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2 CASO - N1- pratica trabalhista

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Alunos: Isabela Barbosa da Silva e Filipe Wizer S. Bono 
AO JUIZO DA 8ª VARA DO TRABALHO DE GOIÂNIA
Processo n. 1000/2018
Sociedade empresária Tecelagem Fio de Ouro S.A, já devidamente qualificada nos autos em epígrafe, por intermédio de seu advogado com endereço profissional no rodapé (procuração anexa), vem a presença de Vossa Excelência apresentar CONTESTAÇÃO, com fulcro no artigo 847 da CLT, tendo em vista os termos da reclamação trabalhista que lhe move Joana da Silva, já qualificada nos autos, fazendo na forma abaixo alinhada. 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
No transcurso natural da instrução processual trará evidências incontestáveis da insinceridade do pedido, através do qual se objetiva pura e simplesmente, obter enriquecimento ilícito que, certamente, o Poder Judiciário não poderá dar acolhida.
A narrativa constante na exordial evidencia, outrossim, a manifesta má-fé do Reclamante, na medida em que pretende confundir esse D. Juizo, alegando pretensos direitos que nunca existiram.
No caso, ficará evidenciado que o reclamante se trata de litigante de má-fé, devendo ser penalizado na forma da lei. Enfim, a narrativa constante na peça inicial foi equivocada e totalmente divorciada da realidade.
SINTESE DA INICIAL
A requerente foi empregada da sociedade empresária Tecelagem Fio de Ouro S.A de 10/05/2008 a 29/09/2018, ajuizou reclamação trabalhista em face da sociedade empresária, em 15/10/2018, requerendo o pagamento de indenização por dano moral, alegando ser vítima de doença profissional, já que o mobiliário da empresa, segundo diz, não respeitava as normas de ergonomia.
Alega, ainda, que a empresa fornecia plano odontológico gratuitamente, requerendo, então, a sua integração, para todos os fins, como salário utilidade.
Relata que, nos últimos dois anos, a sociedade empresária fornecia, a todos os empregados, uma cesta básica mensal, suprimida a partir de 1º de agosto de 2018, violando direito adquirido, pelo que requer o seu pagamento nos meses de agosto e setembro de 2018.
Diz que, no ano de 2018, permanecia, duas vezes na semana, por mais uma hora na sede da sociedade empresária para participar de um culto ecumênico, caracterizando tempo à disposição do empregador, que deve ser remunerado como hora extra, o que requereu.
Afirma ter sido coagida moralmente a pedir demissão, pois, se não o fizesse, a sociedade empresária alegaria dispensa por justa causa, apesar de ela nada ter feito de errado. Assim, requer a anulação do pedido de demissão e o pagamento dos direitos como sendo uma dispensa sem justa causa.
Ela reclama que foi contratada como cozinheira, mas que era obrigada, desde o início do contrato, após preparar os alimentos, a colocá-los em uma bandeja e levar a refeição para os 5 empregados do setor. Esse procedimento caracterizaria acúmulo funcional com a atividade de garçom, pelo que ela requer o pagamento de um plus salarial de 30% sobre o valor do seu salário.
Totalmente improcedente os pedidos da exordial, conforme ficará demonstrado a seguir. 
1. PRELIMINAR
1.1 INÉPCIA DO PEDIDO DE ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
A reclamante pleiteia adicional de periculosidade sem contudo discorrer a causa de pedir, sendo assim o reconhecimento da inépcia ao pedido de adicional de periculosidade, com a extinção do processo sem resolução do mérito em relação a esse pleito, na forma do Art. 330, § 1º, inciso I, e do Art. 485, inciso I, ambos do CPC. 
2. DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL
O reclamante trabalhou para reclamada no período de 10/05/2008 a 29/09/2018, tendo distribuído a presente ação aos 15/10/2018.
A reclamada solicita nessa oportunidade a prescrição quinquenal declinada no artigo 7º, inciso XXIX, da CF em relação a qualquer direito anterior a 15/10/2013.
Assim, se algum valor for devido ao reclamante, o que admite-se em observância ao princípio da eventualidade, somente poderá ser deferido relativamente ao período não prescrito.
3. DO MÉRITO 
3.1 DA INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL
A reclamante requereu o pagamento de indenização por dano moral, alegando ser vítima de doença profissional, já que o mobiliário da empresa, segundo diz, não respeitava as normas de ergonomia, contudo o laudo em anexo comprova ser uma doença degenerativa.
Podemos verificar que a doença degenerativa não é considerada doença profissional, nem ao menos doença do trabalho, conforme o artigo 20, § 1º, alínea a, da Lei nº 8.213/91, não sendo devido o pagamento da indenização por danos morais.
3.2 DO PLANO ODONTOLOGICO/ DO SALÁRIO UTILIDADE 
Com relação ao plano odontológico não se caracteriza salário utilidade por expressa vedação legal, na forma do Art. 458, § 2º, inciso IV e § 5º, da CLT, daí porque não poderá ser integrado ao salário. 
3.3 DAS CESTAS BÁSICAS
Ao analisarmos o pedido de cesta básica vemos que a norma coletiva juntada findou em julho de 2018 e não possui ultratividade, na forma do Art. 614, § 3º, da CLT.
3.4 DA HORA EXTRA
A reclamante relata que, no ano de 2018, permanecia, duas vezes na semana, por mais uma hora na sede da sociedade empresária para participar de um culto ecumênico, caracterizando tempo à disposição do empregador, que deve ser remunerado como hora extra, o que requereu, sendo que a empresa convidou todos os empregados, , por meio de circular já anexa na inicial, para participarem voluntariamente das práticas religiosas que ocorreriam dentro da empresa, e, não o caracteriza, por explícita vedação legal, na forma do Art. 4º, § 2º, inciso I, da CLT.
3.5 DA ANULAÇÃO DO PEDIDO DE DEMISSÃO
Não houve nenhum tipo de coação no pedido de demissão, tendo a própria reclamante entregue o pedido de demissão formulado a próprio punho, em anexo a essa, e o ônus de provar o alegado vício de consentimento pertence à autora, na forma do Art. 818, inciso I, da CLT e do Art. 373, inciso I, do CPC. Alternativamente, será aceita a tese de negar a prática de qualquer ato ilícito capaz de provocar dano, conforme Artigos 186 e 927 CC.
3.6 DO ACUMULO DE FUNÇÃO
Com relação ao pedido de acúmulo funcional deverá ser negado, uma vez que a atividade desempenhada pela autora era compatível com a sua condição pessoal e profissional, na forma do Art. 456, parágrafo único, da CLT.
4 DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
O Reclamada requer a condenação da reclamante ao pagamento de honorários advocatícios, sendo devido a fixação dos honorários de sucumbência, conforme artigo 791-A da CLT, fixando os honorários na observância do § 2º, artigo 791-A, da CLT.
5 LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
O requerente litiga de inteira má-fé quando requer todos os seus pedidos sobre uma série de direitos não devidos ou quitados, intentando ludibriar, obscurecer direitos, induzir em confusão e erro este Juízo não resta nenhuma dúvida que se está diante de uma grotesca litigância de má-fé que causa nesta presente ação. Portanto, deve-se aplicar a multa máxima de litigância de má-fé de acordo com o art. 793-C da CLT, acima expressado.
6 PEDIDOS
A) Requer que a preliminar se acolhida e a prejudicial de mérito seja julgada improcedente em todos os seus termos a presente reclamação trabalhista; 
B) Requer que seja condenado em litigância de má-fé o reclamante, quitando a multa no grau máximo estabelecido no art. 793-C,caput, da CLT pelos fatos e fundamentos motivados nessa petição de contestação;
C) Requer que a reclamante se condenada aos honorários advocatícios no grau máximo de 15% sobre cada pedido parcialmente sucumbido, conforme o prescrito no adventício art. 791-A, caput, § 2º, § 3º, da CLT;
D) Caso não seja acatada a improcedência total dos pedidos reclamados, por medida de cautela, que sejam compensados todos os valores já pagos a Reclamante, com eventuais diferenças devidas sob o mesmo título, nos termos do artigo 767 da CLT;
7 PROVAS
Provará o alegado por todos os meios de provas em Direito admitidos, principalmente depoimento pessoal do reclamante, sob pena de confissão, inquirição de testemunhas, perícias e os documentos já anexados na inicial.
Nestes termos, pede deferimento.
Goiânia, data
Advogado
OAB/UF

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