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Avicultura- Crescimento e Terminação, Manejo da Cama

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ
 
MALU MAGALHÃES BRASILEIRO 
AVICULTURA- CRESCIMENTO E TERMINAÇÃO, MANEJO DE CAMA.
ILHÉUS – BAHIA
2021
 MALU MAGALHÃES BRASILEIRO 
AVICULTURA- CRESCIMENTO E TERMINAÇÃO, MANEJO DE CAMA.
ILHÉUS – BAHIA
2021
Trabalho para fins avaliativo
apresentado a disciplina de
Zootecnia do curso de
Agronomia da UESC
ministrada pela professora
Gisele Andrade.
A avicultura brasileira é exemplo de atividade e de cadeia produtiva de sucesso, sendo o
setor que mais tem se destacado no campo da produção animal. Gera renda, melhora o
nível social da população e pode ser atividade de pequeno produtor. A vantagem de
implantar a avicultura é a necessidade de pequena área de terra a ser usada para a
implantação da granja, podendo estar localizada em terra fraca e desvalorizada. O ciclo
de produção é rápido, dando um bom retorno num período relativamente curto. Em menos
de 50 dias é possível ter o fechamento do lote, o que abre espaço para outro, logo na
sequência. Assim, é possível desenvolver pelo menos 5 lotes por ano (FACCHI, 2020).
A fase de crescimento dos frangos necessita de bastante atenção para o cuidado e
acompanhamento no desenvolvimento das aves, que precisam de uma alimentação
adequada para alcançar o crescimento correto sem perdas ou ausência de nutrientes.
Cada fase seja muito importante para o desenvolvimento e retorno financeiro do lote. No
acompanhamento diário do aviário as alterações das aves são muito perceptíveis,
principalmente na fase de crescimento deles, o que leva a entender a importância de
prestar atenção aos detalhes, seja de comportamento ou consumo alimentar (FACCHI,
2020).
A fase de crescimento do frango abrange o período de 21 a 35 dias, neste período
ocorrem algumas alterações nas aves, que têm necessidades diferentes em relação aos
níveis nutricionais e de ambiência. A realização de um manejo adequado do aviário,
observando temperatura do ambiente, dieta alimentar e inclusão de bebida corretas,
poderá promover nas aves um crescimento dentro dos padrões desejados, sem perdas ou
ausência de nutrientes (FACCHI, 2020).
As exigências de temperaturas são inferiores à da fase inicial, tendo seu ponto favorável
com temperaturas entre 19 e 26°C nesse período. Temperaturas abaixo ou acima causam
desconforto térmico. A alteração de temperatura faz com que o animal reduza o consumo
de alimento e, quando influenciado pelo calor, há uma redução do estímulo sobre a
medula da suprarrenal que reprime a produção de hormônios responsáveis pela
manifestação da fome (FACCHI, 2020).
Grandes variações na temperatura do galpão causam estresse nos pintos e reduzem o
consumo de ração e também ocorre maior consumo de energia para manter a
temperatura corporal. Um telhado com bom isolamento térmico reduz a entrada de calor
no galpão em dias quentes, diminuindo assim a carga de calor nas aves, durante os dias
frios, um telhado com bom isolamento reduz a perda de calor e o consumo de energia
necessário para manter o ambiente adequado às aves durante a fase de alojamento, o
período mais importante no desenvolvimento da ave (COBB, 2009).
Na fase de crescimento, o animal tem uma exigência maior de energia e níveis proteicos,
portanto, é comum encontrar rações de crescimento com inclusão de farinhas de origem
animal, pois acaba sendo uma boa fonte proteica e de valor mais acessível (FACCHI,
2020).
Os frangos recebem diferentes rações de acordo com a idade ou programa de
alimentação adotado. É necessário que as rações atendam as exigências nutricionais em
cada fase de criação. A exigência nutricional varia de acordo com a linhagem, região e
instalações (LOPES, 2011).
A fase de crescimento vem acompanhada de um rápido desenvolvimento, além de
mudanças fisiológicas como o amadurecimento do sistema termorregulador. Neste
período, o frango pode passar por estresses como ausência de conforto ambiental, troca
do programa terapêutico, mudança na formulação e granulometria da ração. Estas etapas
podem influenciar a resposta imune (FACCHI, 2020).
O manejo da cama aviária é usada para oferecer uma qualidade de vida melhor para as
aves durante sua permanência no galpão, colaborando no conforto térmico, evita o
contato direto com o chão ou piso, faz a absorção e incorporação dos dejetos, como as
excretas, descamação, penas, restos de comida e água, que caem de comedouros e
bebedouros (AVILA, 2008).
A gestão da cama de frangos, desde a obtenção do material, manejo da cama durante a
produção até o destino final deste do resíduo, vem sendo muito discutido por causa das
questões sanitárias relativas a cama. O manejo correto da cama é essencial para a
saúde, para o desempenho das aves e para a qualidade final da carcaça,
consequentemente influenciando os lucros tanto dos produtores como dos integradores
(SILVA, 2011).
Vários materiais que podem ser utilizados como cama de aviário, o produtor deve opta
pelo que lhe for mais conveniente, sem que afete negativamente o desenvolvimento dos
animais. O custo do material deve ser levado em conta e a região do país em que se
encontra granjas. O material da cama deve ser absorvente, leve, de baixo custo e atóxico.
A cama deve também possuir características que contribuam para seu aproveitamento
como composto, fertilizante ou combustível após a produção (ROSSETTO et al; ).
Devem-se observar as condições da cama, para evitar a formação de placas (cascão) e
partes úmidas, causadas pelo acúmulo de fezes e água que cai dos bebedouros. Quando
isso ocorrer, removê ias e substituí ias por material novo. Sempre que necessário,
revolver a cama de preferência pela manhã, ou em horários de temperaturas mais
amenas do dia para que a mesma se mantenha seca e fofa (AVILA et al., 1992).
Uma cama de boa qualidade deve apresentar as seguintes propriedades: partículas de
tamanho médio, homogêneas (material picado ou triturado) e livre de partículas
estranhas; capacidade de absorver a umidade evitando empastamento; Iiberar facilmente
a umidade absorvida; baixa condutividade térmica (bom isolamento do piso); capacidade
de amortecimento, mesmo sob alta densidade; umidade em torno de 20-25%; baixo custo
e boa disponibilidade; livre de fungos e substâncias tóxicas (AVILA et al., 1992).
Materiais utilizados como cama de aviário: maravalha, serragem de madeira, sabugo de
milho triturado, casca de arroz, amendoim, palhas de cultura, fenos de gramíneas e rama
de mandioca. Para reutilização, a cama deve permanecer amontoada por um período
mínimo de 8 dias, sendo que o ideal é aproximadamente 21 dias, permitindo uma boa
fermentação e um bom vazio sanitário do galpão, que deve ser pelo menos de 10 dias
(AVILA et al., 1992).
Nos dias que antecedem o abate das aves, podem ocorrer perdas de desempenho e
também financeiras, caso algumas medidas de controle não sejam tomadas para evitar
situações de desconforto aos animais, as quais aumentam os índices de mortalidade total
do lote. Nesta fase o frango está com peso aproximado de 3,0 kg e tende a sentir mais
calor, devido a sua faixa ótima de temperatura ser mais baixa. A temperatura ótima para
desenvolvimento das aves nesse período é de 24°C, acima dessa faixa de temperatura
podem ocorrer disfunções metabólicas. É importante fornecer medidas que amenizem a
temperatura dos dias mais quentes, como o uso de ventiladores, nebulizadores ou
sistemas de circulação de ar água fresca, densidade adequada de alojamento (FACCHI,
2020).
Para que a apanha e o carregamento dos animais ocorram de maneira adequada, é
necessário aplicar alguns manejos, como, por exemplo, restrição de alimento, restrição
hídrica, preparo do aviário para o momento da apanha (FACCHI, 2020).
A apanha e o carregamento são etapas que estão em constante evolução. O transporte
das aves deve ser realizado nas horas mais frescas do dia,a fim de não provocar
estresse térmico aos animais. Após a chegada no frigorífico, o caminhão com as aves
deverá ser alocado em uma área de espera, onde alguns procedimentos são adotados
para amenizar o estresse sofrido no deslocamento, como a nebulização e climatização da
sala. Se os animais estiverem ofegantes ou amontoados, o manejo está incorreto. O
manejo usado dos animais na fase final tem impacto direto na inocuidade do alimento e
na rentabilidade para a indústria (FACCHI, 2020).
REFERENCIAS
AVILA,V.S. de; JAENISCH, F.R.F.;PIENIZ, L.C.;LEDUR, M.C.; ALBINO, L.F.T.; OLIVEIRA,
P.A.V. de. Produção e manejo de frangos de corte. Concórdia: EMBRAPA-CNPSA,
1992. 43p.(EMBRAPA-CNPSA. Documentos, 28). 
COBB. Manual de Manejo de Frangos de Corte. Abril 1, 2009.
(FACCHI, Caroline. 3 fatores que influenciam no manejo de frangos de corte na fase
de terminação. Disponível em <https://www.btaaditivos.com.br/br/blog/3-fatores-que-
influenciam-no-manejo-de-frangos-de-corte-na-fase-de-terminacao/116/>. Acesso em: 21
de novembro de 2021.
(FACCHI, Caroline. A importância do manejo correto dos frangos na fase de
crescimento. Disponível em <https://www.btaaditivos.com.br/br/blog/a-importancia-do-
manejo-correto-dos-frangos-na-fase-de-crescimento-/110/>. Acesso em: 21 de novembro
de 2021.
LOPES, Jackelline Cristina Ost. Avicultura. Floriano, PI: EDUFPI; UFRN, 2011.
ROSSETTO, Janaina; OELKE, Carlos Alexandre; FRAGA, Bruno Neutzling; OELKE,
Andressa Layter; ROSSI, Patricia; RODRIGUES, Daniele Felicio. Suinocultura e
Avicultura: do básico a zootecnia de precisão. Cap. 15, p. 216-228.
SILVA, Virgínia Santiago. Estratégicas para Reutilização de Cama de Aviário.
Conferencia FACTA 2011 de Ciências e Tecnologia Avícolas.

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