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UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP CURSO: RADIOLOGIA ALUNA: DANIELLE DE SOUZA QUINTAS RA: F266OE-8 ACIDENTES ENVOLVENDO A RADIAÇÃO MANAUS 2020 ALUNA: DANIELLE DE SOUZA QUINTAS RA: F266OE-8 ACIDENTES ENVOLVENDO A RADIAÇÃO Trabalho elaborado para obtenção de nota Do curso superior de tecnologia em Radiologia apresentado á universidade Paulista-unip. Orientador(a): Raissi da Silva de Souza MANAUS 2020 Introdução Usina de Chernobyl e acidente de Goiânia foram acidentes históricos envolvendo radiação, o objetivo do trabalho e falar onde aconteceu, como e porque. Acidente de Chernobyl o acidente de Chernobyl, que aconteceu em 26 de abril de 1986, foi o maior acidente nuclear da história. Essa tragédia ocorreu na usina V.I. Lenin, localizada na cidade de Pripyat, a cerca de 20 km da cidade de Chernobyl. Na extinta União soviética (atual território ucraniano). Matou milhares de pessoas e contribuiu para apressar o fim da união soviética. O acidente de Chernobyl aconteceu ás 1h23min47s, portanto na madrugada do dia 26 de abril de 1986. Esse acidente aconteceu no reator 4 da usina de Chernobyl e foi resultado de falha humana, uma vez que os operadores do reator descumpriram diversos itens dos protocolos de segurança. Além disso, foi apontado posteriormente que os reatores RBMK (usados em Chernobyl e em outras usinas soviéticas) tinham um grave erro no seu projeto, o qual permitiu que o acidente acontecesse. Tudo ocorreu durante um teste de segurança que estava em curso e resultou na explosão do reator 4. Com a explosão, dois trabalhadores da usina foram mortos e, na sequência, um incêndio no reator 4, iniciou-se e estendeu durante dias. A explosão deixou o reator nuclear exposto, e o incêndio foi responsável por jogar na atmosfera uma elevada quantidade de material radioativo A liberação de material radioativo da usina ocorreu por, pelo menos, dez dias. Os materiais de maior e mais perigosa exposição foram o Iodo-131, o gás xénon e o Césio-137 em um montante de 5% de todo o material radioativo de Chernobyl, estimado em 192 toneladas. Levadas pelo vento, partículas do material chegaram à Escandinávia e à Europa Oriental. Houve intensa exposição ao material radioativo por parte das equipes de controle do acidente e bombeiros, os primeiros a chegarem ao local. Dois trabalhadores morreram neste instante e outros 28 mortos nos primeiros dias, seis eram bombeiros. Os trabalhos de controle ocorreram entre 1986 e 1987 e envolveram 20 mil pessoas, que receberam diferentes doses de exposição à radiação. O governo soviético reassentou 220 mil pessoas moradoras das áreas próximas ao desastre. Vários problemas de saúde foram registrados em consequência dos acidentes de Chernobyl. Entre 1990 e 1991, a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) enviou 50 missões com representantes de 25 países. Na ocasião foram avaliadas as áreas contaminadas na Bielorrússia, Rússia e Ucrânia. O trabalho de controle identificou ao menos quatro mil casos de câncer de tireoide. Além disso, foram registrados casos de leucemia e outras formas de câncer agressivas em longo prazo, problemas de circulação e catarata. Além dos problemas advindos diretamente da exposição ao material radioativo, os pesquisadores também encontraram casos relacionados ao estado mental da população traumatizada pelo acidente. Os impactos ambientais na região foram muitos. Imediatamente após o acidente, vários países suspenderam a importação de produtos agrícolas como a batata e o leite. Até hoje, não é recomendável consumir qualquer alimento que tenha origem naquele território. Com isso, milhares de pequenos agricultores perderam sua fonte de renda e tiveram que abandonar suas fazendas. A natureza selvagem também sofreu com radiação. Há vários animais que apresentam mutações genéticas, como os lobos e roedores de pequeno porte e até mesmo animais domesticados como gatos e bovinos. Igualmente, as plantas trazem o veneno desde a semente e sua aparência também se viu alterada. Calcula-se que os riscos de contaminação continuarão por 20 mil anos. Acidente de Goiânia No dia 13 de setembro de 1987, ocorreu em Goiânia o maior acidente radioativo em área urbana; a população mundial ainda não havia se recuperado do acidente radioativo que ocorreu na usina nuclear de Chernobyl, em razão da explosão de um dos reatores, no ano de 1986. Nessa época já havia em Goiânia a radioterapia, que tem como principal ferramenta as radiações ionizantes. As radiações ionizantes, dentro do serviço de radioterapia, são altamente energizadas, pois possuem pequeno comprimento de onda e alta frequência, e essas podem ser obtidas através do acelerador linear ou de elementos radioativos. Em 1987, o IGR (Instituto Goiano de Radiologia) estava fechado e no local havia um aparelho abandonado utilizado para fazer radioterapia, em seu interior havia o isótopo césio 137 dentro de uma cápsula, que até então era blindada. O césio 137 é um isótopo do césio por possuir mesmo número de prótons e diferente número de nêutrons, e é um radioisótopo por ser emissor de radiação. Catadores de papel, em busca de sucatas que pudessem ser vendidas a um ferro velho, invadiram o antigo IGR e levaram para casa a cápsula que continha o césio 137. O problema surgiu quando eles violaram a cápsula e tiveram acesso ao elemento radioativo que lá estava. Após a violação da cápsula, pessoas, animais, superfícies e quase tudo o que estava nas adjacências sofreram irradiação (receberam incidência de radiação) e foram contaminadas (presença de elemento radioativo em qualquer superfície que cause risco potencial de saúde) pelo césio 137. A radiação emitida por esse isótopo é ionizante, ou seja, possui a capacidade de remover elétrons da eletrosfera e essa remoção em seres vivos ocasiona alterações genéticas que podem resultar em câncer, síndrome de down, albinismo, anemia, dentre outras. Esse acidente gerou cerca de 13,4 toneladas de rejeitos radioativos, várias pessoas com problemas de saúde e uma ferida incicatrizável na população goiana em razão da irresponsabilidade de poucos Conclusão Os dois acidentes que foram ocasionados por falha humana, tiveram vitimas fatais outras pessoas sofrem até os dias de hoje. No caso de Chernobyl milhares de pessoas foram expostas a radiação e hoje sofrem com problemas de saúde, foram beneficiadas e recebem pensão por invalidez, a cidade de pripyat virou uma cidade fantasma e a natura tomou seu lugar e se tornou inabitável por 20 mil anos. O acidente de Goiânia foi um dos maiores acidentes na área urbana no mundo onde ocasionou problemas de saúde com alterações que podem resultar em câncer, síndrome de down, albinismo, anemia, dentre outras. Referências HELERBROCK, Rafael. "Acidente de Chernobyl"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historia/chernobyl-acidente-nuclear.htm. Acesso em 25 de maio de 2020. BEZERRA, juliana. “Acidente de Chernobyl” Toda Matéria: conteúdos escolares. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/acidente-de-chernobyl/. Artigo revisado em 13/07/19 ALMEIDA, Frederico Borges de. "O Acidente Radioativo em Goiânia"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/o-acidente-radioativo-goiania.htm. Acesso em 25 de maio de 2020
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