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DESASTRE DE CHERNOBYL - AMB110 (1)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
ESCOLA DE MINAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL
AMB110 – ENGENHARIA AMBIENTAL BÁSICA
O DESASTRE DE CHERNOBYL
PROFESSOR: ALBERTO DE FREITAS CASTRO FONSECA
ALUNOS: ANA BEATRIZ GUERRA DRUMOND LAGE
BRICIA DE PAIVA BRAGA
ENZO GOULART GASPARINI
VICTOR MARTINS GOYA
VITÓRIA PINHEIRO DE ALMEIDA
OURO PRETO
DEZ/2021
Introdução
O desastre de Chernobyl ocorreu no dia 26 de abril de 1986 durante um teste de segurança na usina nuclear localizada a 100km de distância da capital da Ucrânia. O acidente ocasionou milhares de mortes e uma destruição ambiental terrível. As consequências são sentidas até hoje, pois a poluição pela radiação se espalhou por diversas áreas. 
Após tantos anos, ainda é considerado o maior acidente nuclear do mundo. E hoje, muitos turistas vão visitar a área que é chamada de cidade fantasma. 
Objetivo
O objetivo do trabalho é expor todo o contexto do acidente em Chernobyl, além de explicar como e porque ocorreu e seus resultados para o meio ambiente. 
Além de ser um assunto importante para ser discutido, pois ainda são usadas usinas nucleares para o fornecimento de energia para a população.
Descrição da organização/instituição poluidora
· Contexto URSS
Localizada no norte da Ucrânia, mais especificamente em Chernobyl ao lado de Pripyat, a usina de energia nuclear Vladimir Ilyich Lenin, por volta de 1970, foi construída e comandada pela antiga URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas).
A nação socialista surgiu após vários contextos históricos e processos revolucionários, desde a Guerra da Criméia até a Revolução de Outubro de 1917. Vladimir Ilich Ulianov, mais conhecido como Lenin, foi um dos nomes mais importantes para o surgimento da URSS. Lenin era um líder político Bolchevique que tomo a frente para lutar pelos direitos dos operários. Em 1917 após grandes manifestações do povo e a ameaça de um golpe militar o governo provisório russo se rende e a ascensão de Lenin no poder vem à tona. Com o programa Bolchevique em prática, o qual distribuía terras aos camponeses, e a paz com os alemães, o Império Russo se transforma na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
A URSS se industrializou no meio agrário e seguia sempre o sistema político-econômico socialista, os meios de produções eram controlados pelo Estado bem como a distribuição de renda que mais tarde resultou em uma grande desigualdade social.
Durante Guerra Fria, após a Segunda Guerra Mundial, as duas grandes potências políticas URSS e Estados Unidos, se confrontavam indiretamente, período conhecido como bipolaridade mundial, o qual os ideais capitalistas e socialistas se enfrentavam para englobar um único sistema político e econômico. Nesse período com os avanços tecnológicos e conhecimentos amplos sobre energia nuclear surge a usina de Chernobyl. Ao fim da guerra em 1989 com os gastos extensos em armas e pesquisas, a URSS perdeu forças e começou entrar em colapso. Países começaram a tomar independência e em 1991 foi declarado o fim da União Soviética.
· Usina de Energia Nuclear Vladimir Ilyich Lenin
Conhecida como Usina nuclear de Chernobyl, foi construída por volta de 1970 junto com a cidade de Pripyat a qual iria abrigar os trabalhadores da usina. A usina possuía quatro reatores RBMK-1000, o qual gerava cerca de 1000 MW (megawatts), e planejava construir mais dois reatores antes do acidente em 1986.
A usina gerava boa parte de energia para a Ucrânia, ela era conectada por um sistema elétrico de 330vK e 750vK. Os blocos possuíam geradores conectados a transformadores ligados à rede de energia. A linha de 750vK era a mais utilizada e a de 330vK servia como uma fonte externa, comumente não era utilizada. A energia era produzida por tubos geradores com turbinas Kharkiv. Os reatores número 1, número 2 e número 3 possuíam essas turbinas e o reator número 4 foi desenvolvido com uma turbina nova conhecida como K-500-65 / 3000-2, ela era mais sensível e operadores notavam problemas com frequência. Todos os reatores possuíam um sistema de resfriamento à hidrogênio.
Causas/origens da poluição
Na madrugada do dia 26 de abril de 1986, aconteceu o acidente nuclear mais marcante da história, o acidente de Chernobyl. Esse desastre ocorreu na cidade de Pripyat, onde a usina está localizada, e na cidade de Chernobyl, situada a vinte quilômetros de distância de Pripyat, ambos territórios que faziam parte da União Soviética naquela época. 
O acidente de Chernobyl ocorreu devido a uma explosão ocorrida no reator 4 da usina nuclear de Chernobyl, a qual deixou o reator nuclear exposto e o incêndio foi responsável por lançar uma elevada quantidade de material radioativo na atmosfera. Essa catástrofe foi marcada por uma  série de erros antrópicos e violações de mecanismos de segurança. Além disso, outro fator que possivelmente contribuiu para a ocorrência do acidente em questão está relacionado aos reatores utilizados, do tipo RBMK, que possuíam um  grave erro em seu projeto, o qual permitiu que o acidente acontecesse.
Enquanto efetuavam um desligamento de rotina, os operadores da usina optaram por realizar um teste que consistia em estabelecer o intervalo de tempo em que, após uma queda repentina de energia, as turbinas eram capazes de girar. Porém, os técnicos encarregados não cumpriram partes de grande relevância do protocolo de segurança durante a realização desse teste, como o desligamento da metade das bombas de água que refrigeravam o reator e o desligamento do mecanismo de desativação automática do reator. No momento em que os operadores perceberam o estado no qual o reator se situava, era tarde demais. A reação nuclear se encontrava bastante instável, e o reator produzia absurdamente mais energia do que o usual.  
Os operadores tentaram conter a situação bombeando gás xenônio para absorver os nêutrons emitidos pela fissão nuclear, porém como o reator se encontrava significamente instável, isso não foi possível. Assim, como uma nova tentativa para impedir a liberação dos nêutrons, os operadores inseriram hastes, que logo após colocadas, liberaram um abundante volume de água do reator, que propagou-se descontroladamente. Devido a alta pressão causada pela água, a placa de cobertura do reator soltou, e foi liberado para a atmosfera produtos altamente radioativos.  
Em decorrência dessa série de acontecimentos, ocorreu a primeira explosão, e logo após uma segunda explosão, a qual liberou mais de trezentos quilogramas de blocos de grafite para fora das instalações da usina. Por essa razão, o reator começou a pegar fogo e uma enorme quantidade de gases contaminados com elementos radioativos escapou para a atmosfera e foi espalhado através do vento durante cerca de dez dias. 
 
Caracterização do poluente e da área poluída
Pripyat é uma cidade que foi criada para a população que iria trabalhar na usina de Chernobyl, habitavam aproximadamente 50 mil pessoas. A cidade ficava a 3km de distância de onde ocorreu o acidente. A localização da cidade e da usina era muito boa, pois ficava próxima do rio Pripyat, ferrovia e rodovia, então a matéria prima era de fácil acesso. 
Em relação ao reator que foi a causa do acidente, ele possuía um funcionamento diferente. O reator RBMK tinha como funcionamento básico o seguinte: o combustível (núcleo do reator) era o urânio, com o decaimento dos seus átomos aquece a água, que por sua vez gera vapor, faz as turbinas girarem e gera energia. Mas esse tipo de reator precisa de um moderador (que era o grafite) e hastes de controle, para que o urânio não decaia todo de uma vez. O moderador de grafite servia para desacelerar os neutros da fissão de urânio, pois se a reação for muito rápida poderia gerar problemas. Outro problema do grafite é que na falta de água os nêutrons não seriam absorvidos e a reatividade aumentaria, tornando uma reação sem controle. Nesse tipo de reator as vantagens eram o uso de urânio natural que é mais barato e produz também plutônio (poderia ser usado para armamentos nucleares), mas já a desvantagem é que em um acidente onde não temrefrigeração, a fissão aumento, e foi o que aconteceu na usina de Chernobyl. 
O teste de segurança, juntamente com o erros humanos, ocasionaram o acidente. A água de refrigeração ferveu e o reator entrou em criticalidade. O vapor da explosão detonou até o teto e lançou toneladas de material radioativo no ar. O problema da radiação é que ela é invisível, não tem gosto, não tem cheiro e não emite som, por esse motivo o acidente foi tão grande e causou muitas mortes. 
Após o acidente, diversos bombeiros chegaram para conter o incêndio, eles iam chutando os grafites altamente contaminados com a radiação e em poucos minutos já sentiam as reações. Essa radiação causava vômitos, náuseas e alguns casos de confusão mental. Essas primeiras pessoas que tiveram contato com o material radioativo foram levados para o hospital e suas roupas jogadas no subsolo, até hoje emitem radiação. A radiação ionizante altera o DNA das células, que não conseguem funcionar e morrem. Os glóbulos brancos do sangue morrem e você começa ter hemorragia, o sistema digestivo para de funcionar e em duas semanas pode levar a morte da pessoa. Porém, a quantidade de radiação era tão alta que essas reações foram mais rápidas e diversas pessoas morreram. 
Em volta do reator surgiu uma cortina de fumaça que espalhava as partículas extremamente contaminadas. O nível de radiação chegava ao máximo do medidor. Essa radiação chegou em diversos países. Para conter a situação jogaram por meio de helicópteros uma mistura de areia e argila para conter o incêndio, e chumbo e boro. O incêndio foi contido, porém essa mistura isolou o calor do urânio, que passou de 2000 C, derreteu a areia, o grafite e o concreto, isso formou uma lava radioativa que foi chamada de pé de elefante, ela emite muita radiação ainda e pode matar alguém em cinco minutos. 
Antes da construção do sarcófago, eles tentaram limpar o teto que possuia muitas partículas contaminadas. Tentaram usar robôs, mas eles paravam de funcionar. Então, muitas pessoas se voluntariaram para ajudar na contenção, mas elas podiam ficar pouco tempo ao redor do telhado, por isso mais de 5 mil pessoas tiveram que ajudar. 
A contaminação e a radioatividade era tanta que os carros, tratores, helicópteros que foram usados precisavam ser enterrados, hoje muitos deles estão abandonados. As casas também eram tombadas, pois era muito difícil a não contaminação.
Consequências socioambientais da poluição
Trinta e cinco anos após o acidente de Chernobyl, o número de mortes resultante do desastre ainda é controverso. Por consequência direta, 31 pessoas morreram, no entanto, um dos relatórios emitidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) datado de 2005, julgou que 4 mil pessoas morreram nos países mais afetados. Este mesmo documento relata que, além dos problemas ambientais, os problemas psicológicos e econômicos ainda afetam a maioria dos atingidos.
Além disso, o maior impacto à saúde das vítimas é o aumento acentuado do cancro da tiróide. O Greenpeace relata poder haver 60 mil casos da doença entre 270 mil casos de outros tipos de câncer, mas na época do acidente, observou-se apenas 4 mil casos, em especial, em crianças e adolescentes.
Impacto ambiental
O acidente que emitiu cerca de 100 vezes mais radiação do que as bombas atómicas lançadas sobre Nagasaki e Hiroshima na II Guerra Mundial, empurrou pelos ventos e contaminou parte significativa da Europa com elementos radioativos (iodo-131, césio-134 e césio-137).
A contaminação com césio e estrôncio é preocupante uma vez que tais elementos permanecem no solo por muitos anos.
Ao redor de Chernobyl obteve-se uma floresta vermelha em função das árvores mortas. As maiores doses de radiação foram recebidas por essa área levando a morte instantânea dos pinheiros e fazendo as flores ficarem vermelhas. Poucos animais sobreviveram aos níveis altos de radiação.
Essa grande exposição radioativa levou a crer que o local se tornaria um grande deserto, considerando o longo tempo que os compostos radioativos levam para se decompor e desaparecer do meio ambiente. Entretanto, cientistas foram surpreendidos com a volta da vida selvagem e reaparecimento de animais como cavalos selvagens, javalis, lobos e linces, além de pássaros que fazem ninhos no prédio do reator sem que tenham sido detectados quaisquer efeitos nocivos da radiação na saúde desses animais.
Evacuação da cidade e consequências
Os impactos ambientais e à saúde dos indivíduos não foram os únicos na vida das vítimas do acidente da usina nuclear de Chernobyl. Foi necessária a evacuação de populações inteiras de suas cidades, tanto na cidade de Pripyat, quanto nas que faziam parte da Zona de Exclusão.
A catástrofe traz aspectos relevantes no que diz respeito ao custo humano. Tomando como exemplo o trabalho, populações inteiras ficaram desempregadas e precisaram se dedicar a novos ofícios levando consigo a marca de serem filhos de Chernobyl. Além disso, faz-se necessário frisar que o adoecimento dos atingidos foi a curto, médio e longo prazo e isso, de certa forma, impediu a vida ativa das pessoas. As vítimas podem sobreviver com incapacidades físicas e psicológicas por muitos anos, o que gera um impacto social e, também econômico.
E, por fim, é importante ressaltar a perda do patrimônio cultural e da memória afetiva das famílias que precisaram deixar seus lares na evacuação das cidades. Este é um dano, infelizmente, irreparável.
 
Estigma e medo da energia nuclear
O medo da radiação está enraizado no psicológico das pessoas. Razões históricas contribuem para tal feito, como as bombas nucleares e o próprio acidente da usina de Chernobyl. As pessoas assumem que qualquer exposição à radiação ionizante seja perigosa, sem se importarem com a dosagem, natureza do material radioativo ou a via de exposição, e assim declaram que radiação é sinônimo de perigo, o que traz o sentimento de medo.
As pessoas se preocupam com riscos que não podem detectar ou controlar com os sentidos; riscos associados a danos catastróficos, não naturais criados pelo homem ou que evocam lembranças assustadoras, como as de Chernobyl ou Fukushima. O medo da radiação é profundo, mas as consequências desse medo infundado são maiores.
 
Reação social e/ou governamental à poluição
Os territórios de Pripyat, onde a usina está localizada, e Chernobyl faziam parte da União Soviética naquela época. Após o desastre na usina nuclear, o governo soviético tentou ao máximo evitar que as notícias sobre o acontecido se espalhassem porque receavam que esse acidente comprometesse a reputação da URSS. Então, somente dois dias após o desastre que eles admitiram e divulgaram sobre o ocorrido. 
Em consequência da decisão soviética de tentar encobrir esse acidente nuclear, muitas medidas, que eram necessárias de se tomar no exato momento em que houve o acidente, demoraram para serem tomadas,  como a retirada da população das regiões atingidas. Apenas após 36 horas do desastre ambiental, quando uma grande quantidade de gases altamente radioativos já se dispersava pela atmosfera, os habitantes foram instruídos a deixar Pripyat. O governo soviético tentou minimizar ao máximo que as informações fossem espalhadas e publicadas na mídia. Então, decidiram cortar as redes de telefonia e os funcionários da usina nuclear foram proibidos de compartilhar informações sobre o que ocorreu.
Apesar de a União Soviética apresentar esforços na tentativa de manter a explosão como segredo de Estado, a verdade veio à tona gradualmente devido à enorme pressão sofrida pelos países ocidentais. Após o acidente, altos níveis de radiação foram detectados em outros países, como na Polônia, Alemanha, Áustria e Suécia. Posteriormente, governos de grande parte do mundo começaram a enfrentar a mesma questão, tornando o acidente nuclear de Chernobyl um problema mundial. 
O desastre de Chernobyl ocorreu durante o processo de declínio da URSS e a Guerra Fria, isto é, em um contexto em que o  poder soviético dependia fortemente da sua imagem e do seu discurso. Nessa linha de raciocínio, pode-se afirmarque a dificuldade anteriormente citada em assumir esse acidente se fundamentava no receio de ter uma perda efetiva do seu poderio. Entretanto, esse momento acabou acelerando a desintegração da União Soviética, uma vez que aumentou a desconfiança da população em relação às instituições do país e a pressão externa.
Soluções adotadas para tratar a poluição
Após o acidente nuclear gerado pelo reator número 4 a cidade entrou em evacuação junto a cidades vizinhas. A solução pra evitar a dissipação de resíduos nucleares foi construir um sarcófago de concreto e chumbo em volta do reator 4. A construção durou de junho a novembro de 1986 e possuía oito etapas:
    • Limpeza e concretagem em volta do reator;
    • Construção dos muros ao redor do perímetro;
    • Separação, por meio de muros, entre o reator número 3 e 4;
    • Construção dos muros em cascata;
    • Construção da cobertura sobre a turbina geradora;
    • Realização de um contraforte;
    • Montagem dos suportes e cobertura;
    • Instalação da ventilação.
Mais de 7 mil toneladas de metal e 400 mil metros cúbicos de concreto foram utilizados no processo. Essa cobertura evitava a liberação de radiação na atmosfera, porém era impossível reparar o sarcófago que se deteriorava por dentro com o tempo, já que por baixo da cobertura continha 16 toneladas de urânio e plutônio, 200 toneladas de cúrio e 30 toneladas de pó radioativo.
Em 1988 foi anunciado que a durabilidade do sarcófago era de 20 a 30 anos, e em 2017 houve a substituição do sarcófago por uma estrutura de aço projetada e construída fora dos perímetros do reator e sendo transportada e instalada por meio de trilhos. Essa estrutura permitiu a desmontagem do sarcófago e evacuação do lixo radioativo.
Lições para as partes interessadas
A conclusão após o acidente é que era possível ser evitado, não foi apenas falha humana, mas também o uso desse tipo de reator, o RBMK, que era fácil de ser construído, porém não tinha tanta segurança. Muitas pessoas e países foram e são afetadas até hoje. Então o mundo passou a ver que o diálogo sobre usinas nucleares era de interesse internacional, foi criado a Associação Mundial de Operadores Nucleares para troca de informações, e juntamente com a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) dois acordos foram assinados. O primeiro foi a Convenção assistência em caso de acidente nuclear ou emergência radiológica. O segundo foi a Convenção alerta antecipado de um acidente nuclear. Também ocorreu a Convenção sobre segurança nuclear (1994) que precisou ter algumas alterações em 2015, após outro acidente. Então novas usinas estão melhorando sua segurança. 
Essa é uma história sobre política e engenharia, que precisa ser lembrada pois foi o maior acidente provocado pelo homem e poderia ser evitado se a segurança máxima fosse priorizada, e não apenas interesses de políticos. 
Referências Bibliográficas
CHERNOBYL: A História Completa. [S. l.], 14 dez. 2019. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=DiGqjYkRQ6o. Acesso em: 29 nov. 2021.
PASSEI 1 dia em CHERNOBYL - Entenda o que causou o desastre nuclear - Estevam Pelo Mundo. [S. l.], 29 ago. 2019. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=iZ0HBHjmtx4. Acesso em: 29 nov. 2021.
CHERNOBIL e a lava radioativa | Nerdologia. [S. l.], 2 fev. 2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3K8FpaITAF0. Acesso em: 30 nov. 2021.
CHERNOBIL: as terríveis consequências | Nerdologia. [S. l.], 7 fev. 2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=h8Dzyn7hMKU. Acesso em: 30 nov. 2021.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Usina_Nuclear_de_Chernobil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sarc%C3%B3fago_da_Usina_Nuclear_de_Chernobil
https://www.youtube.com/watch?v=soB_zeZhVc0
Livro “Revisão em 22 volumes - História”, sistema educacional por competências, UNO
Livro “Revisão em 22 volumes - Geografia”, sistema educacional por competências, UNO
HELERBROCK, Rafael; NEVES, Daniel. Acidente de Chernobyl. Brasil Escola. Disponível em: Acidente de Chernobyl: causas, como ocorreu e consequências (uol.com.br). Acesso em: 24 nov. /2021. 
HELERBROCK, Rafael; NEVES, Daniel. Acidente de Chernobyl. Mundo Educação. Disponível em: Acidente de Chernobyl: causas e consequências - Mundo Educação (uol.com.br) Acesso em: 27 nov. 2021.
BLASCO, Luísa. Chernobyl: como a União Soviética tentou esconder o maior acidente nuclear da história. BCC News Mundo, 2019. Disponível em: Chernobyl: como a União Soviética tentou esconder o maior acidente nuclear da história - BBC News Brasil. Acesso em: 24 nov. 2021
ORLOVAS, Paola. Como a tragédia de Chernobyl afetou a estabilidade da União Soviética. Aventuras na História, 2021. Disponível em: Aventuras na História · Como a tragédia de Chernobyl afetou a estabilidade da União Soviética (uol.com.br). Acesso em: 27 nov. 2021
BLAKEMORE, Erin. Desastre de Chernobyl: o que aconteceu e os impactos a longo prazo. National Geographic, 2019. Disponível em: Desastre de Chernobyl: o que aconteceu e os impactos a longo prazo | National Geographic (nationalgeographicbrasil.com) Acesso em: 07 dez. 2021
 
KINGSLEY, Jennifer. A vida segue em Chernobyl, 35 anos após o pior acidente nuclear do mundo: Embora tenha havido evacuações em massa após a catástrofe radioativa, Chernobyl nunca ficou totalmente desabitada.. [S. l.], 30 abr. 2021. Disponível em: https://www.nationalgeographicbrasil.com/historia/2021/04/a-vida-segue-em-chernobyl-35-anos-apos-o-pior-acidente-nuclear-do-mundo. Acesso em: 11 dez. 2021.
ALMEIDA, Catarina Sola de. 35 anos de Chernobyl. As consequências, ainda indeterminadas, do pior acidente nuclear da História: Os efeitos da catástrofe fizeram-se e farão sentir-se durante longos anos e a vários níveis: ambientais, sanitários, políticos ou económicos.. [S. l.], 25 abr. 2021. Disponível em: https://sicnoticias.pt/especiais/chernobyl/2021-04-25-35-anos-de-Chernobyl.-As-consequencias-ainda-indeterminadas-do-pior-acidente-nuclear-da-Historia-fa6ea0a9. Acesso em: 11 dez. 2021.
GUIMARÃES, Leonam dos Santos. O medo da radiação é mais perigoso que a própria radiação. Disponível em: http://www.aben.com.br/noticias/o-medo-da-radiacao-e-mais-perigoso-que-a-propria-radiacao. Acesso em: 11 dez. 2021.
‘FILHOS de Chernobyl‘: o que diz primeiro estudo de descendentes dos atingidos pelo acidente nuclear: Registros oficiais indicam que 600 mil pessoas receberam o status de liquidante, nome dado a quem participou dos esforços para conter o impacto do acidente, 24 abr. 2021. Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2021/04/24/interna_internacional,1260100/filhos-de-chernobyl-o-que-diz-primeiro-estudo-de-descendentes-dos-atingi.shtml. Acesso em: 11 dez. 2021.
PIZZINGA, Vivian Heringer. Notas sobre Chernobyl1: análise de alguns aspectos relacionados às situações de trabalho da usina nuclear de Pripyat. Periódicos Eletrônicos em Psicologia, São Paulo, v. vol.23 no.2, 12 dez. 2020.
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