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Perfil metabólico - Bioquímica clínica

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1 
Rúbia Rogovski 
Medicina Veterinária UFRGS I Bioquímica Clínica 
Perfil metabólico 
COMPOSIÇÃO SANGUE 
 
COMPOSIÇÃO DO PLASMA 
• Solutos em plasma representam 10% do 
volume, compostos por: 
o Proteínas (albumina, globulinas, 
fibrinogênio) → 7% 
o Eletrólitos (Na, K, Cl) → 1% 
o Outras substâncias (ureia, 
aminoácidos, glicose, bilirrubina, 
creatinina, lipídios) → 2% 
ANTICOAGULANTES 
• Para análises bioquímicas no plasma → 
heparina (sódio) 
• Para gasometria no plasma → heparina 
(lítio) 
• Para análises bioquímicas em soro → sem 
anticoagulante 
• Para acelerar a formação de coágulo → gel 
sem anticoagulante 
• Para hemograma → EDTA 
• Para glicose e lactato → fluoreto 
• Para testes de hemostasia → citrato 
HEMÓLISE 
• Intravascular → condição clínica do 
paciente 
• Extravascular → principal erro de manejo 
na coleta de amostra 
• Causas: 
o Vácuo muito forte no tubo 
o Agulhas muito finas 
o Jato de sangue no fundo do 
recipiente 
o Tubo úmido, sujo ou contaminado 
o Agitação brusca da amostra 
o Choque térmico 
o Estresse do animal 
SORO X PLASMA 
 
• Soro 
o Sangue sem anticoagulante 
o Não contém fibrinogênio (2-4 g/L) → 
corresponde de 3 a 5% da proteína 
total (70-80 g/L) 
o Separação requer esperar a 
formação do coágulo (60 min); com 
gel 30 min 
• Plasma 
o Plasma: sangue com anticoagulante 
o Valor mais correto da proteína total 
o Maior rapidez de separação 
COLETA E CONSERVAÇÃO 
• Após coleta → enviar amostra ao 
laboratório em até uma hora 
• Análises bioquímicas: 8 analitos → 3-5 mL 
de plasma (7-10 mL de sangue) 
• Sistema vacutainer: encher o tubo na 
capacidade total para manter a proporção 
de anticoagulante 
 
2 
Rúbia Rogovski 
Medicina Veterinária UFRGS I Bioquímica Clínica 
• Evitar exposição ao calor ou ao sol direto 
• Enquanto não chega ao laboratório: 
refrigerar (5°C) 
• No laboratório, separar imediatamente 
plasma/soro (2.500-3.000 rpm por 10-15 
min) 
• Enquanto não analisa, congelar (-20°C) e 
guardar em tubos eppendorf 
COMPONENTES DO PERFIL METABÓLICO 
NITROGENADOS 
• Proteínas totais 
• Albumina 
• Globulinas 
• Fibrinogênio 
• Ureia 
• Creatinina 
• Bilirrubina 
GLICÍDICO 
• Glicose 
• Fructosamina 
• Hemoglobina 
• glicosilada 
• Lactato 
LIPÍDICO 
• Ácidos graxos livres 
• Triglicerídeos 
• Colesterol 
• Corpos cetônicos 
ENZIMAS 
• Aspartato aminotransferase 
• Alanina aminotransferase 
• Lactato desidrogenase 
• Fosfatase alcalina 
• Gama-glutamil transferase 
• Creatina quinase 
• Amilase 
• Lipase 
• Tripsina imunomediada 
NITROGENADOS 
ALBUMINA 
• Sintetizada no fígado 
• Peso molecular= 69 kDa 
• Funções 
o Transporte de ácidos graxos, 
minerais, hormônios esteroides, 
bilirrubina 
o Reserva de aminoácidos 
o Manutenção da pressão oncótica do 
plasma 
 
• Valores de albumina e globulinas em 
neonatos são menores que em adultos 
• Durante gestação e lactação valores de 
albumina são menores 
• Considerar valores de cálcio e de 
fructosamina com albumina 
• Falsa hipoalbuminemia: 
hiperbilirrubinemia, drogas que concorrem 
pelo verde de bromocresol (aspirina, 
anticonvulsivantes) 
AUMENTADA 
• Desidratação 
• Administração de fluidoterapia com 
soluções coloidais 
DIMINUÍDA 
• Por síntese diminuída 
o Insuficiência hepática (com mais de 
70% do fígado afuncional) 
o Estados inflamatórios (proteína de 
fase aguda negativa) 
o Subnutrição (dieta baixa em 
proteína) 
o Deficiência de zinco 
 
 
 
3 
Rúbia Rogovski 
Medicina Veterinária UFRGS I Bioquímica Clínica 
• Por perda excessiva 
o Síndrome nefrótico 
(glomerulonefrite) → com 
proteinúria 
o Gastroenteropatia (falha de 
absorção de nutrientes) 
o Má digestão por insuficiência 
pancreática → com perda de peso, 
diarreia e esteatorreia 
o Hemorragia 
GLOBULINAS 
 
• Obtidas por cálculo → proteína total – 
albumina Ou Determinadas por 
eletroforese (proteinograma) 
AUMENTO DE GLOBULINAS Α1 E Α2 
• Processos inflamatórios agudos 
• Síndrome nefrótico (com proteinúria) 
• Vacinações recentes 
• Animais mais velhos 
• Tratamento com corticoides (fração alfa 2: 
aumento de haptoglobina) 
DIMINUIÇÃO DE GLOBULINAS Α2 
• Hemólise intravascular (com baixo 
hematócrito) →formação de complexos 
hemoglobina-haptoglobina, causando 
diminuição de haptoglobina 
AUMENTO DE GLOBULINAS BETA 
• Anemia ferropriva → por aumento da 
transferrina 
AUMENTO DE GLOBULINAS GAMA 
• Processos inflamatórios crônicos 
• Gamapatia monoclonal: células neoplásicas 
de linfócitos B 
• Mieloma múltiplo 
• Leucemia linfocítica de células B 
DIMINUIÇÃO DE GLOBULINAS TOTAIS 
• Deficiência de zinco 
• Final da gestação (passagem de IgG para o 
colostro) 
• Imunodeficiência 
PROTEÍNA TOTAL 
• Proteína total (plasma) = albumina + 
globulinas + fibrinogênio 
• Proteína total (soro) = albumina + 
globulinas 
• Dosagem 
o Refratometria: Rápido, barato, 
resultados reproduzíveis. Falsos 
aumentos em amostras 
hemolisadas, ictéricas e lipêmicas 
o Espectrofotometria: Método de 
Biuret 
 
FIBRINOGÊNIO 
• Glicoproteína sintetizada no fígado 
• Participa da coagulação sanguínea (fator I): 
• Fibrinogênio ─ ─ (trombina) ─ → fibrina 
• Primeira proteína de fase aguda conhecida 
• Aumentos significativos em processos 
inflamatórios agudos ou crônicos 
• Diminuição em insuficiência hepática e 
deficiência de zinco 
 
UREIA 
• Originada no fígado (ciclo da ureia) a partir 
da amônia endógena proveniente do 
catabolismo de aminoácidos e da amônia 
exógena produzida no rúmen e no intestino 
• Uso no perfil 
o Avaliação do volume circulante 
 
4 
Rúbia Rogovski 
Medicina Veterinária UFRGS I Bioquímica Clínica 
o Função renal 
o Nível de proteína na dieta 
o Função hepática 
 
AUMENTO DE UREIA 
• Azotemia pré-renal 
o Falha circulatória 
o Hipotensão 
o Desidratação 
o Aumento do catabolismo proteico 
o Excesso de proteína na dieta 
o Falta de energia na dieta 
(ruminantes) 
o Uso de ureia como suplemento 
• Azotemia renal 
o Distúrbio renal (menos sensível em 
ruminantes) 
• Azotemia pós-renal 
o Obstrução do trato urinário 
DIMINUIÇÃO DE UREIA 
• Insuficiência hepática (com aumento de 
amônia) → sinais de encefalopatia hepática 
• Sobreidratação 
• Dieta com baixa proteína 
• Período anterior ao parto (vacas) → baixa 
consumo de alimento 
Em ruminantes, menos energia na dieta – mais 
NH3 absorvido no rumen – mais ureia no sangue. 
Também em casos de deficiência de ptn na dieta – 
catabolismo de aa – aumento de ureia. 
Analisar ureia junto com balanço energia/proteína 
da dieta. 
 
 
 
CREATININA 
• Creatinina origina-se da creatina, a qual é 
sintetizada no fígado e no rim, a partir de 
aminoácidos: 
 
• A creatina vai ao tecido muscular para atuar 
como reserva energética (síntese de 
fosfocreatina) 
• Em torno de 2% da creatina muscular é 
catabolizada diariamente a creatinina 
• Valor de creatinina é afetado pela massa 
muscular mas não pela alimentação 
• Creatinina aumenta com maior massa 
muscular 
• Melhor indicador que ureia principalmente 
em ruminantes. 
 
CREATININA AUMENTADA 
• Pré-renal 
o Falha circulatória 
o Desidratação 
o Atividade muscular intensa 
• Renal 
o Insuficiência renal (melhor indicador 
que ureia em ruminantes) 
• Pós-renal 
o Obstrução do trato urinário 
 
 
5 
Rúbia Rogovski 
Medicina Veterinária UFRGS I Bioquímica Clínica 
 
CREATININA DIMINUÍDA 
• Menor valor clínico 
• Falha hepática 
• Desnutrição 
• Sobreidratação 
• Caquexia 
• Perda de massa muscular 
• Doença muscular degenerativa 
BILIRRUBINA 
Determinação 
• Técnica colorimétrica de Sims-Horn (kit) 
Bilirrubina direta (solúvel) reage 
diretamente com diazo (ácido sulfanílico e 
nitrito de sódio) 
• Bilirrubina total (direta + indireta) reage 
depois de tratamento com “acelerador” 
(cafeína, benzoato de sódio, acetatode 
sódio e surfactante) 
• Bilirrubina indireta obtida por diferença → 
Total – Direta 
❖ Bilirrubina direta = conjugada (solúvel) 
❖ Bilirrubina indireta = livre (ligada a 
albumina) 
 
 
 
 
 
AUMENTO DE BILIRRUBINA 
 
GLICÍDICO 
GLICOSE 
• Considerar falsa hipoglicemia por manejo 
das amostras: glicose diminui 10% por cada 
hora a temperatura ambiente: usar fluoreto 
de sódio 
• Medição com glicosímetros → boa 
correlação com medição química (método 
enzimático-colorimétrico) 
HIPOGLICEMIA 
• Déficit de energia 
o Cetose dos bovinos 
o Toxemia da gestação (pequenos 
ruminantes) 
o Desnutrição severa 
o Jejum prolongado 
• Perdas de glicose 
o Falha tubular renal 
o Síndrome de má absorção 
o Verminoses severas 
• Falha na glicogenólise 
o Transtornos do glicogênio (falhas de 
enzimas da glicogenólise) 
• Falhas na gliconeogênese 
o Doença hepática 
o Insuficiência hepática 
o Intoxicação hepática 
o Hipoadrenocorticismo (falta de 
cortisol) 
 
 
6 
Rúbia Rogovski 
Medicina Veterinária UFRGS I Bioquímica Clínica 
• Aumento de utilização periférica de glicose 
o Endotoxemia 
o Leucocitose 
o Policitemia 
• Excesso de captação periférica de glicose 
o Insulinoma 
o Terapia insulínica inadequada 
HIPERGLICEMIA 
• Hiperglicemia fisiológica (transitória) 
o Pós-prandial (2-4 h monogástricos) 
o Induzida por catecolaminas: 
estresse, medo, cansaço, dor 
o Induzida por glicocorticoides: 
estresse crônico 
• Hiperglicemia farmacológica (transitória) 
o Glicocorticoides (corticosteroides 
sintéticos) 
o Catecolaminas (adrenalina) 
o Sedativos (xilazina, ketamina) 
o Fluidoterapia (dextrose) 
• Hiperglicemia endocrinológica 
(permanente) 
o Diabetes mellitus (falta de insulina) 
o Hiperadrenocorticismo (excesso de 
cortisol) 
o Hipertireoidismo (excesso de 
tiroxina) 
o Acromegalia (excesso de GH) 
PROTEÍNAS GLICOSILADAS – FRUCTOSAMINA 
• Proteínas plasmáticas glicosiladas 
(basicamente albumina) 
• Reação reversível não enzimática de 
moléculas de glicose com grupos aminas de 
lisina das proteínas, formando complexos 
de aldimina (base de Schiff) que se 
convertem em composto estável de 
cetoamina 
• Valor corresponde à concentração de 
glicose durante o período da meia-vida da 
proteína → albumina ≈ 20 dias 
• Variação de fructosamina acompanha 
variação permanente de glicemia 
DIMINUIÇÃO 
• Hipoalbuminemia 
• Hipertireoidismo 
AUMENTO 
• Diabetes mellitus 
• Hiperadrenocorticismo 
• Hipotireoidismo (menor turnover de 
proteínas) 
 
HEMOGLOBINA GLICOSADA 
• Corresponde à fração glicosilada da 
hemoglobina, principalmente da fração 
HbA1 (HbA1c) 
• Valor é diretamente proporcional à 
concentração de glicose sanguínea 
• Valor de HbA1c revela valores conforme o 
período de meia-vida das hemácias 
• Cães: meia-vida de 60 dias → HbA1c revela 
glicemia dos últimos dois meses antes da 
coleta 
• Gatos: meia-vida de 70 dias 
• Método de análise: cromatografia + 
espectrofotometria → mais oneroso que da 
fructosamina 
• HbA1c diminuída em anemias 
• Não se utiliza tanto na Veterinária 
LACTATO 
 
AUMENTO DE LACTATO 
• Estados hipóxicos 
o Anemia severa 
o Hipóxia tissular 
o Insuficiência pulmonar 
o Insuficiência cardíaca 
• Deficiência de tiamina (coenzima da reação 
piruvato → acetil-CoA) 
 
7 
Rúbia Rogovski 
Medicina Veterinária UFRGS I Bioquímica Clínica 
• Acidose láctica ruminal (consumo excessivo 
de concentrados) 
• Excessivo exercício físico 
• Armazenamento inadequado da amostra 
(usar fluoreto de sódio) 
LIPÍDICO 
TRIGLICERÍDEOS 
 
AUMENTO 
• Alimentação rica em gordura 
• Diabetes mellitus → deficiência da atividade 
da enzima lipase lipoproteica (insulino-
dependiente) 
DIMINUIÇÃO 
• Lipidose hepática → falha na síntese de 
lipoproteínas 
• Subnutrição 
COLESTEROL 
 
• Origem exógena → alimentação 
• Origem endógena → sintetizado a partir de 
acetilCoA em fígado, gônadas, intestino, 
glândula adrenal e pele 
• Circula no plasma unido a lipoproteínas 
(HDL e LDL) 
• Precursor de ácidos biliares, hormônios 
esteroides 
• Constituinte de membranas biológicas 
• Coletas para medir colesterol devem ser em 
jejum de 12 horas 
 
 
 
AUMENTO DE COLESTEROL 
• Hipotireoidismo 
• Obstrução biliar 
• Diabetes mellitus 
• Pancreatite 
• Alimentação com dietas ricas em glicídios e 
gordura 
• Nível é maior em animais mais velhos 
• Durante a gestação (aumento da síntese de 
hormônios sexuais) 
• Durante a lactação (aumento da síntese de 
lipoproteínas) 
DIMINUIÇÃO DE COLESTEROL 
• Lesão hepatocelular 
• Insuficiência hepática 
• Hipertireoidismo 
• Alimentação pobre em energia 
• Doenças genéticas relacionadas com síntese 
diminuída de apolipoproteínas do plasma 
• Lipidose hepática → falha na síntese de 
• lipoproteínas 
• Durante o período ao redor do parto 
• Início da lactação 
CORPOS CETÔNICOS 
• Produto do metabolismo dos ácidos graxos 
• BHB provém do butirato ruminal (condições 
normais) 
• Aumentam em situações de deficiência de 
energia 
• Cetose / acetonemia → condição 
caracterizada por aumento anormal na 
concentração de corpos cetônicos em 
fluidos corporais 
 
 
 
 
 
8 
Rúbia Rogovski 
Medicina Veterinária UFRGS I Bioquímica Clínica 
AUMENTO DE CC 
• Diabetes mellitus (associado a 
hiperglicemia) 
• Cetose da vaca leiteira (associado a 
hipoglicemia) 
• Toxemia da gestação (associado a 
hipoglicemia) 
• Balanço energético negativo 
• Subnutrição 
• Jejum 
ENZIMAS 
• No plasma são encontradas enzimas com 
função intracelular que saem na circulação 
após morte celular. 
• Atividade no plasma é baixa em condições 
normais 
• Danos celulares/proliferação nos tecidos 
levam a aumentos significativos das 
enzimas no plasma. 
Medição 
• Espectrofotometria por métodos cinéticos 
• Unidade de atividade: 
U/L → Quantidade de enzima que catalisa a 
conversão de 1 mmol de substrato por 
minuto 
Katal → Quantidade de enzima que catalisa 
a conversão de 1 mol de substrato por 
segundo 
• Controle rigoroso de pH e temperatura 
• Compostos mais lábeis do perfil 
• Cofatores minerais: não usar quelantes na 
coleta 
ALT – ALANINA AMINOTRANSFERASE 
• GPT (glutamato piruvato transaminase) 
• Enzima citoplasmática de hepatócitos e 
miócitos 
• Mais usada em pequenos animais como 
indicador de lesão hepática 
• Induzida por drogas (paracetamol, 
barbitúricos, glicocorticoides, cetoconazol, 
mebendazol, fenobarbital, fenilbutazona) 
 
AUMENTO DE ALT 
• Necrose hepatocelular 
• Obstrução biliar 
• Lipidose hepática 
• Necrose muscular 
• Trauma muscular 
• Hemólise 
AST – ASPARTATO AMINOTRANSFERASE 
• TGO (glutamato oxalacetato transaminase) 
• Enzima citoplasmática e mitocondrial de 
hepatócitos e miócitos. 
• Abundante em eritrócitos 
• Mais usada em grandes animais como 
indicador de lesão hepática e muscular 
 
AUMENTO DE AST 
• Necrose hepatocelular 
• Lipidose hepática 
• Necrose muscular 
• Deficiência de selênio e/ou vitamina E 
• Exercício físico intenso 
• Hemólise (in vivo ou in vitro) 
• Intoxicação por cobre (ovinos) 
LDH – LACTATO DESIDROGENASE 
• Enzima citoplasmática. Abundante nos 
eritrócitos 
• Pouco específica 
• Isoenzimas (análise específica) 
• Coração 
• Fígado 
 
9 
Rúbia Rogovski 
Medicina Veterinária UFRGS I Bioquímica Clínica 
• Músculo 
• Indicador de desempenho esportivo 
(equinos) 
 
AUMENTO DE LDH 
• Dano hepatocelular 
• Dano muscular 
• Infarto do miocárdio 
• Deficiência de selênio e/ou vitamina E 
• Hemólise 
GGT (GAMA-GLUTAMIL TRANSFERASE) 
 
 
• Encontra-se associada a membranas: 
epitélios dos dutos biliares, renais, 
mamários 
• Somente GGT hepática aparece no plasma 
• GGT renal é excretada na urina 
• GGT mamária aparece no leite 
• Em gatos pode ser utilizada no lugar da FA 
com maior sensibilidade e especificidade 
• Em caninos, induzida com corticoides• Valores em filhotes caninos pode alcançar 
até 25 vezes valor para adultos 
• Ligada a membranas de: 
o Hepatócitos 
o Células epiteliais biliares 
o Células epiteliais dos túbulos renais 
o Células epiteliais mamárias 
 
• GGT urinária indicativa de dano renal 
• GGT em plasma de terneiros → indica 
consumo de colostro 
AUMENTO DE GGT 
• Colestase 
• Hiperplasia biliar (proliferação de dutos 
biliares) 
• Drogas que induzem sua secreção: 
corticosteroides 
FA – FOSFATASE ALCALINA 
• Ligada a membranas em: fígado, osso, 
intestino, rim, placenta 
• Isoenzimas: hepática, óssea, induzida por 
corticosteroides 
• Valores maiores em animais jovens 
(crescimento ósseo) e gestantes (isoenzima 
placentária) 
• Indicador de pasteurização inadequada 
(inativa-se no processo) 
 
AUMENTO DE FA 
• Colestase 
• Patologias ósseas (osteomalácia, 
hiperparatireoidismo, fraturas) 
• Hiperadrenocorticismo 
• Estresse crônico 
• Tratamento com corticoides 
GDH – GLUTAMATO DESIDROGENASE 
• Enzima mitocondrial 
• Presente no fígado e no rim 
• Considerada hepato-específica 
• Indicadora de necrose hepática e obstrução 
• biliar 
• Kit comercial de difícil disponibilidade e alto 
custo 
 
10 
Rúbia Rogovski 
Medicina Veterinária UFRGS I Bioquímica Clínica 
 
CK – CREATINA QUINASE 
• Principal atividade → tecido muscular 
(esquelético e cardíaco) 
• Em menor quantidade: rim, cérebro, trato 
gastrointestinal, útero e bexiga 
• Indicador de lesão muscular 
 
AUMENTO DE CK 
• • Isquemia muscular por decúbito 
prolongado 
• Necrose muscular 
• Convulsões, tremores 
• Traumas, excesso de exercício 
• Cirurgias, injeções intramusculares 
• Miopatias nutricionais (deficiência de 
vitamina E e selênio) 
• Leptospirose (caninos) 
• Transporte de caminhão (bovinos) 
• Infarto cardíaco 
• Em problemas musculares, medir CK e AST 
ENZIMAS PANCREÁTICAS 
LIPASE 
• Pancreatite aguda 
• Falha renal 
• Doenças hepáticas 
• Indução por glicocorticoides 
• Obstrução intestinal 
• Insuficiência renal 
AMILASE 
• Pancreatite aguda 
• Lesões intestinais (obstrução, úlceras) 
• Obstrução urinária 
• Hiperadrenocorticismo 
• Obstrução da glândula salivar 
• Insuficiência renal 
TRIPSINA IMUNORREATIVA (TLI) 
• Pancreatite aguda

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