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TCC A dependencia emocional vista pela teoria cognitivo comportamental

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Universidade São Judas Tadeu 
Psicologia 
 
 
A dependência emocional vista pela teoria cognitivo-
comportamental. 
 
 
 
 
 Leticia Silva Ruel 
 Vitoria Costa Moreira 
 Orientadora: Dra. Maria Rita Gascon 
 
São Paulo 
2021
Leticia Silva Ruel 
Vitoria Costa Moreira 
 
A dependência emocional vista pela teoria cognitivo-
comportamental 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Universidade São Judas Tadeu como requisito 
parcial à obtenção de título de Bacharel. 
 
Orientadora: Dra. Maria Rita Gascon 
 
São Paulo 
2021
Resumo 
Este estudo teve como objetivo apresentar a dependência emocional, seus sintomas e 
possíveis causas, como a teoria cognitivo-comportamental enxerga a dependência emocional e 
como ela pode intervir. Obtivemos um total de 103 participantes, a pesquisa foi feita através da 
plataforma digital Google forms disponibilizada em 02 de junho de 2021 a 02 de julho, foram 
respondidos o questionário sociodemográfico e o Cuestionario de Dependência Emocional 
(CDE), onde das 52 afirmações do CDE, apenas 12 tiveram significância. No geral da pesquisa 
os participantes não se identificaram com as afirmações, a idade pode ser um dos fatores 
relacionados à dependência emocional, como os participantes são jovens eles têm fácil acesso 
à informação sobre o tema, podendo evitar desenvolver o transtorno dependente afetivo. Mas 
distribuindo a frequência de respostas, os solteiros apresentaram sinais para dependência 
emocional em relacionamento amoroso, social e parental. Supõe-se que eles tenham se 
identificado com as afirmações a respeito do relacionamento amoroso por justamente não 
estarem em um relacionamento, assim, são criadas crenças e pensamentos disfuncionais, 
enquanto os relacionamentos sociais e parentais, podem estar relacionados ao apego inseguro 
ambivalente, Bowlby (1958, pp. 1-25.) desenvolvido enquanto bebês, uma vez que os primeiros 
vínculos originados desde o nascimento servem como base para a formação dos próximos 
vínculos do indivíduo, para Beck (1997) conteúdos cognitivos aparecem em forma de regras e 
suposições relacionadas ao nível mais profundo, sendo essas as crenças centrais referentes a si 
mesmo, dos outros e do mundo, a partir de experiências remotas da infância. 
Palavras-chave: Dependência emocional, Intervenção, Terapia cognitivo-
comportamental, Relacionamento. 
 
 
 
 
 
 
 Abstract 
This study aimed to present emotional dependence, its symptoms and possible causes, 
how the cognitive-behavioral theory sees emotional dependence and how it can intervene. We 
obtained a total of 103 participants, the survey was carried out through the digital platform 
Google forms made available on June 2, 2021 to July 2, the sociodemographic questionnaire 
and the Cuestionario de Dependencia Emocional (CDE) were answered, where of the 52 
statements of the CDE , only 12 were significant. Overall, the participants did not identify with 
the statements, age can be one of the factors related to emotional dependence, as the participants 
are young, they have easy access to information on the topic and can avoid developing affective 
dependent disorder. But distributing the frequency of responses, singles showed signs of 
emotional dependence in romantic, social and parental relationships. It is assumed that they 
have identified with statements about the love relationship precisely because they are not in a 
relationship, thus, dysfunctional beliefs and thoughts are created, while social and parental 
relationships may be related to ambivalent insecure attachment, Bowlby ( 1958, pp. 1-25.) 
developed as babies, since the first bonds originated from birth serve as a basis for the formation 
of the individual's next bonds, for Beck (1997) cognitive contents appear in the form of rules 
and related assumptions at the deepest level, these being the core beliefs about oneself, others, 
and the world from early childhood experiences. 
Keywords: Emotional dependence, Intervention, Cognitive-behavioral therapy, 
Relationship. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 Introdução 
A necessidade de suporte, orientação e aprovação o tempo todo, ou se agir, decidir e 
resolver algo de forma independente causa ansiedade, são características de quem sofre do 
transtorno dependente afetivo. De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de 
Transtornos Mentais - DSM-5 (2014), aponta que o transtorno de personalidade dependente, 
também denominado de dependência afetiva, tem como característica diagnóstica, uma 
necessidade difusa e excessiva de ser cuidado que leva ao comportamento de submissão e apego 
e a temores de separação, seja de um relacionamento amoroso, familiar ou amizade. 
Dependentes afetivos geralmente apresentam algumas características 
específicas, tais como: 1) serem exclusivas em seus relacionamentos interpessoais, 
tendo apenas um pequeno número de pessoas com as quais se relacionam, 2) precisam 
de acesso constante à pessoa da qual dependem emocionalmente, ou seja, o outro 
precisa estar sempre disponível, 3) necessitam de forma exagerada a aprovação de 
outras pessoas, passam a maior parte do tempo tentando agradar as pessoas que estão 
ao seu redor ao invés de a si mesmos, 4) subordinação nas relações com os parceiros, 
uma vez que tentam de todas as formas preservar a relação, 5) idealização de seus 
parceiros selecionando-os com características entendidas como egoístas, com muita 
segurança em si mesmo e frio emocionalmente, 6) pânico com a ruptura do 
relacionamento e podem desenvolver transtornos mentais tais como vazio emocional, 
sintomas de abstinência na ausência do parceiro, depressão e entre outros (Blasco, 2001, 
2004; see also Jimenez & Ruiz, 2009). 
A origem do amor patológico ou dependência emocional, pode estar associada ao apego 
aprendido na infância, John Bowlby em sua obra “teoria do apego” descreve como os primeiros 
vínculos podem moldar as expectativas futuras do indivíduo sobre si e sobre o mundo, ele 
identificou três tipos de apego e o que se assemelha a dependência afetiva é o ambivalente 
(inseguro) onde a criança apresenta grande ansiedade na ausência da mãe, e os que não 
possuíam reações emocionais previsíveis ou consistentes, poderiam gerar adultos com grande 
medo de abandono. Crianças absorvem os comportamentos do ambiente em que vivem, aquilo 
que elas podem ver e como são tratadas, as crianças observam como as relações se dão ao seu 
redor, como o pai e a mãe se relacionam, os irmãos, avós e todas as pessoas que convivem com 
ela, assim a forma como um indivíduo adulto se relaciona está ligado às experiências vividas 
em sua infância. (Bowlby 1958, pp. 1-25.). 
A teoria cognitivo de Beck (1963, pp. 324–344) e a Terapia Racional Emotiva 
Comportamental de Ellis (1957, pp. 38–44), foram responsáveis por criarem a estrutura 
5 
 
fundamental do paradigma moderno da teoria cognitiva-comportamental, os modelos anteriores 
não tratavam os sintomas de transtorno da personalidade como uma expressão de uma doença 
ou conflito subjacente, mas sim como respostas humanas a estímulos específicos ou gerais que 
teriam sido aprendidos. No entanto, na estrutura moderna, o componente cognitivo tem sido 
enfatizado com frequência, entendido como uma “causa” preliminar dos outros, sendo uma 
estrutura psicológica interativa multidimensional, originando o modelo ABC, onde “a” seriam 
os eventos ativadores. O “b” as crenças do indivíduo, o processamento das informações 
(cognições) através de crenças e pensamentos. E “c” são as consequências em forma de 
respostas subjetivas, comportamentais ou psicofisiológicas do indivíduo. 
Indivíduos com transtorno de personalidade dependente ou apego patológico, 
apresentam distorções cognitivas de catastrofização,onde há muito pessimismo e negatividade, 
fica imaginando o pior e para o dependente afetivo o pior que pode acontecer é ser abandonado, 
existe um medo de abandono muito intenso no dependente afetivo e isso faz com que ele passe 
a maior parte do tempo “vivendo para o outro”. Outra distorção seria a maximização e 
minimização, assim ele minimiza suas conquistas ou aspectos positivos e maximiza os erros e 
as coisas negativas que acontecem, dando grande importância às suas falhas e as considera de 
sua total responsabilidade, enquanto as realizações são desconsideradas e tratadas como obra 
da sorte ou fruto da ajuda de outros, no caso atribuem suas realizações ao seu alvo de 
dependência. E outra distorção muito comum seria a leitura mental, nessa distorção o ponto está 
em achar que sabe o que os outros estão pensando, muitas vezes imagina que o outro está com 
raiva dele. 
Relacionamentos 
A sobrevivência do ser humano está ligada a constituir vínculos primários que 
são estabelecidos desde o nascimento, quando o homem nem ao menos é capaz de 
entender o que é se relacionar e se estende até os vínculos que são formados na vida 
adulta, como amigos, cônjuges, trabalho e entre outros, esses vínculos se desenvolvem 
e se modificam conforme as influências por normas sociais e aspectos culturais. 
(Bowlby, 1969, p.202). 
Estuda-se além de uma única forma de se relacionar, em sua maioria, atribuímos o ato 
de se relacionar, há relacionamentos amorosos, porém, é possível a análise de diferentes formas 
de se relacionar ao longo da vida, construímos diferentes relacionamentos, e por isso, podemos 
analisar cada um deles e suas particularidades para um indivíduo, existem os relacionamentos 
interpessoais, amorosos, familiares e também em uma amizade. Relacionamentos pessoais ou 
mais próximos – por exemplo, com familiares, amigos e parceiros românticos – atenuam a 
6 
 
solidão e proporcionam bem-estar subjetivo, tendo, portanto, papel importante na felicidade 
pessoal e na promoção da saúde. (Argyle, Berscheid .; Regan., 2001., 2005, no prelo). 
O relacionamento amoroso, do qual mais se ouve falar, está ligado ao ato de afeição, 
carinho e amor, para com outra pessoa. Tratando de uma relação íntima entre duas pessoas ou 
mais, em casos de relacionamentos não monogâmicos, onde além de todas as interações de 
qualquer outro relacionamento, além do amor entre pessoas, existe também o desejo sexual. 
Enquanto no relacionamento parental, vai além do ato de se relacionar, criar vínculos, afeição, 
existem os laços sanguíneos. Sendo que não necessariamente exista amor e carinho, pois, nem 
sempre é criado esse laço durante a vida do indivíduo, e não é uma obrigatoriedade do 
desenvolvimento, pode inclusive existir apenas o laço sanguíneo, sem nenhum tipo de afeição. 
E isso pode ocorrer simplesmente por não ter sido desenvolvido essa afeição pela pessoa, por 
conflitos interpessoais, entre inúmeras outras diferenças que os indivíduos possam ter. 
(Adolpho, 2017). As relações sociais, tendem a ocorrer em sua maioria durante a adolescência, 
onde o jovem se enxerga pronto para expandir seu círculo de relacionamentos fora dos limites 
familiares, existindo um grande investimento e esforço a favor da construção de seu senso de 
identidade buscando autonomia. Para Feeney (2007), durante o desenvolvimento efetivo da 
autonomia o indivíduo que está se desenvolvendo precisa sentir-se seguro nas relações que o 
rodeiam para ter a liberdade de explorar terrenos desconhecidos, e caso ocorra algo errado, 
existe um lugar seguro para voltar. 
Assim em todas as formas de relacionamento, existe uma importante relação 
entre dependência e independência, dessa forma a dependência é um processo clínico 
pelo qual os indivíduos estão prontos para se direcionar para figuras de apego para 
aprender, explorar e descobrir quando se sentem seguros e contentes e pelo qual os 
indivíduos estão aptos a se mover em direção as figuras de afeto para conseguir 
conforto, segurança quando ameaçados de alguma forma (Feeney, 2007, p.268). 
Para o indivíduo que está em um relacionamento de dependência tende a surgir sintomas 
que especifiquem determinado caráter. Na pesquisa de Bution e Wechsler (2016), foi 
apresentado que no perfil dos dependentes emocionais puderam observar comportamentos de 
submissão, vazio emocional, ausência de decisões, tédio, conflito de identidade, medo da 
solidão, baixa tolerância à frustração, sinais de fissura e abstinência do outro, sensação de estar 
preso na relação e não conseguir abandonar o relacionamento. 
Intervenção clínica 
A dependência emocional pode trazer prejuízos significativos na vida da pessoa, como 
por exemplo, pessoas que possuem dependência emocional com um quadro mais grave e não 
7 
 
fazem o tratamento adequado podem vir a desenvolver depressão ou outros transtornos. Uma 
vez que o dependente emocional sente vazio emocional, ansiedade, medo, conflito de 
identidade, e até mesmo solidão, o dependente emocional constantemente ativa crenças de 
desamparo, desvalor e desamor, fazendo com que sinta solidão muitas vezes, e a solidão é um 
fator de risco para a depressão, ideação e comportamento suicida, bem como para uma 
variedade de outros resultados psicológicos e fisiológicos negativos (Hackett, Hamer, Endrighi, 
Brydon, Steptoe, Oliveira & Silva, 2012, 2014, no prelo). 
Na abordagem cognitivo-comportamental existe uma estrutura da terapia, ou seja, um 
conjunto de princípios teóricos inter-relacionados e um conjunto de técnicas que podem ser 
organizadas em estratégias clínicas incluídas em protocolos clínicos mais ou menos 
estruturados. A partir disso são derivados vários tratamentos psicológicos com base em modelos 
generalizados ou específicos relacionados a diversas condições clínicas. (David & Freeman, pp. 
27-28, 2017). 
Para Shinohara, Figueiredo & Brasileiro (1999, pp. 153-159), a forma como as pessoas 
interpretam as situações será determinante da forma como ela irá se sentir, afetiva e 
fisiologicamente, e de como ela irá se comportar, assim, entende-se que emoções, 
comportamentos e reações fisiológicas estão diretamente ligados à forma como o indivíduo 
avalia suas experiências no mundo. Em Beck (1997), foram identificados três níveis de 
cognição: os pensamentos automáticos, nível mais superficial e espontâneo que se manifesta na 
mente diante de variadas situações do cotidiano; as crenças intermediárias, onde conteúdos 
cognitivos aparecem em forma de regras e suposições relacionadas ao nível mais profundo, 
sendo essas as crenças centrais referentes a si mesmo, dos outros e do mundo, que surgem a 
partir de experiências remotas da infância. 
O indivíduo portador do transtorno de personalidade dependente muitas vezes tem uma 
interpretação distorcida da realidade, que geram pensamentos automáticos e ativação de crenças 
disfuncionais que trazem muito sofrimento emocional e desequilibram a forma como o 
indivíduo se relaciona com o outro, a terapia cognitiva proposta por Aaron Beck tem como 
principal característica ser uma abordagem psicoterapêutica estruturada, de participação ativa 
entre terapeuta e cliente, voltada para o presente, visando a modificação dos padrões de 
pensamentos e crenças disfuncionais que causam ou mantêm sofrimento emocional e/ou 
distúrbios psicológicos no indivíduo. A terapia seria como uma base para a compreensão dos 
conceitos pessoais que são ativados em determinadas situações que levam o indivíduo a se 
comportar de forma disfuncional, dispondo de estratégias para corrigir esses conceitos. 
8 
 
Após o estabelecimento da boa relação entre o terapeuta e o cliente, é possível trabalhar 
a colaboração e participação ativa do cliente e do terapeuta na resolução dos problemas 
abordados através de metas voltadas para o “aqui e agora” e para a identificação, avaliação e 
modificação de pensamentos e crenças disfuncionais. Segundo, Greenberger& Padesky (1999), 
para atingir esses objetivos são utilizadas técnicas cognitivo-comportamentais, principalmente 
o registro de pensamentos, o questionamento socrático e os experimentos comportamentais, e 
no caso de dependentes emocionais, a descastatrofização seria uma técnica muito importante 
para o “medo de abandono”, uma vez que eles possuem a crença absoluta de que serão 
abandonados pelo outro a qualquer momento caso venham a desagradar o outro de alguma 
forma. 
Em função disso, este estudo objetivou apresentar a dependência emocional pela 
perspectiva cognitivo-comportamental e verificar qual o tipo de status de relacionamento mais 
se identificaria com as afirmações apresentando sinais para o transtorno dependente e várias 
sociodemográficas que podem estar associadas a dependência emocional. 
Métodos 
Foi realizado um estudo quantitativo transversal, constituído por 104 participantes de 
ambos os sexos, sendo um deles excluído por ser menor de 18 anos, totalizando 103 
participantes, o questionário disponível no período de 02 de junho de 2021 a 02 de julho. 
Para a coleta de dados foram utilizadas as redes sociais como whatsapp, facebook e 
instagram, com intuito de obter maior visibilidade, através de um convite (Anexo A), e estava 
aberta ao público que se identificasse com o tema. Os dados coletados foram analisados com o 
auxílio do programa estatístico SPSS na versão 20.0. 
Os participantes tiveram acesso ao link para a plataforma de formulários do google o 
“google forms”, 
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScKZAQqRw4unkHihxzgMTDhory0KBdlT55U
PwZaA34j_Pfg0g/viewform. 
No link disponibilizado aos voluntários, foi disponibilizado o TCLE (Termo de 
Consentimento Livre e Esclarecido) 
https://drive.google.com/file/d/146DFkyZ1KgoTmy8jK9Zb4ZnwZbx_Q1ZF/view?usp=shari
ng (anexo B) para que fosse declarada a ciência da participação e também o arquivo para 
download, após ser dado o consentimento no termo, a escala e questionário ficariam 
disponíveis, para serem respondidos. 
 Os instrumentos utilizados foram: 
9 
 
1) Cuestionario de Dependencia Emocional (CDE) 
O questionário "CONSTRUCCION Y VALIDACION DEL CUESTIONARIO DE 
DEPENDENCIA EMOCIONAL EN POBLACION COLOMBIANA" foi traduzido e 
adaptado como “questionário de dependência emocional (CDE)”, por Patricia Nunes, 
Ricardo Neves, Paulo Gregorio, Clara Lohana e Mayara de Oliveira, da universidade 
Federal da Paraíba, 2020. (Anexo C) 
O questionário oficial possui 23 afirmações, com uma escala de 6 opções de resposta 
para cada afirmação. Neste projeto utilizaremos o questionário traduzido e adaptado 
utilizado no artigo "Dependência emocional nas relações interpessoais em 
universitários", que possui 52 afirmações, onde foram adaptadas às 23 afirmações do 
questionário oficial, para três tipos de relações (familiares, amorosas e de amizades). 
2) Foi realizado também o uso de um questionário sociodemográfico, com 
algumas questões pessoais, como idade, sexo, orientação sexual, status de 
relacionamento, se o participante já foi diagnosticado com algum transtorno 
psicológico, produzido pelas autoras do presente artigo, esse pequeno questionário 
proporcionará complementar os dados fornecidos pelos questionário “Cuestionario de 
Dependencia Emocional (CDE)”, possibilitando gerar novos dados referente a 
experiência e forma de enfrentamento dos voluntários sobre o tema abordado. 
 A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São 
Judas Tadeu em (02/06/2021) com o parecer n° 4.751.902 e Certificado de Apresentação de 
Apreciação Ética (CAAE) n° 46639521.9.0000.0089. (Anexo E). 
 A escala e questionário foram aplicados individualmente e seu acesso poderia ser 
realizado por meio de computadores, notebooks ou celulares smartphones com acesso a 
internet, estima-se que cada participante levou em torno de 60 minutos para responder a escala 
e o questionário. 
 Foram realizadas estatísticas descritivas e inferenciais dos resultados obtidos por 
meio dos instrumentos de avaliação, com o objetivo de verificar o desempenho dos 
participantes. As análises inferências visaram a identificar possíveis relações entre o 
instrumento de medida e as informações obtidas pelo questionário sociodemográfico. Todas as 
respostas foram tabuladas através do Excel office 2019, e as análises foram conduzidas por 
meio do programa estatístico SPSS na versão 2.0, sendo a apresentação dos resultados por meio 
de tabelas e discussão. Foram realizadas análises descritivas (porcentagens, frequências, 
médias, desvio padrão) e inferenciais (Teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov e Teste 
de Qui-Quadrado de Pearson). O nível de significância adotado foi de 5%. 
10 
 
Resultado e discussão 
Dos 103 participantes que responderam ao questionário na íntegra, foi observado que as 
idades variaram entre 18 e 52 anos, a maioria dos participantes possuem faixa etária entre 18 e 
22 anos correspondendo a 74,76% das respostas. Em relação ao status de relacionamento, 
66,02% dos participantes estão solteiros, 81,55% são heterossexuais, e 95,1% já trabalhou ou 
está trabalhando. 
 
Tabela - Dados sociodemográficos 
Quantidade de respostas N (%) 
 N = 103 
Sexo 
 Feminino 
 Masculino 
 
88 (85,44 %) 
15 (14,56%) 
Idade 
 18-22 anos 
 23-27 anos 
 28-32 anos 
 33-37 anos 
 38-42 anos 
 43-47 anos 
 48-52 anos 
 
47 (45,63%) 
30 (29,13%) 
 9 (8,74%) 
6 (5,83%) 
6 (5,83%) 
3 (2,91%) 
2 (1,90%) 
Orientação sexual 
 Heterossexual 
 Homossexual 
 Bissexual 
 Assexual 
 Não se identifica 
 
84 (81,55%) 
7 (6,80%) 
10 ( 9,71%) 
 1 (0,97%) 
 1( 0,97%) 
Relacionamento 
 Solteiro 
 
68 (66,02%) 
11 
 
 Namorando 
 Noivo 
 Casado 
 Divorciado 
5 (4,85%) 
1 (0,97%) 
28 (27,18%) 
1 (0,97%) 
Trabalho 
 Sim 
 Não 
 
98 (95,15%) 
5 (4,85%) 
Fonte: Dados da pesquisa, 2021. 
Transtorno psicológico 
Foi observado que 58,3% dos participantes não possuem nenhum transtorno 
psicológico, 5,8% possuem transtorno de depressão, 1,0% possuem diagnóstico para transtorno 
de Borderline, 30,1% dos participantes possuem ansiedade, 1,0% são portadores de transtorno 
disfórico pré-menstrual e 1,0% dos participantes transtorno psicótico. 
No Cuestionario de Dependência Emocional (CDE) de 52 afirmações, somente 12 
afirmações tiveram uma significância maior devido ao valor de P, equivalente a probabilidade 
de a resposta ter sido verdadeira ao invés de ter sido escolhida aleatoriamente. Abaixo constam 
as 12 afirmações: 
 
Número Afirmação Valor de P 
11 Quando meu/minha parceiro(a) fica ausente por alguns 
dias, sinto-me angustiado (a). 
0.32 
13 Ameacei me machucar para que meu/minha parceiro (a) 
não me deixe. 
-0.01 
15 Preciso ter uma pessoa, para quem eu seja, mas especial 
que as outras. 
-0.01 
12 
 
21 Preciso ter uma pessoa, para quem eu seja, mas especial 
que as outras. 
0.032 
23 Se eu tenho planos e meu/minha parceiro (a) aparece, eu 
os troco apenas para ficar com ele (a). 
0.009 
 
25 Para atrair a atenção dos meus pais, procuro diverti-los 
e elogiá-los sempre. 
0.020 
30 Para atrair a atenção dos meus pais, procuro diverti-los e 
elogiá-los sempre. 
0.02 
41 Quando discuto com meu pais, tenho medo de receber 
menos afeto. 
0.01 
48 Se meus amigos não ligam ou não aparecem no horário 
combinado, fico angustiado (a) ao pensar que podem estar 
com raiva de mim. 
0.050 
50 Receio que meus amigos me abandonem. -0.01 
51 Se eu não sei onde meus amigos estão, me sinto 
incomodado 
0.02 
52 Apenas me divirto quando estou com meus amigos. 0.038 
 
11- Quandomeu/minha parceiro(a) fica ausente por alguns dias, sinto-me 
angustiado (a). 
Foi possível observar que a maioria das pessoas que se identificaram com a afirmação 
foram os solteiros, enquanto nenhum dos participantes que estão em um relacionamento se 
identificaram, dessa forma presume-se que os solteiros sentem mais angústia ao ficarem 
13 
 
sozinhos, enquanto os casados por estarem em um relacionamento fixo não sentem o medo do 
abandono nessa proporção. Existe uma certa angústia ao ficar longe do parceiro, ou seja sentir 
angústia ao ficar muito tempo longe do parceiro pode estar associado a sentir-se isolado, 
podendo ser tomado por crenças disfuncionais, que são padrões automáticos de falas e imagens 
que se manifestam de forma totalmente espontânea, sendo distorcidos levando os pacientes a 
emoções e sentimentos disfuncionais, como por exemplo levar o indivíduo a ter pensamentos 
de que está isolado, sozinho e até mesmo sentir-se abandonado, essa crença disfuncional pode 
ser tratada através da terapia breve, estruturada e orientada para o presente, direcionada para 
solucionar problemas atuais e modificar pensamentos e comportamentos disfuncionais, como 
citado em Beck (2013). A angústia sentida pelo indivíduo ao ficar longe do parceiro, também 
está relacionada a ansiedade de separação, que pode causar grande sofrimento emocional e 
incapacidade de ter um luto normal pelo fim do relacionamento, pessoas que sofrem de 
ansiedade de separar possuem personalidade dependente e costumam ter gatilhos muito 
específicos, como por exemplo um medo irracional de abandono. A ansiedade de separação se 
caracteriza como um transtorno a partir do momento em que se torna inadequada para o grau 
de desenvolvimento ou quando interfere no funcionamento da vida diária do indivíduo (Suveg 
& cols, 2005, pp. 773-795). 
13 - Ameacei me machucar para que meu/minha parceiro (a) não me deixe. 
Embora grande parte dos participantes não tenham apresentado comportamento auto 
lesivo para não perder o parceiro, quando isso ocorre, a maior frequência ocorre entre os 
solteiros, eles possuem certo receio em ficarem isolados como apontado na afirmação 11 em 
relação a angústia em ficar longe do parceiro, os solteiros se identificaram, o que pode indicar 
diversos transtornos, incluindo depressão e transtorno de borderline, o ato de se ferir para não 
perder o parceiro pode ser entendido como uma forma de resolver um conflito na relação, o 
dependente afetivo presta cuidados excessivos para seu parceiro, mesmo que isso inclua 
negligenciar a si mesmo, está relacionado à ansiedade sentida pelo indivíduo diante de situações 
nas quais ele necessita agir. (Bution, Catricala, & Wechsler, 2016). 
O pensamento de se ferir para não perder o parceiro, seria uma distorção, e de acordo 
com Beck (2013) os pensamentos automáticos distorcidos ou exagerados acarretam prejuízos 
emocionais, pois moldam as emoções e as percepções frente aos eventos cotidianos. Assim, os 
relacionamentos podem ser vistos de forma distorcida e como estímulos que ofereciam 
felicidade e sofrimento e os fazem emitir comportamentos disfuncionais para manter os 
relacionamentos a todo custo, como forma de controlar que algum tipo de amor lhes fosse 
14 
 
assegurado, mesmo sendo este amor não somente uma fonte de segurança, mas, igualmente, de 
dor. 
15- Preciso ter uma pessoa, para quem eu seja, mas especial que as outras. 
Foi observado que a maioria dos participantes não se identificam com a afirmação, mas 
ainda assim os solteiros foram os que mais se identificaram com a afirmação, a necessidade de 
ter alguém para quem seria mais especial que as outras pessoas, seria uma forma até mesmo de 
evitar o abandono, uma vez que sendo especial para a pessoa, diminuiria a probabilidade de ser 
abandonado. 
A necessidade de ser especial para alguém é um indicativo para ser dependente afetivo, 
uma vez que o dependente quer ser o centro do mundo do outro, sufocando-o com suas 
demandas e necessidades, podendo recorrer a manipulações e chantagens para ter a pessoa 
perto. 
Como a maioria dos participantes não sentem necessidade de atenção constante, assim 
compreende-se que são pessoas seguras e com autonomia para estarem em um relacionamento 
sem cobranças excessivas ou conflitos constantes que possam vir a prejudicar sua saúde mental, 
desencadeando transtornos. 
21- Se eu tenho planos e meu/minha parceiro (a) aparece, eu os troco apenas para 
ficar com ele (a). 
Na afirmação acima a maior parte dos participantes não se identificou, o que não seria 
um indicativo para dependência emocional, em contrapartida os solteiros foram os que mais se 
identificaram com a afirmação, trazendo algumas hipóteses, como por exemplo não verem com 
tanta frequência o parceiro e no tempo livre eles preferem dar essa prioridade ou até mesmo 
pode ser que esteja vinculado a ansiedade de separação, a ideia de não estar com o parceiro e 
sim fazendo outra coisa, poderia trazer um pensamento disfuncional de que seria deixado pelo 
parceiro, assim, gerando uma insegurança e dando gatilho para o comportamento dependente, 
e o portador de transtorno de personalidade dependente muitas vezes abandona compromissos 
pessoais, não cumpre com as responsabilidades profissionais e renúncia aos próprios anseios 
em função da necessidade de estar com o outro (Izquierdo & Gómez 2013). 
Mas na presente pesquisa a maioria dos participantes conseguem manter seus planos 
como prioridade e sem a formação de pensamentos disfuncionais que os fariam acreditar que 
não priorizar o parceiro faria com que ele se afastasse. Dependentes emocionais possuem 
crenças centrais de dependência e paranoia (Lemos, 2007). 
 
 
15 
 
23- Me divirto somente quando estou com meu/minha parceiro (a) 
Na afirmação “me divirto somente quando estou com meu/minha parceiro (a)”, a 
maioria dos participantes não se identificaram, e a minoria dos participantes afirmaram apenas 
se divertir com o seu parceiro, e dentre eles os solteiros foram os que mais se identificaram, 
supõe que exista uma imaginação que façam com que idealizem que a diversão só seria 
completa com o seu parceiro, tendo como hipótese a necessidade de ter alguém, e essa limitação 
de divertir-se apenas na presença do parceiro é um sintoma para dependência emocional, de 
acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM-5 (2014), 
transtorno de personalidade dependente, também denominado de dependência afetiva, tem 
como característica diagnóstica, uma necessidade difusa e excessiva de ser cuidado que leva ao 
comportamento de submissão e apego e a temores de separação, seja de um relacionamento 
amoroso, familiar ou amizade. 
25- Para atrair a atenção dos meus pais, procuro diverti-los e elogiá-los sempre. 
Comparando a frequência de respostas foi possível observar que os solteiros acreditam 
que precisam divertir e elogiar os pais como um meio para atrair atenção deles, enquanto os 
casados ou pessoas que se encontram em algum tipo de relacionamento não concordam com 
essa afirmação. 
 Essa concordância dos solteiros seria um sintoma para dependência emocional parental, 
a necessidade da atenção dos pais pode ser entendida também como a necessidade de aprovação. 
Bornstein e Cecero (2000) propõem que uma relação de dependência pode ser definida por 
quatro elementos, motivacional, afetivo, comportamental e cognitivo, sendo o componente 
motivacional que se refere à necessidade de suporte, orientação e aprovação. 
A busca por essa aprovação pode estar ligada a autoestima, a necessidade de um reforçamento 
positivo, fazendo com que o indivíduo tenha o comportamento de elogiar e divertir os pais 
conforme afirmação, buscando como retorno essa reafirmação, assim tendo a atenção desejada, 
trazendo esse reforço que é buscado. 
Essa busca de atenção diz respeito à necessidade de assegurar a permanência do parceiro 
na relação,além do desejo de exclusividade do parceiro, essa seria uma das dimensões 
elaboradas por Hoyos e Arredondo (2006). 
30- Quando discuto com meu pais, tenho medo de receber menos afeto. 
O medo de receber menos afeto após discutir com os pais, está presente entre os 
participantes, em sua maioria os solteiros, e está associado a uma crença disfuncional, ou seja 
o indivíduo tem uma interpretação distorcida da realidade, onde a discussão pode decepcionar 
o outro, no caso os pais, e ele acaba não sendo amado, essas crenças centrais disfuncionais são 
16 
 
quase sempre rígidas, imperativas e super generalizadas, impondo um caráter determinista à 
autoimagem do indivíduo, que pode se perceber subjetivamente como incapaz de realizar 
mudanças no seu funcionamento. Beck, (1995, 1997, no prelo); Beck e cols (2004, 2005, no 
prelo). Nessa afirmação é possível observar a crença de desamor, onde o indivíduo vincula a 
discussão a não ser digno de receber amor/afeto, ele se diminui, acreditando ser defeituoso e 
tem pensamentos de que será rejeitado. 
41- Se meus amigos não ligam ou não aparecem no horário combinado, fico 
angustiado (a) ao pensar que podem estar com raiva de mim. 
No geral, grande porcentagem dos participantes não apresenta indícios de dependência 
emocional no meio social, compreende quando os amigos se atrasam ou não ligam, 
compreendendo que pode ter acontecido algo e sem que haja a formação de crenças distorcidas, 
conseguem lidar com esse evento sem frustrações. 
Mas verificando a distribuição da frequência, houve uma diferença significativa entre 
os solteiros e aqueles que possuem algum tipo de relacionamento, onde existe a formação 
pensamentos disfuncionais de estar sendo abandonado, dos amigos estarem com raiva e isso 
faria com que ele não seja digno para ter atenção dos amigos, uma vez que ele desagradou os 
amigos. 
48- Receio que meus amigos me abandonem. 
Verificando a frequência de respostas foi observado que os solteiros são os que mais 
partilham do medo dos amigos abandonarem, supõe-se que os participantes que estão em algum 
tipo de relacionamento não se identificam com essa informação, talvez por estarem em um 
relacionamento e já terem alguma companhia, o medo de ser abandonado não é algo que gere 
pensamentos distorcidos que podem prejudicar o indivíduo, enquanto os solteiros têm as 
amizades. 
O medo do abandono é um comportamento muito comum de quem sofre de dependência 
emocional, causando muita angústia e inquietação, estaria também ligado a uma das crenças 
criadas por Beck (1964, p.561-571), a crença de desamparo, onde a pessoa se sente frágil, 
vulnerável e sozinha. 
 Dependentes emocionais são pessoas que podem não ter suprido suas necessidades 
afetivas na infância, o que leva a um aspecto relevante na constituição psicológica do ser 
humano. Podendo assim, apresentar baixa autoestima, ansiedade, depressão, tristeza na 
ausência do parceiro, sentimento de "vazio" e medo de abandono (Urbiola, Estévez, Iruarrizaga, 
& Jauregui, 2017). 
17 
 
Assim compreende-se que os indivíduos que estão em algum tipo de relacionamento 
não apresentam indícios de dependência emocional de suas amizades. Assim como em 
Machado e Romanha, (2019), entende-se que os participantes conseguiram atingir a autonomia 
emocional necessária para enfrentar suas frustrações na vida adulta e não sobrecarregar 
cobranças excessivas ao outro. 
50- Se eu não sei onde meus amigos estão, me sinto incomodado (a) 
Os participantes no geral não sentem necessidade de saber onde os amigos estão com 
frequência, porém quando o olhamos para a distribuição da frequência das respostas, existe uma 
mudança, os indivíduos que estão dentro de um relacionamento quando não sabem onde os 
amigos estão se sentem incomodados e talvez abandonados, essa é uma mudança nas respostas, 
uma vez que nas respostas anteriores os solteiros se identificavam muito mais com as 
afirmações. Essa mudança levanta algumas hipóteses, como por exemplo o fato de alguém estar 
em relacionamento cada vez mais sério, a faz sentir-se longe dos amigos, no estudo de Smeha 
e Oliveira (2013) diz que muitas vezes às vezes entram em um relacionamento para suprir uma 
carência, assim pensando na concordância para essa afirmação, as pessoas que estão em um 
relacionamento e concordaram com essa afirmação podem ter feito de tudo para suprir sua 
carência, e isso incluiria se distanciar das amizades, fazendo com que se sintam abandonados 
pelos amigos, podendo assim indicar dependência emocional no meio social, uma vez que os 
dependentes emocionais precisam ter contato constante com os amigos, e saber a onde os 
amigos estão o tempo todo se enquadraria em um contato constante. 
51- Se eu tenho planos e meus amigos aparecem, eu os troco apenas para ficar com 
eles. 
Comparando a frequência geral das respostas, foi observado que os solteiros são os que 
mais mudam seus planos para estarem com seus amigos, enquanto as pessoas que estão em um 
relacionamento não costumam fazer isso, no estudo de Smeha e Oliveira (2013), os 
participantes relatam que estar em um relacionamento significa perder a liberdade, no caso dos 
solteiros eles podem facilmente mudar seus planos para estarem com os amigos, já as pessoas 
que estão em um relacionamento não têm essa flexibilidade tão facilmente, se o parceiro 
desmarca com o outro para estar com os amigos, isso altera os planos do outro também, e isso 
seria um fator conflituoso para o relacionamento. 
52- Apenas me divirto quando estou com meus amigos. 
Ao verificar a frequência das respostas, nota-se que os solteiros concordam com a 
afirmação, podendo apresentar indícios de dependência emocional, uma vez que o dependente 
só alcança sua estabilidade emocional por meio do outro (Hoogstad, 2008, pp. 63-68), ou seja 
18 
 
a diversão estaria condicionada a presença dos amigos. Os solteiros foram os que mais se 
identificaram com a afirmação porque diferente das pessoas que estão em um relacionamento, 
eles não tem um parceiro com quem compartilham sua rotina, passeios e entre outros, eles têm 
os amigos que são suas companhias. 
Considerações finais 
O presente estudo teve como objetivo verificar qual o tipo de status de relacionamento 
mais se identificaria com as afirmações apresentando sinais para o transtorno dependente, 
também foi verificado se outras variáveis sociodemográficas poderiam estar associadas à 
dependência emocional nessa população e apresentar a dependência emocional através da 
perspectiva Cognitivo Comportamental, onde acredita-se que, embora exista uma 
vulnerabilidade cognitiva que pode ativar a crença de desamparo, desvalor e desamor e fazer 
com que pensamentos e comportamentos relacionados ao padrão dependente manifestem-se, 
igualmente, existe a possibilidade de que após uma reestruturação cognitiva e exposições 
comportamentais, novas formas de pensamentos e relacionamentos sejam experienciadas, 
fazendo com que assim, as vulnerabilidades típicas do padrão dependente diminua. Dentro das 
variáveis observadas foi possível identificar duas variáveis que podem estar associadas: à idade 
e status de relacionamento. 
Através dos dados obtidos nos resultados, foi considerado para o geral da pesquisa que 
os participantes não se identificaram com as afirmações, a idade pode ser um dos fatores 
relacionados à dependência emocional, como os participantes são jovens, a maioria possui entre 
18 e 22 anos, sendo pessoas com muito mais acesso a informações e autonomia sobre o tema, 
podendo evitar desenvolver o transtorno dependente afetivo. Mas distribuindo a frequência de 
respostas, os solteiros apresentaram sinais para dependência emocional em relacionamento 
amoroso, social e parental. Supõe-se que para os solteiros terem concordado com as afirmações 
a respeito do relacionamento amoroso, é porque existe a idealização de como seria se estivessem 
em um relacionamento,como reagiriam para não perder o parceiro, podendo estar relacionado 
ao medo de ficar solteiro, esse pode ser caracterizado como uma preocupação, angústia ou 
ansiedade em relação a uma experiência atual ou potencial de ficar sem um parceiro romântico, 
como apontado no estudo de Fonseca, Gouveia, Santos, Couto, Neves e Coelho (2017), e esse 
medo também poderia ser responsável pela criação de crenças e pensamentos disfuncionais. E 
quanto aos relacionamentos social e parental, as pessoas que já estão em algum tipo de 
relacionamento não sentem tanta necessidade da atenção de pais ou amigos justamente por 
terem um parceiro, em uma pesquisa desenvolvida por Adamczyk e Segrin (2015), participantes 
solteiros apresentaram menor nível de satisfação com a vida e de suporte social, além de 
19 
 
maiores escores de solidão do que àqueles que se encontram em algum tipo de relacionamento. 
E também há a hipótese que os sinais para dependência emocional nos relacionamentos social 
e parental, podem estar relacionados ao apego inseguro ambivalente, Bowlby (1958, pp. 1-25.) 
desenvolvido enquanto bebês, uma vez que os primeiros vínculos originados desde o 
nascimento servem como base para a formação dos próximos vínculos do indivíduo, para Beck 
(1997) conteúdos cognitivos aparecem em forma de regras e suposições relacionadas ao nível 
mais profundo, sendo essas as crenças centrais referentes a si mesmo, dos outros e do mundo, 
a partir de experiências remotas da infância. 
Estima-se que para futuras pesquisas juntamente com o questionário deverão ser feitas 
entrevistas iniciais, com participantes mais velhos, para verificar se a frequência da dependência 
emocional de fato pode estar vinculada a idade ou se realmente houve uma coincidência no 
estudo, também deverá ser levado em consideração o status de relacionamento, uma vez que os 
solteiros apresentaram indícios de dependência emocional muito mais frequentes do que os que 
estão em algum tipo de relacionamento, visando entender sobre os vínculos primários dos 
participantes, uma vez que a partir dos vínculos primários a pessoa tem uma base para criar os 
próximos vínculos, e filtrar para pessoas que já tenham tido pelo menos algum sintoma de 
dependência emocional em qualquer relacionamento em sua vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
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55452004000100009&lng=pt&tlng=pt). 
Apêndice A - Convite divulgado para a participação da pesquisa 
https://drive.google.com/file/d/1FBLICXHwhejqm0RWd-
kEzHQYxQ4js6M8/view?usp=sharing 
26 
 
 
 
 
 
 
27 
 
Apêndice B - Termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) 
https://drive.google.com/file/d/146DFkyZ1KgoTmy8jK9Zb4ZnwZbx_Q1ZF/view
?usp=sharing 
 
28 
 
 
 
 
29 
 
Apêndice C- Cuestionario de Dependencia Emocional (CDE) 
https://drive.google.com/file/d/19i0zVV7j36op23G-2HG42y5YqivvST-
w/view?usp=sharing 
 
30 
 
31 
 
 
 
 
 
32 
 
Apêndice D - Questionário Sociodemográfico 
https://drive.google.com/file/d/1owNUG3HkKFILMU-
wSzpVHoDElDcvfzMI/view?usp=sharing 
 
33 
 
 
Apêndice E - Parecer Consubstanciado do CEP 
34 
 
 
35 
 
 
 
 
 
36 
 
 
 
 
 
37 
 
 
 
Revista Brasileira de Terapias Cognitivas (RBTC). Segue as recomendações de estilo 
da sétima edição do Publication Manual of the American Psychological 
Association (APA, 2010). Fonte: Times New Roman, tamanho 12, ao longo de todo o 
38 
 
texto, incluindo Referências, Notas de Rodapé, Tabelas, etc. 
Margens: Superior e esquerda 3,0cm – Inferior e direita 2,0cm 
Espaçamento: espaço duplo ao longo de todo o manuscrito, incluindo Folha de Rosto, 
Resumo, Corpo do Texto, Referências, etc. 
Alinhamento: esquerda 
Recuo da primeira linha do parágrafo: tab = 1,25 cm

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