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BIOQUÍMICA CLÍNICA - COLETA, DIABETES MELLITUS, MARCADORES HEPÁTICOS, PERFIL LIPÍDICO, DOSAGEM DE PROTEÍNAS [RESUMO]

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CONCEITOS GERAIS EM 
BIOQUÍMICA CLÍNICA 
 
AMOSTRAS 
 
♦ Sangue Total Arterial: Gases sanguíneos, 
pH; 
♦ Sangue Total Venoso: Hemoglobina, HbA1 e 
outros analitos; 
 
• Soro: Sobrenadantes do ST SEM 
fatores de coagulação; 
• Plasma: Sobrenadante do ST COM 
anticoagulantes; 
 
TUBOS DE COLETA 
 
Cor Aditivo Testes 
 
Sem aditivo 
Bioquímica e 
Imunologia 
 Ativador de coágulo 
com gel 
Bioquímica e 
Imunologia 
 
Coagulante 
Bioquímica e 
Imunologia 
 Citrato de Sódio 
1,9% 
Mecanismos de 
Coagulação 
 Fluoreto de sódio e 
Oxalato de potássio 
Fluoreto de sódio e 
Heparina sódica 
Glicose 
Tolerância a Glicose 
 Sódio Heparina 
Lítio Heparina 
Bioquímica em Plasma 
 
EDTA Dissódico 
Hematologia 
Clínica 
 Citrato de Sódio 
1,4% 
Taxa de 
Hemossedimentação 
 
EDTA Dissódico 
Ativador de coágulo 
com gel 
Monitoração 
quantitativa de HIV 
Rastreamento Clínico 
do Sangue 
 
ORDEM DE COLETA 
 
 
♦ Quando solicitado, o primeiro frasco de coleta 
será o de HEMOCULTURA, tampa branca – sem 
aditivos ou tampa azul para análise de traços; 
 
FATORES PRÉ-ANALÍTICOS 
 
♦ Jejum: 8h (habitual); Jejum prolongado 
causa alterações metabólicas; Depende do 
analito; 
♦ Horário da Coleta: 
 
 
 
• Ritmo circadiano: Há variação no % do 
analito, dependendo do horário que a 
coleta for realizada; A coleta geralmente 
ocorre pela manhã por conta do 
metabolismo basal; 
• Atividade física: Mobilização da água 
dos compartimentos biológicos; 
Aumento do metabolismo/estado basal; 
Aumenta a atividade enzimática; 
 
 
 
♦ Posição na hora da coleta: Substâncias não 
filtráveis terão sua concentração relativa 
elevada: Albumina, colesterol, triglicerídeos, 
hematócrito, hemoglobina e drogas que se 
ligam às proteínas; 
 
 
 
INTERFERENTES EM 
SITUAÇÕES CLÍNICAS 
 
♦ Febre: Hemoconcentração; Eleva creatinina, 
cortisol e ácido úrico; 
♦ Trauma/Dor: Eleva insulina, cortisol, renina e 
hormônio de crescimento; 
 
FATORES INTERFERENTES 
PRÉ-ANALITICOS 
 
♦ Aplicação de Torniquete: Aumento da 
pressão intravascular; Hemoconcentração 
relativa; Glicólise anaeróbica; Aumento do 
lactato; Redução do pH; 
♦ Anticoagulantes: 
• Oxalato: INIBE Amilase, DHL, FAL, 
Cálcio total; 
• Citrato: INIBE Amilase; 
 
FATORES INTERFERENTES 
PÓS-COLETA 
 
HEMÓLISE 
 
♦ Hemólise in vivo: Condição clínica; 
Haptoglobina; 
♦ Hemólise in vitro: Observar outros tubos; 
DHL, potássio; 
♦ Interferência óptica: Variável, dependendo 
da concentração, do tempo de 
armazenamento, do comprimento de onda, do 
uso do “branco”, etc. 
♦ Método dependente: Adenilato quinase-CK; 
Hemoglobina-Bilirrubina; 
 
LIPEMIA 
 
 
 
♦ Presença anormal de lipídeos em uma 
amostra; 
♦ Causador: Triglicerídeos; 
♦ Intensidade: Ligeiramente turvo, turvo, 
leitoso; 
♦ Laudo: Indicar a presença de lipemia; 
 
ICTERÍCIA 
 
♦ Aumento da bilirrubina no soro; 
♦ Bilirrubina interfere linear e negativamente 
com a dosagem de CREATININA (Método de 
Jaffé); 
 
MEDICAMENTOS E SUPLEMENTOS 
 
♦ Altera o pH da amostra; 
♦ Potente antioxidante – Ácido Ascórbico; 
♦ Inibem enzimas que são utilizadas como 
biomarcadores; 
 
AUTOANTICORPOS 
 
♦ Aumento na concentração do TSH sérico 
causada por anticorpos heterofilos com 
especificidade para IgG da família Bovidea; 
♦ 3-4% dos indivíduos saudáveis apresentam 
anticorpos heterofilos; 
♦ Interferente: ELISA ou 
Imunoquimioluminescência; 
 
DIABETES 
MELLITUS 
 
♦ Grupo de doenças metabólicas caracterizadas 
por estados hiperglicêmicos oriundos de 
defeitos na secreção ou ação da INSULINA em 
receptores ou ambos; 
 
CLASSIFICAÇÃO DA 
DIABETES MELLITUS 
 
♦ DM Tipo 1: 
• 1A: Deficiência de insulina por 
destruição autoimune das células beta; 
• 1B: Deficiência de insulina de natureza 
idiopática; 
 
♦ DM Tipo 2: Perda progressiva de secreção 
insulínica combinada com resistência à 
insulina; 
♦ DM Gestacional: Hiperglicemia de graus 
variados diagnosticada na gestação; 
♦ Outros tipos de DM: Monogênicos (MODY); 
Diabetes neonatal; Secundário a 
endocrinopatias, a doenças do pâncreas 
exócrino, a infecções e a medicamentos; 
 
DIABETES MELLITUS TIPO 1 
 
 
 
♦ Destruição das células beta pancreáticas; 
♦ Tendência a cetoacidose; 
♦ Inclui casos decorrentes de doença 
autoimune e casos em que a destruição das 
células beta não é conhecida; 
♦ Perda das células beta: Sem sua 
funcionalidade, o pâncreas deixa de responder 
a glicose, e a pessoa com DM1 apresenta 
sintomas clássicos de deficiência de insulina 
(polidipsia, polifagia, poliúria e perda de massa 
corpórea); 
♦ Tratamento: Depende da insulina exógena 
para controlar a hiperglicemia e evitar a 
cetoacidose e manter os níveis aceitáveis de 
HbAc. Objetivo é manter a glicemia próxima do 
normal; 
 
DIABETES MELLITUS TIPO 2 
 
 
♦ Graus variáveis de resistência à insulina; 
♦ Deficiência relativa de secreção de insulina; 
♦ Maioria tem excesso de peso; 
♦ Cetoacidose ocorre apenas em situações 
especiais (infecções graves, como 
URINÁRIAS, p.ex.); 
 
DIABETES MELLITUS GESTACIONAL 
 
♦ Diminuição da tolerância à Glicose, de 
magnitude variável; 
♦ Diagnosticadas pela primeira vez na gestação 
(pode ou não persistir após o parto); 
♦ Casos de DM e de tolerância à glicose 
diminuída detectados na gravidez; 
♦ Quanto não tratado causa no feto 
MACROSSOMIA, HIPOGLICEMIA, 
HIPOCALCEMIA e HIPERBILIRRUBINEMIA; 
 
COMPLICAÇÕES DO DM 
 
♦ Macrovascular: Hipertensão; Doença arterial 
coronariana; Doença arterial periférica; Doença 
cerebrovascular; Hiperlipidemia; Neuropatia; 
Lesões nas extremidades dos membros 
inferiores; Síndrome metabólica; Cetoacidose 
diabética: Hiperglicemia, acidose e cetonuria 
(TIPO 1); Coma hiperosmolar hiperglicêmico 
não-cetônico: Distúrbio neurológico, 
hiperglicemia, hiperosmolaridade, desidratação 
profunda, defeito na secreção de insulina (TIPO 
2); Acidose lática; Hipoglicemia; 
♦ Microvasculares: Retinopatia e Nefropatia; 
 
CONSEQUÊNCIAS METABÓLICAS DO DM 
 
♦ Hiperglicemia; 
♦ Distúrbios no metabolismo proteico: Perda 
proteica – gliconeogênese; 
♦ Distúrbios no metabolismo lipídico: Estimula 
a lipólise e liberação de ácidos graxos livres; 
♦ Hiperpotassemia: Insulina capta íons 
potássio; 
♦ Hiperfostatemia: Na ausência de insulina, o 
fosfato é liberado pela célula; 
♦ Distúrbio no metabolismo acidobásico: 
Acidose metabólica, cetoacidose diabética; 
 
♦ Distúrbios do sódio e água: Hiponatremia, 
diurese osmótica; 
 
DIGNÓSTICO LABORATORIAL 
 
♦ Tubo Cinza: Tubo para glicemia; 
Contém anticoagulante e um 
estabilizador: 
• EDTA e Fluoreto de sódio; 
• Oxalato de potássio e Fluoreto 
de sódio; 
• Heparina sódica e Fluoreto de 
sódio; 
• Heparina lítica e Iodoacetato; 
 
♦ Ocorre inibição da glicólise para 
a determinação da taxa de glicose 
sanguínea; 
 
GLICEMIA DE JEJUM 
 
♦ Glicemia capilar: Avalia e acompanha; 
♦ Não ingerir qualquer alimento ou bebida que 
contenha calorias por, no mínimo, 8h; 
♦ Não pode ultrapassar as 12h de jejum; 
♦ Coleta do sangue venoso em tubo contendo 
FLUORETO DE SÓDIO (tampa cinza, 
centrifugação e análise por reação enzimática 
[espectrofotometria]); 
 
Valores de Referência 
Diabetes > ou igual a 126 mg/dL 
Pré-Diabetes 100-125 mg/dL 
Normal < ou igual a 99 mg/Dl 
 
TESTE ORAL DE TOLERÂNCIA A GLICOSE 
(TOTG) 
 
♦ Mede a glicose no sangue em dois 
momentos: 
• Após pelo menos 8h de jejum; 
• Após ingestão de um líquido contendo 
75g de glicose (2h após a ingestão); 
 
♦ Coleta do sangue venoso em tubo contendo 
FLUORETO DE SÓDIO (tampa cinza, 
centrifugação e análise por reação enzimática 
[espectrofotometria]); 
 
 
Valores de Referência 
NGT (Tolerante 
normal à Glicose) 
< 140 mg/dL 
IGT (Tolerância à 
Glicose Diminuída) 
140-199 mg/dL 
Diabetes ≥ 200 mg/dL (2h ou 
aleatória) 
 
CURVA GLICÊMICA 
 
 
 
♦ Curva glicêmicaé um TOTG; 
♦ Dá informação mais precisa; 
♦ Mais dolorosa para o paciente por conta das 
coletas seguidas; 
 
Valores de Referência (Normal) 
Jejum 70-120 mg/dL 
30 min 90-160 mg/dL 
60 min 90-160 mg/dL 
120 min 75-120 mg/dL 
180 min 70-110 mg/dL 
240 min 70-110 mg/dL 
 
 
 
 
 
HEMOGLOBINA GLICADA (HbA1c) 
 
 
 
♦ Fração da hemoglobina ligada a glicose que 
circula no sangue; 
♦ O exame reflete os níveis glicêmicos dos 
últimos 90-120 dias antes do exame; 
♦ Coleta-se o sangue venoso em tubo contendo 
fluoreto de sódio (tampa cinza), centrifugação 
e análise da HbA1c (Imunoturbidimetria, 
cromatografia de afinidade, HPLC, eletroforese 
etc.); 
 
Valores de Referência 
Normal < 5,7% 
Pré-Diabetes 5,7-6,4% 
Diabetes ≥ 6,5% 
 
♦ Indica o controle metabólico do paciente nas 
8-10 semanas precedentes ao teste; 
♦ É determinada a cada 3-4 meses em 
diabéticos estáveis e a cada 1-2 meses em 
diabéticos com pobre controle glicêmico; 
 
FONTES DE VARIAÇÕES BIOLÓGICAS 
RELACIONADAS A HbA1c 
 
♦ Anemia Hemolítica ou Estados 
Hemorrágicos: Podem resultar valores 
diminuídos por encurtarem a sobrevida das 
hemácias; 
♦ Grandes quantidades de Vitaminas C e E: 
Podem induzir resultados falsamente 
diminuídos por INIBIREM a glicação da 
hemoglobina; 
♦ Hipertrigliceridemia, Uremia, Alcoolismo, 
Hiperbilirrubinemia, Ingestão crônica de 
salicilatos e Opiáceos: Podem produzir 
resultados falsamente positivos; 
♦ Hemoglobina variante heterozigótica: 
Resulta valores falsamente elevados ou 
falsamente baixos, conforme a metodologia 
utilizada; 
 
FRUTOSAMINAS 
 
♦ Cetoaminas (Glicose + Grupamento Amina de 
proteínas); 
♦ Meia-Vida: 2-3 semanas; 
♦ Monitoramento glicêmico de curto prazo, 
principalmente em pacientes com 
hemoglobinopatias; 
♦ Sensível ao ácido ascórbico e proteinemia; 
♦ VR: 1,8-2,8 mmol/L; 
♦ Método: Espectrofotométrico (Azul de 
Nitrotetrazólio); 
 
MICROALBUMINÚRIA 
 
♦ Excreção aumentada de ALBUMINA 
URINÁRIA não detectável pelas tiras reagentes 
utilizadas na rotina; 
♦ A determinação é recomendada em: 
• Detecção precoce de nefropatia 
diabética; 
• Monitoramento do DM gestacional e de 
gravidez de risco; 
♦ VR: <30 mg/g (Normal); 30-299 mg/g 
(Microalbuminúria); 
 
PEPTÍDIO C 
 
♦ Composto inativo formado durante a clivagem 
da proinsulina em insulina; 
• Proinsulina: Peptídeo c + Insulina; 
 
 
 
 
♦ Diferencial entre diabetes tipo 1 e tipo 2; 
♦ Dosagem dos anticorpos contra células beta 
(DM 1); 
♦ Avalia a função da célula pancreática na 
secreção de insulina na evolução do DM 2; 
♦ Falência pancreática: Níveis caem 
progressivamente; 
♦ VR: 1,2-4,5 ng/mL (Normal); 
♦ Aumento: Insulinoma, DM 2; 
♦ Diminuição: DM 1, Insulinoterapia exógena; 
 
AUTOANTICORPOS 
 
♦ Distinguir o diabetes do tipo 1A autoimune de 
diabetes de outras causas (por exemplo, de 
obesidade ou resistência à insulina); 
♦ ICA: Autoanticorpos anti-ilhotas; 
♦ Anti-GAD: Autoanticorpos antidescarboxilase 
do ácido glutâmico; 
♦ IA-2A: Autoanticorpos associados a 
insulinoma todos são associados ao diabetes 
1A; 
 
RESISTÊNCIA INSULÍNICA 
 
♦ DM Tipo 2; 
♦ Diagnóstico clínico: Início em geral insidioso, 
assintomático por longos anos 60-90% dos 
pacientes com obesidade ou acúmulo de 
gordura visceral, cetose rara e história familiar 
frequente; 
♦ Diagnóstico laboratorial: Peptídeo C e HOMA 
(homeostase model assessment); 
♦ Homa Beta: Avalia a função secretora das 
células beta; 
• VR: 167-175; 
• Cálculo: 20 x Insulinemia / glicemia – 
3,5; 
 
♦ Homa IR: Avalia a resistência insulínica; 
• VR: 0,95-1; 
• Cálculo: Insulina x Glicemia / 22,5; 
 
MARCADORES 
HEPÁTICOS 
 
METABOLISMO DA BILIRRUBINA 
 
 
 
FUNÇÕES HEPÁTICAS 
 
♦ Metabolismo / Síntese / Secreção: 
Glicogênio; PTN’s; LIP e lipoproteínas; 
Secreções de bilirrubina/bile; 
♦ Detoxicação: Drogas/Fármacos; Toxinas; 
♦ Armazenamento: LIP; Ferro; Vitaminas; 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 
♦ Icterícia; 
♦ Hipertensão portal; 
♦ Ascite; 
♦ Encefalopatia hepática; 
♦ Anormalidades sanguíneas; 
♦ Urina escura e fezes claras; 
♦ Edema periférico; 
♦ Dor abdominal; 
 
 
INSULINOMA: Raro tumor de células beta 
pancreáticas que HIPERSECRETAM INSULINA 
 
MARCADORES HEPÁTICOS 
LABORATORIAIS 
 
♦ Marcadores de Função Hepática: Albuminas; 
Bilirrubinas; Tempo de Protrombina; 
♦ Marcadores de Dano Celular 
(Transaminases): AST (Aspartato 
Aminotransferase ou TGO); ALT (Alanina 
Aminotransferase ou TGP); 
♦ Marcadores de Obstrução / Colestase: FAL 
(Fosfatase Alcalina); GGT (Gama Glutamil 
Transferase); 5-Nucleotidase; 
 
MARCADORES DE FUNÇÃO HEPÁTICA 
 
ALBUMINA 
 
♦ Proteína plasmática mais abundante, 
sintetizada no fígado; 
♦ Hipoalbuminemia e hipoalbuminúria indicam 
redução na função hepática; 
♦ Útil na avaliação da doença hepática crônica; 
♦ Em hepatites e colestases: Normal; 
♦ VR: 3,5-5,0 g/dL; 
 
BILIRRUBINAS 
 
 
 
♦ Produto da degradação da hemoglobina 
(pigmento amarelado); 
♦ Direta e Indireta (Indireta vem da hemólise e 
direta conjugada [solúvel] aparece na urina); 
♦ VR: 0,2-1,2 mg/dL no plasma; 
 
TEMPO DE PROTROMBINA 
 
♦ Avalia o tempo que leva para formar um 
coágulo no sangue; 
♦ Teste avalia a ação dos fatores de 
coagulação vitamina K dependentes: Fator II, 
VII, IX e X; 
♦ O TP está prolongado em doenças hepáticas 
parenquimais; 
♦ VR: 10-14 segundos; 
 
MARCADORES DE DANO CELULAR 
 
AST 
(ASPARTATO AMINOTRANSFERASE) 
 
♦ Antiga TGO; 
♦ Enzima encontrada em várias células, 
principalmente HEPÁTICAS e CARDÍACAS; 
♦ Citoplasma e mitocôndria dos hepatócitos; 
♦ VR: 10-40 UI/L; 
 
ALT 
(ALANINA AMINOTRANSFERASE) 
 
♦ Antiga TGP; 
♦ Enzima encontrada em diversas células, 
principalmente fígado e rins; 
♦ MAIS ESPECÍFICA PARA O FÍGADO QUE A 
AST; 
♦ Citoplasma dos hepatócitos (Alta 
concentração no fígado); 
♦ Tempo de meia-vida 3x maior que AST; 
♦ VR: 10-40 UI/L; 
 
• 1000-2000 UI/L: Vírus e toxinas; 
• 500-1000 UI/L: Obstrução biliar aguda; 
• Acima de 150 e menor que 300 UI/L: 
Hepatite alcoólica, obstrução, cirrose 
(valores podem estar próximos do 
normal); 
 
 
 
 
 
 
AST e ALT devem SEMPRE ser MEDIDOS JUNTOS 
 
ÍNDICE DE RITIS: AST/ALT = 0,8 
 
MARCADORES DE OBSTRUÇÃO / COLESTASE 
 
FAL 
(FOSFATASE ALCALINA) 
 
♦ Enzima encontrada nos ossos, fígado (ductos 
biliares e próximo à membrana biliar dos 
hepatócitos); 
♦ Aumento: Obstrução biliar, doença infiltrativa 
e fase inicial da doença colestática; 
♦ Aumento em causas não-hepáticas: Fraturas 
e hiperparatireoidismo; 
♦ VR: 30-150 UI/L; 
 
GGT 
(GAMA GLUTAMIL TRANSFERASE) 
 
♦ Encontrada em diversas células, além do 
fígado e das vias biliares; 
♦ Aumentada em doenças hepáticas obstrutivas 
e hepatite alcoólica; 
♦ Induzida por álcool (estimula a síntese de 
GGT) e fármacos (Paracetamol, corticoides); 
♦ VR: 7-50 UI/L; 
 
5-NUCLEOTIDASE 
 
♦ Encontrada nos ossos, fígado e ductos 
biliares; 
♦ Não sofre indução do paracetamol; 
♦ Junto com a FAL, diagnóstico diferencial de 
distúrbios ósseos; 
♦ VR: Inferior a 10,0 UI/L; 
 
ICTERÍCIA 
 
 
 
♦ Aumento da produção de bilirrubina: 
Hemólise; Reabsorção de hematomas 
extensos; 
♦ Conjugação prejudicada: Defeitos genéticos; 
Icterícia neonatal; 
♦ Excreção prejudicada: Obstrução biliar; 
Falência renal; 
 
 Icterícia 
Hemolítica 
Icterícia 
Obstrutiva 
Icterícia 
Hepática 
Bilirrubina 
Sérica 
Alto BI Alto BD Alto BI e 
BD 
Bilirrubina 
Urina 
Não Sim Sim 
Urobilinogênio Alto Normal ou 
baixo 
Normal ou 
baixo 
AST Normal Alto Muito alto 
ALT Normal Alto Muito alto 
FAL Normal Muito alto Alto 
 
HIPERBILIRRUBINEMIAS 
 
♦ Bilirrubina indireta alta: 
• Produção em excesso de bilirrubina: 
Doenças hemolíticas; 
• Defeito no transporte da bilirrubina: 
Síndrome de Gilbert; 
• Defeito na Glucuronil transferase 
(Conjugação prejudicada):Síndrome 
de Cringler-Najjar; 
 
♦ Bilirrubina direta alta: 
• Defeito na secreção da bilirrubina 
conjugada: Síndrome de Dubin-
Johnson e Rotor; 
• Icterícia obstrutiva: Cálculos e 
tumores; 
 
HEPATOPATIAS METABÓLICAS 
 
HEMOCROMATOSE HEREDIÁRIA 
 
 
 
♦ Alteração genética, depósito de ferro nos 
tecidos; 
♦ Aumento: Ferro, % Saturação de ferro e 
Ferritina; 
 
♦ Transferrina baixa ou normal; 
♦ Baixa capacidade de ligação do ferro; 
 
DOENÇA DE WILSON 
 
 
 
♦ Erro inato do metabolismo: Acúmulo de 
cobre; 
♦ Alteração no transporte de cobre; 
♦ AST, ALT e GGT Aumentados; 
♦ Ceruloplasmina e cobre sérico baixos; 
♦ Cobre livre e urinário alto; 
 
DEFICIÊNCIA DE ALFA-1-ANTITRIPSINA 
 
♦ Principal inibidora de proteases; 
♦ Mutação: Alfa-1-antitripsina mutante; 
♦ Acúmulo progressivo nos hepatócitos; 
♦ Destruição dos hepatócitos: Autofagia e 
dano mitocondrial; 
♦ AST, ALT, FAL e GGT Aumentados; 
♦ Alfa-1-antitripsina sérica baixa; 
♦ Eletroforese de proteínas séricas: Baixa 
fração de α1-globulinas (80% é A1AT); 
 
PERFIL 
LIPÍDICO 
 
LIPOPROTEÍNAS 
 
 
 
♦ Transporta lipídeos no plasma; 
♦ Apolipoproteína: Proteínas agregadas de 
lipídeos; 
♦ Lipoproteína: Geralmente possuem mais de 
uma Apolipoproteína; 
♦ Apolipoproteína estrutural: Contém a própria 
lipoproteína, estrutura da lipoproteína; 
♦ Apolipoproteína funcionais: Peptídeos que 
podem ser trocados de uma lipoproteína para 
outra; 
 
FUNÇÃO DAS LIPOPROTEÍNAS 
 
 
 
♦ Quilomícrons (QM): Mais volumosas. 
Formadas por triglicerídeos da dieta, que são 
transportados desde o intestino delgado até a 
circulação geral; 
♦ Lipoproteínas de Baixa Densidade (LDL): 
Transportam o colesterol. Acumulam-se nas 
paredes dos vasos sanguíneos – Lesões 
endoteliais; 
♦ Lipoproteínas de Muito Baixa Densidade 
(VLDL): Similares aos QM, porém de menor 
volume. Produzidas no fígado e, em menor 
quantidade, no intestino. Removem os 
triglicerídeos endógenos do fígado; 
♦ Lipoproteínas de Alta Densidade (HDL): 
Fator de proteção aterogênico, já que eliminam 
o colesterol plasmático excedente. Níveis 
elevados são benefícios ao organismo; 
♦ Lipoproteínas de Densidade Intermediária 
(IDL): Resíduos de VLDL. Originados na 
conversão VLDL – LDL, mediada pela enzima 
lipoproteína lipase, que remove triglicerídeos; 
 
VALORES DE REFERÊNCIA 
 
Valores de Referência (Normal) 
Colesterol VLDL Até 30 mg/dL 
Colesterol LDL < 130 mg/dL 
Colesterol HDL > 50 mg/dL 
Colesterol Total < 190 mg/dL 
Triglicerídeos < 150-175 mg/dL 
 
♦ Triglicerídeos: Outro tipo de gordura do 
organismo, usados como reserva de energia 
pelo organismo; 
♦ Quando elevados também aumentam o risco 
de depósitos de aterosclerose nos vasos 
sanguíneos e aumentam o risco de doenças 
cardiovasculares; 
 
FUNÇÃO DAS APOLIPOPROTEÍNAS 
 
♦ Ativa enzimas envolvidas no metabolismo 
lipídico (LCAT, LPL); 
♦ Manter a integridade estrutural do complexo 
lipídio/lipoproteína; 
♦ Transportar os lipídios para as células através 
do reconhecimento de receptores de 
superfície; 
♦ LCAT: Lecitina colesterol aciltransferase – 
Transforma colesterol livre em esterificado 
armazenando dentro das lipoproteínas; 
♦ LPL: Lipase lipoproteica – Enzima 
encontrada no tecido e quebra a ligação éster 
entre o glicerol e ácido graxo liberando ambos 
para tecido adiposo e muscular; 
 
METABOLISMO DAS LIPOPROTEÍNAS 
 
 
 
TRANSPORTE DO COLESTEROL 
 
♦ Funções do HDL: 
• Transferir as proteínas para outras 
lipoproteínas; 
• Retirar os lipídeos de outras 
lipoproteínas e o colesterol das 
membranas celulares; 
• Converter o colesterol em ésteres de 
colesterol através da lecitina colesterol 
aciltransferase (LCAT); 
• Transferir os ésteres de colesterol para 
outras lipoproteínas, os quais são 
transportados para o fígado; 
• Transportar os ésteres de colesterol 
para o fígado; 
 
♦ HDL fornece as proteínas Apo CII e Apo E 
para o quilomícron nascente, transformando-a 
em quilomícron maduro; 
♦ Após a ativação da lipoproteína lipase (LPL), 
o quilomícron maduro devolve para a HDL a 
proteína Apo CII transformando-se em 
quilomícron remanescente; 
♦ A HDL fornece as proteínas Apo CII e Apo E 
para VLDL nascente, transformando-a em 
VLDL maduro; 
♦ A IDL devolve para a HDL a proteína Apo E 
transformando-se em LDL; 
♦ A HDL pode trocar lipídios com as 
lipoproteínas, dependendo da concentração 
destas na corrente sanguínea; 
♦ Os receptores SR-BI transferem o CE da HDL 
para o fígado. A HDL se dissocia destes e pode 
captar colesterol das lipoproteínas. Os SR-BI 
podem, também, participar do transporte 
reverso, transferindo colesterol das células 
para o HDL; 
♦ Transferem também o CE da HDL para outros 
tecidos esteroidogênicos e, podem participar 
do transporte reverso, transferindo colesterol 
das células para o HDL; 
 
PERFIL LIPÍDICO 
 
♦ Jejum de 12-14h; 
♦ Estado metabólico estável; 
♦ Dieta habitual e peso mantidos por pelo 
menos duas semanas; 
♦ Sem atividade física vigorosa nas 24h que 
antecede o teste; 
♦ Evitar o uso de bebida alcóolica nas 72h que 
antecede o teste; 
♦ Procurar realizar as dosagens seriadas no 
mesmo laboratório para minimizar o efeito da 
variação analítica; 
 
 
 
DISLIPIDEMIAS 
 
 
 
♦ Elevação de colesterol e triglicerídeos no 
plasma ou a diminuição dos níveis de HDL que 
contribuem para aterosclerose. As causas 
podem ser primárias (genéticas) ou 
secundárias; 
♦ O diagnóstico é realizado pela mensuração 
das concentrações totais de colesterol, 
triglicerídeos e lipoproteínas individuais; 
• Hipercolesterolemia isolada: Aumento 
isolado do CT, geralmente aumento do 
LDL-C; 
• Hipertrigliceridemia isolada: Aumento 
isolado dos TG, por aumento do VLDL 
e/ou QM; 
• Hiperlipidemia mista: Valores 
aumentados de CT e TG; 
• HDL-C reduzido: Com ou sem aumento 
de LDL ou TG; 
 
DISLIPIDEMIAS PRIMÁRIAS 
 
♦ Hipercolesterolemia Familiar (HF): 
Altíssimos níveis séricos de colesterol e LDL, 
com TG normal – Padrão II a. Associada à 
deficiência de receptores para LDL no fígado 
(Receptor para Apo B e Apo E); 
♦ Hipercolesterolemia Poligênica: Grande 
variedade de defeitos enzimáticos e de 
apolipoproteínas envolvidas no transporte e 
metabolismo do colesterol; 
♦ Hipercolesterolemia Familiar Combinada: 
Aumento de colesterol e triglicerídeos, 
associado a uma produção excessiva de Apo B, 
VLDL e LDL; 
♦ Hipertrigliceridemia Endógena: Elevação 
moderada dos TG séricos, sem um aumento do 
colesterol, causada por um aumento do VLDL; 
♦ Deficiência de Lipoproteína Lipase/Apo CII: 
Intensa hipertrigliceridemia, com aumento do 
quilomícron e de VLDL. O soro do paciente é 
altamente lipêmico; 
♦ Hiperlipidemia Remanescente: Diminuição 
da atividade da Apo E. Aumento do IDL; 
♦ Hiper α-lipoproteinemia: Rara condição 
associada a um aumento da síntese do HDL; 
♦ Hipolipoproteinemias: 
• A-β-Lipoproteinemia Familiar: Não há 
síntese de Apo B. Pacientes 
desenvolvem retardo de crescimento e 
degeneração progressiva do SNC, por 
dificuldade de absorção de ácidos 
graxos essenciais e vitaminas 
lipossolúveis; 
• Hipo-β-Lipoproteinemia Familiar: 
Baixos níveis de LDL e LDL-Colesterol, 
assintomáticos; 
• A-α-Lipoproteinemia Familiar: Doença 
de Tangier, ausência de síntese de Apo 
A I ou A II; 
 
DISLIPIDEMIAS SECUNDÁRIAS 
 
♦ Dislipidemias secundárias a doenças: 
 
Causa CT TG HDL-C 
Diabetes 
- 
 
↑ ↓ 
Hipotireoidismo ↑↑ ↑ ↑ ou ↓ 
Síndrome 
nefrótica / IRC 
↑ ↑ - 
Hepatopatias 
Crônicas 
↑ a ↑↑↑↑↑ 
normal 
ou ↑ 
↑↑ - ↑ 
Obesidade ↑ ↑↑ ↓ 
Anorexia 
Nervosa 
↑ - - 
Bulimia ↑ ↑ - 
 
 
 
 
 
 
 
 
♦ Dislipidemias secundárias a medicamentos: 
 
Causa CT TG HDL-C 
Diuréticos - ↑ ↓ 
β-Bloqueadores - ↑ ↓ 
Anticoncepcionais ↑ ↑ - 
Corticosteroides ↑ ↑ - 
Anabolizantes ↑ - ↓ 
Estrógenos - ↑ ↓ 
Progestágenos - ↑ ↓ 
Isotretinoína ↑ ↑ ↑ 
Ciclosporinas↑ ↑↑ ↑ 
Inibidores de 
Protease 
↑ ↑↑↑ - 
 
♦ Dislipidemias consequentes à hábitos de 
vida inadequados: 
 
Causa CT TG HDL-C 
Tabagismo - - ↓ 
Etilismo - ↑ ↑ 
 
ATEROSCLEROSE 
 
 
 
DOSAGENS DE 
PROTEÍNAS 
 
♦ Proteínas: Formadas a partir do conjunto de 
aminoácidos ligados entre si por ligações 
peptídicas; 
♦ Funções: Transporte de oxigênio no sangue; 
Manutenção da pressão oncótica; 
Tamponamento e pH sanguíneo; Anticorpos; 
Fatores de coagulação; Resposta de fase aguda 
na inflamação; 
 
MÉTODOS PARA 
DETECÇÃO DE PROTEÍNAS 
 
BIURETO 
 
 
 
♦ Mais utilizado, preciso e de fácil execução; 
♦ Compostos com mais de duas ligações 
peptídicas reagem com íons cúpricos 
formando um complexo colorido (reação de 
biureto), o qual é proporcional a concentração 
de proteínas na amostra. 
♦ Comprimento de Onda: 545 nm; 
 
LOWRY 
 
 
 
♦ Uma amostra contendo molibdato, tungstato 
e ácido fosfórico, (reagente Folin-Ciocalteau), 
sofre uma redução quando reage com 
proteínas, na presença do catalisador cobre 
(II); 
♦ Comprimento de Onda: 750 nm; 
 
BRADFORD 
 
♦ Baseia-se na interação entre o corante BG-
250 e macromoléculas de proteínas que 
 
contém aminoácidos de cadeia laterais básicas 
ou aromáticas; 
♦ No pH de reação, a interação entre a proteína 
de alto peso molecular e o corante BG250 
provoca o deslocamento do equilíbrio do 
corante para a forma aniônica; 
 
 
 
♦ Comprimento de Onda: 595 nm; 
 
DETERMINAÇÃO SÉRICA 
 
Avalia o estado 
nutricional e o 
funcionamento do 
fígado; 
♦ Paciente: Jejum 
de 8h, suspender 
medicação; 
♦ Amostra: Soro 
sem hemólise e não 
lipêmico; 
♦ VR: 6,4-8,0 g/dL; 
 
ALTERAÇÕES PLASMÁTICAS 
 
HIPERPROTEINEMIA 
 
♦ Desidratação: Pouca ingestão de água, perda 
de líquidos; 
♦ Doenças monoclonais: Mieloma múltiplo, 
macroglobulinemia, doença da cadeia pesada; 
♦ Doenças policlonais crônicas: Cirrose 
hepática, hepatite ativa crônica, lúpus 
sistêmico, infecção bacteriana crônica; 
 
 
 
HIPOPROTEINEMIA 
 
♦ Aumento do volume plasmático: 
Hemodiluição, cirrose com ascite; 
♦ Perda de proteínas: Síndrome nefrótica, 
glomerulonefrite crônica, queimaduras 
severas; 
♦ Gota: Aumento da uricemia; 
♦ Distúrbios na síntese de proteínas: 
Desnutrição, síndrome da má-absorção, 
enfermidade hepática não virótica; 
♦ Outros: Edema, hemorragia grave, 
Kwashiokor, leucemia etc. 
 
ELETROFORESE E FRACIONAMENTO 
 
 
 
♦ Processo de migração de um soluto ou 
partícula carregada, a qual está dissolvida em 
um líquido, sob influência de um campo 
elétrico; 
 
Valores de Referência (g/dL) 
Proteína Total 6,4-8,0 
Albumina 3,8-5,0 
Alfa-1 0,3-0,5 
Alfa-2 0,3-0,7 
Beta 0,6-1,0 
Gama 0,7-1,4 
 
 
 
ZONA PRÉ-ALBUMINA 
 
 
 
♦ Proteína transportadora de hormônios da 
tiroide e proteína ligadora de retinol; 
♦ Ambas são sintetizadas no fígado, 
indicadores SIMPLES e SENSÍVEIS da 
DISFUNÇÃO HEPÁTICA ou DESNUTRIÇÃO; 
♦ PTN Ligadora de Retinol: Sensível a 
concentração de zinco e pode ser dosada 
isoladamente por nefelometria; 
 
ZONA ALBUMINA 
 
 
 
♦ 50% das proteínas plasmáticas; 
♦ PM: 66300 Da; 
♦ Hidrossolúvel; 
♦ Meia-vida plasmática: 15-19 dias; 
♦ Síntese hepática; 
♦ Função biológica: Manutenção da pressão 
coloidosmótica vascular; Transporte de íons 
metálicos, hormônios, bilirrubina, vitaminas, 
xenobióticos; Fonte de aminoácidos; 
Antioxidantes; Tampão; Modulação do sistema 
imune; 
♦ Hiperalbuminemia: Hemoconcentração; 
Desidratação; 
♦ Hipoalbuminemia: Síntese diminuída; 
Primária – Analbuminemia (<0,005 g/dL); 
Secundária – Desnutrição, inflamação; 
Resposta de fase aguda; Hepatopatias graves; 
♦ Métodos laboratoriais: 
• Eletroforese de proteínas; 
• Método colorimétrico: Verde de 
Bromocresol (VBC/BCG), não é 
específico para albumina – 620-630 
nm; Púrpura de Bromocresol 
(PBC/BCP) – 603 nm; 
♦ VR: 3,5-5,0 g/dL; 
♦ Amostra: Soro; 
♦ Interferentes: Heparina – provoca turbidez; 
Hemoglobina – cada 10 g/dL diminui a 
albumina em 0,1 g/L; Diminui a fixação do 
corante; PTN’s das regiões alfa e/ou beta 
aumentadas – Verde de bromocresol; 
 
ZONA α-1 
 
 
 
♦ Migram: Alfa-1-Antitripsina, Glicoproteína 
ácida, fetoproteína e lipoproteínas; 
♦ Alfa-1-Antritripsina: 
 
 
 
• Aumento: Resposta de fase aguda (4x) 
– Início: 24h, com pico de 3-4 dias; 
Terapia com estrógenos; Gravidez; 
Neoplasia; Hepatopatias ativas – 
Alcoolismo e Hepatite aguda; 
• Métodos laboratoriais: ELISA, 
Imunoturbidimetria, nefelometria; 
• VR: 90-200 mg/dL (Adultos); 124-348 
mg/dL (Neonatos); <60-70 mg/dL 
(indica fenotipagem); 
• Amostra: Soro; 
 
♦ Glicoproteína ácida: 
• Aumento: Resposta de fase aguda (2-
4x) – Inflamação aguda ou crônica, 
infecção, trauma, cirurgia; IAM; 
Doenças autoimunes; Pneumonia; Uso 
de andrógenos; Corticosteroides; 
 
• Diminuição: Síndrome nefrótica; 
Hepatopatia severa; Gravidez; Terapia 
com estrógenos; Desnutrição; Recém 
natos; 
• Métodos laboratoriais: ELISA, 
Nefelometria, Imunoturbidimetria; 
• VR: 50-120 mg/dL; 
• Amostra: Soro; 
 
♦ α-1 fetoproteína: 
• Sintetizada no fígado fetal; 
• Marcador tumoral de carcinoma 
hepatocelular e de células 
germinativas. Útil na avaliação do 
tratamento destas doenças; 
• Marcador de anormalidades 
cromossômicas em fetos; 
• Marcador de defeitos na parede 
abdominal de fetos; 
• Varredura de defeitos no tubo neural 
(valor alto) e síndrome de Down (valor 
baixo) em fetos; 
 
ZONA α-2 
 
 
 
♦ Haptoglobina: Transporte de hemoglobina 
livre no plasma para o retículo endotelial; 
• Aumentada: Queimaduras, infecções 
agudas, síndrome nefrótica; 
• Diminuída: Hemólise intravascular, 
doenças severas do fígado, gravidez, 
anemia megaloblástica; 
 
♦ Macroglobulina: Inibe a atividade da tripsina, 
quimiotripsina, trombina, elastase e plasmina; 
• Aumentada: DM e síndrome nefrótica; 
• Diminuída: Artrite reumatoide, 
mieloma múltiplo; 
 
♦ Ceruloplasmina: Transporta 90% do cobre 
plasmático (10% albumina); 
• Aumentada: Infecções, doenças 
malignas e trauma; 
• Diminuída: Doença de Wilson; 
 
ZONA β-1 E β-2 
 
 
 
♦ Migram: Transferrina; Hemopexina; β-
lipoproteína; Frações C3 e C4 do complemento; 
Fibrinogênio; β-2 Microglobulina; 
♦ VR: 0,6-1,0 mg/dL; 
 
ZONA γ 
 
 
 
♦ Migram: Proteína C Reativa; Imunoglobulinas 
(IgA, IgG, IgM, IgD, IgE); 
♦ VR: 0,7-1,4 mg/dL; 
 
IMUNOGLOBULINAS 
 
♦ Responsáveis pela resposta imunológica 
mediada por linfócitos B (Humoral); 
♦ Podem ser dosadas por: Imunodifusão ou 
imunoensaios; 
♦ Hipogamaglobulinemia: Valores diminuídos; 
♦ Gamopatias: Valores aumentados; 
• Gamopatias monoclonais: 
Paraproteínas; Mieloma múltiplo 
(Proteína de Bence Jones); 
• Gamopatias policlonais: Aumento de 
várias imunoglobulinas; 
 
PROTEÍNA C REATIVA 
 
♦ Proteína de fase aguda, membro da família 
das pentraxinas; 
♦ Função: Promoção da fagocitose e 
destruição de microrganismos, complexos 
 
imunes e outras estruturas antigênicas por 
opsonização e ativação do complemento; 
Ativação de monócitos para a produção de 
fator tecidual; 
 
 
 
♦ Níveis aumentados de PCR: 
 
Infecções Bacterianas, fúngicas, 
micobacterianas e virais (sistêmicas 
graves) 
Alergias Febre reumática, eritema nodoso 
Doenças 
Inflamatórias 
Artrite reumatoide ativa, espondilite 
anquilosante, vasculite sistêmica, 
polimialgia reumática, Doença de 
Crohn 
Necrose IAM, embolização de tumores, 
pancreatite aguda 
Trauma Cirurgia, queimaduras, fraturas 
Malignidade Linfoma, carcinoma, sarcoma 
Outros Gravidez inicial, dispositivos 
intrauterinos 
 
♦ Níveis ausentes ou pouco aumentados de 
PCR: Lúpus sistêmico, Esclerodermia, 
dermatomiosite, colite ulcerativa, leucemia e 
rejeição de transplante;

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