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democracia
SITUAÇÃO PROBLEMA
Faz parte de um senso comum, razoavelmente consolidado há algum tempo, que a democracia se constitui como único regime político que possibilita a gestão da pólis em um ambiente social e político-institucional no qual uma parcela dos governados/representados não concorda com as propostas dos vitoriosos, apresentadas ao longo do processo eleitoral. Como poderia ser explicado o relativo sucesso deste arranjo político na gestão da coisa pública?
definição
Democracia é o regime político em que a soberania é exercida pelo povo.
A palavra democracia tem origem no grego demokratía que é composta por demos (que significa povo) e kratos (que significa poder). Neste sistema político, o poder é exercido pelo povo através do sufrágio universal.
TOCQUEVILLE E A DEMOCRACIA
 O autor escreve que o poder emana do povo e que este participa da composição das leis pela escolha dos legisladores e da sua aplicação mediante a eleição dos agentes do poder Executivo; 
pode-se dizer que ele mesmo(o povo) governa, tão frágil e restrita é a parte deixada à administração, tanto se ressente esta da sua origem popular e obedece ao poder de que emana.
 “O povo reina sobre o mundo político americano como Deus sobre o universo. É ele a causa e o fim de todas as coisas; tudo sai do seu seio, e tudo se absorve nele”, conclui Tocqueville (1987, p. 52).
TOCQUEVILLE
Em linhas gerais percebe-se que, para Tocqueville, um Estado democrático, politicamente desenvolvido, só é possível de ser construído se houver a participação direta do conjunto dos cidadãos na gestão da coisa pública.
 “É incontestável, na realidade, que, nos Estados Unidos, o gosto e o costume do governo republicano nasceram nas comunas e no seio das assembleias provinciais [...]. Cada cidadão nos Estados Unidos transporta, por assim dizer, o interesse que lhe inspira sua pequena república ao amor da pátria comum” (TOCQUEVILLE, 1987: p. 127).
EM RESUMO 
um regime de igualdade política, de aplainar as diferenças entre nobres e plebeus, entre ricos e pobres.
 o povo tem o controle do governo em suas mãos: “é o povo que governa”, pois, “na América, o povo designa aquele que faz a lei e aquele que a executa; constitui ele mesmo o júri que pune as infrações à lei” . 
Percebe-se, no decorrer da obra, que a América é sempre tratada como o exemplo da democracia.
MARILENA CHAUÍ
Democracia é invenção porque, longe de ser mera conservação de direitos, é a criação ininterrupta de novos direitos, a subversão contínua dos estabelecidos, a reinstituição permanente do social e do político.
Castoríades:
 uma sociedade justa não é uma sociedade que adotou , de uma vez para sempre , as leis justas. Uma sociedade justa é uma sociedade onde a questão de justiça permanece constantemente aberta.
Para os gregos (platão e aristóteles)
Afirmam que ocorrem três formas de constituições justas e outras tantas injustas. 
Constituições justas são aquelas que servem ao bem comum e não só aos interesses dos governantes. 
Estas são a monarquia, isto é, o comando de um só que cuida do bem de todos; a aristocracia, isto é, o comando dos virtuosos, dos melhores, que cuidam do bem de todos sem se atribuir nenhum privilégio; a república ou politia, isto é, o governo popular que cuida do bem de toda a cidade. 
Ao contrário, constituições injustas são aquelas que servem aos interesses dos governantes e não ao bem comum. 
São elas: a tirania, ou seja, o comando de um só chefe que persegue o próprio interesse; a oligarquia, ou seja, o comando dos ricos que procuram o bem econômico pessoal; a toda a diferença social em nome da igualdade. 
Democracia - platão
Na república, Platão define a democracia como o estado no qual reina a liberdade e descreve uma sociedade utópica dirigida pelos filósofos, únicos conhecedores da autêntica realidade, que ocupariam o lugar dos reis, tiranos e oligarcas.
A proposta de Platão leva a um modelo aristocrático de poder, mas não a uma aristocracia da riqueza e sim, da inteligência, em que o poder é confiado aos melhores. Para Platão, a política é a arte de governar os homens e o político é precisamente aquele que conhece a arte da política. Para governar uma cidade é preciso conhecer esta arte.
Democracia - aristóteles
Em A Política, o primeiro tratado conhecido sobre a natureza, funções e divisão do estado e as várias formas de governo defendeu, como Platão, equilíbrio e moderação na prática do poder, apesar de considerar impraticáveis muitos dos conceitos de seu mestre. 
Para Aristóteles, a pólis é o ambiente adequado ao desenvolvimento das aptidões humanas e, como o homem é, por natureza, um animal político, a associação é natural e não convencional. Na busca do bem, o homem forma a comunidade, que se organiza pela distribuição das tarefas especializadas. Aristóteles entendia que o homem nascia para viver em sociedade e por isso não poderia dela se isentar.
Democracia –FILOSOFIA MODERNA
 Na modernidade é sobretudo em Rousseau, pensador francês do séc. XVII e autêntico teórico revolucionário do iluminismo, que a Democracia vai aparecer como a forma mais legítima de Governo. 
Na sua obra Contrato social confluem, até se fundirem, a doutrina clássica da soberania popular, a quem compete, através da formação de uma vontade geral inalienável, indivisível e infalível, o poder de fazer as leis, o ideal da doutrina contratualista do Estado fundado sobre o consenso e sobre a participação de todos na produção das leis e o ideal igualitário que acompanhou na história, a ideia republicana, levantando-se contra a desigualdade dos regimes monárquicos e despóticos.
Democracia comtemporanea - bobbio
Na teoria contemporânea da Democracia confluem três grandes tradições do pensamento político
a) a teoria clássica, divulgada como teoria aristotélica, das três formas de Governo, segundo a qual a Democracia, como Governo do povo, de todos os cidadãos, ou seja, de todos aqueles que gozam dos direitos de cidadania, se distingue da monarquia, como Governo de um só, e da aristocracia, como Governo de poucos
Democracia comtemporanea - bobbio
b) a teoria medieval, de origem "romana, apoiada na soberania popular, na base da qual há a contraposição de uma concepção ascendente a uma concepção descendente da soberania conforme o poder supremo deriva do povo e se torna representativo ou deriva do príncipe e se transmite por delegação do superior para o inferior; 
Democracia contemporanea - bobbio
C) a teoria moderna, conhecida como teoria de Maquiavel, nascida com o Estado moderno na forma das grandes monarquias, segundo a qual as formas históricas de Governo são essencialmente duas: a monarquia e a república, e a antiga Democracia nada mais é que uma forma de república (a outra é a aristocracia), onde se origina o intercâmbio característico do período pré-revolucionário entre ideais democráticos e ideais republicanos e o Governo genuinamente popular é chamado, em vez de Democracia, de república. 
(BOBBIO; MATTEUCCI; PASQUINO, 1998, p. 319)
Características de democracia
(BOBBIO; MATTEUCCI; PASQUINO, 1998, p. 319)
1-o órgão político máximo, a quem é assinalada a função legislativa, deve ser composto de membros direta ou indiretamente eleitos pelo povo, em eleições de primeiro ou de segundo grau;
2-junto do supremo órgão legislativo deverá haver outras instituições com dirigentes eleitos, como os órgãos da administração local ou o chefe de Estado (tal como acontece nas repúblicas);
3-todos os cidadãos que tenham atingido a maioridade, sem distinção de raça, de religião, de censo e possivelmente de sexo, devem ser eleitores;
4-todos os eleitores devem ter voto igual;
5-todos os eleitores devem ser livres em votar segundo a própria opinião formada o mais livremente possível, isto é, numa disputa livre de partidos políticos que lutam pela formação de uma representação nacional;
6-devem ser livres também no sentido em que devem ser postos em condição de ter reais alternativas (o que exclui como democrática qualquer eleição de lista únicaou bloqueada);
7-tanto para as eleições dos representantes como para as decisões do órgão político supremo vale o princípio da maioria numérica, se bem que podem ser estabelecidas várias formas de maioria segundo critérios de oportunidade não definidos de uma vez para sempre;
8-nenhuma decisão tomada por maioria deve limitar os direitos da minoria, de um modo especial o direito de tornar-se maioria, em paridade de condições;
9-o órgão do Governo deve gozar de confiança do Parlamento ou do chefe do poder executivo, por sua vez, eleito pelo povo.
         
Características de democracia
DEMOCRACIA DELIBERATIVA
A democracia deliberativa defende que o exercício da cidadania estende-se para além da mera participação no processo eleitoral, exigindo uma participação mais direta dos indivíduos no domínio da esfera pública, em um processo contínuo de discussão e crítica reflexiva das normas e valores sociais.
Habermas
Democracia agonística
Trata-se de estudo que visa a realizar uma incursão teórica nos pensamentos de Chantal Mouffe sobre a democracia como um ambiente de conflitos e antagonismos, para a compreensão da democracia agonística proposta pela referida autora. Para a consolidação de tal cenário agonístico, e em combate à crise que permeia o modelo representativo atualmente vigente, faz-se necessário o aprimoramento e a consolidação da participação popular na política. Para que isso ocorra, aventa-se a existência de dois caminhos, perfeitamente conciliáveis. A uma, é preciso robustecer as práticas democrático-participativas previstas pela Constituição Federal de 1988. 
Segundo Boaventura, a participação popular pode e deve ocorrer na atuação estatal. Todavia, é preciso que se faça presente também no âmbito dos agentes privados, já que [...] não faz sentido democratizar o Estado se simultaneamente não se democratizar a esfera não estatal. Só a convergência dos dois processos de democratização garante a reconstituição do espaço público de deliberação democrática. (SANTOS, 1995, p. 62).
Paulo Bonavides
O constitucionalista cearense Paulo Bonavides, para quem a representação política tem sido marcada cada vez mais pela ausência completa de legitimidade. Com efeito, ao tratar desse tema, Paulo Bonavides apresenta um panorama absolutamente nefasto da realidade vigente, senão veja-se: 
[...] as instituições representativas padecem em todo o País de uma erosão de legitimidade como jamais aconteceu em época alguma da nossa História, ficando, assim, a cláusula constitucional da soberania popular reduzida a um mero simulacro de mandamento, sem correspondência com a realidade e a combinação dos interesses que se confrontam e se impõem na região decisória onde se formulam as regras de exercício efetivo do poder. (BONAVIDES, 1996, p. 29)
Para Bonavides (2003), portanto, a legitimidade política vem sendo abandonada e substituída por um singelo critério formal, calcado numa legalidade eminentemente positiva, através do qual o cidadão eleito é o irrefutável representante de seu eleitor, desconsiderados quaisquer outros elementos na análise de tal relação. 
PRA FECHAR:
É correto afirmar que as democracias contemporâneas se apresentam como meras repetições do modelo da democracia ateniense do século V a. C., sim ou não?

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