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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ-UFC DEPARTAMENTO DE FÍSICA DISCIPLINA DE FÍSICA EXPERIMENTAL BÁSICA PRÁTICA 08 - DILATAÇÃO TÉRMICA Aluno: Bárbara Maria Borges da Silva Curso: Engenharia de Alimentos Matrícula: 498907 Turma:01 Professor: Wandeberg Paiva Ferreira Data de Realização de Pesquisa: 24/03/2021 Horário de realização da pesquisa: 08:00-11:00 FORTALEZA 2021 1. OBJETIVOS - Estudar a dilatação térmica em função da temperatura. - Determinar o coeficiente de dilatação linear de sólidos. - Verificar o comportamento de uma lâmina bimetálica. 2. MATERIAL -Filme sobre o comportamento de uma lâmina bimetálica ao ser aquecida: https://www.youtube.com/watch?v=5FeNbSG9sDE -Animação para exercitar a leitura de um relógio comparador: https://www.stefanelli.eng.br/relogio-comparador-virtual-simulador-milimetro/ -Link para a simulação para a realização dessa prática: www.laboratoriovirtual.fisica.ufc.br/dilatacao-termica http://www.laboratoriovirtual.fisica.ufc.br/dilatacao-termica 3. INTRODUÇÃO A dilatação térmica é um processo que acontece quando um determinado corpo sofre um aumento em sua temperatura, causando mudanças nas dimensões desse corpo. Esse fenômeno pode ocorrer em corpos nos estados líquido, gasoso e também sólidos. A dilatação térmica, depende diretamente das dimensões do corpo e consequentemente, por seu coeficiente de dilatação, além disso, corpos formados pelas mesmas substâncias, podem sofrer diferentes tipos de dilatação, linear; superficial, que equivale ao dobro da linear e volumétrica, que é equivalente ao triplo da primeira dilatação citada. Ademais, a dilatação térmica, também pode ser entendida como o grau de agitação das moléculas, que podem sofrer rotação, vibração e até mesmo transladação, em decorrência. do aumento da energia térmica 4. PROCEDIMENTOS Para a realização do experimento, revi alguns conceitos que já conhecia sobre dilatação para me auxiliarem na execução do relatório. A seguir, processei as medidas como foi instruído e anotei nas tabelas. Após os procedimentos, pude responder com tranquilidade o questionário. Para a realização do experimento virtual sobre DILATAÇÃO TÉRMICA acesse à simulação: www.laboratoriovirtual.fisica.ufc.br/dilatacao-termica . Na Figura 2 temos a tela principal da simulação. À esquerda temos um BANHO TÉRMICO que nada mais é do que um aparelho que pode aquecer um líquido, representado em azul, e fazê-lo circular no interior de um tubo oco. O BANHO TÉRMICO indica sempre a temperatura do líquido em um dado instante (consideraremos que a temperatura do tubo oco do material em estudo é sempre igual à temperatura indicada no BANHO TÉRMICO). A temperatura pode variar de 25 oC (temperatura ambiente) até uma temperatura máxima de 150 oC. Um tubo oco pode ser escolhido dentre as 5 amostras indicadas. Cada amostra é fixa no dilatômetro no ponto indicado pela seta vermelha e tem sua extremidade direita tocando um RELÓGIO COMPARADOR. Assim, o comprimento inicial (Lo) do tubo oco que se dilatará de modo a influenciar o RELÓGIO COMPARADOR, corresponde à medida do ponto indicado pela seta vermelha à extremidade direita onde o TUBO OCO toca o RELÓGIO COMPARADOR. Figura 2. Tela inicial da simulação: Dilatação Térmica. http://www.laboratoriovirtual.fisica.ufc.br/dilatacao-termica O RELÓGIO COMPARADOR aparece inicialmente com sua face voltada para cima. Para visualizar a face do RELÓGIO COMPARADOR de modo a fazer as leituras, clique em MOSTRAR RELÓGIO; assim a simulação mostrará o RELÓGIO COMPARADOR, Figura 3. Figura 3. Visão do RELÓGIO COMPARADOR. Ao escolher uma nova amostra, a mesma será aquecida da temperatura ambiente (25 oC) até a temperatura máxima de 150 oC. Observe que ao escolher uma amostra, a mesma é posicionada no dilatômetro e ao observar o mostrador do RELÓGIO COMPARADOR, o mesmo pode não está zerado. Para zerá-lo, clique no ponto vermelho na borda do relógio comparador e gire a escala até que o zero da escala coincida com a posição do ponteiro maior. Para fazer as leituras de ΔL, tenha sempre em mente que a menor divisão da escala no RELÓGIO COMPARADOR representa 0,01 mm e que cada volta completa corresponde a 1,00 mm. O número de voltas que correspondente ao número de mm, é indicado pelo ponteiro menor do RELÓGIO COMPARADOR. Observe que o ponteiro menor gira no sentido anti- horário seguindo a numeração em sequência. Procedimento 1: Determinação do coeficiente de dilatação térmica do AÇO. 1.1 Escolha a mostra de AÇO. 1.2 Clique em MOSTRAR RELÓGIO e verifique se o mesmo está zerado. Lembre-se de zerar o relógio comparador antes de iniciar o aquecimento. Para isto clique no ponto vermelho na borda do relógio comparador e gire o mostrador do relógio até que o “zero” da escala externa coincida com a posição do ponteiro maior 1.3 Meça com a RÉGUA da simulação o comprimento L0, à temperatura inicial, da porção do tubo considerada na dilatação (comprimento do tubo entre o ponto de fixação indicado pela seta vermelha e a extremidade fechada do tubo que toca o relógio comparador). Anote na Tabela 1. OBS: Para facilitar a leitura da régua da simulação, amplie a imagem girando o botão de rolagem do mouse. 1.4 Anote os valores de ΔL (leitura do RELÓGIO COMPARADOR) para os valores de temperatura indicadas na Tabela 1. 1.5 Calcule os valores de Δt (oC) sempre em relação à temperatura inicial 25oC. Anote na Tabela 9.1. Tabela 1. Resultados “experimentais” para o tubo de AÇO. t (oC) 25 50 75 100 125 150 ΔL (mm) 0 0,20 0,35 0,55 0,73 1 Δt (oC) 0,00 25 50 75 100 125 1.6 Repita os procedimentos anteriores para o LATÃO e anote na Tabela 2. Tabela 2. Resultados “experimentais” para o tubo de LATÃO. t (oC) 25 50 75 100 125 150 ΔL (mm) 0,00 0,32 0,60 0,90 1,18 1,49 Δt (oC) 0,0 25 50 75 100 150 1.7 Repita os procedimentos anteriores para o CHUMBO e anote na Tabela 3. Tabela 3. Resultados “experimentais” para o tubo de CHUMBO. t (oC) 25 50 75 100 125 150 ΔL (mm) 0,00 0,41 0,82 1,2 1,6 2,3 Δt (oC) 0,0 25 50 75 100 150 Procedimento 2: Comportamento de uma lâmina bimetálica com a variação da temperatura. Lâminas bimetálicas são dispositivos formados por duas lâminas de metais com diferentes coeficientes de dilatação unidas fortemente, Figura 4. Figura 4. Lâmina bimetálica formada por latão e invar (invar é uma liga de níquel e ferro com baixo coeficiente de dilatação térmica). Fonte da figura: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/lamina-bimetalica.htm. Acesso em 23 de setembro de 2020. Na Figura 4 temos representada uma lâmina bimetálica formada por latão e invar. A lâmina se mantém retilínea na temperatura em que foi fabricada. Se a temperatura aumenta, o latão que tem coeficiente de dilatação térmica maior do que o do invar tende a se curvar como mostra a Figura 9.4. Se a temperatura diminuir, o latão teria uma contração maior do que a do invar e a curvatura da lâmina bimetálica seria ao contrário do que mostra a Figura 4, com o invar se curvando por sobre o latão. Essa propriedade é muito usada para fabricar dispositivos chamados de termostatos, capazes de fechar e abrir circuitos elétricos, regulando assim a temperatura. Observe o comportamento de uma lâmina bimetálica ao ser aquecida: https://www.youtube.com/watch?v=5FeNbSG9sDE No filme: https://www.youtube.com/watch?v=-L87D5HfXhc é possível ver em primeiro plano uma lâmina bimetálica sendo aquecida por uma vela. Ao ser aquecida a lâmina se curva fechando o circuito elétrico que alimenta um ventilador. O ventilador provoca um fluxo de ar que esfria a lâmina bimetálica, assim a mesma resfria e diminui a curvatura abrindo o circuito. O processo se repete indefinidamente. Os termostatosdos aparelhos eletrodomésticos que trabalham com temperatura (ferro elétrico, geladeira, ar-condicionado, grill, etc) usam essa propriedade das lâminas bimetálicas para regular a temperatura desejada. https://www.youtube.com/watch?v=5FeNbSG9sDE 5. QUESTIONÁRIO 1- Faça o gráfico da dilatação térmica (ΔL) em função da variação da temperatura (Δt) para os resultados encontrados para o Aço e para o Chumbo. 2- O que representa o coeficiente angular do gráfico da questão anterior? Justifique. Como os valores do chumbo e do aço são representados por retas, logo, o coeficiente angular é representado por uma variação do comprimento em relação com a temperatura. 3- Compare o coeficiente de dilatação linear encontrado experimentalmente para cada material estudado nesta prática com os valores respectivos da literatura. Indique o erro percentual em cada caso. α = ΔL/ L0AT •determinando os coeficientes de dilatação linear: • aço: (dados presentes nas tabelas) α= 0,89/ 600x125 L0 =60 cm = 600 mm α= 1,2 x 10-5 °C-1 ΔL= 0,89 – 0,0 = 0,89 mm ΔT = 125°C – 0,0 = 125°C • chumbo L0 = 60 cm = 600 mm α= 2,10/600x125 ΔL= 2,10 – 0,0 = 2,10 mm α = 2,9 x 10-5 °C-1 ΔT = 150°C – 25°C = 125°C •latão: L0 = 60 cm = 600 mm α=1,49/600x125 ΔL= 1,49 – 0,0 = 1,49 mm α= 2 x 10-5 °C-1 ΔT = 150°C – 25°C = 125°C •Agora, calculando os erros percentuais: •Aço: Erro Percentual = valor teórico – valor experimental x 100/ valor teórico Erro Percentual = 1,2 x 10-5 - 1, 2 x10-5 x 100/1,2 x 10-5 Erro Percentual = 0% •Chumbo: Erro Percentual = valor teórico – valor experimental x 100/ valor teórico Erro Percentual = 2,9 x 10-5 - 2,9 x 10-5 x 100/2,9 x 10-5 Erro Percentual= 0% •Latão: Erro Percentual = valor teórico – valor experimental x 100/ valor teórico Erro Percentual = 2 x 10-5 – 2 x10-5 x 100/2 x 10-5 Erro Percentual= 0% Assim, percebe-se que não há erro percentual em nenhum dos experimentos. 4- Na figura abaixo vemos uma junta de dilatação em uma ponte. Justifique a necessidade de juntas de dilatação em pontes e outras estruturas em função dos resultados da prática realizada. Disponível em: https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/juntas-de-dilatacao-ajudam-a-evitar-fadiga-estrutural de-pontes-e- viadutos_14462_10_0. Acesso em 09 jan. 2019. Na construção de pontes, é necessário atentar-se às variações de temperatura as quais a pomte irá sofrer, haja vista que com uma maior energia térmica, há uma maior agitação entre as moléculas, resultando em uma dilatação do corpo; já com uma menor liberação de energia térmica, as moléculas não sofrem tanta agitação, logo há pouco espaço entre as moléculas do corpo. Assim, as juntas de dilatação garantem uma segurança na presença de movimentos, realizando uma vedação na ponte. 5- Uma lâmina bimetálica consiste de duas tiras metálicas rebitadas. A tira superior é de aço e a tira inferior é de latão. O que aconteceria com a lâmina bimetálica em um dia muito frio? Justifique. Nada, pois para sofrer qualquer tipo de mudança, seria necessário ser submetida uma incidência direta de calor, já que se apresenta em estado linear. 6- Explique o que ocorre ao período de um relógio de pêndulo com o aumento da temperatura. Com o aumento da temperatura, o relógio de pêndulo passa a adiantar, atrasar ou permanece marcando as horas corretamente? O relógio iria se atrasar, pois como o período do pêndulo é diretamente proporcional ao seu comprimento, com o aumento da temperatura e por conseguinte, há a dilatação do pêndulo, ele demoraria mais para completar o ciclo, ocasionando o atraso. 7- Uma pequena esfera de alumínio pode atravessar um anel de aço. Entretanto, aquecendo a esfera, ela não conseguirá mais atravessar o anel. (a) O que aconteceria se aquecêssemos o anel e não a esfera? O anel sofreria dilatação, por consequência, o diâmetro seria aumentado e a esfera passaria sem dificuldade. (b) O que aconteceria se aquecêssemos igualmente o anel e a esfera? A esfera não atravessaria o anel, pois o mesmo apresenta coeficiente de dilatação menor do que a esfera, logo não ao sofrer dilatação, ainda assim, seria insuficiente para que coubesse a circunferência da esfera. 6. CONCLUSÃO Com a realização desta prática, pude rever conceitos que já conhecia, além de estudar mais afundo sobre o tema. Além disso, pode-se perceber claramente que cada material apresenta seu próprio coeficiente de dilatação, dependendo desse, pode sofrer maiores ou menores mudanças em sua estrutura física. Com o auxílio do simulador citado na lista de materiais, é possível obter resultados agregadores para a pesquisa e também para o próprio conhecimento. 7. REFERÊNCIAS DILATAÇÃO, Térmica. Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/fisica/dilatacao-termica. Acesso em: 24 mar. 2021.
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