementos verbais (objetos diretos e 
indiretos). 
2. Complementos nominais. 
3. Agentes da passiva. 
• Acessórios: apresentam função secundária 
na oração, e são os: 
1. Adjuntos adnominais; 
2. Adjuntos adverbiais; 
3. Apostos. 
Os vocativos não fazem parte da análise sintática, 
pois não pertencem à estrutura da oração. 
 
 
SUJEITO 
Termo sobre o qual se fala algo no restante 
da oração, em outras palavras: é dele que a frase 
fala. Define a conjugação do verbo e pode aparecer 
no início (ordem direta), no meio ou no fim da 
oração (ordem inversa). 
 
Ordem direta: Os alunos estudavam 
preocupados. 
Ordem Inversa: Estudavam preocupados os 
alunos. 
Sujeito no meio da oração: Preocupados, os 
alunos estudavam. 
 
Tipos de Sujeito 
 
A) Sujeito Simples: apenas um núcleo. 
 
A peça começou às 20 horas. 
O professor ensinamuito bem. 
 Todos estão concentrados. 
 Treze é meu número da sorte. 
 
• CUIDADO para não confundir com a ideia 
de singular e de plural, o que importa é: o 
verbo da oração deve se referir a apenas 
um elemento. 
 
B) Sujeito Composto: mais de um núcleo. 
 
Os alunos e o professor foram ao parque. 
Aquário e Capricórnio são signos do zodíaco. 
 
 
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C) Sujeito Oculto: também chamado de elíptico ou 
implícito, é aquele que não está explicitado, mas é 
identificado pelo contexto e/ou pela desinência 
verbal. 
 
Fui ao teatro ontem. (Sujeito do verbo 
"fui": Oculto "Eu") 
 (Eu) Fui ao teatro ontem. 
 -> identificado pela desinência verbal. 
 
João e Maria passeavam pelo bosque. Foram 
capturados por uma bruxa. (Sujeito do verbo 
foram: Oculto "Eles", em referência a João e 
Maria.) 
 (Eles) Foram capturados por uma bruxa. 
 -> identificado pelo contexto. 
 
D) Sujeito Indeterminado: não conhecemos a 
identidade do sujeito, nem pela desinência verbal, 
nem pelo contexto. 
 
I- Verbo na terceira pessoa do plural* 
 Roubaram meu carro naquele estacionamento. 
 *Não deve ser possível identificar o sujeito pelo 
contexto. 
 
II - Verbo no infinitivo impessoal 
 Era difícil decorar todo aquele assunto. 
 
III- Verbo na terceira pessoa do singular + 
índice de indeterminação do sujeito ("se") 
 Vive-se melhor aqui. 
 Trata-se de estudos realizados no ano passado. 
 
* O verbo pode ser intransitivo, transitivo 
indireto, de ligação, transitivo direto com 
preposição. 
 
E) Sujeito Inexistente: a oração possui apenas 
predicado e é articulada por meio de um verbo 
impessoal. 
 
I - Com verbos que indicam fenômenos da 
natureza: chover, trovoar, ventar, nevar, 
amanhecer, escurecer. 
 Choveu a noite inteira. 
 Nevava forte naquela cidade. 
 
II - Com os verbos fazer, estar, parecer, 
ficar: indicando tempo ou fenômenos naturais. 
 Faz anos que não a vejo. 
 Está quente. 
Ficou frio repentinamente. 
 
III - Com o verbo haver: sentido de existir ou de 
tempo decorrido. 
 Havia poucos alunos na sala. 
 Não a vejo há dez anos. 
 
• Cuidado para não confundir o verbo 
HAVER (com sentido de existir) com o 
verbo EXISTIR: 
 
 
 
 
PREDICADO 
 
É aquilo que declaramos sobre o sujeito 
(quando ele existe). O predicado sempre possui 
verbo ou locução verbal. 
 
A) Predicado Verbal: Tem como núcleo um verbo, 
indica ação, não possui predicativo do sujeito. 
 
A criança brincava com uma boneca velha. 
O jogador caminhava pelo campo. 
 
B) Predicado Nominal: Formado por um verbo de 
ligação (V.L) e um predicativo do sujeito. Informa 
algo sobre o sujeito (estado, qualidade). 
 
O concurso era difícil. 
A mulher ficou chateada. 
 
C) Predicado Verbo-Nominal: Composto por 
verbo que indica ação + predicativo do sujeito. 
 
A mulher cantava distraída. 
O professor falou chateado. 
 
 
TERMOS INTEGRANTES 
 
 
PREDICAÇÃO VERBAL 
 
Também chamada de transitividade verbal, trata 
da relação entre o verbo e os demais termos da 
oração. É aquela conversa da tia do colégio, 
lembram? Verbo transitivo, intransitivo...vamos lá 
"refrescar" a memória! 
 
 
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A) Verbo Intransitivo: verbo sem complemento 
direto ou indireto. Pode ser empregado com 
adjuntos adverbiais ou predicativo. 
João morreu. 
Sara nasceu em João Pessoa. ("em João Pessoa = 
adjunto adverbial) 
Fomos ao circo. 
B) Verbo Transitivo Direto: precisa de 
complemento (objeto direto - O.D) que se liga ao 
verbo SEM PREPOSIÇÃO (em regra). 
 
Eu comprei uma casa. (Comprou o quê? Uma 
casa!) 
 O.D 
 
Joana abraçou a criança com força. (Abraçou 
quem? A criança!) 
 O.D 
 
C) Verbo Transitivo Indireto: precisa de 
complemento (O.I - objeto indireto) que se liga ao 
verbo COM PREPOSIÇÃO. 
 
Joaquim gosta de 
dançar. (Gosta de quê? De dançar! Preposição 
"de" é necessária.) 
 VTI O.I 
 
Eu acredito em Deus. 
(Acredita em quê? Em Deus! Preposição "em" é 
necessária.) 
 VTI O.I 
 
D) Verbo Transitivo Direto e Indireto: precisa 
de complemento direto (sem preposição) e 
indireto (com preposição). 
 
Marília contou a verdade ao namorado. 
 VTDI O.D O.I 
 
Percebam que, no exemplo acima, o objeto direto 
(a verdade) aparece sem preposição e o objeto 
indireto (ao namorado) aparece com preposição 
"a". 
 
E) Verbo de Ligação: expressa estado 
(permanente, continuado, mutatório, transitório, 
aparente) ou qualidade. Entre eles, temos: ser, 
estar, parecer, continuar, andar (com sentido de 
estar), ficar, permanecer. 
 
Letícia parece triste. 
 
João continua mal. 
 
Eu estou animada. 
 
 
OBJETO DIRETO 
 
O Objeto Direto complementa o sentido de um 
verbo transitivo direto ou de um transitivo direto 
e indireto, aparecendo, na maioria das vezes, sem 
preposição. 
 
Pergunte: O quê? Quem? 
 
Exemplos: 
Uniremos as forças necessárias para a realização 
do projeto. 
 VTD O.D 
 
Ele quis vê-la ontem. 
 VTD O.D 
 
OBJETO INDIRETO 
 
O Objeto Indireto completa o sentido de um 
verbo transitivo indireto ou de um verbo transitivo 
direto e indireto. Aparece sempre preposicionado 
ou na forma de pronome oblíquo tônico (me, te, se, 
nos, vos, lhes). 
 
Pergunte: De quem? De quê? A que? A quem? 
 
Exemplo: 
Gosto muito de você. 
 VTI O.I 
Eu lhe pagarei um lanche. 
 O.I VTDI O.D 
 
Vamos assistir ao filme. 
 VTI O.I 
 
AGENTE DA PASSIVA 
 
É o termo que complementa um verbo na voz 
passiva analítica, explicando melhor, é o elemento 
que pratica a ação indicada pelo verbo na voz 
passiva. Geralmente é introduzido pelas 
preposições "por" ou "de". 
 
A menina foi aplaudida pela multidão. 
 A.P 
 
O fato é conhecido de todos. 
 
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 A.P 
 
A criança era amada por mim. 
 A.P 
 
COMPLEMENTO NOMINAL 
 
O Complemento Nominal é o termo que 
complementa o sentido de um nome (substantivo, 
adjetivo e alguns advérbios), aparece sempre 
preposicionado e tem sentido de passividade 
(sofre a ação). 
 
Exemplo: José tem orgulho do filho. 
 nome C.N 
 
Tenho saudades da escola. 
 nome C.N 
 
Ontem ocorreu a queima de fogos. 
 nome C.N 
 
Marina está consciente de tudo. 
 nome C.N 
 
TERMOS ACESSÓRIOS 
 
ADJUNTO ADNOMINAL 
 
É o elemento que caracteriza um nome, 
determinando ou restringindo seu sentido. Exerce 
função adjetiva na oração, podendo ser 
representado por: adjetivos, locuções adjetivas, 
pronomes, numerais, artigos, objeto direto e objeto 
indireto. 
 
Exemplo: A alegre peça começou às 19 horas. 
(Percebam que o adjetivo "alegre" caracteriza o 
substantivo "peça".) 
Era uma manhã de primavera. (Locução adjetiva 
"de primavera" (primaveril) qualifica o 
substantivo "manhã".) 
O homem foi à biblioteca. (Artigo "o" 
desempenhando função de adjunto adnominal.) 
Aquela menina faltou a aula. (Adjunto adnominal 
exercido por pronome.) 
O primeiro dia de aula é marcante. (Numeral 
exercendo a função de adjunto adnominal.) 
 
ADJUNTO ADVERBIAL 
 
É o termo que modifica um verbo, um 
advérbio ou um adjetivo atribuindocircunstância 
(modo, tempo, lugar...). Pode ser exercido por um 
advérbio, por uma locução adverbial ou por uma 
oração subordinada adverbial. 
 
Exemplo: Pedro correu intensamente. (O 
advérbio "intensamente" atribui circunstância de 
intensidade ao verbo "correu".) 
Ele é um livro muito bom. (O advérbio "muito" 
modifica o adjetivo "bom".) 
Ele pratica exercícios de manhã. (A locução 
adverbial "de manhã" modifica o verbo "pratica".) 
 
• OBS: O adjunto adverbial pode aparecer no 
início, no meio ou no fim da oração 
 
A aluna discursou apaixonadamente. 
Apaixonadamente, a aluna discursou. 
A aluna, apaixonadamente, discursou. 
 
APOSTO 
 
É o termo que explica ou especifica um 
termo antecedente, sempre com valor de 
substantivo. Podemos dizer, inclusive, que o 
aposto substituiria o termo que ele explica (ou 
especifica) sem prejuízos à oração, vejamos: 
 
Exemplo: Amanhã, terça-feira, comprarei 
algumas roupas. (O aposto "terça-feira" especifica 
o advérbio "amanhã" e, inclusive, poderia 
substituí-lo.) 
Terça-feira, comprarei algumas roupas. (Aqui o 
termo "terça-feira" passou a ser apenas adjunto 
adverbial.) 
 
O aposto pode ser antecedido pelo sinal 
de dois pontos. Assim, tanto podemos sinalizar 
um aposto pelo isolamento feito por vírgulas (ou 
por travessão), como podemos "anunciá-lo" com o 
sinal de dois pontos. 
 
 
QUESTÕES 
 
1. 
Assinale a alternativa com a classificação correta 
do sujeito da oração. 
A 
Trata-se de um investimento de mais 
de R$ 10 bilhões, segundo dados da 
Empresa de Pesquisa Energética. 
(oração sem sujeito) 
 
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B 
Fez-se um estudo sobre o impacto da 
digitalização das cidades que pode 
gerar mais de 1,2 milhão de novos 
empregos no país. (sujeito 
indeterminado) 
C 
Foi possível identificar um modelo que 
pode direcionar a transformação e 
atualização do país em termos de 
energia. (sujeito oculto) 
D 
O Grupo de Ação da Indústria, formado 
por mais de 25 empresas, buscou 
avaliar de forma holística os resultados 
econômicos, ambientais e sociais. 
(sujeito composto) 
E 
Choveram elogios ao trabalho de 
proteção ambiental patrocinado pelo 
Ministério de Minas e Energia e pelo 
Ministério da Economia. (sujeito 
simples) 
 
2. 
Trecho do livro Modernidade Líquida 
 
“Indivíduos frágeis”, destinados a conduzir suas 
vidas numa “realidade porosa”, sentem-se como 
que patinando sobre gelo fino; e “ao patinar sobre 
gelo fino”, observou Ralph Waldo Emerson em seu 
ensaio Prudence, “nossa segurança está em nossa 
velocidade”. Indivíduos, frágeis ou não, precisam 
de segurança, anseiam por segurança, buscam a 
segurança e assim tentam, ao máximo, fazer o que 
fazem com a máxima velocidade. Estando entre os 
corredores rápidos, diminuir a velocidade significa 
ser deixado para trás; ao patinar em gelo fino, 
diminuir a velocidade também significa a ameaça 
real de afogar-se. Portanto, a velocidade sobe para 
o topo da lista dos valores de sobrevivência. 
 
A velocidade, no entanto, não é propícia ao 
pensamento, pelo menos ao pensamento de longo 
prazo. O pensamento demanda pausa e descanso, 
“tomar seu tempo”, recapitular os passos já dados, 
examinar mais de perto o ponto alcançado e a 
sabedoria (ou imprudência, se for o caso) de o ter 
alcançado. 
 
Pensar tira nossa mente da tarefa em curso, que 
requer sempre a corrida e a manutenção da 
velocidade. E na falta do pensamento, o patinar 
sobre o gelo fino que é uma fatalidade para todos 
os indivíduos frágeis na realidade porosa pode ser 
equivocadamente tomado como seu destino. 
 
Tomar a fatalidade por destino, como insistia Max 
Scheler em sua Ordo amoris, é um erro grave: “O 
destino do homem não é uma fatalidade… A 
suposição de que fatalidade e destino são a mesma 
coisa merece ser chamada de fatalismo”. O 
fatalismo é um erro do juízo, pois de fato a 
fatalidade “tem origem natural e basicamente 
compreensível”. Além disso, embora não seja uma 
questão de livre escolha, e particularmente de livre 
escolha individual, a fatalidade “tem origem na 
vida de um homem ou de um povo”. Para ver tudo 
isso, para notar a diferença e a distância entre 
fatalidade e destino, e escapar à armadilha do 
fatalismo, são necessários recursos difíceis de 
obter quando se patina sobre gelo fino: tempo para 
pensar, e distanciamento para uma visão de 
conjunto. 
 
(…) Tomar distância, tomar tempo – a fim de 
separar o destino e a fatalidade, de emancipar o 
destino da fatalidade, de torná-lo livre para 
confrontar a fatalidade e desafiá-la: essa é a 
vocação da sociologia. E é o que os sociólogos 
podem fazer caso se esforcem consciente, 
deliberada e honestamente para refundir a 
vocação a que atendem – sua fatalidade – em seu 
destino. 
 
Zygmunt Bauman 
 
Disponível 
em https://colunastortas.com.br/zygmunt-
bauman-frases/. Acesso em 25/06/2020. 
 
“Tomar a fatalidade por destino, como insistia 
Max Scheler em sua Ordo amoris, é um erro 
grave:...”. A oração destacada está exercendo 
função sintática de 
 
A 
predicativo do sujeito. 
B 
complemento nominal. 
C 
objeto direto. 
D 
sujeito. 
 
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3. 
Observe as orações a seguir: 
 
I. A torcida continua eufórica. 
 
II. Os retirantes caminhavam pela estrada. 
 
III. Todos nós consideramos a sua medida 
adequada. 
 
Assinale a alternativa com a correta classificação 
dos predicados. 
A 
I - predicado verbal, II - predicado 
verbal e III - predicado nominal. 
B 
I - predicado nominal, II - predicado 
nominal e III - predicado verbo-
nominal. 
C 
I - predicado verbal, II - predicado 
nominal e III - predicado verbo-
nominal. 
D 
I - predicado nominal, II - predicado 
verbal e III - predicado verbo-nominal. 
E 
I - predicado verbal, II - predicado 
verbo-nominal e III - predicado 
nominal. 
 
4. 
Assinale a alternativa correta em que consta um 
predicativo verbo-nominal. 
A 
Estava muito feliz com as boas notícias. 
B 
Compareceram todos antecipados à 
reunião. 
C 
Demitiram o chefe do setor 
imediatamente. 
D 
Os convidados chegaram cedo ao local. 
E 
Nomearam as novas líderes do grupo. 
 
5. 
Analise as orações abaixo: 
 
I. A multidão permanecia agitada. 
II. Os romeiros andavam pela via pública. 
III. A diretoria julgou a sua decisão 
adequada. 
 
Assinale a alternativa com a correta classificação 
dos predicados constantes das orações acima. 
A 
I - predicado verbal, II - predicado 
verbal, III - predicado nominal. 
B 
I - predicado nominal, II - predicado 
nominal, III - predicado verbo-nominal. 
C 
I - predicado verbal, II - predicado 
nominal, III - predicado verbo-nominal. 
D 
I - predicado nominal, II - predicado 
verbal, III - predicado verbo-nominal. 
E 
I - predicado verbal, II - predicado 
verbo-nominal, III - predicado nominal. 
 
6. 
Seres humanos tóxicos nunca vão admitir que 
estão errados 
 
Portal Raízes - 23 de setembro de 2020 
 
Você pode obter um pedido de desculpas de 
alguém tóxico, mas não será genuíno. A única vez 
que eles vão se desculpar é para te manipular para 
conseguirem o que eles querem, para fazer você 
acreditar que eles merecem perdão. Caso 
contrário, eles nunca vão admitir a transgressão. 
Eles nunca vão dizer “sinto muito” e deixar por isso 
mesmo. Sempre haverá algo mais na frase. Eles vão 
seguir justificando que a culpa nunca é realmente 
deles. 
 
Eles sempre tentarão colocar a culpa em outra 
pessoa porque não são maduros o suficiente para 
assumir a responsabilidade por suas próprias 
ações. Eles sentem que não podem estar errados. 
Eles se sentem forçados a forjar a realidadecom 
suas circunstâncias passadas ou atuais, quando, na 
verdade, eles estão totalmente no controle de suas 
próprias decisões. 
 
Claro, eles nunca vão lhe dar as desculpas que você 
 
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merece. Se eles se desculparem por te trair, eles 
vão dar detalhes sobre como isso nunca teria 
acontecido se a outra pessoa não tivesse se atirado 
para cima deles ou se você estivesse mais interesse 
na vida deles ou se eles não tivessem pedido aquela 
cerveja extra no bar… sempre haverá uma 
justificativa esfarrapada. 
 
E se você tiver a coragem de enfrentá-los, de 
afrontá-los jogando em cima deles todas as suas 
besteiras, eles vão mudar a situação 
completamente. Eles listarão todas as coisas boas 
que fizeram por você e o chamarão de ingrato. Eles 
vão mencionar que você também não é perfeito e 
que nunca usaram isso contra você. Eles vão tentar 
fazer você se sentir culpado, mesmo que tenham 
sido eles que estragaram tudo. 
 
Pessoas tóxicas nunca vão admitir que estão 
erradas. Elas nunca vão refletir sobre suas escolhas 
e chegar à conclusão de que precisam mudar. Não 
importa o que você faça ou o quanto você os ame, 
porque você nunca vai ganhar uma discussão com 
eles. Eles farão o possível para provar que são 
inocentes. Criarão mentiras, espalharão boatos, 
distorcerão a verdade para se encaixar em sua 
própria narrativa. 
 
Você pode gritar com eles, pode amaldiçoá-los ou 
pode calmamente apresentar os fatos a eles – mas 
isso não fará diferença. (...) 
 
Quando você está cara a cara com alguém tóxico, a 
melhor coisa que você pode fazer por si mesmo é ir 
embora, porque você nunca vai conseguir mudá-lo. 
Você nunca vai fazer com que ele veja a situação do 
seu ponto de vista. Você nunca vai fazer com que 
ele admita que foi longe demais. Os humanos 
tóxicos não pensam logicamente. Eles só pensam 
em si mesmos. 
 
Texto de Holly Riordan, via Thought Catalog 
 
Disponível em 
https://www.portalraizes.com/seres-humanos-
toxicos-nunca-vao-admitir-que-estao-errados/. 
Acesso em 26 set 2020. 
 
Em relação à regência verbal dos verbos 
destacados no trecho “Eles sentem que não 
podem estar errados....”, é correto afirmar que 
tratam-se, respectivamente, de 
A 
verbo transitivo direto – verbo de 
ligação. 
B 
verbo transitivo direto – verbo 
intransitivo. 
C 
verbo transitivo direto e indireto – 
verbo de ligação. 
D 
verbo transitivo indireto – verbo 
transitivo indireto. 
 
7. 
Em “Do ponto de vista biológico, de indicadores, 
essas pessoas já são 
idosas, envelheceram precocemente mal”, o verbo 
“envelheceram”, de acordo com a sua regência, é 
classificado como 
 
A 
intransitivo. 
B 
transitivo direto. 
C 
transitivo indireto. 
D 
transitivo direto e indireto. 
 
8. 
 
Disponível em 
https://www.conradoleiloeiro.com.br/peca.asp?I
D=2185724.. 
 
Em “Evitem-no”, o pronome “no” está exercendo 
função sintática de 
A 
 
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 ______________________________________________________________ 
sujeito. 
B 
objeto direto. 
C 
objeto indireto. 
D 
adjunto adnominal. 
 
9. 
 
Disponível em https://hsvp.com.br/doacao-de-
orgaos-e-tecidos. 
 
Em “Sua decisão muda destinos”, o termo 
destacado está exercendo função sintática de 
A 
aposto. 
B 
objeto direto. 
C 
objeto indireto. 
D 
complemento nominal. 
 
10. 
Assinale a alternativa em que há um agente da 
passiva. 
A 
Ficamos ouvindo aquela história por 
muito tempo. 
B 
Sempre saíamos a esmo pelas ruas 
nevadas. 
C 
Paguei vinte mil reais pela reforma da 
casa. 
D 
As casas foram arrastadas pela chuva. 
E 
Aquele espetáculo agradou-me muito. 
 
11. 
Os termos destacados no período “Essa festa 
falaciosa vendida pelo governo e pelo 
comércio pra nos distrair de nossas vidas 
miseráveis?” exercem função sintática de 
 
A 
sujeito. 
B 
objeto indireto. 
C 
agente da passiva. 
D 
complemento nominal. 
 
12. 
 
 
Disponível em 
https://doidosporcinema.wordpress.com/tag/luis-
fernando-verissimo/. Acesso em 10/09/2020. 
 
LEGENDA: 
PRIMEIRO BALÃO: ESSA NOVA GERAÇÃO ME 
PREOCUPA. 
SEGUNDO BALÃO: SEI NÃO... 
TERCEIRO BALÃO: ACHO QUE, NO FUNDO, ELA 
NÃO É MUITO DIFERENTE DA NOSSA. 
QUARTO BALÃO: ISSO É O QUE ME PREOCUPA. 
 
Na oração “Acho que, no fundo, ela não é muito 
diferente da nossa”, a expressão “no fundo” 
desempenha função sintática de 
A 
predicativo do sujeito. 
B 
 
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 ______________________________________________________________ 
agente da passiva. 
C 
adjunto adnominal. 
D 
adjunto adverbial. 
 
13. 
No período composto “Sofra a dor real da 
solidão porque a solidão dói”, a oração em 
destaque é classificada como 
A 
coordenada sindética explicativa. 
B 
subordinada adjetiva explicativa. 
C 
coordenada sindética conclusiva. 
D 
subordinada adverbial final. 
 
 
14. 
Desumano é quem perdeu a capacidade de ver 
o outro como ser humano 
Por Élio Gasda* 
 
A desumanização é um processo que reduz a 
essência humana no indivíduo até eliminá-la. 
Desumanizar é eliminar restrições morais à 
crueldade. Agressões a animais despertam mais 
comoção e revolta do que a violência e a morte de 
crianças. Pessoas tratam seus bichos de estimação 
como filhos e apoiam linchamentos, chacinas e 
tortura. Desumano é quem perdeu a capacidade de 
ver o outro como ser humano. Uma sociedade 
desumanizada é aquela que define um grupo 
humano como não-humano, e que permite que 
esse grupo seja eliminado ou tenha negado seus 
direitos. Descartar pessoas tornou-se um 
fenômeno. 
 
Sociedade desumana trata atos desumanos com 
banalidade. Um ato mau torna-se banal quando é 
vivenciado como se fosse comum. 
Monstruosidades tornam-se fatos corriqueiros por 
meio da superficialidade do agente e da 
descartabilidade da vítima. Quanto mais 
superficial alguém for, mais provável será que ceda 
ao mal. (...) 
 
O servilismo também ajuda a entender a 
desumanização. O adesismo de parcelas da 
sociedade, mesmo aquelas formadas nos 
princípios morais, é um fato. Um povo torna-se 
cúmplice da loucura do sistema na medida em que 
partilha das suas mentiras. Além de ser enganado, 
se recusar em saber a verdade. Ao formatar os 
seres humanos, o sistema os desumaniza para 
apenas encaixá-los na sua engrenagem. Os 
efetivamente responsáveis que se sentem 
culpados pelos tempos sombrios (Hannah Arendt) 
são poucos. 
 
A voz da consciência nos interpela sobre a 
responsabilidade de nossos atos. Podemos ouvir 
essa voz? Ainda temos acesso ao acervo de 
princípios éticos que nos alerta sobre o processo 
de desumanização em curso? Não precisamos mais 
fechar os ouvidos para a voz de uma consciência 
que incorporou o discurso da sociedade 
respeitável, a voz das “pessoas de bem”. São 
“humanos direitos” que não têm remorso. A 
desumanização não se origina do 
desconhecimento, mas da irreflexão. Entre todas 
as características, a mais determinante da 
desumanização é a incapacidade de pensar, de 
distinguir o certo do errado, a verdade da mentira. 
A superficialidade dos discursos medíocres avaliza 
a maldade. Acreditar é mais fácil do que pensar. É 
difícil pensar por si mesmo. A maioria repete o que 
lhes é dito. Conformistas, não aprenderam a 
duvidar. Resignados à ignorância dos lugares 
comuns. 
 
Ubi dubium ibi libertas (onde há dúvida, há 
liberdade. Pensar é sair da mesquinhez do 
cotidiano, é refletir sobre os acontecimentos e dar 
significados. É buscar a verdade dos fatos por vias 
racionais. São muitas as informações, mas não se 
pensa sobre elas. O pensamento é diálogosilencioso consigo mesmo. Não é passividade, mas 
ação revolucionária. A desumanização impõe o 
desafio de educar para o pensamento imune aos 
clichês. Transmitir conhecimentos é 
imprescindível, mas educar para o pensamento é 
uma urgência. 
 
O ódio desumaniza. No livro 1984 de George 
Orwell, os agentes do Grande Irmão assistiam 
sessões de ódio coletivo. Aparecia na tela a figura 
humana a odiar, e todos se sentiam transtornados 
por ela. A mídia parece servir-se dos mesmos 
procedimentos. Como definir aqueles que 
celebram a barbárie em um país que trata pessoas 
pior do que animais? Quem os ensinou a odiar? O 
 
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ódio afeta o cérebro, emburrece. Quem odeia não 
tolera divergências. Não existem adversários, 
todos são inimigos. O ódio não faz parte da 
essência humana. Aprende-se a odiar (Mandela. 
(...) 
 
Para você, quanto vale a vida dos ninguéns? 
“Menos do que a bala que os mata?” (Eduardo 
Galeano). Se eu não me importo com ninguém, 
alguém se importará comigo? Ninguém se 
humaniza desumanizando o outro. Somente 
psicopatas torcem para que pessoas morram ou 
sofram. Quem te deu o salvo-conduto para desejar 
a morte de alguém? Porque Jesus não foi. “É 
amando que o humano dá o melhor de si” 
(Nietzsche). Nada acima do ser humano. Nenhum 
ser humano abaixo de outro. 
 
Disponível em 
https://domtotal.com/noticia/1166208/2017/
06/desumanizacao-em-tempos-sombrios/. 
Acesso em 28/09/2020. 
 
A coesão é muito importante para interligar as 
ideias de um texto, com lógica e coerência. Para 
unir os dois períodos abaixo que estão separados 
por ponto e manter a relação de sentido entre eles, 
seria adequado usar uma conjunção de que tipo? 
 
“Acreditar é mais fácil do que pensar. É difícil 
pensar por si mesmo”. 
 
A 
“Acreditar é mais fácil do que pensar, 
porque é difícil pensar por si mesmo”. 
– Coordenativa explicativa. 
B 
“Acreditar é mais fácil do que pensar, 
mas é difícil pensar por si mesmo”. – 
Coordenativa adversativa. 
C 
“Acreditar é mais fácil do que pensar, 
logo é difícil pensar por si mesmo”. – 
Coordenativa conclusiva. 
D 
“Acreditar é mais fácil do que pensar, 
embora seja difícil pensar por si 
mesmo”. – Subordinativa concessiva. 
 
15. 
Transmissão da zika por pernilongo comum 
requer mudança 'radical' em medidas de 
controle 
 
A bióloga Constância Ayres, da Fiocruz 
Pernambuco, fez uma descoberta inédita que tem 
o potencial de proporcionar um salto no 
conhecimento dos cientistas sobre o vírus Zika, e 
mudar radicalmente a estratégia brasileira de 
prevenção dele. 
 
Ayres conseguiu encontrar, pela primeira vez, 
pernilongos carregando o vírus na natureza. 
 
Na quinta-feira, a Fiocruz anunciou oficialmente 
que o mosquito ‘Culex quinquefasciatus’, 
conhecido como muriçoca ou pernilongo 
doméstico, também pode transmitir o vírus que 
causa microcefalia e malformações em bebês. 
 
Até então, cientistas acreditavam que o mosquito 
Aedes aegypti era o principal vetor do vírus no 
Brasil. Agora, de acordo com Ayres, os cientistas 
precisam determinar qual das duas espécies é a 
mais importante na epidemia de 
 
Zika no Brasil. 
 
Durante o anúncio, a Fiocruz afirmou que, até que 
se compreenda a importância do pernilongo na 
epidemia, a política de controle da Zika continuará 
focada no Aedes aegypti. 
 
Mas dependendo dos resultados, seria necessária 
uma "mudança radical" na atual estratégia atual de 
controle da epidemia, afirma a pesquisadora. "Não 
existem estratégias de controle do Culex no Brasil. 
Isso vai ter de mudar radicalmente", diz. (...) 
 
(http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-
noticias/bbc/2016/07/24/transmissao-da-zika-
por-pernilongo-comum-requer-mudanca-radical-
em-medidas-de-controle.htm) 
 
Na passagem “os cientistas precisam 
determinar qual das duas espécies é a mais 
importante”, a oração em destaque: 
A 
É substantiva e exerce a função de 
complemento verbal da oração 
principal. 
B 
 
P á g i n a 99 
 
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 ______________________________________________________________ 
É adverbial e tem valor de explicação 
para a oração principal. 
C 
É adjetiva e tem valor explicativo para 
a oração principal. 
D 
É coordenada explicativa e tem valor 
de explicação para a outra coordenada. 
 
 
 
 
 
 
 
16. 
 
A respeito da tirinha apresentada, assinale a 
alternativa correta. 
A 
O sujeito do verbo “fazer” é oculto. 
B 
O verbo mostrar é um verbo 
bitransitivo. 
C 
O termo “aos doentes” é um adjunto 
adnominal. 
D 
O verbo “estava” está no pretérito 
perfeito do indicativo. 
E 
O pronome “lhe” é o objeto direto do 
verbo “mostrar”. 
 
17. 
Leia o período abaixo: 
 
“É preciso que aspirem a maiores objetivos para 
vencer na vida.” 
 
Analise as afirmativas a seguir: 
 
I. Existe um Sujeito Oracional. 
II. O verbo “aspirar” tem como complemento 
um Objeto Indireto. 
III. Existe uma Oração Subordinada 
Substantiva Objetiva Direta. 
IV. O termo “na vida” é o Objeto Indireto do 
verbo “vencer”. 
 
É correto o que se afirma 
A 
apenas em I e II. 
B 
apenas em I e III. 
C 
apenas em II e III. 
D 
apenas em II e IV. 
E 
apenas em III e IV. 
 
18. 
Observe os termos destacados nas orações a 
seguir: 
 
I. “Nossa geração é diferente”. 
 
II. “É a geração da tecnologia, da era 
espacial, da eletrônica etc” 
 
Assinale a alternativa que os classifica 
corretamente quanto à função sintática que 
desempenham nessas orações. 
A 
Complemento nominal / II. Predicativo do 
sujeito. 
B 
Adjunto adnominal / II. Complemento 
nominal. 
C 
Predicativo do sujeito / II. Adjunto adnominal. 
D 
Objeto direto / II. Adjunto adverbial. 
 
Gabarito 
 
1.E 
2.D 
3.D 
4.B 
5.C 
6.A 
7.A 
 
P á g i n a 100 
 
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 ______________________________________________________________ 
8.B 
9.B 
10.D 
11.C 
12.D 
13.A 
14.A 
15.A 
16.B 
17.A 
18.C 
 
9. Regência nominal e verbal. 
 
A regência trata das relações de 
dependência que as palavras mantêm entre si. É 
o modo pelo qual um termo rege outro que lhe 
completa o sentido. 
Temos: 
■ Termo regente: aquele que pede um 
complemento. 
■ Termo regido: aquele que completa o sentido 
de outro. 
 
O homem está apto para o trabalho. 
 
 T. regente Termo regido, 
 
O nome apto não possui sentido completo, 
precisa de um complemento; o termo para o 
trabalho aparece completando o sentido do nome 
apto. 
 
Assistimos ao filme. 
 
T. regente Termo regido 
 
O verbo assistimos não tem sentido completo, ele 
necessita 
de um outro termo que lhe dê completude; o termo 
ao filme está completando o sentido do verbo 
assistir. 
 
Os termos apto e assistimos são os regentes, pois 
exigem complemento; já os termos para o trabalho 
e ao filme são os regidos, pois funcionam como 
complemento. 
 
A regência divide-se em: 
 
■ Regência nominal — quando o termo regente é 
um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio): 
O homem está apto para o trabalho. 
■ Regência verbal — quando o termo regente é 
um verbo: Assistimos ao filme. 
 
Os complementos colocados na frase receberão 
nomes específicos: 
■ Complemento nominal, quando completa o 
sentido de um nome e vem sempre introduzido por 
preposição. 
■ Complemento verbal, quando completa o 
sentido do verbo e pode ser ou não 
introduzido por preposição; nesse caso teremos de 
renomeá-lo como: 
■ Objeto direto: é complemento diretamente 
ligado ao verbo, sem o auxílio de preposição. 
■ Objeto indireto: é o complemento 
indiretamente ligado ao verbo, com o auxílio de 
uma preposição. 
 
REGÊNCIA NOMINAL 
 
A regência nominalé o fato de um nome 
não ter sentido completo e exigir outro que lhe 
complete o sentido. Não há regras para o uso ou 
não de determinada preposição com o nome. 
Alguns deles admitem mais de uma regência. A 
escolha de uma ou outra preposição deve ser feita 
com base na clareza, na eufonia e também deve 
adequar-se às diferentes formas de pensamento. 
 
Lista de alguns nomes e suas preposições mais 
frequentes: 
 
aberto a, para 
aborrecido a, com, de, por 
abrigado a 
abundante de, em 
adequado a 
afável com, para com 
aflito com, por 
agradável a 
alérgico a 
alheio a, de 
aliado a, com 
alusão a 
amoroso com, para com 
ansioso de, por 
antipatia a, contra, por 
apto a, para atenção a 
atencioso com, para com 
aversão a, para, por 
avesso a 
ávido de, por 
certeza de 
 
P á g i n a 101 
 
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certo de 
compaixão de, para com, por 
compatível com 
comum a, de, em, entre, para 
conforme a, com 
consulta a 
constituído com, de, por 
contente com, de, em, por 
contíguo a 
convicção de 
 
cruel com, para, para com 
curioso de, por 
desgostoso com, de 
desprezo a, de, por 
devoção a, para com, por 
devoto a, de 
domiciliado a, em 
dúvida acerca de, de, em, sobre 
empenho de, em, por 
fácil a, de, para 
falho de, em 
favorável a 
feliz com, de, em, por 
fértil de, em 
hábil em 
habituado a, com 
impróprio para 
imune a, de 
incansável em 
incapaz de, para 
inclinado a 
invasão de 
junto a, com, de 
lento em 
morador em 
ódio a, contra, de, para com, por 
orgulhoso de, com 
peculiar a 
precedido a, com, de 
preferível a 
pródigo de, em 
 
próximo a, de 
residente em 
respeito a, com, de, para com, por 
simpatia a, para com, por 
situado a, em, entre 
suspeito a, de 
último a, de, em 
união a, com, entre 
útil a, para 
vizinho a, com, de 
 
REGÊNCIA VERBAL 
 
A regência verbal estuda a relação que se 
estabelece entre os verbos e os termos que os 
complementam (objetos diretos e objetos 
indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais). 
O estudo da regência verbal permite-nos ampliar 
nossa capacidade expressiva, pois oferece 
oportunidade de conhecermos as diversas 
significações que um verbo pode assumir com a 
simples mudança ou retirada de uma preposição. 
 
A mãe agrada o filho. agradar significa acariciar. 
A mãe agrada ao filho. -> agradar significa "causar 
agrado ou prazer", satisfazer. 
Logo, conclui-se que "agradar alguém" é diferente 
de "agradar a alguém". 
 
Para estudar a regência verbal, agruparemos os 
verbos de acordo com sua transitividade. A 
transitividade, porém, não é um fato absoluto: um 
mesmo verbo pode atuar de diferentes formas em 
frases distintas. 
 
1- Chegar/ ir – deve ser introduzido pela 
preposição “a” e não pela preposição “em”. 
 
Exemplo: Vou ao dentista. / Cheguei a Belo 
Horizonte. 
 
2- Morar/ residir – normalmente vêm 
introduzidos pela preposição “em”. 
 
Exemplo: Ele mora em São Paulo. / Maria 
reside em Santa Catarina. 
 
3- Namorar – não se usa com preposição. 
 
Exemplo: Joana namora Antônio. 
 
4- Obedecer/desobedecer – exigem a preposição 
“a”. 
 
Exemplo: As crianças obedecem aos pais. / O 
aluno desobedeceu ao professor. 
 
5-Simpatizar/ antipatizar – exigem a preposição 
“com”. 
 
Exemplo: Simpatizo com Lúcio. / Antipatizo com 
meu professor de História. 
 
 
P á g i n a 102 
 
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• Dicas: Estes verbos não são pronominais, 
portanto, determinadas construções são 
consideradas erradas quando tais verbos 
aparecem acompanhados de pronome oblíquo. 
 
Exemplo: Simpatizo-me com Lúcio. Antipatizo-
me com meu professor de História. 
 
6- Preferir - este verbo exige dois complementos, 
sendo que um é usado sem preposição, e o outro 
com a preposição “a”. 
 
Exemplo: Prefiro dançar a fazer ginástica. 
 
OBS: Segundo a linguagem formal, é errado usar 
este verbo reforçado pelas expressões ou palavras: 
antes, mais, muito mais, mil vezes mais, etc. 
 
Exemplo: Prefiro mil vezes dançar a fazer ginástica. 
 
Verbos que apresentam mais de uma regência 
 
1 - Aspirar 
a - no sentido de cheirar, sorver: usa-se sem 
preposição. 
 
Exemplo: Aspirou o ar puro da manhã. 
 
b - no sentido de almejar, pretender: exige a 
preposição “a”. 
 
Exemplo: Esta era a vida a que aspirava. 
 
2 – Assistir 
 
a - No sentido de prestar assistência, ajudar, 
socorrer: usa-se sem preposição. 
 
Exemplo: O técnico assistia os jogadores novatos. 
 
b - no sentido de ver, presenciar: exige a 
preposição “a”. 
 
Exemplo: Não assistimos ao show. 
 
c - no sentido de caber, pertencer: exige a 
preposição “a”. 
 
Exemplo: Assiste ao homem tal direito. 
 
d) no sentido de morar, residir: é intransitivo e 
exige a preposição “em”. 
 
Exemplo: Assistiu em Maceió por muito tempo. 
 
3 - Esquecer/lembrar 
 
a - Quando não forem pronominais: são usados 
sem preposição. 
 
Exemplo: Esqueci o nome dela. 
 
b - Quando forem pronominais: são regidos pela 
preposição “de”. 
 
Exemplo: Lembrei-me do nome de todos. 
 
4 - Visar 
 
a - No sentido de mirar: usa-se sem preposição. 
 
Exemplo: Disparou o tiro visando o alvo. 
 
b - no sentido de dar visto: usa-se sem preposição. 
 
Exemplo: Visaram os documentos. 
 
c - no sentido de ter em vista, objetivar: é regido 
pela preposição “a”. 
 
Exemplo: Viso a uma situação melhor. 
 
5 – Querer 
 
a - No sentido de desejar: usa-se sem preposição. 
 
Exemplo: Quero viajar hoje. 
 
b - no sentido de estimar, ter afeto: usa-se com a 
preposição “a”. 
Exemplo: Quero muito aos meus amigos. 
 
 
QUESTÕES 
1. 
Assinale a alternativa em que o verbo destacado 
não atende às regras de Regência Verbal, de acordo 
com a Norma Padrão da Língua Portuguesa. 
A 
Quase que a respondera com ironia. 
B 
Seus pais não lhe perdoam por não seguir no 
caminho do bem. 
C 
As opiniões alheias não a interessavam mais como 
antes. 
 
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D 
O chefe chamou todos os presentes para uma 
reunião estratégica. 
 
2. 
Assinale a alternativa que preencha corretamente 
as lacunas a seguir, na ordem respectiva. 
 
1. A nova invenção ............. Gutenberg descobriu era 
a máquina de impressão. 
2. A nova invenção ............. Gutenberg se encantava 
era a máquina de impressão. 
3. A nova invenção ............. Gutenberg falava era a 
máquina de impressão. 
4. A nova invenção .............. se referia Gutenberg era 
a máquina de impressão 
 
A 
a que / de que / que / de que 
B 
que / com que / de que / a que 
C 
a que / de que / com que / que 
D 
que / que / de que / com que 
E 
a que / que / com que / que 
 
3. 
Taxa de informalidade aumenta e é a maior desde 
2016 
 
São Paulo – A estudante universitária Dennyse 
Sousa, 24, mora em Belém (PA) e trabalha desde os 
16 anos. Nunca teve a carteira assinada. Ela 
estagiou, foi babá, atendente em uma gráfica e 
freelancer em eventos como demonstradora de 
produtos em supermercados. Há três anos, vende 
brincos e acessórios artesanais. “Como não 
conseguia um emprego fixo, com carteira assinada, 
eu tive que tentar várias maneiras de conseguir 
alguma renda. Queria aliviar as despesas da 
família”, diz. 
 
A história de Dennyse ilustra a informação 
divulgada ontem pelo IBGE de que a melhora na 
qualidade do emprego gerado no País ainda está 
concentrada em poucos locais, especialmente em 
São Paulo, segundo os dados da Pesquisa Nacional 
por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad 
Contínua). 
 
No ano de 2019, a taxa de informalidade alcançourecorde em 19 Estados, além do Distrito Federal. 
Na média do Brasil, a taxa de informalidade foi de 
41,1%, o equivalente a 38,4 milhões de pessoas 
entre os trabalhadores ocupados. Mas esse 
percentual subia a 62,4% no Pará, onde reside 
Dennyse. No Maranhão, 60,5% dos trabalhadores 
ocupados eram informais. No Estado de São Paulo, 
a taxa de informalidade média foi de 32,0% no ano 
passado, também o nível mais elevado da série 
iniciada em 2016. 
 
“O ano de 2019 é importante, porque é o terceiro 
ano seguido com aumento na ocupação. Mas outros 
indicadores mostram que a qualidade desse 
trabalho que está sendo gerado ainda carece de 
uma melhora”, ponderou Adriana Beringuy, 
analista da Coordenação de Trabalho e 
Rendimento do IBGE. 
 
Na passagem do terceiro trimestre de 2019 para o 
quarto trimestre do ano, a taxa de desemprego 
teve um recuo estatisticamente significativo – ou 
seja, superou a margem de erro – em apenas nove 
das 27 Unidades da Federação. Em São Paulo a taxa 
de desemprego desceu de 12,0% para 11,5%, 
movimento semelhante ao da média nacional, que 
saiu de 11,8% para 11,0% no período. 
 
Foram abertas 593 mil vagas com carteira 
assinada no setor privado em todo o País no último 
trimestre do ano passado, sendo mais da metade 
delas em São Paulo, que gerou 324 mil postos 
formais a mais no período. Em todo o Brasil, 
apenas quatro Estados tiveram avanço 
significativo na carteira assinada no último 
trimestre do ano: São Paulo, Rondônia, Paraíba e 
Sergipe. 
 
O Estado de São Paulo abriu 473 mil vagas formais 
no setor privado no período de um ano. “A gente 
não vê nenhuma atividade se destacando. Tudo 
indica que foi uma soma de pequenas reações 
setoriais. Não foi a indústria que reagiu em São 
Paulo e começou a contratar com carteira na região. 
Não parece ser isso”, disse Adriana. 
 
No quarto trimestre de 2019, o País ainda tinha 
11,632 milhões de desempregados, sendo 2,910 
milhões deles em busca de emprego há pelo menos 
dois anos. 
 
 
P á g i n a 104 
 
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E entre esses desempregados está Dennyse, a 
estudante do início deste texto, que segue 
vendendo brincos por meio das redes sociais e em 
eventos. Sem emprego formal são essas vendas 
que ajudam com as despesas da faculdade, tarifa de 
transporte público, produtos de higiene, entre 
outras. 
 
(Estadão Conteúdo. In: https://www.msn.com/pt-
br/dinheiro/economia-e- 
negocios/taxa-de-informalidade-aumenta-e-é-a-
maior-desde-2016/ar 
BB101VUH?ocid=spartandhp) 
 
...carece de uma melhora. 
 
Assinale a alternativa em que, alterando-se o verbo 
do segmento acima, independentemente da 
mudança de sentido, se tenha mantido a correção 
gramatical. 
A 
aspira uma melhora 
B 
lembra de uma melhora 
C 
almeja a uma melhora 
D 
implica uma melhora 
 
4. 
Meu Querido Paiol 
Cocoricó 
 
Meu Querido Paiol 
meu Querido Paiol 
 
meu Querido Paiol 
meu Querido Paiol 
 
é onde eu moro 
onde eu guardo as minhas coisas 
onde a chuva não me alcança 
nem o vento, nem o frio 
 
onde eu durmo 
onde eu relaxo 
a minha casa 
onde eu me sinto bem 
 
meu Querido Paiol 
meu Querido Paiol 
 
é arejado 
muito bem iluminado 
a vista é linda 
 
primeiro andar 
escada 
segundo andar 
 
tudo muito organizado 
caprichado 
cada coisa em seu lugar 
 
Disponível em: https://www.letras.mus.br/helio-
ziskind/1543888/. Acesso em 05.11.2020. 
 
Assinale a alternativa que apresenta regência 
empregada corretamente. 
A 
Carlos é bacharel de direito. 
B 
Ana Maria tem aversão de doces. 
C 
Temos a capacidade de melhorar nosso padrão de 
vida. 
D 
Os candidatos devem ir no banheiro antes do início 
da prova. 
 
5. 
O que mais você quer? 
 
 Era uma festa familiar, dessas que reúnem tios, 
primos, avós e alguns agregados ocasionais que 
ninguém conhece direito. Jogada no sofá, uma 
garota não estava lá muito sociável, a cara era de 
enterro. Quieta, olhava para a parede como se ali 
fosse encontrar a resposta para a pergunta que 
certamente martelava em sua cabeça: o que estou 
fazendo aqui? De soslaio, flagrei a mãe dela 
também observando a cena, inconsolável, ao 
mesmo tempo em que comentava com uma tia: 
"Olha pra essa menina. Sempre com esta cara. 
Nunca está feliz. Tem emprego, marido, filho. O que 
ela pode querer mais?" 
 Nada é tão comum quanto resumirmos a vida de 
outra pessoa e achar que ela não pode querer mais. 
Fulana é linda, jovem e tem um corpaço, o que mais 
ela quer? Sicrana ganha rios de dinheiro, é 
valorizada no trabalho e vive viajando, o que é que 
lhe falta? 
 Imaginei a garota acusando o golpe e 
confessando: sim, quero mais. Quero não ter 
nenhuma condescendência com o tédio, não ser 
forçada a aceitá-lo na minha rotina como um 
 
P á g i n a 105 
 
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inquilino inevitável. A cada manhã, exijo ao menos 
a expectativa de uma surpresa, quer ela aconteça 
ou não. Expectativa, por si só, já é um entusiasmo. 
 Quero que o fato de ter uma vida prática e 
sensata não me roube o direito ao desatino. Que eu 
nunca aceite a ideia de que a maturidade exige um 
certo conformismo. Que eu não tenha medo nem 
vergonha de ainda desejar. 
 Quero uma primeira vez outra vez. Um primeiro 
beijo em alguém que ainda não conheço, uma 
primeira caminhada por uma nova cidade, uma 
primeira estreia em algo que nunca fiz, quero 
seguir desfazendo as virgindades que ainda 
carrego, quero ter sensações inéditas até o fim dos 
meus dias. 
 Quero ventilação, não morrer um pouquinho a 
cada dia sufocada em obrigações e em exigências 
de ser a melhor mãe do mundo, a melhor esposa do 
mundo, a melhor qualquer coisa. Gostaria de me 
reconciliar com meus defeitos e fraquezas, arejar 
minha biografia, deixar que vazem algumas ideias 
minhas que não são muito abençoáveis. 
 Queria não me sentir tão responsável sobre o 
que acontece ao meu redor. Compreender e aceitar 
que não tenho controle nenhum sobre as emoções 
dos outros, sobre suas escolhas, sobre as coisas 
que dão errado e também sobre as que dão certo. 
Me permitir ser um pouco insignificante. 
 E, na minha insignificância, poder acordar um 
dia mais tarde sem dar explicação, conversar com 
estranhos, me divertir fazendo coisas que nunca 
imaginei, deixar de ser tão misteriosa pra mim 
mesma, me conectar com as minhas outras 
possibilidades de existir. O que eu quero mais? Me 
escutar e obedecer ao meu lado mais transgressor, 
menos comportadinho, menos refém de reuniões 
familiares, marido, filhos, bolos de aniversário e 
despertadores na segunda-feira de manhã. E 
também quero mais tempo livre. E mais abraços. 
 Pois é, ninguém está satisfeito. Ainda bem. 
 
Martha Medeiros 
Disponível em 
https://www.pensador.com/cronicas_martha_me
deiros/ 
 
Em “Me escutar e obedecer ao meu lado mais 
transgressor, menos comportadinho,...”, o verbo 
“obedecer”, de acordo com a sua regência, pode ser 
classificado como 
A 
intransitivo. 
B 
transitivo direto. 
C 
transitivo indireto. 
D 
transitivo direto e indireto. 
 
6. 
 
Disponível em 
https://www.santos.sp.gov.br/?q=noticia/. 
Acesso em 16/11/2019. 
 
Ao analisar a regência do verbo “valer” na oração 
“Aquela mensagem não vale o risco”, pode-se 
afirmar que ele é 
A 
intransitivo. 
B 
transitivo direto. 
C 
transitivo indireto. 
D 
transitivo direto e indireto. 
 
7. 
Os verbos “vivem” e “torna” presentes nos 
períodos abaixo são classificados, de acordo com a 
regência verbal que exercem nessas orações, como 
sendo: 
 
I. “Vivem na obsessão de poderem ser roubados”. 
II. “O fausto das residências não os torna imunes”. 
 
A 
Intransitivo; II. Transitivo direto. 
B 
Transitivo indireto; II. Transitivodireto. 
C 
Intransitivo; II. Transitivo direto e indireto. 
D 
Transitivo indireto; II. Transitivo direto e indireto. 
 
8. 
Assinale a alternativa em que o verbo visar 
apresenta regência inadequada ao que preceitua a 
gramática normativa da língua portuguesa. 
A 
Vise bem ao alvo antes de atirar. 
B 
O juiz já visou sua decisão. 
C 
O direito penal visa ao bem dos cidadãos 
D 
 
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O cargo que ele sempre visou encontra-se vago. 
 
9. 
Para que se respeite a concordância verbal, será 
preciso corrigir a frase: 
A 
Têm havido dúvidas sobre a qualidade das 
crônicas de Carlos Castelo. 
B 
Têm sido levantadas dúvidas sobre a qualidade das 
crônicas de Carlos Castelo. 
C 
Será que a qualidade das crônicas de Carlos Castelo 
tem suscitado dúvidas? 
D 
A quantas dúvidas tem dado margem as crônicas 
de Carlos Castelo? 
 
10. 
Nuvem escura sobre a COP 22 
 
Governantes de diversos países que se reuniram 
na semana passada na Conferência do Clima da 
ONU (COP 22), no Marrocos, se viram forçados a 
gastar boa parte do tempo em debates sobre uma 
ameaçadora nuvem escura que pairou sobre suas 
cabeças. A tal nuvem tem nome e sobrenome: 
Donald Trump, presidente eleito dos EUA, que 
_______¹(insistir) em afirmar que não honrará o 
Acordo de Paris assinado por Barack Obama e mais 
194 líderes mundiais visando ___² redução de 
poluentes – o objetivo é manter o aquecimento 
global abaixo dos dois graus centígrados. Os EUA 
são a segunda nação mais poluidora do mundo, 
atrás apenas da China, mas Trump diz que o 
aquecimento da Terra é manobra do governo 
chinês para que os americanos desacelerem a sua 
indústria. É inegável a importância do Acordo de 
Paris, e prova disso é que o presidente da França, 
François Hollande, marcou presença com um 
discurso duro e intransigente em relação ao 
cumprimento, por parte dos EUA, de todos os 
compromissos assumidos anteriormente. “Uma 
promessa de esperança não pode ser traída, ela 
tem de ser cumprida. Aqui em Marrakesh nós 
somos os guardiões da letra e do espírito do 
Acordo de Paris”, disse ele. Segundo Hollande, 
“aquilo que nos une”, independentemente de 
diferenças religiosas, convicções políticas e 
patamares de desenvolvimento social e econômico, 
é “termos em comum a salvação de nosso planeta”. 
Outro líder que se destacou foi o secretário de 
Estado americano, John Kerry, ainda que prestes a 
deixar o cargo: “Não posso falar pelo próximo 
governo, mas garanto que os americanos apoiam o 
Acordo de Paris de forma majoritária”. Na quinta-
feira 17, pelo menos 360 empresas nos EUA 
fizeram uma carta ao Congresso exigindo a 
redução de poluentes. Como se vê, o que não faltam 
são tentativas de fazer o acordo andar, mas a 
nuvem pesada segue escurecendo o caminho. 
 
http://istoe.com.br/nuvem-escura-sobre-cop-22/ 
 
Já no espaço vazio 2, a forma que deve completar o 
espaço vazio, também mantendo a coerência do 
texto, bem como a regência e a concordância verbal 
é: 
A 
á 
B 
a 
C 
há 
D 
à 
 
11. 
A regência verbal está corretamente empregada 
em: 
A 
Os pais sempre aspiram o melhor para os filhos, 
que devem obedecer, por sua vez, aos pais. 
B 
Os pais sempre visam a futuro bom parar os filhos, 
os quais, por sua vez, não devem desobedecer os 
pais. 
C 
Os filhos devem lembrar sempre de obedecer aos 
pais. 
D 
Os filhos nunca devem esquecer-se de obedecer 
aos pais. 
 
12. 
Há erro de regência em: 
 
A 
Trabalhava com o que gostava, em uma empresa 
de publicidade. 
B 
A proposta visava o resgate das memórias nos 
tempos de guerra. 
C 
Os sonhos de uma jovem judia eram iguais aos de 
uma jovem não judia. 
 
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D 
Eles gostavam de presentear os novos amigos. 
 
13. 
 
A CULTURA DO CANCELAMENTO 
 
 No mundo da internet, principalmente no 
terreno das redes sociais, é fácil ler que 
determinada pessoa foi cancelada. A expressão diz 
respeito à chamada cultura do cancelamento, 
termo que foi considerado o de maior destaque de 
2018 e de 2019 pelo Dicionário Macquarie, por 
causa da __________¹ ocorrida nas redes sociais pelo 
mundo. Não se sabe ao certo a origem dele, mas foi 
a partir de 2017, durante as denúncias de assédio 
sexual em Hollywood, e do surgimento do 
movimento #MeToo, que ele começou a aparecer 
com mais força. 
 Embora o movimento tenha decolado em 2017 
com a hashtag #MeToo, ele definitivamente 
manteve seu ímpeto e começou a espalhar suas 
asas linguísticas para além da hashtag e do nome 
do movimento, respondendo a uma necessidade 
óbvia no discurso que cerca essa convulsão social, 
explicou, em comunicado, o Dicionário Macquarie. 
 No dicionário, a palavra cancelar quer dizer 
eliminar ou riscar para tornar sem efeito. É 
exatamente isso que a cultura do cancelamento da 
web propõe. Basta que uma pessoa pública ou não, 
apesar de que os famosos acabam sendo as 
principais vítimas, faça algo errado para que as 
propostas de cancelamento comecem a surgir. No 
Brasil nomes como do humorista e influencer 
Carlinhos Maia, do funkeiro MC Gui, da cantora 
Anitta e do cantor Nego do Borel já figuraram entre 
os cancelados. Bullying, preconceito, homofobia e 
transfobia foram os motivos que os levaram ao 
boicote do público. 
 Como tudo na vida, a cultura do cancelamento 
tem bônus e ônus. Como ponto positivo, percebo a 
indignação das pessoas em relação a situações que 
antes passavam despercebidas, como casos de 
preconceito, machismo e racismo, além dos citados 
acima. O ponto negativo desse movimento está na 
anulação por completo. Não há uma conversa, não 
há uma busca por se colocar no lugar do outro. 
 É claro que há atitudes que são deploráveis e até 
criminosas. E, para usar outro termo da internet, 
não é preciso passar pano, acobertando erros. Mas 
a decisão de cancelar alguém, muitas vezes, pode 
ser drástica demais. É como se tivéssemos o poder 
de eliminar, ao melhor estilo do que ocorre em 
realities shows, nos quais isso, de fato, é uma 
brincadeira, parte de uma dinâmica de jogo, sem 
direito a resposta ou retratação. 
 
Disponível em: 
https://www.correiobraziliense.com.br – Texto 
adaptado 
 
Analise as sentenças a seguir: 
 
I. Ninguém se prestou à ouvir as vítimas do 
cancelamento. 
 
II. Chegamos a conclusão de que a cultura do 
cancelamento é autoritária. 
 
III. A menina, à quem ele fez alusão, após ser 
cancelada, pediu desculpas por suas atitudes. 
 
IV. Eles assistiram àquela cena de boicote sem 
nenhuma reação. 
 
Deduz-se que o emprego do sinal indicativo da 
crase está correto 
A 
apenas em I e II. 
B 
apenas em II e III. 
C 
apenas em III e IV. 
D 
apenas em IV. 
 
14. 
De origem grega, a palavra “crase” significa 
mistura, fusão da preposição "a" com os artigos 
definidos "a" ou "as", bem como os pronomes 
demonstrativos "a" ou "as" e a vogal inicial dos 
demonstrativos "aquele", "aquela" e "aquilo". A 
crase é marcada com o acento agudo (`) sobre a 
vogal “a”. Com base nesta definição, assinale a 
alternativa correta. 
 
A 
Apesar do local ser antigo, as pessoas já tinham 
fogão a gás. 
B 
Para não terem dívidas, os familiares não compram 
à prazo. 
C 
Ao saber da aprovação no concurso, Mariana pôs-
se à gritar. 
D 
 
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No estádio, José dizia sempre: "assisti à jogos 
memoráveis". 
E 
Nas últimas férias, eu realizei grande sonho: visitei 
à Itália. 
 
 
15. 
Assinale a alternativa correta sobre acolocação de 
crase. 
A 
Os programas forneceram às famílias a assistência 
necessária. 
B 
Os diretores da empresa discutiam os problemas 
frente à frente. 
C 
A finalização da obra foi favorável à toda 
população da montanha. 
D 
À contragosto, a equipe de alunos entregou a 
relação do material. 
E 
Naquela noite, pedimos uma pizza a moda da casa 
para jantar. 
 
Gabarito 
 
1.A 
2.B 
3.D 
4.C 
5.C 
6.B 
7.A 
8.A 
9.D 
10.D 
11.D 
12.B 
13.D 
14.E 
15.A 
 
10. Concordância nominal e verbal. 
 
CONCORDÂNCIA VERBAL 
 
 
A Concordância Verbal é a concordância do 
verbo com o seu sujeito, em número e em pessoa. 
Essa concordância pode ser feita de várias formas, 
por aproximação, de maneira absoluta, por pessoa. 
Esses casos serão mostrados abaixo 
 
SUJEITO SIMPLES 
 
O verbo concorda com o núcleo do sujeito 
em número e pessoa. 
 
Exemplo: Ela foi ao cinema. (3ª pessoa, singular) 
Nós vamos ao cinema. (1ª pessoa, plural) 
 
Casos especiais 
 
a) Sujeito coletivo: O verbo concorda com o 
coletivo. 
 
Exemplo: A multidão gritou na arquibancada. 
 
OBS.: Se o coletivo vier especificado ou modificado 
por adjunto adnominal, o verbo pode ficar no 
singular ou ir para o plural. 
 
Exemplo: A multidão de fãs gritou. 
A multidão de fãs gritaram. 
Uma multidão de pessoas saiu aos gritos. 
Uma multidão de pessoas saíram aos gritos. 
 
b) Sujeito possui coletivos partitivos (metade, a 
maior parte, grande parte, maioria, etc.): O verbo 
fica no singular (concordância lógica) ou vai para o 
plural (concordância atrativa). 
 
Exemplo: A maioria dos alunos foi à excursão. 
A maioria dos alunos foram à excursão. 
 
c) Sujeito é pronome de tratamento: O verbo fica 
sempre na 3ª pessoa (do singular ou do plural). 
 
Exemplo: Vossa Santidade esteve no Brasil. 
Vossa Alteza pediu silêncio. 
Vossas Altezas pediram silêncio. 
 
d) O sujeito é o pronome relativo <que>: O verbo 
concorda com o antecedente do pronome. 
 
Exemplo: Fui eu que derramei o café. 
Fomos nós que derramamos o café. 
 
OBS.: Com a expressão <um dos que>/<uma das 
que>, o verbo deve assumir a forma plural, exceto 
quando a ação se refere a um só agente. 
 
 
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Exemplo: Você é um dos que admiram os 
escritores de novelas. (Dos que admiram novelas, 
ele é um.) 
Ele é um dos jogadores que foram expulsos. (Dos 
jogadores que foram expulsos, ele é um.) 
Era uma das suas filhas que namorava com ele. 
(Namorava com ele, uma das suas filhas.) 
 
e) O sujeito é o pronome relativo <quem>: O verbo 
pode ficar na 3ª pessoa do singular ou concordar 
com o antecedente do pronome. 
 
Exemplo: Fui eu quem derramou o café. 
Fui eu quem derramei o café. 
 
f) O sujeito é formado por locuções pronominais 
(Alguns de nós, poucos de vós, quais de..., quantos 
de..., etc.): Se o primeiro pronome estiver no 
singular, o verbo fica no singular. Se estiver no 
plural, poderá concordar com o pronome 
interrogativo/indefinido ou com o pronome 
pessoal (nós ou vós). 
 
Exemplo: Algum de nós o receberá. 
 
Quais de vós me punirão? 
Quais de vós me punireis? 
Quais de nós são capazes? 
Quais de nós somos capazes? 
Vários de nós propuseram sugestões inovadoras. 
Vários de nós propusemos sugestões inovadoras. 
 
OBS.1: Veja que a opção por uma ou outra forma 
indica a inclusão ou a exclusão do emissor. Quando 
alguém diz ou escreve "Alguns de nós sabíamos de 
tudo e nada fizemos", esta pessoa está se incluindo 
no grupo dos omissos. Isso não ocorre quando 
alguém diz ou escreve "Alguns de nós sabiam de 
tudo e nada fizeram.", frase que soa como uma 
denúncia. 
 
g) O sujeito é formado de nomes no plural: Se o 
sujeito não vier precedido de artigo, o verbo ficará 
no singular. Caso venha antecipado de artigo, o 
verbo concordará com o artigo. 
 
Exemplo: Estados Unidos é uma nação poderosa. 
Os Estados Unidos são a maior potência mundial. 
 
h) O sujeito é formado por expressões 
aproximativas: mais de um, menos de dois, cerca 
de..., etc.: O verbo concorda com o numeral. 
 
Exemplo: Mais de um aluno não compareceu à 
aula. 
Mais de cinco alunos não compareceram à aula. 
 
OBS.: No caso da referida expressão aparecer 
repetida ou associada a um verbo que exprime 
reciprocidade, o verbo necessariamente deverá 
permanecer no plural: 
 
Exemplo: Mais de um aluno, mais de um professor 
contribuíram. 
Mais de um formando se abraçaram na formatura. 
 
i) O sujeito tem por núcleo a palavra gente (sentido 
coletivo) - o verbo poderá ser usado no singular ou 
plural, se este vier afastado do substantivo. 
 
Exemplo: A gente da cidade, temendo a violência 
da rua, permanece em casa. 
A gente da cidade, temendo a violência da rua, 
permanecem em casa. 
 
j) Quando os núcleos do sujeito são unidos por 
"com": O verbo pode ficar no singular ou no plural. 
No plural, os núcleos recebem um mesmo grau de 
importância e a palavra <com> tem sentido muito 
próximo ao de <e>. Para enfatizar o primeiro 
elemento, usa-se o singular. 
 
Exemplo: O governador com o secretariado 
traçaram os planos. 
O governador com o secretariado traçou os planos. 
 
 
SUJEITO COMPOSTO 
 
Regra geral: O verbo vai para o plural. 
 
Exemplo: João e Maria foram passear no bosque. 
 
CASOS ESPECIAIS: 
 
a) Os núcleos do sujeito são constituídos de 
pessoas gramaticais diferentes: O verbo ficará no 
plural seguindo-se a ordem de prioridade: 1ª, 2ª e 
3ª pessoa. 
 
Exemplo: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos 
tornaremos amigos. (O verbo ficou na 1ª pessoa do 
plural porque esta tem prioridade sob a 3ª.) 
 
 
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Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis 
amigos. (O verbo ficou na 2ª pessoa do plural 
porque esta tem prioridade sob a 3ª.) 
 
OBS1: No segundo exemplo, também é aceita a 
concordância do verbo com a terceira pessoa. 
 
Exemplo: Tu e ele se tornarão amigos. (3ª pessoa 
do plural) 
 
OBS.2: Se o sujeito estiver posposto, permite-se 
também a concordância por atração com o núcleo 
mais próximo do verbo. 
 
Exemplo: Iremos eu e minhas amigas. 
Irei eu e minhas amigas. 
 
b) Os núcleos do sujeito estão coordenados 
assindeticamente ou ligados por <e>: O verbo 
concordará com os dois núcleos. 
 
Exemplo: A jovem e a sua amiga seguiram a pé. 
 
OBS.3: Se o sujeito estiver posposto, permite-se a 
concordância por atração com o núcleo mais 
próximo do verbo. 
 
Exemplo: Seguiria a pé a jovem e a sua amiga. 
 
OBS.4: Quando ocorre ideia de reciprocidade, no 
entanto, a concordância é feita obrigatoriamente 
no plural. 
 
Exemplo: Abraçaram-se vencedor e vencido. 
Ofenderam-se o jogador e o árbitro. 
 
c) Os núcleos do sujeito são sinônimos ou 
semelhantes e estão no singular: O verbo poderá 
ficar no plural (concordância lógica) ou no singular 
(concordância atrativa). 
 
Exemplo: A angústia e ansiedade não o ajudavam 
a se concentrar. 
A angústia e ansiedade não o ajudava a se 
concentrar. 
 
d) Quando há gradação entre os núcleos: O verbo 
pode concordar com todos os núcleos (lógica) ou 
apenas com o núcleo mais próximo (concordância 
atrativa). 
 
Exemplo: Uma palavra, um gesto, um olhar 
bastavam. 
Uma palavra, um gesto, um olhar bastava. 
 
e) Quando os sujeitos forem resumidos por: nada, 
tudo, ninguém, etc.: O verbo concordará com o 
aposto resumidor. 
 
Exemplo: Os pedidos, as súplicas, o desespero, 
nada o comoveu. 
 
f) Quando o sujeito for constituído pelas 
expressões: um e outro, nem um nem outro: O 
verbo poderá ficar no singular ou no plural. 
 
Exemplo: Um e outro já veio. 
Um e outro já vieram. 
 
g) Quando os núcleos do sujeito composto são 
unidos por <ou> ou <nem>: O verbo deverá ficar 
no plural se a declaração contida no predicadopuder ser atribuída a todos os núcleos. 
 
Exemplo: Drummond ou Bandeira representam a 
essência da poesia brasileira. 
Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta. 
 
OBS: Se os núcleos forem excludentes o verbo deve 
ficar no singular. Em caso de retificação, deve 
concordar com o mais próximo. 
 
Exemplo: Você ou ele será escolhido. 
O ladrão ou os ladrões não deixaram vestígio. 
 
h) Quando os sujeitos estiverem ligados pelas 
séries correlativas (tanto... como/ assim... como/ 
não só... mas também, etc.): O que comumente 
ocorre é o verbo ir para o plural, embora o singular 
seja aceitável se os núcleos estiverem no singular. 
 
Exemplo: Tanto Erundina quanto Collor perderam 
as eleições municipais em São Paulo. 
Tanto Erundina quanto Collor perdeu as eleições 
municipais em São Paulo. 
 
SUJEITO ORACIONAL 
 
Quando o sujeito é uma oração 
subordinada substantiva subjetiva, o verbo da 
oração principal fica na 3ª pessoa do singular. 
 
Exemplo: Ainda falta dar os últimos retoques na 
pintura. 
 
 
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• OBS: Para saber se é o caso, substitua a 
oração subordinada por ISSO: “Ainda falta 
ISSO”. Percebe-se facilmente que ISSO é o 
sujeito do verbo faltar. 
 
 
O VERBO E A PARTÍCULA <SE> 
 
a) Quando é índice de indeterminação do sujeito: 
Quando índice de indeterminação do sujeito, o 
<se> acompanha os verbos intransitivos, 
transitivos indiretos e de ligação, os quais 
obrigatoriamente são conjugados na terceira 
pessoa do singular. 
 
Exemplo: Precisa-se de governantes interessados 
em civilizar o país. 
Confia-se em teses absurdas. 
Era-se mais feliz no passado. 
 
b) Quando é partícula apassivadora: Quando 
pronome apassivador, o <se> acompanha verbos 
transitivos diretos (e alguns poucos indiretos) na 
formação da voz passiva sintética. Nesse caso, o 
verbo deve concordar com o sujeito da oração. 
 
Exemplo: Construiu-se um posto de saúde. 
Construíram-se novos postos de saúde. 
Não se pouparam esforços para despoluir o rio. 
Não se poupou esforço para despoluir o rio. 
 
VERBOS IMPESSOAIS 
 
São aqueles que não possuem sujeito. Uma 
vez que os verbos se flexionam para concordar 
com o sujeito, então estes verbos ficam sempre na 
3ª pessoa do singular. 
 
Haver no sentido de existir; 
Fazer indicando tempo; 
Verbos que indicam fenômenos da natureza. 
 
Exemplo: Havia sérios problemas na cidade. 
Fazia quinze anos que ele havia parado de estudar. 
Choveu granizos ontem. 
 
OBS: Em locução verbal nos casos acima, o verbo 
auxiliar herda esta impessoalidade. Lembre-se que 
o verbo existir não faz parte da regra: 
 
Exemplo: Vai fazer quinze anos que ele parou de 
estudar. 
Deve haver indícios de fraude. 
Pode ter havido casos semelhantes. 
 
Existem sérios problemas na cidade. 
Devem existir problemas na cidade. 
 
VERBOS DAR, BATER E SOAR 
 
Quando usados na indicação de horas, 
possuem sujeito (relógio, hora, horas, badaladas...), 
e com ele devem concordar. 
 
Exemplo: O relógio deu duas horas. 
Deu uma hora no relógio da estação. 
Deram duas horas no relógio da estação. 
O sino da igreja bateu cinco badaladas. 
Bateram cinco badaladas no sino da igreja. 
Soaram dez badaladas no relógio da escola. 
 
A LOCUÇÃO "HAJA VISTA" 
 
A locução “haja vista” admite duas 
construções. A expressão fica invariável ou o 
verbo haver pode variar (desde que não seguido 
de preposição), considerando-se o termo seguinte 
como sujeito. 
 
Exemplo: Haja vista as lições dadas por ele. 
Haja vista aos fatos explicados por esta teoria. 
Hajam vista os exemplos de sua dedicação. 
 
A EXPRESSÃO "EM QUE PESE" 
 
Na expressão “em que pese”, o verbo “pesar” 
permanece invariável quando se tratar de pessoa 
ou concorda com o sujeito quando se tratar de 
coisa. 
 
Exemplo: Em que pese aos governistas, votaremos 
contra. 
Em que pesem as suas contradições, a melhor tese 
ainda é a dele. 
 
PORCENTAGEM + SUBSTANTIVO 
 
a) Porcentagem + Substantivo, sem modificador da 
porcentagem: Facultativamente o verbo poderá 
concordar com o número referente à porcentagem 
ou com o substantivo. 
 
Exemplo: 1% da turma estuda muito. 
1% dos alunos estuda / estudam muito. 
10% da turma estuda / estudam muito. 
10% dos alunos estudam muito. 
 
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b) Porcentagem + Substantivo, com modificador da 
porcentagem: O verbo concordará com o 
modificador, que pode ser pronome 
demonstrativo, pronome possessivo, artigo, etc. 
 
Exemplo: Os 10% da turma estudam muito. 
Aquele 1% dos alunos estuda mais. 
 
c) Mais de, menos de, cerca de, perto de, antes da 
porcentagem: 
O verbo concordará apenas com o número 
referente 
à porcentagem, mesmo que haja elemento 
modificador. 
 
Exemplo: Mais de 1% dos alunos estuda muito. 
Menos de 10% da turma estudam muito. 
 
CONCORDÂNCIA COM O VERBO SER: 
 
a) Quando, em predicados nominais, o sujeito for 
representado por um dos pronomes: tudo, nada, 
isto, isso, aquilo: O verbo <ser> ou <parecer> 
concordarão com o predicativo. 
 
Exemplo: Tudo são flores. 
Aquilo parecem ilusões. 
 
OBS: Poderá ser feita a concordância com o sujeito 
quando se quer enfatizá-lo. 
Exemplo: Aquilo é sonhos vãos. 
 
b) O verbo ser concordará com o predicativo 
quando o sujeito for os pronomes interrogativos 
<que> ou <quem>. 
 
Exemplo: Que são gametas? 
Quem foram os escolhidos? 
 
c) Em indicações de horas, datas, tempo, distância: 
A concordância será feita com a expressão 
numérica. 
 
Exemplo: São nove horas. 
É uma hora. 
 
OBS: Em indicações de datas, são aceitas as duas 
concordâncias, pois subentende-se a palavra dia. 
 
Exemplo: Hoje são 24 de outubro. 
Hoje é (dia) 24 de outubro. 
d) Quando o sujeito ou predicativo da oração for 
pronome pessoal, a concordância se dará com o 
pronome. 
 
Exemplo: Esse cara sou eu. 
 
OBS: Se os dois termos (sujeito e predicativo) 
forem pronomes, a concordância será com o que 
aparece primeiro, considerando o sujeito da 
oração. 
 
Exemplo: Eu não sou tu. 
 
e) Nas locuções: é pouco, é muito, é mais de, é 
menos de, junto a especificações de preço, peso, 
quantidade, distância e etc.: O verbo fica sempre no 
singular. 
 
Exemplo: Cento e cinquenta é pouco. 
Cem metros é muito. 
 
f) Nas expressões do tipo: ser preciso, ser 
necessário, ser bom, o verbo e o adjetivo podem 
ficar invariáveis (verbo na 3ª pessoa do singular e 
adjetivo no masculino singular) ou concordar com 
o sujeito posposto. 
 
Exemplo: É necessário aqueles materiais. 
São necessários aqueles materiais. 
 
O VERBO "PARECER" 
 
Em orações desenvolvidas, o verbo parecer 
fica no singular. 
 
Exemplo: As paredes parece que têm ouvidos. 
(Parece que as paredes têm ouvidos.) 
 
Quando seguido de infinitivo, admite duas 
concordâncias: 
a) O verbo parecer varia e não se flexiona o 
infinitivo. 
 
Exemplo: Alguns colegas pareciam chorar naquele 
momento. 
 
b) O verbo parecer não varia e o infinitivo sofre 
flexão. 
 
Exemplo: Alguns colegas parecia chorarem 
naquele momento. 
 
 
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OBS: A primeira construção é considerada 
corrente, enquanto a segunda, literária. 
 
CONCORDÂNCIA COM O INFINITIVO 
 
O infinitivo é a forma nominal do verbo e 
pode apresentar-se flexionado e não flexionado. O 
estudo do infinitivo na Língua Portuguesa é 
bastante complexo, já que, em alguns casos, ele 
deve ser flexionado, em outros, ele pode ser 
flexionado, e em outros ainda ele não se flexiona. 
 
Exemplo de como flexionar o infinitivodo verbo 
cantar: 
Era para eu cantar 
Era para tu cantares 
Era para ele cantar 
Era para nós cantarmos 
Era para vós cantardes 
Era para eles cantarem 
 
a) Não se flexiona o infinitivo: 
 
I) Não se flexiona o infinitivo se o sujeito for 
representado por pronome 
pessoal oblíquo átono (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, 
se, os, as, lhes). 
 
Exemplo: Esperei-as chegar. 
 
II) Quando o infinitivo não se referir a sujeito 
algum. 
 
Exemplo: Navegar é preciso, viver não é preciso. 
Querer é poder. 
Fumar prejudica a saúde. 
É proibido colar cartazes neste muro. 
É preciso lutar contra as drogas. 
Vale a pena ter fé e esperança sempre. 
 
III) Infinitivo com valor de imperativo (ordem, 
pedido, conselho, apelo): 
 
Exemplo: Soldados, recuar! 
 
IV) Como verbo principal de locução verbal: 
 
Exemplo: Os alunos podem sair mais cedo hoje. (O 
verbo sair é o principal da locução "podem sair"). 
Eles não podem fazer isso! (O verbo fazer é o 
principal da locução "podem fazer"). 
 
V) Quando fizer referência a gerúndio: 
 
Exemplo: As peças estavam estragadas, devendo 
ser substituídas. 
Começaram as inscrições, podendo os candidatos 
dirigir-se à sala 
 
b) Flexiona-se obrigatoriamente o infinitivo: 
 
I) Quando o sujeito for diferente de pronome átono, 
estiver evidente e determinante de verbo não 
acusativo: 
 
Exemplo: Não é necessário vocês chegarem mais 
cedo. 
 
II) Quando se quiser indeterminar o sujeito 
(utilizando a terceira pessoa do plural); 
 
Exemplo: Faço isso para (eu) não me achar inútil. 
Faço isso para não me acharem inútil. 
 
III) Quando o infinitivo é o sujeito: 
 
Exemplo: O morrerem pela pátria é sina de alguns 
soldados. 
 
IV) Quando o sujeito do verbo no infinitivo for 
diferente do sujeito do verbo da outra oração. 
 
Exemplo: Meninos, vejo estarem atrasados mais 
uma vez. (O sujeito “vocês” do infinitivo “estar”é 
diferente do sujeito “eu” do verbo “ver” na outra 
oração.) 
 
Falei a eles sobre a vontade de deixarmos o time. 
(O sujeito “nós” do infinitivo “deixar” é diferente do 
sujeito “eu” do verbo “ver” na outra oração.) 
 
V) Quando o verbo for de ligação ou estiver na voz 
passiva: 
 
Exemplo: Elas tiveram que suar muito para se 
tornarem campeãs. 
O porta-voz disse que as medidas a serem tomadas 
contra o terror serão rigorosas. 
 
VI) Quando apresentar reciprocidade ou 
reflexibilidade de ação. 
 
Exemplo: Fizemos os adversários se 
cumprimentarem com gentileza. 
Deixem os namorados beijarem-se como quiserem. 
 
 
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c) Flexão opcional: Quando possível, a escolha 
do infinitivo flexionado é feita sempre que se 
quer enfatizar o agente (sujeito) da ação 
expressa pelo verbo. 
 
I) Se o sujeito do verbo no infinitivo for o mesmo 
do verbo da outra oração, a flexão do infinitivo não 
é necessária. Não é, porém, proibida. (Alguns 
gramáticos consideram que não deve haver flexão). 
 
Os escoteiros chamaram os chefes para apresentar 
o relatório. 
Os escoteiros chamaram os chefes para 
apresentarem o relatório. 
(O sujeito de ambos os verbos “chamar” e 
“apresentar” é o mesmo: os escoteiros.) 
 
(tu) Lerás o texto antes de (tu) responder. 
(tu) Lerás o texto antes de (tu) responderes. 
 
Para estudar, estaremos sempre dispostos. 
Para estudarmos, estaremos sempre dispostos. 
 
II) Não sendo claro o sujeito, pode-se flexionar o 
infinitivo quando for preciso evitar ambiguidade: 
 
Está na hora de começarmos o trabalho. (nós) 
Está na hora de começar o trabalho. (Quem? eu, 
você, ele, nós?) 
 
Exemplo: O presidente liberou os seus ministros 
para subirem no palanque. (para os ministros 
subirem) 
O presidente liberou os seus ministros para subir 
no palanque. (para o presidente subir) 
 
III) Caso de Sujeito Acusativo: Quando um verbo no 
infinitivo ou no gerúndio tiver a ação dependente 
de verbo causativo (mandar, fazer, deixar, etc.) ou 
quando tiver a ação recebida por verbo sensitivo 
(ver, ouvir, sentir, etc.), seu sujeito será 
denominado de sujeito acusativo. Ter a ação 
dependente de outro verbo significa que a ação só 
ocorre porque outra ocorreu anteriormente. 
Constatado o sujeito acusativo, se for representado 
por pronome oblíquo átono (me, te, se, o, as, nos...) 
a concordância é na 3º pessoa do singular, 
obrigatoriamente; caso contrário, sendo ele um 
substantivo plural, a concordância é opcional. 
 
Exemplo: Mandei os garotos sair. 
Mandei os garotos saírem. (flexão opcional) 
 
Verbo causativo: mandar; 
Verbo dependente: sair; 
Sujeito acusativo: substantivo “garotos”; 
 
Mandei-os sair de lá. (não flexiona) 
 
Verbo causativo: mandar; 
Verbo dependente: sair; 
Sujeito acusativo: pronome oblíquo “os”; 
 
Sentimos (ou vimos, ou ouvimos) os colegas vacilar 
nos debates. 
Sentimos (ou vimos, ou ouvimos) os colegas 
vacilarem nos debates. 
 
Verbo sensitivo: Sentir (ou ver, ou ouvir); 
Verbo dependente: vacilar; 
Sujeito acusativo: substantivo “colegas”; 
 
d) Preposição + Infinitivo: 
 
I) Será não flexionado quando ocorrer locução 
verbal onde a ligação com o verbo auxiliar ocorrer 
por meio de preposição: 
 
Exemplo: Acabamos de fazer os exercícios. 
 
II) Será não flexionado quando houver a 
combinação ADJETIVO + PREPOSIÇÃO + 
INFINITIVO: 
 
Exemplo: São casos difíceis de solucionar. 
 
III) Não se flexiona o infinitivo precedido de 
preposição com valor de gerúndio. 
 
Exemplo: (Nós) Passamos horas a comentar o 
filme. (comentando) 
 
IV) Não se flexiona o infinitivo com preposição que 
apareça depois de um verbo na voz passiva: 
 
Exemplo: Os jornalistas foram forçados a sair da 
sala. 
As pessoas eram obrigadas a esperar em fila. 
 
V) Depois da combinação ao, o infinitivo varia 
obrigatoriamente: 
 
Exemplo: Ao entrarmos, encontramos o João. 
Ao derreterem-se, as amostras do gelo deixaram 
sedimentos. 
 
 
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VI) A variação será obrigatória se o verbo for 
pronominal ou se exprimir reciprocidade ou 
reflexibilidade de ação: 
 
Exemplo: Gastamos duas horas para nos 
dirigirmos para lá. 
Eles relutaram muito para se cumprimentarem. 
Foram ao cabeleireiro a fim de se pentearem. 
 
VII) Nos demais casos é opcional flexionar ou não. 
 
Exemplo: O rapaz ajudava as garotas a superar 
suas dificuldades em Matemática. 
O rapaz ajudava as garotas a superarem suas 
dificuldades em Matemática. 
Para chegar aqui, gastamos duas horas. 
Para chegarmos aqui, gastamos duas horas. 
 
CONCORDÂNCIA NOMINAL 
 
REGRA GERAL: Os termos determinantes - 
adjetivo, artigo, numeral, pronome e particípio- 
concordam em gênero e número com o termo 
determinado, o substantivo. 
 
Exemplo: Uma árvore deve ter boas raízes. 
 Toda opinião devia ter um bom fundamento. 
 
 
 CASOS ESPECIAIS DE 
CONCORDÂNCIA NOMINAL 
 
1- ADJETIVO ANTES DOS SUBSTANTIVOS- 
ANTEPOSTO AO SUBSTANTIVO. 
 
a) Adjetivo + substantivo + substantivo ou mais. O 
adjetivo concorda com o substantivo mais próximo. 
 
Exemplo: 1 Lindas pérolas e rubis. 
2 Lindos rubis e pérolas. 
 
b) O adjetivo ficará no plural, se os substantivos 
forem nomes próprios ou indicarem parentescos. 
 
Exemplo: 1 Criativos Roberto Carlos e Erasmo 
Carlos. 
2 Engraçados pai e filho. 
 
ADJETIVO COMO PREDICATIVO DO SUJEITO OU 
DO OBJETO—o adjetivo anteposto poderá 
concordar com o núcleo mais próximo ou no plural, 
prevalecendo o masculino plural, em casos de 
gêneros diferentes. 
 
Exemplo: Emocionados, pai e mãe procuravam 
disfarças as lágrimas. 
 Emocionado, pai e mãe procuravam disfarças 
as lágrimas. 
 Emocionada, mãe e pai procuravam disfarçar 
as lágrimas. 
 
PREDICATIVO DO OBJETO 
 
Ex.: A comissão julgadora considerou vitoriosaa 
menina e o menino. 
 A comissão julgadora considerou vitoriosos a 
menina e o menino. 
 
• OBS: SE AS PALAVRAS DETERMINADAS SE 
REFEREM A UMA SÓ PESSOA OU COISA, 
IMPÕE-SE O SINGULAR DO 
DETERMINANTE. 
 
Exemplo: Seu fiel amigo e servidor. 
 
2 - ADJETIVO POSPOSTO A DOIS OU MAIS 
SUBSTANTIVOS- A CONCORDÂNCIA PODERÁ 
SER: 
 
a) Com o último substantivo; Ex.: Comprei vestido 
e bolsa importada. 
 
b) Com o masculino plural, se um dos substantivos 
for masculino; 
 
Exemplo: Comprei vestido e bolsa importados. 
 
c) Com o plural, no gênero dos substantivos. 
 
Exemplo: Comprei roupa e bolsa importadas. 
 
ATENÇÃO: Quando há ideia de reciprocidade, 
 torna-se obrigatório o emprego do plural. 
 
Exemplo: Encontrou padrinho e afilhada 
empenhados em uma discussão sobre 
sustentabilidade. 
 
3 - DOIS OU MAIS ADJETIVOS POSPOSTOS A UM 
SUBSTANTIVO. HÁ DUAS POSSIBILIDADES: 
 
a) Substantivo no singular e repetição do artigo 
antes do segundo adjetivo. 
 
Exemplo: Adoro a cultura espanhola e a italiana 
 
 
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b) Substantivo no plural e não emprego do artigo 
antes do segundo adjetivo. 
 
Exemplo: Adoro as culturas espanhola e italiana. 
 
• OBS: Na função de predicativo do sujeito 
ou do objeto o adjetivo posposto ao 
substantivo concordará no mesmo gênero 
plural, se os substantivos tiverem gêneros 
iguais ou no masculino plural, se tiverem 
gêneros diferentes. 
 
Exemplo: Pai e mãe estavam emocionados. 
Mãe e filha estavam emocionadas. 
O médico atendeu a paciente idosa e ferida. 
O médico atendeu a criança e a mãe feridas e 
desidratadas. 
 
CONCORDÂNCIA COM NUMERAL 
 
1- Quando dois ou mais numerais ordinais 
antecedem um substantivo, determinando-o este 
concorda com o mais próximo ou flexiona-se para 
o plural. 
 
Exemplo: Jogarão os atletas da segunda e 
terceira série. 
 Jogarão os atletas da segunda e terceira 
séries. 
 
2- Quando dois ou mais numerais ordinais 
pospostos determinam um substantivo, este se 
flexiona no plural. 
 
Exemplo: Os artigos sétimo, oitavo e nono 
esclarecem esse caso. 
 Já consultei os volumes primeiro, segundo e 
quarto. 
 
3- Quando se emprega os cardinais pelos ordinais, 
não ocorre a flexão. 
 
Exemplo: Página um. / figura vinte e um 
 
• OBS. Linguagem jurídica- A folhas 
vinte e uma / A folhas quarenta e 
duas
 
 
4- Substantivo no singular precedido de numeral 
combinado com um ou uma a preferência atual 
é colocá-lo no plural. 
 
Exemplo: Vinte e um dias / As mil e uma 
noites 
 
 
CONCORDÂNCIA COM OS ADJETIVOS 
DESIGNATIVOS DE NOMES DE CORES. 
 
Quando o nome da cor é constituído de dois 
adjetivos, nesse caso a prática mais comum é 
deixar o primeiro invariável na forma do 
masculino e fazer a concordância do segundo 
com o substantivo determinado. Embora não 
deixem de aparecer exemplos em bons autores em 
que estejam flexionados os dois adjetivos. 
Ex.: Olhos verde-claros (dois adjetivos só o último 
varia) 
 
• OBS: VERDE- CLARO COMO 
SUBSTANTIVO SE ATRIBUI O PLURAL 
VERDES- CLAROS. 
Exemplo: Os verdes –claros dos campos. 
(substantivo + adjetivo ambos variam no caso do 
plural dos substantivos compostos) 
Os campos verde-claros. (neste caso verde-claro é 
adjetivo) 
Olhos da cor verde-claro (com a expressão da 
cor ou de cor a cor fica no singular) 
 
ATENÇÃO COR QUE NÃO É COR, NÃO VARIA 
Exemplo: camisa vinho / camisas vinho 
 Uniforme laranja / uniformes laranja 
 Blusa rosa / Blusas rosa 
 
ATENÇÃO OS ADJETIVOS SEGUINTES SÃO 
INVARIÁVEIS. 
AZUL-CELESTE / AZUL –MARINHO / 
INFRAVERMELHO / 
 
CONCORDÂNCIA COM O ADJETIVO COMPOSTO. 
 
No adjetivo composto de dois ou mais 
elementos referidos a nacionalidade a 
concordância em gênero e número com o 
substantivo só ocorrerá no último adjetivo 
composto. 
 
Exemplo: Acordo luso-brasileiro. 
Amizade luso-brasileira 
Lideranças luso-brasileiras. 
 
O adjetivo composto varia apenas o último 
quando termina em adjetivo. Quando termina 
em substantivo fica invariável. 
 
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Exemplo: Quartos verde-escuros (escuros 
adjetivo) 
Cabelos vermelho-fogo (fogo substantivo 
invariável) 
 
EXCEÇÃO- ADJETIVO SURDO-MUDO (apresenta 
duas características por isso varia as duas 
palavras). 
 PALAVRAS E EXPRESSÕES COM 
CONCORDÂNCIA ESPECIAL 
 
As palavras: 
CARO, BARATO, MEIO, BASTANTE, MUITO, 
POUCO E SÓS, 
Quando classificadas como palavras adjetivas 
concordam em gênero e número com o termo a que 
se referem. Quando advérbio, ficam invariáveis. 
 
CARO E BARATO MESMAS REGRAS PARA 
SABERMOS SE FUNCIONAM COMO ADJETIVO 
OU ADVÉRBIO. 
 
Exemplo: As roupas foram caras/ baratas 
(Adjetivo caras/ baratas concordam com roupas) 
As roupas custaram caro /barato (Advérbio, 
portanto invariável) 
 
*Na dúvida com a classificação das palavras barato 
e caro, troca o substantivo da frase por uma 
palavra feminina, se houver a mudança para cara/ 
barata é adjetivo se não é adverbio. 
 
Exemplo: O carro está caro. (adjetivo) A 
moto está cara. (adjetivo) 
 O carro custa caro (advérbio) A moto 
custa caro ( advérbio) 
 
PALAVRA MEIO- Quando podemos dividir o termo 
a que meio se refere é adjetivo, quando tem sentido 
de “um pouco”, “um tanto” é advérbio. 
Ex.: Era meio-dia e meia (meia hora) 
Elas estavam meio triste. 
 
BASTANTE- No sentido de muito é advérbio, 
portanto invariável. 
BASTANTES- muitos, muitas, / pronome 
indefinido logo é variável 
 Suficientes / adjetivo logo é variável 
Exemplo: Foram bastante agitadas as festas desta 
semana. (bastante – advérbio no sentido de muito) 
Compramos bastantes produtos orgânicos. 
(bastantes – pronome indefinido no sentido de 
muitos) 
Temos razões bastantes para duvidar dele. 
(bastantes – adjetivo no sentido de suficientes) 
 
Em relação a palavra MUITO aplica-se a regra 
inversa. 
 
Exemplo: Tenho resolvido muitas questões de 
matemática. (bastantes questões) 
Tenho estudado muito matemática (estudado 
bastante) 
 
POUCO(s)- Contrário de muitos (as) variável 
 Contrário de muito (invariável) 
 
Exemplo: Temos poucas horas até a viagem 
(temos muitas horas) 
Durmo pouco. (Dormimos muito). 
 
SÓ= somente- advérbio invariável 
SÓS = sozinhos – adjetivo- variável 
A SÓS – locução adverbial invariável 
 
Exemplo: Eles só convidaram os amigos (somente) 
Muitas pessoas vivem sós no mundo. (sozinhas) 
Eles precisavam falar a sós. (locução adverbial) 
 
MESMO = No sentido de “embora”, ou “ainda que” 
= conectivo invariável. 
 No sentido de realmente, ou de fato, 
exatamente, precisamente, também ou até, é 
 advérbio invariável. 
 No sentido de os mesmos / as mesmas = 
substantivo variável 
 
Exemplo: As crianças mesmas organizaram a 
festa. (as crianças próprias) 
 Foram sempre os mesmos em todas as 
ocasiões. 
 Cheguei agora mesmo (Cheguei agora 
precisamente) 
 Ele conferia mesmo os documentos não 
questionados. (conferia até os documentos...) 
 Mesmo cansados continuamos estudando até 
tarde. (embora cansados....) 
 
AS PALAVRAS OBRIGADO, PRÓPRIO, ANEXO, 
APENSO, INCLUSO E QUITE concordam em 
gênero e número com o termo a que se referem. 
 
Exemplo: A garotinha disse: Obrigada 
 
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Muito obrigado, disse-nos ele. 
A multa está inclusa neste valor? 
As multasestão inclusas neste valor? 
A cópia veio anexa/apensa ao contrato. 
A cópias vieram anexas /apensas ao contrato. 
Nós já pagamos todas as faturas. Agora estamos 
quites. 
Estou quite. 
 
 
OS ADJETIVOS POSSÍVEL – PROVÁVEL- Nas 
expressões superlativas concordam com o artigo 
que as antecedem. 
 
Exemplo: Os dois autores defendem a melhor 
doutrina possível. 
 Essas frutas são as 
mais saborosas possíveis. 
 Eles foram os mais 
insolentes possíveis. 
• OBS: A EXPRESSÃO QUANTO POSSÍVEL É 
INVARIÁVEL. 
 
Exemplo: Paisagens quanto possível belas. 
 
ALERTA, MENOS, SOMENOS, PSEUDO E TODO - 
são invariáveis na linguagem padrão. 
 
Exemplo: Aqueles foram dias de pseudo -
felicidade. 
Vieram menos pessoas ao evento este ano. 
Mais amores e menos confiança. 
Há neles coisas boas, coisas más e coisas somenos. 
A fé todo – poderosa que nos guia é nossa 
salvação (todo usado em termos compostos fica 
invariável) 
Os seguranças estavam sempre alerta. (adverbio, 
invariável) 
 
Alerta! (Interjeição invariável) 
 
ATENÇÃO COM A PALAVRA ALERTA - 
LINGUAGEM COLOQUIAL- OBSERVAR O TEXTO 
A palavra alerta admite flexão se empregada 
como adjetivo no sentido “ágil”, “atento” ou 
“vigilante” Ou ainda como substantivo 
significando “sinal” ou “ordem “para estar 
atento 
 
Exemplo: Elas eram funcionárias alertas. (alertas 
= atentas, logo funciona como adjetivo) 
Nós ouvimos repetidamente os alertas emitidos 
pelas sirenes. (os alertas = os sinais, logo funciona 
como substantivo). 
 
SUBSTANTIVO + É BOM, É PRECISO, É 
PROIBIDO, É NECESSÁRIO, É PERMITIDO 
A flexão do adjetivo que nelas ocorre depende da 
presença ou da ausência de um determinante junto 
ao substantivo. 
SUBSTANTIVO COM DETERMINANTE (ARTIGO OU 
PRONOME) O ADJETIVO CONCORDA COM O 
SUBSTANTIVO. 
SUBSTANTIVO SEM DETERMINANTE O ADJETIVO 
FICA INVARIÁVEL. 
 
Exemplo: Não é permitida a entrada / Não é 
permitido entrada 
 Verdura é bom para a saúde. / A verdura é 
boa para a saúde. 
 
 CONCORDÂNCIA COM O 
PARTICÍPIO 
 
Caso o particípio apareça como verbo 
principal em tempo composto com os auxiliares 
TER OU HAVER ficará invariável. 
 
Exemplo: A direção havia explicado as medidas 
necessárias à solução da crise. 
 O presidente tinha dado as recomendações 
 Eu estava resfriado (particípio com função de 
adjetivo) 
 Vários alunos andam resfriados (resfriados- 
particípio com função de adjetivo. 
 
ATENÇÃO: alguns particípios passaram a ter 
emprego equivalente a preposição e advérbio 
como tais devem aparecer invariáveis. Contudo 
alguns escritores ainda procedem com a 
concordância necessária. 
 
Exemplo: Salva a hipótese (em desuso) Salvo 
a hipótese Salvo exceções 
 
CONCORDÂNCIA IDEOLÓGICA OU SILEPSE 
 
É a concordância que ocorre partindo de 
uma ideia ou sentido que ela indica. 
Pode ocorrer: silepse de gênero (concordância 
nominal). silepse de pessoa (concordância 
verbal). Silepse de número (concordância verbal). 
 
 
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Exemplo: A animada Salvador está cada vez mais 
desenvolvida (silepse de gênero refere-se à 
cidade) 
Sua excelência, o governador, está adoentado 
(silepse de gênero refere-se uma pessoa do sexo 
masculino.) 
 
OBS: quando se junta um adjetivo as formas de 
tratamento V.Exª, V. Sª, etc. o adjetivo fica no 
gênero da forma de tratamento. 
 
Exemplo: Sua Magestade fidelíssima foi 
contrariado pelos representantes diplomáticos. 
 
O rebanho andava sem rumo pela planície seca; 
tentavam inutilmente achar água. (Silepse de 
número (singular e plural) 
Todos os brasileiros falamos a mesma língua 
silepse de pessoa (concordância verbal). 
Todos os brasileiros falam a mesma língua. 
(concordância gramatical normal) 
 
QUESTÕES 
 
1. 
É assim que acontece a bondade 
 
Rubem Alves 
 
(...) 
O que pode ser ensinado são as coisas que moram 
no mundo de fora: 
astronomia, física, química, gramática, anatomia, 
números, letras, palavras. 
Mas há coisas que não estão do lado de fora, coisas 
que moram dentro do corpo. 
Estão enterradas na carne, como se fossem 
sementes à espera… 
Sim, sim! Imagine isto: o corpo como um grande 
canteiro! 
Nele se encontram, adormecidas, em estado de 
latência, as mais variadas sementes. 
Elas poderão acordar, como a Bela Adormecida 
acordou com um beijo. 
Mas poderão também não brotar. 
Tudo depende… 
As sementes não brotarão se sobre elas houver 
uma pedra. 
E também pode acontecer que, depois de brotar, 
elas sejam arrancadas… 
De fato, muitas plantas precisam ser arrancadas, 
antes que cresçam: 
as pragas, tiriricas, picões… 
Uma dessas sementes é a “solidariedade”. 
A solidariedade não é uma entidade do mundo de 
fora, 
ao lado de estrelas, pedras, mercadorias, dinheiro, 
contratos. 
Se ela fosse uma entidade do mundo de fora 
poderia ser ensinada e produzida. 
A solidariedade é uma entidade do mundo interior. 
Solidariedade nem se ensina, nem se ordena, nem 
se produz. 
A solidariedade tem de brotar e crescer como uma 
semente… 
Veja o ipê florido! 
Nasceu de uma semente. 
Depois de crescer não será necessária nenhuma 
técnica, 
nenhum estímulo, nenhum truque para que ele 
floresça. 
Angelus Silesius, místico antigo, tem um verso que 
diz: 
“A rosa não tem porquês. Ela floresce porque 
floresce”. 
O ipê floresce porque floresce. 
Seu florescer é um simples transbordar natural da 
sua verdade. 
A solidariedade é como o ipê: 
nasce e floresce. 
Mas não em decorrência de mandamentos éticos 
ou religiosos. 
Não se pode ordenar: “Seja solidário!” 
A solidariedade acontece como um simples 
transbordamento: 
as fontes transbordam… 
Já disse que solidariedade é um sentimento. 
É esse o sentimento que nos torna humanos. 
A solidariedade me faz sentir sentimentos que não 
são meus, que são de um outro. 
Acontece assim: eu vejo uma criança vendendo 
balas num semáforo. 
Ela me pede que eu compre um pacotinho das suas 
balas. 
Eu e a criança – dois corpos separados e distintos. 
Mas, ao olhar para ela, estremeço: 
algo em mim me faz imaginar aquilo que ela está 
sentindo. 
E então, por uma magia inexplicável, esse 
sentimento imaginado se aloja junto dos meus 
próprios sentimentos. 
Na verdade, desaloja meus sentimentos, pois eu 
vinha, no meu carro, com sentimentos leves e 
alegres, 
e agora esse novo sentimento se coloca no lugar 
 
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deles. 
O que sinto não são meus sentimentos. 
Foram-se a leveza e a alegria que me faziam cantar. 
Agora, são os sentimentos daquele menino que 
estão dentro de mim. 
Meu corpo sofre uma transformação: 
ele não é mais limitado pela pele que o cobre. 
Expande-se. 
Ele está agora ligado a um outro corpo que passa a 
ser parte dele mesmo. 
Isso não acontece nem por decisão racional, nem 
por convicção religiosa, nem por um mandamento 
ético. 
É o jeito natural de ser do meu próprio corpo, 
movido pela solidariedade. 
Pela magia do sentimento de solidariedade meu 
corpo passa a ser morada do outro. 
É assim que acontece a bondade. 
O menino me olhou com olhos suplicantes. 
E, de repente, eu era um menino que olhava com 
olhos suplicantes… 
 
Disponível em 
https://rubemalvesdois.wordpress.com/2010/09
/11/e-assim-que-acontece-a-bondade/ 
 
No período “Foram-se a leveza e a alegria que me 
faziam cantar”, o verbo “foram” está no plural 
porque concorda 
A 
com o sujeito que está no plural. 
B 
com o sujeito composto posposto a ele. 
C 
com o sujeito que representa um 
coletivo. 
D 
com o sujeito composto anteposto a 
ele. 
 
2. 
“Há duas formas de marcar o tempo”. Com relação 
à concordância do verbo “haver”,analise as 
afirmativas a seguir: 
 
I. Fica no singular quando for usado no 
sentido de existir ou acontecer. 
 
II. É pessoal e por isso concorda com o 
sujeito da oração. 
 
III. Fica no plural para indicar um sujeito 
indeterminado. 
 
IV. É impessoal e forma uma oração sem 
sujeito. 
 
É correto o que se afirma 
 
A 
apenas em I e II. 
B 
apenas em I e IV. 
C 
apenas em II e IV. 
D 
apenas em II e III. 
 
3. 
Tendo em vista as regras de concordância verbal, 
assinale a alternativa que não segue corretamente 
essas regras. 
A 
Atualmente persistem as críticas 
sobre a aparência física de algumas 
mulheres. 
B 
Havia muitas pessoas que gostariam 
de provar novos sabores. 
C 
Faltam às pessoas um bom conselho 
sobre como agir diante da opinião 
alheia. 
D 
Polêmicas haverão de existir sobre a 
roupa da cantora em seu show. 
 
4. 
Assinale a alternativa que não está de acordo com 
as regras de concordância verbal. 
A 
Mais de uma pessoa foi cancelada 
naquele momento. 
B 
Nem um nem outro foi cancelado. 
C 
Faz dois anos que não sou cancelado 
nas redes socias. 
D 
Haviam muitas pessoas na sala 
discutindo sobre cancelamento. 
 
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5. 
Assinale a alternativa em que a acentuação gráfica 
e a concordância verbal estão corretas. 
A 
As pessoas, que não lêem boas obras 
literárias, sente dificuldades em 
escrever. 
B 
Em janeiro, as chuvas eram tão fortes 
que os para-raios saíam voando. 
C 
Hoje, as crianças vêem os superherois, 
diferentemente dos seus país. 
D 
Na Antigüidade, os pedidos de 
remissão era mais respeitados por 
todos. 
E 
Nos Jogos Panamericanos, os atletas 
brasileiros costumam terem boa 
atuação. 
 
6. 
TEXTO III 
 
Seu pai a trazia às vezes, aos domingos, quando 
vinha cumprir o piedoso dever de amizade, 
visitando Quaresma. Há quanto tempo estava ele 
ali? Ela não se lembrava ao certo; uns três ou 
quatro meses, se tanto. 
 
Só o nome da casa metia medo. O hospício! É assim 
como uma sepultura em vida, um semi- 
enterramento, enterramento do espírito, da razão 
condutora, de cuja ausência os corpos raramente 
se ressentem. 
 
A saúde não depende dela e há muitos que 
parecem até adquirir mais força de vida, prolongar 
a existência, quando ela se evola não se sabe por 
que orifício do corpo e para onde. Com que terror, 
uma espécie de pavor de coisa sobrenatural, 
espanto de inimigo invisível e onipresente, não 
ouvia a gente pobre referir-se ao estabelecimento 
da Praia das Saudades! Antes uma boa morte, 
diziam. 
 
No primeiro aspecto, não se compreendia bem esse 
pasmo, esse espanto, esse terror do povo por 
aquela casa imensa, severa e grave, meio hospital, 
meio prisão, com seu alto gradil, suas janelas 
gradeadas, a se estender por uns centos de metros, 
em face do mar imenso e verde, lá na entrada da 
baía, na Praia das Saudades. Entrava-se, viam-se 
uns homens calmos, pensativos, meditabundos, 
como monges em recolhimento e prece. 
 
De resto, com aquela entrada silenciosa, clara e 
respeitável, perdia-se logo a ideia popular da 
loucura; o escarcéu, os trejeitos, as fúrias, o 
entrechoque de tolices ditas aqui e ali. 
 
Não havia nada disso; era uma calma, um silêncio, 
uma ordem perfeitamente naturais. No fim, porém, 
quando se examinavam bem, na sala das visitas, 
aquelas faces transtornadas, aqueles ares 
aparvalhados, alguns idiotas e sem expressão, 
outros como alheados e mergulhados em um 
sonho íntimo sem fim, e via-se também a excitação 
de uns, mais viva em face à atonia de outros, é que 
se sentia bem o horror da loucura, o angustioso 
mistério que ela encerra, feito não sei de que 
inexplicável fuga do espírito daquilo que se supõe 
o real, para se apossar e viver das aparências das 
coisas ou de outras aparências das mesmas. 
 
Quem uma vez esteve diante deste enigma 
indecifrável da nossa própria natureza, fica 
amedrontado, sentindo que o gérmen daquilo está 
depositado em nós e que por qualquer coisa ele nos 
invade, nos toma, nos esmaga e nos sepulta numa 
desesperadora compreensão inversa e absurda de 
nós mesmos, dos outros e do mundo. Cada louco 
traz em si o seu mundo e para ele não há mais 
semelhantes: o que foi antes da loucura é outro 
muito outro do que ele vem a ser após. 
 
No trecho “...há muitos que parecem até adquirir 
mais força de vida”, é obedecida a regra de 
concordância verbal. Assinale a alternativa em que 
a regras de concordância verbal também são 
empregadas corretamente. 
A 
Eu sou aquele que veio para apaziguar 
os ânimos. 
B 
Mais de uma noiva quiseram trocar 
seus vestidos 
C 
Quem teria sido meus pais biológicos? 
D 
 
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Restava cerca de duzentas pessoas 
esperando por atendimento. 
 
7. 
 
Disponível em: revistaencontro.com.br/canal/ 
encontro-indica/2015/03/conhecao- ilustrador-
que-da-vida-a-armandinho-que-e-sucesso-no-
facebo.html. Acesso em 04 de fev. 2021. 13. 
 
No trecho “Faz três dias que sonho com pão de 
queijo!” é obedecida a regra de concordância 
verbal. Assinale a alternativa em que a regra de 
concordância verbal também é estabelecida 
corretamente. 
A 
Devem fazer cinco anos que me separei 
e hoje estou muito feliz. 
B 
Fui eu que lhe pediu em casamento. 
C 
Muitas pessoas já havia conhecido o 
companheiro ideal. 
D 
Quem teriam sido os críticos da crônica 
de João Antônio? 
 
8. 
No período “O montante equivale a 23 milhões de 
caminhões de 40 toneladas carregados, o que, 
segundo a entidade, seria suficiente para circundar 
a Terra sete vezes”, o verbo destacado está 
realizando a sua concordância 
A 
com o substantivo “montante” a que se 
refere. 
B 
com o numeral “40 toneladas” a que se 
refere. 
C 
com o substantivo “entidade” a que se 
refere. 
D 
com o numeral “23 milhões” a que se 
refere. 
 
9. 
A concordância verbal não está de acordo como 
preceitua a gramática em 
A 
Naquele momento, mais de uma pessoa 
mostrou-se indiferente à dor do 
companheiro. 
B 
Ele foi um dos que se compadeceu da 
dor alheia. 
C 
Haviam ali várias pessoas indiferentes 
ao sofrimento do amigo. 
D 
A dor, a angústia, o sofrimento, tudo 
parece ser imperceptível para 
determinadas pessoas. 
 
10. 
 
 
Disponível 
em: https://tirasarmandinho.tumblr.com/. Acesso 
em 09 de janeiro de 2020. 
 
Na passagem “A cada dia há mais pessoas como 
você”, presente no 3º quadrinho no TEXTO VI, 
houve a correta concordância do verbo “haver”, de 
acordo com a Norma Padrão da Língua Portuguesa. 
Assinale a alternativa que não estabelece a correta 
concordância desse mesmo verbo. 
A 
Acredito que devem haver leis que 
amparem o trabalhador. 
B 
 
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Havia simples operários na fila, em 
busca de oportunidades. 
C 
Os empregados é que 
se houvessem com o patrão sobre os 
baixos salários. 
D 
Outros haverão de arrumar um 
emprego logo. 
 
11. 
Os outros que ajudam (ou não) 
 
Muitos anos atrás, conheci um alcoólatra, que, aos 
quarenta anos, quis parar de beber. O que o levou 
a decidir foi um acidente no qual ele, bêbado, quase 
provocara a morte da companheira que ele amava, 
por quem se sentia amado e que esperava um filho 
dele. 
 
O homem frequentou os Alcoólicos Anônimos. Deu 
certo, mas, depois de um tempo, houve uma 
recaída brutal. Desanimado, mas não menos 
decidido, com o consenso de seu grupo do AA o 
homem se internou numa clínica especializada, 
onde ficou quase

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