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tcc_Marcelo Santos

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS - IFG 
CAMPUS APARECIDA DE GOIÂNIA 
DEPARTAMENTO DE ÁREAS ACADÊMICAS 
CURSO BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DA LOGÍSTICA DE PRODUÇÃO DE UMA 
INDÚSTRIA DE PRÉ-MOLDADOS DE CONCRETO 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARCELO MARTINS DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APARECIDA DE GOIÂNIA 
2017 
 
 
 
MARCELO MARTINS DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DA LOGÍSTICA DE PRODUÇÃO DE UMA 
INDÚSTRIA DE PRÉ-MOLDADOS DE CONCRETO 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso - TCC, como 
avaliação parcial para conclusão do Curso 
Bacharelado em Engenharia Civil, ofertado 
pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e 
Tecnologia de Goiás - IFG, Campus Aparecida 
de Goiânia, sob a orientação da Professora 
Esp. Lorrayne Correia Sousa e coorientação do 
Professor MSc. Renato Costa Araújo na Linha 
de Pesquisa: Construção Civil Materiais e 
Tecnologias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APARECIDA DE GOIÂNIA 
 2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
S231 Santos, Marcelo Martins dos 
Análise da logística de produção de uma indústria de pré-
moldados de concreto / Marcelo Martins dos Santos. – Aparecida 
de Goiânia, 2018. 
66 f. : il. 
 
Orientador: Esp. Lorrayne Correia Sousa. 
Trabalho de conclusão de curso (graduação) – Instituto Federal 
de Educação Ciência e Tecnologia de Goiás: Campus Aparecida 
de Goiânia, Bacharelado em Engenharia Civil, 2018. 
 
1. Pré-moldados. 2. Logística. 3. Compatibilização. 4. 
Cronogramas. I. Título. 
 
CDD 624.183 414 
 Catalogação na publicação: 
 Thalita Franco dos Santos Dutra – CRB 1/2186 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
A Deus por ter me dado saúde, força e fé. Aos meus pais, pelo apoio, incentivo e 
amor. Ao Instituto Federal de Goiás - Campus Aparecida de Goiânia, pelo ambiente amigável 
e incentivador, ao seu corpo docente e direção. À minha orientadora professora Esp. Lorrayne 
Correia Sousa, pelo paciente trabalho de revisão da redação e por toda assistência. 
Ao meu coorientador Professor MSc. Renato Costa Araújo, pelo direcionamento e 
apoio. Obrigado aos Professores de TCC, pelo incentivo e aconselhamento. Agradeço a 
empresa Mold Estruturas e seu departamento de produção, que prontamente colaborou para o 
desenvolvimento do estudo de caso, presente neste trabalho. 
A todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito 
obrigado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
SANTOS, M.M. ANÁLISE LOGÍSTICA NA GESTÃO DO PROCESSO PRODUTIVO 
DE PRÉ-MOLDADOS DE CONCRETO. 2017.66 p. Trabalho de Conclusão de Curso 
(Graduação em Engenharia Civil) – Departamento de Áreas Acadêmicas, Instituto Federal de 
Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás, Campus Aparecida de Goiânia, 2017. 
A Construção Civil apresenta um grande potencial de desenvolvimento sob o aspecto da 
Tecnologia da Informação aplicada a logística, beneficiando o nível de comunicação entre os 
departamentos de uma empresa e consequentemente a qualidade das informações e dos 
serviços. A roteirização e racionalização das atividades, através da utilização de um modelo 
econômico que viabilize esse tipo de cultura, contribuem para o planejamento operacional e 
executivo (tátil). No que se refere aos pré-moldados de concreto, essa comunicação entre os 
departamentos de obra e produção é importantíssima para o cumprimento dos referidos 
prazos, descritos nos cronogramas de montagem e fabricação. A análise da relação desses 
cronogramas, enfatizando a coerência entre as informações pode ser bastante útil do ponto de 
vista de execução das atividades. Análise essa que pode melhorar a organização das 
informações necessárias durante o processo, reduzindo também os imprevistos e erros durante 
as etapas de fabricação. Estudou-se uma empresa de pré-moldados de concreto (Mold 
Estruturas, citada como Empresa X) e uma determinada obra (Obra A) executada por essa, o 
que facilitou o entendimento na prática do conteúdo que é abordado nos tópicos deste 
trabalho. Esse estudo de caso contribuiu para fundamentar a metodologia, permitindo a 
extração de informações fundamentais. No desenvolvimento da pesquisa percebe-se a 
importância da comunicação em todos os níveis: operacional, executivo (tátil) e estratégico da 
empresa. Propõe-se ao final um mapofluxograma, que possibilita a visualização dos processos 
envolvidos na produção de pré-moldados. Documento esse que pode auxiliar em melhorias 
futuras no que diz respeito à logística e compatibilização de informações. 
 
Palavras-chave: Pré-moldados, Logística, Compatibilização, Cronogramas. 
 
ABSTRACT 
SANTOS, M.M. LOGISTICS ANALYSIS ON MANAGEMENT OF PRECAST 
CONCRETE´S PRODUCTIVE PROCESS. 2017.66 p. Undergraduate thesis (Civil 
Engineering Graduation Course) – Department of Academic Areas, Federal Institute of 
Education, Science and Technology of Goiás, Campus Aparecida de Goiânia, 2017. 
Civil construction shows great development potential under the light of Information 
Technology applied to logistics, improving the level of communication between departments 
in a company and consequently the quality of information and services. The activities´ 
scripting and rationalization, through the use of an economic model that enables this type of 
habit, contribute to operational and executive planning. Concerning precast concrete, this 
communication between construction and production departments is imperative for meeting 
the deadlines described on assembling and manufacturing schedules. The analysis of the 
schedules´ relation, emphasizing the coherence between the info can be very useful from the 
point of view of fulfilling the activities. This analysis can improve the data organization 
required throughout the process, and it also can reduce unexpected events and mistakes during 
the manufacturing steps. A precast concrete company has been studied (Mold Structures, 
mentioned as Company X) and a specific building site (Building site A) executed by the 
former, which has made easier the real life comprehension about the content that will be 
approached on this study´s topics. This case study contributes to justifying the methodology, 
allowing the extraction of substantial info. Throughout the research, the importance of 
communication can be noticed in all degrees: operational, executive and strategic in the 
company. At the end of this project it is presented a mapflowchart that enables visualizing all 
processes involved in the production of precast concrete. This document is able to help future 
improvement when it comes to logistics and info compatibility. 
 
 
 
Key words: Precast, Logistics, Compatibility, Schedules. 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 2.1 - Focalização do Trabalho no Contexto da Logística Empresarial................................22 
Figura 3.1 - Fluxograma do plano de pesquisa............................................... .................................26 
Figura 3.2 - Empresa X - Pórticos rolantes para transporte e armazenamento................................27 
Figura 3.3 - Obra A na fase de fundação (a) e (b) vista do canteiro de obras....................... ..........28 
Figura 4.1 - Organograma da estrutura hierárquica da empresa X..................................................30 
Figura 4.2 - Empresa X - Montagem da armadura de uma viga na pista de concretagem..............32 
Figura 4.3 - Pista de fôrmas - Empresa X. ......................................................................................33 
Figura 4.4 - (a) espaço de armazenamento na empresa X (b) viga I sendo carregada conforme 
plano de cargas............................................................................................... .................................36 
Figura 4.5 - Pilar sendo montadona Obra A....................................................... ............................38 
Figura 4.6 - Estrutura pré-moldada sem vigas de coberturas – Obra A..........................................39 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
Quadro 2.1 - Fatores importantes para implantação do Just In Time no canteiro de obras.............19 
Quadro 2.2 - Divisão das atividades da Cadeia Logística...............................................................23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS 
ABNT 
BIM 
CAD 
CP 
FCK 
ICC 
JIT 
KANBAN 
NBR 
PCP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Associação Brasileira de Normas Técnicas 
Building Information Modeling 
Computer Aided Design 
Corpo de Prova 
Resistência característica do concreto à compressão 
Indústria da Construção Civil 
Just In Time 
Sistema de gestão visual 
Norma Brasileira 
Planejamento e Controle de Produção 
 
 
 SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................... 11 
1.1. Justificativa .......................................................................................................... 11 
1.2. Problema .............................................................................................................. 14 
1.3. Objetivo geral....................................................................................................... 15 
1.4. Objetivos específicos............................................................................................ 15 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................................... 16 
2.1. Industrialização da construção civil no Brasil ................................................. 16 
2.2. A Indústria de pré-moldados de concreto ........................................................ 17 
2.3. Canteiro de obras ................................................................................................ 19 
2.4. Modelo de produção Toyotista .......................................................................... 20 
2.5. Logística integrada na indústria de pré-moldados de concreto ..................... 21 
2.6. A compatibilização de informações no segmento ............................................ 23 
2.7. Compatibilização de informações entre obra e fábrica – processos .............. 24 
3. METODOLOGIA ........................................................................................................... 26 
4. DISCUSSÃO DE RESULTADOS ................................................................................. 30 
4.1. Produção na fábrica ........................................................................................... 31 
4.2. Produção na obra ................................................................................................. 34 
4.3. Etapas de produção ............................................................................................. 34 
4.4. Estudo de caso. ..................................................................................................... 36 
4.5. Consequências e propostas de melhorias ........................................................... 40 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................42 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 43 
APÊNDICE A – ENTREVISTA ........................................................................................... 45 
APÊNDICE B – AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA ........................................................... 48 
APÊNDICE C – FLUXOGRAMA DA PRODUÇÃO ....................................................... 49 
APÊNDICE D – MAPOFLUXOGROMA REAL .............................................................. 50 
APÊNDICE E – MAPOFLUXOGROMA PROPOSTO .................................................... 51 
ANEXO A – PROGRAMAÇÃO DE CARGA .................................................................... 52 
ANEXO B – SISTEMA DE GESTÃO VISUAL/KANBAN ............................................... 53 
ANEXO C – PLANTA DA EDIFICAÇÃO/ESTUDO DE CASO ..................................... 54 
ANEXO D – CRONOGRAMA DE FABRICAÇÃO .......................................................... 55 
ANEXO E – PLANO DE RIGGING ................................................................................... 58 
 
 
 
 
11 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
A gestão da produção observa a distribuição física como um todo, além de processos 
de padronização e roteirização das tarefas. Enfatiza-se que o nível de competividade de uma 
organização também está vinculado ao nível de capacitação dos colaboradores. Ainda, a 
combinação de modelo econômico, aperfeiçoamento das atividades e serviços auxiliados pela 
tecnologia da informação, contribui significativamente para a melhoria do sistema. 
A Logística está inevitavelmente relacionada à Construção Civil. Processos de 
industrialização nesse setor envolvem planejamento operacional, estratégico e executivo 
(tátil). Nos tópicos que seguem, deseja-se aprofundar na importância da Logística para 
fabricação de pré-moldados de concreto, o que abrange a racionalização da produção e da 
concepção do nível de qualidade da produção, do fluxo de materiais, informações e volume de 
produção. 
A ordem dos tópicos do seguinte estudo usa de uma lógica de organização e de 
afunilamento do tema. Inicia-se com a Justificativa do trabalho com um rápido esboço da 
importância dos pré-moldados de concreto e a relação entre Compatibilização de 
Informações, Logística e Construção Civil. Avalia-se então a importância da Logística 
Empresarial na gestão desse sistema de construção, possibilitando uma discussão das 
atividades e serviços ligados a uma determinada indústria do segmento, previamente 
selecionada. 
Constitui-se ainda por Objetivos da pesquisa, explanando o propósito do trabalho, a 
Revisão Bibliográfica com um aprofundamento do tema e dos tópicos, anteriormente 
relacionados na Justificava. Na Metodologia evidencia-se o método utilizado para fazer a 
realização da pesquisa, do estudo de caso, bem como os instrumentos de coletas de dados. 
Neste tópico é definida a sequência de desenvolvimento do trabalho, estabelecendo-se as 
etapas necessárias. 
1.1. Justificativa 
O sistema de pré-moldados de concreto possibilitou a rápida reconstrução dos 
grandes centros urbanos, destruídos durante a segunda guerra mundial. Esse modelo permite 
 
 
12 
 
 
um alto processo de industrialização dentro da construção civil, contribuindo para o 
desenvolvimento e aprimoramento de técnicas construtivas do setor. 
A logística empresarial pode ser um caminho para a diferenciação sobre os 
concorrentes ao simplificar o processo de gestão; flexibilizar o momento do uso de capitais; 
realizar planejamento contínuo de atividades e operações; reduzir ou eliminar mão-de-obra 
que não agregue valor; reduzir estoques e custos, agregando valores aos seus produtos, entre 
outros aspectos (SERRA; OLIVEIRA, 2006 apud NASCIMENTO; SERRA; FERREIRA, 
2010). 
Atualmente o Brasil, que vive na era da informação, percebe o alto grau de 
competitividade entre indústrias da construção civil, onde a veiculação de informações 
acontece de maneira muito rápida. Concorrência essa cada vez mais acentuada devido a 
atuação massiva da iniciativa privada, uma característica do Capitalismo como modelo 
econômico predominante no mundo. Sendo assim, a necessidade de desenvolver e aprimorar 
tecnologias, processos, mecanismos, ferramentas e instrumentos torna-se tarefa de extrema 
importância para a competividade no segmento de pré-moldados de concreto. 
Quando se fala em processos de industrialização, seja em indústrias de pré-moldados 
ou não, a logísticaocupa um importante papel, uma vez que está atrelada ao processo de 
fabricação como um todo. Segundo o Conselho de Administração da Logística (Council of 
Logistic Management), Logística é o processo de planejar, programar, controlar o fluxo 
eficiente e econômico de matérias-primas, mercadoria, informação e produtos finalizados, do 
ponto de origem até o ponto de consumo, objetivando atender as necessidades do cliente 
(NOVAES, 2001 apud OLIVEIRA; CÂNDIDO, 2006). 
A literatura nos mostra que a logística possui ferramentas e processos que 
possibilitam um planejamento que começa na cadeia de suprimentos, passando pela produção 
e então distribuição dos produtos. São intrínsecos a esse processo o tempo e o espaço. 
Segundo Cruz (2002, p.133): 
 
 O gerenciamento logístico do fluxo de material no canteiro de obra é caracterizado 
por uma sequência de atividades destinadas a disponibilizar fisicamente, onde 
necessários e no momento certo, os materiais envolvidos na execução das várias 
etapas do processo de produção. Inicia com a chegada dos materiais no canteiro de 
obra (ponto de origem) e termina com o material disponibilizado em seu ponto final 
de aplicação na edificação (ponto de consumo). O comportamento do fluxo material 
 
 
13 
 
 
nos canteiros de obras é influenciado por variáveis como cultura e patamar 
tecnológico da empresa, estratégia de movimentação de materiais, condições das 
instalações provisórias do canteiro, entre outras. 
 
Em indústrias de pré-moldado de concreto esse gerenciamento logístico precisa estar 
muito bem planejado, uma vez que os elementos pré-moldados devem estar no devido local 
de utilização determinado em projeto, no momento certo. Caso isso não ocorra, pode haver 
conflitos para continuidade da obra que está sendo executada. Dessa forma, esse planejamento 
necessita começar na fase de concepção do projeto. 
A produção o transporte e a montagem dos pré-moldados devem estar continuamente 
em harmonia. Isso possibilita a prática de Just In Time 1, uma característica do modelo 
produtivo Toyotista. Na literatura, encontram-se definições semelhantes para Just In Time, 
que basicamente tem por objeto eliminar o desperdício e aquilo que não acrescenta valor para 
uma empresa. Assim, revela-se importante a necessidade de atribuir procedimentos e 
orientações para o planejamento logístico das atividades mencionadas, uma vez que podem 
envolver variáveis não previstas no escopo do projeto. 
Desse modo, outro processo importante na industrialização da construção é a 
compatibilização de informações. Uma vez que vivemos na era da informação, esse 
mecanismo se torna altamente necessário para minimizar conflitos existentes. Ademais, 
devido ao dinamismo atual das produções de estruturas pré-fabricadas de concreto, acredita-se 
na importância da análise da compatibilidade de cronogramas de fabricação em relação ao 
planejamento de montagem no canteiro de obras, evidenciando a necessidade de uma análise 
da logística empresarial. Sendo assim, a construção civil, a indústria de pré-moldados, a 
logística e a compatibilização de informações, são assuntos que estão intimamente 
correlacionados. 
É parte integrante da metodologia desta pesquisa um estudo de caso. O principal 
intuito dessa prática está em fazer uma avaliação de determinada empresa, de modo a 
enriquecer o processo como um todo. A revisão da literatura especializada traz uma 
representatividade para as condições que foram abordadas no estudo de caso, de maneira a 
validar o mesmo com os parâmetros já previstos em outros trabalhos acadêmicos. 
 
1
 Just In Time – Produção de partes que são incorporadas de modo a formar um produto. Compra de matérias 
primas no devido tempo de ser incluído no processo de fabricação, de maneira a reduzir custos de estoque 
(OHNO, 1997). 
 
 
14 
 
 
Em resumo, é feito um estudo de uma empresa de pré-moldados de concreto no 
município de Aparecida de Goiânia, com uma análise dos processos e mecanismos que podem 
promover uma melhoria na produção de produtos e serviços da empresa, além da aplicação de 
um questionário na empresa. Foram previstas visitas técnicas na fábrica e em uma obra da 
empresa no intuito de verificar in loco, possíveis acréscimos não previstos no escopo do 
projeto, seja na produção (fábrica) ou na fundação (canteiro de obra), por exemplo. 
As etapas de construção deste trabalho são respectivamente: revisão bibliográfica e 
planejamento do trabalho, coleta de dados e materiais de estudo, visitas técnicas na empresa, 
desenvolvimento teórico introdutório do trabalho com a demonstração do problema, 
desenvolvimento e análise de dados embasando-se em questionários que foram respondidos 
pela empresa analisada. Finalmente é realizada uma revisão dos textos e apresentação final do 
TCC. 
1.2. Problema 
Foram levantadas algumas questões relacionando canteiro de obra e a fábrica de 
estruturas de concreto (armado/protendido), ao realizar visitas técnicas na empresa X e na 
obra A escolhida, de modo a observar as atividades e serviços desenvolvidos. 
Durante a fabricação dos pré-moldados na indústria, constatou-se que os elementos 
são controlados por supervisores que liberam a peça para próxima etapa. Segue a sequência de 
produção: Armadura, Fôrma (ajuste da armadura na fôrma e lançamento do concreto) e 
Acabamento. Enquanto que na obra são realizados serviços de preparação do terreno 
(Terraplanagem) quando for o caso, e perfurações do solo para a execução da fundação que 
receberá toda a estrutura. O Departamento de Produção ainda realiza o Plano Rigging, um 
relatório com indicação de como a operação de montagem deve ocorrer, evidenciando as 
limitações do equipamento e tensão resistente mínima do solo. 
. Durante o processo de comunicação entre cronograma de fabricação e cronograma 
de montagem, existem incompatibilizações? Isso pode implicar em quais tipos de 
consequências no processo de fabricação e de execução da edificação? Atividades como o 
plano de cargas, fundação no canteiro de obras e fabricação das peças na indústria, coesos 
entre si, impactam a eficiência do sistema? 
 
 
 
15 
 
 
1.3. Objetivo geral 
Analisar a logística de produção de uma indústria de pré-moldados de concreto e 
propor melhorias. 
1.4. Objetivos específicos 
 Fazer um levantamento na literatura especializada, dos possíveis mecanismos e 
processos que podem ser utilizados para compatibilizar informações da logística 
de produção de uma indústria de pré-moldado de concreto; 
 Verificar a importância do desempenho logístico no planejamento estratégico e 
operacional de indústrias de pré-moldados; 
 Propor um Mapofluxograma para a logística da empresa, objetivando aperfeiçoar a 
compatibilização entre obra e fábrica; 
 Retroalimentar a empresa com oportunidades de melhoria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
2.1. Industrialização da construção civil no Brasil 
A Indústria da Construção Civil (ICC) tem grande importância na economia e na 
sociedade. Emprega uma grande diversidade de mão de obra no que se refere ao nível 
cultural. É necessário o investimento na capacitação e educação da classe de trabalhadores 
mais carente, que desempenham funções essenciais à nível operacional (CAVALCANTI, 
1999). 
 No nível mais técnico do segmento, a informática vem sendo cada vez mais 
difundida com o aprimoramento e inovação de softwares que tornam o trabalho de escritório 
mais prático (CAVALCANTI, 1999). A gestão dos projetos e processos, por sua vez, também 
se torna mais ágil, isso tudo graças a melhorias proporcionadas na integração das etapas 
(CASTANHA; PORTO; FARIAS FILHO, 1999). 
No Brasil, a ICC pode ser dividida basicamente em construção pesada, edificações e 
montagem industrial. É marcada por técnicas antigas, mas agora com a influênciada 
modernização e dos avanços em tecnologias de informação oriundos de um mundo 
globalizado. Atualmente o cliente está cada vez mais exigente no que se refere à qualidade do 
produto. Em contra partida existe uma mão de obra com pouco investimento em escolaridade 
e cultura, o que dificulta melhorias na comunicação e aumenta a rotatividade do operariado na 
organização (CASTANHA; PORTO; FARIAS FILHO, 1999; CAVALCANTI, 1999). 
Uma vez que a logística nesse segmento pode ser bastante complexa, pelo alto grau 
de diversificação dos serviços que foram executados, se faz presente associações de empresas 
de modo a separar atividades específicas do então grupo formado (CASTANHA; PORTO; 
FARIAS FILHO, 1999). Isso pode aumentar o controle do gerenciamento e planejamento da 
organização, interferindo na sua produtividade, qualidade de produtos e serviços prestados. 
Também há reflexos no comportamento dos gestores nas organizações, graças a uma 
relativa redução do acúmulo de tarefas e decisões causadas pelo avanço tecnológico, que 
tendem a serem menos conservadores em um mercado mais moderno (CASTANHA; 
PORTO; FARIAS FILHO, 1999). 
Como Cavalcanti (1999) já afirmava, a tendência dos processos produtivos é de se 
tornarem cada vez mais informatizados, onde poderá se fazer o uso, nos canteiros, de 
computadores portáteis com acesso ao banco de dados da produção, o que pode ser importante 
 
 
17 
 
 
para respostas mais rápidas e precisas, conforme as diversas situações podem exigir. A rede 
interligada entre obra e os centros de decisão, é mais ágil. 
Uma tecnologia que está em vias de crescer no Brasil, pela praticidade e nível de 
compatibilização, é o Building Information Modeling (BIM). Essa tecnologia consiste em 
criar um modelo virtual com um nível de detalhamento extremamente minucioso, de maneira 
a possibilitar a integração e construção simultânea de projetos relacionados à arquitetura, 
hidráulica, elétrica e estrutura, por exemplo. Dessa forma é possível prever e solucionar erros 
ligados à concepção da execução da edificação, visualizando o resultado final de modo mais 
realista, ao considerar as peculiaridades de cada projeto. São duas características do BIM, a 
simulação e a colaboração entre as equipes técnicas (CRESPO; RUCSHEL, 2007). 
2.2. A Indústria de pré-moldados de concreto 
Como já mencionado, foi no período depois da segunda guerra mundial que a 
indústria de pré-moldados de concreto ganhou mais espaço pela rapidez com que se poderia 
entregar uma obra (PIGOZZO; SERRA; FERREIRA, 2006). Havia a possibilidade de 
construção de diversos tipos edifícios, dentre eles, galpões industriais e hospitais, por 
exemplo. 
Essa indústria busca racionalizar a construção civil, através da repetição no processo 
produtivo dos elementos pré-moldados (BRUMATTI, 2008). A partir dessa lógica é possível 
aumentar a produção, a qualidade e ainda reduzir desperdícios e custos com matéria prima 
(PIGOZZO; SERRA; FERREIRA, 2006). Aqui se torna muito importante a previsão daquilo 
que é produzido, de maneira a organizar as pistas de produção (fôrmas de concretagem – 
fundo e lateral), observando a logística relacionada às dimensões dos elementos que foram 
concretados. 
A organização é outro ponto importante, uma vez que é possível planejar e 
aperfeiçoar continuamente o layout da fábrica, agilizando as atividades desde o recebimento 
da matéria prima básica até o produto final acabado. Isso beneficia a logística ao amadurecer 
as trajetórias de transporte de materiais e cargas dentro do pátio de produção (CRUZ, 2002). 
Trata-se então, de um sistema racionalizado e por isso mais econômico. 
O prazo de execução de obras de pré-moldados de concreto é encurtado graças a esse 
processo de racionalização da execução dos serviços, trazendo mais qualidade e padronização 
 
 
18 
 
 
para produção. No pátio fabril o planejamento do transporte do fluxo de produção é feito de 
modo a minimizar os riscos de danos às peças produzidas, além de visar maior segurança para 
o colaborador. 
A execução dos serviços começa na fase de recebimento da matéria prima bruta para 
constituição do elemento estrutural, que basicamente consiste em concreto e armadura. Tem-
se então os agregados graúdos e miúdos, cimento e aditivo mineral para o concreto e o aço 
para armadura NBR 9062 (ABNT, 2001), traz as recomendações para produção e execução de 
concreto pré-moldado. Nos itens sete e oito da norma anterior, por exemplo, pode ser visto 
especificações sobre a execução e os materiais utilizados na pré-fabricação, indicando 
também as demais normas envolvidas durante a produção. 
Algumas precauções são necessárias quanto ao processo de fabricação desses 
componentes do elemento, principalmente no que se refere ao controle de qualidade. A cura, 
dosagem do concreto, além da correta fabricação da armadura influenciam diretamente na 
qualidade do produto NBR 9062 (ABNT, 2001). 
Existem diversos tipos de elementos estruturais que podem ser pré-moldados em 
concreto armado ou protendido, quando for o caso. São exemplos: pilares, vigas, escadas, 
lajes, manilhas, capitéis, aduelas, entre outros, onde a configuração dos elementos deve ser 
levada muito a sério uma vez que as medidas devem estar em conformidade com o projeto 
(BRUMATTI, 2008). 
Para tanto é necessário haver uma boa comunicação entre o departamento de 
produção e de projetos. Uma vez que a logística empresarial envolve ter o produto certo no 
momento certo (CRUZ, 2002), destaca-se a importância do setor de produção da fábrica com 
o setor de produção no canteiro de obra. 
O sistema de Kanban, por exemplo, traz uma metodologia que possibilita não só 
operacionalizar, como também, sincronizar e alinhar a produção como um todo. Trata-se de 
um método de gestão visual que inclui as etapas envoltas à produção do produto. Esse sistema 
basicamente utiliza de uma referência visual que fica atrelada ao produto, de maneira a 
facilitar seu rastreamento e movimentação dentro da fábrica (CARDOSO; FARIA; CHAVES, 
2006). No anexo B deste trabalho é possível ver um exemplo desse método de gestão visual, 
utilizado pela empresa X, alvo da análise deste trabalho. 
 
 
19 
 
 
2.3. Canteiro de obras 
A NBR 12284 (ABNT, 1991) traz a seguinte definição para canteiro de obras: “áreas 
destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas 
operacionais e áreas de vivência”. Onde a área operacional está ligada a produção enquanto 
que a área de vivência se refere às necessidades humanas do colaborador, como higiene e 
descanso. 
Essa norma prescreve ainda disposições gerais sobre a localização e configuração de 
componentes das instalações sanitárias (chuveiro, lavatório e bacia sanitária), o refeitório, 
vestuário e a cozinha. É necessário então o dimensionamento de algumas variáveis como 
quantidade de colaboradores, prazo de execução, tipos de serviços que foram realizados, além 
de hábitos que contribuam para uma boa gestão. 
Segundo Barbosa Júnior (1997), agrupa os fatores, expressos no quadro 2.1, que 
mais influenciam na eficiência do processo de construir, que além de reduzir o custo, 
permitem a otimização do tempo e a redução do desperdício, viabilizando o Just In Time. 
Fator Característica 
Comunicação Componente humano 
Educação e treinamento Melhorias no processo de trabalho 
Time Integração 
Simplificação Sequência de operações 
Motivação Análise de sugestões feitas 
Melhorias Contínuas Aspectos ruins melhorados até sua eliminação 
Relacionamento com fornecedores Qualidade e performance na entrega 
Quadro 2.1: Fatores importantes para implantação do Just In Time no canteiro de obras. 
 Fonte: Barbosa Júnior (1997). 
A utilização de ferramentas e instrumentos mais dinâmicos, que conseguem entregar 
uma simplificação do fluxo de material, concede mais rapidez à produção. O nível de 
intimidade entre os departamentosde uma empresa é outra variável que pode ser bastante 
significativa. O estabelecimento de metas, padrões e diretrizes para utilização comum, dos 
colaboradores e departamentos compactuam para a motivação dos mesmos e aprimoramento 
das funções. 
 
 
20 
 
 
No canteiro de obras, o Plano de Rigging visa aperfeiçoar a montagem das peças ao 
analisar as limitações do equipamento conforme o peso e dimensões de cada elemento 
estrutural, além das manobras que foram necessárias para a montagem desses elementos em 
obra. Observa características físicas relacionadas ao solo e movimentação do equipamento de 
montagem no canteiro. É gerado então um relatório com as especificações e orientações para 
a correta execução de montagem. 
2.4. Modelo de produção Toyotista 
 
Nesse modelo de produção, a lógica consiste em produzir conforme a demanda. Uma 
vez que o fluxo é definido pelo mercado, ao entrar mais matéria prima dentro da empresa, a 
produção aumenta. Ao diminuir a entrada de matéria prima, a produção também diminui. 
Visa, portanto, uma redução do estoque de produtos. 
Uma vez que a redução mencionada está diretamente ligada a demanda do mercado, 
ocorre nessa ordem: aumento ou redução da demanda, posteriormente da quantidade de 
matéria prima e por último do estoque de produtos. Outro aspecto desse modelo está na 
qualidade do serviço, em que o colaborador passa a ser mais exigido pela sua qualificação 
profissional e aprimoramento das técnicas utilizadas. 
Existem processos e ferramentas que ajudam a tornar as atividades mais claras e 
simplificadas, como por exemplo, a sincronização da produção. Ohno (1997) menciona a 
questão da cultura de um colaborador fazendo múltiplas tarefas, importância da redução do 
estoque e da influência nos lucros quando há superprodução. Prescreve também os elementos 
que caracterizam o trabalho padrão, segundo ele: Tempo de Ciclo, Sequência de Trabalho e 
Estoque Padrão (mínimo de trabalho de processo entre os processos). 
Se tratando de custos, uma forma de reduzir o desperdício da produção está na 
aplicação de Just In Time, onde o item necessário tem de estar na quantidade certa, no 
momento certo para seguir à próxima etapa. Esse sistema se baseia na autonomação dos 
processos. O grande desafio está na quantidade de processos envolvidos em indústrias, pois 
erros em formulários, necessidade de retrabalho, problemas em equipamentos e absenteísmo 
dificultam a aplicação do método (OHNO, 1997). 
O custo de cada unidade de produto, considerando o valor total para sua fabricação 
que implica não apenas o custo direto como também a mão de obra e a matéria prima, é um 
 
 
21 
 
 
fator de relevância. Está diretamente associado ao nível de lucro de uma empresa, uma vez 
que os processos podem ser muitos, sendo importante enxugá-lo ao máximo. 
O Planejamento e Controle da Produção (PCP) engloba todos os fatores que podem 
ser antecipados e previstos anteriormente à produção. Esse planejamento envolve todos os 
insumos envolvidos no processo, que vão desde a mão de obra e materiais até os 
equipamentos e ferramentas que foram necessários durante o processo de fabricação. Esse 
processo de controle e administração é importante não apenas para o monitoramento e 
previsão das atividades e cronogramas que foram executados, mas também para atingir metas 
relacionadas ao orçamento e prazo dos contratos (FILHO; ROCHA; SILVA, 2004). 
 
2.5. Logística integrada na indústria de pré-moldados de concreto 
A Logística Empresarial2 pode promover uma integração mais completa dos fluxos 
de materiais e serviços, exemplificada na Figura 2.1 com a focalização do trabalho, onde a 
troca de informações deve ser feita de maneira mais ampla, observando o gerenciamento de 
estoque e de transporte dos produtos (CRUZ apud TABOADA RODRIGUEZ, 2002). 
Esse sistema promove mais competitividade ao gerar valor para o cliente, colocando-
o como ponto chave desde a concepção até o produto pronto para uso. É possível criar 
ferramentas específicas, além das existentes na literatura de modo a controlar processos na 
fábrica que incluem estoque, movimentação dos produtos, e expedição dos mesmos (CRUZ, 
2002). 
O projeto logístico, que envolve os ambientes e a gestão da empresa, deve estar em 
sincronia. Isso pode produzir uma maior coerência entre cargas, prazo e nível de estoque, 
principalmente quando se tem múltiplas obras para serem produzidas, além de garantir maior 
flexibilidade nos pedidos de alteração do plano de carga. O Fluxo de informações nesse 
sistema atende a três tipos de atividades: distribuição física, apoio à manufatura (programação 
e planejamento da produção) e suprimentos (OLIVEIRA; CANDIDO apud BOWERSOX; 
CLOSS, 2006). 
 
2
 Fase da integração do suprimento com a distribuição, onde temos a cadeia que começa no fornecedor, passando 
pelos suprimentos, produção, distribuição e enfim o cliente final. (TABOADA; RODRIGUEZ, 1999). 
 
 
22 
 
 
 
Figura 2.1: Focalização do Trabalho no Contexto da Logística Empresarial. 
Fonte: adaptado de Cruz (2002, p. 160). 
A qualidade da relação entre fornecedores de materiais, empresas e consumidores 
finais deve estar ligada ao desempenho de produção dentro do canteiro, onde o controle 
minucioso de estoque de produtos finalizados e dos trajetos para o transporte destes até o 
cliente evidencia a necessidade de planejamento das atividades relacionadas com uma visão 
mais ampla (OLIVEIRA; CÂNDIDO, 2006; CRUZ, 2002). 
Logo, o aperfeiçoamento do fluxo de informação na organização pode produzir um 
relacionamento entre fornecedores e clientes mais aproximado, de modo a promover parcerias 
que tornam a empresa, grupo ou associação em empreendimentos mais competitivos. É 
importante ainda estabelecer processos para estudar a opinião do cliente sobre o serviço que 
está sendo prestado. A integração envolve então, não apenas os processos específicos e 
internos, mas a logística de suprimentos como um todo (CRUZ, 2002). 
Portanto, a estratégia da gerência se torna um diferencial, quando utilizados as 
ferramentas de logística corretamente. Em outras palavras, o nível logístico empresarial traduz 
a capacidade de transformar matéria prima bruta passando por todo o processo de fabricação 
até que chegue ao ponto de consumo para o cliente. Assim, os recursos disponíveis para esse 
tipo de sistema permitem uma aproximação entre o fluxo de materiais e fluxo de informações, 
sendo a cadeia de suprimentos responsável por promover essa integração. 
 
 
23 
 
 
De acordo com FREITAS e LOBATO, 2015, são ferramentas importantes para o 
Supply Chain Management (SCM), ou cadeia de suprimentos: Outsourcing (Terceirização), 
Serviço ao Cliente, Eletronic Data Interchange (Intercâmbio Eletrônico de Dados) e Vendor 
Manager Inventory (Estoque Gerenciado pelo Fornecedor), ambas são ferramentas de 
controle de estoques gerenciados pelo fornecedor em parceria com o cliente, e Postponement 
(Postergação), paradoxo conceito que prega distanciar o produto acabado do cliente, como 
forma de diferencial competitivo ao torná-lo mais dinâmico e customizável (FREITAS; 
LOBATO, 2015 apud BALLOU, 2012). 
Como pode ser visto no quadro 2.2, separam-se as atividades logísticas em: 
atividades primárias, que são a base para o desenvolvimento do processo produtivo, 
detentoras de um custo mais significativo e uma relevante participação na circulação do fluxo 
de materiais, e atividades de apoio (CRUZ, 2002 apud BALLOU, 1999). 
ATIVIDADES PRIMÁRIAS ATIVIDADES DE APOIO 
Transportes Armazenamento 
Manutenção de Estoques Manuseio de Materiais 
Processamento de Pedidos Embalagem de proteção 
- Obtenção (Fluxo de Entrada) 
- Manutenção de Informação 
Quadro 2.2: Divisão das atividades da Cadeia Logística. 
Fonte: Adaptado de Cruz (2002 apud Ballou, 1999). 
2.6. A compatibilização de informações no segmentoUma vez o cliente sendo parte envolvida de grande importância, na concepção 
Toyotista, deve-se ressaltar sua importância na logística da empresa com um todo. Assim é 
razoável a utilização das tecnologias e inovações que o mundo digitalizado nos fornece, para 
melhorar essa relação cliente-empresa, e por sua vez empresa-fornecedor. Isso é feito em 
virtude do aumento da discretização que se obtém das atividades, e por sua vez do nível de 
controle. 
A administração de informações durante a fabricação dos elementos, no que se refere 
aos insumos necessários, mão de obra, serviços, além da condição atual do produto, 
aperfeiçoa o rigor do processo. Portanto, a tecnologia da informação auxilia 
consideravelmente na execução de atividades simultâneas executadas, onde a criação de um 
 
 
24 
 
 
banco de dados permite uma organização e integração desses serviços ao antecipar um estudo 
que seria feito na obra, de maneira a reduzir os improvisos (CORRÊA, 2005) 
Fatores como tempo e localização são preponderantes para que os cronogramas e 
programações sejam executados em conformidade. A disponibilização do produto finalizado 
no tempo correto define a precisão dessas ferramentas, algo que influencia no custo do 
mesmo. Logo a comunicação nesses processos de gerência causa melhorias do desempenho 
do fluxo de material. 
A velocidade de produção e o prosseguimento das atividades necessárias são ambos 
afetados pela rotatividade da mão de obra, o aparecimento de patologias e retrabalhos. Logo o 
nível executivo (tátil) está ligado à capacitação, treinamento e aprimoramento da mão de obra. 
Esse processo de racionalização eleva o nível da comunicação e do serviço que está sendo 
executado impactando positivamente no tempo e desperdício gerado. 
Dessa maneira a especificação das operações e etapas nas diversas áreas de uma 
empresa, mostra como a Logística Empresarial e os fluxos de informações estão intimamente 
correlacionados, em que a previsão das necessidades para a devida execução do projeto 
garante mais eficiência ao processo e fornece um direcionamento para a segurança do 
colaborador, asseio e salubridade do local de trabalho. Aspectos esses que direto ou 
indiretamente concedem mais competitividade à organização. 
Para programar um sistema que vise uma melhora da compatibilização de 
informações, os indicadores de desempenho3 são de grande importância. Esses ajudam a 
identificar as medidas qualitativas e quantitativas, auxiliando as tomadas de decisões. Tudo 
isso com vista a trazer mais clareza, agilidade e transparência dos processos. Indicadores esses 
que podem ser específicos para uma empresa, ou comuns a várias empresas de um mesmo 
segmento ou setor da economia (CORRÊA, 2005; CRUZ, 2002). 
2.7. Compatibilização de informações entre obra e fábrica – processos 
Uma vez que o segmento de pré-moldados de concreto tem como diferenciais 
reconhecidos a qualidade e rapidez na entrega de seus serviços e produtos, onde temos em 
empresas que executam fabricação e montagem dos elementos estruturais, onde a sequência, 
 
3
 Possibilitam uma comparação dos resultados das diferentes áreas funcionais e operacionais de uma empresa, 
permitindo ainda o estabelecimento de novos patamares de desempenho ou melhorias (SOUSA et al., 2006). 
 
 
25 
 
 
bem como a racionalização dos fluxos de materiais se torna algo muito relevante no sistema 
como um todo. 
O escoamento dos produtos, de modo a reduzir o estoque no pátio, o lay out da 
fábrica e do canteiro de obras, exercem forte influência no nível de produção (RODRIGUES 
et al.,2012). São operações durante o processo executivo (tátil): projeto, fabricação da 
armadura, colocação da mesma na fôrma obedecendo as orientações de projeto, aplicação de 
protensão (quando necessário), concretagem, cura e adensamento do concreto, previamente 
dosado NBR 9062 (ABNT, 2001). No canteiro se destaca a fase de escavação, concretagem 
da fundação e montagem dos elementos estruturais a partir do plano de cargas e transporte das 
peças. É fundamental também o planejamento para as áreas de vivência no canteiro, citado no 
item 3.3 estabelecido pela NBR 12284 (ABNT, 1991). 
O controle da localização física dos produtos e materiais é necessário para evitar o 
retardo das ações necessárias para não se criar um estoque excessivo. Logo a importância da 
utilização de mapofluxogramas que descrevem o fluxo de processos e de matéria física, 
organizando as informações sobre operações que acontecem dentro de uma empresa. O 
processo de roteirização que pode ser criado viabiliza uma rotina fixa de modo que softwares 
advindos da digitalização global se tornam ferramentas que ajudam a visualizar e enxugar a 
logística empresarial (CARVALHO; OLIVEIRA; JAMIL, 2006; RODRIGUES et al.,2012). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
3. METODOLOGIA 
Trata-se de uma pesquisa quanti-qualitativa, que em sua totalidade apresenta a 
seguinte sequência cronológica mostrada na Figura 3.1 logo abaixo. 
 
Figura 3.1: Fluxograma do plano de pesquisa. 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
Inicialmente, foi determinado o tema da pesquisa, levantamento de referências 
bibliográficas, enfoque do estudo com a definição da problemática, escolha dos trabalhos que 
fundamentam toda a análise, aprofundamento da leitura nos trabalhos escolhidos como sendo 
os principais, e definição do tipo de trabalho, optando-se por estudo de caso, baseado na 
literatura dos assuntos que são considerados relevantes para o tema em questão: “A Logística 
na gestão do processo produtivo de pré-moldados de concreto”. Isso tudo, de modo a 
relacionar este último à compatibilização de informações entre obra e fábrica, em empresas 
nesse segmento. 
Visando um estudo mais específico e aprofundado do tema, percebeu-se a 
importância do método de abordagem que seria utilizado para realizar a investigação e estudo 
organizacional. Assim, o estudo de caso, corresponde à necessidade em se estabelecer um 
método qualitativo descritivo, de modo a analisar, registrar e interpretar fatos que são 
relevantes à pesquisa e por sua vez à problemática da investigação. 
 
 
27 
 
 
Definiu-se então, a região onde seria feito o estudo de caso, a empresa que faria parte 
do escopo do trabalho, bem como os instrumentos e processos que seriam utilizados nesse 
tipo de estudo, para viabilizar a pesquisa. A escolha de uma obra específica da empresa 
tornou-se necessária para tal estudo. 
A partir das visitas in loco, verificar o modelo de produção, entrevistar a equipe 
gestora da produção, criar mapofluxograma, realizar registros fotográficos, e analisar pontos 
específicos da problemática, constituindo a metodologia escolhida, uma vez que concede 
autoridade e racionaliza toda a pesquisa. Com o auxílio da literatura, se propôs dentre as 
possíveis soluções, a que mais se adequa a realidade do contexto geral da empresa. Isso 
visando a facilidade e praticidade da execução, bem como o custo-benefício. 
A empresa X, uma indústria de pré-moldados de concreto, escolhida para a 
realização do trabalho possui um amplo portfólio de obras executadas, que variam entre 
galpões industriais, shoppings, faculdades e viadutos, por exemplo. Além da variedade de 
obras executadas, que vão do planejamento a montagem da obra, está há quase vinte anos no 
mercado, possuindo uma metodologia de produtividade amadurecida. Localiza-se no polo 
empresarial de Goiás, no município de Aparecida de Goiânia, um centro econômico e 
industrial do estado. Na figura 3.2, pode ser visto um pouco sobre as instalações e atividades 
desenvolvidas pela mesma. 
 
 
Figura 3.2: Empresa X - Pórticos rolantes para transporte e armazenamento. 
Fonte: Acervo pessoal. 
Após a escolha da empresa, selecionou-se uma obra A, ver Figura 3.3 (a) e (b), para 
que se pudesse fazer a devida análise que envolvia o tema dapesquisa, bem como, entender o 
funcionamento do processo de produção, expedição e montagem em obra. Foi escolhida uma 
 
 
28 
 
 
obra que estava na etapa de fundação onde a aplicação de questionário e entrevista em fábrica, 
foi fundamental para o andamento da pesquisa. Ressalta-se que no apêndice B, encontra-se o 
termo com a autorização por parte da empresa para divulgação de informações sobre a 
organização estudada. 
As visitas foram feitas em obra nas seguintes fases: execução da fundação, que inclui 
perfuração e concretagem da mesma, montagem dos pilares, das vigas de travamento e por 
último, das vigas de cobertura. Ao todo foram cinco visitas, durante o período de trinta dias 
(mês de agosto de 2017), prazo esse para entrega da obra. Na fábrica as visitas foram 
realizadas diariamente durante seis meses (maio de 2017 até outubro de 2017), de forma a se 
caracterizar as operações que eram desenvolvidas. 
 
(a) 
 
(b) 
Figura 3.3: Obra A na fase de fundação (a) e (b) vista do canteiro de obras. 
Fonte: Acervo pessoal. 
No Anexo C, pode ser consultada a planta da edificação, que conta com vinte e cinco 
pilares, quatorze vigas perfil I, oito vigas de empenamento, noventa e seis terças, doze vigas 
calhas e cinquenta e quatro vigas de fechamento. Trata-se de um galpão industrial para 
armazenamento de produtos com cerca de três mil e trezentos metros quadrados. 
Verificar as possíveis incompatibilidades ligadas ao enfoque do trabalho, as 
melhorias e diretrizes que podem ser propostas para contribuir para a logística da empresa, 
observar a lógica, as ferramentas e procedimentos usados para se fazer os cronogramas de 
fabricação e de montagem, com percepção sobre a soberania de algum deles. 
A partir do que foi exposto pôde-se fazer alguns questionamentos que levaram a 
construção de um questionário, que pode ser visto no Apêndice A. Questionamentos esses 
 
 
29 
 
 
relacionados aos critérios de produção, planejamento logístico, cronologia de fabricação e 
montagem, acréscimos não previstos no processo de fabricação e logística da empresa. 
 Para isso temos os fluxos de processos, que juntamente com mapofluxograma, 
entrevistas e questionário, geram dados necessários para validação do estudo. Essa análise de 
fluxo de informações, que visa um aperfeiçoamento da gestão em termos de organização, 
permite um mapeamento dos processos e etapas de modo que haja uma visualização do 
movimento físico dos produtos, bem como, das informações relacionadas a essa logística. A 
entrevista foi realizada com colaborador da área de engenharia, responsável por funções 
ligadas diretamente ao processo produtivo na fábrica e em obra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
4. DISCUSSÃO DE RESULTADOS 
Uma empresa de pré-moldados precisa ter uma estrutura mínima para dar suporte 
para o processo de fabricação do produto final, no que se refere aos maquinários e espaço 
físico. Isso inclui equipamentos de movimentação e armazenamento de cargas, preparação do 
terreno de fabricação no que se refere a resistência do solo, organização do layout do canteiro 
de produção na fábrica, entre outros. 
A empresa X do estudo de caso subdivide-se nos seguintes departamentos: vendas, 
compras, produção, projetos e diretoria. Para a produção de uma estrutura de pré-moldados 
de concreto são necessárias etapas que envolvem contato com o cliente, verificando as 
necessidades e anseios que o mesmo enfrenta. A partir desse contato é feito uma primeira 
análise que enseja na concepção do projeto, que é definido e orientado conforme a 
necessidade do consumidor e da atividade ao qual estará envolto. Como por exemplo, um 
galpão industrial para armazenamento de produtos dos mais diversos, uma faculdade ou 
shopping center. Segmentos esses com suas peculiaridades que definirão as características 
específicas que devem constar na edificação. 
 
Figura 4.1: Organograma da estrutura hierárquica da empresa X. 
Fonte: Acervo Pessoal 
Após a fase de concepção, tem-se então que fazer toda a parte orçamentária para 
redação do contrato, que resguarda juridicamente a empresa e o cliente, devendo-se aqui 
 
 
31 
 
 
incluir itens de artigos constitucionais. A partir do momento que se tem um acordo firmado 
entre cliente e empresa fabricante de pré-moldados de concreto, haverá então o 
encaminhamento do escopo básico primeiramente para a equipe de projetos, responsável pelo 
cálculo e detalhamento da estrutura da edificação. 
É bom ressaltar ainda que é comum o dimensionamento, a fabricação e execução dos 
elementos pela mesma empresa, não sendo, no entanto, uma regra geral. Ocorre por vezes, 
que o cliente já traz consigo o projeto calculado e detalhado de toda parte estrutural para a 
empresa fabricante executar a produção das peças pré-moldadas, como laje, pilar, vigas, 
escadas entre outros. 
 Finalizado o detalhamento das peças que foram fabricadas, encaminha-se o mesmo 
para Equipe de Produção que inicia os trabalhos, partindo-se basicamente do PCP 
(Planejamento e Controle de Produção). Aqui, a equipe faz a gestão de todos os recursos 
operacionais de maneira a procurar sua máxima otimização. Nessa etapa acontece uma 
importante fase de interpretação do projeto, para sua produção em fábrica e execução da 
montagem no canteiro de obras, sendo necessária e muito importante a boa comunicação entre 
esses serviços. No Apêndice D, é possível compreender melhor o que está sendo exposto. 
4.1. Produção na fábrica 
Durante o PCP, o departamento de produção estuda o projeto de maneira a 
maximizar a quantidade de produtos produzidos diariamente, bem como o estoque de insumos 
em geral, como matéria prima e ferramentas que deverão ser compradas de maneira 
antecipada ao início da construção minimizando possíveis imprevistos durante a fase 
operacional da produção. É válido ainda mencionar que o sucesso de tais operações fica 
vinculado à concordância dos termos estipulados em contrato por ambas as partes, no caso do 
cliente à liberação da verba financeira conforme acordo, para o devido andamento da 
produção. 
Verificou-se que é durante o PCP que ocorre a otimização da produção, onde é 
necessário fazer um estudo das pistas de fôrmas para concretagem, de maneira a racionalizar 
sua utilização ao máximo possível, possibilitando a produção de peças repetidas ou peças com 
características semelhantes permitindo-se fazer uma associação na pista de produção. 
 
 
32 
 
 
Constatou-se que existem pistas para produção de pilares, de vigas armadas ou protendidas e 
para lajes, também protendidas. 
Esse tipo de otimização da produção é possível por se tratar de uma fábrica de pré-
moldados de concreto. Existe certa padronização das peças por parte do projetista estrutural e 
das normas técnicas, de maneira a facilitar e aumentar o fluxo de produção. Isso envolve a 
concordância entre as dimensões dos elementos estruturais de mesma função. Considerando 
que o fundo da pista está no sentido longitudinal, e se relaciona ao aspecto de comprimento e 
largura das peças, imagine de maneira bem superficial que a única outra variável em relação à 
pista de produção do elemento seja a altura do mesmo. 
 Ressalta-se que existem variáveis como o fck do concreto e a cordoalha (no caso de 
peças protendidas) que são variáveis relevantes para a produção das peças pré-moldadas na 
mesma pista. Lembrando que estamos relacionando a produção apenas em relação à pista de 
produção, observando a parte de logística, e não em relação à produção do elemento como um 
todo. Na Figura 4.1, temos uma viga que é concretada. 
 
Figura 4.2: Empresa X - Montagem da armadura de uma viga na pista de concretagem. 
Fonte: Acervo pessoal. 
O fundo da fôrma (pista) é fixo, as laterais, por sua vez, podem ser modificadas 
conforme altura da peça (Figura 4.2). O fundo também define a largura da peça.Por exemplo, 
se a pista tem setenta metros de comprimento, e a chapa que constitui o fundo da forma, tem 
quarenta centímetros de largura, então foram fabricadas peças de quarenta centímetros de 
largura, quantas as quais couberem nesses setenta metros, descontados os espaços entre os 
fechamentos (parte que define o comprimento da peça), a “cadeirinha” de madeira mostrada 
na Figura 4.1. 
 
 
33 
 
 
Essa relação entre a largura, comprimento e altura da peça, precisa ser observada em 
projeto para que peças sejam produzidas de uma só vez. As peças que tem características 
semelhantes, mesma função estrutural (pilar, viga ou laje), dimensões quanto à largura e/ou 
altura idênticas são identificados no momento do planejamento, de modo que junto com o 
plano de montagem definem o cronograma de fabricação. 
 
Figura 4.3: Pista de fôrmas - Empresa X. 
Fonte: Acervo Pessoal. 
Quanto mais peças agrupadas na pista, melhor para o volume de produção diária. E 
Uma vez que a produção de peças é diária, essas são sacadas (retiradas das fôrmas todos os 
dias) após o processo de cura do concreto (procedimento para controlar a hidratação do 
cimento e obter desempenho esperado). 
Assim, a quantidade de peças que são concretadas diariamente determina a 
velocidade em que se consegue entregar o empreendimento do ponto de vista de produção em 
fábrica. Outros aspectos que determinam uma boa eficiência são fatores que estão ligados a 
logística e qualidade das peças, mão de obra qualificada, e pedidos de matéria prima no 
momento correto. Os materiais, a propósito, são ensaiados (ensaio de granulometria, massa 
especifica, teor de materiais pulverulentos) em laboratório, onde são feitas dosagens do 
concreto com diferentes concentrações dos aditivos que foram utilizados durante a produção 
do concreto autoadensável (como o próprio nome diz, se auto adensa na fôrma, não sendo 
necessária a utilização de vibradores, por exemplo). 
No laboratório ainda é feito o rastreamento do concreto que é utilizado nas peças, 
onde o laboratorista recolhe amostras do concreto, que é moldado em corpos de prova 
cilíndricos (10 x 20 cm), e etiquetando (idade de 1, 3, 7 e 28 dias) de maneira a registrá-los no 
sistema, vinculando-os ao concreto das peças pré-moldadas, que foram sacadas no dia 
 
 
34 
 
 
posterior. São realizados ainda, ensaios de resistência à compressão com os CP’s (corpos de 
provas), de maneira a liberar a desforma das peças concretadas, e também fazer o 
monitoramento da resistência conforme a idade do CP. 
4.2. Produção na obra 
Acontece na obra, simultaneamente ao processo de produção em fábrica, a execução 
de serviços preliminares como: aterros e terraplanagem, caso necessário, e posteriormente 
execução da fundação para o recebimento dos pilares da edificação. No estudo de caso 
presente, se têm a parte de perfuração, a montagem da armação dos tubulões, gaiolas e 
execução da concretagem da fundação. 
É preciso verificar onde e como é disposto o canteiro de obras no terreno, observa-se 
as limitações dos equipamentos que farão a montagem das peças, para isso existe o plano de 
Rigging (Anexo E). Outro obstáculo que pode interferir no processo de montagem está no 
acesso à obra, aspecto muito importante que define a sequência de montagem, no tópico 4.4 
Estudo de caso, é possível entender como foi feita a montagem dos elementos da Obra A, cuja 
planta pode ser consultada no Anexo C. Para tanto, verifica-se a presença de construções ou 
terrenos baldios nas divisas do canteiro, além de rede elétrica próxima ao acesso, que 
geralmente é evitada ao máximo (Apêndice A). 
Essas condições definem como é a execução da edificação, se ela é montada do 
fundo para frente, ou se é montada do centro para as extremidades. Essa ordem pode variar 
bastante de obra para obra, por depender de aspectos externos ao sistema de produção. Em 
obra tem-se por vezes que seguir uma sequência específica de montagem que não se relaciona 
necessariamente com peças semelhantes, mas sim aquelas que devem ser montadas no devido 
momento para continuidade da montagem, envolvendo às vezes pilares, vigas e lajes, que não 
tem características de dimensão semelhantes, o que dificultaria a produção sequencial. 
 Na fábrica, é necessário otimizar ao máximo essa produção visando justamente 
ganhar velocidade na produção. Uma característica que se torna intrínseca é a flexibilidade, 
para melhor ajustar a produção. 
4.3. Etapas de produção 
 
 
35 
 
 
Onde está o impasse então? É comum haver obras onde é necessário começar a 
execução dos serviços de modo que as fases de produção na fábrica e montagem na obra 
ocorram simultaneamente. Constata-se na empresa X, que o fator determinante da produção 
na fábrica é a sequência de montagem em obra, como se pode ver no Apêndice A. 
A equipe de produção tem a tarefa de aperfeiçoar ao máximo a logística dentro da 
empresa, de maneira que a comunicação entre as operações possa ocorrer de forma ágil e 
simplificada. Uma vez que o cronograma é extremamente apertado, é necessário a partir do 
detalhamento dos elementos e quantitativos de materiais, a compra de aços e de matéria prima 
para a fabricação do concreto, além de uma comunicação eficaz com o setor de suprimentos, 
para a verificação dos insumos e ferramentas que precisarão ser repostos para a produção. 
Durante a produção dos elementos na fábrica existem três etapas sequenciais de 
fabricação e de importante papel no aspecto logístico, elas são: armação, fôrma e acabamento. 
Na etapa de armação, ocorre o recebimento dos aços solicitados aos fornecedores, onde as 
barras de aço foram dobradas, cortadas e montadas nas respectivas quantidades, bitolas 
(diâmetros), e especificações constantes no projeto, que determina suas disposições e 
formatos para fabricação das armaduras dos elementos que foram posteriormente concretados. 
 Nas etapas de produção a peça fica condicionada à liberação do serviço para seguir 
para próxima etapa, através da etiquetação de cada peça (sistema de Kanban - Anexo B), que 
contém informações sobre comprimento e peso da peça além dos campos referentes a cada 
setor com espaço disponível para perfuração da etiqueta. Em resumo, uma peça que tem três 
furos, referente à armação, fôrma e acabamento, está pronta para ser enviada ao canteiro de 
obras. 
O próximo setor é o de fôrma. Após a armadura ser liberada, ela é transportada para 
a montagem dentro da fôrma (Figura 4.2). Isso é acontece com a utilização de pontes ou 
pórticos rolantes que se movem até as pistas de fôrmas. Nessa etapa a armação é alocada 
dentro da fôrma, onde a mesma é finalizada com as laterais sendo fechadas e ajustadas 
conforme especificação de projeto. Em seguida ocorre uma nova verificação do serviço que 
foi executado, de modo a liberar a peça para receber o concreto. 
Após a peça ser concretada e ter resistência mínima para ser sacada da fôrma, a 
mesma é transferida para o setor de acabamento onde deverá receber, quando necessário, 
 
 
36 
 
 
melhoria na parte estética e inserto metálico (perfil de apoio chumbado no elemento 
estrutural) previsto em projeto. Aqui são verificados novamente as cotas (pilares) e dimensões 
das peças. Caso estejam conforme projeto, são finalmente liberadas para envio até o canteiro 
de obras, sendo então transportadas para o espaço de armazenagem (Figura 4.3). 
 
(a) (b) 
Figura 4.4: (a) espaço de armazenamento na empresa X (b) viga I sendo carregada conforme 
plano de cargas. Fonte: Acervo Pessoal. 
Com a peça liberada e pronta para ser expedida ao canteiro de obras, o responsável 
pela carga faz a seleção das peças no pátio que deverão ser enviadas ao canteiro de acordo 
com a programação de carga, elaborada pelo departamento de produção. Essa programação 
consiste basicamente em: sequência de carga, identificação da peça porsiglas, como por 
exemplo: P1 (referente ao pilar número um), comprimento total e peso da peça. Essa última é 
uma importante informação devido a capacidade de carga do veículo que fará o transporte. 
Nessa programação consta também a data em que o elemento deverá ser levado à obra. No 
Anexo A é possível ver o modelo da programação de carga utilizada na obra do estudo de 
caso. 
4.4. Estudo de caso: um galpão industrial de estrutura pré-moldada – Obra A 
Foram realizadas as primeiras visitas no canteiro de obra, observando a ordem em 
que os serviços eram executados. Trata-se de um galpão industrial para armazenamento de 
produtos, cujo projeto consiste em vinte e cinco pilares, portanto, em vinte e cinco 
perfurações no solo para executar a fundação do tipo: sapatas e tubulões, cuja profundidade 
varia entre três e quatro metros. Essa parte foi relativamente rápida, visto que não foi 
 
 
37 
 
 
necessária a realização de aterro ou terraplanagem, pois o local já se encontrava preparado 
para receber a estrutura do galpão. 
A empresa terceirizada para fazer as perfurações levou uma semana para fazer o 
serviço. Com as perfurações devidamente realizadas, iniciou-se então o serviço de montagem 
das armações dos tubulões dentro dos furos, de maneira a fixá-los na estrutura e também das 
“gaiolas”, armação para formar os cálices na fundação que receberá posteriormente os pilares. 
Uma vez que no fundo do canteiro de obras existe uma edificação, constatou-se que 
nesse caso em específico seria melhor executar a montagem no sentido do fundo do canteiro 
para frente, de maneira a montar os pilares inicialmente, depois vigas de fechamento, vigas de 
empenamento, vigas calhas, vigas I e vigas terças. Nessa obra não se utilizou lajes 
protendidas, por se tratar de um galpão industrial com apenas pavimento térreo e cobertura. 
Para o início da fase de montagem optou-se pela fixação dos pilares do fundo (P19 
ao P1) próximos da edificação existente, depois os pilares da lateral direita (P2 ao P6), pilares 
do centro (P11 ao P15), pilares da lateral esquerda (P20 ao P24) e por último os pilares da 
frente (P7 ao P25). 
Não foi verificado durante as etapas de montagem e de fundação, nenhum imprevisto 
que pudesse de fato atrasar o andamento da obra, no entanto, pôde-se observar uma situação 
em que uma peça necessitava ir para o canteiro em determinada data e a mesma não se 
encontrava finalizada para ser enviada. Foi o caso de uma viga com 11,98 metros de 
comprimento que estava concretada, mas não finalizada ao ponto de ser expedida. 
Aqui, verifica-se que tal situação poderia ser evitada, uma vez que a pista de fôrma 
desse modelo é padronizada, alterando apenas o comprimento. Algumas hipóteses podem ser 
levantadas: o setor de armação pode ter produzido as peças de maneira a não seguir uma 
ordem específica, diferente do que acontece com as demais peças. Isso talvez, por se tratar de 
peças que são padronizadas e tem mais flexibilidade no momento de concretagem. Ou ainda, 
o planejamento da produção não ter seguido o plano de montagem. 
Em outras palavras, o plano de cargas solicitava a viga com 11,98 m para ser enviada 
ao canteiro, mas no pátio de armazenamento era a viga com 10,78 m que estava finalizada. 
Não houve atraso, uma vez que nesse caso em específico, apesar do plano de cargas solicitar o 
envio da viga de 11,98 m, era possível começar pela viga de menor tamanho. 
 
 
38 
 
 
 
Figura 4.5: Pilar sendo montado na Obra A. 
 Fonte: Acervo Pessoal. 
Basicamente o processo consiste em carregar o caminhão no pátio de armazenamento 
da fábrica (Figura 4.3), fazer o transporte até a obra, retirar o pilar do caminhão, fazer a 
montagem dos mesmos dentro do cálice da fundação com auxilio de guindaste (Figura 4.4), e 
colocá-los no prumo com auxílio do teodolito e cunhas de madeira que irão travar o pilar 
dentro do cálice. Posteriormente, concretar o espaço entre o cálice e o pilar. 
Enfatizando, as etapas na obra consistem em: terraplanagem, perfurações, fixação 
das armaduras nos furos da fundação, anexação das gaiolas junto à armadura do Tubulão, 
concretagem da fundação e vibração do concreto, fazer o controle de qualidade do concreto, 
através de seu rastreamento em laboratório a partir dos corpos de prova moldados com esse 
concreto em obra, montar os pilares no cálice da fundação, verificando cota e prumo com 
auxilio de teodolito, concretar o cálice, montar vigas, grautear furos de montagem das vigas 
(travamento, empenamento, cobertura, terças). 
De modo geral verificou-se ainda que os elementos são produzidos ao rigor do 
projeto, não sendo constatado em fábrica erros de execução do mesmo. Isso pode ser 
explicado pelo fato, de que uma mesma peça é vistoriada três vezes por diferentes 
profissionais durante as três etapas de sua fabricação. 
 
 
39 
 
 
Ressalta-se que no Apêndice A deste trabalho consta uma entrevista, que foi 
realizada com o responsável pela produção da fábrica, onde foram abordadas questões sobre a 
logística da produção, e também a relação entre fábrica e obra. Foram observados aspectos 
como: critérios de produção, sequência de fabricação e montagem, compatibilização de 
cronogramas e imprevistos que podem ocorrer no processo de produção. 
 
Figura 4.6: Estrutura pré-moldada sem vigas de coberturas – Obra A. 
Fonte: Acervo Pessoal. 
Observa-se ainda que a proximidade entre os cronogramas (montagem e fabricação) 
é evidente, tornando necessária a percepção do nível de harmonia entre os mesmos 
(cronograma de carga/montagem – anexo A e cronograma de fabricação – Anexo D). Para 
facilitar a compreensão é possível encontrar no Apêndice C deste trabalho o fluxograma de 
fabricação que descreve a ordem em que processos são executados. 
No Apêndice D pode-se ver o Mapofluxograma, que foi elaborado com base nas 
visitas técnicas realizadas tanto em fábrica como na obra. Aqui o leitor poderá visualizar 
como ocorrem os processos de fabricação, e ter uma percepção sobre quando e como as 
operações acontecem dentro da fábrica e do canteiro de obras. Atividades ligadas ao PCP, 
etapas de fabricação dos elementos estruturais, laboratório e canteiro de obras, são ordenadas 
e correlacionadas, de modo a proporcionar uma compreensão holística para o leitor. 
Em resumo, o inicio da montagem em obra começou no dia 07/08/2017. A 
montagem dos pilares foi finalizada no dia 14 do mesmo mês. O cronograma de fabricação 
previa um prazo de 40 dias corridos para fabricação das peças, que foi cumprido (ver Anexo 
D). Considerando que a produção em fábrica começou em dia 13/07/2017, e que os serviços 
de fundação começaram juntos com a produção em fábrica, a obra levou um prazo total de 56 
 
 
40 
 
 
dias corridos para ser construída, sendo entregue dia 06/09/2017. Prazo esse, considerado 
desde a fundação até a total execução da montagem no canteiro. Na figura 4.5, é possível ver 
a estrutura pré-moldada praticamente finalizada. 
4.5. Consequências e propostas de melhorias 
 
 
Uma vez que a logística tem como função elevar o nível de serviço para o cliente, 
seria contraditório não evitar gastos desnecessários com despesas não previstas durante o 
processo de produção. Por exemplo, o simples atraso da produção de um elemento pode 
causar o atraso de uma obra inteira. Isso por sua vez, pode acarretar gastos extras com 
equipamentos, mão de obra ou retrabalho. Existem determinados equipamentos onde o atraso 
de um elemento estrutural na obra no momento certo, e dependendo do período, pode 
acrescentar um valor de dez mil reais de gasto, sem falar na mão de obra e o tempo adicional. 
Um agravante seria o atraso da execução da edificação como um todo, causando quebra de 
cláusula contratual, o que poderia gerar multa. 
Uma das medidas para aperfeiçoar a logística na empresa do estudo de caso, seria 
realizar o plano de cargas (conforme o plano de montagem) logo no iníciodo processo de 
produção, anteriormente à fabricação dos elementos (ver Apêndice E). No que se refere aos 
processos, indica-se a impressão do mapofluxograma que proposto no Apêndice E deste 
trabalho, de modo a deixá-lo mais visível aos colaboradores que estão envoltos a nível 
estratégico e executivo (tátil). Isso poderia estimulá-los ainda mais para colaborar com o 
modelo de Just in Time. 
Outro benefício seria a utilização no pátio fabril, de computadores portáteis 
vinculados ao sistema da empresa, com atualização instantânea. Seria possível uma 
alimentação diária sobre a real situação de todas as peças que estão sendo produzidas, além de 
facilitar o rastreamento das mesmas, indicando sua situação, seja no setor de armação, fôrma 
ou acabamento. Observações quanto ao cronograma de fabricação e de montagem poderiam 
ser mais facilmente compatibilizados através desse sistema online, onde todos responsáveis a 
nível executivo (tátil) e estratégico pudessem ter acesso imediato. 
Um software que atenderia a demanda dessa indústria de pré-moldados é o Plannix – 
Soluções em Software, voltado exclusivamente para indústrias de pré-fabricado de concreto. 
Esse programa ajuda a administrar o cronograma de fabricação durante múltiplas obras sendo 
executadas. Administra ainda, o controle de fôrmas, controle de estoque de peças, 
 
 
41 
 
 
programação e acompanhamento de cargas, acabamento de peças, controle de insertos 
metálicos, planejamento e programação de montagem por equipe, controle de corte e dobra, 
armação, concretagem, cronograma e gráficos de obras, diário de obras, registro de ações e 
reunião digital, criação e registro de check lists de peças. 
O programa acessa por meio de barras eletrônicas impressas no Kanban de cada 
elemento estrutural, a situação da peça que está sendo fabricada, de modo a auxiliar toda a 
equipe de produção no que se refere aos cronogramas previamente estabelecidos. Através de 
um leitor de código de barras, o responsável pode verificar no computador de mão, quando o 
elemento deve ser fabricado, e quando deve ser expedido e montado no canteiro de obras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A partir dos estudos realizados, compreende-se a importância dos critérios e 
condições que precisam estar presentes no relacionamento entre canteiro de obra e fábrica de 
pré-moldados. Fatores como o detalhamento dos projetos, o prazo viável para execução da 
obra, a possibilidade de repetir elementos pré-moldados durante a sua fabricação de modo a 
aperfeiçoar o processo, são aspectos que merecem uma atenção especial no momento de 
planejar a estratégia de produção. É importante que haja uma compatibilização de 
informações durante a fase de projeto e execução, tanto na obra como na fábrica. 
No canteiro de obras, a percepção do engenheiro deve ser minuciosa sobre como 
deverá acontecer a montagem dos elementos, a disposição do canteiro, o Plano de Rigging, 
verificar algum obstáculo devido a rede elétrica ou edificações existentes. A relação entre 
obra e fábrica não deve ser vista como algo separado, mas como um conjunto flexível no que 
se refere à compatibilização dos cronogramas. 
Indica-se a utilização de programas como o que foi citado no tópico 4.5, de modo a 
auxiliar o controle e rastreio da produção, modernizando a comunicação dentro da empresa 
estudada. Recomenda-se ainda para os próximos trabalhos relacionados ao tema e estudo de 
caso, que foquem no âmbito de detalhar os processos que foram mencionados neste trabalho 
(Apêndice E). Processos esses, operacionais e burocráticos, de modo a aperfeiçoar o fluxo dos 
produtos e serviços que são desenvolvidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
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