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SIMULADO CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO
Pergunta 1
"Daí que os alvos da nova “perseguição neoliberal às bruxas” sejam os coletivos feministas, homossexuais, transexuais, indígenas ou negros, que encarnam no imaginário conservador a possibilidade de uma autêntica transformação micropolítica. Se desenha aqui a paisagem que Guattari e Deleuze haviam conjecturado como uma terrível e insólita encarnação 'do fascismo democrático'." 
(Fonte: PRECIADO, P. B. Um prólogo para Suely Rolnik. In: Esferas da insurreição: notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: N-1, 2019. p. 13.) 
Partindo da ideia da análise do “golpe neoliberal” no Brasil, Suely Rolnik chama a atenção para a aparição de uma nova e insuspeitada aliança entre: 
RESPOSTA: O neoliberalismo financeiro e as forças reativas conservadoras.
Pergunta 2 
"Em sua investigação, Nietzsche estabelece apenas duas morais: uma moral do senhor (que está em consonância com os valores da Terra, nada dóceis, mas terríveis) e uma moral do escravo (que quer também dominar). Não sendo capaz de agir afirmativamente, o escravo reage. Ressentido, ele quer vingar-se do senhor, dando início a uma revolta na moral." 
(Fonte: SILVA JÚNIOR, I. S. Nietzsche, filósofo da cultura. Revista Cult, 2010.) 
Para a filosofia nietzschiana, o conceito de ressentimento é entendido como uma força niilista que age sobre as dimensões psíquicas, afetivas, políticas e éticas. Nessa perspectiva, o ressentimento seria uma força niilista: 
RESPOSTA: Reativa.
Pergunta 3
"Quando ainda era estudante de filosofia, lembro de um colega perguntar a um professor sobre a razão pela qual não estudaríamos, em nosso curso, filosofia chinesa, indiana, africana, entre outros. 'Simplesmente porque não há', foi a resposta. Em todo lugar que não tivesse sido marcado pelo 'milagre grego' o que haveria era a prevalência do mito. Razão, logos, era uma invenção grega que nos havia salvo, 'nós, os ocidentais', da cegueira do pensamento mítico e de seus limites à autorreflexão. 
Essa razão, esse logos seria não apenas uma capacidade argumentativa de dar e reconhecer razões, mas uma forma de vida capaz de racionalizar processos sociais em direção à realização de uma sociedade livre composta por sujeitos autônomos ('autonomia': mais uma invenção pretensamente grega). Assim, não apenas a razão seria o presente do ocidente ao mundo, mas também a liberdade. 
Demorou muito tempo até que eu fosse capaz de perceber o quanto essa pretensa especificidade da filosofia no ocidente era um dos mais brutais dispositivos coloniais já inventados, era o núcleo de um dos mais resilientes processos identitários que conhecemos. Pois, se a Europa com sua matriz grega era um mar de filosofia cercada de mito por todos os lados, então qual destino teríamos todos a não ser querermos nos tornar 'bons europeus' e a abraçar os processos de 'modernização' que começaram em seu solo, a nos abrirmos à 'maturidade' de sua forma de vida? Outras formas de pensamento poderiam nos oferecer belos mitos, ensinamentos morais edificantes, mas muito pouco a respeito de processos concretos de emancipação e interação racional com o mundo." 
(Fonte: SAFATLE, V. Identitarismo branco. El País, 2020.) 
O texto lança uma reflexão sobre o modo como o pensamento e, consequentemente, seu estudo, foram consolidados pela filosofia eurocêntrica. Propõe, também, uma análise crítica quando constata que a filosofia ocidental se caracteriza por: 
RESPOSTA: Um profundo processo de colonização identitária.
Pergunta 4
"Nietzsche vê como a confiança na religião desapareceu. Como, então, a ciência trouxe muitas utilidades consigo no particular, conquistou-se, com isto, confiança nela e gostar-se-ia de se submeter a ela completamente, tal como se havia submetido anteriormente à religião. Aqui, o que impele é o ímpeto ao asseguramento: há nele 'aquele sentido para a verdade, que é no fundo o sentido para a segurança' (4, 33). Essa 'vontade de verdade, que é no fundo o sentido para a segurança, emerge do medo diante da incerteza' (14, 17). A vontade de verdade é aqui 'meramente a exigência de um mundo do que permanece' (16, 83). A fraqueza deseja convicções e as quer sob a forma de uma certeza científica (que tem como tal uma essência radicalmente diversa, uma essência que coloca sempre uma vez mais em questão e nunca toca o todo); ela quer um acréscimo de força no saber científico, não a satisfação de um interesse material ou de uma paixão ilimitada pela verdade." 
(Fonte: JASPERS, K. Introdução à filosofia de Friedrich Nietzsche. Tradução de Marco Antônio Casanova. Rio de Janeiro: Forense, 2015. p. 246. Minha Biblioteca.) 
Considerando as informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. 
I. "O século XIX é marcado por uma grande euforia moderna, a euforia de uma crença na ciência do futuro, que narrava uma paixão pelo futuro, por um futuro melhor e diferente." 
(MOSÉ, V. Especial: Nietzsche no Café filosófico. YouTube. 31/03/2017.) 
PORQUE 
II. "Nietzsche, pensador desse período, se destacou-se por ter sido extremamente crítico à história da filosofia e por verificar que sua época depositou o máximo de crença numa ciência idealizada que resolveria todos os nossos problemas." 
(MOSÉ, V. Especial: Nietzsche no Café filosófico. YouTube. 31/03/2017.) 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
RESPOSTA: As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta da I.
Pergunta 5 
"Pergunta: Tanto na Espanha quanto na Argentina (e no Brasil) as instituições parecem querer enterrar a filosofia. No entanto, você sente que as pessoas têm fome dessa matéria? Resposta: Sim. A filosofia começa a ter maior difusão e circulação fora dos formatos institucionais tradicionais, nas margens. É interessante essa virada. Pergunta: Quando você fala de margens, entendo que fala sobre redes, do YouTube, do Twitter... Esses canais podem realmente ser um baluarte do pensamento emancipador? Parecem mais a concretização de uma hegemonia. Resposta: Óbvio, óbvio, o que acontece comigo é que não quero restringir a filosofia a uma única linguagem. Sua pergunta surge porque me perguntam constantemente sobre a relação entre a filosofia e as redes. Não é o único lugar nem o melhor. Faz parte do processo ver como nas redes se pode gerar sua oportunidade. Se fazer filosofia nas redes é repetir frases toscas filosóficas, não é filosofia. Em formatos como o Twitter, colocar um ensaio em dois milhões de tuítes não é filosofia. É preciso descobrir como provocar a partir de sua própria linguagem. É preciso retomar as origens." 
(Fonte: SZTAJNSZRAJBER, Darío. Filosofia não faz perguntas para encontrar respostas, mas sim para questionar as já estabelecidas. Entrevista concedida a Jorge Morla. El País, Madri, maio/2019. Disponível em: https://brasil.elpais.com/ brasil/2019/05/09/cultura/1557411080_605702.html. Acesso em: 20 fev. 2021.) 
O texto aponta uma tentativa de atualização da Filosofia por meio das redes sociais. De acordo com o filósofo Darío Sztajnszrajber, fenômeno da divulgação filosófica na Argentina, pode-se inferir que é preciso retomar as origens na atualidade, pois: 
RESPOSTA: A Filosofia não resolve problemas, ela os cria para questionar as respostas estabelecidas.
Pergunta 6
Texto I 
"O esforço dos filósofos Deleuze e Guattari em tentar definir como o pensamento vem se constituindo, e quais véus vêm retirando na intenção de tornar cada vez mais claro o modo como o pensamento se produz, se articula e se renova. O pensamento destacado pelos filósofos abandona a condição arborescente impregnada na história da filosofia desde o seu surgimento. Ultrapassa a condição de que tudo sustenta, cria, para ocupar o lugar de figuras rizomáticas, descentralizadas, conectas. O pensamento parece aqui escapar da sua condição quase sempre totalizante e adquirir um caráter criador, livre e inventivo, retratado na figura do rizoma." 
(Fonte: BRANDÃO, L. A. Uma abordagem do conceito de filosofia na obra O que é filosofia de GillesDeleuze e Felix Guattari. In: Revista Espaço Acadêmico, Salvador, 2017. p. 96.) 
Texto II 
"Diferentemente das árvores ou de suas raízes, o rizoma conecta um ponto qualquer com outro ponto qualquer, e cada um de seus traços não remete necessariamente a traços de mesma natureza, ele põe em jogo regimes de signos muito diferentes, inclusive estados de não-signos. O rizoma não se deixa reduzir nem ao Uno nem ao múltiplo [...]. Ele não é feito de unidades, mas de dimensões, ou antes, de direções movediças. Não tem começo nem fim, mas sempre um meio, pelo qual ele cresce e transborda. Ele constitui multiplicidades." 
(Fonte: DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é filosofia. São Paulo: Editora 34, 1997. p. 31.) 
Em ambos os textos, os autores se posicionam sobre a tentativa de criar outra relação de entendimento para o modo como o pensamento humano vem se constituindo. A comparação dos dois textos permite inferir que: 
RESPOSTA: Atribuem múltiplas direções para os processos cognitivos do pensamento.

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