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GRA1574 DESENHO TÉCNICO E COMPUTACIONAL GR0588-212-9 - 202120.ead-17385.01

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DESENHO TÉCNICO EDESENHO TÉCNICO E
COMPUTACIONALCOMPUTACIONAL
VISTAS ORTOGRÁFICAS,VISTAS ORTOGRÁFICAS,
CORTES E SEÇÕESCORTES E SEÇÕES
Autora: Esp. Ana Lívia Abreu de Andrade
Rev isor : Maí lson Scherer
IN IC IAR
introdução
Introdução
Nesta unidade, abordaremos temas importantes para o desenho técnico
como: Introdução à Geometria descritiva, onde conheceremos a geometria
em três dimensões; o Sistema de Projeção, seus elementos e como ele está
presente no nosso dia a dia; veremos o Método da Dupla Projeção de Monge,
e sua importância para a con�guração dos desenhos técnicos atuais; as Vistas
Ortográ�cas, suas características e representações; Cortes e Seções, como
devem ser executados e sua importância para a compreensão do desenho.
A partir dessas informações você estará preparado(a) para executar e
interpretar desenhos técnicos de peças e equipamentos, elaborados
conforme as prescrições das normas técnicas brasileiras.
Geometria vem das palavras em grego: Geo = Terra e Metria = Medida, ou
seja, Medida da terra. Trata-se de um ramo da Matemática que investiga as
formas e as dimensões das �guras que existem na natureza.
Acredita-se que os estudos em geometria se iniciaram com os
Elementos de Euclides (330 A.C. – 260 a.C.), nascido na Síria,
estudante em Atenas, é reconhecido historicamente como um dos
matemáticos mais importantes, embora pouco se tenha
conhecimento sobre sua vida. Sabe-se que ensinou Matemática na
escola criada por Ptolomeu Soter, em Alexandria, e se tornou
notável pela forma brilhante de ensinar geometria e álgebra,
sempre atraindo para suas aulas um grande número de discípulos.
(MEDEIROS, 2019, on-line).
Geometria DescritivaGeometria Descritiva
Os conceitos da Geometria Descritiva constituem a base do Desenho Técnico,
onde se incluem o Desenho Arquitetônico, o Desenho Mecânico, o Desenho
Elétrico, entre outros. Ainda que esses conceitos já fossem abordados de
forma intuitiva desde a Antiguidade (como vemos nos desenhos de Leonardo
Da Vinci, com suas geniais invenções, porém sem normas ou escalas e cotas),
as bases da Geometria Descritiva foram criadas no �nal do século 18 pelo
francês Gaspard Monge.
Figura 2.1 - Euclides (300 AC)
Fonte: Patrick Guenette / 123RF.
Gaspard Monge foi um matemático, nascido em Beaune, 10 de maio de 1746
e falecido em Paris em 28 de julho de 1818, criador da geometria descritiva e
da geometria diferencial. Ele serviu na área militar como ministro da Marinha,
e esteve envolvido na reforma do sistema educacional francês, sendo um dos
fundadores da École Polytechnique (Escola politécnica).
Monge atuou na área acadêmica e militar, com estudos na área de defesa de
forti�cações, trazendo uma solução simples e e�caz usando não cálculos
intermináveis de aritmética, mas a geometria como resposta. A Geometria
Descritiva é o ramo da matemática aplicada que tem como objetivo o estudo
de objetos tridimensionais mediante projeções desses sólidos em planos. Em
Geometria, é comum utilizarmos os conceitos de forma e dimensão: Forma é
o aspecto, ou con�guração, de um determinado objeto (forma arredondada,
elíptica, cilíndrica, retangular etc.), enquanto dimensão é a grandeza que
caracteriza uma determinada medida desse objeto (largura, comprimento,
altura, diâmetro etc.). Os elementos fundamentais da geometria são o ponto,
a linha e o plano.
Ponto
O ponto é o elemento mais simples da geometria, não possui forma e nem
dimensão. Porém, é a partir do ponto que se é possível obter outras formas
geométricas.
Segundo Kandinsky (1997, p. 35), artista plástico russo renomado:
O ponto geométrico é um ser invisível. Deve, portanto, ser de�nido
como imaterial. Do ponto de vista material, o ponto compara-se ao
zero. Mas este zero esconde diferentes propriedades “humanas”.
Segundo a nossa concepção, este zero – o ponto geométrico –
evoca o laconismo absoluto, ou seja, a maior retenção mas, no
entanto, fala. Assim o ponto geométrico é, segundo a nossa
concepção, a última e única união do silêncio e da palavra. Eis
porque o ponto geométrico encontrou a sua forma material em
primeiro lugar na escrita – ele pertence à linguagem e signi�ca o
silêncio.
Linha
A linha pode ser de�nida como uma uma série de pontos en�leirados no
espaço, formando um traço único e contínuo. A linha é um elemento
geométrico que possui apenas uma dimensão: o comprimento.
Kandinsky (1997, p. 61) diz ainda:
A linha geométrica é um ser invisível. É o rastro do ponto em
movimento, logo seu produto. Ela nasceu do movimento – e isso
pela aniquilação da imobilidade suprema do ponto. Produz-se aqui
o salto do estático para o dinâmico.
As linhas podem variar quanto à forma, posição, direção e traçados.
Quanto à forma a linha pode ser retilínea, curva, ondulada, mista,
quebrada, fechada etc.
Quanto à posição pode ser vertical, horizontal e oblíqua.
Quanto à direção as linhas podem ser convergentes, divergentes,
paralelas, perpendiculares etc.
Quanto ao traçado as linhas podem ser cheia, �na, tracejada, traço e
ponto, pontilhada etc.
Plano ou Super�ície
Um plano ou superfície pode ser de�nido como as diversas posições de uma
linha que executa um movimento retilíneo ou por várias linhas postas lado a
lado.
Assim podemos dizer que um plano é um conjunto in�nito e ilimitado de
retas, postas lado a lado. Exemplos de planos do nosso dia a dia são
observados em qualquer superfície reta, como a superfície de uma mesa,
telas, portas, paredes etc.
As �guras geométricas bidimensionais, ou de duas dimensões, são de�nidas
dentro dos planos. Sendo assim, o plano é o objeto no qual as �guras
possuem duas dimensões: largura e comprimento.
Espaço
O encontro de dois ou mais planos forma o Espaço ou a 3ª Dimensão.
Portanto, o plano constitui um domínio 2D (bidimensional) e o espaço
constitui um domínio 3D (tridimensional).
O espaço é onde todos os sólidos e corpos podem ser construídos e criados e
onde a Geometria espacial acontece.
Como trata-se de uma extensão do plano para a terceira dimensão, sólidos
geométricos, construídos no espaço, têm profundidade, largura e
comprimento.
As noções de ponto, reta, plano e espaço são puramente intuitivas
e, ao contrário do que ocorre com os conceitos de forma e
dimensão, "emprestam" sua concepção para descrever
determinadas situações. Por exemplo: - Aqueles postes estão em
linha reta. - O tampo dessa mesa é plano. - A mesa está ocupando
o espaço do sofá (RABELLO, 2005, p. 5).
praticarVamos Praticar
“O ponto – o mais simples dos elementos – como se pode intuir, não tem forma e
nem dimensão. Entretanto, qualquer forma geométrica pode ser obtida a partir do
ponto. A linha, por exemplo, pode ser de�nida como uma sucessão contínua de
pontos”.
RABELLO, P. S. R. Apostila de Geometria Descritiva Básica 1. Cabo Frio: UAM,
2005. p. 6.
O Ponto, a reta e o plano constituem a base da Geometria. Sobre isso sabemos que:
a) Quanto à forma, o ponto pode ser reto, curvo, ondulado, misto, quebrado,
fechado etc.
b) Quanto ao traçado as linhas podem ser convergentes, divergentes,
paralelas, perpendiculares etc.
c) Também podemos comparar uma linha a uma série de pontos en�leirados
no espaço, unidos de tal forma que se confundem num traço contínuo.
d) O encontro de dois ou mais planos forma o Espaço ou a segunda
dimensão.
e) Sólidos geométricos, construídos no espaço, possuem profundidade e
comprimento.
A Geometria descritiva é baseada na projeção de objetos em planos retos.
Em nosso dia a dia é possível observar como funciona o sistema de projeção.
Sugestão de experimento:
Você precisa apenas de uma lanterna, um objeto qualquer (uma cadeira, por
exemplo) e um plano reto (uma parede branca, por exemplo).
Coloque a lanterna apontada para o objeto e observe a parede. A sombra que
aparece desenhada na parede nada mais é do que a projeção do objeto em
um plano reto.
Sistemas de ProjeçãoSistemas de Projeção
O mesmo podemos observar no cinema, onde vemos a incidência da luz do
projetor sobre a películana tela branca. Nesse caso, a projeção é o próprio
�lme exibido.
Existem dois tipos de sistemas de projeção:
Sistema de Projeção Cônica.
Como o exemplo da luz sobre um objeto esse sistema funciona com a saída
de linhas de um ponto central, formando um cone.
Sistema de Projeção Cilíndrica.
Como mostrado na Figura 2.13, a projeção cilíndrica, também conhecida
como projeção paralela, consiste na saída de projetantes paralelas entre si
como as geratrizes de um cilindro, passando pelo objeto. Esse sistema se
divide em dois tipos: ortogonal e oblíquo, de acordo com a incidência das
projetantes.
Elementos de Projeção
Os elementos que compõem a projeção são:
Plano de projeção;
Objeto;
Projetantes, ou raio projetante;
Centro de projeção.
Usando, ainda, o exemplo do experimento da cadeira podemos dizer que: o
plano de projeção é a parede, o objeto é a cadeira, as projetantes ou raios
projetantes seriam a luz e o centro de projeção seria a lanterna.
Usando, agora, o estudo do sistema de projeção na geometria, podemos criar
a projeção de pontos de um elemento geométrico. Veja o esquema ilustrado a
seguir:
Na Figura 2.15 observamos o desenho de um triângulo formado pelos pontos
(A), (B) e (C), no espaço, e as projeções A, B e C, do mesmo, em um plano reto.
Obs.: aqui, podemos dizer que A, B e C são as projeções verticais do triângulo,
pois foram criadas em um plano vertical (α).
Podemos dizer então que:
A Projetante é a reta que sai do centro de projeção, passa pelos
pontos do objeto (A), (B) e (C), no espaço, até o plano de projeção.
O Centro de projeção é o ponto �xo de onde partem as projetantes.
Um ponto é projetado em um plano quando a projetante intercepta
o plano de projeção.
Método da Dupla Projeção de Monge
(Gaspar Monge)
Para que possamos de�nir de forma precisa a forma e a posição de um objeto
no espaço utilizando um sistema de projeções, a utilização de uma só
projeção não será su�ciente. Observe o desenho a seguir:
Apenas com base nos resultados da projeção dos três objetos no plano
vertical o observador �ca impossibilitado de compreender a real forma do
objeto projetado.
Com o método da dupla Projeção de Monge, no entanto, é possível fazer essa
diferenciação, visto que serão utilizados dois planos de projeção.
Nesse método, emprega-se o Sistema de Projeções Cilíndricas Ortogonais.
O Método da Dupla Projeção de Monge foi criado por Gaspar Monge e utiliza
dois Planos de projeção: plano horizontal (π) e o plano vertical (π'), in�nitos e
perpendiculares entre si. Nesses planos, serão feitas as projeções horizontais
e verticais das �guras a serem representadas.
Figura 2.18 - Planos de Projeção
Fonte: Elaborada pela autora.
O encontro ou intersecção entre os dois planos é conhecido como Linha de
Terra (LT). A Linha de Terra divide os planos verticais e horizontais em quatro
semiplanos, são eles:
Semiplano Horizontal Anterior ou (πa) - situa-se à direita da Linha de
Terra no plano horizontal (as coordenadas marcadas neste
semiplano serão positivas);
Semiplano Horizontal Posterior ou (πp) - situa-se à esquerda da Linha
de Terra no plano horizontal (as coordenadas marcadas nesse
semiplano serão negativas);
Semiplano Vertical Superior ou (π's) - situa-se acima da Linha de
Terra no plano Vertical (as coordenadas marcadas nesse semiplano
serão positivas);
Semiplano Vertical Inferior ou (π'i) - situa-se abaixo da Linha de Terra
no plano Vertical (as coordenadas marcadas nesse semiplano serão
negativas).
Diedros
Diedros são regiões formadas pelos semiplanos de projeção verticais e
horizontais e se dividem em quatro:
1º Diedro ou 1ºD = A região formada pelos semiplanos Horizontal
Anterior (πa) e Vertical Superior (π's);
2º Diedro ou 2ºD = A região formada pelos semiplanos Horizontal
Posterior (πp) e Vertical Superior (π's);
3º Diedro ou 3ºD = A região formada pelos semiplanos Horizontal
Posterior (πp) e Vertical Inferior (π'i);
4º Diedro ou 4ºD = A região formada pelos semiplanos Horizontal
Anterior (πa) e Vertical Inferior (π'i).
Projeções do Ponto
De acordo com o sistema de projeções cilíndricas ortogonais, ao representar
um ponto (A) no espaço, iremos obter as suas projeções horizontal = A e
vertical = A', respectivamente nos planos horizontal (π) e vertical (π'),
conforme ilustrado na �gura a seguir:
Para representar pontos no espaço, precisamos de três coordenadas (X, Y, Z)
para determinar sua posição, sendo elas: Abscissa, Afastamento e Cota.
Abscissa ou X: a posição da projeção do ponto (A) na Linha de Terra.
É necessário estabelecer um referencial para se determinar a posição
da abscissa. Se ela for medida à direita da origem é positiva, logo X>0,
e se for medida à esquerda da origem ela é negativa, logo X<0.
Afastamento ou Y: a posição da Projeção Horizontal = A do ponto
(A) em relação à linha de terra. Se medido no semiplano Horizontal
Anterior (πa) é positivo, logo Y>0, se medido no semiplano Horizontal
Posterior (πp) é negativo, logo Y<0.
Cota ou Z: posição da Projeção Vertical = A' do ponto (A) em relação
à Linha de Terra. Se medido no semiplano Vertical Superior (π's) é
positivo, logo Z>0, se medido no semiplano Vertical Inferior (π'i) é
negativo, logo Z<0.
Em Resumo:
Um ponto é representado numericamente pela expressão (A) [X; Y; Z], onde:
(A): signi�ca o ponto objeto no espaço;
Inserir dois itens para as projeções A e A’;
X: abscissa marcada na linha de terra (positiva na direita do
referencial, negativa na esquerda do referencial);
Y: afastamento marcado no plano horizontal (positivo à direita da
linha de terra e negativa à esquerda da linha de terra);
Z: cota marcada no plano vertical (positivo acima da linha de terra e
negativa abaixo da linha de terra).
Épura
Monge imaginou uma solução para que pudéssemos visualizar as duas
projeções de um ponto ou de uma �gura geométrica em um plano, e não
mais no espaço. Para isso era necessário o rebatimento do plano horizontal
no sentido horário sobre o plano vertical, surgindo assim o que denominamos
de épura.
A épura é uma representação, num plano 2D, de qualquer entidade
geométrica, mediante projeções ortogonais.
Exemplo da épura de um ponto (A) no espaço:
Na épura, as duas projeções de um ponto devem estar ligadas por uma linha
denominada linha de chamada, que deverá ser sempre perpendicular à Linha
de Terra.
Exemplo de Exercício de Coordenadas e Épura:
Marque nos planos verticais e horizontais as projeções dos pontos abaixo,
faça a Épura e diga em qual Diedro eles se encontram.
(A) [0; 20; 20]         (B) [-10; 10; -20]     (C) [10; -30; 20]      (D) [20; -20; -30]
Respostas:
Projeções dos pontos e pontos no espaço e épura.
Diedros:
Ponto (A) = 1º Diedro / Ponto (B) = 4º Diedro / Ponto (C) = 2º Diedro / Ponto (D)
= 3º Diedro.
praticarVamos Praticar
O Método da Dupla Projeção foi criado por Gaspar Monge e utiliza dois Planos de
projeção: plano horizontal (π) e o plano vertical (π'), que são in�nitos e
perpendiculares entre si. Nesses planos, são feitas as projeções das �guras
(projeções horizontais e verticais). Sobre sistemas de projeções é correto a�rmar:
a) A Linha de Terra divide os planos verticais e horizontais em quatro
semiplanos.
b) Semiplano Horizontal Anterior ou (πA) - situa-se à esquerda da Linha de
Terra no plano horizontal.
c) 1º Diedro é a região formada pelos semiplanos horizontal posterior e
vertical superior.
d) A cota é marcada na linha de terra (positiva na direita do referencial,
negativa na esquerda do referencial).
e) O rebatimento do plano vertical no sentido horário sobre o plano
horizontal se chama épura.
As Vistas Ortográ�cas são obtidas por meio das projeções de objetos sobre
planos ortogonais. Quando o observador se posiciona na frente do
observador, ou acima dele, ou na sua lateral, ele pode observar como seria a
projeção de um objeto nos planos opostos a ele (Figura 2.24).
Vistas Ortográ�casVistas Ortográ�cas
Como vimos anteriormente no Método da Dupla Projeção de Monge, os
objetos localizadosnos Diedros possuem projeções nos planos vertical e
horizontal. Porém apenas dois Diedros são adequados para a representação
das Vistas ortográ�cas, o 1º Diedro e o 3º Diedro.
Veja as Épuras a seguir:
O modelo Europeu é o do 1º Diedro e o modelo Americano é o do 3º Diedro.
No Brasil emprega-se o modelo europeu, sendo as vistas ortográ�cas obtidas
com base no objeto localizado no 1º Diedro.
Mas o que isso impacta nos desenhos das vistas ortográ�cas?
Apenas a posição das Vistas Principais nos formatos (papéis) e como a
perspectiva isométrica, desenho em três dimensões, será representada, veja:
Vistas Principais
As vistas principais do 1º Diedro se dividem em seis, sendo elas:
Vista Frontal: vista principal do objeto, geralmente essa vista
representa a peça na sua posição de utilização. O observador se
posiciona na frente do objeto e vê a sua projeção ortogonal na face
posterior a ele, ou seja, no plano vertical posterior.
Vista Superior: o observador se posiciona acima do objeto e vê a sua
projeção ortogonal na face posterior a ele, ou seja, no plano
horizontal inferior.
Vista Lateral Esquerda: o observador se posiciona do lado esquerdo
do objeto e vê a sua projeção ortogonal na face posterior a ele, ou
seja, no plano lateral direito.
Vista Lateral Direita: o observador se posiciona do lado direito do
objeto e vê a sua projeção ortogonal na face posterior a ele, ou seja,
no plano lateral esquerdo.
Plano Inferior: o observador se posiciona abaixo do objeto e vê a sua
projeção ortogonal na face posterior a ele, ou seja, no plano
horizontal superior.
Vista Posterior: o observador se posiciona atrás do objeto e vê a sua
projeção ortogonal na face posterior a ele, ou seja, no plano vertical
anterior.
Grande parte dos objetos consegue ser de�nida empregando apenas três
vistas, denominadas vistas principais, não sendo necessária a utilização das
seis vistas. A Frontal, a Superior e a Lateral Esquerda são
preferencialmente escolhidas como vistas principais. No caso de o objeto
apresentar uma grande quantidade de detalhes, empregam-se vistas
adicionais para que o mesmo possa ser compreendido por completo.
Linhas nas Vistas Ortográ�icas
Para diferenciar nas vistas ortográ�cas o que está mais próximo do
observador, o que está mais distante e até mesmo o que está oculto em faces
opostas, usamos diferentes tipos de linhas.
Para as linhas próximas do observador usamos linhas contínuas e
grossas;
Para as linhas mais distantes do observador, essa graduação vai
diminuindo, entre linhas médias para faces intermediárias (média
grossa, média �na) e linhas �nas para as faces mais distantes;
Para de�nir as faces que estão ocultas na vista, ou qualquer detalhe
que não esteja visível em determinada vista ortográ�ca, empregamos
uma linha tracejada de traço �no (linha de projeção). “Obs.: as linhas
de Projeção, sempre que possível, não devem ser cotadas”.
Exemplo de Exercício de Vistas Ortográ�cas:
Desenhe as três Vistas Ortográ�cas Principais do 1º Diedro, seguindo as
medidas do desenho a seguir:
Resposta:
praticarVamos Praticar
As Vistas Ortográ�cas são as representações grá�cas das projeções de um objeto
em planos retos ortogonais. Dos quatro Diedros existentes apenas dois Diedros são
usados para o desenho técnico, sendo eles: 1º Diedro e 3º Diedro. Sendo assim é
correto a�rmar que:
a) A Vista Superior é a vista mais importante do desenho, geralmente é
considerada como vista Principal.
b) O 3º Diedro é conhecido como Modelo Europeu, e é o Diedro usado no
Brasil.
c) As linhas das vistas ortográ�cas não mudam, são sempre grossas e bem
de�nidas.
d) As vistas principais do 1º Diedro são: Frontal, Superior e Lateral Esquerda.
e) As Projeções são linhas �nas e tracejadas que devem ser cotadas.
As Vistas Ortográ�cas representam quase 80% da totalidade do projeto.
Muitos objetos, no entanto, possuem linhas ocultas nas vistas principais
(Frontal, Superior e Lateral Esquerda), sendo representadas em linha �na
tracejada. Para que se consiga enxergar essas projeções e para que possamos
cotá-las são empregados os cortes e as seções.
Cortes e SeçõesCortes e Seções
Cortes
Corte é a representação grá�ca de um objeto cortado por um ou mais planos
virtuais (planos secantes ou planos de corte).
No corte se representa tudo o que está atrás do plano de corte, sendo que as
arestas que estavam ocultas nas vistas ortogonais (projeções) passam a �car
visíveis.
Os cortes são desenhados com linha grossa, nítida, e com hachuras nas áreas
cortadas, as linhas que não foram cortadas continuam visíveis como nas
vistas ortográ�cas.
É um recurso muito utilizado para representar mais efetivamente detalhes
internos de componentes ou montagens.
Corte Longitudinal e Transversal
Os cortes podem ser classi�cados como Longitudinais, quando o plano de
corte passa ao longo da peça, em sua maior dimensão, e Transversais,
quando o plano de corte passa no menor sentido da peça. Ex.:
Linha de Corte
Quando a localização do plano secante ou de corte não for clara o bastante,
ou quando for necessário criar vários cortes na peça representada, a posição
do plano de corte deve ser indicada por meio de linha traço-ponto, larga,
apenas nas extremidades do desenho e na mudança de direção (quando
houver), conforme a NBR 8403.
O plano de corte deve ser identi�cado, ainda, com letra maiúscula e o sentido
de observação por meio de setas ou triângulos.
Exemplo de linha de corte (medidas em mm):
Tipos de Corte
Existem quatro tipos de cortes e cada um deles tem sua característica
especí�ca e uso.
Cortes Totais
Figura 2.39 - Indicação do corte
Fonte: Elaborada pela autora.
São cortes que seccionam a peça inteira, de um lado ao outro (Figura 2.40).
São três os tipos de cortes totais:
Corte na Vista Frontal - Corte paralelo à Vista Frontal da peça. A
indicação desse corte é feita na vista superior.
Corte na Vista Superior - Corte paralelo à Vista Superior da peça. A
indicação desse corte é feita na vista Frontal.
Corte na Vista Lateral Esquerda - Corte paralelo à Vista Lateral
esquerda. A indicação desse corte é feita na vista superior.
Os cortes totais são os mais utilizados em desenho técnico, pois são os que
trazem as informações do corte de forma completa.
No desenho técnico arquitetônico, eles são usados para representar as
edi�cações cortadas junto aos terrenos, de muro a muro.
Cortes Compostos ou Em Desvio
Quando houver em uma mesma vista mais de um detalhe na peça que se
deseja cortar, podemos criar um corte composto, desviando a linha de corte
para poder mostrar todos os detalhes desejados.
A peça a seguir contém vários detalhes diferentes, sendo necessário
empregar dois cortes (Figura 2.41):
Podemos juntar esses dois cortes em um mesmo desenho, com o Corte
Composto, apenas desviando a linha de corte (Figura 2.42).
Cortes Parciais
Em peças simples, em que se necessite apenas do corte como um detalhe,
temos o Corte Parcial, em que apenas um trecho da vista é mostrada em
corte. Para delimitar o corte podemos usar linha contínua à mão livre ou linha
reta em zigue-zague.
Meio Corte
Nas peças simétricas há a possibilidade de se cortar apenas metade da peça,
deixando a outra metade em vista. Este corresponde ao meio corte, usado em
casos que se deseja chamar a atenção para detalhes simétricos.
Elementos não cortados
Quando em uma montagem houver a necessidade de se mostrar a peça em
corte, se houver a presença de algum elemento que não faça parte da peça,
ou seja, elementos de �xação como parafusos, porcas, arruelas, pinos,
rebites, ou similares, esses elementos não devem ser cortados.
Seções
A seção é o corte feito em qualquer posição do sólido, e corresponde à
retirada de uma “fatia” que representa seu per�l Transversal.
Pode-se realizar quantas seções forem necessárias para a perfeita
compreensão do objeto. São mais utilizadas em peças circulares com
diferentes diâmetros.
Nas seções, no entanto, representa-se apenas a parte do sólido interceptadapela linha do corte, omitindo os detalhes além da linha do corte, estando
visíveis ou não.
A linha de corte possui indicação de setas e letra em ambas as extremidades,
enquanto nas linhas de seções essa simbologia é empregada apenas em uma
das extremidades da linha.
Hachura
Hachuras são um conjunto de linhas ou símbolos que identi�cam a área
seccionada.
São feitas em linha �na, enquanto que a linha do corte que as circunda é feita
por um traço mais grosso e nítido.
Para cada tipo de material existe uma hachura, sendo estas representações
indicadas pela NBR 12288/1995 - Representação de área de corte por meio de
hachura em desenho técnico. A �gura a seguir ilustra algumas das principais
representações em função do material:
Na maioria dos desenhos de peças a hachura mais utilizada é a de Metais em
Geral, que é representada por linhas de 45º, com espaçamento contínuo.
As hachuras não devem ter a mesma inclinação das arestas de uma peça e
nem das cotas, bem como não devem interceptar dimensões.
No caso de montagens, quando houver o corte de mais de uma peça,
devemos inverter a orientação das linhas de hachura para indicar que são
peças diferentes. Como demonstrado na Figura 2.47. No caso de três peças
pintamos a de menor espessura de preto.
praticarVamos Praticar
O recurso ao corte e à seção num desenho se dá, em geral, quando a peça a ser
representada possui uma forma interior complexa ou quando alguns detalhes
importantes para sua de�nição não �cam totalmente de�nidos numa projeção
ortogonal. Sobre Cortes e Seções podemos a�rmar:
a) O corte parcial intercepta apenas metade da peça e deixa a outra metade
vista. É utilizado em peças simétricas.
b) Hachuras são representações das áreas vistas do corte.
c) Cortes correspondem a “fatias” que tiramos da peça, representando
apenas a área seccionada.
d) A Seção é feita, na maioria das vezes, no sentido longitudinal em peças
retas.
e) Os cortes podem ser classi�cados como Longitudinais quando o plano de
corte passa ao longo da peça, em sua maior dimensão.
Existem duas maneiras de representar um objeto por meio do desenho
técnico:
Vistas Ortográ�cas: representação das vistas do objeto obtida pela
projeção em planos;
Perspectiva: representado pelo modo como o observador o enxerga.
Quando olhamos para um objeto real, temos a sensação de profundidade e
relevo. As partes que estão mais próximas de nós parecem maiores e as
partes mais distantes aparentam ser menores. Como um exemplo da imagem
real em formato 2D temos a fotogra�a, que transmite a ideia das três
dimensões na imagem: comprimento, largura e altura.
No desenho, para transmitir essa mesma ideia, precisamos recorrer a um
modo especial de representação grá�ca: a Perspectiva. A Perspectiva
representa gra�camente as três dimensões de um objeto em um único plano
(2D).
PerspectivaPerspectiva
Tipos de Perspectiva
Existem três tipos principais de perspectiva:
Cônica - perspectivas cônicas são aquelas que mais se assemelham a
perspectiva do olho humano. Ela é criada através da passagem de
várias linhas retas que se projetam de “pontos de fuga”, que são
pontos situados na linha de horizonte, que representa o encontro ou
a fuga de todas as retas paralelas do plano do objeto observado,
passando por um observador e pelo objeto, e que o projetam num
plano, chamado de quadro.
As linhas de horizonte são linhas que �cam na altura do olho do observador,
paralelo ao plano terra, onde estarão situados os pontos de observação,
geralmente de�nida a um metro e meio do chão para um observador em pé,
sobre um plano reto.
Cavaleira - a perspectiva cavaleira resulta na projeção cilíndrica
oblíqua, estando o objeto com uma face paralela ao quadro. A face
da frente conserva sua forma e grandeza. Existem três modelos de
acordo com o ângulo da inclinação:
Isométrica - é um tipo de perspectiva Axonométrica (Isométrica,
Dimétrica e Trimétrica), sendo a mais utilizada no campo do desenho
técnico. “Esse tipo de perspectiva também é conhecida como
perspectiva paralela e é muito utilizada tanto na arquitetura como na
engenharia devido à sua simplicidade construtiva. Além disso, como
esse tipo de perspectiva busca mostrar com exatidão as dimensões
correspondentes ao objeto desenhado, permite ao observador maior
facilidade para identi�car seus valores dimensionais” (SANTOS, 2017,
on-line).
Fazendo uma comparação entre os tipos de perspectivas vistos, veja como
�ca a representação grá�ca de um cubo em perspectiva:
Perspectiva Isométrica
A perspectiva isométrica é a mais utilizada nos desenhos técnicos, pois é a
que menos distorce o desenho e que traz as três dimensões em seu tamanho
real.
Para desenhar uma perspectiva isométrica precisamos usar os eixos
isométricos (Figura 2.53).
Eixos isométricos são três eixos com dimensões iguais, 360º/3 = 120º. É
desenhado com o esquadro de 30º apoiado na régua horizontal.
Toda a perspectiva isométrica é feita a partir destes eixos, com linhas
paralelas. Exemplo:
1º Passo: traçar as linhas isométricas (esquadro 30º apoiado na régua
paralela), marcar as dimensões de comprimento, largura e altura nestas
linhas.
2º Passo: fechar a vista frontal da peça com linhas paralelas ao comprimento
e à altura.
3º Passo: fechar a vista superior com linhas paralelas ao comprimento e
largura.
4º Passo: fechar a vista lateral esquerda com linhas paralelas à largura e à
altura.
Final: �nalizar apagando as linhas desnecessárias e reforçar as linhas do
objeto para melhor visualização.
Para a confecção da perspectiva isométrica usamos as informações e
dimensões indicadas nas vistas ortográ�cas

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