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Atualizações DSM 5 TR - Semana da Psicopatologia (Fernanda Landeiro)

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Semana da Psicopatologia 
 DSM 5 – TR (O que muda com a nova atualização?) 
O que é Dsm? 
Antes de iniciar a explicação, precisamos 
fazer uma introdução: o que é o DSM? 
Essa sigla significa Manual de Diagnóstico 
Estatístico de Transtornos Mentais. Usado 
por psicólogos e psiquiatras ao redor do 
mundo para o diagnóstico. 
O DSM apresenta 3 características 
principais: Classificação diagnóstica, 
conjunto de critérios diagnósticos e 
classificação descritiva. 
CRIAÇÃO DO DSM 
 
O DSM foi lançado em 1952, após a 
criação da força tarefa da APA – 
Associação Americana de Psiquiatria. 
Sempre houve a necessidade de se criar 
uma classificação dos transtornos 
mentais e o DSM surgiu tentando sanar 
essa demanda. Entretanto, vale lembrar 
que qualquer classificação NÃO É TAREFA 
SIMPLES! Isso por que as pessoas tem 
visões diferentes sobre um mesmo 
assunto, o que gera discordâncias. 
Portanto, não seria diferente com a 
história da psicologia. 
 
Já houveram diversas tentativas de 
classificação anteriormente. Há dados de 
tentativa de algum nível de classificação 
psicológica desde 1840. Várias tentativas 
vieram e foram, sucederam-se. Isso, por 
que as classificações são problemáticas. 
Portanto, cada uma tem seus prós e 
contras. É “ruim” usar o DSM? Sim. Mas 
com certeza é bem pior sem ele, pois como 
se poderia conduzir um tratamento sem 
rumo? É nosso dever, portanto, enquanto 
profissionais, nos manter atualizados 
dentro dos mais novos parâmetros da 
ciência. 
 
Atualizações 
 
O DSM já passou por diversas alterações 
e revisões desde o seu lançamento. E ISSO 
É BOM!!! Pois, já que estamos nos 
pautando na ciência... é importante frisar 
que a ciência é dinâmica e está sempre se 
atualizando. 
 
• DSM I (1952) - 106 diagnósticos 
• DSM II (1968) 182 diagnósticos 
• DSM III (1980)265 diagnósticos -
rompe com o modelo psicodinâmico 
• DSM III-TR(1987) 292 diagnósticos 
• DSM IV (1994) 297 diagnósticos 
• DSM IV-TR (2000) 297 diagnósticos 
• DMS V 340 diagnósticos 
• DSM V-TR (2022) 341 diagnósticos 
 
Vamos entender as principais diferenças: 
@sofia.vicctoria 
DSM I & DSM II 
 
Baseados em uma psicologia 
psicodinâmica e as classificações eram 
hierárquicas. A psicopatologia 
psicodinâmica é baseado na psicanálise e 
a classificação se organizava em torno 
dos conceitos de neurose, psicose e 
perversão. Na base da pirâmide estavam 
as neuroses e os transtornos de 
personalidade, no nível intermediário nós 
tínhamos as psicoses e no nível superior 
nós tínhamos os distúrbios orgânicos. 
Então, basicamente, se eu estivesse no 
nível de cima, eu poderia apresentar 
todos os sintomas dos níveis de baixo, 
porém, se eu estivesse no nível de baixo eu 
não poderia apresentar sintomas do nível 
de cima. O modelo psicodinâmico será 
mais aprofundado adiante. 
 
DSM III 
 
Considerado a Revolução da Psiquiatria 
pois há o rompimento com a psicanálise. 
Coincide com os anos 80 juntamente com 
a criação dos principais medicamentos 
antidepressivos etc. Esse DSM é publicado 
ao mesmo tempo que a CID 9. Aqui cai a 
classificação hierárquica e o modelo 
psicodinâmico. A classificação agora 
passa a ser descritiva, ateórica e de 
modelo categórico. 
 
DSM IV & IV-TR 
 
Também baseados no modelo categórico, 
ou seja: a resposta para o diagnóstico é 
sim ou não. Ou você tem, ou você não tem. 
Não há meia possibilidade, porcentagem 
etc. 
 
Exemplo: Quadro de anorexia. Só poderia 
ser encaixado no quadro de anorexia, 
mulheres que apresentassem amenorreia. 
Ou seja, hoje sabemos que isso se trata de 
um caso grave de anorexia, a pausa da 
menstruação é o alerta máximo do corpo. 
Assim, meninas que apresentassem todos 
os outros sintomas, mas não amenorreia 
eram “deixadas de fora” do diagnóstico. 
 
DSM V 
 
Ainda apresenta o modelo categórico 
mais agora vem acompanhado do modelo 
dimensional, que visa resolver 2 
problemas: 
 
1. Exclusão de pessoas do diagnóstico, 
pois eram critérios muito 
específicos, com pouca 
sensibilidade. Então o modelo 
dimensional adiciona a ideia de 
espectro (leve, moderado e grave) 
ao diagnóstico, então o paciente 
com o considerado “quadro leve” 
também pode ser tratado. 
2. O problema das comorbidades 
(quando uma pessoa apresenta 
vários diagnósticos em paralelo). 
Criou o conceito de especificador 
para “juntar” dois diagnósticos. Ex: 
indivíduo depressivo com 
especificador ansioso. 
 
Dsm na prática 
 
Por que é tão importante que o psicólogo 
saiba utilizar essa ferramenta? Isso é 
realmente necessário? Vejamos alguns 
motivos, mas antes vamos esclarecer uma 
coisa: 
 
PSICÓLOGO PODE SIM DAR DIAGNÓSTICO 
 
O psicólogo é respaldado por lei e por 
resolução do CFP e tem o direito de dar 
diagnóstico. O único psicólogo que não 
deve dar diagnóstico é aquele que NÃO 
SABE dar. Se você é um profissional que 
não é qualificado não faça. Simples. É 
melhor não fazer do que fazer errado, 
deixe que outro profissional o faça. 
 
Norte para o tratamento 
 
Como já falamos antes, o psicólogo 
precisa de uma direção para orientar o 
tratamento. Ou ele vai tratar da “forma 
como ele quiser”? Se fosse assim não teria 
diferença se é uma dor de barriga ou uma 
crise de ansiedade, se é um câncer ou uma 
depressão etc. Os diagnósticos vieram 
para ajudar no tratamento e não para 
dificultar. 
 
Saber sobre diagnóstico é saber sobre o 
transtorno 
 
Existe um conjunto de sinais (aquilo que 
observamos no paciente como roupa 
limpa, cabelo arrumado, etc) e sintomas 
(aquilo que o paciente relata 
pensamentos/emoções, falta de 
motivação, etc) que caracterizam 
determinado transtorno sobre os quais o 
psicólogo necessita estar atualizado. 
Quais são as 
principais mudanças 
do Dsm 5 – Tr? 
 
Em primeiro lugar: nós temos um DSM – TR 
e isso significa que é basicamente uma 
revisão de texto. Ou seja, são pequenas 
mudanças, pequenos ajustes. Nada muito 
“grande”. Todas as mudanças estão 
disponíveis no site da APA, onde pode ser 
conferido na íntegra. As maiores 
mudanças serão encontradas no 
Transtorno do Espectro Autista e nos 
Transtornos de Humor (bipolar, 
principalmente).

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