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COMPLEXO DE ÉDIPO E ANGÚSTIA DE CASTRAÇÃO

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RAFAELA FIDELIS – RESUMOS PSICOLOGIA 
 
Atividade: Escreva sobre o Complexo de édipo e Angústia de Castração 
Quando o ser humano nasce, enquanto estrutura, ele ocupa num primeiro momento um 
lugar de falo da mãe. A mãe sente-se completa, pois o filho é tudo o que deseja. Dada essa 
noção de completude de mãe e filho, não existe para o filho, a possibilidade de um desejo 
qualquer. É no momento que a mãe olha para além do filho e sente a falta de algo que não pode 
ser satisfeito pelo filho é vai permitir o aparecimento de desejo no filho. Para que isso ocorra, 
é necessário que entre em cena um terceiro que irá exercer a função paterna, que não 
necessariamente será o pai, mas algo que exerça essa função simbólica ao dirigir o desejo da 
mãe para além do filho. 
A função paterna entra para romper a fusão entre mãe e filho, interrompendo o que está 
tendo ali. Isso vai acontecer através do não do pai (Nome do pai) que, como uma proibição, 
possibilitará a existência de um desejo da mãe além do filho. Assim, percebe-se que é a partir 
do Complexo de Édipo que o sujeito irá se estruturar e organizar o seu vir-a-ser, principalmente 
em relação a diferenciação entre os sexos e da forma como se coloca frente à angústia de 
castração. 
Diante disso, na adolescência, o indivíduo passa a se colocar como um sujeito desejante, 
rompendo a ideia de que os pais são modelos e querem uma outra maneira de viver. Nesse 
momento, eles vão percebendo os pais como sujeitos falhos e não como seres heróicos, 
comumente idealizados na infância. Por outro lado, os pais também sofrem com uma ruptura 
de imagem idealizada dos filhos e de uma perda significativa de sua autoridade. Além disso, 
os pais percebem que o filho vai buscar laços fora do ambiente familiar, entrando em conflito 
com a imagem infantil que tinha dos filhos. O adolescente, ao se ver como um ser desejante, 
com a queda da imagem idealizada dos pais, busca uma nova identificação fora do ambiente 
familiar, uma vez que os pais saem de um suposto altar e passa a existir a possibilidade de um 
laço social. Desse modo, o adolescente se lança para além dos pais e passa a ser rei de si mesmo. 
Para que o rompimento entre a imagem idealizada dos pais e a imagem real, crua e não 
heroica aconteça, por vezes, são necessárias atitudes agressivas para que se possa conquistar 
sua autonomia, a fim de que sua identidade seja construída e conquistada e não imposta pela 
sociedade ou por seus pais.

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