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Teoria da Literatura II

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Teoria da Literatura II 
Para a Nova Crítica, a representação do real na literatura 
acontece por meio simbólico, somente pela existenciada forma 
Os teóricos da Nova Crítica recusavam investigar a literatura a partir da instância do autor, já que 
o significado de uma obra está em sua realização forma e não na intencionalidade subjetiva anterior a escrita
1. Chklovski, em seu famoso texto Arte como procedimento, apresenta um importante aspecto conceitual do Formalismo Russo ao argumentar que
o papel da arte é obscurecer a forma para prolongar o ato perceptivo, desencadeando um processo que denominou estranhamento
]
Os formalistas russos elaboram argumentos teóricos que nos ajudam a compreender sua concepção de literatura. Além disso, eles se posicionam em relação ao campo de estudo que privilegia o texto literário. Assim, é correto afirmar que 
a teoria da literatura não pode ser confundida com outras areas do conhecimento, como filosofia, sociologia, psicologia e etc.
Leia o trecho seguinte de A descrição da significação em literatura, de Tzvetan Todorov:
Não há limite nítido entre o conteúdo da própria obra e a interpretação que lhe é dada no curso de diferentes leituras. [...] Mas, apesar da existência inevitável de uma significação acrescentada pelo leitor, parece-nos que a análise literária não pode inclui-la em seu campo de investigação. [...] Será mais pertinente para nossa análise descobrir a dependência de cada elemento às relações funcionais entre ele e os outros signos, do que revelar a existência de uma reação "média" dos leitores, ou descobrir, através das diferenças, as imagens comuns escondidas no subconsciente coletivo. Este princípio nos permitirá, parece, realizar a descrição de um texto sem fazer intervir julgamentos de valor. (Todorov, T. In: Literatura e Semiologia - seleção de ensaios da revista Communications. Petrópolis: Vozes, 1971, p. 148-159.)
Com base no excerto acima e em seus estudos neste módulo, é correto afirmar que
o estruturalismo privilegia a descrião funcional sobre a explicação e a avaliação das obras literárias.
A abordagem estruturalista do texto literário se caracteriza por uma análise centrada na descrição do funcionamento do texto, bem como em sua organização interna a partir de sua função de produção de sentidos.
Leia o trecho de "Verossímil e motivação", de Gérard Genette:
O discurso narrativo é portanto um discurso cujas ações respondem, como também as aplicações ou casos particulares, a um corpo de máximas aceitas como verdadeiras pelo público ao qual se dirige; mas essas máximas, pelo próprio fato de serem admitidas, ficam frequentemente implícitas. A relação entre o discurso narrativo verossímil e o sistema de verossimilhança a que se sujeita é, pois, essencialmente mudo: as convenções de gênero funcionam como um sistema de forças e restrições naturais, às quais o discurso narrativo obedece como se não as percebesse, e a fortiori sem nomeá-las. (Genette, G. In: Literatura e Semiologia - seleção de ensaios da revista Communications. Petrópolis: Vozes, 1971, p. 7-34.)
Com base no excerto acima e nos seus estudos neste módulo, pode-se dizer que essa análise de Genette utiliza o seguinte princípio estruturalista:
Consideração do objeto analisado dentro dos diversos sistemas aos quais pertence.
 A abordagem teórica e os interesses dos pesquisadores estruturalistas diante do texto literário eram direcionadas para a compreensão das regras estruturais que integrariam os sitemas aos quais o texto literário pertence, além de se debruçar sobre os mecanismos que esses sistemas acionam. Desse modo, aspectos como a biografia do autor, o contexto da obra ou outros elementos estranhos a estrutura e sistema internos da obra seriam deixados de lado
Na Estética da Recepção, a história literária é 
dinâmica, pois cada mudança de horizonte pode alterar a compreensão de obras anteriores
na estética da percepção, conforme elaborada teoricamente por jauss, o diálogo constante entre o passado e o presente orienta a história literária. Passado e presente se influenciam mutuamente, gerando uma inter-relação ou conexão funcionais entre a leitura de novas obras e a interpretação das obras antigas. Assim, a história literária é dinâmica.
Na Teoria do Efeito Estético, um dos principais elementos textuais que estruturam a leitura são os brancos ou vazios, que 
Convidam o leitor a tentar formar coerência com base na dinâmica parte todo
Os brancos ou vazios são termos que se destacam na Teoria do Efeito Estético de Iser. Eles correspondem a pontos nos quais a percepção do leitor de que falta alguma coisa deve motivá-lo a suprir essa falta por meio da leitura. Essa leitura ou interação entre o leitor e o texto ocorre a partir de uma tensão entre os segmentos textuais, com o leitor buscando resolver essa tensão estabelecendo coerência entre as partes do texto e o seu todo 
Analise as afirmativas seguintes com base no texto deste módulo.
I. A crítica psicanalítica deve necessariamente levar em conta informações biográficas do autor, pois busca decifrar seu inconsciente.
II. Há semelhanças entre o trabalho de deformação-produção realizado pelos sonhos e pela forma literária.
III. Literatura e Psicanálise são atividades discursivas que efetuam o mesmo tipo de utilização da palavra (não comunicativa).
São corretas
Apenas a II
A afirmativa I está incorreta porque a crítica psicanalítica não está baseada na biografia do autor ou na decifração de seu inconsciente. A afirmativa II está correta porque o sonho provém da transformação ou do trabalho dos vários estímulos psíquicos, o que pode ser visto como análogo ao trabalho ou à transformação produzidos pela literatura a partir de seus objetos e temas. A afirmativa III está incorreta porque há diferenças entre Psicanálise e Literatura, uma delas corresponde ao trabalho discursivo ou com a palavra. 
Relacione os focos de análise textual listados a seguir com as citações numeradas. Depois, escolha a alternativa com a ordem correta.
psique do autor – conteúdo do texto – forma do texto
I. "Durante esse tempo, pouco a pouco, [o protagonista] vai se esquecendo de si mesmo, até que, após muito procurar, se depara com uma imagem conhecida. Era uma imagem de seu pai. Quando isto acontece, ele percebe que já não se lembra mais de seu nome. Não havia mais nenhum significante que o pudesse garantir como ser, [...]. O esquecimento do nome representava, portanto, o sinal de que a enfatuação narcísica chegava ao fim e que uma passagem podia ser realizada" (LIMA, Celso Rennó. A leitura de uma ficção: a história sem fim. Aletria: Revista de Estudos de Literatura, v. 12, p. 57-63, 2005.)
II. "Água viva [...] configura-se como ponto-limite da obra de Clarice, em que o enredo, a “história”, é quase que completamente abandonada em prol do fluxo incessante [...]. Essa dura escritura irá, então, privilegiar a música da língua, fundindo o “corpo todo inteiro” daquele que escreve com a materialidade da palavra, seu “ponto tenro e nevrálgico”, exigindo assim do leitor uma escuta “de corpo inteiro”. Dessa forma, Água viva pode ser pensado como um “idiomaterno”" (ANDRADE, Maria das Graças Fonseca. Escrita e escuta de corpo inteiro – a lalíngua de Água viva. Aletria: Revista de Estudos de Literatura, v. 12, p. 171-184, 2005.)
III. "Curiosamente, Clarice – fato para o qual muitos atentaram – possuía uma dicção estranha, um sotaque que, à primeira escuta, soava como algo similar a uma fala nordestina com dissonâncias francesas, em que “erres” se arrastavam e vogais se faziam pronunciadas com uma abertura típica. [...] José Castello observa que, talvez, essa justificativa não esgote o assunto: “Suas dificuldades com a língua eram embaraçosas e sua grandeza como escritora vem dessa repugnância. Só uma pessoa que não se adapta à língua, que a revira, que dela desconfia pode escrever uma obra como a de Clarice Lispector.”" (ANDRADE, Maria das Graças Fonseca. Escrita e escuta de corpo inteiro – a lalíngua de Água viva. Aletria: Revista de Estudos de Literatura,v. 12, p. 171-184, 2005.)
IV. "Então: minha proposta é um exercício interpretativo da síndrome de uma neurose de angústia da personagem Luís da Silva, do romance de Graciliano Ramos, à luz das ideias de Freud. O objetivo não é um “diagnóstico clínico”, que não levaria muito longe, mas uma discussão de ideias freudianas, tão surpreendentemente bem encarnadas no protagonista do romance. E já avanço o essencial: Luís da Silva fornece subsídios sobretudo para a primeira teoria de Freud sobre a Angústia: a da angústia enquanto libido represada, enquanto desejo reprimido." (MENESES, Adélia. A angústia, em Angústia de Graciliano Ramos. In: Do poder da palavra: estudos de literatura e psicanálise. 2. ed. S. Paulo: Duas Cidades, 2004.)
i. conteudo do texto – ii forma do texto, iii psique do autor – iv conteudo do texto
I. Ao interpretar eventos da narrativa com auxílio de conceitos psicanalíticos, Lima concentra-se no conteúdo do texto.
II. Ao discutir os modos como o romance age na música da língua e na materialidade da palavra, Andrade concentra-se na forma do texto.
III. Quando traz dados biográficos da autora para explicar suas escolhas estéticas, Andrade usa a obra como via de acesso à psique do autor.
IV. Ao utilizar conceitos psicanalíticos para estudar a construção de uma personagem, Meneses concentra-se no conteúdo do texto.
Note que os excertos II e III foram retirados do mesmo texto e, portanto, é possível focar mais de um elemento durante a análise.
Analise a as afirmativas a seguir:
I. Roland Barthes foi influenciado por uma metodologia de pesquisa denominada “estruturalismo”.
II. Roland Barthes desenvolveu atividades de crítica literária de modo independente, sem ter sofrido influência do estruturalismo.
III. O antropólogo Lévi-Strauss, o linguista Roman Jakobson e o psicanalista Jacques Lacan nunca foram considerados estruturalistas.
IV. A noção de estruturalismo surgiu antes das décadas de 50 e 60 enquanto “método de comparação estrutural”.
V. O método estruturalista apresenta a vantagem da possibilidade de transporte de fenômeno para fenômeno.
VI. O método estruturalista é totalmente empírico, não comporta nenhum aspecto abstrato e preocupa-se com a consistência física dos objetos.
Apenas está correto o que se afirma em
A = I, IV e V.
Parabéns! A alternativa A está correta.
As afirmativas I, IV e V estão corretas porque a obra de Barthes foi influenciada pelo estruturalismo, corrente de pensamento que vigorou, sobretudo, nas décadas de 50 e 60, baseada em conceitos linguísticos que poderiam ser transportados para outros fenômenos humanos. Seus primeiros idealizadores foram Lévi-Strauss e Roman Jakobson.
Responder
Questão 2
A partir do conceito de escrita no desconstrucionismo, considere as afirmativas a seguir.
I. A desconstrução da tradição metafísica não tem relação com o conceito de escrita em Derrida.
II. A projeção heideggeriana na Linguística, operada por Derrida, expõe alguns aspectos metafísicos nos estudos de Saussure.
III. Para Derrida, o conceito de escrita foi comandado no Ocidente por algo que ele nomeia de etnocentrismo logocêntrico.
IV. Segundo Derrida, desde Platão, a escrita foi considerada como secundária em relação à fala.
V. Kafka, Baudelaire, Poe e Ponge não foram autores estudados por Derrida.
Está correto apenas o que se afirma em
B
II, III e IV.
Parabéns! A alternativa B está correta.
As afirmativas II, III e IV estão corretas porque Derrida, partindo de conceitos operados no campo da Linguística e de questões formuladas por Heidegger, na Filosofia, pôde indagar sobre os aspectos etnocêntricos e logocêntricos da escrita no Ocidente.
Questão 1
Barthes trouxe uma grande contribuição para a semiologia e os estudos da linguagem em geral. Em virtude disso, analise as afirmações a seguir.
I. Barthes escreveu uma obra que nasceu da sua viagem ao Japão e nela, o Oriente se apresenta ao leitor como um sistema simbólico.
II. Em O império dos signos, Barthes se debruça sobre signos que provocam uma vertigem próxima do satori (perda de sentido).
III. O império dos signos foi um texto teórico escrito por Barthes a partir de uma novela de Balzac.
IV. O S/Z é um excelente estudo a partir da novela Sarrasine.
V. Barthes desistiu de analisar a novela Sarrasine, pois não havia como estabelecer “lexias” para uma análise estrutural.
VI. Em Elementos de semiologia, Barthes já havia abandonado completamente o pensamento estruturalista.
Está correto apenas o que se afirma em
D
I, II e IV.
Parabéns! A alternativa D está correta.
As afirmativas I, II e IV estão corretas porque Barthes, um autor marcado pelo estruturalismo, sobretudo em Elementos de semiologia, começou a romper com essa metodologia em obras como o S/Z e O império dos signos. Nesta última, escrita a partir de sua experiência no Japão, onde ele identifica um sistema simbólico, trabalha tanto com a escrita quanto com a imagem, produzindo uma vertigem (satori).
Responder
Questão 2
Tendo em vista os estudos realizados por Roland Barthes, observe as afirmações a seguir:
I. Barthes foi um semiólogo francês que nunca se dedicou a estudos sobre a escrita.
II. Na obra de Barthes, o conceito de “grau zero” pode ser aplicado a certos aspectos da escrita contemporânea.
III. A “conotação” e a “significação” foram elementos germinais que estavam presentes desde os primeiros estudos de Roland Barthes.
IV. Barthes nunca se dedicou a estudar o “novo romance”.
V. De acordo com Barthes, o teatro de Brecht apresentava uma resistência à concepção de natureza adotada pela burguesia.
Está correto apenas o que se afirma em
A
II, III e V.
Parabéns! A alternativa A está correta.
As afirmativas II, III e V estão corretas porque Roland Barthes dedicou uma boa parte de sua obra aos estudos sobre a escrita, tendo como ponto de partida conceitos como “conotação” e “significação”. Fora isso, Barthes viu no teatro de Brecht uma nítida crítica ao conceito burguês de natureza.
Responder
Questão 1
Quanto à questão literária da autoria, analise as afirmativas e assinale a alternativa que contém as corretas:
I. O filósofo Michel Foucault se preocupou com o problema contemporâneo da função autor.
II. Na escrita literária contemporânea, o papel da autoria não foi colocado em questão.
III. Na literatura contemporânea, o autor deixou de ser o sujeito absoluto da sua escrita.
IV. É possível afirmar que uma parte da literatura contemporânea caminha para uma escrita de superfície em que os significantes se tornam flutuantes.
V. A autoria é uma questão da escrita contemporânea; na Idade Clássica, a escrita literária era predominantemente impessoal.
VI. A identidade de si e a fé personalista na autoria não foram objetos da crítica literária contemporânea.
C
I, III e IV.
Parabéns! A alternativa C está correta.
As afirmativas I, III e IV estão corretas porque o problema da função autor interessou a pensadores como Roland Barthes e Michel Foucault, tendo em vista que dizia respeito a certas mudanças que a literatura sofreu no mundo contemporâneo.
Responder
Questão 2
Tendo em vista que Roland Barthes foi um dos mais significativos teóricos da literatura, observe as afirmativas e assinale a alternativa que contém as corretas:
I. Por não acreditar na função autor, Barthes nunca escreveu uma autobiografia.
II. Roland Barthes por Roland Barthes é um livro em fragmentos falando da impossibilidade de um eu coerente e centrado.
III. Barthes escreveu uma “autobiografia” questionando as verdades possíveis.
IV. Barthes desenvolveu, em um pequeno artigo, reflexões importantes sobre a morte do autor.
V. Elementos de semiologia é uma obra em que Barthes rompeu com o estruturalismo.
VI. A função autor não exige uma adequação entre o ‘eu digo’ e o ‘eu sou’.
A
II, III e IV.
Parabéns! A alternativa A está correta.
Embora Barthes tenha escrito sobre a morte do autor, em um curto ensaio, ele escreveu também uma obra autobiográfica com aspectos demasiadamente paradoxais, o livro Roland Barthes por Roland Barthes, por isso, as afirmativas II, III e IV estão corretas.Responder
Questão 1
Assinale a alternativa que contém uma afirmativa correta sobre o contexto filosófico implicado na origem da Teoria Crítica.
B
Embora o marxismo seja a pedra de toque da Teoria Crítica, a Escola de Frankfurt se caracteriza por uma renovação teórica do marxismo, por isso seus integrantes foram chamados de neomarxistas.
Parabéns! A alternativa B está correta.
A origem da Teoria Crítica está relacionada com o pensamento marxista, além do diálogo com o pensamento de Lukács e Weber. No entanto, a Teoria Crítica propõe uma renovação teórica, inclusive superando alguns aspectos do marxismo, como a unificação entre teoria e práxis. A forte influência marxista e a postura não dogmática em relação ao pensamento de Marx levaram os teóricos da Escola de Frankfurt a serem denominados de neomarxistas.
Questão 2
Considere a enumeração a seguir tendo em vista as principais temáticas abordadas pela Escola de Frankfurt.
I. Cultura de massa
II. O mundo transcendente
III. Sociedade totalitária
IV. Crítica do capitalismo
V. Niilismo
Apenas os itens I, III e IV estão corretos.
Responder
Parabéns! A alternativa D está correta.
A Escola de Frankfurt tem como principais temas a cultura de massa, a sociedade totalitária e a crítica ao capitalismo, por isso os itens I, III e IV são os únicos corretos. Os itens II e V estão incorretos porque o mundo transcendente, preocupação de filósofos como Kant, e o Niilismo, temática muito cara a Nietzsche, não eram temas com os quais a Teoria Crítica da Escola de Frankfurt se ocupava.
Questão 1
Levando em conta que a teoria da experiência de Walter Benjamin busca suas bases na teoria do choque freudiano, aponte quais das proposições abaixo faz uma leitura contrária a essa relação.
B
A multidão nas ruas da cidade produz choque e conduz a um novo sentimento de coletividade e, inevitavelmente, ao reencantamento do mundo.
Parabéns! A alternativa B está correta.
Na modernidade, não é possível um reencantamento, pois ele depende da tradição e o mundo já estaria perdido, na visão de Benjamin. A multidão se caracteriza por uma massa de anônimos, não sendo percebida por Benjamin como um novo tipo ou sentimento de coletividade. Assim, as afirmações na alternativa B se opõem à relação que Benjamim estabelece entre sua teoria da experiência e a teoria do choque de Freud.
Questão 2
Segundo Benjamin, a obra de arte sempre foi reprodutível, contudo, o capitalismo inaugura a produção em série. Sobre a reprodutibilidade técnica da obra de arte, assinale a afirmativa que traz uma proposição correta.
D
O valor de culto inserido na tradição cede lugar ao valor de mercadoria na modernidade.
Parabéns! A alternativa D está correta.
A aura entra em declínio com a reprodução técnica, por isso a obra de arte perde seu valor de culto, que provém da tradição. Assim, prevalece na obra de arte, na modernidade, o valor comercial ou de mercadoria.
Questão 1
Para Gabriel Cohn, as redes sociais prestam um grande serviço à indústria cultural. De que modo isso ocorre?
D
Instrumentalizando o divergente.
Parabéns! A alternativa D está correta.
Com as tecnologias digitais e o fenômeno das redes sociais, podemos identificar processos em que os divergentes não são excluídos ou absorvidos nesse meio. Ao contrário, no meio digital e dos produtos culturais que por ele circulam, os usurários são instrumentalizados, ou seja, fazem parte dos interesses e da lógica do lucro que alimentam as redes. Assim, as redes sociais instrumentalizam o divergente, esvaziando-o e usando-o para o lucro.
Responder
Questão 2
Em Ao vencedor as batatas, Roberto Schwarz aponta uma particularidade da realidade social moderna brasileira. Que particularidade é esta?
A
A combinação de moderno e do não moderno representada na política de favores.
Parabéns! A alternativa A está correta.
A herança escravocrata combinada com o liberalismo produziu a particularidade social brasileira que é a de conservar a dominação ao combinar o moderno e o não moderno, através de uma espécie de economia de favores.
	 
	
	
	1.
	
		 O título New Criticism (Nova Crítica) foi retirado da obra New Criticism de John Crowe Ranson, em que o teórico analisa a obra crítica do poeta T. S. Eliot. Entre os teóricos da Nova Crítica estão: 
	
	
	
	R. Jakobson, Todorov, Allen Tate.
	Certo
	
	T. S. Eliot, I. A. Richards, Cleanth Brooks.
	
	
	Walter Benjamim, John Ranson, M. C. Bearsdsley.
	
	
	John Ranbson, Theodor Adorno, Kenneth Burke.
	
	
	W. K. Wimsatt, Alleen Tate, J. P. Sartre.
	Data Resp.: 05/04/2022 00:43:16
		Explicação:
Entre os teóricos da Nova Crítica, estão: John Ranson, Kenneth Burke, Allen Tate, Cleanth Brooks, W. K. Wimsatt, M. C. Beardsley, R. Penn Warren, T. S. Eliot, I. A. Richards, Willian Empeson, T.E. Hulme, René Wellek.  As demais alternativas estão incorretas porque trazem, por exemplo, pensadores ligados à Teoria Crítica (Adorno, Benjamin), ao Formalismo Russo (Jakobson), ao Existencialismo (Sartre), entre outras correntes.
	
	 
	
	
	2.
	
		 Leia o texto, a seguir.   A Função Poética, também conhecida como estética, é a função da linguagem que tem como objetivo valorizar a mensagem, da forma que ela está sendo transmitida.   Disponível em https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/funcao-poetica.  Acesso em 23 nov 2021.   Para Roman Jakobson, a função poética:   (I) está centrada na mensagem   PORQUE   (II) existe quando o "como dizer" é trabalhado estilisticamente 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
	
	
	
	A afirmativa i é verdadeira e a afirmativa ii é falsa.
	
	
	As afirmativas i e ii são falsas.
	
	
	As duas afirmativas são verdadeiras, mas não estabelecem relação entre si.
	
	
	A afirmativa i é falsa e afirmativa ii é verdadeira.
	Certo
	
	As duas afirmativas são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
	Data Resp.: 05/04/2022 00:43:21
		Explicação:
As afirmativas I e II são verdadeiras e a segunda justifica a primeira porque a função poética existe quando é dada ênfase na mensagem, acirrando o potencial simbólico da linguagem, o que garante maior impacto ao leitor, pois a palavra recebe um tratamento de estranhamento, que é o deslocamento de significados da linguagem cotidiana para uma existência particular na linguagem poética.
	
	 
	
	
	3.
	
		 A intencionalidade é algo da consciência subjetiva, mas para a Nova Crítica é impossível investigar a ideia presente em um texto literário antes que ele se realize, ou seja, só é possível tomar a ideia enquanto obra, materializada pela linguagem. 
Assim como o Formalismo Russo, na Nova Crítica encontramos como característica: 
	
	Certo
	
	O foco no texto literário.
	
	
	Ênfase nos aspectos externos ao texto.
	
	
	Foco nos elementos do contexto histórico e cultural.
	
	
	Ênfase na intencionalidade do autor.
	
	
	A leitura baseada na biografia do autor.
	Data Resp.: 05/04/2022 00:43:25
		Explicação:
A leitura imanente e a leitura fechada, com foco no próprio texto, caracterizam tanto o formalismo russo quanto a nova crítica. As demais alternativas estão incorretas porque o autor e o contexto não fazem parte do foco da leitura e análise da nova crítica.
	
	 
	
	
	4.
	
		  Em vez de perguntar ''Qual é o sentido deste texto?'', a análise estruturalista propõe qual questionamento? 
	
	
	
	Para quem o texto produz sentido?
	Certo
	
	Como este texto produz sentidos?
	
	
	Quem escreveu e deu sentido ao texto?
	
	
	Quando ou em que contexto o texto produz sentido?
	
	
	Por que o texto tem sentido em determinada época?
	Data Resp.: 05/04/2022 00:43:30
		Explicação:
A crítica ou análise estruturalista busca o sentido imanente do texto, aquilo que o caracteriza como texto literário, procurando identificar em sua estrutura e nas relações funcionais entre suas partes como o sentido é produzido. As demais alternativas estão incorretas porque estão relacionadas com aspectos do contexto ou da biografia do autor, oque não é central na abordagem estruturalista.
	
	 
	
	
	5.
	
		 O emprego de conceitos e instrumental psicanalíticos para analisar e explicar a construção da personagem de determinado romance é uma abordagem psicanalítica que se concentra 
	
	
	
	na forma do texto.
	
	
	na forma do texto e na psique do autor.
	
	
	na psique do autor.
	
	
	no contexto do texto.
	Certo
	
	no conteúdo do texto.
	Data Resp.: 05/04/2022 00:43:33
		Explicação:
Trabalhar a construção das personagens desde uma abordagem psicanalítica, explicando por meio de conceitos psicanalíticos as características e o comportamento ou ações dessas personagens, está principalmente vinculado ao conteúdo do texto, e não à psique do autor ou à forma do texto. Por isso, as demais alternativas estão incorretas por não caracterizarem o acesso à obra literária desde uma abordagem psicanalítica que se concentre no conteúdo do texto.
	
	 
	
	
	6.
	
		 Leia o trecho a seguir: Ao longo da teoria freudiana, coletamos informações de que o eu é uma instância que emana da percepção e tem como traço essencial ser consciente. Contudo, a maior parte da vida psíquica em Freud mostra-se inconsciente, apresentando o eu, tido até então como a sede da experiência subjetiva, como sendo afetado de forma passiva por essa ''parte obscura'' do aparelho psíquico. (BARROSO, Adriane de Freitas. Sobre a concepção de sujeito em Freud e Lacan. Barbaroi, n. 36, p. 149-159, jun. 2012.) O conceito freudiano que corresponde à ¿parte obscura¿ do aparelho psíquico é 
	
	
	
	recalque.
	
	
	édipo.
	
	
	pulsão.
	
	
	ego.
	Certo
	
	inconsciente.
	Data Resp.: 05/04/2022 00:43:36
		Explicação:
O inconsciente corresponde ao ''lado obscuro'', descrito no enunciado, e que interfere no eu. As demais alternativas estão incorretas porque não correspondem ao conceito de consciência ou desse ''lado obscuro'' da psique humana.
	
	 
	
	
	7.
	
		 Assinale a alternativa que traz uma afirmação correta sobre o conceito de autor em Barthes. 
	
	
	
	O autor é uma personagem antiga, que desde sempre esteve presente em todo texto literário.
	
	
	O autor é um conceito exclusivo dos textos científicos, não ocorrendo na literatura.
	Certo
	
	O autor é uma personagem moderna, produzida pela nossa sociedade, no contexto do prestígio do indivíduo.
	
	
	No contexto do positivismo e da ideologia capitalista, a pessoa do autor foi desprezada, não tendo importância.
	
	
	O conceito moderno de pessoa humana foi responsável pelo desprestígio do autor ou do indivíduo.
	Data Resp.: 05/04/2022 00:43:40
		Explicação:
Segundo Barthes, o prestígio do indivíduo ou da pessoa humana no contexto do empirismo inglês, do racionalismo francês e da fé pessoal da Reforma está relacionado com o conceito moderno de autor. As demais alternativas estão incorretas porque contradizem o pensamento de Barthes sobre a figura do autor como produto da modernidade.
	
	 
	
	
	8.
	
		 Ao desenvolver o conceito de ¿grau zero da escritura¿, o entendimento de Barthes sobre a escritura corresponde principalmente: 
	
	
	
	à dispersão do sujeito no trabalho e no prazer.
	
	
	a uma noção linguística de escritura.
	Certo
	
	a uma noção sociolinguística de escritura.
	
	
	a uma noção semiológica de escritura.
	
	
	aos textos não literários ou não ficcionais.
	Data Resp.: 05/04/2022 00:43:43
		Explicação:
Barthes reconheceu que o conceito de escritura, em O Grau Zero da Escritura, era uma noção sociolinguística acima de tudo. As demais alternativas estão incorretas porque ainda estavam ausentes no conceito de escritura a dispersão do sujeito no trabalho e no prazer, temas que surgiram no final do percurso barthesiano. Além disso, em O Grau Zero da Escritura, Barthes faz intervir sua preocupação teórica e crítica. Somente mais tarde iria considerar a literatura do ponto de vista linguístico e semiológico.
	
	 
	
	
	9.
	
		 COVEST-UDESC-2019. Adaptado A Teoria Crítica teve como seus principais expoentes Theodor Adorno, Walter Benjamin, Herbert Marcuse e Max Horkheimer. Com relação a esta teoria, analise as proposições e assinale (V) para verdadeira e (F) para falsa.   ( ) A Teoria Crítica pode ser considerada uma herdeira do Materialismo Histórico. ( ) A Teoria Crítica se caracterizou por uma revalorização dos fenômenos relacionados à esfera da cultura e da política. ( ) Teve como precursores autores como Georg Simmel e Alfred Schutz. ( ) Reafirmou integralmente todos os conceitos e visões do pensamento marxista. ( ) O papel da indústria cultural na sociedade contemporânea foi um dos seus temas relevantes. 
Assinale a alternativa correta, de cima para baixo 
	
	
	
	F - F - V - V - F.
	
	
	V - F - V - F - F.
	Certo
	
	V - V - F - F - V.
	
	
	F - V - F - F - V.
	
	
	V - F - F - F - V.
	Data Resp.: 05/04/2022 00:43:48
		Explicação:
Herdeiros do materialismo histórico, os pensadores da teoria crítica pensam os fenômenos culturais a partir da sua contextualização social, econômica e política. As duas afirmações falsas pecam por atribuírem os pensadores Georg Simmel e Alfred Schutz como antecedentes ou pais teóricos dos frankfurtianos e por não reconhecerem que a teoria crítica renovou ou criticou alguns aspectos do pensamento de Marx.
	
	 
	
	
	10.
	
		 CESPE-CEBRASPE-2013. Adaptado A violência do princípio ¿saber é poder¿ (Francis Bacon), ou seja, a imposição da ¿técnica social¿, da razão funcional, instrumental, tecnológica, com o seu afã de disponibilizar tudo, homens e coisas, perpassa totalmente a sociedade de nosso tempo, nas análises de Herbert Marcuse (1898-1979). A sociedade se torna um sistema funcional autoconstituído. É uma nova forma de ¿ditadura¿ ou ¿totalitarismo¿. Agora, o totalitarismo já não provém deste ou daquele partido ou Estado, não tem cor, é anônimo. Mesmo a democracia é apenas uma aparência. Aparentemente, trata-se da ¿soberania do povo¿, mas, em verdade, o que está em questão é a regência dos mecanismos estabelecidos pelo sistema. A dominação se tornou racional e a racionalidade, dominadora. Ninguém mais governa e todos são dominados. Dessa situação histórica surge o Homem unidimensional, título de um livro de Marcuse, de 1964. Assim, o mundo fica chato, isto é, plano (e monótono). A dominação ocorre não só por meio da tecnologia, mas como tecnologia. Paradoxalmente, a sociedade racional enterra, de vez, a ideia da razão.   Com relação às ideias expostas no texto acima, assinale a opção correta. 
	
	Certo
	
	Marcuse vê no triunfo da razão instrumental e no surgimento do homem unidimensional a forma mais extrema de totalitarismo, que suprime a liberdade e o prazer da vida dos homens.
	
	
	Segundo Marcuse, a civilização tecnológica é a civilização da liberdade, o que sempre contradiz com as palavras de Marx, sobre cultura, liberdade e capitalismo desenfreado.
	
	
	Marcuse considera o triunfo da razão instrumental como uma conquista da humanidade moderna, ou seja, como um processo que traz aos homens a plena satisfação de seus desejos.
	
	
	Na concepção de Marcuse, a forma de totalitarismo mais ameaçadora é a do Estado, que oprime os indivíduos, levando-os ao que ele concebe como maldade social ininterrupta.
	
	
	Para Marcuse, a democracia é uma das conquistas fundamentais dos Estados modernos, pois possibilita a eles participarem da fruição dos bens de consumo produzidos na civilização tecnológica.
	Data Resp.: 05/04/2022 00:43:51
		Explicação:
Marcuse vê na razão instrumentalizada a origem do processo de produção de massas. Com necessidades iguais promovidas de forma acrítica pelos meios de comunicação, o indivíduo perde a liberdade e começa a agir de forma autômata. O ápice dessa lógica é a desumanização e o totalitarismo. As demais alternativas estão incorretas porque não apresentam adequadamente correlação com as ideias de Marcuse e com o texto do enunciado.

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