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Atlas de Ectoparasitas -Flebotomíneos- Bruna Costa da Silva 2426796 Brenda Roberta Marinho 2953639 Ghyovana Maria Briz Barbosa 2294230 Luiza Sampayo Coelho 2470690 Heloisa Furtado de Andrade 1976825 Roberto Carlos Tedesco 1988333 Letícia Carvalho Pereira 2384860 Tainá Cristine Lobo 2318685 Maria Luiza Reis 7114310 Anne karine de Brito Silva 2737850 Giovanna Leite Tiezzi Cardoso 2465779 Isabela Souza de Oliveira 2341013 -Integrantes do grupo- -SUMÁRIO- INTRODUÇÃO .................................................... 1 LEISHMANIA ...................................................... 2 LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA....4 LEISHMANIA AMAZONENSIS ........................... 5 CICLO DE TRANSMISSÃO DA LEISHMANIA......6 SOBRE A LUTZOMYA.........................................7 LUTZOMYIA LONGIPALPIS .............................. 8 LUTZOMYIA FLAVISCUTELLATA ...................... 10 MICROPYGOMYIA GOIANA ............................. 12 LUTZOMYA SHANNONI ................................... 13 NYSSOMIA NEIVAI............................................ 14 HABITAT DO L. NEVAI...................................... 15 LUTZOMYIA WHITMANI...................................17 LUTZOMYIA INTERMEDIA................................18 LUTZOMYA CHAGASI........................................19 CONCLUSÃO......................................................20 BIBLIOGRAFIA....................................................25 Flebotomíneos são pequenos insetos, conhecidos popularmente como “mosquito palha”, “asa dura”, ou “birigui” que compõem a subfamília dos Psychodidae; são dípteros, possuem o corpo piloso e delgado e são animais de hábitos noturnos. Detém uma característica exclusiva que permite diferenciá-los dos outros insetos dípteros que é a capacidade de desenvolverem todo seu estágio larvar em matéria orgânica que está depositada no solo e não na água. Quando em sua fase adulta apresentam dimorfismo sexual e há diferença entre a alimentação de fêmeas e machos, as fêmeas são hematófagas, pois usam os nutrientes do sangue para maturação ovariana enquanto que os machos necessitam apenas de seiva. Os Flebotomíneos estão divididos em seis gêneros pelo mundo: Lutzomyia, Brumptomyia e Warileyia que são encontrados em território americano e os gêneros Phlebotomus, Sergentomyia e Chinius que são encontrados na Ásia, Europa e África. O Brasil por ser um país de clima tropical e densa área florestal acaba proporcionando condições ambientais perfeitas para esse inseto; o que consequentemente gera preocupações à Saúde Pública, pois algumas espécies são vetores de Leishmaniose. As duas espécies responsáveis por transmitirem a Leishmania infantum chagasi, que provoca a Leishmaniose Visceral são Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruz. Já a Leishmaniose tegumentar apresenta diversas espécies de Leishmania como vetores, entre elas: Leishmania major, Leishmania amazonensis e Leishmania braziliensis. É uma doença endêmica em 88 países e por isso recebe atenção especial da OMS. -Introdução- 1 HOSPEDEIROS E RESERVATÓRIOS A interação reservatório-parasito é considerada um sistema complexo, na medida em que é multifatorial, imprevisível e dinâmico, formando uma unidade biológica que pode estar em constante mudança em função das alterações do meio ambiente. São considerados reservatórios da LTA as espécies de animais que garantam a circulação de leishmânias na natureza dentro de um recorte de tempo e espaço. MODO DE TRANSMISSÃO O modo de transmissão é através da picada de insetos transmissores infectados. Não há transmissão de pessoa a pessoa. PERÍODO DE INCUBAÇÃO O período de incubação da doença no ser humano é, em média, de dois a três meses, podendo variar de duas semanas a dois anos. -Leishmania- 2 PADRÕES EPIDEMIOLÓGICOS Atualmente, pode-se dizer que, no Brasil, a LTA apresenta três padrões epidemiológicos característicos: SILVESTRE Neste padrão, a transmissão ocorre em área de vegetação primária e é, fundamentalmente uma zoonose de animais silvestres, que pode acometer o ser humano quando este entra em contato com o ambiente silvestre, onde esteja ocorrendo enzootia. OCUPACIONAL E LAZER Este padrão de transmissão está associado à exploração desordenada da floresta e derrubada de matas para construção de estradas, usinas hidrelétricas, instalação de povoados, extração de madeira, desenvolvimento de atividades agropecuárias, de treinamentos militares e ecoturismo . -Leishmania- 3 4 A leishmaniose tegumentar americana – LTA ou “ferida brava ou úlcera de bauru” é uma doença infecciosa, não-contagiosa, causada por protozoário do gênero Leishmania, de transmissão vetorial, que acomete pele e mucosas, tendo como reservatórios marsupiais e roedores, como a preguiça, o tamanduá. O cão doméstico não é reservatório da LTA, sendo acidentalmente infectado e podendo ter cura espontânea da doença, não sendo necessárias medidas de controle (inquérito ou eutanásia). Será apenas um sentinela da ocorrência da transmissão da doença na localidade. A transmissão se da por picadas várias de espécies de flebotomíneos (mosquito palha, cangalhinha, etc.), principalmente do gênero Lutzomyia. O período de incubação no homem, em média de 2 meses, podendo apresentar períodos mais curtos (duas semanas) e mais longos (dois anos). Leishmaniose tegumentar americana DEFINIÇÃO A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA), é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania, que acomete pele e mucosas. Primariamente, é uma infecção zoonótica, afetando outros animais que não o ser humano, o qual pode ser envolvido secundariamente. AGENTE ETIOLÓGICO A Leishmania é um protozoário pertencente à família Trypanosomatidae, parasito intracelular obrigatório das células do sistema fagocítico mononuclear, com duas formas principais: uma flagelada ou promastigota, encontrada no tubo digestivo do inseto vetor, e outra aflagelada ou amastigota, observada nos tecidos dos hospedeiros vertebrados (Figuras 6 e 7). 5 -Leishmania AMAZONENSIS- Este ciclo ocorre em áreas de florestas primárias e secundárias da Amazônia Legal (Amazonas, Pará, Rondônia, Tocantins e Maranhão), e também é verificado nos estados das regiões Nordeste (Bahia), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo), Centro-Oeste (Goiás) e Sul (Paraná). O parasito foi isolado de roedores silvestres do gênero Proechymis e o Oryzomys. Embora o papel desempenhado por estes animais silvestres no ciclo de transmissão ainda não tenha sido bem-definido, as evidências encontradas indicam estes roedores como reservatórios desta espécie de Leishmania. Os flebotomíneos vetores são L. flaviscutellata, L. reducta e L. olmeca nociva (Amazonas e Rondônia). Estas espécies são pouco antropofílicas, o que justifica uma menor frequência de infecção humana por esta Leishmania. Seu principal vetor, L. flaviscutellata, apresenta ampla distribuição geográfica, sendo encontrado em diferentes habitats de países fronteiriços ao Brasil e nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Bahia, Ceará, Maranhão, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo, ocorrendo em matas úmidas, onde apresenta densidade elevada (Figura 21). A L. amazonensis causa úlceras cutâneas localizadas e, ocasionalmente, alguns indivíduos podem desenvolver o quadro clássico da leishmaniose cutânea difusa (LCD). -CICLO DE TRANSMISSÃO DA LEISHMANIA AMAZONENSIS- 6 Os insetos do gênero Lutzomyia tem considerável importância na transmissão de doenças como bartonelose, arboviroses e, principalmente, a leishmaniose visceral e a leishmaniose tegumentar, ambos presentes na cidade de Goiás, local escolhido para realizar capturas de insetos com armadilhas durante doze meses, a fim de estudar a população de flebotomíneos existentes. Após a captura, todos os flebotomíneos foram identificados oito espécies na cidadede Goiás, de um total de 370 capturados. As espécies identificadas foram: Lutzomyia longipalpis, Lutzomyia whitmani, Lutzomyia intermédia, Lutzomyia lenti, Lutzomyia shannoni, Lutzomyia peresi, Lutzomyia baculus e Lutzomyia goiana. Apesar de terem sido capturados poucos flebotomíneos, contatou-se a presença de fêmeas da espécie L. longipalpis além de caso humano e canino de leishmaniose visceral. Sobre a Lutzomya.... Nome científico: Lutzomyia Nome popular: bartonelose, arboviroses e leishmaniose Ciclo de vida: digenético (heteroxênico), vivendo alternadamente em hospedeiros vertebrados e insetos vetores, estes últimos sendo responsáveis pela transmissão dos parasitas de um mamífero a outro. Hospedeiros: animais silvestres e os insetos flebotomíneos que abrigam o parasita em seu tubo digestivo, porém, o hospedeiro também pode ser o cão doméstico. Habitar: lugares úmidos, escuros, onde existem muitas plantas. 7 Lutzomyia longipalpis após 8 dias. (pupa) -LUTZOMYIA LONGIPALPIS- É considerado um agente etiológico pertencentes a família da leishmania, são elas Lutzomya Longipalpis causadoras da leishmaniose visceral denominados um dos principais vetores dentre as espécies de flebotomíneos. Seu mecanismo de transmissão ocorre através da picada provocada pelo flebotomíneos a LV tem alta distribuição por parte de seus vetores devido a sua capacidade advindas de compostos orgânicos. O seu ciclo envolve quatro fazes como ovo, larva no qual possui quatro fases, incluindo a pupa e adultos, além da espécie conseguir se adaptar ao ambiente humano. Lutzomyia longipalpis após 6 dias de sua formação. (larva) 8 HOSPEDEIROS Superfície da pele do homem, animal e vertebrado. NOME CIENTÍFICO Lutzomyia Longipalpis NOME POPULAR Mosquito Palha CICLO DE VIDA Seu ciclo contém as seguintes fases: ovo, apresenta quatro estágios larvários seguido da pupa (imagem ilustrativa acima) em seu estágio final encontramos o alado no qual será classificado como holometábolos, podemos diferenciá-los como dípteros. HABITAT Podem ser encontrados em rochas e concavidades como troncos de árvores. 9 A Lutzomyia flaviscutellata é um pequeno inseto pertencente a ordem Diptera, família Psychodidea e sub família Phlebotominae. Esse inseto, também conhecido como mosquito palha, é o principal vetor da transmissão da leishmaniose, mas especificamente da Leishmania (L) amazonenses, protozoário pertencente ao gênero Leishmania. Esse inseto também é responsável pela transmissão de outros patógenos, tais como, a bartonelose e arbovírus. (DA SILVA., 2019) O inseto adulto apresenta corpo piloso, pernas longas e delicadas, asas eretas sobre o corpo quando em repouso (figura 1), voo saltitante e silencioso descrevendo uma trajetória em “zig zag”, chagando a 3,5mm de comprimento. Apresentam dimorfismo sexual, tendo como principal característica diferencial os últimos segmentos abdominais, o macho possui um apêndice bem desenvolvido apresentando genitália externa, a fêmea por sua vez, apresenta o último segmento do abdômen arredondado e genitália interna (figura 1) -Lutzomyia flaviscutellata- 10 Figura 1: dimorfismo sexual da Lutzomyia flaviscutellata, indicando a diferença morfológica no último segmento abdominal (seta), do macho (A) e da fêmea (B). Os flebotomíneos são holometábolos, ou seja, no decorrer do seu desenvolvimento sofrem metamorfose completa, apresentando quatro fases biológicas: ovo, larva, pupa e adulto. Nos estágios imaturos não necessitam de água parada para completar sem desenvolvimento. As larvas se alimentam de matéria orgânica depositadas no solo e, os adultos se alimentam de derivados de açucares, retirando do néctar de frutas, flores e seiva de plantas. Além da dieta rica em carboidratos, as fêmeas praticam a hematofagia, pois necessitam de derivados e compostas sanguíneos para maturar seus ovos, dessa forma, durante sua alimentação ocorre o repasto sanguíneo, ocorrendo assim a transmissão dos patógenos, mencionados anteriormente. 11 A BB Flebotomíneos tem considerável importância na transmissão de agentes etiológicos de doenças tais como bartonelose, arboviroses e especialmente a leishmaniose visceral e leishmaniose tegumentar americana, faz parte chamadas zoonoses. -Micropygomyia goiana- habitat Solo úmido e rico em matéria orgânica; por exemplo: troncos de árvores, folhas caídas, copa das árvores, frestas em rochas e em cavernas. Ciclo de vida Ovo, larva, pupa e adulto. seu ovo tem tamanho de 300 a 500mm, com coloração amarelada ou esbranquiçadas quando posto, em seguida castanho escuro. Estes apresentam dimorfismo sexual e se diferenciam através de estruturas morfológicas e também no comportamento alimentar, tem de 1 a 3mm de comprimento. Comportamento: Os adultos exibem corpo piloso, pernas longas e delicadas, asas eretas sobre o corpo quando em repouso, voo saltitante e silencioso em forma de "zig zag". 12 -Lutzomya shannoni- A espécie tem hábitos antropofágicos é são a versão primária do vírus da estomatite vesicular ,são frequentes em bovinos e ovinos. são considerados um agente prejudicial a saúde publica devido a transmissão de diversos organismos virais para humanos e animais. são chamados de mosca de areia por ter como característica uma aparência peluda. Ambos os gêneros se alimentam do néctar de plantas mas as fêmeas precisam de uma refeição de sangue para amadurecer um segundo lote de ovos. 13 Ciclo de Vida De acordo com as praticas laboratoriais,apresentam três fases até sua fase adulta com média de 36 à 74 dias , os ovos são a primeira fase e demoram de 6 a 12 dias para chegarem ao primeiro estágio da larva onde permanecem de 5 à 13 dias logo após chegam a segunda, terceira e quarta fase larvaria, sua expectativa de vida na fase adulta é de 4 à 15 dias. Hábitat São frequentes em florestas amadeiradas, encontradas da Argentina até a parte norte dos Estados Unidos. 14 É a principal espécie vetora da LTA no território paulista e transmissores de Leishmania (V.) braziliensis. A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é conhecida no Estado de São Paulo desde 1895. No início do século passado era conhecida pelo seu caráter ocupacional, acometendo trabalhadores associados a atividades de desmatamento, sendo uma zoonose silvestre e o homem hospedeiro acidental do protozoário. A incidência da doença voltou a crescer por volta de 1978, na região sul do Estado, e daí em diante a incidência mantém-se crescente e ocorre de forma endêmica em áreas de colonização estabelecida, sem caráter ocupacional, com ciclo de transmissão zoonótico associado a animais domésticos ou sinantrópicos(TOLEZANO, 1994) NYSSOMIA NEIVAI CARACTERÍSTICAS Em L. (N.) neivai pode-se observar um maior número de tubérculos formando uma ou mais fileiras, quando comparados aos observados no exocórion de L. (N.) intermedia. Em características gerais, as larvas, das duas espécies, apresentaram-se bastante semelhantes. Porém, as larvas do primeiro estádio revelaram diferenças significativas com relação aos outros estádios evolutivos, destacando a presença de egg buster, o tamanho das antenas e o número de cerdas caudais. Lutzmya (N) neivai foi descrita por Pinto (1926), a partir de um macho capturado dentro de uma residência no Instituto Butantan, Município de São Paulo. Posteriormente, foi considerada como sinônimo de L (N) intermedia por Pinto (1930), sendo reavaliada por Marcondes (1996), com base no holótipo macho e uma fêmea de Fortim Campero, Departamento de Tarija, Bolívia. Algumas estruturas permitiram distinguir as duas espécies: espermatecas, dutos comuns e dentes horizontais do cibário. 15 -HABITAT DO L. NEVAI- Lutzmya (N) neivai vem sido registrada em áreas endêmicas de LTA, por L (V.) braziliensis, no Sudeste e Sul do Brasil ( Andrade-Filho et al. 2007). Anteriormente, Marcondes et al., (1997) já sugeria a possibilidade desta espécie atuar como vetor nestas regiões, especialmente nas áreasmais frias e secas. Evidências mais consistentes surgiram recentemente em estudos desenvolvidos no Sul do Brasil. No Paraná, investigações sobre a fauna flebotomínica em 37 municípios apontavam a predominância de L. (N.) neivai, registrando a concordância da distribuição espacial da espécie com as áreas de transmissão de LTA (Silva et al. 2008) Com o registro recente dos primeiros casos autóctones de LTA em Porto Alegre, RS, estudos foram conduzidos com o intuito de elucidar a epidemiologia local. Capturas de flebotomíneos, no peri-domicílio da residência de um dos pacientes revelaram que 94,9% dos espécimes coletados eram L. (N.) neivai, não sendo registrada a presença de qualquer outra espécie de flebotomíneo associada à transmissão de L (V.) braziliensis (Alfredo C.R. Azevedo, dados não publicados), o que permitiu sugerir L. (N.) neivai como vetor. Posteriormente, exemplares desse flebotomíneo, coletados na mesma área, foram caracterizados com infecção natural por Leishmania (Vannia) sp. (Pita-Pereira et al. 2009). Também, em publicação recente, tem-se o registro de infecção natural de L. (N.) neivai por Leishmania (Viannia) sp, num foco de LTA no Estado de Santa Catarina (Marcondes et al. 2009). Considerando que a única leishmânia do sub-gênero Viannia circulante em humanos ao Sul do Brasil é L. (V.) braziliensis e que este parasito foi isolado de pacientes (destas duas áreas) e caracterizado, as infecções naturais encontradas nestes flebotomíneos tratam-se desta leishmânia. Dados interessantes sobre a capacidade de L. (V.) neivai se adaptar ao ambiente modificado pelo homem foram revelados em estudos sobre os hábitos alimentares da espécie no peri-domicilio (Dias et al. 2007), sendo este um aspecto importante da competência vetorial a ser considerado. Causador de Duas leishmânias distintas dermotrópicas a Leishmania (Viannia) braziliensis e a Leishmania (Viannia) shawi e ter hábitos diferenciados com a ocupação de diferentes ecótopos. L. (N.) whitmani é sugerido o mais importante transmissor da Leishmaniose Tegumentar Americana no Brasil. Nome científico Lutzomyia whitmani Ciclo de vida Cerca de um mês e 10 dias Habitat O parasita foi encontrado em todos os tipos de vegetação. Hospedeiros Seres humanos, animais domésticos e sinantrópicos. Lutzomyia whitmani: a-cabeça da fêmea; b-cabeça do macho e antenômero ; c-asa da fêmea; d-asa do macho; e-cibário da fêmea; f- espermateca; g-basistilo, dististilo, parâmero e lobo lateral, detalhe da ponta do filamento genital. 16 -Lutzomyia whitmani- 17 A distribuição geográfica de flebotomíneos pertencentes a Lutzomyia intermedia é mostrada, baseada em coletas de insetos para o presente estudo e em informações da bibliografia e informações pessoais. O assunto é discutido, em relação ao clima e à altitude e latitude. Lutzomyia intermedia foi encontrada em altitudes e latitudes menores, indicando melhor adaptação desta a climas mais frios e secos. É um flebótomo que ocorre nas florestas com o seu máximo de desenvolvimento nas suas encostas úmidas, mas que acabam ocupando também áreas de relevo pouco planas ou movimentadas. No Brasil, essas encostas pertencem às serras do Mar da Mantiqueira e no noroeste da Argentina, situam-se na Cordilheira dos Andes. Provável que a espécie exista nas serras florestadas do interior do nordeste brasileiro. -Lutzomyia Intermedia- Os flebotomíneos são insetos de pequeno porte cujo comprimento varia entre 1 e 3 mm e raramente chegam a 5 mm. Tem corpo com aspecto densamente com muitos pelos, pernas longas e geralmente são de cor parda. A locomoção caracteriza-se pelo vôo saltitante. Os flebotomíneos se desenvolvem no solo rico em matéria orgânica e úmido, mas nunca em meio totalmente líquido. Sua fase do ciclo da vida dura aproximadamente 36 dias, gostam de criar à noite, quando também ocorrem mais frequentemente as desovas e as troca do exoesqueleto dos adultos das duas espécies. As fases imaturas das espécies resistem a ficar imerso na água por até 1 hora e a baixa temperatura de 5ºC por até 6 horas. Caracteristicas Na (C) temos porção final do abdômen de uma fêmea de Lutzomyia intermedia, onde as estão sendo apontadas para as espermatecas que é onde armazenam os espermatozoides em alguns animais. • São menos seletivos quanto à fonte, podendo picar o homem, cães, gatos, aves e outros animais com muita avidez. • No Brasil, 17 espécies que se distribuem por todo o território nacional uma delas é a de Lutzomyia intermedia. Curiosidades 18 Esse tipo de parasita (L. chagasi) é transmitido através da picada das fêmeas de flebotomineo infectadas, os insetos são pequenos e de coloração amarelada. Hospedeiro: animais domésticos que têm contato e são picados por insetos do tipo flebotomineo. Transmissão: Segundo pesquisa, “No Brasil, a forma de transmissão é através da picada dos vetores - L. longipalpis ou L. cruzi – infectados pela Leishmania (L.) chagasi.” Nome Científico: lutzomyia chagasi (Ou Leishmania (Leishmania) infantum) Nome Popular: mosquito-palha, tatuquira, cangalhinha e birigui. Ciclo de vida: -Lutzomya Chagasi- 19 Conclusão Neste trabalho abordamos sobre o assunto Atlas de Ectoparasitas onde buscamos conhecer e analisar sobre cada um deles em especificamente sobre o Flebotomíneos. Flebotomíneos são pequenos insetos, conhecidos popularmente como “mosquito palha”, “asa dura”, ou “birigui” que compõem a subfamília dos Psychodidae; São dípteros, possuem o corpo piloso e delgado e são animais de hábitos noturnos. Detém uma característica exclusiva que permite diferenciá-los dos outros insetos dípteros que é a capacidade de desenvolverem todo seu estágio larvar em matéria orgânica que está depositada no solo e não na água. Quando em sua fase adulta apresentam dimorfismo sexual e há diferença entre a alimentação de fêmeas e machos, as fêmeas são hematófagas, pois usam os nutrientes do sangue para maturação ovariana enquanto que os machos necessitam apenas de seiva. Os Flebotomíneos estão divididos em seis gêneros pelo mundo: Lutzomyia, Brumptomyia e Warileyia que são encontrados em território americano e os gêneros Phlebotomus, Sergentomyia e Chinius que são encontrados na Ásia, Europa e África. O Brasil por ser um país de clima tropical e densa área florestal acaba proporcionando condições ambientais perfeitas para esse inseto também; o que consequentemente gera preocupações à Saúde Pública, pois algumas espécies são vetores de Leishmaniose. As duas espécies responsáveis por transmitirem a Leishmania infantum chagasi, que provoca a Leishmaniose Visceral são Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruz. Já a Leishmaniose tegumentar apresenta diversas espécies de Leishmania como vetores, entre elas: Leishmania major, Leishmania amazonensis e Leishmania braziliensis. É uma doença endêmica em 88 países e por isso recebe atenção especial da OMS. 20 Conclusão LEISHMANIA A interação reservatório-parasito é considerada um sistema complexo, na medida em que é multifatorial, imprevisível e dinâmico, formando uma unidade biológica que pode estar em constante mudança em função das alterações do meio ambiente. São considerados reservatórios da LTA as espécies de animais que garantam a circulação de leishmanias na natureza dentro de um recorte de tempo e espaço. MODO O modo de transmissão é através da picada de insetos transmissores infectados. O período de incubação da doença no ser humano é, em média, de dois a três meses, podendo variar de duas semanas a dois anos. PADRÕES Neste padrão, a transmissão ocorre em área de vegetação primária e é, fundamentalmente uma zoonose de animais silvestres, que pode acometer o ser humano A leishmaniose tegumentar americana – LTA ou “ferida brava ou úlcera de bauru” é uma doença infecciosa, não-contagiosa, causada por protozoário do gênero Leishmania, de transmissão vetorial, que acomete pele e mucosas, tendo como reservatórios A transmissão se dá por picadas várias de espéciesde flebotomíneos (mosquito palha, cangalhinha, etc.), A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA), é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania, que acomete pele e mucosas. Primariamente, é uma infecção zoonótica, afetando outros animais que não o ser humano, o qual pode ser envolvido secundariamente. 21 Conclusão A Leishmania é um protozoário pertencente à família Trypanosomatidae, parasito intracelular obrigatório das células do sistema fagocítico mononuclear, com duas formas principais: uma flagelada ou promastigota, encontrada no tubo digestivo do inseto vetor, e outra aflagelada ou amastigota, observada nos tecidos dos hospedeiros vertebrados (Figuras 6 e 7). -CICLO Este ciclo ocorre em áreas de florestas primárias e secundárias da Amazônia Legal (Amazonas, Pará, Rondônia, Tocantins e Maranhão), e também é verificado nos estados das regiões Nordeste (Bahia), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo), Centro- Oeste (Goiás) e Sul (Paraná). O parasito foi isolado de roedores silvestres do gênero Proechymis e o Oryzomys. Embora o papel desempenhado por estes animais silvestres no ciclo de transmissão ainda não tenha sido bem-definido, as evidências encontradas indicam estes roedores como reservatórios desta espécie de Leishmania. Estas espécies são pouco antropofílicas, o que justifica uma menor frequência de infecção humana por esta Leishmania. Flaviscutellata, apresenta ampla distribuição geográfica, sendo encontrado em diferentes habitats de países fronteiriços ao Brasil e nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Bahia, Ceará, Maranhão, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo, ocorrendo em matas úmidas, onde apresenta densidade elevada (Figura 21). 22 Conclusão É considerado um agente etiológico pertencente a família da leishmania, são elas Lutzomya Longipalpis causadoras da leishmaniose visceral denominados um dos principais vetores dentre as espécies de flebotomíneos. Seu mecanismo de transmissão ocorre através da picada provocada pelo flebotomíneos a LV tem alta distribuição por parte de seus vetores devido a sua capacidade advindas de compostos orgânicos. O seu ciclo envolve quatro fazes como ovo, larva no qual possui quatro fases, incluindo a pupa e adultos, além da espécie conseguir se adaptar ao ambiente humano. HOSPEDEIROS Seu ciclo contém as seguintes fases: ovo, apresenta quatro estágios larvários seguido da pupa (imagem ilustrativa acima) em seu estágio final encontramos o alado no qual será classificado como holometábolos, podemos diferenciá-los como dípteros. HABITAT Esse inseto, também conhecido como mosquito palha, é o principal vetor da transmissão da leishmaniose, mas especificamente da Leishmania (L) amazonenses, protozoário pertencente ao gênero Leishmania. Esse inseto também é responsável pela transmissão de outros patógenos, tais como, a bartonelose e arbovírus. O inseto adulto apresenta corpo piloso, pernas longas e delicadas, asas eretas sobre o corpo quando em repouso (figura 1), voo saltitante e silencioso descrevendo uma trajetória em “zig zag”, chagando a 3,5mm de comprimento. Apresentam dimorfismo sexual, tendo como principal característica diferencial os últimos segmentos abdominais, o macho possui um apêndice bem desenvolvido apresentando genitália externa, a fêmea por sua vez, apresenta o último segmento do abdômen arredondado e genitália interna (figura 1) 23 Conclusão A distribuição geográfica de flebotomíneos pertencentes a Lutzomyia intermedia é mostrada, baseada em coletas de insetos para o presente estudo e em informações da bibliografia e informações pessoais. Lutzomyia intermedia foi encontrada em altitudes e latitudes menores, indicando melhor adaptação desta a climas mais frios e secos. É um flebótomo que ocorre nas florestas com o seu máximo de desenvolvimento nas suas encostas úmidas, mas que acabam ocupando também áreas de relevo pouco planas ou Argentina, situam-se na Cordilheira dos Andes. Provável que a espécie exista nas serras florestada da Argentina, situam-se na Cordilheira dos Andes. Provável que a espécie exista nas serras florestada do interior do nordeste brasileiro. Provável que a espécie exista nas serras florestadas do interior do nordeste brasileiro. Ao fim deste trabalho pode-se concluir que a pesquisa realizada ampliou conhecimento a respeito do tema e forneceu informações importantes para intendermos a classificação de cada Ectoparasitas. Percebe-se que, de acordo com cada Ectoparasitas encontraremos vários modos de procriações, no entanto a pesquisa também relatou diferentes modos de como, se prevenir e evitar pegar qualquer Ectoparasitas. Esta pesquisa foi gratificante pra nós além de aprimoramos novos conhecimentos, podemos evitar e se prevenir em qualquer situação. 24 “Leishmaniose Tegumentar Americana - Secretaria Da Saúde.” www.saude.go.gov.br, www.saude.go.gov.br/biblioteca/7343-leishmaniose-tegumentar- americana#:~:text=A%20leishmaniose%20tegumentar%20americana%20%E2%80%93%20LTA. Accessed 30 Mar. 2022. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_controle_leishmaniose_visceral. pdf Souza, Ana Paula Almeida de. “Ocorrência de Lutzomyia Intermedia E Lutzomyia Longipalpis (Diptera: Psychodidae) Numa Área Endêmica Para Leishmaniose Tegumentar No Estado Da Bahia.” Www.arca.fiocruz.br, 2007, www.arca.fiocruz.br/handle/icict/30495. Accessed 30 Mar. 2022 http://www.cpqrr.fiocruz.br/texto-completo/T_19.pdf “Leishmanioses: Conheça Os Insetos Transmissores E Saiba Como Se Prevenir.” Fiocruz, portal.fiocruz.br/noticia/leishmanioses-conh Mann, Rajinder S., et al. “Sand Fly, Lutzomyia Shannoni Dyar (Insecta: Diptera: Psychodidae: Phlebotomine).” EDIS, vol. 2009, no. 2, 2 Apr. 2009, edis.ifas.ufl.edu/pdf/IN/IN797/IN797-Dyp45ucr58.pdf, 10.32473/edis-in797-2009. MANUAL DE VIGILÂNCIA DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA Brasília -DF 2007 MINISTÉRIO DA SAÚDE 2.a Edição <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_leishmanios e_2ed.pdf> Moodle USP: E-Disciplinas.” Edisciplinas.usp.br edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5132823/mod_resource/content/1/Biologia%20de%20Phlebo tominae_Eunice.pdf. -bibliografia- 25
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