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EFEITOS FISIOLÓGICOS EM IMERSÃO SITEMA CARDIOVASCULAR (1)

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UNIS – CENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUL DE MINAS 
FISIOTERAPIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EFEITOS FISIOLÓGICOS EM IMERSÃO: SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 
 
 
Alunos: Amanda Poliana dos Santos 
Ana Gabriela Aparecida Ribeiro 
Ana Victória de Oliveira Souza 
Taís Marinho Lúcio 
Stefanie Oliveira dos Santos 
Stefany Simão Rodrigues 
Ms. Esp. Bruno Bonfim Foresti 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VARGINHA 
2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
EFEITOS FISIOLÓGICOS EM IMERSÃO: SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 
 
Seminários em Fisioterapia (Atualizações em 
Fisio) do Quinto período do curso de Fisioterapia 
do Unis – Centro Universitário do Sul de Minas, 
sob orientação do Professor Ms. Esp. Bruno 
Bonfim Foresti. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VARGINHA 
 
2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EFEITOS FISIOLÓGICOS EM IMERSÃO: SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 
 
 
Amanda Poliana dos Santos¹ 
Ana Gabriela Aparecida Ribeiro¹ 
Ana Victória de Oliveira Souza¹ 
Taís Marinho Lúcio¹ 
Stefanie Oliveira dos Santos¹ 
Stefany Simão Rodrigues¹ 
Ms. Esp. Bruno Bomfim Foreste ² 
 
 
RESUMO 
 
INTRODUÇÃO: Na prática de exercícios de hidroterapia imersiva, as respostas 
geradas por essa atividade física são agregadas por conta desse mergulho, alguns 
aspectos que podemos citar são o aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca. 
As respostas hemodinâmicas e autonômicas à imersão em água termoneutra diferem 
daquelas observadas para alterações posturais fora do meio líquido, possivelmente 
devido às propriedades físicas da água, como temperatura, pressão hidrostática e 
flutuabilidade. OBJETIVO: O presente estudo, tem como objetivo trazer uma revisão 
de literatura com o intuito de demonstrar as funções e as necessidades de se obter um 
tratamento correto e com o acompanhamento adequado da fisioterapia em relação a 
hidroterapia. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão da literatura na qual a síntese 
de informações provirá de pesquisas científicas nas plataformas digitais como Google 
Acadêmico, Scielo, PubMed. Ressalta-se ainda buscas em livros digitais e em outras 
fontes de informação como é o site do COFFITO, no qual foram utilizados os seguintes 
descritores: fisioterapia, hidroterapia, imersão e sistema cardiovascular. A pesquisa foi 
realizada nos meses de março e abril do vigente ano. CONCLUSÃO: As respostas 
fisiológicas imersas na reabilitação cardiovascular são necessárias para garantir 
melhores condições físicas, mentais e sociais aos pacientes, permitindo-lhes recuperar 
seu status social na sociedade e levar uma vida ativa e produtiva. Portanto, as 
propriedades físicas da água, o estudo do sistema cardiovascular e os efeitos fisiológicos 
da imersão no corpo humano são fundamentais para o avanço dos trabalhos dos 
fisioterapeutas que pretendem atuar ou atuar na reabilitação de ambientes aquáticos. 
 
Palavras-chaves: fisioterapia1. hidroterapia 2. imersão 3. Sistema cardiovascular. 
 
 
 
 
 
 
Fisioterapia. Centro Universitário do Sul de Minas – Unis 1 
Docente. Centro Universitário do Sul de Minas – Unis 2 
1 INTRODUÇÃO 
Na prática de exercícios hidroterapêuticos em imersão, as respostas produzidas 
por essa atividade física se agregam por conta desse mergulho, alguns aspectos que 
podemos citar é o aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca. Com imersão 
até a cervical, em repouso, ocorre um efeito da pressão hidrostática, que age sobre o 
corpo do indivíduo realizando o deslocamento de aproximadamente 700ml de sangue. 
Um homem adulto em repouso tem sua frequência cardíaca normal de 80 a 100 
batimentos por minutos (bpm), quando ele está em imersão ocorre uma queda de 10 a 
15 bpm (MIWA,1996). 
A população que tem mais facilidade em apresentar uma hipertensão sistêmica, 
exceto os portadores de doenças de heranças genéticas, fumantes e diabético, são os 
idosos. Diversas formas de investigação sobre os efeitos da imersão em água no corpo 
humano têm sido utilizadas nos últimos anos, inclusive como estratégia de promoção da 
saúde. As respostas hemodinâmicas e autonômicas à imersão em água termoneutra são 
distintas daquelas observadas nas mudanças de postura fora do meio líquido 
provavelmente devido às propriedades físicas da água como temperatura, pressão 
hidrostática e empuxo. (MIWA,1996) 
Os exercícios realizados em piscina aquecida em temperatura de 30oC a 32oC 
geram respostas fisiológicas causadas apenas pela imersão na água, promovendo uma 
diminuição da resistência periférica pela dilatação das arteríolas, levando a queda da 
PA. Devido ao efeito reduzido da gravidade na piscina, o fluido das extremidades 
inferiores será direcionado para o tórax, aumentando o retorno venoso, o que estimula a 
diminuição dos barorreceptores mediante a PA, mostrando que uma única sessão de 
hidroterapia é o suficiente para reduzir a pressão arterial (PA) de normotensos e 
hipertensos (SOUZA et al 2007). 
Devido a esse efeito satisfatório, estudos têm demonstrado que a atividade física 
associada a mudanças no estilo de vida reduz a mortalidade cardíaca, permitindo sua 
incorporação em programas de reabilitação cardíaca seja terapêutica indispensável no 
tratamento de pacientes portadores de doenças cardiovasculares. (MORAES,2005) 
Portanto o presente estudo, têm como objetivo trazer uma revisão de literatura 
com o intuito de demonstrar as funções e as necessidades de se obter um tratamento 
correto e com o acompanhamento adequado de fisioterapia, principalmente, em relação 
a hidroterapia, que é uma modalidade encontrada e praticada pelos profissionais 
fisioterapeutas, que muitas das vezes não possui o seu real valor e conhecimento. 
2 PRINCIPIOS FÍSICOS DA ÁGUA 
Segundo Gomes (2007), a hidroterapia é um importante recurso terapêutico, 
utilizando piscinas aquecidas para o tratamento de diversas doenças. Hoje, porém, o 
conjunto de técnicas e métodos que compõem a hidroterapia, quando aplicado por um 
fisioterapeuta, é conhecido como fisioterapia aquática. Nesse sentido, o uso de 
propriedades físicas é uma importante ferramenta na prática da fisioterapia. 
Compreender as propriedades e princípios físicos da água e as respostas 
fisiológicas à imersão, em relação ao exercício e uso do exercício, pode beneficiar o 
desempenho da fisioterapia aquática e melhorar o processo de intervenções 
fisioterapêuticas (GOMES, 2007). 
Segundo Becker & Cole (2000), uma das coisas que tem ditado o progresso da 
pesquisa e o uso das propriedades da água como tratamento é o enfraquecimento da 
gravidade. Esse recurso fornece um ambiente ideal para a reabilitação de indivíduos 
que requerem menos articulações de suporte de peso ou terapia de solo limitada. Este 
tópico descreve esses princípios e seu uso prático. 
Densidade Relativa: A água, como qualquer substância composta de matéria, 
possui uma certa densidade, que pode ser caracterizada por sua relação massa-volume. 
A gravidade específica, por sua vez, refere-se à relação entre a densidade de uma 
substância ou objeto e a densidade da água. Assim, dado que a água tem uma 
gravidade específica de 1, qualquer objeto ou objeto colocado em um ambiente 
aquático com densidade inferior à da água flutuará. Se sua densidade for maior que a 
da água, o corpo afundará. O fato de a densidade relativa do corpo humano ser de 
cerca de 0,97 determina a flutuabilidade do corpo humano (CARREGARO, 2008). 
O princípio de Arquimedes diz que quando um corpo está imerso completamente 
ou parte dele num líquido em repouso, ele sofre um empuxo para cima, igual ao peso do 
líquido deslocado. O empuxo, força exercida de baixo para cima (encontrada só em 
meio líquido) é uma força contraria à força de gravidade, devido a essa força que os 
corpos imersos apresentam peso aparente inferior ao apresentado no solo 
(SACCHELLI, 2007) 
Além disso Carregaro (2008), as flutuações determinam o percentual de 
descarga do peso corporal, que varia de acordo coma profundidade em que o 
indivíduo se encontra. Este fato é importante para a reabilitação, pois pode ser 
utilizado como uma evolução gradual para aumentar a sustentação de peso. Conforme 
mostrado na Figura 1, os níveis de profundidade nas alturas do joelho, quadril e 
pescoço podem reduzir o peso em 15%, 50% e 90%, respectivamente . 
 
Figura 1: Influência da flutuação na 
eliminação de peso corporal (porcentagens), 
com base em diferentes graus de imersão. As 
setas representam a pressão hidrostática, que 
aumenta quanto maior for a profundidade. 
 
Pressão hidrostática: Como todos os líquidos, a água exerce pressão em todas 
as direções. Portanto, objetos subaquáticos estão sujeitos a uma certa quantidade de 
pressão, que é determinada pela força por unidade de área. Essa pressão é afetada pela 
densidade e profundidade do líquido, pois a coluna de líquido acima do corpo será 
responsável pela pressão. Portanto, quanto maior a profundidade, maior a pressão 
aplicada (Figura 1). A pressão hidrostática atua sobre o tecido e exerce compressão 
sobre os vasos sanguíneos, o que auxilia o retorno venoso e reduz o edema (GOMES, 
2007). 
Viscosidade: É uma propriedade de um líquido que representa uma importante 
medida de resistência ao movimento. Em outras palavras, a viscosidade indica a força 
de atrito que um líquido exerce sobre um objeto enquanto ele se move. O coeficiente 
de viscosidade indica que quanto mais viscoso o líquido, maior a força necessária para 
criar movimento quando imerso no líquido (NORDIN et al 2003). 
A turbulência é outra propriedade física, e segundo Costa, Lucena & Veloso 
(2009), consiste em um fluxo irregular de moléculas de água, que está relacionado 
com a pressão e velocidade da água que flui por ela, quanto maior a velocidade do 
movimento, quanto maior a turbulência. 
Temperatura: A água tem a capacidade de reter ou transferir calor, tanto por 
meio de mecanismos de condução (nos quais a transferência ocorre por meio de 
colisões entre moléculas e é determinada por diferenças de temperatura) quanto por 
convecção (a transferência durante o movimento de muitas moléculas ao longo de 
grandes distâncias). O conceito visto anteriormente é importante porque caracteriza a 
transferência de calor em curso na interação do corpo com a água e pode determinar 
efeitos fisiológicos e percepção de calor durante o tratamento (KAPANJI, 2000). 
Segundo Barbosa et al., 2006, interação significa conhecer a localização do 
centro de gravidade (CG) e do centro de flutuação (CF) do corpo. O centro de 
gravidade pode ser entendido como o ponto que representa o centro de massa de todas 
as partes do corpo, em posição anatômica, este ponto fica aproximadamente ao nível 
da segunda vértebra sacral. O centro de empuxo, por sua vez, é definido como o 
centro de todos os momentos exercidos sobre o corpo, localizado no meio da região 
do tórax. 
Alterações na postura corporal, que podem alterar a relação entre a posição do 
centro de gravidade e o centro de flutuação, podem causar movimentos rotacionais e 
favorecer a flutuação em diferentes posições (cabeça erguida, decúbito ventral) 
(BARBOSA et al, 2006). 
 
 2.1 EFEITOS TERAPEUTICOS DA ÁGUA 
A aplicabilidade da água para fins terapêuticos vem sendo retratada desde a 
civilização grega (por volta de 500 a.C.). O tratamento mediante o uso da água, no 
entanto, começou a expandir gradualmente no início dos anos de 1700, quando o 
médico alemão, Sigmund Hahn, e seus filhos proteger a utilização da água para 
tratamento de úlceras de pernas e outros problemas médicos. Essa nova conduta 
terapêutica, foi definida como hidroterapia que, conforme o conceito de Wyman e 
Glazer, consiste na aplicação de água sob qualquer forma de intervenção e tratamento 
de doenças (BIASOLI et al.,2006). 
Os efeitos fisiológicos oferecidos pela água são enormes e abrange respostas 
cardíacas, respiratórias, renais e musculoesqueléticas. No entanto, TOVIN et al.10 
asseguram que os exercícios desempenhados na água beneficiam a reabilitação, pois os 
efeitos possibilitam menor estresse articular, aumento da circulação e facilidade de se 
movimentar (TOVIN et al., 1994). 
Ainda assim, a água garante efeitos terapêuticos, onde engloba diversos fatores 
como forma de prevenção, atuando positivamente também no sistema motor e sensorial. 
Quando manipulada como método preventivo, obtém-se resultados assertivos como: 
(BIASOLI et al., 2006) 
 Prevenção de deformidades e atrofias; 
 Prevenção de piora do quadro do paciente; 
 Diminuição do impacto e da descarga de peso sobre as articulações. 
Quando utilizada com a finalidade de desenvolvimento do quadro sensório motor, 
de acordo com BATES et al., a água atua na promoção do fortalecimento dos músculos 
(BATES et al., 1998). 
Portanto, segundo Biasoli et al (2006), apenas um dos efeitos terapêuticos da água, 
ainda é possível alcançar outros objetivos afins de garantir uma evolução nos sistemas 
supracitados, os quais são: 
 Melhora da flexibilidade; 
 Trabalho de coordenação motora global, da agilidade e do ritmo; 
 Diminuição do tônus (diminuindo as referências fusais); 
 Reeducação dos músculos paralisados; 
 Facilitação do ortostatismo e da marcha; 
 Estimula conceitos de equilíbrio, esquemas corporais, propriocepção e espaço, 
pois a água é um meio instável; 
 Auxilia nas respostas de endireitamento e equilíbrio, pois não há pontos de 
apoio e o paciente é forçado a promover alterações posturais (flutuantes e 
turbulentas); 
 Diminui os estímulos proprioceptivos à medida que aumenta a profundidade, 
diminuindo a descarga de peso. 
No entanto, os benefícios terapêuticos da água são muitos, e dependem do quadro 
clínico de cada indivíduo. Estes serão definidos após uma avaliação física-funcional, 
com o intuito de buscar se adequar as particularidades e assim progredir na prática 
terapêutica (BIASOLI et al., 2006). 
 
 2.2 SISTEMA CARDIOVASCULAR E OS EFEITOS FISIOLÓGICOS DA 
IMERSÃO 
O coração é um órgão formado por músculo estriado cardíaco e realiza 
contrações involuntárias. Localizado no tórax, atrás do osso esterno, situado entre os 
dois pulmões em um espaço denominado mediastino (ZORZI et al 2017). 
Tem a função de ofertar sangue para todos os locais do corpo através do sistema 
de vasos sanguíneos denominados artérias, arteríolas, veias, vênulas e capilares (ZORZI 
et al 2017). 
O enchimento do coração acontece de duas formas: sístole (momento em que o 
coração contrai, ejetando o sangue sobre pressão para as artérias) e sístole (o coração 
relaxa recebendo o sangue vindo das veias). Essas duas etapas acontecem 
continuamente ocorrendo assim a circulação do sangue por todo o corpo (ZORZI et al 
2017). 
O coração possui cavidades que são: átrios direito e esquerdo, com localização 
acima e atrás no coração e ventrículos direitos que ficam embaixo e na frente dos átrios. 
O AD recebe o sangue venoso através da veia cava superior e inferior passando por uma 
valva tricúspide e chegando ao ventrículo direito, ocorrendo á sístole (ZORZI et al 
2017). 
O sangue rico em gás carbônico é direcionado para a artéria pulmonar indo para 
o pulmão dando início a pequena circulação e ocorrendo a troca gasosa através dos 
alvéolos pulmonares. ((ZORZI et al 2017)) 
O AE recebe o sangue arterial da circulação pulmonar rico em oxigênio através 
de veias pulmonares, passa pela válvula mitral e ventrículo esquerdo sendo 
impulsionado para a artéria aorta dando início a grande circulação. ((ZORZI et al 
2017)) 
Os efeitos fisiológicos causados pela água são resultados das propriedades 
físicas da mesma, e são decorrentes de outros fatores como temperatura da água, tipo e 
intensidade da atividade realizada, duração da fisioterapia aquática, profundidade da 
piscina, postura do paciente e sua condição clínica. 
 Com o objetivo de retornar do paciente cardiopata a sua rotina devida completa, 
com melhor qualidade de vida. A hidroterapia trabalha de reeducação funcional em 
várias disfunções, na percepção cinestésica ou consciente da movimentação corporal, 
gerando um nível aceitável para a atividade física diária em solo, com aumento da sua 
capacidade para tal. (FORNAZARI, 2012) 
Os efeitos cardiovasculares são dados além da temperatura da água. 
principalmente pela pressão hidrostática. Quando o indivíduo entra na piscina, acontece 
uma vasoconstrição momentânea, resultando em um aumento da pressão arterial e 
resistência vascular periférica. Porém, durante a imersão em água aquecida acontece 
aumento da circulação sanguínea e redistribuição do sangue, que auxilia o fluxo 
sanguíneo devido à vasodilatação periférica, ajudando o retorno venoso e aumentando o 
suprimento sanguíneo na musculatura. (FORNAZARI, 2012) 
Com a imersão ao nível do pescoço o volume cardíaco é aumentado em até 30%, 
e o volume sanguíneo central é aumentado cerca de 60% equivalente a 700 ml, 
apresentando um deslocamento de 700 ml para os grandes vasos do sistema pulmonar e 
o restante equivalente a 200ml de sangue para o coração. A frequência cardíaca reduz 
em torno de 10 batimentos por minuto pelo fato de o débito cardíaco ser aumentado de 
30% para 32%, o que corresponde aproximadamente de 4%a 5% da frequência em solo 
e postura em pé. (FORNAZARI,2012) 
A pressão atrial direita e a pressão intratorácica aumentam de 0,4 para 3,4 
mmHg 
e de 14 para 18 mmHg, respectivamente fazendo com que a pressão venosa central 
também tenha um aumento. Ocorrendo devido a redução da pressão hidrostática em 
relação à superfície, o que promove um deslocamento do sangue para a cavidade 
coração e abdominal aumentando o fluxo sanguíneo pulmonar, favorecendo uma maior 
troca gasosa. (FORNAZARI,2012) 
Contudo, em resposta ao aumento do trabalho cardíaco pelo aumento do débito 
sanguíneo, promovendo também maior gasto energético devido um aumento da força de 
contração do miocárdio. (FORNAZARI,2012) 
 Outro fator importante é profundidade da água a pressão exercida na superfície 
do corpo aumenta cerca de 22,4 mmHg para cada 30 cm de água em que o indivíduo é 
imerso. A hipervolemia relativa resultante da imersão do nível do diafragma é 
semelhante àquela vista pelo sujeito deitado, e aproximadamente 400 a 500 ml são 
deslocados. Afim, o volume cardíaco aumenta cerca de 100 ml (o volume cardíaco 
aproxima-se de 180 ml durante a imersão de pé). A relevância dos efeitos associada 
com a imersão em ortostase durante a imersão em decúbito dorsal é diminuída 
(BECKER et al 2000). 
 
3 JUSTIFICATIVA 
As propriedades físicas da água oferecem muitas vantagens em um programa de 
reabilitação, como promoção de relaxamento muscular, redução da sensibilidade à dor, 
redução dos espasmos musculares, aumento da facilidade do movimento articular, 
aumento da força e resistência muscular, aumento da circulação periférica, melhora da 
musculatura respiratória, melhora da consciência corporal e equilíbrio (BATES et al 
1998). 
Desse modo, as respostas fisiológicas em imersão na reabilitação cardiovascular, 
se faz necessário para garantir melhores condições física, mental e social aos pacientes, 
de forma que eles consigam recuperar uma posição normal na comunidade e levar uma 
vida ativa e produtiva. (Diretriz de Reab. Cardíaca, 2005). 
 
4 OBJETIVO GERAL 
O presente estudo, têm como objetivo trazer uma revisão de literatura com o 
intuito de demonstrar as funções e as necessidades de se obter um tratamento correto e 
com o acompanhamento adequado de fisioterapia, principalmente, em relação a 
hidroterapia, que é uma modalidade encontrada e praticada pelos profissionais 
fisioterapeutas, que muitas das vezes não possui o seu real valor e conhecimento, pois 
como podemos acompanhar por este artigo, tem grandes vantagens em muitos 
protocolos de reabilitação. 
 
5 OBJETIVO ESPECÍFICO 
 Os efeitos cardíacos produzidos pela imersão são profundos e saudáveis, tanto 
para a manutenção de um coração saudável quanto para a reabilitação do 
mesmo. 
 Descrever as respostas cardiovasculares desencadeadas a partir da imersão na 
fase de recuperação no protocolo de reabilitação cardíaca, através de uma 
revisão de literatura. 
 
6 MATERIAS E MÉTODOS 
Trata-se de uma revisão da literatura na qual a síntese de informações provirá de 
pesquisas científicas nas plataformas digitais como Google Acadêmico, Scielo, 
PubMed. Ressalta-se ainda buscas em livros digitais e em outras fontes de informação 
como exemplo, o site do COFFITO, no qual foram utilizados os seguintes descritores: 
fisioterapia, hidroterapia, imersão e sistema cardiovascular. A pesquisa foi realizada nos 
meses de março e abril do vigente ano. 
 
 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Um programa de reabilitação cardíaca eficaz e seguro precisa ser baseado em 
uma avaliação contínua e objetiva de sua resposta. Cada mudança no programa de 
exercícios de um paciente precisa ser baseada em uma avaliação objetiva detalhada. 
A chave para alcançar resultados de exercícios benéficos em vários sistemas do 
corpo é planejar e implementar um programa de exercícios aeróbicos em termos de 
intensidade, duração e frequência. O treinamento aeróbico deve fornecer sobrecarga 
cardiovascular suficiente para estimular aumentos no volume sistólico e no débito 
cardíaco. Essa sobrecarga circulatória central deve ser realizada exercitando grupos 
musculares específicos para movimentos específicos para melhorar seus mecanismos 
circulatórios e metabólicos locais. 
O estudo do sistema cardiovascular bem como das propriedades físicas da água e 
os efeitos fisiológicos da imersão no corpo humano são fundamentais para o 
aperfeiçoamento do fisioterapeuta que pretende atuar ou atua na reabilitação do 
ambiente aquático. 
O tratamento através da água envolve respostas cardíacas de grande valia para 
um melhor desempenho clínico do paciente quando se atenta aos critérios essenciais 
como temperatura da água, duração da fisioterapia aquática, tipo e intensidade da 
atividade realizada, profundidade da piscina, postura do paciente e sua condição clínica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERENCIA BIBLIOGRAFICA 
 
 
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