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2 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA 
CENTRO DE TECNOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO MECÂNICA 
 
 
 
 
 
 
FÁBIO BRITO SANTOS SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O PCP na indústria da construção civil, o caso da fabricação de galpão em pré-
fabricado em uma empresa de João Pessoa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOÃO PESSOA 
2009 
 
 
 
3 
 
 
FÁBIO BRITO SANTOS SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O PCP na industria da construção civil, o caso da fabricação de galpão em pré-
fabricado em uma empresa de João Pessoa 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso desenvolvido e 
apresentado no âmbito do Curso de Graduação em 
Engenharia de Produção Mecânica da 
Universidade Federal da Paraíba como requisito 
para obtenção do título de Graduado. 
 
 
 
 
 
 
 
Orientador: Prof. Dr. Antônio de Mello Villar 
 Área de concentração: PCP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOÃO PESSOA 
2009 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
S586p Silva, Fábio Brito Santos 
O PCP na indústria da construção civil, o caso da fabricação de galpão em 
pré-fabricado em uma empresa de João Pessoa / Fábio Brito Santos Silva - 
João Pessoa, 2009. 
 
f. il. : 
 
Orientador: Prof. Dr. Antônio de Mello Villar 
 
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia de 
Produção Mecânica) Departamento de Engenharia de Produção / Centro de 
Tecnologia / Campus I / Universidade Federal da Paraíba – UFPB 
 
1. Planejamento e Controle da Produção 2. Galpão 3. Pré-Fabricado 
Título. 
CDU: 658.5(043) 
 
5 
 
 
 
FÁBIO BRITO SANTOS SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O PCP na indústria da construção civil, o caso da fabricação de galpão em pré-fabricado em 
uma empresa de João Pessoa. 
 
 
 
 
 
 
 
LOCAL DA DEFESA: JOÃO PESSOA – PB 
 
 
RESULTADO: APROVADA 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
 
 
________________________________________________ 
Prof. Dr. Antônio de Mello Villar (UFPB) 
 
 
 
 
_________________________________________________ 
Prof. Dr. Homero Catão Maribondo (UFPB) 
 
 
 
 
_________________________________________________ 
Prof. Dr. Márcio Botelho da Fonseca Lima (UFPB) 
 
 
6 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
A Deus por ter me ajudado a vencer todas as batalhas e guerras existente nesta caminhada. A 
São Jorge por ter me protegido de tudo. A Nossa Senhora por cobrir-me com o seu manto 
sagrado. Obrigado!!! 
 
Aos meus queridos pais Brito e Mirtes por todo o carinho e compreensão nas horas difíceis. 
E que o poderoso e bondoso Deus os guarde a vida inteira. 
As minhas irmãs Fabrícia e Patrícia, por serem minhas amigas e ter acreditado no meu 
sucesso de hoje e sempre. 
A minha namorada Lívia Arcanjo por ser meu guia, muitas vezes, nas horas cruciais e nas 
horas boas, tomando decisões algumas vezes por mim e pelo amor verdadeiro e concreto que 
nos envolve hoje e sempre. 
Aos amigos Fábio, Ildo, Erivaldo, Rodrigo, Tatyana... 
 
 
 
7 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
Ao professor Antônio de Mello Villar por ter sido orientador e amigo, mostrando os 
segredos e caminhos da Programação,: 
Que Deus seja a luz do mundo em sua vida, pois que o segue jamais terá trevas. 
 
A todos os professores do Curso de Graduação em Engenharia de Produção Mecânica da 
UFPB. 
 
Aos meus Familiares, transformando os meus sonhos em realidade. 
 
A todos os colegas do Curso de Graduação em Engenharia de Produção Mecânica, por todos 
os momentos compartilhados, que jamais serão esquecidos, pois fazem parte da etapa mais 
importante de minha vida. 
 
 
8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei.Tomai meu julgo 
sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achereis o 
repouso para as vossas almas. Porque meu julgo é suave e meu peso é leve.” 
(Mat 11,28-30) 
 
9 
 
 
RESUMO 
 
SILVA, Fábio Brito Santos. O PCP na indústria da construção civil, o caso da fabricação 
de galpão em pré-fabricado em uma empresa de João Pessoa. João Pessoa, 2009. Trabalho 
de conclusão de curso (Graduação em Engenharia de Produção Mecânica) – Departamento de 
Engenharia de Produção. UFPB, 2008. 
 
 
 
 
 
É imperativo produzir cada vez mais com cada vez menos, não esquecendo ainda de aspectos 
como flexibilidade, qualidade, prazos de entrega, etc. E dentro deste espírito no atual cenário 
do mercado da construção de peças de concreto, como galpões, os ganhos não são mais 
decorrentes, ou seja, simplesmente da atividade propriamente dita e de uma gestão financeira. 
O mais importante é que, com o amadurecimento do mercado consumidor, as exigências por 
ele ditas são de grande importância para as empresas atualmente, isto vem causando uma 
necessidade para as quais se faz necessário incorporar uma atividade de planejamento e 
controle da produção em seus empreendimentos. 
Neste sentido, tem-se como objetivo mostrar a importância do planejamento e controle da 
produção, na área de construção civil de peças de galpões de concreto pré-fabricados, fazendo 
com que a empresa permaneça no mercado, vencendo os obstáculos por ele exigidos e 
também tendo alguma ação no sentido de melhorar a sua eficiência no processamento e 
controle em seus produtos. Portanto, esse trabalho tem como finalidade: saber qual o Sistema 
de Planejamento e Controle da Produção que mais se adéqua à indústria da construção civil, 
no caso da fabricação de galpões em pré-fabricado em uma empresa de João Pessoa. 
 
Palavras-chave: Planejamento e Controle da Produção. Pré-fabricado. Galpão. 
 
 
10 
 
 
ABSTRACT 
 
SILVA, Fábio Brito Santos . PCP in the construction industry, the case of the 
manufacture of pre-fabricated shed in a company of João Pessoa. João Pessoa, 2009. 
Work of course conclusion. (Graduation in Mechanical Production Engineering) – 
Department of Production Engineering. UFPB, 2009. 
 
 
 
 
It is imperative to produce more with fewer, but not forgetting the issues such as flexibility, 
quality, delivery time, etc. And inside this spirit in the current scenery of the construction 
market of pieces of concrete as warehouses, the gains are more than just the current activity 
and a proper financial management. The most important is that with the maturing of the 
consumer market, the demands that its said are very important for businesses today, and this 
is causing a need for which is necessary to incorporate an activity of planning and control of 
production in their ventures. 
In this sense it has as objective to show the importance of planning and control of production, 
in the construction of parts of building a concrete pre-fabricated. So that the company remains 
on the market, overcoming the obstacles which he required and also has some action to 
improve the efficiency of processes and control in their products. Therefore, this work is to: 
know what System of Production Planning and Control that are best suited to the construction 
industry, for the manufacture of pre-fabricated houses in a company of João Pessoa. 
 
 
 
 
Keywords: Production Planning and Control. Pre-manufactured. Shed. 
 
11 
 
 
 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS 
 
 
PCP – Planejamento e Controle da Produção 
SINDUSCON-PB – Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa 
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
SINDUSCON-SP- Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo 
ABECIP– Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança 
PIB – Produto Interno Bruto 
JIT- Just-in-Time 
PERT- Program Evaluation and Review Technique 
CPM- Critical Path Method 
MRP- Planejamento das Necessidades de Materiais 
OPT- Tecnologia de Produção Otimizada 
 
12 
 
 
 SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO 13 
1. INTRODUÇÃO 14 
1.1 DEFINIÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA PROPOSTO 14 
1.2JUSTIFICATIVA 15 
1.3 OBJETIVOS 18 
1.3.1 ObjetivoGeral: 18 
1.3.2 Objetivos Específicos: 18 
1.4. ESTRUTURA DO TRABALHO 18 
2. EIXO TEMÁTICO DA PESQUISA 20 
2.1. ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO 20 
2.2. PROCESSO 20 
2.3. FUNÇÃO PRODUÇÃO 21 
2.4. SISTEMA DE PRODUÇÃO 22 
2.5. CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO 23 
2.6. ORGANIZAÇÃO DA EMPRESA 24 
2.7. ARRANJO FISICO 25 
2.8. PLANEJAMNETO E CONTROLE 28 
2.9. PROGRAMAÇÃO DA PRODUÇÃO 33 
3.0.PROGRAMAS UTILIZADOS NO PCP 31 
3.0.1. MrpI 33 
3.0.2. MrpII. 36 
3.0.3. Jit 37 
3.0.4. Opt 38 
3. A PESQUISA 40 
3.1. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA 40 
3.1.1. Tipo da pesquisa 40 
3.1.2. Seleção do Sujeito 40 
3.1.3. Variáveis de investigação 41 
3.1.4. Coleta de dados 41 
3.1.5. Tratamento dos dados 41 
3.1.6. Limitação do método escolhido 42 
4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 43 
4.1. Caracterização da empresa 43 
4.2. Processo de fabricação e Produção 44 
4.3. Programação 45 
4.4. Controle 46 
4.5. Função do PCP 46 
4.6. Sistema a ser utilizado pela empresa 48 
5. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES 51 
5.1 RECOMENDAÇÕES 52 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 53 
Apêndice 54 
 
13 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
Neste trabalho, apresentaremos uma explanação acerca do PCP, através de um caso 
prático, realizado na empresa Módulo, localizada na cidade de João Pessoa, especializada em 
pré-fabricação de galpões em concreto armado. 
Na pesquisa, buscamos demonstrar a programação da produção, assim como suas 
ferramentas e técnicas, que podem ser utilizadas pela empresa em prol de melhoria contínua. 
Tendo, por finalidade a eficiência em seu processo de fabricação. 
14 
 
 
1. CAPÍTULO - INTRODUÇÃO 
 
 
Este capítulo trata da formulação do problema e da questão que originou e justifica 
a pesquisa proposta. Também serão descritos os objetivos e a estrutura do trabalho. 
 
 
1.1 DEFINIÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA PROPOSTO 
 
O PCP coordena as atividades da operação produtiva de modo a satisfazer a 
demanda dos consumidores. Para isto, é necessário administrar planos e controles, mesmo que 
estes possam variar de qualquer maneira. Algumas operações são mais difíceis de planejar do 
que outras, devido ao grau de complexidade. Planejar se torna uma atividade primordial para 
que a empresa possa tomar o caminho certo para o seu desenvolvimento, principalmente num 
cenário onde tudo muda constantemente. 
A principal finalidade da Programação da Produção é atender aos prazos de entrega 
dos produtos vendidos. Na Programação da Produção deve-se levar em consideração a forma 
da promessa de entrega, isto é, se o prazo é o da entrega ao cliente ou da data de faturamento. 
Segundo Villar (2008), o planejamento da produção resulta em um Plano de 
Produção a ser cumprido pela organização, onde é definida a programação como sendo um 
planejamento de curto e médio prazo, a fim de que se obtenha ao final do período o 
planejamento para o longo prazo. Em termos gerais, é processo de estabelecer momentos, de 
se realizar atividades em busca de se alcançar os objetivos no processo de planejamento. Da 
mesma forma Slack et. al. (1997) diz que o propósito do PCP é garantir que a produção ocorra 
de maneira eficaz e produza bens e serviços conforme planejado. 
O controle da Produção serve para verificar periodicamente se as etapas da 
produção estão dentro dos prazos estipulados e alocar recursos para que os prazos sejam 
cumpridos. 
Villar, Nóbrega e Silva (2008) afirmam que controlar é o processo em que se 
assegure o que foi planejado e programado seja realizado. Para que isto ocorra é preciso uma 
ação gerencial na qual se exerce a função de fiscalizar todas as vezes que a organização queira 
se afastar do que foi programado. 
Processo é a seqüência de passos, tarefas e atividades que convertem entradas de 
fornecedores em uma saída. 
15 
 
 
Pré-Fabricação é o processo em que um produto ou uma mercadoria passa a existir 
e a ser comercial. O pré-fabricado é considerado uma forma extremamente ágil na edificação 
de construções, capaz de contemplar do simples ao sofisticado, verificando sempre 
orçamentos e prazos, dentro de um canteiro de obras limpo e com mínima capacidade de 
produção de resíduos. 
As peças pré-fabricadas são apenas encaixadas (montagem) pelos operários na obra, 
isto é, sem a preocupação de bater lajes, enfileirar tijolos, com idas e vindas de baldes de água 
para misturar argamassa. O sistema reduz o prazo da construção e coloca ponto final no 
desperdício. 
O processo de fabricação de galpões de concreto tem como entrada: as matérias 
primas (ferro, areia, brita, água, cimento, molde), a conversão (onde existe um processo de 
transformação do concreto, onde o mesmo é misturado e curado) e a saída (onde as peças pré-
fabricadas estão prontas para serem transportadas e montadas no local desejado). 
Concreto é a mistura de água, cimento, areia e pedra britada, em proporções 
prefixadas, que forma uma massa compacta e endurece com o tempo. O Concreto armado em 
sua massa dispõe-se em armaduras de metal para aumentar a resistência. 
De acordo com Munte (2004), galpões se caracterizam por estruturas em que 
predominam os grandes vãos livres para ocupação interna. Normalmente são estruturas sem 
pavimentos intermediários, protegidos por coberturas em telhas com suportes metálicos ou de 
concreto. 
Já empresa é um conjunto organizado de meios com vista a exercer atividade 
particular, pública, ou de economia mista, que produz e oferece bens e/ou serviços, com o 
objetivo de atender a alguma necessidade pessoal ou ambiental. 
No atual cenário do mercado da construção de peças de concreto como galpões, os 
ganhos não são mais decorrente simplesmente da atividade propriamente dita e de uma gestão 
financeira. O mais importante é que, com o amadurecimento do mercado-consumidor as 
exigências por ele ditas são de grande importância para as empresas atualmente, isto vem 
causando uma necessidade para as quais se faz necessário incorporar uma atividade de 
planejamento e controle da produção em seus empreendimentos. 
Neste sentido, tem-se como objetivo mostrar a importância do planejamento e 
controle da produção, na área de construção civil de peças de galpões de concreto pré-
fabricados, fazendo com que a empresa permaneça no mercado, vencendo os obstáculos por 
ele exigidos e também tendo alguma ação no sentido de melhorar a sua eficiência de 
processos e de controle em seus produtos. 
16 
 
 
Portanto, esse trabalho tem como finalidade: saber qual o Sistema de Planejamento 
e Controle da Produção que mais se adéqua a indústria da construção civil, no caso da 
fabricação de galpões em pré-fabricado em uma empresa de João Pessoa? 
 
1.2 JUSTIFICATIVA 
 
Nesta época de instabilidade vivenciada pelas empresas de construção, com 
especialidade em concreto, vem prevalecendo, em seu meio empresarial, uma necessidade de 
produzir peças de concreto que tenham uma boa qualidade por um preço justo, em face à cruel 
concorrência prevalecente no mercado atual. 
Mesmo com a crise nos EUA, segundo o presidente da Associação Brasileira das 
Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Luiz Antonio Nogueira de França, a 
expansão prevista para este ano, o crédito imobiliário deve atingir 2,3% do PIB e, no ano que 
vem 3,6%. Essa relação só chegaria a 10% do PIB em 2015 - ou seja, o espaço para 
crescimento ainda é enorme, garantem os especialistas. Segundo dado do setor de construção 
civil cresceu 8,8% no primeiro trimestre de 2008, comparado com mesmo período de 2007. A 
taxa de expansão é a maior desde o segundo trimestre de 2004 quando o PIB (Produto Interno 
Bruto) registrou 10,6%. Já o Brasil, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística), cresceu 5,8%. O crescimento em relação ao trimestre anterior foi de 0,7%, 
atingindo R$ 665,5 bilhões. 
Em março o SINDUSCON-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do 
Estado de São Paulo) anunciou que o setor deveria crescer 10,2% em 2008. Segundo a 
assessoriade imprensa do Sindicato, as projeções serão mantidas, pois o resultado registrado 
pelo IBGE está dentro das expectativas do setor. 
De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de João 
Pessoa (Sinduscon/JP), Irenaldo Quintans, a principal mola propulsora para esse 
desenvolvimento chama-se crédito bancário, que em 2007 teve um crescimento de 70% em 
relação ao ano anterior. Segundo Quintans, 2008 promete ser o ano da consolidação do 
crédito bancário, tanto ao construtor como ao consumidor final. 
Na cidade de João Pessoa – PB, onde a construção de galpões é uma atividade que 
vem crescendo nos dias atuais, devido ao bom gerenciamento, revelando ganhos e garantindo 
o controle da obra nas diversas etapas do empreendimento. Em vez da intensiva fiscalização, 
o gestor passa a traçar metas e acompanhar resultados. E esse crescimento vem causando 
17 
 
 
alguns desconfortos para as empresas, necessitando assim de mudanças devido às 
necessidades do mercado. 
A construção civil contribui muito para o desenvolvimento sócio-econômico 
regional por interferir em vários setores produtivos, além de ser um seguimento industrial 
gerador de empregos. Mesmo com graves problemas no aspecto de planejamento, organização 
e controle da produção, a construção civil vem crescendo na Paraíba cerca de 8%, segundo o 
sindicato da construção civil. 
A previsão para o primeiro trimestre de 2009 é a parte mais delicada, segundo o 
(Sinduscon/JP), o presidente da República afirmou que: “A crise abre um leque de 
oportunidades.” E mesmo com a crise o setor da construção civil já vem crescendo devido ao 
incentivo de crédito bancário para este primeiro trimestre de 2009. 
Na construção civil, no subsetor de edificações, na fabricação de galpões, este 
processo de planejamento e controle da produção é bastante deficiente devido a sua 
complexidade. Segundo Souza e tal (1995), a cadeia produtiva da construção civil é bastante 
complexa e heterogênea, isto é, há uma grande diversidade de agentes intervenientes e de 
produção parciais geradas ao longo do processo de produção, os quais afetarão na qualidade 
do produto final. 
Sob a ótica de Slack et al(1997) uma boa qualidade reduz custos de retrabalho, 
refugo e devoluções e, mais importante, gera consumidores satisfeitos. 
Em busca de uma melhor redução de custo deve haver uma avaliação que vai desde 
o mercado fornecedor até o mercado consumidor e ,esta meta está relacionada ao processo de 
fabricação pelo qual o produto passa, sendo assim melhor inspecionado até chegar ao seu 
consumidor. 
Considerando as falhas e inúmeros problemas existentes no processo de 
planejamento, programação e controle da produção, decidiu-se abordar o processo de 
fabricação e a função produção como ferramentas de melhoramento da programação e 
controle da produção. 
O processo de produção na construção civil tem um alto grau de complexidade e 
incertezas, fazendo com que o nível de perdas seja bastante elevado. O planejamento e o 
controle devem ser considerados, pelas empresas, como ferramentas que propiciam a 
introdução de melhorias no processo da produção, tendo o objetivo de auxiliar o gerente no 
desempenho das suas funções, facilitando a comunicação entre os diferentes agentes da 
produção e dando transparência aos processos de tomada de decisão (ALVES, 2000). 
18 
 
 
Sobre este aspecto, constata-se que o planejamento e controle da produção na 
construção civil precisa ainda de grandes avanços para torna-se eficiente nas questões da 
produtividade e qualidade de suas obras. Segundo Saldanha (1997) as programações das obras 
são realizadas para por em prática o planejamento pré- obra. 
Em se tratando de níveis operacionais, o procedimento do sistema de produção, 
torna-se mais eficaz na elaboração da programação da produção, em relação ao planejamento 
e controle das atividades, as quais saem da teoria e caem na prática do processo produtivo. 
O tema sugerido tem como importância o presente crescimento do setor da 
construção civil na cidade de João Pessoa, segundo importantes indicadores que confirmam o 
bom desempenho deste setor. Havendo desta forma um entrosamento entre a demanda e a 
oferta. Segundo são os números do Sindicato da Indústria da Construção Civil da Paraíba 
(Sinduscon-PB) que apontam para um crescimento de 9% para o segundo trimestre de 2008. 
Este crescimento se dá às vantagens e benefícios que a fabricação de galpão em pré-
fabricado possui, dentro os benefícios e vantagens podemos citar: a garantia de rapidez à obra; 
redução e eliminação de diversos custos indiretos ou de difícil contabilização; maior 
confiabilidade no cumprimento do cronograma; obra sem desperdício, ociosidade e risco de 
desvios de compra; menor estrutura administrativa, redução das horas do pessoal exposto ao 
risco; garantia de qualidade; obra limpa e menor dano possível ao meio ambiente e maior 
organização do canteiro de obras. 
Portanto, através dos métodos de PCP juntamente com a função produção traremos 
o maior fluxo de informação acerca do processo de fabricação, estoque, ordem de produção, 
quantidade a ser produzida e etc, em galpões de concreto em uma empresa de João Pessoa, 
com objetivo de visualizar a organização da empresa estudada, verificar qual é o melhor 
arranjo físico e, por sua vez, identificar qual é o melhor tipo de sistema de PCP a empresa se 
adéqua, a fim de ter soluções para que esta empresa tenha uma boa estratégia de mercado, 
conseguindo assim concorrer com suas armas e ferramentas deste mercado que é tão 
disputado na cidade. 
 
1.3 OBJETIVOS 
 
1.3.1 Objetivo Geral: 
 
19 
 
 
Identificar qual o sistema de Planejamento e Controle da Produção que mais se adéqua 
a indústria da construção civil, no caso da fabricação de galpões em pré-fabricados em 
uma empresa de João Pessoa. 
 
1.3.2 Objetivos Específicos: 
 
• Levantar toda a bibliografia sobe o assunto. 
• Verificar a organização de uma empresa fabricadora de galpões de concreto. 
• Conhecer o fluxo de informação e produção existente. 
• Examinar o processo de fabricação e o arranjo físico da empresa. 
• Estabelecer o sistema de Planejamento e Controle da Produção na empresa estudada. 
 
1.4. ESTRUTURA DO TRABALHO 
 
O presente trabalho está dividido em quatro capítulos, que serão descritos a seguir: 
O 1º Capítulo abordou a formulação do tema e do problema, da justificativa da 
pesquisa e dos objetivos do trabalho. 
O 2º Capítulo trata das temáticas referentes ao Planejamento e Controle da 
Produção, como também Programação e funções do PCP. 
O 3º Capítulo apresenta a metodologia utilizada na elaboração da pesquisa, que tem 
um caráter exploratório-descritivo e é de natureza qualitativa. Apresenta-se, também, a região 
onde foi realizada a pesquisa de campo. 
No 4º Capítulo é feita a descrição dos resultados da pesquisa e a discussão dos 
mesmos, finalizando com uma proposta de estabelecer um sistema de PCP que mais se adéqua 
a empresa estudada. 
O 5º Capítulo encerra o trabalho de graduação com as conclusões da pesquisa. 
20 
 
 
2. CAPÍTULO - EIXO TEMÁTICO DA PESQUISA 
 
 
O assunto abordado no eixo temático será dividido em itens e subitens nos 
capítulos, direcionados com acompanhamento do orientador e com embasamento 
fundamentado em eixo temático. Segue em seguida os principais assuntos desenvolvidos no 
trabalho. 
 
2.1 ADMINISTRAÇÕES DA PRODUÇÃO 
 
Segundo Villar, Nóbrega e Silva (2008), a administração pode ser definida como: “a 
arte e a ciência relacionadas com o planejamento, direção e controle do trabalho de seres 
humanos, com vistas a um fim específico, de acordo com políticas aceitas”. 
De acordo com Morreia (1996), administração da produção e operações é aquela 
atividade orientada para a produção de um bem físico ou a prestação de um serviço. 
Visto que Slack et al (1997) define o termo produção como sendo a transformação 
de inputse outputs, este mesmo classifica os inputs em recursos transformados (materiais, 
informações e consumidores) e em recursos transformadores (instalações e funcionários). Já 
os outputs correspondem aos bens e/ou serviços produzidos pelas empresas e ofertados aos 
consumidores. Resumidamente, pode-se afirmar que o ato de produzir implica em 
transformar. Pode-se, assim, afirmar que a produção está relacionada com a capacidade de 
interligar os diversos recursos empresariais, tais como: mão-de-obra, matéria-prima, 
informações, entre outros, de modo a gerar um bem ou um serviço. Essa transformação 
significa uma mudança em um insumo de um estado inicial para um estado final desejado. 
 
2.2. PROCESSO 
 
O processo é um conjunto de atividades inter-relacionadas que transformam um 
fluxo de informação e/ou material em uma produção global, necessárias para alcançar o 
objetivo comum da empresa. 
Segundo Slack (1997), processo é qualquer operação que utiliza recursos para 
mudar o estado ou condição de inputs para produzir outputs, que podem ser bens ou serviços, 
ou um misto dos dois. Seu esquema está demonstrado na Figura 1. 
 
21 
 
 
 
Processo de Transformação de Input em Output 
Fonte: Slack, 1997 
 
2.3 FUNÇÃO PRODUÇÃO 
 
Em microeconomia, uma função produção expressa a relação entre as entradas 
(inputs) e as saídas (outputs) de uma organização,ou seja, descreve, de forma gráfica ou 
matemática, os outputs que deverão ser obtidos da combinação de diferentes quantidades de 
inputs. Particularmente, ela mostra a maior quantidade possível de output que pode ser 
produzida por unidade de tempo, com todas as combinações de inputs, dados fatores inerentes 
ao processo e o estado da tecnologia disponível. Funções produção únicas podem ser 
construídas para cada tecnologia de produção. 
A função produção pode ser definida como a especificação das mínimas 
necessidades de input necessárias para produzir determinadas quantidades de output, dada a 
tecnologia disponível. É através dela que podemos observar as necessidades mínimas e 
necessárias para a produção de bens ou serviços. 
Segundo Villar, Nóbrega e Silva (2008), a função produção pode ser definida como 
a especificação das mínimas necessidades de input necessárias para produzir determinadas 
quantidades de output, dada a tecnologia disponível. Isso é apenas uma reformulação da 
definição acima. A função produção não compreende apenas as operações de fabricação e 
montagem de bens, mas também as atividades de armazenagem, movimentação, 
entretenimento, aluguel etc., quando estão voltadas para as áreas de serviços. 
 
 
 Insumos Conversão Saídas 
Capital Transformar Bens 
Trabalho Alugar Serviços 
Materiais Transportar 
 
 
Fonte Villar, Nóbrega e Silva (2008) 
 
Quadro relacionado ao tipo de operação e ao seu sistema de Produção, como cita 
Villar, Nóbrega e Silva. 
 
 
22 
 
 
Tabela Operações Produtivas 
Tipos de 
Operações 
Sistemas Produtivos 
Produção de Bens Manufaturas, construção civil, estaleiros, 
minerações, agropecuárias. 
Movimentação e 
Armazenagem 
Correio, hotelaria, transportadoras. 
Entretenimento e 
Comunicação 
Estações de TV e rádio, clubes, estúdios de 
cinema, telecomunicações. 
Aluguel, permuta e 
empréstimo 
Banco, operadoras de leasing, seguradoras, 
locadoras. 
Fonte Villar, Nóbrega e Silva (2008) 
 
2.4. SISTEMA DE PRODUÇÃO 
 
O estudo detalhado de um objeto ou fenômeno, freqüentemente, requer a elaboração 
de uma classificação dos seus tipos ou variações existentes. O objetivo principal de uma 
classificação é ajudar a entender o objeto em estudo, de maneira que possam ser estabelecidas 
relações entre características inerentes observadas, ferramentas de análise apropriadas, 
problemas típicos, soluções particulares, e outras categorias com cada uma das classes e 
subclasses propostas. 
Uma das utilidades das classificações dos sistemas de produção é permitir 
discriminar grupos de técnicas de planejamento e gestão da produção apropriada a cada tipo 
particular de sistema, o que racionaliza a escolha e a tomada de decisão sobre qual delas 
adotar em determinada circunstância e facilita, sobre maneira, a apresentação didática deste 
assunto. 
Revisando a literatura disponível percebe-se que existem diversas maneiras de 
apresentar as classificações dos sistemas de produção e definir um sistema de produção. 
Segundo Harding (1981) que define sistema de produção como sendo um conjunto 
de partes inter-relacionadas, as quais quando ligadas atuam de acordo com padrões 
23 
 
 
estabelecidos sobre inputs (entradas) no sentido de produzir outputs (saídas), onde este 
sistema é planejado pelos quais os insumos são transformados em produtos acabados. 
Moreira (1996) define sistema de produção como sendo um conjunto de atividades 
e operações inter-relacionadas envolvidas na produção de bens (caso de indústria) ou serviços. 
De acordo com Russomano (1996), sistema de produção é um processo planejado, 
pelos quais elementos são transformados em produtos úteis, ou seja, um procedimento 
organizado para se conseguir a conversão de insumos em produtos acabados. 
 
2.5 CLASSSIFICAÇÃO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO 
 
Segundo Villar, Nóbrega e Silva (2008) classificam-se as empresas industriais pelo 
tipo de produção empregada em seus dois tipos básicos que se desdobram em três, a saber: 
 
 
 
 
 
 
 
Na produção contínua, visualiza-se facilmente um único fluxo de transformação das 
matérias-primas em produtos acabados. Por outro lado, no tipo de produção intermitente, não 
se visualiza facilmente esse fluxo de produção único. 
Na produção intermitente repetitiva, a fábrica produz artigos padronizados em lotes 
repetitivos, os quais serão colocados em lojas de revendedores à disposição dos 
consumidores. Às vezes, um mesmo modelo de produto acabado é produzido ao longo de 
anos a fio, sofrendo apenas pequenas alterações de forma, nesse ponto assemelhando-se à 
produção contínua. Na produção sob encomenda a fábrica produz artigos especiais indicados 
pelo consumidor (no caso um cliente) e somente inicia a produção depois de receber um 
pedido de compra. 
Tipos de Produção 
 
Contínua 
Intermitente 
Repetitiva 
Sob encomenda 
24 
 
 
Segundo Tubino (1997) discute-se de maneira mais ampla as classificações dos 
sistemas de produção, identifica-se o critério que serve de base para três delas. 
a) pelo grau de padronização: 
• Sistemas que produzem produtos padronizados: bens ou serviços que 
apresentam alto grau de uniformidade e são produzidos em grande escala; 
• Sistemas que produzem produtos sob medida: bens ou serviços 
desenvolvidos para um cliente específico. 
b) pelo tipo de operação: 
• Processos contínuos: envolvem a produção de bens ou serviços que não 
podem ser identificados individualmente; 
• Processos discretos: envolvem a produção de bens ou serviços que não 
podem ser isolados, em lotes ou unidades, e identificados em relação aos demais. 
Podem ser subdivididos em: 
• Processos repetitivos em massa: produção em grande escala de produtos 
altamente padronizados; 
• Processos repetitivos em lote: produção em lotes de um volume médio 
de bens ou serviços padronizados; 
• Processos por projeto: atendimento de uma necessidade específica dos 
clientes, o produto concebido em estreita ligação com o cliente que tem uma data 
determinada para ser concluído. Uma vez concluído, o sistema de produção se volta 
para um novo projeto. 
c) pela natureza do produto: 
• Manufatura de bens: quando o produto fabricado é tangível; 
• Prestador de serviços: quando o produto gerado é intangível; 
 
2.6 ORGANIZAÇÕES DA EMPRESA 
 
Segundo Villar,Nóbrega e Silva (2008), qualquer empresa industrial necessita 
exercer três funções gerenciais básicas para cumprir seu objetivo: transformar materiais em 
25 
 
 
produtos acabados (produção); conseguir recursos para financiar sua produção (finanças); 
colocar seus produtos à disposição de seus consumidores (vendas). 
Para que isto ocorra, é preciso uma boa organização da empresa a qual pode ser 
organizada em três tipos (linear, funcional e mista) 
Linear é uma decorrência do princípio da unidade de comando: significa que cada 
superior tem autoridade única e absoluta sobre seus subordinados e que não a reparte com 
ninguém. 
A organização funcional é a estrutura organizacional que aplica o princípio 
funcional ou princípio da especialização das funções. Todas as funções que são criadas para 
colaborar com as funções de linha e que as assessoram de forma especializada, a fim de 
atingir os objetivos da empresa, são de staff ou de assessoramento. Se uma organização é 
estruturada para aproveitar ao máximo os conhecimentos dos distintos especialistas em cada 
tema, tem-se uma organização funcional. 
A organização mista é uma estrutura organizacional onde os órgãos de staff 
assessoram os órgãos de linha por meio de sua especialização técnica. Enquanto os 
especialistas de staff se aprofundam em um determinado campo de atividades, os gerentes de 
linha tornam-se os detentores da hierarquia da organização. 
 
2.7 ARRANJOS FÍSICOS 
 
O estudo do arranjo físico é de fundamental importância na otimização das 
condições de trabalho, aumentando tanto o bem estar como o rendimento das pessoas. 
O layout corresponde ao arranjo dos diversos postos de trabalho nos espaços 
existentes na organização, envolvendo além da preocupação de melhor adaptar as pessoas ao 
ambiente de trabalho, segundo a natureza da atividade desempenhada, a arrumação dos 
móveis, máquinas, equipamentos e matérias primas. 
Num sentido amplo corresponde à distribuição física de elementos em determinado 
espaço, no intuito de atender satisfatoriamente às necessidades dos clientes, fornecedores e 
funcionários, interagindo-os com o ambiente organizacional e conseqüentemente aumentando 
a produtividade e reduzindo custos. 
“Uma boa disposição de móveis e equipamentos faculta maior eficiência aos fluxos 
de trabalho e uma melhoria na própria aparência do local.” (CHILENATO FILHO, 1987, 
p.86). 
26 
 
 
A aparência, tanto da disposição física como das pessoas nela inserida é, sem 
dúvida alguma, o chamativo dos clientes que influenciam diretamente no processo de 
produtividade da empresa. 
A redução da fadiga também se insere no quadro de objetivos do arranjo físico, pois 
a existência desta pode revelar uma disposição inadequada das condições de trabalho. De 
acordo com Heméritas (1998, p.129), “fadiga é a diminuição reversível da capacidade 
funcional de um órgão ou de um organismo em conseqüência de uma atividade”. Tal sensação 
pode ser provocada pelo esforço despendido e pelo mau uso do ambiente, podendo ser tanto 
muscular, como mental ou neuro-sensorial. 
Além da interação entre espaço físico e fator humano o layout deve ser flexível a 
fim de que possa ser alterado sempre que seja necessário. Afinal sabe-se que no atual contexto 
global, as mudanças, seja no aspecto social, cultural, financeira, política e administrativa, são 
cada vez mais constantes e vulneráveis. 
Luís Oswaldo Leal da Rocha (1987, p.244), em sua obra Organização & Métodos, 
divide o layout em basicamente dois tipos: o burocrático e o industrial. 
O burocrático é usado no rearranjo de áreas de trabalho burocrático, auditórios, 
salas de aula, comércio varejista e/ou atacadista, escritórios. 
O industrial é mais complexo, pois depende do movimento existente na área de 
transformação da indústria. Nesse contexto, agrupam-se o layout por produto, por processo ou 
posicional. 
Layout por produto - nesse tipo de layout o processo de produção é contínuo, 
sendo que o produto a ser transformado movimenta-se enquanto as máquinas permanecem 
fixas. 
[...] os equipamentos são dispostos ao longo de uma linha, segundo a seqüência das 
operações, levando o material ou a matéria prima, partindo de uma extremidade, a se 
movimentar lentamente ao longo desses equipamentos, sendo trabalhado sucessivamente até a 
ultimação do produto, na outra extremidade da linha. (CURY, 2000, p.395). 
Layout por processo - o processo de produção é intermitente ou em série, sendo 
que as máquinas são agrupadas conforme a natureza da operação que é executada. Esse tipo 
de layout assegura maior controle na operação de produtos de alta precisão. Segundo 
Heméritas (1998, p.139), “o material movimenta-se”. 
Layout posicional - nesse caso o produto final não se movimenta, ficando o 
encargo aos operadores e máquinas. É usado geralmente quando a produção é pequena e o 
custo para movimentação do produto é muito alto. 
27 
 
 
Planejar uma reestruturação de layout requer um estudo minucioso da situação atual 
do ambiente organizacional. O levantamento de dados, conforme Cury (2000, p.387), “é a 
fase em que [...] há a familiarização com o plano de organização e os principais 
procedimentos adotados”. 
Nesse processo então, verifica-se as seguintes etapas: 
→ estudo do local; 
→ estudo das divisões, móveis e equipamentos; 
→ estudo do ambiente. 
No estudo do local, verifica-se basicamente toda a infra-estrutura do espaço, bem 
como sua adequação ao ponto de localização. É importante a planta baixa do local para que se 
possa ter uma visão geral do espaço, suas divisões e disposições. 
Arranjo Físico Celular as máquinas são agrupadas em células e funcionam de uma 
forma bastante semelhante a uma ilha de layout por processo (job shop). O fluxo de materiais 
e peças tende a ser mais similar a um layout por produto do que a uma job shop (por isso é 
considerado uma combinação destes dois tipos de arranjo físico). 
Arranjo Físico misto a maioria das instalações de manufatura usam uma 
combinação de tipo de arranjo físico. Departamentos são organizados de acordo com os tipos 
de processos, mas o produto flui através de um layout por produto. 
Segundo Villar e Nóbrega (2004), define arranjo físico como um estudo sistemático 
que procura uma combinação ótima das instalações industriais que concorrem para a 
produção, dentro de um espaço disponível. 
Ainda Villar, Nóbrega e Silva (2008) visam que o objetivo principal da elaboração 
de um arranjo físico é a elevação da produtividade com conforto, segurança, qualidade e 
preservação do meio ambiente e concorrem para o aumento da produção e a redução de 
custos, ou seja, tudo no sentido de influenciar positivamente a produtividade. 
Rocha (2002) afirma o que define o tipo de arranjo físico é a quantidade e a 
variedade que vai ser processada, a empresa organiza seu arranjo físico em varias maneiras 
formando os seguintes tipos de layout, abaixo: 
• Em linha ou por produto 
• Funcional ou por processo 
• Celular 
• Fixo ou posicional 
28 
 
 
Segundo Rocha (2002), o arranjo linear é utilizado na fabricação de produtos 
padronizados e repetitivos, atendendo a uma demanda elevada e estável. Muito utilizados nos 
processos empregados na produção em grande escala de produtos altamente padronizados 
como processos repetitivos em massa, fazendo com que seus projetos tenham poucas 
alterações, Cita Villar e Nóbrega (2004). 
Segundo Rocha (2002), o arranjo físico funcional, também chamado como layout 
funcional, trabalha com variedade de produtos personalizados em lotes relativamente 
pequenos, usam máquinas de uso geral, que podem ser usadas rapidamente para novas 
operações. 
Ainda para Rocha (2002), o arranjo físico celular as máquinas são agrupas em 
células e forma uma estrutura muito semelhante a uma ilha. Martins (1999) afirma que a 
célula de manufatura consiste em arranjar em só local maquinas diferentes que possam 
fabricar o produtointerior. 
Afirma Rocha (2002), que arranjo físico posicional caracteriza-se por fixar o 
produto e movimentar matérias, pessoas e ferramentas estando associada a uma produção 
muita baixa. Villar e Nóbrega (2004) lembram que onde matérias, máquinas, equipamentos e 
pessoas se deslocam para o produto em processo de fabricação é caracterizado como sendo 
arranjo físico posicional. 
 
2.8 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO 
 
Aspectos importantes para uma produção eficiente e eficaz nunca foram tão 
exigidos e cumpridos por consumidores e produtores como as vivenciadas atualmente. Na 
ótica de Russomano (2000), a competitividade global aumenta os parâmetros de exigências 
dos consumidores em relação aos principais critérios de desempenho da produção (melhoria 
da qualidade, flexibilidade, cumprimento do prazo de entrega, menores custos). Segundo 
pesquisas de instituições mundiais, os sistemas de planejamento e controle da produção em 
um papel importante para as empresas obterem um melhor desempenho frente à concorrência 
global. 
Para atingir seus objetivos e aplicar adequadamente seus recursos, as empresas não 
produzem ao acaso, nem funcionam improvisadamente. Elas precisam planejar e controlar 
adequadamente sua produção. Para isto existe o planejamento e controle da produção (PCP). 
29 
 
 
Zacarelli (1979) denomina o PCP como Programação e Controle da Produção, 
definindo-o como "... um conjunto de funções inter-relacionadas que objetivam comandar o 
processo produtivo e coordená-lo com os demais setores administrativos da empresa". 
Russomano (1995) considera o PCP um elemento decisivo na estratégia das 
empresas para enfrentar as crescentes exigências dos consumidores por melhor qualidade, 
maior variação de modelos, entregas mais confiáveis. Por isso, a necessidade de se buscar 
uma maior eficiência nos sistemas de PCP. 
Para Burbridge (1988): “o objetivo do PCP é proporcionar uma utilização adequada 
dos recursos, de forma que produtos específicos sejam produzidos por métodos específicos, 
para atender um plano de vendas aprovado.” 
Segundo Villar, Nóbrega e Silva (2008) o planejamento da produção resulta em um 
Plano de Produção a ser cumprido pela organização, onde é definida programação como 
sendo um planejamento de curto e médio prazo a fim de que se obtenha ao final do período o 
planejamento para o longo prazo. Em termos gerais, é o processo de estabelecer momentos de 
se realizar atividades em busca de se alcançar o objetivos no processo de planejamento. Da 
mesma forma Slack et al. (1997) diz que o propósito do PCP é garantir que a produção ocorra 
de maneira eficaz e produza bens e serviços conforme planejado. 
As empresas esperam do PCP um roteiro em que os departamentos interligados 
através de um fluxo de informação exerçam suas tarefas corretamente. Onde a Engenharia do 
Produto faça a tarefa de projetar os produtos, através de desenhos e suas especificações, a 
engenharia industrial faça a tarefa de demonstrar como o mesmo será montado, por meio de 
peças e componentes e determinar de forma pratica os métodos de fabricação de cada 
componente ou peça a serem fabricadas. 
De maneira geral, o PCP exerce cinco funções: 
• Gestão de estoques; 
• Emissão de ordens; 
• Programação de ordens de fabricação; 
• Movimentação de ordens; 
• Acompanhamento da produção. 
30 
 
 
 
Através da gestão de estoque o PCP garante que a produção abastecida de matérias-
primas, peças, acessórios, materiais auxiliar e outros estejam sempre abastecidos, sempre 
disponíveis no momento exato e na quantidade desejada. Cabendo assim ao PCP que não falta 
nunca material essencial a produção e evitar também estoques desnecessários que atrapalhem 
a produção. 
A emissão de ordem de compras ou de fabricação consiste na preparação do 
Programa de Produção e na tomada de providências para se ter, a tempo, todos os itens 
necessários a esse programa, tais como: matérias-primas, peças compradas, peças fabricadas e 
produtos acabados. 
A movimentação das ordens de fabricação em grandes seções de fabricação, onde 
os operários executam inúmeras operações em varias máquinas, são realizados por 
especialistas. 
A Programação de Ordens de Fabricação determinam as quantidades de produtos a 
serem produzidas as máquinas as sarem utilizadas, o operário encarregado pela fabricação, as 
operações necessárias e o prazo de conclusão do produto. 
O Acompanhamento da Produção consiste da comparação do que foi programado 
com o que foi produzido e a ação de corrigir ou fazer corrigir a anomalia entre os dois. 
Em um sistema de manufatura, toda vez que são formulados objetivos, é necessário 
formular planos de como atingi-lo, organizar recursos humanos e físicos necessários para a 
ação, dirigir a ação dos recursos humanos sobre os recursos físicos e controlar esta ação para a 
correção de eventuais desvios. No âmbito da administração da produção, este processo é 
realizado pela função de Planejamento e Controle da Produção (PCP). 
Sendo assim, pode-se considerar o PCP como um elemento central na estrutura 
administrativa de um sistema de manufatura, passando a ser um elemento decisivo para a 
integração da manufatura. 
No entanto, independente do sistema de manufatura e estrutura administrativa, um 
conjunto básico de atividades de PCP deve ser realizado. Estas atividades são necessárias para 
a consecução dos objetivos do PCP, mas não necessariamente deverão estar todas sendo 
31 
 
 
executadas numa área específica. Isto dependerá da configuração organizacional adotada pelo 
sistema de manufatura (Martins, 1993). 
No Planejamento e Controle da Produção há três níveis hierárquicos de 
planejamento (estratégico tático e operacional). A programação da produção é parte da última 
etapa do PCP. Desenvolvida no nível operacional em função do planejamento formulado nos 
níveis estratégico e tático. Dessa forma, faz-se necessário também criar algumas 
considerações das atividades desenvolvidas pelo PCP nestes dois níveis hierárquicos 
antecessores ao nível operacional. 
Segundo Tubino (2000), em relação às atividades desenvolvidas pelo PCP em um 
sistema produtivo, ao serem definidas suas metas e estratégias, faz-se necessário formular 
planos para atingi-las, direcionar a ação dos recursos humanos sobre os físicos e acompanhar 
esta ação, permitindo a correção de prováveis desvios. No conjunto de funções dos sistemas 
de produção aqui descritos, essas atividades são desenvolvidas pelo Planejamento e Controle 
da Produção (PCP). 
A empresa definindo seus objetivos e estratégias tornam-se necessário elaborar uma 
estratégia de produção em sintonia com as das demais áreas (marketing e finanças) da 
organização, para que estas interajam e sejam alcançados os objetivos da empresa. 
A partir do conhecimento e definição tanto dos critérios de desempenho, quanto das 
políticas a serem adotadas pela empresa nas áreas de decisão do sistema produtivo, através do 
planejamento e controle da produção são realizadas a coordenação e aplicação dos recursos 
produtivos de forma a atender da melhor maneira possível aos planos estabelecidos em níveis 
estratégico, tático e operacional (Tubino, 2000). 
Nível estratégico: são definidas as políticas estratégicas de longo prazo da 
organização, o PCP participa da formulação do planejamento estratégico da produção, que 
consiste em elaborar um plano de produção para um período estabelecido (longo prazo) 
Conforme as estimativas de vendas e a disponibilidade de recursos financeiros e produtivos. 
Neste nível, o plano de produção é pouco detalhado, tendo como finalidade possibilitar a 
adequação dos recursos produtivos à demanda esperada dos mesmos. 
Nível tático: são estabelecidos os planos de médio prazo para a produção, o PCP 
elabora o planejamento- Mestre da produção um plano-Mestre de produção (PMP) de 
produtos finais, detalhado em médio prazo, período a período, a partirdo plano de produção, 
em função das previsões de vendas de médio prazo. Criando este PMP inicial, o PCP deve 
32 
 
 
analisá-lo quanto às necessidades de recursos produtivos com a finalidade de identificar 
possíveis gargalos que possam inviabilizar esse plano em sua execução em curto prazo. 
Nível operacional: são elaborados os programas de curto prazo de produção e 
realizado o acompanhamento destes, o PCP prepara a programação da produção, em função 
do plano-mestre de produção (PMP) e dos registros de controle de estoques, estabelecendo em 
curto prazo quando e quando comprar, fabricar ou montar de cada item necessário à 
composição dos produtos finais. Com base na disponibilidade dos recursos produtivos, a 
programação da produção encarrega-se de fazer o seqüenciamento das ordens emitidas, de 
forma a aperfeiçoar a utilização dos recursos. É neste nível que ocorre a produção 
propriamente dita, em função do planejamento realizado nos níveis estratégico e tático. 
Neste aspecto das áreas de decisões, Davis et al (2001) considera que estas dividem 
a estratégia de produção em duas categorias principais: 1 – elementos estruturais – 
localização, capacidade, integração vertical e escolha de processos (todos estes são 
considerados de longo prazo ou estratégicos em natureza); 2 – elementos infra - estruturais – 
recursos humanos, qualidade, planejamento e controle da produção e estrutura organizacional 
(todos estes são considerados de médio prazo ou táticos em natureza). 
Segundo Davis et al (2001), as decisões gerenciais no sistema produtivo podem ser 
divididas em três: 
Decisões estratégicas (de longo prazo), em relação a questões de natureza muito 
ampla, como: localização da fábrica, capacidade necessária, quando aumentar a capacidade. 
Decisões táticas (de médio prazo), adequação eficiente de materiais e mão-de-obra 
para a produção, dentro das restrições das decisões estratégicas anteriormente tomadas. 
Decisões de planejamento operacional e de controle (curto prazo), seguindo a 
hierarquia das áreas, as decisões neste nível são muito restritas e de curto prazo, sendo em 
relação a que tipo de tarefa será realizado no dia ou semana, que trabalhamos têm prioridade, 
etc 
Com as considerações em função das atividades do planejamento dentro dos níveis 
hierárquicos, para execução destas atividades, há dois pré-requisitos fundamentais 
(Russomano, 2000): 
Planejamento da capacidade – compatibilidade entre facilidades industriais e de 
recursos financeiros com o programa de vendas acelerado. É considerado o programa de 
produção para um determinado período, normalmente um ano, em função da previsão de 
vendas, da capacidade de produção e dos recursos financeiros disponíveis. 
33 
 
 
Roteiro da produção – conhecimento detalhado do produto acabado (especificações, 
detalhes técnicos do processo produtivo), isto é, fluxograma do produto acabado, relação geral 
das peças, seqüenciais de operações, folhas de matérias-primas e folhas de máquinas, que o 
PCP, de posse dessas instruções, repassa-as para o setor de produção e o de compras, para as 
devidas providências. 
Segundo Villar, Nóbrega e Silva (2008), planejamento e controle da capacidade é a 
atividade que tem como objetivo calcular a carga de cada centro de trabalho para cada período 
no futuro, visando prever se o chão-de-fábrica terá capacidade para executar um determinado 
plano de produção para suprir uma determinada demanda de produtos ou serviços. 
O Planejamento da Capacidade fornece informações que possibilitam: a viabilidade 
de planejamento de materiais; obter dados para futuros planejamentos de capacidade mais 
precisos; identificação de gargalos; estabelecer a programação de curto prazo e estimar prazos 
viáveis para futuras encomendas. 
O Controle da Capacidade tem a função de acompanhar o nível da produção 
executada, compará-la com os níveis planejados e executar medidas corretivas de curto prazo, 
caso estejam ocorrendo desvios significativos. 
Os índices de eficiência, gerados pela comparação dos níveis de produção 
executados com os níveis planejados, permitem determinar a acuracidade do planejamento, o 
desempenho de cada centro produtivo e o desempenho do sistema de manufatura 
Segundo Villar e Nóbrega (2008) o roteiro de produção é o documento em que a 
engenharia estabelece o melhor método de produção de peças, dos subconjuntos e da 
montagem dos vários produtos acabados que fábrica produz assim entendido como aquele que 
o equipamento da fábrica e os operários disponíveis permitem. 
 
 
2.9 PROGRAMAÇÕES DA PRODUÇÃO POR PROCESSOS 
 
Há muitas formas de classificar os sistemas de produção, segundo Tubino (2000), as 
mais utilizadas são: por grau de padronização dos produtos; por tipo de operações e pela 
34 
 
 
natureza do produto. O sistema produtivo da construção civil está relacionado diretamente 
com a seguinte classificação: 
• Por tipo de operações (Processos por projeto) – estes processos são voltados 
para o atendimento de uma necessidade específica dos clientes, tendo data para 
ser concluído, em sua maior parte em relação à ociosidade enquanto a demanda 
por bens ou serviços não acontecer. 
Os processos de projetos, em sua maioria, segundo Slack et al. (1997), têm um 
longo prazo de execução do produto, como também um grande intervalo entre a conclusão de 
cada produto, caracterizado o processo de projeto, de baixo volume e alta variedade de 
produto. 
O PCP de processos por projetos busca seqüenciar as diferentes atividades do 
projeto. Uma das técnicas mais empregadas para planejar, seqüenciar e acompanhar projetos é 
a técnica PERT (Program Evaluation and Review Technique) / COM (Critical Path Method). 
Na analise de Russomano (2000), a coordenação de projetos é usualmente praticada 
com o auxilio da técnica PERT/CPM, sendo esta dividida em três fases: 
• Análise, que consiste na coleta preliminar de dados, construção do diagrama de 
rede e identificação dos elementos críticos do projeto; 
• Programação, que usa essas informações para gerir o projeto, considerado a 
maneira de alocar recursos mais eficientemente; 
• Controle que monitora o andamento do projeto, identificar desvios e cobra a 
correção dos mesmos. 
Outra técnica bastante utilizada para planejar, seqüenciar e acompanhar projetos é a 
técnica do Gráfico de Gantt. 
Sob a ótica de Russomano (2000), este gráfico pode ser utilizado para o controle da 
produção global, isto é, onde é realizada a comparação entre as quantidades complementadas 
de produtos ou serviços com as planejadas no Plano Mestre de Produção. Neste cronograma 
são assinaladas, simultaneamente, a programação e a produção realizada, havendo a 
comparação entre as duas. 
Segundo Slack et al (1997), o gráfico de Gantt tem um excelente impacto visual, 
sendo fácil de entender. Este gráfico torna-se útil para comunicar planos e posicionamento de 
projetos para as gerências do nível estratégico da empresa. 
35 
 
 
Segundo Villa, Nóbrega e Silva (2008), os tipos de produção intermitente sob 
encomenda, que buscam atender a demanda específica de um determinado cliente, que muito 
provavelmente não se repetirá nos próximos pedidos e que, particularmente, apresentam 
grande complexidade e longo lead time, têm como principal questão a ser resolvida a 
realização de uma boa programação que permita a alocação dos recursos disponíveis nos 
instantes que se fazem necessários no sentido de garantir a data de conclusão. As técnicas de 
programação podem ser do tipo: PERT, CPM 
As técnicas PERT (Program Evaluation and Review Technique) e CPM (Critical 
Path Method.), são bastante semelhantes, podem-se dizer que possuem a mesma estrutura. 
Ambas são adequadas para ajudar a controlar grandes e complexos projetos, o que não impede 
de que também sejam utilizadas em projetos pequenos e simples. Desde o surgimento, têm 
sido combinadas e usadas extensivamente para o planejamentode projetos e o controle dos 
mesmos. 
Ambas aplicam-se a três fases distintas na execução de um projeto. 
• No planejamento devem-se estabelecer as atividades a serem executadas para 
conclusão do projeto. 
• Na programação se estipula o tempo de execução de cada atividade. 
• No controle confronta-se a execução do projeto com o planejamento e a 
programação. 
Sob a ótica de Villar e Nóbrega (2008) CPM é uma técnica de caminho crítico 
determinística, ou seja, quando o tempo de execução das atividades não sofre variação. 
Utiliza-se esta técnica em duas situações distintas: uma atividade em que se conhece com 
precisão seu tempo de duração; ou, a bem da simplicidade, assume-se esta posição. 
Atualmente, são utilizados softwares para elaboração e cálculos dos aplicativos do 
PERT/CPM e do gráfico de Gantt, entre outras ferramentas de programação da produção em 
processos de projeto. Um exemplo é o software Microsoft Project da Microsoft Corp, 
utilizado na programação de projetos da construção civil. 
 
3.0 PROGRAMAS UTILIZADOS NO PCP 
 
As atividades de Planejamento e Controle da Produção podem atualmente ser 
implementadas e operacionalizadas através do auxílio de, pelo menos, três sistemas: 
 MRP / MRPII; 
36 
 
 
• JIT; 
• OPT 
 
3.1 MRP. 
 
Villar e Nóbrega (2008), o MRP (Planejamento das Necessidades de Materiais) é 
um sistema de inventário que consiste em tentar minimizar o investimento em inventário. Em 
suma, o conceito de MRP é obter o material certo, no ponto certo, no momento certo. Tudo 
isto através de um planejamento das prioridades e a Programação Mestra de Produção. 
As siglas em inglês MRP I e MRP II representam duas importantes etapas no 
processo evolutivo dos sistemas de administração da produção auxiliados por computador. A 
primeira delas, MRP I – Materials Requirements Planning ou Planejamento das Necessidades 
de materiais – foi cunhada no início da década de setenta por J. Orlicky no primeiro livro 
sobre esta nova técnica de planejamento da produção. 
Este sistema tem funções de planejamento empresarial, previsão de vendas, 
planejamento dos recursos produtivos, planejamento da produção, planejamento das 
necessidades de produção, controle e acompanhamento da fabricação, compras e 
contabilização dos custos, e criação e manutenção da infra-estrutura de informação industrial. 
Para Russomano (1995), os benefícios trazidos pelo MRP são: redução do custo de 
estoque; melhoria da eficiência da emissão e da programação; redução dos custos 
operacionais e aumento da eficiência da fábrica. 
Segundo Moreira (1993) uma técnica para programar a produção de itens de 
demanda dependente. 
A grande vantagem da implantação de um sistema de planejamento das 
necessidades de materiais é a de permitir ver, “rapidamente”, o impacto de qualquer 
replanejamento. Assim pode se tomar medidas corretivas, sobre o estoque planejado em 
excesso, para cancelar ou reprogramar pedidos e manter os estoques em níveis razoáveis 
O seu objetivo é a administração de materiais deve procurar melhorar 
continuamente a rotatividade de estoque, o atendimento ao cliente, a produtividade da mão de 
obra, a utilização da capacidade, custo de material, o custo do transporte e o custo do sistema. 
Ou seja, atender o cliente da melhor forma, com o menor investimento em estoque. 
 
 
37 
 
 
3.2 MRPII 
 
Segundo Villar, Nóbrega e Silva (2008), com a extensão do conceito de cálculo de 
necessidades ao planejamento dos demais recursos de manufatura e não mais apenas dos 
recursos materiais e para que ficasse claro que se tratava apenas de uma extensão do conceito 
do MRP original, o novo MRP passou a chamar-se MRP II, ou planejamento dos recursos de 
manufatura. O objetivo do MPRII é o cumprimento dos prazos de entrega dos pedidos dos 
clientes com mínima formação de estoques, planejando as compras e a produção de itens 
componentes para que ocorram apenas nos momentos e nas quantidades necessárias, nem 
mais, nem antes, nem depois. Desta forma, atingiu-se aquilo que muitos consideravam o 
estado da arte em termos de instrumentos de planejamento da produção, especialmente para 
os sistemas intermitentes. 
 
3.3 O JIT 
 
O Just in Time (JIT) surgiu no Japão aproximadamente na década de 70, na Toyota 
Motor Company. Esta empresa procurava um sistema de administração que pudesse 
coordenar a produção, com a demanda específica e com o menor atraso. 
O JIT é considerado uma filosofia, o que inclui aspectos de administração de 
material, gestão de qualidade, arranjo físico, projeto de produto, organização do trabalho e 
gestão de recursos humanos. 
Algumas expressões são geralmente usadas para traduzir aspectos da filosofia Just 
in Time: 
• Produção sem estoques; 
• Eliminação de desperdícios; 
• Manufatura de fluxo contínuo; 
• Esforço contínuo na resolução de problemas (Kaizen); 
• Melhoria contínua dos processos (Kaizen). 
38 
 
 
O sistema JIT tem como objetivo principal, o aprimoramento contínuo do processo 
produtivo. A busca desses objetivos é alcançada com a redução dos estoques. 
Os estoques são utilizados para evitar descontinuidades no processo produtivo, 
diante de problemas de produção, como: 
• Problemas de qualidade: quando se gera uma peça defeituosa, o estoque 
permite que os processos subseqüentes continuem; 
• Problemas de quebra de máquina: quando uma máquina pára, devido a algum 
problema, os estoques suprem os estágios posteriores que necessitam de peças dessas 
máquinas. 
• Problemas de preparação de máquinas: máquinas que demandam muito tempo 
de preparação (setup), produzem lotes em grandes quantidades, a fim de diluir o valor gasto 
na preparação da máquina, no valor unitário da peça. 
 
3.4 OPT 
 
Villar, Nóbrega e Silva (2008), o OPT é uma técnica de gestão de produção criada 
por um grupo de pesquisadores israelenses e que apesar de seu significado (Tecnologia de 
Produção Otimizada), o OPT não é uma técnica otimizante no sentido correto da palavra, pois 
a técnica é baseada em diversos procedimentos que devem ser efetuados corretamente para se 
atingir tal otimização. 
Na perspectiva de maximizar a eficiência das empresas foi esboçada pelo físico 
israelense Eliyahu Goldratt a teoria das restrições (TOC – Theory of Constraints), a qual pode 
ser considerada como uma variante ampliada do OPT (Optimized Production Technology). 
O OPT foi concebido como uma técnica de planejamento da produção, com ênfase 
na administração de gargalos e na sincronização da manufatura. Na forma de um software 
utilizado como ferramenta de gestão da produção aplicável em ambientes de manufatura, a 
TOC é considerada uma filosofia de tomada de decisão derivada da extrapolação dos 
fundamentos do OPT. 
De forma geral, pode-se observar que a abordagem do OPT parte do princípio 
fundamental de que a empresa deve ser visualizada não em partes isoladas, mas como um 
39 
 
 
sistema integrado. Mais especificamente, um conjunto de elementos entre os quais há algum 
tipo de ligação, relação e dependência. A principal, e talvez, a analogia mais importante do 
OPT sobre esta natureza sistêmica é a visualização da empresa como uma corrente. 
O OPT sedimenta-se em três pilares principais, estes princípios básicos são: 
• A meta de uma empresa é ganhar dinheiro hoje e sempre. 
• A empresa opera sempre com algum tipo de restrição. 
• A programação da produção deve ser feita levando-se em consideração a 
interdependência dos elementos do sistema, assim como as flutuações 
estatísticas e as restrições dos sistemas. 
 
 
 
40 
 
 
3. CAPÍTULO – A PESQUISA 
 
 
Neste capítulo é apresentada a metodologia utilizada, para viabilizar a elaboração de 
uma proposta citada anteriormente. Em seguida, esta descrita à identificação da área da 
pesquisa. 
3.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA 
 
3.1.1 Tipo de pesquisa 
 
Para a elaboração deste trabalho, optou-se pelo método descritivoe explicativo. O 
método descritivo descreve conceito sobre a função do PCP, organização empresarial, tipo de 
arranjo físico, planejamento estratégico, programação e controle da produção em uma 
empresa de Pré-Moldado localizada em João Pessoa-PB; já o explicativo explica os fatores 
que causam falta de técnicas de programação da produção e controle da produção na 
construção civil de Galpões em pré-fabricados. 
Quanto aos meios de investigação, esta pesquisa denomina-se: bibliográfica, estudo 
de caso e pesquisa de campo. 
Acerca a investigação bibliográfica, as fontes de investigações serão: livro, sites, 
monografias, trabalhos publicados em sites, fornecendo, assim, subsídios teóricos adicionais a 
esta pesquisa. 
O estudo de caso junto à pesquisa de campo será o meio mais trabalhoso, pois é 
necessário fazer um estudo aprofundado e exaustivo da empresa em comento. Assim, os 
detalhes envolvidos no processo de fabricação de galpões serão apreciados, como também a 
real situação em que vive a empresa. 
 
3.1.2 Seleção dos sujeitos 
 
A seleção do sujeito ocorrerá na área da construção civil no setor de edificações. Na 
empresa Módulo, com especialidade em estruturas Pré-Moldadas e Pré-fabricadas, fundada 
em 1978, com instalações localizadas no Distrito Industrial de João Pessoa no Estado da 
Paraíba, onde foram entrevistados os engenheiros, diretores, estagiários e pessoas 
relacionadas ao processo de fabricação das peças de concreto. 
 
3.1.3 Variáveis de investigação 
41 
 
 
 
As variáveis a serem utilizadas nesta pesquisa são referentes: à função do PCP na 
empresa (gestão de estoque, acompanhamento da produção, ordem de fabricação, 
programação e controle), fluxo de informação, planejamento, programação e controle da 
produção e o tipo de produção existente na empresa. 
 
3.1.4 Coleta de dados 
 
O processo de coleta de dados será realizado por meio de entrevistas e observações 
pessoais. A entrevista constará de um roteiro comum, conforme no anexo, a todos os 
entrevistados, os quais serão: engenheiros, diretores, estagiários e pessoas relacionadas ao 
processo de fabricação das peças de concreto. 
A fim de verificar a realidade existente sobre aplicações de algumas técnicas de 
planejamento e programação da produção empregada na empresa, é necessária a aplicação de 
outro tipo de coletada de dados, a qual será realizada por observações pessoais realizada em 
loco, através de detalhes colhidos no ambiente de trabalho, como também a movimentação de 
pessoas, peças, transporte de mercadorias e opiniões de alguns operários do setor de 
fabricação. 
Lembrando que essas informações são de formas primárias, uma vez que elas serão 
coletadas no presente estagio. Sendo essa coleta feita através de anotações diárias e semanais, 
a fim de haver um direcionamento das informações, facilitando assim a realização da 
pesquisa. 
 
3.1.5 Tratamento dos dados 
 
A análise dos dados foi feita com base na bibliografia pesquisada, analisando e 
interpretando-os, de maneira a responder os objetivos específicos propostos As informações 
coletadas como: a funções do PCP, o planejamento estratégico, técnicas de programação, 
arranjo físico, controle e organização da empresa, serão analisadas e comparadas com dados 
coletados com a bibliografia já citada no eixo temático da pesquisa. Para que isto ocorra 
perfeitamente será de grande importância a utilização de programas como: Word e Excel na 
versão do Windows XP para a concretização da pesquisa. 
 
 
42 
 
 
3.1.6 Limitações do método escolhido 
 
Em relação às limitações da abrangência, o trabalho deverá apresenta dados 
referentes ao modelo sistema de produção, programação e controle da produção aplicado ao 
estudo de caso. No qual o resultado obtido servirá de instrumento exclusivo para que a 
empresa estudada tenha diferencial e possa concorrer no mercado da construção civil no setor 
de edificações, especializado em peças pré-fabricadas de galpão de concreto, que nos últimos 
tempos vem sendo bastante concorrido em relação a outros setores existente no estado da 
Paraíba, inclusive na cidade de João Pessoa. 
 
 
 
 
43 
 
 
4. CAPÍTULO – APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 
 
 
Este Capítulo apresenta os resultados da pesquisa sobre o PCP na indústria da 
construção civil, o caso da fabricação de galpão em pré-fabricado em uma empresa de João 
Pessoa e discute tais resultados, embasados pela fundamentação teórica apresentada no 
capítulo dois deste trabalho de graduação. 
 
4.1 CARACTERIZAÇÕES DA EMPRESA. 
 
A empresa estudada é de origem paraibana, com atuação no mercado da indústria da 
construção civil apenas no subsetor de edificações, há mais de 29 anos. E sua área de atuação 
é o Estado da Paraíba, onde já construiu inúmeros galpões com diferentes tamanhos. A 
mesma possui também um tipo de produção por encomenda. 
A classificação do sistema produtivo é do tipo manufatura de bens, como a empresa 
possui um tipo de operação referente a processos por projeto, onde estes projetos são voltados 
para o atendimento de uma necessidade especifica dos clientes, tendo data de conclusão e 
entrega. 
O arranjo físico da empresa é do tipo celular, onde as máquinas e equipamentos são 
organizados de forma a facilitar o processo de fabricação, os funcionários são polivalentes, as 
células permitem visualização clara dos processos de produção facilitando o controle e 
supervisão. 
A estrutura organizacional da empresa é composta de quatro níveis hierárquicos: 
Diretor Presidente, Administração (Diretor Administrativo, Finanças, Vendas, Compras, 
Recursos Humanos), Engenheiro civil, Gerente e Operários da produção, conforme o 
organograma mostrado no Apêndice III. 
A empresa possui apenas um proprietário, o qual é Diretor da empresa e único 
responsável pelas decisões a serem tomadas. Este se reúne com o engenheiro civil e diretor 
administrativo para passar as decisões, como também debater assuntos e definições ao nível 
de planejamento estratégico e tático para um bom desempenho da empresa. 
O engenheiro civil é responsável pelo planejamento das peças pré-fabricadas. Dessa 
forma, ele elabora o planejamento tático e operacional, visando adequações entre o 
cronograma físico programado e o realizado. Em seguida, reúne-se com encarregados para 
passar as decisões tomadas pelo Diretor, como também define, a nível operacional, as ações 
necessárias para execuções das peças em relação ao cumprimento da programação da 
44 
 
 
produção. Com isto, o engenheiro, em conjunto com os encarregados, distribui tarefas para os 
operários de produção. 
Além dessas reuniões entre os níveis hierárquicos, há também reuniões com todos 
os integrantes da empresa (uma vez por semana) - do diretor aos operários da produção - nas 
quais são discutidos os assuntos variados, tais quais: andamento das peças, qualidade do 
serviço, execução, também em relação ao ambiente de trabalho e padronização dos processos 
a fim de que todos cumpram o que foi combinado nas reuniões. 
Existe também o treinamento e cursos englobando todos os funcionários, desde 
diretor até o operário da produção, sendo específicos para cada atividade. 
Em relação aos critérios de desempenho para competir no mercado, à empresa citou 
como prioridade: 
• Qualidade: em primeiro lugar, construir com desempenho de qualidade 
melhor ou igual à concorrência. 
• Custo: em segundo lugar, construir a um custo mais baixo que a 
concorrência. 
• Desempenho das entregas (prazo): em terceiro lugar, a empresa garante ter 
um pouco de dificuldade nas entregas dos galpões, porém tenta ter 
velocidade nos prazos das entregas. 
• Flexibilidade: em quarto lugar, a empresa tenta reagir rapidamente em 
eventos repentinos e inesperados (falta de energia, acidente com 
funcionários e fornecimento de matéria-prima). 
• Inovatividade: em último lugar, neste aspecto a empresa não possui tanto 
capitalpara que possa investir tanto em novas tecnologias como pessoal 
qualificado. 
 
4.2. PROCESSO DE FABRICAÇÃO E PRODUÇÃO 
 
O processo para se adquirir uma peça de concreto, a qual se assemelha a uma pedra 
natural, é bastante fácil e artesanal, é semelhante a uma receita de bolo, onde todos os 
componentes têm que se relacionarem entre si, para que se tornem um só conjunto, o qual é 
dado o nome de concreto armado, esse termo armado é por possuir estrutura de ferro, onde 
mesmo é um dos principais componentes do concreto armado. 
O processo de fabricação de galpões de concreto tem como entrada as matérias 
45 
 
 
primas (ferro, areia, brita, água, cimento, molde), a conversão (onde existe um processo de 
transformação do concreto, onde o mesmo é misturado e curado) e a saída (onde as peças pré-
fabricadas estão prontas para serem transportada e montada no local desejado). 
O material necessário para a produção de peças de concreto armado, através da pré-
fabricação é do tipo: ferro, arame, cimento, água, brita, areia, sebo, óleo, formas de ferro, em 
se tratando de matéria-prima. Em se tratando de máquinas, temos: guindaste, betoneira, 
máquinas de soldagem, máquinas de furar e de vibrar, máquinas de corte, caminhões para os 
transportes do tipo muque. As ferramentas para este processo é do tipo: alicate, chaves de 
boca, gabarito, carro-de-mão. 
O processo da fabricação das peças começa no projeto. Nele é especificado qual o 
tipo, tamanho, largura, resistência e altura, onde esta informação é passada e detalhada através 
de desenhos, com suas devidas dimensões e suas principais características, para cada setor 
responsável. No setor de armação, verifica-se o tamanho da peça, a sua largura, o seu detalhe, 
para que seja feita a armação devida, com seus pegadores, separadores, ferro com seu 
comprimento e diâmetro necessário a cada peça. Neste setor também são feitos o modelo de 
armação, se é do tipo: fundação, radier, contraventamento, pilares, vigas, lajes alveolares, 
postes, terças, dentre outras. 
Em seguida, do mesmo modo são feitas as fôrmas no setor de fôrmas, de acordo 
com o projeto, seja ela do tipo fundação, radier, contraventamento, pilares, vigas, lajes 
alveolares, postes, terças dentre outras. Após a realização destas etapas, a fôrma por sua vez é 
revestida por dentro com sebo e/ou óleo diesel, com finalidade de que o concreto não se una a 
fôrma. 
O passo seguinte é o processo de fabricação do concreto, no qual envolve a brita, 
areia, água, cimento. No qual é realizado uma porcentagem para cada componente, como: 
cimento, areia, brita e água, onde os mesmos são misturados dentro das máquinas do tipo 
betoneira, e em seguida transportado, por meio de carro-de-mão, ao local onde se localizam as 
fôrmas e as armações que estão dentro das mesmas. O concreto é despejado nas fôrmas e com 
ajuda de uma máquina vibratória, o concreto então é compactado dentro das fôrmas, junto a 
sua armação, dando-se o nome de concreto armado, popularmente conhecido no meio da 
engenharia civil. 
O penúltimo procedimento é a cura do concreto armando, onde se espera certo 
tempo para que a peça endureça (tempo de cura de 24 horas), e seja transportado por meio de 
guindaste até o caminhão onde por sua vez a mesma participará junto às outras peças de um 
processo de montagem. 
46 
 
 
A montagem faz parte do último procedimento, na qual é realizada a junção das 
peças de fundação, onde antes é feito um estudo de solo a fim de que se receba a peça de 
fundação. Logo em seguida são realizados os encaixes de pilares, radier, lajes de piso, pilares, 
vigas, contraventamento, terças e, por fim, telhas. 
 
PRODUÇÃO 
 
A empresa utiliza em seu chão de fábrica um layout por processo, onde são 
utilizados equipamentos tradicionais da engenharia como: serra elétrica, guindaste, betoneira, 
máquinas de soldagem, máquinas de furar e de vibrar, máquinas de corte, caminhões para os 
transportes do tipo muque. 
O material necessário para a produção de peças de concreto armado, através da pré-
fabricação é do tipo: ferro, arame, cimento, água, brita, areia, óleo, fôrmas de ferro. Além 
desses recursos é também utilizado o recurso humano. 
Em relação ao sistema de trabalho dos operários da produção, quem determina a 
forma é o engenheiro civil em conjunto com os encarregados e estagiário, sendo distribuídas 
as tarefas individualmente com única tarefa ou em grupos com 3 ou 4 trabalhadores, porém 
cada grupo com tarefas específicas. 
Para execução dos Projetos, a empresa possui os tempos dos principais serviços. 
Estes tempos foram obtidos por estimativas, cálculos realizados pelo engenheiro ou pelo 
tempo médio histórico (tempo de prática realizado por operários da empresa), tendo como 
finalidade a padronização das tarefas e o ritmo de trabalho do operário. 
As falhas ou defeitos da execução dos serviços são detectados e controlados pelo 
engenheiro, encarregado, estagiário e até mesmo pelo operário durante o processo de 
fabricação das peças, através da ficha de serviço, na qual se encontra toda a descrição, 
especificação e procedimento para execução da peça. 
 
 
4.3. PROGRAMAÇÃO 
 
Dentro do horizonte de planejamento (longo, médio e curto prazo), a empresa 
desenvolve o planejamento da produção da seguinte forma: 
 
47 
 
 
• O planejamento estratégico é direcionado para políticas organizacionais e 
produtivas de longo prazo, definindo o que será construído nos próximos 2 
anos, tendo como base o estudo de mercado e sua própria experiência, 
havendo apenas uma previsão de possíveis locais onde poderá ser feito um 
galpão futuro. Na empresa não existe um setor específico para elaboração de 
planejamentos estratégicos. Ele é elaborado pelo Diretor-Presidente, o qual 
fica atento as previsões futuras do mercado. 
• O planejamento tático ou a médio prazo é definido pelo Diretor-Presidente 
em conjunto com diretor administrativo e engenheiro civil. O engenheiro 
civil é responsável pela elaboração de plano de produção definindo os níveis 
de produção, de estoques, de recursos humanos (operários) e de maquinários 
com finalidade de atender ao prazo estimulado. 
• O planejamento operacional ou a curto prazo é iniciado após ser definido o 
de médio prazo. O engenheiro civil inicia o planejamento operacional 
através da programação da produção para o período mensal, emitindo e 
liberando as ordens de execução de serviços, pedidos de materiais, 
verificando o seqüenciamento das atividades, avaliando e distribuindo os 
recursos (materiais, ferramentas, equipamentos e etc.) envolvidos para cada 
atividade planejada. 
 
Para elaboração da programação da produção de peças pré-fabricadas, na qual seu 
conjunto se tornará um galpão, o engenheiro civil juntamente com o Diretor-Presidente 
elabora uma programação com cada etapa referente a peças de estrutura a serem fabricadas, 
do tipo: de pilares, vigas, teças, fundação, radier e contraventamento. 
A partir desta programação por etapa, são realizados os seqüenciamento e execução 
da mesma, tomando como base sempre o cronograma mensal, fazendo, se necessário, a 
reprogramação do mesmo. 
A empresa não utiliza nenhuma técnica e nem ferramentas de programação do tipo: 
PERT/CPM e gráficos de Gantt para elaboração da programação. Sendo utilizadas na empresa 
planilhas eletrônicas na sua programação. Em relação aos projetos de galpões são utilizados 
dois programas, um que auxilia no cálculo de estrutura das peças e outro que facilita na 
visualização do desenho. 
As principais causas para alterações da programação da produção são do tipo: erro 
de previsão, maquinário quebrado, falta de energia, falta de recurso humano e atraso de 
48 
 
 
entrega de materiais por parte do fornecedor, porém estas alterações ocorrem 
esporadicamente. 
 
4.4. CONTROLE 
 
O controle e o acompanhamento do processo produtivo são realizados pelo 
engenheiro da empresa juntamente

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