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Metodologia do ensino a Geografia

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Metodologia do ensino de geografia	
APRESENTAÇÃO
Você já parou para pensar na importância da metodologia de uma aula?Isso significa pensar nos 
procedimentos metodológicos que norteiam e subsidiam o fazer pedagógico. Pensar a 
metodologia de ensino é pensar as etapas, os processos, as ferramentas e as ações didáticas 
elencadas para um ensino de qualidade.
O ensino de Geografia deve ser realizado a partir de ações planejadas, que permitam ao aluno 
construir os conhecimentos geográficos, no intuito de desenvolver habilidades e competências 
específicas. Para isso, a metodologia é uma importante aliada para direcionar as ações e as 
etapas que serão tomadas para atingir os objetivos educacionais.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá reconhecer as principais metodologias de ensino-
aprendizagem da Geografia, além de aprender a desenvolver aulas temáticas diferenciadas. Por 
fim, irá verificar o papel da pesquisa na práxis do professor.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer as principais metodologias de ensino-aprendizagem de Geografia.•
Desenvolver uma aula temática de ensino de Geografia.•
Identificar o papel da pesquisa na práxis do professor.•
DESAFIO
A sociedade tem passado por diversas transformações nas últimas décadas, sejam elas em 
âmbito científico, tecnológico ou cultural. Essas mudanças também chegaram ao ambiente 
escolar. Hoje, discutem-se novas possibilidades de ensino para preparação de alunos que farão 
parte da sociedade que emerge, resultado de rápidas e drásticas mudanças no contexto 
sociocultural.
Imagine a seguinte situação: seus alunos mostram-se desinteressados pelas aulas de Geografia. 
Para tentar resolver o problema, você planeja uma metodologia diferenciada para ser utilizada 
em sala.
Nesse contexto, você deve: apresentar uma metodologia para trabalhar com o tema globalização 
e seus resultados econômicos e culturais. Para isso, você deve procurar abordar práticas que 
primem pelo envolvimento dos alunos e apresentar ações estratégicas que levariam a uma 
aprendizagem significativa acerca dessa temática.
INFOGRÁFICO
Inúmeros desafios permeiam a práxis pedagógica. Adotar estratégias e métodos de ensino 
diferenciados se faz necessário diante das rápidas transformações no ambiente 
educacional. Nesse contexto, as metodologias representam uma etapa fundamental para o 
desenvolvimento de aulas dinâmicas e significativas que possam levar a um ensino de 
qualidade.
No Infográfico, você verá o que são metodologias de ensino e como elas representam uma etapa 
importante para que os diversos conhecimentos geográficos cheguem aos alunos de modo claro 
e contextualizado.
CONTEÚDO DO LIVRO
Nas últimas décadas ocorreram várias mudanças na educação no Brasil, tanto em termos de 
políticas públicas, quanto nos currículos. Essas mudanças impõem ao professor e 
às escolas novas maneiras e métodos de trabalho. Nesse cenário, as metodologias 
aparecem com um impasse: adotar novas ferramentas e métodos de ensino ou seguir os padrões 
tradicionais? 
No capítulo Metodologia do ensino de Geografia, da obra Metolologia do ensino de 
Geografia, você vai verificar as principais metodologias da atualidade associadas ao ensino de 
Geografia e verificar a sua importância na elaboração de aulas criativas. Também verá uma 
discussão acerca das várias metodologias de ensino existentes e o papel da pesquisa na prática 
pedagógica do professor.
Boa leitura. 
METODOLOGIA 
DO ENSINO DE 
GEOGRAFIA
Jhonatan dos Santos Dantas 
Metodologia do ensino 
de geografia
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer as principais metodologias de ensino e aprendizagem 
de geografia.
  Desenvolver uma aula temática de ensino de geografia.
  Identificar o papel da pesquisa na práxis do professor.
Introdução
As metodologias são importantes ferramentas pedagógicas. Elas norteiam 
o conjunto de práticas adotadas no processo de ensino e aprendizagem. 
Assim, discuti-las e entendê-las são procedimentos fundamentais para se 
pensar em ações inovadoras e em uma educação de qualidade.
Neste capítulo, você vai ver como as metodologias do ensino de 
geografia se relacionam a questões inerentes à prática pedagógica. 
Você também vai ver como desenvolver uma aula temática incorpo-
rando metodologias inovadoras no processo de ensino. Por fim, você 
vai verificar a importância da pesquisa na práxis do professor para a 
realização de um trabalho dinâmico, contextualizado e em diálogo com 
a contemporaneidade.
Metodologias de ensino e aprendizagem de 
geografia
Uma metodologia é um conjunto de procedimentos e métodos adotados para 
se chegar a determinada fi nalidade. Os procedimentos metodológicos são 
fundamentais em qualquer contexto de pesquisa e ensino, mas adotá-los requer 
uma refl exão constante sobre os possíveis caminhos a serem trilhados e os 
resultados esperados ao fi nal.
Com relação ao uso de metodologias na educação, você deve compreender 
que os procedimentos adotados devem ter sempre um objetivo bem definido 
para o ensino e a aprendizagem. Assim, a metodologia é o passo a passo de 
um conjunto de ações adotadas para que o ensino e a aprendizagem alcancem 
os resultados do planejamento. Nesse contexto, a metodologia no ensino 
representa uma etapa primordial que influencia diretamente os resultados de 
uma educação de qualidade.
Como você pode imaginar, existem inúmeras metodologias de aprendizagem, 
que devem ser utilizadas em contextos variados e diversificados. Se você adotar 
apenas uma metodologia na hora de ensinar, corre o risco de desenvolver os 
conceitos com superficialidade. Afinal, temas distintos devem ser trabalhados de 
diversas formas, sob diferentes perspectivas e métodos. Nesse sentido, a adoção 
de metodologias variadas e diversificadas na hora de ensinar é importante para 
transmitir de diferentes formas conteúdos, temas e conceitos, bem como para 
desenvolver conhecimentos nos diferentes perfis de aluno.
Com isso em mente, é importante você diferenciar a metodologia da aula 
da metodologia de ensino. A metodologia da aula é um conjunto de procedi-
mentos, etapas, ferramentas e estratégias adotadas para uma aula. Tal conjunto 
tem como finalidade atingir objetivos específicos. Nesse caso, a metodologia 
é o modo de operação de uma aula. Ela tem como pano de fundo o objetivo do 
professor, que pode ser, por exemplo: reconhecer, diagnosticar, avaliar, cons-
truir, ensinar ou propor algo relacionado à temática da aula (ALMEIDA, 1991).
No caso da metodologia de ensino, o objetivo deve estar pautado em um 
conjunto de aprendizagens teóricas/conceituais e práticas que primam pelo 
desenvolvimento de habilidades e competências do aluno. A ideia é garantir 
uma aprendizagem plena, cidadã e emancipadora de determinados assuntos 
presentes no currículo. Assim, a metodologia de ensino é o conjunto de pro-
cedimentos (teóricos, técnicos, didáticos) adotados para que as aprendizagens 
ocorram da melhor forma. Em suma, a metodologia representa o percurso que 
o professor adota como estratégia para alcançar os objetivos de aprendizagem 
(ALMEIDA, 1991).
Almeida (1991, p. 86), ao frisar os procedimentos metodológicos que devem 
ser adotados no ensino de geografia, aponta o seguinte:
Nesse esforço, professor e alunos devem trabalhar juntos, sempre em coopera-
ção. O professor, ao invés de expor o conteúdo ou de apresentar uma planilha 
pronta com as etapas da "pesquisa" que espera que os alunos cumpram, deverá 
ser o coordenador das atividades a serem realizadas por eles. Nessa função o 
professor organiza o trabalho, orienta a sua sequência, fornece informações, 
Metodologia do ensino de geografia2
demonstra técnicas, provê recursos, discute ideias, levanta dúvidas, avalia 
resultados [...].
Como expõe Almeida (1991), o professor é um agente central no processo 
de ensino e aprendizagem,pois cabe a ele adotar as estratégias de trabalho e 
encaminhamento didático e metodológico. Nesse caso, a metodologia do ensino 
de geografia deve buscar o desenvolvimento de aprendizagens geográficas que 
levem o aluno aplicar as habilidades inerentes ao conhecimento geográfico, 
desenvolvendo competências essenciais.
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), as compe-
tências que devem ser desenvolvidas no ensino de geografia são:
1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/
natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução 
de problemas.
2. Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, 
reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das 
formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo 
da história.
3. Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do 
raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, 
envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, 
extensão, localização e ordem.
4. Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográ-
ficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para 
a resolução de problemas que envolvam informações geográficas.
5. Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investi-
gação para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o 
meio técnico-científico e informacional, avaliar ações e propor perguntas e 
soluções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem conhecimentos 
científicos da Geografia.
6. Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e 
defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência 
socioambiental e o respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de 
qualquer natureza.
7. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, 
flexibilidade, resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões 
socioambientais, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis 
e solidários (BRASIL, 2017, p. 364).
Essas competências devem nortear o planejamento pedagógico, didático e 
metodológico do ensino de geografia. A ideia é que, ao trabalhar os conteúdos 
3Metodologia do ensino de geografia
estabelecidos no currículo, o aluno desenvolva esse conjunto de competên-
cias trazidas pela Base Nacional Comum Curricular. Esse trabalho, porém, 
deve ser orientado a partir de procedimentos metodológicos estratégicos que 
reconheçam a diversidade dos alunos, de modo a incluir todos nas práticas 
adotadas, conforme estabelece a Política Nacional de Educação Especial na 
Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008).
A construção dos conhecimentos geográficos em torno do desenvolvimento 
dessas competências é fundamental. Assim, é necessário adotar práticas que 
façam o aluno a valorizar seus conhecimentos prévios e construir novos conhe-
cimentos a partir da aplicabilidade de teorias e conceitos (ALMEIDA, 1991).
Diante disso, o trabalho de determinados conceitos e temas da geografia 
é importante para um ensino geográfico amplo que contemple o disposto no 
currículo educacional. Entre tais conceitos e temas, você pode considerar: 
a natureza e a sua relação com a sociedade, as transformações territoriais, 
políticas e culturais, os estudos regionais e locais, a abordagem da paisagem 
e do lugar, além de contextos geográficos globais que podem ser discutidos 
a partir de temas específicos, como processos migratórios, geopolíticos, mu-
danças climáticas, biomas, entre outros (CARNEIRO, 1993).
A geografia escolar chegou ao Brasil com grande influência do positi-
vismo, corrente de pensamento que se desenvolveu no final do século XIX 
(PEREIRA, 1988). Devido a essa influência, os conteúdos passaram a ser 
transmitidos de modo seccionado, como se houvesse “caixas” de conheci-
mentos geográficos. Esse conjunto de conhecimentos seccionados dá a ideia 
de que há várias geografias, a urbana, a econômica, a rural, a física e assim 
por diante (ANDRADE, 2010).
O movimento de renovação da geografia que ocorreu por volta de 1970 
(MORAES, 1994) chegou à escola aos poucos, mais notoriamente após a 
implantação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996 (LDB, Lei 
nº 9.394). Tal lei trouxe concepções críticas ao ensino e inseriu temáticas 
como a globalização, a pobreza no terceiro mundo e as desigualdades socio-
espaciais, que passaram a compor o currículo. As tendências filosóficas que 
influenciaram as correntes de pensamento geográfico também chegaram ao 
ensino e impuseram metodologias diversificadas. Na escola tecnicista, por 
exemplo, o neopositivismo influenciou um ensino técnico, marcado pela 
categorização de dados e pela memorização de cidades, capitais, rios, entre 
outros (MOREIRA, 2011).
Metodologia do ensino de geografia4
Por outro lado, as correntes marxistas que deram sustentação teórico-
-metodológica para a geografia crítica tornaram o ensino engendrado nas 
questões sociais, de modo a inserir um profundo debate referente às desigual-
dades manifestadas no espaço, sua natureza e sua origem. Assim, as correntes 
marxistas evidenciam uma longa crítica ao modo como o espaço é apropriado 
e organizado, inserindo as questões produtivas/econômicas no bojo da relação 
socioespacial (MOREIRA, 2011).
As correntes humanistas também acabaram orientando o ensino de 
geografia. Elas resgataram o tratamento dos conceitos geográficos (e sua 
abordagem em sala de aula) e propuseram um ensino que valorizasse os 
conhecimentos adquiridos pelo aluno, de modo a reconhecer na paisagem e 
no lugar as identidades sobrepostas. A geografia cultural, inaugurada a partir 
da corrente humanista, passou a fazer parte do currículo também após a LDB. 
Além disso, o construtivismo pedagógico, corrente de ensino que tem como 
principal precursor Jean Piaget, também influenciou o ensino da geografia 
(CASTELLAR, 1999).
A partir da perspectiva do construtivismo, o professor valoriza os conhe-
cimentos prévios dos alunos. Ele realiza uma “sondagem” dos conhecimentos 
dos estudantes por meio de práticas em sala. Só então introduz os conteúdos, 
buscando aprimorar os conhecimentos do aluno, bem como sistematizá-los 
cientificamente, em um processo de construção do saber. Afinal, o aluno chega 
à sala de aula com conhecimentos prévios estabelecidos, pois sua vida ocorre 
e se manifesta no espaço geográfico. Portanto, todo aluno tem concepções 
já aprendidas de lugar, paisagem, território e sabe identificar as formas e o 
uso da natureza. Assim, cabe ao professor sistematizar esse emaranhado de 
informações dispersas e seccionadas, “cientificando” essa gama de conteúdos 
e permitindo que o aluno amplie seus conhecimentos e expanda a sua visão 
de mundo.
Ao longo desses processos, o aluno deixa de ser mero receptor de infor-
mações e passa a construir o seu conhecimento a partir de inúmeras experi-
ências já vivenciadas. Como você deve imaginar, para que isso efetivamente 
ocorra, é ncessária uma grande transformação nos métodos de ensino. Para 
que o professor de geografia consiga atingir seus objetivos, é fundamental 
um planejamento didático e metodológico. Assim, a metodologia representa a 
forma como o professor leva ao aluno os conhecimentos e conceitos que vão 
despertar e desenvolver suas habilidades e competências.
5Metodologia do ensino de geografia
Você conhece a sala de aula invertida? Essa é uma metodologia de ensino que 
permite ao aluno ser protagonista no processo de aprendizagem. Assim, os alunos 
pesquisam um tema e apresentam o que aprenderam para a turma. O trabalho em 
grupo, as discussões e as apresentações possibilitam uma aprendizagem ativa, de 
modo que o aluno constrói seus conhecimentos engajado com a coletividade.
A noção de habilidades e competências, tendência mais recente da educa-
ção, também modifica o fazer didático-pedagógico, pois insere duas questões 
importantes:por que ensinar? Como aplicar? Nesse sentido, o aluno aprende 
determinado conteúdo e deve, com isso, desenvolver habilidades específicas 
que permitam que aquilo que foi aprendido faça sentido em sua vida real, em 
suas habilidades. Assim, ele vai aplicar esse saber, ou seja, vai desenvolver 
competências de aprendizagem a partir dos conteúdos transmitidos e dos 
conhecimentos construídos.
Esse modo de ensinar, em voga atualmente, é amplamente apoiado pela 
atual Base Nacional Comum Curricular. Veja o que a BNCC afirma:
Esse processo de aprendizado abre caminhos para práticas de estudo provoca-
doras e desafiadoras, em situações que estimulem a curiosidade, a reflexão e 
o protagonismo. Pautadas na observação, nas experiências diretas, no desen-
volvimento de variadas formas de expressão, registro e problematização, essas 
práticas envolvem, especialmente, o trabalho de campo (BRASIL, 2017, p. 367).
Nesse contexto, diversas metodologias podem ser adotadas, desde metodo-
logias consideradas tradicionais até metodologias modernas, as metodologias 
ativas. Nestas, o aluno passa a ser protagonista na construção do conhecimento. 
O professor media o aprendizado e orienta o aluno no desenvolvimento de 
habilidades específicas. Por outro lado, as metodologias tradicionais consistem 
em um aluno passivo e um professor transmissor. Nesse modelo, o professor 
dotado do conhecimento transmite o conteúdo e o aluno (receptor) interpreta 
os esquemas e as informações transmitidas.
As metodologias ativas tornam o aluno envolvido e engajado no seu pro-
cesso de construção do conhecimento. Essas metodologias de ensino visam a 
estimular uma aprendizagem baseada na participação e no trabalho em grupo. 
Também buscam incentivar a coletividade e a aplicação de conceitos e temas 
Metodologia do ensino de geografia6
em contextos reais. Além disso, elas propõem a cooperação e a resolução 
de problemas, tornando o aluno um cidadão engajado e comprometido com 
demandas sociais (MORAES; CASTELLAR, 2018).
As metodologias ativas, como a aprendizagem baseada em projetos e a aprendizagem 
baseada em problemas, têm sido utilizadas em inúmeras instituições educacionais 
no Brasil e no exterior. Tais metodologias apresentam resultados satisfatórios devido 
ao engajamento por parte dos alunos, que propõem ações para a melhoria efetiva 
da realidade.
A proposta desse tipo de metodologia é fazer o aluno desenvolver a cooperação, 
trabalhar em grupos, pensar na resolução de problemas reais e aplicar os conceitos, 
temas e teorias que ele viu em sala. Além disso, as metodologias ativas estimulam a 
participação e o interesse pela disciplina. Essas metodologias podem ser aplicadas 
de inúmeras formas, mas basicamente são uma proposta que rompe com o ensino 
tradicional e coloca o aluno no centro do processo de ensino e aprendizagem (MORAES; 
CASTELLAR, 2018).
Na disciplina de geografia, é importante levar o aluno a refletir sobre 
os problemas reais, do seu bairro, do seu município e da sua região. Assim, 
ele pode conhecer melhor o seu espaço de vivência e propor ações para 
melhorar o seu entorno. Isso contribui para o exercício da cidadania e es-
timula aprendizagens reflexivas, ativas e engajadas com a sociedade. Para 
tal, é necessário uma utilização dos conceitos geográficos que permita uma 
leitura ampla e científica de mundo, correlacionando os processos ao seu 
espaço de inserção.
Nesse contexto, é necessário o trabalho de campo como prática metodo-
lógica “laboratorial”. O campo permite evidenciar os inúmeros processos 
geográficos in loco. Isso possibilita a aplicação dos conceitos e teorias na 
interpretação da formação e da constituição de processos e dinâmicas presentes 
no espaço geográfico.
Tomita (1999, p. 14), ao abordar o trabalho de campo, afirma que ele tem se 
revelado um bom instrumento: “É uma atividade que contribui para estreitar 
a relação dos alunos entre si e com os professores, conduzindo-os a praticar 
atitudes necessárias [...]”. Por meio dele, os estudantes podem “[...] assimilar 
e compreender melhor os conteúdos específicos [...]”. Isso interfere “[...] na 
7Metodologia do ensino de geografia
modificação de atitude e formação da personalidade, que mais tarde poderá 
servir para a vida social e profissional [...]”.
O uso das tecnologias também representa um grande avanço e um grande 
desafio no ensino de geografia. Além das tecnologias usuais no ensino, como 
recursos audiovisuais e demais aparelhos tecnológicos, hoje ferramentas e 
softwares desenvolvem sistemas de mapeamento e representação cartográfica. 
Esses instrumentos devem ser trabalhados no ensino, pois permitem uma 
leitura e uma análise sistemáticas e atualizadas do espaço geográfico. Além 
disso, inserem o aluno em um sistema de aprendizagem moderno e atualizado, 
muitas vezes desconhecido até mesmo pelos docentes (MAIO; SETZER, 2011).
As metodologias do ensino de geografia, nesse contexto, devem primar 
pelo desenvolvimento de aprendizagens específicas e utilizar ferramentas e 
materiais didáticos para tais fins. As práticas em sala de aula devem ser sempre 
pensadas e planejadas a partir de objetivos definidos que se relacionem com as 
tendências pedagógicas atuais, levando em consideração os conceitos basilares 
da geografia para a elaboração de aulas diferenciadas.
Aulas temáticas no ensino de geografia
Toda construção de aula deve partir de um ou vários objetivos (um central e 
outros secundários). Atualmente, além de defi nir os objetivos de aprendizagem 
de uma aula, você deve responder: quais são as habilidades que eu irei trabalhar? 
E quais são as competências que eu irei desenvolver no aluno? Essa noção de 
ensino foi introduzida pela Base Nacional Comum Curricular (BRASIL,2017).
A partir daí, você pode pensar nas estratégias que vai adotar para atingir 
seus objetivos. Entre as estratégias, estão: escolha dos materiais e recursos, 
seleção de metodologia e, posteriormente, avaliação da aprendizagem. Assim, 
a escolha da metodologia é fundamental. A partir da metodologia é que se 
definem os materiais e recursos didáticos, a forma de avaliar, os níveis de 
interação e a participação dos alunos na aula, entre outros aspectos. A escolha 
da metodologia é sempre importante e exige uma ampla reflexão, pois ela é 
o caminho até os objetivos desejados.
Os conceitos geográficos norteiam as propostas pedagógicas do ensino 
de geografia. Assim, todo processo de construção de aula temática deve ser 
pensado a partir do conceito que será tratado. Os conceitos basilares da geo-
grafia são: espaço geográfico, território, região, paisagem e lugar (SPOSITO, 
2004). Mas outros conceitos podem ser trabalhados também. Por exemplo: 
natureza, globalização, redes, entre outros.
Metodologia do ensino de geografia8
O espaço geográfico é todo o espaço influenciado pelo homem. Sua organização e 
sua hierarquia compõem o território. Ou seja, o território é a organização do espaço 
geográfico. A partir dos processos hierárquicos, políticos, simbólicos e econômicos, é 
formada a dimensão territorial. Por sua vez, a materialização dos processos humanos 
e físicos forma a paisagem, numa simbiose de relações integradas. Já a região é um 
recorte no espaço geográfico cujas dinâmicas internas apresentam similaridades, 
enquanto o lugar é um espaço único, um ponto no globo terrestre, ou mesmo um 
espaço singular construído pela relação do indivíduo com dado local.
As aulas temáticas representam uma oportunidade de romper com modelos 
tradicionais de ensino, nos quais os conhecimentos são expostos de maneira 
seccionada e fragmentária. Dessa maneira, o objetivo de aulas temáticas 
consiste em permitir uma leitura de mundo ampla e integrada (MAGOGA; 
SCHNEIDER; MUENCHEN, 2013). O trabalho do conceito de território, 
por exemplo, pode levar o aluno a refletir sobre seu bairro, seu município, 
seu país e seu estado, identificando as diversas formas de uso e ocupação do 
solo de modo amplo.
De certa forma, é possível incluir todos osconceitos na elaboração de 
uma aula bem planejada. Afinal, os conceitos são uma forma de análise do 
espaço geográfico e de seus conteúdos adjacentes, formas e rugosidades. Eles 
englobam vários temas da geografia, indicando o caráter unitário e complexo 
dessa ciência.
Exemplos de aulas temáticas
O trabalho com a paisagem pode envolver a construção de diversos conhe-
cimentos geográfi cos. O conceito de paisagem sofreu uma série de transfor-
mações devido às diversas correntes paradigmáticas da geografi a. Os estudos 
da paisagem ganharam maior substância a partir da teoria dos geossistemas, 
estabelecida por Bertrand em 1970 (BRITTO; FERREIRA, 2011). Assim, esse 
conceito pode ser trabalhado de diversas maneiras no contexto pedagógico.
A aplicação de uma aula temática sobre a paisagem deve valorizar as 
experiências e vivências do aluno (TUAN, 2013). A ideia é que ele reconheça 
na paisagem elementos sociais, culturais, naturais e outros. Portanto, para 
trabalhar com paisagem, é necessário investigar os conhecimentos do aluno 
no intuito de averiguar as possibilidades e desafios da proposta. Após a “son-
9Metodologia do ensino de geografia
dagem” dos conhecimentos prévios, os alunos podem realizar um desenho de 
um lugar que tenha um significado particular para eles.
É necessária uma descrição dos elementos presentes na paisagem. Os alunos 
podem trabalhar em grupos e discutir os diferentes formatos das paisagens e 
da descrição dos lugares. Por sua vez, o professor pode pedir para os alunos 
confeccionarem mapas que levem à representação cartográfica do desenho 
que fizeram, inserindo símbolos e rotas (RICHTER, 2013). Essa prática per-
mite trabalhar os conceitos de lugar, paisagem e elementos da cartografia. 
Além disso, permite trabalhar com maior profundidade a alteração do espaço 
geográfico a partir dos desenhos e dos elementos culturais presentes na mo-
dificação da paisagem.
Outro exemplo é referente aos estudos urbanos. O professor pode trabalhar 
utilizando várias metodologias ativas, como a aprendizagem baseada em 
problemas. Nesse caso, o professor deve partir de questões reais (concretas) que 
ocorrem no ambiente urbano (de preferência no espaço de inserção do aluno). 
A partir dessas problemáticas, os alunos precisam discutir as possibilidades 
existentes para a resolução dos problemas e propor soluções.
Esse tipo de prática incentiva o desenvolvimento de leituras complexas 
sobre as áreas urbanas e possibilita uma interpretação sistemática sobre as 
desigualdades existentes nesses espaços (SCHAFFER, 1992). Os alunos podem 
realizar pesquisas e apresentar seminários a partir de escolhas de propostas 
discutidas. É sempre relevante, na organização de uma aula temática, que você 
se questione o seguinte: qual é o objetivo da aula? E quais são os caminhos 
que irei percorrer para que o meu aluno construa os conhecimentos desejados? 
Para isso, é importante sempre recorrer à pesquisa na práxis docente, como 
você vai ver a seguir.
Papel da pesquisa na práxis docente
Para obter resultados efetivos na educação, o professor deve se manter em 
constante formação. Isso é necessário para ele entender as especifi cidades 
de sua área de atuação e também para compreender questões pedagógicas 
relacionadas ao processo de ensino e aprendizagem.
Vários paradigmas orientaram a formação docente ao longo do tempo. 
Contudo, as teorias e paradigmas em torno da educação sofrem constantes 
mudanças e inovações. Isso exige do docente aperfeiçoamentos, reflexão 
e vigilância constante sobre o fazer pedagógico e didático (COSTA; MO-
REIRA, 2016).
Metodologia do ensino de geografia10
Costa e Moreira (2016) fazem um amplo esforço para compreender o perfil 
do professor na atualidade e os paradigmas que orientam a sua formação. 
Assim, as autoras afirmam que ocorre:
[...] a preocupação de formar o professor a partir de um novo paradigma, 
pautado em abordagens centradas na concepção de formação como processo 
permanente, com respeito à capacidade reflexiva, crítica e criativa [...] O novo 
modelo de formação parte do reconhecimento da especificidade da formação 
e da revisão de saberes essenciais da docência, na expectativa da emancipação 
do profissional. Contudo, o momento atual é de transição assinalada pela 
crise do modelo anterior e pela incerteza quanto aos novos paradigmas de 
formação docente. Não basta criar teorias sobre a formação de professores, 
mas criar condições de produzir referenciais concretos que possam efetivar 
em sua prática (COSTA; MOREIRA, 2016, p. 30).
Como você pode notar, há uma preocupação genuína com o processo de 
formação docente devido às incertezas existentes no campo da educação. 
Além disso, a produção teórica/científica é insuficiente para resolver a pro-
blemática apresentada, diante da realidade de condições concretas para que a 
formação docente constante ocorra. Desse modo, é preciso repensar os papéis 
e significados da carreira.
As autoras ainda complementam:
A docência, se entendida como atividade intelectual e prática, exige do pro-
fessor proximidade com o processo investigativo, uma prática pedagógica 
reflexiva, crítica, criativa e baseada em metodologias de ensino diversificadas. 
O professor da escola básica deve ter atitude investigativa através da pesquisa 
e assim obter domínio e habilidade de produzir pesquisa. Essa capacidade 
de investigar pelo exercício da pesquisa provoca mudança perante o conhe-
cimento, superando a prática pedagógica de reprodução do conhecimento 
pronto e acabado. Pela pesquisa, a construção do conhecimento se faz pelo 
processo de produção e apropriação como produto social e na determinação 
do contexto histórico (COSTA; MOREIRA, 2016, p. 31).
Nesse sentido, na prática pedagógica do professor de geografia, é impor-
tante o desenvolvimento de projetos institucionais, ligados à pesquisa de áreas 
temáticas que incluam os alunos. A precariedade dos instrumentos muitas vezes 
traz a urgência de se pensar em formas inovadoras de agregar conhecimentos 
e experiências, a partir de ferramentas que vão além da sala de aula (MELLO, 
2018). Assim, projetos que buscam coletar dados, sejam eles empíricos, de 
campo ou laboratório, são interessantes para que o aluno identifique as apli-
11Metodologia do ensino de geografia
cabilidades teórico-conceituais, bem como para que desenvolva ativamente 
a construção do saber geográfico engajado com projetos (MELLO, 2018).
Ao mesmo tempo, é necessário que o professor de geografia desenvolva 
pesquisas tanto de áreas específicas quanto relacionadas aos processos de 
ensino. Assim, o docente terá o suporte necessário para levar ao ambiente 
educacional uma geografia participativa, científica e cidadã.
Leia o artigo “Educação, Geografia e o desafio de novas tecnologias”, de Angelica 
Carvalho Di Maio e Alberto W. Setzer, disponível no link a seguir.
https://qrgo.page.link/95Nr
Apontamentos
Como você viu, a metodologia representa uma importante etapa no processo 
de ensino. A partir dela é que se defi nem as formas, processos e caminhos para 
um ensino de qualidade. Assim, ao defi nir um conjunto de metodologias, você 
deve apontar o percurso que será trilhado até o objetivo planejado.
No decorrer da história, diversas formas de ensinar pautaram o fazer 
pedagógico, a exemplo do ensino tradicional, do ensino tecnicista, do en-
sino crítico, do ensino construtivista e, atualmente, do ensino baseado no 
desenvolvimento de habilidades e competências (COSTA; MOREIRA, 2016; 
PEREIRA, 1988; PORTELA, 2018). De todo modo, os fragmentos dessas 
correntes permanecem ativos e os modelos didáticos e metodológicos são 
debatidos por inúmeros pesquisadores que desejam encontrar fórmulas e 
teorias mais eficazes que respondam aos anseios da sociedade atual. Como 
você deve imaginar, o desafio é grande.
Os conteúdos da geografia, que envolve as dimensões ambientais, culturais, 
socioeconômicas e políticas, devem ser contemplados em cada etapa de ensino, 
de modo que o trabalho com osconteúdos do currículo abarque as dimensões 
necessárias e possibilite o desenvolvimento de habilidades específicas em 
Metodologia do ensino de geografia12
torno de vários temas (CALLAI, 2011). Além disso, também são relevantes o 
trabalho conjunto dos conteúdos transversais e a interdisciplinaridade como 
prática metodológica no ensino. A complementaridade e a contextualização 
dos assuntos permite uma aprendizagem mais integrada e efetiva (COSTA; 
MOREIRA, 2016).
Diante do contexto em que tecnologias chegam ao ambiente escolar, metodo-
logias tradicionais são repensadas e alguns métodos de ensino são contestados 
(MAIO; SETZER, 2011). Novas demandas emergem na educação, enquanto 
novos alunos e sujeitos aprendentes protagonizam a transformação de correntes 
pedagógicas e metodológicas. Nesse cenário de transformações e incertezas, 
qual será o papel do ensino da geografia? É possível pensar a práxis em sala 
de aula de modo a garantir processos inovadores na gestão da aprendizagem?
Dentro da sala de aula, a geografia deve promover uma interpretação 
sistemática do espaço. Contudo, fora da sala de aula, deve conceber um aluno 
que compreenda as mutações e dinâmicas existentes no espaço geográfico, 
de modo que a leitura do território e dos poderes institucionalizados e hie-
rarquizados seja respondida por uma interpretação crítica e consistente. O 
aluno deve ter plena condição de visualizar as mudanças nas paisagens e 
reconhecer as identidades e marcas históricas expressas nos lugares e na sua 
materialização. Ao mesmo tempo, deve vislumbrar possibilidades de melho-
rias ambientais, pensando práticas de sustentabilidade e de melhoria na vida 
urbana e na vida rural.
Como você sabe, a escola é o espaço da difusão do saber. Contudo, os 
conhecimentos devem sair dos muros da escola e servir para a interpretação 
clínica das inúmeras relações que modificam o espaço geográfico, as regiões 
e os territórios. A leitura do mundo globalizado e das desigualdades existentes 
deve servir para que o aluno repense o seu papel de cidadão e construa uma 
consciência universal de respeito à diversidade planetária (FERREIRA, 2017).
As indagações que pairam sobre os ambientes educacionais devem ser 
respondidas com práticas contextualizadas, inovadoras e planejadas. Além 
disso, devem entrar em cena metodologias eficazes para que o aluno tenha 
condições de realizar uma ampla leitura de mundo, estabelecendo as relações 
necessárias entre a sociedade e a natureza. Ele ainda precisa desenvolver 
outras habilidades inerentes à ciência geográfica de modo crítico, reflexivo 
e ativo, operando a construção do conhecimento a partir de novos métodos 
de aprendizagem.
13Metodologia do ensino de geografia
ALMEIDA, R. D. A propósito da questão teórico-metodológica sobre o ensino de 
geografia. Revista Terra Livre, São Paulo, n. 8, p. 83-90, 1991. Disponível em: http://
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em: 7 abr. 2019.
ANDRADE, Manoel Correiade. Geografia rural: questões teórico-metodológicas 
e técnicas. Campo-Território: Revista de Geografia Agrária, Uberlândia, v. 5, n. 9, p. 
5-16, fev. 2010.
BRASIL. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da 
educação nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.
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BRASIL. Ministério da Educação. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da 
educação inclusiva. Brasília: MEC, 2008. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.
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-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva-05122014&Itemid=30192. 
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pdf. Acesso em: 7 abr. 2019.
Metodologia do ensino de geografia14
MAGOGA, T. F.; SCHNEIDER, T. M.; MUENCHEN, C. O desenvolvimento de abordagens 
temáticas nas salas de aula: um estudo preliminar. In: ENCONTRO NACIONAL DE PES-
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MAIO, A. C. D.; SETZER, A. W. Educação, geografia e o desafio das novas tecnologias. 
Revista Portuguesa de Educação, Braga, v. 24, n. 2, p. 211-241, 2011. Disponível em: http://
www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-91872011000200010. 
Acesso em: 7 abr. 2019.
MELLO, M. C. O. Da teoria à prática do ensino de Geografia. In: GIOMETTI, A. L. R. (org.). 
Anos iniciais do ensino fundamental: conteúdos e didática de Geografia. 2. ed. São Paulo: 
UNESP, 2018. v. 4, p. 167-214.
MORAES, A. C. R. Geografia: pequena história crítica. São Paulo: Hucitec, 1994.
MORAES, J. V.; CASTELLAR, S. M. V. Metodologias ativas para o ensino de geografia: 
um estudo centrado em jogos. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, v. 17, 
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REEC_17_2_07_ex1324.pdf. Acesso em: 7 abr. 2019.
MOREIRA, R. Para onde vai o pensamento geográfico? Por uma epistemologia crítica. 
São Paulo: Contexto, 2011. 
PEREIRA, R. M. F. A. Da geografia que se ensina a gênese da geografia moderna. 1988. 
Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Cen-
tro de Ciências da Educação, Universidade Federal de Santa Catarina, 1988. Dispo-
nível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/75444/91150.
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trabalho docente. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011. Disponível em: http://www.
creasp.org.br/biblioteca/wp-content/uploads/2013/10/O_mapa_mental_no_en-
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SPOSITO, E. S. Geografia e filosofia: contribuição para o ensino do pensamento geográ-
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br/revistas/uel/index.php/geografia/article/view/10199/9006. Acesso em: 7 abr. 2019.
15Metodologia do ensino de geografia
Leituras recomendadas
BOMFIM, N. Geografia escolar: qual o seu problema? Caminhos de Geografia, Uberlândia, 
v. 7, n. 18, p. 123-133, jun. 2006.
CAVALCANTI, L. S. Cotidiano, mediação pedagógica e formação de conceitos: uma 
contribuição de Vygotsky ao ensino de geografia. Cadernos Cedes, Campinas, v. 25, 
n. 66, p. 185-207, maio/ago. 2005 Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ccedes/
v25n66/a04v2566.pdf. Acesso em: 7 abr. 2019.
FREITAS, E. S.; SALVI, R. F. A ludicidade e a aprendizagem significativa voltada para o 
ensino de geografia. [S. l.: s. n., 2010]. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.
pr.gov.br/portals/pde/arquivos/89-4.pdf. Acesso em: 7 abr. 2019.
LOBLER, C. A.; SIMÕES, M. A. Metodologia do ensino de geografia. Porto Alegre: Sagah, 
2016.
SILVA, R. O.; CAPISTRANO, R. P.; GONÇALVES, F. E. Dinamização da prática pedagógica 
no ensino de geografia. HOLOS, Natal, ano 26, v. 5, p. 175-182, 2010. Disponível em 
https://docs.google.com/viewerng/viewer?url=http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.
php/HOLOS/article/viewFile/569/398. Acesso em: 7 abr. 2019.
STRAFORINI, R. O ensino de geografia como prática espacial de significação. Estudos 
Avançados, São Paulo, v. 32, n. 93, p. 175-195, 2018 Disponível em: http://www.scielo.
br/pdf/ea/v32n93/0103-4014-ea-32-93-0175.pdf. Acesso em: 7 ar. 2019.
TUAN, Y.-F. Espaço e Lugar: a perspectiva da experiência. São Paulo: Difel, 1983.
Metodologia do ensino de geografia16
DICA DO PROFESSOR
A utilização de metodologias variadas no contexto escolar é fundamental na atualidade, 
principalmente em virtude dos avanços tecnológicos e das demandas que emergem na 
sociedade, impondo aos professores a adoção de novas práticas pedagógicas. O problem based 
learning (PBL), ou aprendizagem baseada em projetos, é uma metodologia de ensino ativa e 
inovadora, que pode ser utilizada no desenvolvimento de temas geográficos.
Na Dica do Professor, você irá conhecer as etapas da aprendizagem baseada em projetos, além 
de ter acesso a sugestões de como utilizar essa metodologia no ensino de Geografia.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) A metodologia de ensino é um conjunto de procedimentos e etapas que irá garantir o 
desenvolvimento pleno das aprendizagens e irá nortear as estratégias didáticas e as 
ações pedagógicas. Sobre a metodologia de ensino e as discussões atuais referentes a 
essas questões é correto afirmar que:
A) a metodologia é uma das ferramentas mais importantes no processo de ensino-
aprendizagem, pois ela irá nortear um conjunto de ações adotadas na práxis pedagógica.
B) de acordo com a nova Base Nacional Comum Curricular, a metodologia de ensino na 
Geografia deve adotar um único padrão que deve ser seguido e implementado em todas as 
escolas da federação.
C) após os debates que emergiram em torno das metodologias de ensino nas últimas décadas, 
houve um abandono das metodologias tradicionais.
após o fracasso com as metodologias inovadoras que surgiram no ambiente escolar e D) 
acadêmico, as metodologias tradicionais voltaram a ser predominantes no processo de 
ensino-aprendizagem.
E) o debate acerca das metodologias de ensino não está mais em voga como na década de 
1990, devido ao alcance de uma educação de qualidade nas escolas brasileiras.
2) As correntes pedagógicas foram alteradas e deram origem a novas perspectivas e 
métodos de ensino. A Geografia, nesse contexto, passou a ser ensinada com a 
utilização de novas metodologias e novas ferramentas didáticas que foram 
incorporadas na práxis docente. Com base no enunciado, é correto afirmar, sobre os 
paradigmas da educação, que:
A) as correntes tecnicistas prevalecem até a atualidade.
B) o positivismo pedagógico ainda está em voga mesmo com surgimento de metodologias 
variadas.
C) o construtivismo ganha cada vez mais importância, principalmente com o debate acerca 
das metodologias ativas.
D) foi durante o período da escola nova que as metodologias ativas surgiram com maior 
ênfase.
E) as metodologias ativas substituíram todas as metodologias devido ao resultado satisfatório 
no ensino.
3) No Brasil, as políticas educacionais e as legislações sofreram grandes mudanças após 
a década de 1990. Atualmente, foi implementada uma nova Base Nacional Comum 
Curricular, que objetiva integrar o currículo entre os entes federativos e adotar a 
mesma linguagem nos objetivos educacionais. A atual Base Nacional Comum 
Curricular, ao tratar das metodologias de aprendizagem, incentiva:
A) o uso de metodologias tradicionais.
B) o uso exclusivo de metodologias modernas e tecnológicas.
C) o uso diversificado de metodologias e diferentes estratégias de ensino.
D) o abandono das metodologias tradicionais.
E) o uso intensivo de projetos comunitários e metodologias engajadas com a comunidade 
local.
4) O processo de ensino deve ocorrer de modo planejado para que os objetivos sejam 
trabalhados da melhor forma possível e os caminhos e procedimentos adotados levem 
ao aluno uma compreensão profunda acerca dos temas e dos objetivos. Sobre o 
processo de planejamento de aula, podemos ressaltar que:
A) o planejamento das aulas deve ocorrer sempre no início do ano letivo para orientar o 
trabalho docente no decorrer do ano.
B) o planejamento das aulas deve ser constante e buscar pelo desenvolvimento de habilidades 
e competências inerentes ao conhecimento geográfico.
C) o planejamento das aulas deve ocorrer para conteúdos fora do currículo. Para os conteúdos 
curriculares, o planejamento deve ser feito pelo aluno em sala de aula.
D) o planejamento de aulas, que inclui a metodologia e os materiais que serão utilizados, é 
realizado pelo aluno antes do início das aulas. É o aluno que decide quais atividades serão 
realizadas por ele no decorrer do ano letivo.
quando há utilização de metodologias ativas, o planejamento de aulas é dispensado devido 
à construção da aula ser realizada pelo aluno, que passa ser ativo na construção dos 
E) 
conhecimentos.
5) A aprendizagem baseada em problemas é uma metodologia ativa que se tornou 
bastante discutida nos últimos anos devido ao seu caráter funcional e dinâmico em 
sala de aula. Nesse contexto, a adoção de metodologias como essa tem acontecido 
cada vez mais, por docentes do Brasil todo. Sobre essa metodologia é correto afirmar 
que:
A) só pode ser trabalhada com problemas globais, o que dificulta esse tipo de metodologia em 
algumas escolas e colégios que têm dificuldade de acesso a informações atualizadas.
B) geralmente, é trabalhada com conteúdos específicos, o que impede a interdisciplinaridade 
no ambiente escolar, já que se centraliza em aspectos teóricos tradicionais de cada 
disciplina.
C) dificulta os trabalhos em grupo devido ao caráter funcional, prático e individual dessa 
metodologia, que exige plena concentração de conhecimento, diminuindo a cooperação 
entre os alunos.
D) substitui as metodologias tradicionais largamente incentivadas em sala de aula e 
atualmente é trabalhada em praticamente todas as unidades de ensino de país.
E) vem ganhando amplo espaço no ambiente escolar por permitir o trabalho em grupos 
engajados com problemas reais, tornando o aluno protagonista na construção do 
conhecimento.
NA PRÁTICA
Práticas inovadoras no processo de ensino têm sido discutidas por inúmeros pesquisadores e 
equipes pedagógicas no Brasil e no mundo. Na atualidade, a metologia de sala de aula 
invertida tem sido debatida e apresentada como uma opção importante para trabalhar práticas 
pedagógicas nas quais o aluno é autônomo e protagonista na construção de seus conhecimentos. 
Neste Na Prática, você vai conhecer a metologia de sala de aula invertida, além de perceber 
como trabalhar contextos geográficos utilizando essaprática.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Aprendizagem baseada em projetos – uma nova estratégia de ensino para o 
desenvolvimento de projetos
O trabalho analisa a teoria da aprendizagem baseada em projetos, demonstrando as etapas e o 
debate em torno das metodologias ativas e da inovação nas metodologias educacionais.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Sala de aula invertida: uma abordagem para combinar metodologias ativas e engajar 
alunos no processo de ensino-aprendizagem
O artigo demonstra como o trabalho com sala de aula invertida pode promover melhorias no 
processo de ensino-aprendizagem, motivando e engajando os alunos em torno das temáticas, 
resultando em melhorias significativas no contexto educacional.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
As dificuldades no ensino-aprendizagem da disciplina Geografia na unidade escolar 
Godofredo Freire (PI)
Neste artigo, você verá as as principais dificuldades de se trabalhar com conteúdos geográficos, 
além de ter acesso a opções e soluções que foram desenvolvidas e diagnosticadas no caso em 
questão.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!

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