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ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL - CCJ0042 Semana Aula: 3 Da advocacia Pública e do advogado estrangeiro Tema Da Advocacia Pública. Do Advogado Estrangeiro. Do cancelamento e Licença. Da nulidade dos atos privativos. Palavras-chave inscrição na OAB. Atividades privativas. Estagio na OAB. Objetivos Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de: Identificar os cargos da advocacia pública; Identificar as regras para os advogados estrangeiros; Identificar os requisitos para licença e cancelamento da inscrição na OAB. Estrutura de Conteúdo O EOAB estabelece que os inscritos na OAB são denominados advogados e possuem capacidade postulatória (Art.3º, EOAB). Exercem a atividade de advocacia os integrantes da AGU, Procuradoria da Fazenda Nacional, da Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas entidades de administração indireta e fundacional (Art.3º, §1º, EOAB). ?Os integrantes da advocacia pública são elegíveis e podem integrar qualquer órgão da OAB? (art. 9º, RG). ?Sujeitam-se ao regime do EOAB, RGOAB, CED, inclusive quanto às sanções disciplinares? (art. 10, RG). Advocacia Pública: art. 3º, § 1º EOAB e Prov. 114/2006. Art. 1º, prov. 114/2006 ?A advocacia é exercida por advogado inscrito na OAB, que ocupe cargo ou emprego público ou de direção de órgão jurídico público, em atividades de representação judicial, de consultoria ou de orientação judicial e defesa dos necessitados?. EXERCEM A ADVOCACIA PÚBLICA: (art. 3º, § 1º e art. 30, EOAB e art. 2º, prov. 114/2006) Advocacia-Geral da União ? art. 131, CF e LC 73/93; Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional; Procuradoria-Geral Federal; Consultoria-Geral da União; Procuradoria-Geral do BACEN; Defensoria Pública ? art. 134, CF e LC 80/94; Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, DF ? art. 132, CF; Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Municípios; Procuradorias das entidades autárquicas e fundacionais; Procuradorias e Consultorias junto ao legislativo em seus níveis; Inscrição na OAB (art. 3º Prov. 114/2006): o advogado público deve ter inscrição principal perante o Conselho Seccional da OAB em cujo território tenha lotação. Se o advogado público for transferido para o território de outra Seccional, ficará dispensado do pagamento da inscrição no território da nova Seccional, desde que já tenha efetuado o pagamento da anuidade na Seccional primitiva (art. 3º, pu, Prov. 114/2006). Aprovação em concurso para cargo da advocacia não exime a aprovação em exame de ordem (art. 4º): o advogado público deve ter inscrição principal perante o Conselho Seccional da OAB em cujo território tenha lotação ou domicílio. Independência técnica: (art. 5º, Prov. 114/2006). É dever do advogado público a independência técnica, exercendo as atividades de acordo com suas convicções profissionais e em estrita observância aos princípios constitucionais da administração pública. Legalidade; Impessoalidade; Moralidade; Publicidade; Eficiência. Impedimento para advogar: advogados públicos advogam com restrição - art. 30, I, EOAB ? salvo aposentadoria que faz cessar a condição de impedido; o impedimento diminui a amplitude do exercício (art. 7º). Exerce a advocacia com restrição Não poderá advogar contra a fazenda pública que o remunere ou a qual esteja vinculada. Não poderá advogar fora do âmbito da sua instituição Novo Código de Ética (em vigor a partir de 02 de maio de 2016) CAPÍTULO II - DA ADVOCACIA PÚBLICA Art. 8º As disposições deste Código obrigam igualmente os órgãos de advocacia pública, e advogados públicos, incluindo aqueles que ocupem posição de chefia e direção jurídica. § 1º O advogado público exercerá suas funções com independência técnica, contribuindo para a solução ou redução de litigiosidade, sempre que possível. § 2º O advogado público, inclusive o que exerce cargo de chefia ou direção jurídica, observará nas relações com os colegas, autoridades, servidores e o público em geral, o dever de urbanidade, tratando a todos com respeito e consideração, ao mesmo tempo em que preservará suas prerrogativas e o direito de receber igual tratamento das pessoas com as quais se relacione. Advogados Estrangeiros: Prov. 91/2000 ? ?Estrangeiro/Estrangeiro? O advogado estrangeiro ou brasileiro formado no exterior, exceto o português, não poderá atuar no procuratório nacional em nenhuma hipótese. Atuará apenas como consultor em Direito de seu país de origem. Para tanto, necessitará da autorização da OAB para a referida atividade de consultoria no Brasil. Requisitos: Autorização da OAB a título precário como consultor em direito estrangeiro de seu país de origem; Visto de residente, ser habilitado no país de origem; não ter sofrido condenação criminal; não ter sofrido punição disciplinar; reciprocidade no tratamento dos brasileiros; prova boa conduta e de 03 advogados brasileiros; Sociedades de advogados estrangeiras: apenas consultoria; Razão social: poderá adotar o nome internacional e acrescentará a expressão ?Consultores em Direito Estrangeiro?; Sujeitos às regras do Estatuto, CED, RG e provimentos da OAB aplicáveis aos advogados e às sociedades. Cada consultor ou Sociedade receberá o seu número de inscrição na OAB; A autorização deverá ser renovada a cada 3 (três) anos com a devida atualização da documentação pertinente; Submetem-se às mesmas anuidades e taxas aplicáveis aos nacionais. ADVOGADOS PORTUGUESES: Prov. 129/2008 O advogado de nacionalidade portuguesa, em situação regular, na Ordem dos Advogados de Portugal, poderá se inscrever na OAB; Deverá observar os requisitos do Art. 8º, com a dispensa do Exame de Ordem porque já o fez em Portugal ? Exame Final de Avaliação e Agregação ? art. 192, EOAP; Não exclui a possibilidade de atuar como consultor em direito estrangeiro na forma do prov. 91/2000. Princípio de reciprocidade de tratamento na Ordem dos Advogados de Portugal (art. 3º do prov. 129). A inscrição deverá ser feita no Conselho Seccional do domicilio profissional do advogado português na forma do EOAB e RG (art. 4º do Prov. 129).O advogado português prestará o compromisso na forma do art. 6º do Prov 129. Cancelamento da inscrição: Posso cancelar minha inscrição? Sim, conforme o art. 11, EOAB. Art. 11, EOAB: Cancela-se a inscrição do profissional que: I - o requerer (simples requerimento) II ? sofrer penalidade de exclusão (processo ético disciplinar); III ? falecer (comunicação); IV ? passar a exercer, definitivamente, atividade incompatível (OAB de ofício / comunicação); V ? perder um dos requisitos necessários para inscrição (art. 8º do EOAB). Posso voltar? Sim, conforme o art. 11, § 2º, EOAB. A nova inscrição não restaura o número anterior. O interessado deverá provar capacidade civil, não exercer atividade incompatível, comprovar idoneidade moral e prestar compromisso. Não há exigência de outro exame de ordem. O êxito no exame de ordem que tem natureza jurídica de prova de habilitação tem prazo indeterminado. Se sofreu a penalidade de exclusão, somente após provas de reabilitação (1 ano) ? art. 41, EOAB. Atenção O art. 22, parágrafo único do RG estabelece que: ?Cancela-se a inscrição quando ocorrer a terceira suspensão, relativa ao não pagamento de anuidades distintas?. Não quero sair, mas quero dar um tempo. O que faço? Licencia-se o profissional que: (art. 12, EOAB) I - Requerer por motivo justificado; II - Passar a exercer atividade incompatível temporária; III - Sofrer doença mental curável. Observações importantes: A incompatibilidade com a advocacia prevista no art. 28, EOAB acarreta o indeferimento do pedido de inscrição, quando for hipótese de incompatibilidade prévia. Quando a incompatibilidade for superveniente acarretará o cancelamento da inscrição. Não existe hipótese de suspensão de inscrição na OAB. Suspensão é sanção ético- disciplinar. O termo correto é licença.O advogado público atua com restrição - pertence à categoria de advogado impedido! Não há que se falar em licença ou cancelamento nesta hipótese. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica BRASIL. Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil. Lei 8.906, de 4 de julho de 1994. Coleção Saraiva de Legislação. 20 ed. São Paulo: Saraiva, 2014. ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. Código de Ética e Disciplina da OAB. 13 de fevereiro de 1995. Coleção Saraiva de Legislação. 20 ed. São Paulo: Saraiva, 2014. ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB. 13 de fevereiro de 1995. Coleção Saraiva de Legislação. 20 ed. São Paulo: Saraiva, 2014. Aplicação: articulação teoria e prática Caso Concreto: (Adaptado do 42° EOAB) Alberto, advogado, é convidado a ocupar o prestigiado cargo de Procurador de um município, cargo de confiança do Prefeito Municipal passível de exoneração ad nutum. O cargo é privativo de advogado. Sobre esta situação responda: 1. Como ficará a inscrição de Alberto após a posse no referido cargo? 2. Quais são as regras estabelecidas pelo prov. 114/2006 para o advogado público? 3. Imagine que Alberto possui um amigo, Tizziano, advogado italiano que deseja morar no Brasil. Tizziano indaga ao amigo como deverá proceder para exercer a advocacia no Brasil. Que orientação você daria ao advogado italiano? Considerações Adicionais
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