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RAFAELA FIDELIS – RESUMOS PSICOLOGIA Pesquisar sobre angústia em Kierkegaard tecendo um paralelo com o período da adolescência. Para Kierkegaard, a angústia é a vertigem da liberdade. O indivíduo angustiado tem sentimentos ambíguos, de repulsa e atração. Kierkegaard define a angústia em sua obra “O conceito de angústia”, como sendo: " uma determinação do espírito sonhador (...) é a realidade da liberdade como puro possível” (KIERKEGAARD, 1968, p. 45 citado por SANTOS, 2011). A partir disso, para Kierkegaard a angústia é a possibilidade de liberdade. A angústia se mostra na própria existência, ela está sempre ali, à espreita, mas obscurecida. Segundo Feijoo et al (2015, p. 576), “a angústia se refere a um lugar algum, à indeterminação do sabe-se lá da onde, à possibilidade para a possibilidade que parece muito distante, mas que num piscar de olhos pode estar muito perto.” A adolescência se constitui como um fenômeno multifatorial. Deve-se distingui- la da puberdade, que está atrelada aos fenômenos biológicos do desenvolvimento. Na adolescência o indivíduo se encontra num meio-termo, antes enquanto criança, esse gozava de proteção, agora ele precisa se adequar ao mundo adulto, porém ainda não é considerado como tal. Com isso, conforme Santos (2015), os adolescentes, em sua maioria, possuem angústia intensa provocada pela emergência da incerteza, insegurança e necessidade de atitude diante do porvir. Dessa forma, é comum que as crises de identidade sejam incisivas nesse período, visto que há mudanças em vários níveis, como biológico, contextual e psicológico/individual deste sujeito. Referências: KIERKEGAARD, Soren. O conceito de Angústia. Lisboa: Hemus editora, 1968. FEIJOO, Ana Maria Lopez Calvo de. et al. Kierkegaard, a Escola da Angústia e a Psicoterapia. Psicol. cienc. prof. Brasília, v.35, n.2, abr./jun.,2015 SANTOS, Macson Silva dos. Angústia, adolescência e estruturação de self na ótica humanista-existencial. Psicologia.pt: O portal dos psicólogos., 2015. SANTOS, Pedro Carlos Ferreira. A atualidade do conceito de angústia de Kierkegaard. Revista da Universidade Vale do Rio Verde. Três Corações, v. 9, n. 2, p. 202-214, ago./dez, 2011.
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