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FAHOR – Faculdade de Horizontina Curso de Engenharia Química Disciplina: Química Analítica Quantitativa Gravimetria Alunos: Alex Schulz Chrysttian Matheus Schneider Garcia Felipe Lucas Milena Busnello Becker Professora: Janice Zulma Francesquett Horizontina, 03 de maio de 2018. 1 – OBJETIVO Verificar como ocorre a análise gravimétrica através da prática de precipitação de sulfato de bário. 2 – INTRODUÇÃO A análise gravimétrica ou gravimétrica é um método analítico quantitativo cujo processo envolve a separação e pesagem de um elemento ou um composto do elemento na forma mais pura possível. Este método é feito em diversas etapas para garantir a correta quantificação da substância desejada (MATOS, 2015). Apesar de ser um método bastante complexo e demorado, ele é muito utilizado pois é um método exato e preciso, além de possibilitar o controle das possíveis fontes de erros durante o processo e ser um processo relativamente de baixo custo, pois utiliza equipamentos que são consideravelmente baratos (QUEVEDO, 2016). Na análise gravimétrica é necessário fazer a separação do elemento ou composto até sua forma mais estável e pura, e este processo pode ser feito de diversas maneiras, como precipitação química, extração, volatilização e eletrodeposição (HARRIS, 2001). Na gravimetria por precipitação química, o constituinte a determinar é isolado mediante adição de um reagente capaz de ocasionar a formação de uma substância pouco solúvel. As etapas para a realização desse processo são: precipitação, filtração, lavagem, aquecimento, pesagem (MATOS, 2015). Em casos em que há a necessidade de reagir o analito para que este precipite, é importante que se utilize um reagente específico, que só reaja com o analito desejado, ou então, que se utilize um reagente seletivo. Os reagentes seletivos reagem apenas com alguns tipos específicos de substâncias ou íons (EMIDIO e FERREIRA, 2010). Para uma boa análise, deve-se obter um precipitado puro e que possa ser recuperado com alta eficiência. Algumas características de um bom precipitado é a fácil recuperação por filtração, ter uma baixa solubilidade e não ser reativo com o ar ou água (QUEVEDO, 2016). Etapas a seguir para gravimetria por precipitação: 1. Preparo de solução, 2. Precipitação, 3. Digestão, 4. Filtração. 5. Lavagem, 6. Secagem ou calcinação, 7. Pesagem (Janice Francesquett, 2018) 3 – PARTE EXPERIMENTAL 3.1 – Materiais: · Becker de 250 e 100 ml, · Bastão de vidro, · Pipeta de Pasteur, · Espátula, · Vidro relógio, · Banho Maria, · Cadinho de porcelana, · Papel filtro, · Funil de vidro, · Suporte universal, · Pêra · Argola, · Mufla, · Balança analítica, · Pisseta, · Pipeta graduada de 5 ml, · Placa de aquecimento, · Proveta de 100 ml. 3.2 – Reagentes: · Sulfato de amônia (NH4)2SO4, · Solução cloreto de bário BaCl2 5%, · Solução de ácido clorídrico HCl 4 mol/L, · Solução nitrato de prata AgNO3 0,1 mol/L, · Água destilada 3.3 – Procedimentos Experimentais: Numa balança analítica pesou-se, em um Becker 0,2465 g de sulfato de amônia, nesse Becker adicionou-se 60 ml de água destilada, 5 ml de ácido clorídrico e agitou-se com um bastão de vidro para dissolver o sulfato de amônia, levou-se o recipiente com a solução formada para chapa de aquecimento até a ebulição, ao ocorrer a ebulição adicionou-se sob agitamento, gota após gota, com uma pipeta de Pasteur cerca de 6 ou 7 ml da solução de cloreto de bário, até parar a formação de precipitado (ppt), ao saturar a solução com cloreto de bário e parar a formação e precipitação de sólido, colocou-se o Becker tampado com um vidro relógio em banho Maria fervente por uma hora, após esse procedimento chamado de digestão, em banho Maria, adicionou-se três gotas da solução de cloreto de bário para verificar se ainda ocorreria a formação de precipitado, verificando que não houve um precipitado filtrou-se a solução ainda quente em papel filtro apoiado em funil de vidro recolhendo a fase líquida em um Becker limpo, enxaguou-se o Becker com água quente para retirar todo o sólido do fundo do recipiente e filtrou-se o enxague também, após a filtração lavou-se o sólido contido no funil, com água quente, por 35 vezes, sendo feito um teste com nitrato de prata a cada poucas lavagens pra verificar a presença de cloretos ( ao adicionar nitrato de prata , caso ainda contenha cloretos no sólido lavado a solução fica opaca esbranquiçada, sendo necessário continuar lavando até não aparecer mais essa coloração), após 35 lavagens com água quente, o teste de cloretos com nitrato de prata apresentava-se positiva, pesou-se o cadinho e com o tempo de aula acabando foi necessário parar as lavagens, dobrar o papel filtro conforme passado no protocolo figura 1, colocá-lo no cadinho e leva-lo para calcinação na mufla. Figura 1: etapas de preparação do papel filtro para o processo de calcinação em cadinho de porcelana. Fonte: protocolo de aula prática Na mufla aumentou-se gradativamente a temperatura para que o papel seque e depois carbonize sem inflamar-se, inicialmente a temperatura da mufla foi cerca de 300ºC, depois aumentou-se a temperatura para 900ºC, deixou-se essa temperatura durante aproximadamente uma hora, passando esse tempo, retirou-se o cadinho da mufla e colocou-se no dessecador durante 30 a 60 minutos para que haja o resfriamento até a temperatura ambiente, ao atingir a temperatura ambiente pesou-se o cadinho novamente para descobrir a massa do oxido de bário que foi obtida. 4 – RESULTADOS E DISCUSSÕES Ao pesar o sulfato de amônia observou-se a dificuldade de pesar exatamente, ou o mais próximo possível a 0,2000 g, conforme pede o protocolo, pesou-se então 0,2465 g de sulfato de amônia, dilui-lo com de água destilada e ácido clorídrico não foi difícil (esse processo é chamado de tratamento químico), ao adicionar as primeiras gotas de cloreto de bário no Becker com a solução em ebulição, observou-se rapidamente e nitidamente a formação de um precipitado branco que decantava facilmente, esse precipitado é o resultado da reação entre o sulfato de amônia com a solução de cloreto de bário, a seguir mostra-se a reação: (NH4)2SO4 + BaCl2 → 2(NH4) Cl + Ba (SO4), dessa reação formou-se cloreto de amônia e sulfato de bário, sendo que o sulfato de bário é o elemento que solidifica e precipita, observou-se que com aproximadamente 7 ml (como foi colocado gota a gota com a pipeta de Pasteur, não se tem exatidão da quantidade) de cloreto de bário os testes para ver se ainda havia formação de precipitados começaram a dar negativos (esses testes eram feitos a cada pouco da seguinte maneira: após adicionar o cloreto de bário sob agitação, deixava-se a solução descansar uns dois minutos, coletava-se uma pequena quantidade da solução do Becker na parte superior, a parte de cima, colocava-se em outro Becker de teste, limpo e adicionava-se cloreto de bário novamente, caso precipitasse, a adição de cloreto de bário teria que continuar no Becker principal), esse processo de precipitação, a saturação da solução do Becker principal com cloreto de bário foi bastante demorada, ao parar de precipitar levou-se a solução tampada ao banho Maria fervente, onde havia-se que cuidar para não diminuir o nível da solução pela evaporação da água, foi adicionado água apenas uma vez durante o processo de digestão em banho Maria, ao passar o tempo estipulado e retirar o Becker do banho Maria foi feito outro teste com cloreto de bário para verificar se por acaso houvesse algum tipo de precipitação, como não houve a solução foi filtrada, após a filtragem no funil de vidro com papel filtro contendo o sólido começou-se a fase de lavagem com água quente para retirar o cloreto presente no filtrado, a cada poucas adições (lavagens) de água quente fazia-se o teste de cloretos presentes na água, que consistia em coletar uma pequena amostra da água de lavagem do filtrado, e adicionar algumas poucas gotas da solução de nitrato de prata, caso a solução ficara esbranquiçada era um sinal positivo que ainda haviam cloretos nessa amostra,após muito tempo e 35 lavagens do sólido com água quente o teste de cloretos ainda permanecia positivo, com a aula acabando e sem mais tempo para continuar decidiu-se prosseguir com a experiência mesmo sem ter chegado a um resultado esperado e adequado (a presença de cloretos pode contaminar e interferir no peso final do sulfato de bário levando a um erro de cálculo), após acabar a calcinação observou-se que o papel filtro não queimou totalmente como pode-se ver na imagem 1 a seguir. Imagem 1: foto do cadinho contendo sulfato de bário com papel não carbonizado totalmente. Com este resultado após tentativa de calcinação, decidiu-se não calcular o fator gravimétrico nem a porcentagem de sulfato na amostra obtida, pois eles estariam incorretos e qualquer resultado seria ilusorio. Isto pode ter ocorrido pelo fato de na mufla ter sido colocado quatro cadinhos e a distribuição de calor não foi uniforme. A seguir mostra-se na tabela 1 as massas pesadas dos elementos e materiais utilizados. Tabela 1: massas pessadas Massa inicial de sulfato de amônia 0,2465 g Massa do cadinho vazio 50,9366 g Massa do cadinho com ppt 51,3343 g Massa do ppt com papel queimado 0,3977 g 5 – CONCLUSÕES Pode-se concluir que a gravimetria por precipitação é um processo relativamente simples. Entretanto, para se obter um resultado satisfatório é necessário atenção e cuidado a todas as etapas do processo, para que não ocorram erros. Uma pequena quantidade de reagente inicial (sulfato de amônia) pode tornar o processo muito longo necessitando mais tempo para fazer o experimento, portanto o conceito de química analítica deve ser levado à risca e os reagentes devem ser pesado o mais próximo de seu peso descrito no procedimento. 6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS EMIDIO; C. T., FERREIRA; E. H. V. Z. Análise Gravimétrica, Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Química Experimental, 2010. HARRIS, D. C. Análise química quantitativa. 5. ed. Rio de Janeiro, 2001. QUEVEDO; R. T. Análise Gravimétrica, Faculdade Anhanguera, São Paulo, 2016. MATOS; M. A. C. Introdução à Análise Química, Universidade Federal de Juiz de Fora, Instituto de Ciências Exatas, Departamento de Química, 2015. Material de aula teórica, Janice Francesquett, 2018.
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