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Revista Licoes Biblicas Jovens. Aluno.2 Trim.2022

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2o TRIMESTRE 2022
CB4D
O Perigo das Tentações
As orientações da Palavra de Deus de como 
resistir e ter uma vida vitoriosa
O PERIGO DAS TENTAÇÕESLIÇÃO 1 3
LIÇÃO 2 ADÃO E EVA: QUERENDO SER COMO DEUS 8
LIÇÃO 3 JOSÉ: RESISTIR À TENTAÇÃO É POSSÍVEL 13
LIÇÃO 4 DESAFIANDO A DEUS NO DESERTO 18
LIÇÃO 5 BALAÃO: QUANDO DEUS DIZ NÃO 23
LIÇÃO 6 OLHANDO PARA A DIREÇÃO ERRADA 28
LIÇÃO 7 33
A TENTAÇÃO DE FUGIR DO JULGAMENTO DE DEUSLIÇÃO 8 38
PEDRAS PODERÍAM SE TORNAR PÃESLIÇÃO 9 43
LIÇÃO 10 INTERPRETANDO ERRONEAMENTE AS ESCRITURAS 48
LIÇÃO 11 ANTECIPANDO OS PLANOS DE DEUS 53
QUANDO SATANÁS ENCHE O CORAÇÃO DO HOMEMLIÇÃO 12 57
DEUS PROVÊ O ESCAPELIÇÃO 13 61
CONSTRUINDO TUDO PARA A MINHA GLÓRIA
CASA PUBLICADORA DAS 
ASSEMBLÉIAS DE DEUS
Presidente da Convenção Geral das
Assembléias de Deus no Brasil
José Wellington Costa Junior
Presidente do Conselho Administrativo
José Wellington Bezerra da Costa
Diretor Executivo
Ronaldo Rodrigues de Souza
Gerente de Publicações
Alexandre Claudino Coelho
Consultor Doutrinário e Teológico
Elienai Cabral
Gerente Financeiro
Josafá Franklin Santos Bomfim
Gerente de Produção
Jarbas Ramires Silva
Gerente Comercial
Cícero da Silva
Gerente da Rede de Lojas
João Batista Guilherme da Silva
Gerente de TI
Rodrigo Sobral
Gerente de Comunicação
Leandro Souza da Silva
Chefe do Setor de Educação Cristã
Marcelo Oliveira
Chefe do Setor de Arte & Design
Wagner de Almeida
Comentarista
Alexandre Coelho
Editora
Telma Bueno
Revisora
Verônica Araújo
Projeto Gráfico, Diagramação e Capa
Suzane Barboza
Fotos
shutterstock.com
RIO DE JANEIRO - CPAD MATRIZ
Av. Brasil, 34.401 - Bangu - CEP21852-002
Rio de Janeiro - RJ
CENTRAL DE ATENDIMENTO
0800-021-7373 Ligação gratuita
Segunda a sexta: 8h às 18h.
Livraria Virtual www.cpad.com.br
Comunique-se com a editora da revista: 
telma.bueno@cpad.com.br
O PERIGO DAS 
TENTAÇÕES 
AS ORIENTAÇÕES DA 
PALAVRA DE DEUS SOBRE 
COMO RESISTIR E TER UMA 
VIDA VITORIOSA
Prezado(a) aluno(a), com a graça 
de Deus vamos iniciar mais um trimes­
tre de estudos da Palavra de Deus, 
que é "lâmpada para os nossos pés".
Estudaremos a respeito de um 
tema que atualmente não é muito 
abordado, mas é extremamente 
relevante para o crente: a tentação. 
Todo crente é tentado; o próprio 
Jesus, depois do seu batismo, foi 
levado ao deserto pelo Espírito 
Santo e ali foi tentado por Satanás.
Jesus venceu todas as propos­
tas do Diabo usando a Palavra de 
Deus, pois Ele a conhecia bem. Para 
vencermos as muitas propostas 
do mundo, da carne e do Maligno, 
precisamos conhecer as Escrituras 
Sagradas e ter um relacionamento 
pessoal com o Pai.
A tentação em si não é peca­
do, o erro está no ato de ceder à 
tentação, deixando de lado o que 
Deus nos ordenou na sua Palavra. 
Que estejamos atentos, vigilantes 
para que jamais venhamos cair nas 
muitas ciladas do Diabo.
Um trimestre abençoado, prote­
gidos de toda e qualquer investida 
do Inimigo.
Até o próximo trimestre!
shutterstock.com
http://www.cpad.com.br
mailto:telma.bueno@cpad.com.br
O PERIGO DAS
TENTAÇÕES
TEXTO PRINCIPAL LEITURA SEMANAL
"Não veio sobre vós tentação, 
senão humana; mas fiel é Deus, que 
vos não deixará tentar adma do 
que podeis; antes, com a tentação 
dará também o escape, para que a
possais suportar." (1 Co 10.13)
RESUMO DA LIÇAO
Nenhum ser humano está livre 
de ser tentado, seja por seus 
próprios desejos carnais, seja 
pelo Inimigo de nossas almas.
SEGUNDA-Tg 1.13
Deus não tenta a ninguém
TERÇA - Mt 6.13
Livra-nos do mal
QUARTA - Lc 4.1,2
Jesus foi tentado
QUINTA-2 Pe 2.9
Deus livra da tentação
SEXTA - Ef 6.13
Tome a armadura de Deus
SÁBADO - Rm 13.14
Revista-se do Senhor Jesus
JOVENS 3
TEXTO BÍBLICO
Tiago 1.2-5; 12-17
2 Meus irmãos, tende grande gozo quando 
cairdes em várias tentações.
3 Sabendo que a prova da vossa fé produz 
a paciência.
4 Tenha, porém, a paciência a sua obra 
perfeita, para que sejais perfeitos e 
completos, sem faltarem coisa alguma.
5 E, se algum de vós tem falta de sabedoria, 
peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente 
e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada.
12 Bem-aventurado o varão que sofre a 
tentação; porque, quando for provado, 
receberá a coroa da vida, a qual o Senhor 
tem prometido aos que o amam.
13 Ninguém, sendo tentado, diga: De 
Deus sou tentado; porque Deus não 
pode ser tentado pelo mal e a ninguém 
tenta.
14 Mas cada um é tentado, quando atraído 
e engodado pela sua própria concupis- 
cência.
15 Depois, havendo a concupiscência con­
cebido, dá à luz o pecado; e o pecado, 
sendo consumado, gera a morte.
16 Não erreis, meus amados irmãos.
17 Toda boa dádiva e todo dom perfeito 
vêm do alto, descendo do Pai das luzes, 
em quem não há mudança, nem sombra 
de variação.
INTRODUÇÃO
Um dos maiores perigos para uma 
vida de santidade e comunhão com 
Deus é a tentação. Ela pode se mani­
festar de diversas formas e para todas 
as pessoas. Até o próprio Senhor Jesus 
foi tentado, mas não se deixou ser 
vencido pela tentação. A tentação não 
é o pecado em si, mas uma isca para 
que a pessoa caia nele.
A temática deste trimestre é a res­
peito da tentação. A Palavra de Deus 
será a fonte dos nossos estudos, com 
a análise de casos de personagens 
bíblicos que cederam à tentação e 
pagaram um preço alto. Também 
trataremos a respeito da tentação 
do Senhor Jesus, que nos serve de 
modelo para resistir às empreitadas 
de Satanás. Veremos que é possível 
escolher entre pecar contra Deus, 
cedendo à tentação, e ser fiel a Ele, 
dominando nossas tendências ao 
pecado e, assim, dar Lugar a uma vida 
que agrade ao Senhor.
I -OQUEÉ A TENTAÇÃO
1. Um convite ao pecado. Pode­
mos descrever a tentação como um 
impulso que move o ser humano a 
alguma ação que abrirá a porta para o 
pecado, ou para alguma situação que 
vai comprometer o futuro da pessoa que 
está sendo tentada. A tentação não é 
o pecado, mas um convite a ele. Uma 
pessoa que passa por um momento 
de tentação tem a escolha de ceder ou 
não, subjugando sua própria vontade 
ou sendo dominada por ela. Isso nos 
mostra que a tentação não é um fator 
determinante para que uma pessoa 
caia, ou seja, que uma pessoa tentada 
peque. Deus espera que guardemos 
a sua Palavra em nosso coração, que 
tenhamos uma vida de comunhão com 
Ele e que andemos de modo vigilante, 
atentos às muitas ciladas do Diabo (2 
Pe 5.8).
Como pessoas, nós temos necessi­
dades físicas e emocionais. Por isso que 
toda tentação tende, de forma inicial, 
4 JOVENS
buscar preencher essas “Lacunas". Pode 
ser o desejo desenfreado por um tipo 
de comida ou um gasto financeiro não 
adequado ou não planejado, ou ainda 
por status, posição ou mesmo pela 
busca de um relacionamento com outra 
pessoa. Sendo assim, não devemos 
andar segundo a concupiscência da 
carne (GL 5.17-21). A Lista de desejos varia 
de pessoa para pessoa. A questão é: 
será que aquela possível necessidade 
só pode ser satisfeita com a proposta 
que a tentação apresenta?
2. Uma forma de provar se cremos 
que Deus é suficiente para nós. A 
tentação é como uma vitrine que fixa 
o olhar do ser humano para aquilo 
que vai contra Deus e a sua vontade. 
Quando uma pessoa cede à tentação, 
ela está agindo de maneira como se 
Deus não se importasse com suas 
necessidades, ou que Ele não tivesse o 
poder de mudar a realidade de acordo 
com a vontade dEle. Quando somos 
tentados e cedemos, mostramos que 
não confiamos em Deus. Foi o caso de 
Adão e Eva, que se esqueceram de 
que o Criador é suficiente quando se 
depararam com a ideia de que pode­
ríam conhecer o bem e o mal, assim 
como que Deus (Gn 3.1-5). O preço da 
desconfiança e da desobediência foi 
definitivo (Gn 3.14-19,23).
A tentação passa pela confiança. Ou 
você confia na pessoa que está fazen­
do uma proposta que pode alterar de 
forma negativa a sua vida, ou acredita 
que Deus é fiel para suprir suas neces­
sidades (Sl 23.1). Até que ponto quem 
está lhe oferecendo uma saída mais 
fácil realmente tem interesse no seu 
bem-estar espiritual e físico? Mais do 
que tomar um caminho, que aprincipio 
pode parecer mais fácil, a tentação é 
um teste de confiança para todos nós, 
se realmente acreditamos que Deus 
pode suprir nossas necessidades e 
se o que Ele disse é melhor para nós.
3. A tentação não resistida faz com 
que uma pessoa caia de onde Deus a 
colocou. Uma pessoa pode ceder à ten­
tação não apenas diante de um grande 
obstáculo. Mas diante de coisas corriquei­
ras do seu dia a dia, o que acaba por criar 
um histórico de pequenas concessões. 
Pouco a pouco, as pequenas tentações 
se tornam como raposinhas em meio a 
uma plantação de vinhas e estragam tudo 
(Ct 2.15). As tentações que achamos ser 
menores, se não abandonadas, vão dar 
origem a outras maiores, destruindo a 
vida de uma pessoa, a sua reputação e 
sua família. Quantos foram agraciados 
por Deus e perderam suas posições 
por não terem resistido a uma ou mais 
tentações? Tomemos como exemplo o 
jovem Sansão (Jz 14—16).
0 PENSE!
A “queda"de uma pessoa pode ser 
fruto dar uma única tentação que 
não foi resistida?
@ PONTO IMPORTANTE!
A “queda"de uma pessoa costuma 
se dá aos poucos, com pequenos 
atos de desobediência, motivados 
por pequenas tentações que não 
foram resistidas.
II - COMO ELA SE MANIFESTA
1. Por uma ação de Satanás. O Ini­
migo é descrito como um dos principais 
agentes da tentação, pois ele tentou o 
próprio Senhor Jesus Cristo (Mt 4.1-11). 
Se ele não deixou de tentar a Jesus, 
JOVENS 5
com certeza se empenhará em Lançar 
“iscas" para seduzir os servos de Deus 
e tirá-los da presença do Senhor. Ele 
fez o possível para que Jó blasfemasse 
contra Deus (Jó 1.11), mas não conse­
guiu que o patriarca deixasse de ser 
um homem sincero, reto e temente 
a Deus (Jó 1.8). Satanás vai observar 
o momento e o lugar em que esta­
mos, e oferecerá ciladas a fim de que 
pequemos contra Deus. A tentação 
também pode ganhar forças quando o 
Diabo se utiliza de certos sentimentos 
que abrigamos em nossos corações, 
como por exemplo: o orgulho. Foi o 
que aconteceu com Nabucodonosor 
(Dn 5.18-21). Esses sentimentos costu­
mam ser usados por Satanás para que 
sejamos tentados e, assim pequemos. 
Momentos de isolamento também 
tendem a fazer com que fiquemos 
mais suscetíveis às tentações. Por isso, 
Satanás tem investido para que servos 
de Deus deixem de congregar e de 
terem comunhão uns com os outros. 
Ovelhas que andam Longe do rebanho 
e afastadas dos cuidados do pastor, 
sempre são alvos fáceis dos lobos e 
mercenários (Jo 10.11-13).
2. Focando em nossas necessida­
des. Todas as pessoas têm necessida­
des, e essas necessidades podem ser 
um canal para que a tentação acabe 
se apresentando como uma solução 
prática e fácil. A tentação por ter mais 
dinheiro pode Levar uma pessoa a com­
prometer sua vida financeira ou destruir 
sua família trabalhando em excesso e 
deixando de assistir os seus (1 Tm 6.10). 
A necessidade por afeto pode fazer 
com que uma pessoa busque uma 
vida sexual desregrada e arque com 
as consequências no seu corpo, alma 
e espirito, como por exemplo, a mulher 
Samaritana (Jo 4.16-18). A necessidade 
desenfreada de ter bens materiais pode 
deixar uma pessoa endividada e sem 
crédito para suas aquisições básicas e 
necessárias. E a busca por títulos pode 
fazer com que uma pessoa comprometa 
sua fé, moldando-se ao espirito deste 
mundo (Rm 12.2). As variedades são 
muitas, pois o que atrai uma pessoa 
não necessariamente atrai outra.
3. Focando em algo de que não 
precisamos. A tentação pode ganhar 
espaço em nossas vidas quando ela se 
apresenta como uma suposta oportuni­
dade de um ganho ou de um beneficio, 
caso venhamos a nos esquecer de 
Deus. Quem nunca se viu surpreen­
dido por uma “oportunidade” ou por 
uma “promoção" que, sem dúvida, Lhe 
proporcionaria, de forma fácil, um titulo, 
dinheiro ou uma posição de destaque? 
Adão e Eva viviam no Paraíso e não 
precisavam desobedecera Deus, mas 
o fizeram porque se deixaram conven­
cer pela ideia de que precisavam ser 
como o Todo-Poderoso, conhecendo 
o bem e o mal. Balaão tinha ouvido 
Deus falar para não amaldiçoar Israel, 
mas se deixou levar por um prêmio 
do qual não tinha necessidade (2 Pe 
2.15; Jd 1.11).
III - QUANDO CEDEMOS ÀTEN-
TAÇÃO
1. Perdemos a comunhão com 
Deus. A primeira consequência de se 
ceder à tentação é a perda gradativa 
da comunhão com Deus, advinda do 
pecado (Gn 3.8). Davi sentiu esse peso 
quando cedeu à tentação e adulterou 
com Bate-Seba, a ponto de, após ser 
confrontado por Deus, ter pedido: “Não 
6 JOVENS
me lances fora da tua presença e não 
retires de mim o teu Espirito Santo. Torna 
a dar-me a alegria da tua salvação e 
sustém-me com um espirito voluntário" 
(Sl 51.11,12). As consequências para 
aqueles que cedem à tentação são 
muitas e danosas; e uma delas é a 
morte (Tg 1.15). Outra consequência é o 
sentimento de culpa, que pode afastar 
as pessoas da presença do Senhor.
2. Comprometemos o nosso futuro.
O ato de ceder a uma tentação pode 
selar o destino de uma pessoa. Quantos 
Lares foram e são destruídos por um pai 
ou mãe que não consegue resistir a 
uma bebida ou a uma droga? Quantos 
relacionamentos foram destruídos por 
contínuas quebras de confiança? Isso 
nos mostra que ceder às tentações traz 
consequências que serão vistas de ime­
diato ou no futuro. Seja a dependência de 
um vicio, seja uma infidelidade, o preço 
de ceder à tentação sempre chega. "De 
Deus não se zomba; o que o homem 
semeia, colherá" (Gl 6.7).
3. Ficamos dominados por senti­
mentos ruins. Se cedermos à tentação, 
Logo vamos experimentar sentimentos 
tóxicos que vão afetar nossas vidas e 
relacionamentos, como por exemplo: 
a frustração, a baixa autoestima, o 
sentimento de culpa, o medo e a ideia 
de que Deus virou as costas para nós. 
Esses sentimentos nos fazem adoecer 
no corpo, na alma e no espírito.
A Palavra de Deus nos diz que “não 
veio sobre vós tentação, senão humana" 
(1 Co 10.13). Tal verdade significa que 
todos são, de alguma forma, tentados 
em situações muito particulares. Quan­
do imaginamos que nada poderá nos 
afetar, é ali que a nossa humanidade 
será testada.
O CONCLUSÃO
É preciso entender que a tentação 
envolve muito mais do que uma sa­
tisfação pessoal física ou emocional 
momentânea. Essa satisfação nunca 
será duradoura, mas suas consequ­
ências poderão ultrapassar gerações. 
Por isso, é necessário entender e crer 
que Deus é mais do que suficiente 
para todos nós, e que seus manda­
mentos existem para que sejamos 
protegidos de pecar contra Ele, caindo 
em tentação.
Ô HORA DA REVISÃO
1. De acordo com a Lição, como po­
demos descrever a tentação?
2. A queda de uma pessoa costuma 
ocorrer em uma única tentação?
3. Satanás é o único agente que pro­
move a tentação?
4. Cite uma consequência de se ceder 
à tentação.
5. Se cedermos à tentação quais 
sentimentos vão nos afetar?
ADÃO E EVA: QUERENDO
SER COMO DEUS
TEXTO PRINCIPAL
"Porque Deus sabe que, no 
dia em que dele comerdes, se 
abrirão os vossos olhos, e 
sereis como Deus, sabendo o 
bem e o mal." (Gn 3.5)
RESUMO DA LIÇÃO
Mesmo sendo criado sem 
pecado, o primeiro casal 
cedeu à tentação e desejou ser 
como Deus.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA - Gn 2.16,17
Um mandamento simples
TERÇA - Gn 3.1
A conversa da desobediência
QUARTA - GN 2.17
Uma morte anunciada
QUINTA - Gn 5.5
A morte concretizada
SEXTA - Os 11.9
Deus não mente
SÁBADO - Is 43-10
Não há outro Deus
8 JOVENS
TEXTO BÍBLICO
Gênesis 3.1-11
1 Ora, a serpente era mais astuta que todas 
as alimárias do campo que o SENHOR 
Deus tinha feito. E esta disse à mulher: 
É assim que Deus disse: Não comereis 
de toda árvore do jardim?
2 E disse a mulher à serpente: Do fruto 
das árvores do jardim comeremos.
3 Mas, do fruto da árvore que está no meio 
do jardim, disse Deus: Não comereis dele, 
nem nele tocareis, para que não morrais.
4 Então, a serpente disse à mulher: Cer­
tamente não morrereis.
5 Porque Deus sabe que, no dia em que dele 
comerdes, se abrirão os vossos olhos, e 
sereis como Deus, sabendo o bem e o mal
6 E, vendo a mulher que aquelaárvore 
era boa para se comer, e agradável 
aos olhos, e árvore desejável para dar 
entendimento, tomou do seu fruto, e 
comeu, e deu também a seu marido, 
e ele comeu com ela.
7 Então, foram abertos os olhos de am­
bos, e conheceram que estavam nus; 
e coseram folhas de figueira, e fizeram 
para si aventais.
8 E ouviram a voz doSENHOR Deus, que 
passeava no jardim pela viração do dia: 
e escondeu-se Adão e sua mulher da 
presença do SENHOR Deus, entre as 
árvores do jardim,
9 E chamou o SENHOR Deus a Adão e 
disse-lhe: Onde estás?
10 E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, 
e temi, porque estava nu, e escondi-me.
11 E Deus disse: Quem te mostrou que 
estavas nu? Comeste tu da árvore de 
que te ordenei que não comesses?
INTRODUÇÃO
O tema tentação é apresentado nas 
Sagradas Escrituras em diversos mo­
mentos, e com diferentes pessoas. Nem 
mesmo o primeiro casal, criado em um 
estado de perfeição, escapou de ser 
tentado e de ceder à tentação. Nesta 
lição, veremos de que forma Adão e Eva, 
ainda que orientados por Deus, decidiram 
romper os limites estabelecidos pelo 
Criador. Os resultados advindos dessa 
decisão foram nefastos para o homem 
e para a natureza, e perduraram até os 
nossos dias. Assim como o primeiro 
casal, estamos sujeitos à tentação, mas 
podemos escolher entre pecar contra 
Deus ou sermos fiéis a Ele. Desejar ser 
como Deus e ficar livre da consequência 
dessa escolha foi a “chave” usada por 
Satanás para tentar Adão e Eva, e eles 
se deixaram levar por esse desejo.
I - UMA ORIENTAÇÃO DADA 
PELO PRÓPRIO CRIADOR
1. A criação. A Palavra de Deus 
nos mostra que antes do Eterno criar 
o primeiro casal, o mundo tinha forma 
e os animais já existiam (Gn 1.14-23). 
Deus não apenas trouxe ordem ao caos 
existente, mas também preparou um 
local devidamente adequado para que 
o homem e a mulher pudessem viver 
sem padecer qualquer necessidade 
(Gn 2.8-15). O homem não foi criado 
no jardim, mas foi ali colocado por 
Deus não apenas para cuidar dele, 
mas também para guardá-lo (Gn 2.15).
Adão estava cercado de animais 
e desfrutava da companhia de Deus, 
mas o próprio Senhor afirmou: "Não é 
bom que o homem esteja só” (Gn 2.18), 
Então, 0 Senhor, da costela do homem, 
formou aquela que seria a ajudadora 
JOVENS 9
de Adão, a sua outra metade (Gn 2.18). 
Esta verdade bíblica nos mostra que 
há uma forte ligação afetiva e emo­
cional entre o homem e a mulher. Essa 
ligação afetiva foi planejada por Deus 
para o casal, por isso Satanás sempre 
vai tentar destrui-la com suas muitas 
propostas enganosas.
2, Criados sem pecado. O primeiro 
casal foi formado sem pecado, no es­
tado de inocência. Adão e Eva foram 
criados para não morrer. As Escrituras 
nos mostram que desde o principio, 
Deus preparou o melhor para a huma­
nidade. Assim como 0 primeiro casal, ali 
no Éden, o Senhor deseja que tenhamos 
provisão, proteção e a presença dEle.
3. Uma única restrição. A única restri­
ção que Deus determinou ao casal foi não 
comer do fruto que procedia da árvore 
que Ele chamou de “árvore da ciência do 
bem e do mal” (Gn 2.16,17). Não nos é dito, 
no livro de Gênesis, o formato, a aparência 
ou o tamanho desse fruto, nem dessa 
árvore, mas entendemos que o primeiro 
casal sabia onde ela estava e como era 
a sua aparência e fruto. Deus foi bem 
enfático ao afirmar que o homem jamais 
poderia comer da árvore da ciência do 
bem e do mal. Adão e Eva entenderam 
as orientações que o Eterno lhes dera.
Deus não criou robôs programados 
para obedecerem incondicionalmente a 
qualquer ordem, sem poderem refletir no 
que iriam fazer ou deixar de fazer, e nas 
consequências de suas ações. Adão e 
Eva tinham autonomia para obedecerem 
a Deus ou rebelar-se contra Ele.
II-SERÁS COMO DEUS
1. A dúvida. Um dos maiores proble­
mas no tocante à tentação é o fato de 
que ela não apenas serve de isca para 0 
pecado, mas coloca em cheque o que 
pensamos a respeito de Deus. Muitas 
vezes, diante de uma necessidade, a 
dúvida aparece e pensamos: “Deus 
realmente vai suprir minhas neces­
sidades?" Ou diante de uma situação 
perigosa questionamos: “O Senhor vai 
mesmo me livrar e proteger?"
A Palavra de Deus afirma que Sata­
nás se aproximou de forma sorrateira 
da mulher, e começou a conversar 
com ela por meio da serpente. Esse 
animal certamente já era conhecido 
do primeiro casal, e por isso, não deve 
ter despertado espanto quando se 
aproximou e iniciou a conversa.
A dúvida semeada pela serpente 
na mente e no coração de Adão e Eva 
foi a respeito do que Deus havia falado: 
“É assim que Deus disse: Não comereis 
de toda árvore do jardim?” A mulher 
respondeu que, exceto uma, as demais 
árvores lhes eram permitidas (Gn 3.2). 
Contudo, a serpente continuou falando 
de modo astuto e afirmou ao casal: 
“Porque Deus sabe que, no dia em que 
dele comerdes, se abrirão os vossos 
olhos, e sereis como Deus, sabendo 
o bem e o mal” (Gn 3,5). As palavras 
do Diabo foram direto ao coração de 
Eva: era como se Deus não quisesse 
abençoar o primeiro casal com uma 
sabedoria especial e, mais ainda, com 
a possibilidade de eles serem como o 
próprio Criador. O Inimigo semeou no 
coração de Eva o mesmo sentimento 
pelo qual foi expulso do Céu (Is 14.14). Da 
mesma forma que ocorreu a queda do 
ser que fora criado para glorificar a Deus, 
caíram também 0 homem e a mulher.
2. “Se abrirão os vossos olhos". A ser­
pente fez Eva acreditar na possibilidade 
de obter um conhecimento extraordinário 
10 JOVENS
sem esforço algum. Saber mais do que 
era preciso, no caso do primeiro casal, 
não estava atrelado a possuir um conhe­
cimento diferenciado para a vida, e sim ao 
ato de desobedecer ao que Deus havia 
determinado. Não é pecado buscar o co­
nhecimento. A Palavra de Deus nos convida 
a buscar a sabedoria e o conhecimento (Pv 
47). Entretanto, ela nos adverte a que não 
nos apoiemos somente na nossa própria 
experiência, mas que aprendamos a confiar 
no Senhor (Pv 3.5). Deus tem prazer em 
partilhar conosco os seus segredos, mas 
há coisas que não nos é resen/ado saber.
3. “Sereis como Deus". Satanás, ao 
tentar Eva, diz que ela e 0 marido seriam 
como Deus. Mas em que aspecto? Na 
glória que Deus manifestava, ou no 
seu poder criador? Em nenhum dos 
atributos de Deus. Satanás ofereceu a 
eles uma promessa falsa, a de saber 
a diferença entre o bem e o mal. O 
que eles receberam foi justamente o 
que Deus disse que aconteceria caso 
fossem desobedientes: a morte. O pai 
da mentira iniciava, assim, o seu projeto 
para destruir a obra prima de Deus, 
0 PENSE!
Será que foi a busca pelo 
conhecimento que derrubou 0 
primeiro casal?
@ PONTO IMPORTANTE!
0 que derrubou 0 primeiro casal 
não foi a busca do conhecimento, e 
sim a desobediência a Deus, que já 
os havia orientado acerca de suas 
ações em relação ao fruto.
III - O CUSTO DA DESOBEDIÊNCIA
1. O afastamento de Deus. A pri­
meira ação de Adão e Eva, depois de 
desobedecerem a Deus, foi tentar se 
esconder da presença dEle (Gn 3.8). Em 
sua onisciência, o Senhor já sabia do 
ocorrido, no entanto Ele não pergun­
tou a Adão: “Por que você pecou?” O 
Criador perguntou: “Onde estás"? Deus 
sabia onde eles estavam, mas desejava 
dar ao casal a oportunidade para que 
entendessem o que fizeram. O “onde 
estás” representava uma posição de 
afastamento da presença de Deus. O 
Senhor não chamou Eva, mas chamou 
Adão, pois ele era o responsável pelo 
jardim, por sua esposa e. juntamente 
com ela. por obedecer às orientações 
que havia recebido de Deus.
2. Problemas entre o casal. Com a 
desobediência por parte do casal, tam­
bém veio o primeiro desentendimento 
entre eles. Adão, questionado por Deus 
por sua desobediência, aponta para sua 
esposa como a fonte que o induziu ao 
erro (Gn 3.12). É curioso como ele tentou 
transferir a culpa do seu erro para outra 
pessoa, sendo que ele mesmo não se 
opôs à proposta de desobedecer a 
Deus. Não raro, temos a tendência de 
buscar um culpado para a nossa própria 
torpeza. Acabamos surpreendidos pelo 
confronto de nossa consciênciae da voz 
de Deus, e a primeira coisa que fazemos 
é arrumar uma pessoa ou uma situação 
para justificar nossa falha.
Por sua vez, Eva, questionada tam­
bém por Deus, aponta para a serpente 
como a raiz da sua desobediência. 
Tanto Eva quanto Adão não entende­
ram que eram responsáveis por suas 
atitudes, e que por mais que fossem 
incentivados por elementos externos 
a pecarem, eles eram culpados por 
escolher e colher os resultados de 
suas ações.
JOVENS 11
J
Adão e Eva se esqueceram dos 
momentos com Deus, das riquezas do 
jardim, do convívio e das conversas ao 
fim do dia. Ao dar ouvidos a Satanás, 
eles se posicionaram em contrariedade 
ao que conheciam do próprio Deus, 
mesmo que de forma inconsciente.
3. A morte como consequência. O 
que o Inimigo não disse, foi o preço que 
o casal pagaria pela desobediência: a 
morte. Satanás conseguiu, em poucas 
palavras, perverter no coração do primeiro 
casal toda a orientação que Deus dera. 
Isso nos mostra que temos a inclinação 
de questionar o que Deus disse, e uma 
vez questionando, crer que é possível 
ultrapassar os limites por Ele propostos, 
sem ver lá, na frente, as consequências. 
Muitas vezes, não apenas questionamos 
o que foi falado por Deus, mas também 
desprezamos o que Ele delimitou como 
consequências para os nossos atos. A 
busca pelo conhecimento jamais será 
vista como um mal. O que Satanás 
ofereceu a Adão e Eva foi um pseudo- 
conhecimento.
Obedecer a Deus é uma escolha 
nossa, e é sempre a melhor decisão. 
Adão e Eva escolheram ouvir a voz do 
Inimigo, desobedeceram a Deus e as 
consequências dessa decisão trouxeram 
maldição tanto para eles quanto para 
a natureza.
0 PENSE!
Qual foi o preço pago pelo primeiro 
casal por sua desobediência?
0 PONTO IMPORTANTE!
Além do afastamento de Deus, o ca­
sal foi retirado do Paraíso e passou 
a experimentara morte, e com eles, 
todos os seus descendentes.
12 JOVENS
0 CONCLUSÃO
0 primeiro casal passou pela primeira 
tentação e não conseguiu subsistir 
porque preferiu dar mais valor ao que 
Satanás disse do que ao que Deus 
havia ordenado. Eles não somente 
descreram do que o Senhor havia dito, 
mas também creram que poderíam 
ser semelhantes a Deus, e que não 
morreríam. Como vimos. 0 preço pago 
pela desobediência nunca compensa 
a perda da comunhão com Deus e as 
consequências que se seguirão.
©HORA DA REVISÃO
1. O primeiro casal foi criado com ou 
sem pecado?
2 Pelo texto sagrado, o homem foi 
criado no Jardim?
3. Foi a busca pelo conhecimento que 
derrubou o primeiro casal?
4 O que fizeram Adão e Eva ao serem 
questionados de sua desobediência?
5. Cite duas consequências que atin­
giram Adão e Eva por terem deso­
bedecido a Deus.
JOSÉ: RESISTIRÁ
TENTAÇÃO É POSSÍVEL
TEXTO PRINCIPAL LEITURA SEMANAL
"Ninguém há maior do que eu 
nesta casa, e nenhuma coisa me 
vedou, senão a ti, porquanto tu 
és sua mulher; como, pois, faria 
eu este tamanho mal e pecaria 
contra Deus?" (Gn 39.9)
RESUMO DA LIÇÃO
Quando temos temor a Deus, 
entendemos que é possível, 
pelo Espírito Santo, resistir 
às tentações.
SEGUNDA - Gn 39.2
O Senhor estava com José
TERÇA - Gn 39-5,6
O governo de José
QUARTA - Gn 39-6
Um Jovem de boa aparência
QUINTA-Gn 39-7
O laço do Inimigo
SEXTA - Gn 39.10
Resistindo à tentação diária 
SÁBADO - Gn 39.12 
Fugindo da tentação
JOVENS 13
TEXTO BÍBLICO
Gênesis 39.7-20
7 E aconteceu, depois destas coisas, que 
a mulher de seu senhor pôs os olhos 
em José e disse: Deita-te comigo.
8 Porém ele recusou e disse à mulher do seu 
senhor: Eis que o meu senhor não sabe 
do que há em casa comigo e entregou 
em minha mão tudo o que tem.
9 Ninguém há maior do que eu nesta 
casa, e nenhuma coisa me vedou, 
senão a ti, porquanto tu és sua mulher: 
como, pois, faria eu este tamanho mal 
e pecaria contra Deus?
10 E aconteceu que, falando ela cada dia 
a José, e não lhe dando ele ouvidos 
para deitar-se com ela e estar com ela,
11 Sucedeu, num certo dia. que veio à casa 
para fazer o seu serviço; e nenhum dos 
da casa estava ali.
12 E ela lhe pegou pela sua veste, dizendo: 
Deita-te comigo. E ele deixou a sua 
veste na mão dela, e fugiu, e saiu para 
fora.
13 E aconteceu que, vendo ela que 
deixara a sua veste em sua mão e 
fugira para fora,
14 Chamou os homens de sua casa e 
falou-lhes, dizendo: Vede, trouxe-nos o 
varão hebreu para escarnecer de nós; 
entrou até mim para deitar-se comigo, 
e eu gritei com grande voz.
15 E aconteceu que, ouvindo ele que eu 
levantava a minha voz e gritava, deixou a 
sua veste comigo, e fugiu, e saiu para fora.
16 E ela pôs a sua veste perto de si, até 
que o seu senhor veio à sua casa.
17 Então, falou-lhe conforme as mesmas 
palavras, dizendo: Veio a mim o servo 
hebreu, que nos trouxeste para escar­
necer de mim.
18 E aconteceu que, levantando eu a minha 
voz e gritando, ele deixou a sua veste 
comigo e fugiu para fora.
19 E aconteceu que, ouvindo o seu se­
nhor as palavras de sua mulher, que 
lhe falava, dizendo: Conforme estas 
mesmas palavras me fez teu servo, a 
sua ira se acendeu.
20 E 0 senhor de José o tomou e o entregou 
na casa do cárcere, no lugar onde os 
presos do rei estavam presos; assim, 
esteve ali na casa do cárcere.
INTRODUÇÃO
Quando nos deparamos com o 
tema tentação, é preciso destacar 
que ela acontece com todas as pes­
soas, de formas diferentes, todavia 
é resistível. Se nos lembrarmos de 
que os homens e mulheres da Bíblia 
tiveram suas lutas, e que diante de si, 
ainda que por questão de fração de 
segundos, puderam escolher ceder 
ou não à tentação, entenderemos que 
é possível e necessário resistir a ela.
Nesta lição, veremos o exemplo de 
José, um jovem que resistiu à tentação 
e foi grandemente recompensado por 
Deus. Sozinho, em uma terra distante, 
e vivendo como um escravo, José per­
maneceu fiel ao propósito de Deus em 
sua vida, e foi compensado por isso.
I - AS DIFICULDADES DE UM 
JOVEM DE DEUS
1. Um filho nascido em uma casa 
dividida. José nasceu em um lar onde 
o seu pai, Jacó, tinha a sua atenção 
disputada por quatro mulheres e dez 
outros filhos. Adaptações feitas para 
acomodar certas tradições podem 
cobrar seu preço, como foi neste caso. 
Um lar dividido por concorrências 
internas prenunciava que a família de 
Jacó era uma família disfuncíonaL Deus
14 JOVENS
jamais autorizou que 
o homem ou a mulher 
partilhassem seus leitos. 
O casamento deve ser 
monogâmico. Com a 
bigamia ou a poliga­
mia vieram as disputas. 
Basta lembrar de que o pai de Samuel, 
Elcana, tinha duas esposas, Ana e 
Penina. E a Palavra nos diz que Penina 
perturbava Ana justamente quando iam 
à Casa do Senhor, em Siló (i Sm 1.7). 
Lendo o texto de 1 Samuel, podemos 
concluir que nem mesmo o horário 
do culto, um momento sagrado, é 
respeitado quando um lar é dividido. 
A divisão familiar revela insensatez e 
falta de temor a Deus.
2. Um filho detestado por seus 
irmãos. José cresceu sendo o preferido 
de seu pai. O amor devotado a José 
logo foi observado pelos seus irmãos 
mais velhos, pois o tratamento que ele 
recebia era diferente: “E Israel amava 
a José mais do que a todos os seus 
filhos, porque era filho da sua velhice; e 
fez-lhe uma túnica de várias cores (Gn 
37.3). Por sua vez, os irmãos de José, 
por força dessa preferência paterna, 
“aborreceram-no, e não podiam falar 
com ele pacificamente" (Gn 37.4). A 
Palavra dá a entender que eles não 
tinham forças para tratar José como 
igual, pois realmente Jacó tratava José 
de uma forma privilegiada, algo que 
nenhum pai ou mãe deve fazer.
3. Um filho fora de casa. O distan­
ciamento entre as pessoas dentro de 
um lar pode abalar muito a forma como 
vivemos. Por força da predileção de 
seu pai. do tratamento que recebia e 
dos sonhos que teve, José foi vendido 
por seus irmãos, dado como morto e 
A divisão familiar 
revela insensatez 
e falta de 
temor a Deus.
se tornou um escravo. 
Seus irmãos eram inve­
josos e malvados, por 
isso decidiram afastar o 
filho amado de seu pai. 
José precisou lidar com 
a solidão, os maus-tra- 
tos,a ingratidão e a constante ameaça 
de perder a vida, pois ao se tornar um 
escravo, na perspectiva dos povos 
orientais, ele deixava de ser uma pessoa 
para ser uma “mercadoria". Somente 
Deus poderia ser com ele.
@ PENSE!
Nossa fidelidade a Deus passa 
despercebida diante dEle?
@ PONTO IMPORTANTE!
Deus jamais deixa de 
recompensar a nossa fidelidade 
para com Ele. No momento certo, 
nos dará 0 que necessitamos.
II - EGITO, O LUGAR DA TEN­
TAÇÃO
1. Escravo na casa de Potifar. Ape­
sar das adversidades pelas quais José 
passou, Moisés relata que “o SENHOR 
estava com José, e foi varão próspero” 
(Gn 39.2). A definição de prosperidade 
apontada na vida de José não se parece 
com a mesma que tem sido falada em 
nossos dias. Em muitos púlpitos tem 
sido ensinada uma prosperidade que 
move 0 coração dos ouvintes a uma vida 
regalada, sem adversidades ou lutas. 
Os homens e mulheres da Bíblia nos 
dão exemplos de que a prosperidade 
não é dinheiro ou bens materiais, como 
disse Jesus: “E disse-lhes: Acautelai-vos 
e guardai-vos da avareza, porque a vida 
de qualquer não consiste na abundância 
JOVENS 15
do que possui” (Lc 12.15). Mesmo como 
um trabalhador não remunerado, sem 
hora para descansar, sem direitos, o 
Senhor estava com José.
2. A tentação ocorrida. Ao se dedicar 
ao seu trabalho, e se destacar como um 
gestor inteligente e trabalhador, José 
acaba atraindo a atenção da esposa de 
seu senhor. Numa sociedade em que 
os valores familiares eram relativizados, 
a esposa de Potifar deve ter entendido 
que José era propriedade dela também, 
e que os hábitos do Egito permitiam 
que ela se utilizasse de um “escravo" 
para a prática sexual ilícita.
A Palavra de Deus nos diz que as 
investidas dela não aconteceram so­
mente uma vez. Moisés relata que José 
era formoso de aparência e formoso 
à vista (Gn 39.6), e que a sua senhora 
falava a cada dia com José, mas ele 
não lhe dava ouvidos (Gn 39.10). Muitas 
tentações se iniciam com uma simples 
conversa, que vai se aprofundando até 
achar guarida nos corações daqueles 
que não estão vigilantes. Contudo, José 
tinha temor a Deus. Ele respeitava 0 seu 
senhor, muito mais do que a própria 
esposa de Potifar o respeitava.
3. A tentação resistida. Mesmo 
diante das investidas de uma mu­
lher cujo marido tinha uma posição 
importante no Egito (Gn 391). José 
se manteve firme em sua dedicação 
ao seu trabalho, ao respeito por seu 
patrão e. acima de tudo, manteve seu 
temor a Deus: “Como, pois, faria eu este 
tamanho mal e pecaria contra Deus?" 
(Gn 39.9). Por mais que José, enquanto 
jovem, tivesse os seus desejos, ele os 
sujeitava a Deus, e isso o manteve fiel.
Não foi fácil se manter fiel, e ao invés 
de ser recompensado por sua fidelida­
de, José foi acusado injustamente de 
assédio sexual. Se cedesse à tentação, 
poderia ter sido tratado melhor na 
casa de seu senhor. Talvez recebería 
uma promoção, uma condição de vida 
melhor, e teria seus desejos carnais 
satisfeitos. Mas ele sabia que nenhum 
desses “benefícios" seriam aprovados 
por Deus, e preferiu não se deixar levar 
pelas palavras da esposa de Potifar.
0 PENSE!
Os desejos carnais podem ser 
uma desculpa para dar vazão ao 
pecado?
0 PONTO IMPORTANTE!
Jamais os desejos carnais podem 
ser uma porta para pecarmos 
contra Deus.
III - EGITO, O LUGAR DA RES­
TAURAÇÃO
1. O preço da fidelidade. Ser fiel 
a Deus tem um preço, e José pagou 
pela sua fidelidade a Deus e a Poti­
far. Acusado falsamente, foi parar na 
prisão. Se a situação dele já não era 
confortável como escravo, quem dirá 
como prisioneiro. Um escravo poderia 
sair da casa, comprar coisas para seus 
senhores, e de certa forma, se socializar 
com outras pessoas. Mas na prisão 
estariam as piores pessoas, acusadas 
de crimes contra a sociedade. Ser fiel 
a Deus custou alto para José. Mas a 
Palavra nos diz que “o SENHOR, porém, 
estava com José, e estendeu sobre ele 
a sua benignidade” (Gn 39,21). Se por 
um lado ser fiel a Deus pode nos custar 
uma posição, recursos ou mesmo a 
boa fama, por outro lado, é certo que 
teremos a presença dEle conosco.
16 JOVENS
2. A recompensa da fidelidade. 
Deus não permitiu que José termi­
nasse seus dias na prisão. Da mesma 
forma que ele havia honrado ao Se­
nhor por meio de seu testemunho, o 
Todo-Poderoso começou a agir para 
exaltar José e lhe fazer justiça ainda 
na prisão.
A tentação pode ser uma fonte de 
prazeres momentâneos que vão cobrar 
o seu preço e vão fazer você passar a 
eternidade longe de Deus. É melhor ser 
fiel ao Senhor e ser exaltado por Ele do 
que pecar contra o Senhor e colher os 
frutos da desobediência.
3. Fuja da aparência do mal. 
Quando o apóstolo Paulo orienta 
aos tessalonicenses acerca de ficar 
vigilantes diante do pecado. Ele diz: 
“Abstende-vos da aparência do mal" 
(1 Ts 5.22). Ele não orienta que fujamos 
do mal, mas da sua aparência, ou seja, 
se de longe é possível enxergar uma 
situação como uma “porta aberta" ao 
pecado, devemos nos desviar imedia­
tamente desse caminho. A orientação 
bíblica é que estejamos sempre na 
direção oposta do que parece ser do 
mal. Infelizmente, não são poucos os 
que percebem a aparência do mal e 
ainda assim, se deixam aproximar e se 
envolver com coisas que desagradam 
a Deus.
0 PENSE!
Nossa fidelidade a Deus passa 
despercebida diante dEle?
0 PONTO IMPORTANTE!
Deus jamais deixa de 
recompensar a nossa fidelidade 
para com Ele. No momento certo, 
nos dará 0 que necessitamos
© CONCLUSÃO
Como vimos, a tentação existe, mas é 
resistivel. José provavelmente tinha 
os argumentos necessários para dar 
vazão ao pecado, mas permaneceu 
firme ante às investidas malignas 
com que estava se deparando no seu 
trabalho. Mesmo tendo se tornado um 
escravo, distante de casa, das pessoas 
que amava, não estava distante do seu 
Deus, e essa convicção o sustentou 
quando ninguém estava perto para 
vigiá-lo. Deus está sempre ao nosso 
lado, e pela fé, podemos resistir às 
tentações mesmo quando ninguém 
está por perto para nos observar.
© HORA DA REVISÃO
1. Como era 0 lar em que José cresceu?
2. No que resultou o tratamento diferen­
ciado que José recebia de seu pai?
3. Como José via a proposta da esposa 
de Potifar?
4. Como José resistiu à tentação?
5. É possível resistir à tentação?
DESAFIANDO A DEUS 
NO DESERTO
TEXTO PRINCIPAL
"Neste deserto cairá o vosso cadá­
ver, como também todos os que de 
vós foram contados segundo toda 
a vossa conta, de vinte anos para 
cima, os que dentre vós contra mim 
murmurastes." (Nm 14.29)
RESUMO DA LIÇÃO
A tentação da murmuração 
contra Deus fez os israelitas 
perderem uma geração inteira 
no deserto.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA-1 Co 10.5
Deus não se agrada de 
murmuradores
TERÇA - Êx 15 23
Murmuração em Mara
QUARTA - Êx 17.1,2
Murmuração em Refidim
QUINTA - Êx 17.7
Deus está conosco ou não?
SEXTA - Nm 13 32
A terra que consome
SÁBADO - Nm 14-37
Consequência de tentar a Deus
18 JOVENS
I
TEXTO BÍBLICO
Números 13.25-33
25 Depois, voltaram de espiar a terra, ao 
fim de quarenta dias.
26 E caminharam, e vieram a Moisés, e a Arão, 
e a toda a congregação dos filhos de Israel 
no deserto de Parã, a Cades, e, tornando, 
deram-lhes conta a eles e a toda a congre­
gação; e mostraram-lhes o fruto da terra.
27 E contaram-lhe e disseram: Fomos à terra 
a que nos enviaste; e, verdadeiramente, 
mana leite e mel, e este é o fruto.
28 O povo, porém, que habita nessa terra é 
poderoso, e as cidades, fortes e mui grandes; 
e também ali vimos os filhos de Anaque.
29 Os amalequitas habitam na terra do Sul; e os 
heteus, e os jebuseus, e os amorreus habitam 
na montanha; e os cananeus habitam ao pé 
do mar e pela ribeira do Jordão.
INTRODUÇÃO
Fazer um passeio turístico por um 
deserto, quando se esta com roupas 
apropriadas, um veículo adequado e 
suprimentos pode ser uma aventura 
radical. No entanto, andar pelo deserto 
por 40 anos, sabendo que jamais sairá 
dele vivo, e consciente de que não verá 
a promessa de Deus se cumprindo na 
sua vida, é desanimador.
Veremos, nalição deste domingo, 
que esse foi o preço pago pelos israeli­
tas, que haviam recebido a promessa de 
Deus, de saírem da escravidão e entra­
rem numa terra onde seriam donos de 
sua própria liberdade e ainda teriam a 
proteção e a bênção de Deus; se fossem 
obedientes aos seus Mandamentos. 
Contudo, por terem tentado a Deus, 
deixaram de receber a promessa do 
Senhor, e pagaram com suas próprias 
vidas por sua incredulidade e rebeldia.
30 Então, Calebe fez calar o povo perante 
Moisés e disse: Subamos animosamente 
e possuamo-la em herança; porque, 
certamente, prevaleceremos contra ela.
31 Porém os homens que com ele subiram 
disseram: Não poderemos subir contra 
aquele povo, porque é mais forte do 
que nós.
32 E infamaram a terra, que tinham espiado, 
perante os filhos de Israel, dizendo: Ater­
ra, pelo meio da qual passamos a espiar, 
é terra que consome os seus moradores; 
e todo o povo que vimos no meio dela 
são homens de grande estatura.
33 Também vimos ali gigantes, filhos de 
Anaque, descendentes dos gigantes: 
e éramos aos nossos olhos como ga­
fanhotos e assim também éramos aos 
seus olhos.
I - DESPREZANDO A PRESENÇA 
DE DEUS NA CAMINHADA
1. As águas amargas em Mara. 
Moisés registra que, após saírem do 
Mar Vermelho, os hebreus andaram 
na direção do deserto de Sur por três 
dias, sem encontrar água (Êx 15.22). 
Ao chegar a uma localidade chamada 
Mara, encontraram ágUa, mas logo 
descobriram que elas eram amargas (Êx
15,23). Não se consegue matara sede 
em um deserto bebendo uma água 
com sabor desagradável. Na prática, 
provavelmente se tratava de águas com 
um sabor diferenciado pela presença 
de minerais, o que pode ter causado 
estranheza aos israelitas sedentos. É 
curioso que os mesmos israelitas que 
bebiam das águas nada saudáveis 
do rio Nilo, reclamassem das águas 
amargas de Mara, Na escravidão, não 
reclamavam do que eram obrigados 
a beber, mas bastou ficarem livres 
JOVENS 19
que passaram a reclamar de tudo. De 
qualquer forma, a postura deles não 
foi buscar a ajuda de Deus em oração, 
mas sim murmurar contra Moisés (Éx
15.24) . Então, o servo de Deus clama 
ao Senhor, e Este o orienta a lançar 
um pedaço de madeira na água, e a 
água ficou boa para beber (Êx 15 25). Ali, 
naquela situação, Deus os provou (Êx
15.25) . Além de tornar a água agradável 
para o consumo, Deus garantiu aos 
hebreus que se eles o obedecessem, 
não teriam nenhuma das enfermidades 
que foram vistas nos egípcios (Êx 15.26).
2.0 envio do Maná. Passados mais 
alguns dias, os hebreus novamente 
murmuraram contra Moisés e apre­
sentaram a Arão suas queixas (Éx 16.2). 
Por qual motivo? Por não terem o que 
comer. Eles não pediram alimentos a 
Deus. Era mais fácil colocar a culpa 
em Moisés, do que se lembrarem de 
que haviam sido escravos de Faraó. 
As suas memórias não estavam nos 
milagres que haviam presenciado, 
mas nas panelas com carne e nos 
pães que comiam “até fartar” (Éx 16.3). 
É importante observar que o esqueci­
mento é muito próximo da ingratidão. 
Os hebreus não agradeceram a Deus 
pela liberdade nem pela provisão re­
cebida. Eles preferiram permanecer 
como escravos bem alimentados e 
murmuraram contra Deus (Éx 16.7). 
Em sua bondade, o Senhor proveu a 
carne e o pão, enviando codornizes de 
tarde e o maná pela manhã (Êx 16.13). E 
mesmo com a orientação de Deus, de 
nos dias da semana, pegarem somente 
o maná necessário, houve israelitas 
que se apropriaram de mais do que 
precisavam, tentando estocar alimentos. 
A desobediência Lhes rendeu bichos 
e mau cheiro nos alimentos. A lição 
necessária para que confiassem no 
Senhor seria aprendida com bastante 
dificuldade.
3. As águas de Refidim. Como se 
fossem poucas essas duas ocorrências 
anteriores, Moisés registra uma nova 
murmuração dos israelitas contra Deus. 
Ao chegarem em Refidim, e percebendo 
que não havia ali água, logo se puseram 
a reclamar contra Moisés (Éx 17.2). Esse 
relato nos evidencia duas verdades: era 
comum o povo reclamar contra Moisés, 
e essas murmurações eram vistas por 
Deus como um pecado contra Ele. 
Os hebreus chegaram a dizer: “Está o 
SENHOR no meio de nós, ou não" (Êx 
17.7). Duvidar da presença de Deus 
junto a nós pelo fato de faltarem um 
ou mais elementos essenciais à vida é 
falta de confiança na provisão divina! 
Não podemos ser imaturos na fé ao 
ponto de acreditar que se passamos 
por dificuldades é porque Deus não 
está conosco. Na verdade, tanto a 
fartura quanto a escassez devem nos 
levar a Ele.
II - INFAMANDO A TERRA QUE 
DEUS DISSE QUE ERA BOA
1. Uma honra transformada em 
uma vergonha. Para que os hebreus 
pudessem entrar na terra que Deus 
lhes havia prometido, era preciso sa­
ber quem estava residindo nela. Um 
trabalho de inteligência precisava ser 
montado para que eles pudessem ser 
bem-sucedidos na conquista daqueles 
territórios. O fato de Deus estar com eles 
não os isentava de serem precavidos 
e, acima de tudo, observadores. Então, 
Moisés escolheu representantes das 
tribos, homens tidos por “cabeças” (Nm
20 JOVENS
13.3). Isto significa que eram influentes, 
e tinham poder de convencimento 
diante de seus irmãos. A missão deles 
era saber “que terra é, o povo que nela 
habita; se é forte ou fraco, se é pouco 
ou muito" (Nm 13.18). Certamente Deus 
poderia revelar todos esses detalhes 
a Moisés, sem que fosse necessário 
escolher homens para uma missão tão 
arriscada. Mas, aqueles homens teriam 
a honra de cooperar com o plano de 
Deus. Eles, até hoje, são lembrados 
por terem cumprido a sua missão e 
influenciado negativamente a opinião 
do povo diante daquilo que Deus havia 
falado. Em nossos dias, essa cena pa­
rece se repetir: pessoas que deveriam 
ser úteis na obra de Deus, cooperando 
com o Senhor, acabam influenciando 
outras pessoas para direções opostas, 
tornando-se, assim, inúteis.
2. Quando príncipes se veem como 
insetos. “Éramos aos nossos olhos como 
gafanhotos e assim também éramos aos 
seus olhos” (Nm 13.33). Quem fez essa 
declaração? Os mesmos homens que 
a Bíblia diz que eram os cabeças dos 
filhos de Israel (Nm 13.3). A orientação 
divina era que homens capacitados 
na liderança fossem enviados para 
espionar a terra. Eles a espiaram mas, 
ao retomarem da missão, falaram coisas 
ruins da terra que Deus havia dito que 
era boa. Eles chegaram a dizer que se 
pareciam com gafanhotos diante dos 
moradores de Canaã, apresentando 
igualmente uma opinião do povo da 
terra sobre eles. Como é triste obe­
decer a Deus no início da caminhada, 
e perder a visão do que Ele quer fazer 
no percurso.
3. Desqualificando o que Deus disse 
que era bom. “E infamaram a terra, que 
tinham espiado, perante os filhos de 
Israel, dizendo: A terra, pelo meio da qual 
passamos a espiar, é terra que consome 
os seus moradores; e todo o povo que 
vimos no meio dela são homens de 
grande estatura” (Nm 13.32). Da mesma 
forma que Satanás, no Éden, enganou de 
forma proposital o primeiro casal, des­
qualificando o que Deus disse, os espias, 
exceto Josué e Calebe, desqualificaram 
a terra que por séculos Deus estava 
preparando para os filhos de Abraão. 
Toda tentação, em algum nível, busca 
tomar inútil, ou de pouco valor, aquilo 
que Deus disse que era bom, e tenta 
tornar valioso o que Deus disse que não 
deveria ser valorizado.
III - UM ATRASO DE QUARENTA 
ANOS
1. Quando a promessa de Deus é 
mudada. Os israelitas descobriram, 
ao longo dos 40 anos seguintes, que 
desprezar a Deus e a sua Palavra tinha 
consequências terríveis. O deserto 
não havia sido escolhido para que 
eles perdessem suas vidas (Êx 13.17). 
Deus sabia que os hebreus não tinham 
experiência de combate, e por isso os 
conduziu por outro caminho. O que 
muitas vezes acreditamos ser uma 
provação de Deus pode ser, na verdade, 
uma forma de Livramento que Ele nos 
está dando, para que a sua promessa 
se cumpra em nossas vidas. Mas, por 
causa da rebeldia do seu povo, e as 
constantes murmurações com a quais 
tentaram ao Senhor, Deus reverteu 
sua promessa para aquela geração. 
O Todo-Poderosonão falhou em seus 
desígnios. Uma geração de hebreus 
libertos entrou na Terra Prometida, 
mas foi somente aquela que cresceu 
JOVENS 21
no deserto e valorizou a terra que Deus 
concedeu. Às vezes, Ele nos permite 
passar por dificuldades para que pos­
samos entender o valor da bênção que 
Ele reservou para nós.
2. Tentar a Deus é pecado. O que 
devemos entender diante das narrativas 
que tratam dos primeiros dias do povo 
no deserto, é que tentar o Senhor é 
pecado: “Não tentarás o Senhor, teu 
Deus” (Mt 4.7). Por não verem a Deus, 
os hebreus queixavam-se dos homens 
que Ele havia escolhido para libertá-los 
e conduzir rumo à Terra Prometida. A 
geração que saiu do Egito teve todas 
as oportunidades de vivenciar duas 
experiências marcantes: a liberdade 
da escravidão e a chegada no lugar 
que Deus lhes reservara. Contudo, 
por causa da tentação, os homens 
que infamaram a terra “morreram de 
praga perante o SENHOR” (Nm 14.37). 
e os demais hebreus, que se deixaram 
levar, perderam suas vidas no deserto.
3. Vale a pena desagradar a Deus? 
Os hebreus precisavam confiar no que 
Deus havia prometido. Eles já tinham 
visto o poder do Senhor contra os 
egípcios, mas, mesmo assim, prefe­
riram atentar para as circunstâncias e 
tentaram a Deus com sua incredulidade.
Já fomos alcançados pela salvação, 
mas precisamos aprender a agradar a 
Deus com nossas ações. Agradamos ao 
Senhor dando crédito ao que Ele nos diz. 
0 PENSE!
Vale a pena desagradar ao 
Senhor?
@ PONTO IMPORTANTE! 
Desagradar ao Senhor só traz 
consequências maléficas.
r
© CONCLUSÃO
Da mesma forma que Deus não tenta 
a ninguém, não podemos tentá-lo 
com nossas palavras, pensamentos 
ou ações, pois essas são formas de 
ingratidão contra aquEle que nos 
salvou 0 nos tirou da escravidão do 
pecado. Que jamais sejamos ingratos 
ou esquecidos das bênçãos que temos 
recebido dEle.
© HORA DA REVISÃO
1, Por qual motivo Deus levou os 
hebreus para a Terra Prometida 
pelo deserto?
2, Por que o povo não pôde beber as 
águas de Mara?
3, Quem Moisés escolheu para es­
pionar a terra?
4, Segundo a lição, o que a desobe­
diência dos hebreus lhes rendeu?
5, Como podemos agradar ao Senhor?
22 JOVENS
BALAÃO: QUANDO
DEUS DIZ NÃO
TEXTO PRINCIPAL
"Como amaldiçoarei o que 
Deus não amaldiçoa? E como 
detestarei, quando o SENHOR não 
detesta?" (Nm 23.8)
RESUMO DA LIÇÃO
Devemos estar atentos para 
as ocasiões em que Deus nos 
orienta a não ultrapassar os 
limites impostos por Ele.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA-Nm 22.9 
Balaão sabe que é 
Deus quem fala
TERÇA - Nm 22.19
Um homem de negócios
QUARTA - Nm 22.12
A advertência divina
QUINTA-Nm 23.4
Um sacrifício para o Senhor
SEXTA - Nm 23.26
Um coração ambicioso
SÁBADO - Ap 2.14
Lançando tropeços para o 
povo de Deus
JOVENS 23
Números 22.1-12
1 Depois, partiram os filhos de Israel e 
acamparam-se nas campinas de Moabe, 
desta banda do Jordão, de Jericó.
2 Viu, pois, Balaque, filho de Zipor, tudo 
o que Israel fizera aos amorreus.
3 E Moabe temeu muito diante deste povo, 
porque era muito; e Moabe andava an­
gustiado por causa dos filhos de Israel.
4 Pelo que Moabe disse aos anciãos 
dos midianitas: Agora lamberá esta 
congregação tudo quanto houver ao 
redor de nós, como o boi lambe a erva 
do campo. Naquele tempo, Balaque. 
filho de Zipor, era rei dos moabitas.
5 Este enviou mensageiros a Balaão, 
filho de Beor, a Petor, que está junto 
ao rio, na terra dos filhos do seu povo, 
a chamá-lo, dizendo: Eis que um povo 
saiu do Egito; eis que cobre a face da 
terra e parado está defronte de mim.
6 Vem, pois, agora, rogo-te, amaldiçoa-me 
este povo, pois mais poderoso é do que 
eu; para ver se o poderei ferir e o lançarei 
fora da terra; porque eu sei que a quem 
tu abençoares será abençoado e a quem 
tu amaldiçoares será amaldiçoado
7 Então, foram-se os anciãos dos moa­
bitas e os anciãos dos midianitas com 
o preço dos encantamentos nas mãos; 
e chegaram a Balaão e lhe disseram as 
palavras de Balaque.
8 E ele lhes disse: Passai aqui esta noite, 
e vos trarei a resposta, como 0 SE­
NHOR me falar; então, os príncipes dos 
moabitas ficaram com Balaão.
9 E veio Deus a Balaão e disse: Quem são es­
tes homens que estão contigo?
10 E Balaão disse a Deus: Balaque, filho de 
Zipor, rei dos moabitas, mos enviou, di­
zendo:
11 Eis que o povo que saiu do Egito cobriu a 
face da terra; vem, agora, amaldiçoa-mo; 
porventura, poderei pelejar contra ele 
e o lançarei fora.
12 Então, disse Deus a Balaão: Não irás 
com eles, nem amaldiçoarás a este 
povo, porquanto bendito é.
INTRODUÇÃO
Uma das maiores tentações que 
cercam as pessoas que conhecem a 
Deus é, justamente, tentar contornar 
o que o Senhor disse, seja para fazer 
alguma coisa, seja para deixar de fa­
zê-la. A vontade do Altíssimo pode 
impulsionar pessoas para a obediência, 
mas quando essa vontade confronta 
o que desejamos, como reagimos? 
Não raro, o anseio por conseguir mais 
bens materiais; posições ou fama nos 
Leva a querer impor para Deus a nossa 
vontade. A ambição pode nos fazer 
ignorar as orientações expressas do 
Eterno, levando-nos a lugares onde 
Ele jamais planejou que estivéssemos.
Nesta lição, veremos 0 quanto à 
tentação pelo dinheiro levou um homem 
chamado Balaão a contrariar orientações 
divinas, como ele contornou a situação 
para desobedecer a Deus e o custo da 
sua desobediência. Por fim, veremos 
0 custo de se desafiar a Deus quando 
Ele nos dá orientações claras e diretas.
I - UM HOMEM QUE OUVIU A 
VOZ DE DEUS
1. Um homem que ouvia a voz de 
Deus (Nm 22.8-12). Balaão e descrito na 
Bíblia como um homem que ouviu a voz 
de Deus. Moisés não entra em detalhes 
sobre a fé de Balaão, nem como ele 
começou a ouvir ao Todo-Poderoso, 
muito menos se Balaão tinha por hábito 
24 JOVENS
obedecer ao que Deus lhe dizia, mas 
deixa claro que ele não apenas ouviu 
ao Pai Celeste, mas soube também 
distinguir que o Senhor estava falando 
com ele. Então, eis aqui uma importante 
questão: Quando somos tentados, não 
basta ouvir a voz de Deus!
Veremos que é preciso ouvir e 
obedecer ao que Deus está falando. 
O Senhor não se nega a falar conosco. 
Hoje temos a sua Palavra escrita, onde 
os princípios gerais para comunhão 
com Ele já estão apresentados. Temos 
também respostas do Altíssimo quando 
oramos, e podemos não somente ouvir 
sua voz nos orientando, mas igualmente 
nos direcionando em situações nas 
quais Ele mesmo está nos dirigindo 
(Jr 33-3).
Deus também fala conosco de 
diferentes maneiras: por intermédio 
dos seus servos e por meio dos dons 
espirituais, que são bíblicos e válidos 
para os nossos dias, pois foram dados 
à Igreja para a edificação dos santos. 
Esses dons não têm data de validade 
no Novo Testamento, nem se sujeitam 
ao pensamento de algumas pessoas 
que entendem terem sido extintos no 
primeiro século da era cristã. Mas, de 
nada adiantaria todas essas formas do 
Criador falar conosco, se decidirmos 
que ouvir e obedecer ao que Ele diz 
não é necessário.
2. Um homem diante de um negó­
cio (Nm 22.6,18). Balaão entra na história 
sagrada durante a caminhada do povo 
em direção à Terra Prometida. Midia- 
nitas e moabitas se uniram em torno 
de uma causa à qualjulgaram ser um 
problema em comum: 0 acampamento 
dos israelitas nas campinas de Moabe 
(Nm 22.1-3). É certo que a multidão de 
hebreus deixou os moabitas assustados, 
pois os filhos de Abraão eram nume­
rosos. Talvez fosse mais fácil, para os 
inimigos do povo de Deus, se cercarem 
de forças espirituais que pudessem 
dar fim àquele povo, poupando, desta 
forma, uma possível guerra e a perda de 
moabitas. Dessa forma, os midianitas e 
moabitas enviam representantes para 
falarem com Balaão.
3. Povo bendito é. Após receber os 
representantes dos dois reinos, Balaão 
consultou ao Senhor. Ao que parece, 
ele não tinha conhecimento de que 
os hebreus contavam com a proteção 
de Deus. O Eterno sabia o que estava 
acontecendo, mas se dirigiu a Balaão e 
perguntou quem eram os homens que 
estavam com ele. Deus deixou que ele 
explicassequem eram e o que estavam 
fazendo, e de forma objetiva, deixou 
claro a Balaão que ele não deveria 
entrar naquele negócio: “[...1 Não irás 
com eles, nem amaldiçoarás a este 
povo, porquanto bendito é" (Nm 22.12). 
É curioso o fato de que Deus considera 
seu povo um povo bendito. O mesmo 
povo que murmurou contra Ele, que se 
rebelou contra Moisés, foi considerado 
bendito pelo próprio Senhor. É provável 
que isso se deva não apenas porque o 
Todo-Poderoso trata com o seu povo 
de forma amorosa, mas também que 
somente Ele pode julgar os seus. Ele 
não permitiría que seu próprio povo 
fosse alvo de alguma maldição.
Na prática, foi essa lição que Balaão 
não aprendeu. Ele até entendeu, em 
um momento inicial, que não deveria 
agir de forma contrária ao que Deus lhe 
orientou: “Então,.Balaão levantou-se 
pela manhã e disse aos príncipes de 
Balaque: Ide à vossa terra, porque o SE­
JO VENS 25
NHOR recusa deixar-me ir convosco" 
(Nm 22.13). Mas logo ele sucumbiría à 
constância dos apelos daqueles povos.
II - INSISTINDO NO ERRO
1. Obedecendo a Deus, mas com o 
coração ambicioso (Nm 23.26). Podemos 
ver que Balaão, em um primeiro momen­
to, obedeceu a Deus: “E levantaram-se 
os príncipes dos moabitas, e vieram a 
Balaque. e disseram: Balaão, recusou vir 
conosco" (Nm 22.14). Entretanto, o rei dos 
moabitas não se deu por vencido. Ele 
insiste com Balaão. a fim de conseguir 
o seu objetivo: “Assim diz Balaque, filho 
de Zipor: Rogo-te que não te demores 
em vir a mim, porque grandemente te 
honrarei e farei tudo o que me disse­
res: vem, pois, rogo-te, amaldiçoa-me 
este povo” (Nm 22.16,17). Aquela era 
uma oferta tentadora: um rei disposto 
a premiar um homem apenas para que 
ele lançasse pragas contra um povo.
2.0 Senhor abriu a boca da jumenta 
(Nm 22.21-30). Advertido por Deus a 
não dar prosseguimento ao seu plano, 
Balaão passa por uma experiência sem 
precedentes: ouvir um animal falando. 
A jumenta com a qual ele costumava 
viajar conversa com Balaão. Em nos­
sos dias, é comum pessoas dizerem, 
de forma jocosa, que se Deus usou a 
mula para falar com Balaão, pode usar 
qualquer outra pessoa também. Ocorre 
que a Bíblia não diz que Deus “usou” a 
mula para falar com Balaão. A Palavra 
de Deus é enfática em deixar claro 
que Deus falou aos pais, de diversas 
maneiras, pelos profetas (Hb 1.1). A 
mesma Bíblia diz que Deus abriu a boca 
do animal, e ele questionou Balaão por 
ter apanhado. A partir desse "diálogo" 
o Senhor abriu os olhos de Balaão, e 
ele viu o anjo do Senhor. O anjo, sim, 
tratou com Balaão.
3. A insistência que mina a resistên­
cia (Nm 22.21). Apesar de ter resistido, 
inicialmente, aos convites recebidos com 
a promessa de uma recompensa finan­
ceira, no final Balaão acabou cedendo. 
Mesmo Deus permitindo que ele fosse 
com os mensageiros, o Senhor deixou 
claro que ele só falasse o que o Eterno 
ordenaria. Isso Balaão obedeceu.
Tendo chegado onde estava Bala­
que, Balaão foi a três lugares diferentes: 
Quiriate-Huzote, Pisga, Peor, e em todos 
esses lugares suas palavras foram 
dirigidas por Deus, que abençoou o 
seu povo. Apesar dessas experiências, 
Balaão ainda estava desejoso de ser 
“honrado”, remunerado para que Israel 
fosse punido de alguma forma.
III - QUANDO A AMBIÇÃO VEN­
CE O DISCERNIMENTO
1. Mudar de lugar não muda o que 
Deus disse. É curioso o fato de que 
0 homem sem Deus, por desprezar 
a revelação divina, tende a adquirir 
crendices que irão nortear suas ações 
e sua fé. Balaque conduziu Balaão para 
mais de uma localidade, imaginando 
que, de alguma forma, conseguiría fazer 
com que um deus pudesse inspirar 
o vidente a lançar pragas contra os 
hebreus. Porém, em Quiriate-Huzote, a 
Palavra de Deus foi: “Como amaldiçoarei 
o que Deus não amaldiçoa?” (Nm 23.8) 
Em Pisga é dito:“Deus não é homem, 
para que minta: nem filho de homem, 
para que se arrependa; porventura, 
diria ele e não o faria?” (Nm 23.19). Em 
Peor a palavra foi: “Que boas são as 
tuas tendas, ó Jacó! Que boas as tuas 
moradas, ó Israel!" (Nm 24.5).
26 JOVENS
2. A insistência no erro. A Palavra de 
Deus nos diz que em Quiriate-Huzote, 
“o Senhor pôs a palavra na boca de 
Balaão” (Nm 23.5). Em Pisga, “encon­
trando-se o SENHOR com Balaão, pós 
uma palavra na sua boca” (Nm 23.16). 
E em Peor, "veio sobre ele o Espirito 
de Deus” (Nm 24.2). Com todas essas 
intervenções sobrenaturais, como 
Balaão continua insistindo no erro? 
Parece-nos que, ao perceber que 
Deus não mudou seu posicionamento, 
Balaão deixou de tentar amaldiçoar o 
povo de Deus por meio de impreca- 
ções. Mas ele não desistiu de receber 
a sua recompensa prometida pelos 
moabitas e midianitas. Quando se pôs 
a ir com os mensageiros de Balaque, 
Balaão ouviu do anjo de Deus: “Eis que 
sai para ser teu adversário, porquanto 
o teu caminho é perverso diante de 
mim" (Nm 22.32). Essa fala, por si, já 
deveria ter convencido Balaão, mas 
ela não foi suficiente para mover o 
coração daquele homem ambicioso.
3. Lançando tropeço. O vidente 
ensinou Balaque “a lançar tropeços 
diante dos filhos de Israel para que 
comessem dos sacrifícios da idolatria 
e se prostituíssem” (Ap 2.14). Dessa 
forma Deus se tornaria o opositor do 
seu povo, por causa dos pecados co­
metidos. Se tentar amaldiçoar o povo 
de Deus não deu certo, com certeza 
apelar para a carnalidade dos filhos 
de Israel trouxe a recompensa que 
Balaão buscava. Mulheres orientadas 
a desviar os israelitas pela sedução, 
conduzindo-os à idolatria e à pros­
tituição, causando a morte de vinte 
e quatro mil pessoas por meio de 
uma praga em forma dejuízo divino 
(Nm 25.9).
© CONCLUSÃO
Balaão começou sua história como 
uma pessoa que ouvia a Deus, mas 
se tornou depois um mercenário A 
tentação de fazer a nossa própria 
vontade sempre terá seu preço. Balaão 
podería ter entrado para a história 
como um personagem que aprendeu 
a ser fiel a Deus, mas passou a ser 
conhecido como um vidente maligno, 
cujo conselho matou a ele e outras 
milhares de pessoas.
©HORA DA REVISÃO
1, Como Balão é descrito na Bíblia?
2, Quando somos tentados, basta 
ouvir a voz de Deus?
3, De acordo com a lição, cite duas 
maneiras de Deus falar conosco.
4 Quando Balaão entra na história 
sagrada?
5, Qual animal falou com Balaão?
OLHANDO PARAA
DIREÇÃO ERRADA
TEXTO PRINCIPAL
"Não porei coisa má diante dos 
meus olhos; aborreço as ações 
daqueles que se desviam; nada 
se me pegará." (SI 101.3)
RESUMO DA LIÇÃO
É preciso, por questão de 
vigilância e temor a Deus, 
estarmos atentos à direção e à 
forma como olhamos as pessoas 
à nossa volta.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA-2 Sm 11.2
Um rei que se descuidou
TERÇA - 2 Srn 11.5 
Uma das consequências 
do pecado
QUARTA - 2 Sm 11.15
A morte que vem do pecado
QUINTA-2 Sm 12.7
Deus confronta o rei
SEXTA-Sl 32.3
O preço de se ocultar o pecado
SÁBADO - 2 Sm 12.10 
Marcas que não se acabam
28 JOVENS
TEXTO BÍBLICO
2 Samuel 11.1-5,14.15. 26, 27
1 E aconteceu que, tendo decorrido um ano, 
no tempo em que os reis saem para a guerra, 
enviou Davi a Joabe, e a seus servos com 
ele, e a todo o Israel, para que destruíssem 
os filhos de Amom e cercassem Rabá; 
porém Davi ficou em Jerusalém.
2 E aconteceu, à hora da tarde, que Davi se 
levantou do seu Leito, e andava passeando 
no terraço da casa real, e viu do terraço 
a uma mulher que se estava lavando; e 
era esta mulher mui formosa à vista.
3 E enviou Davi e perguntou por aquela 
mulher; e disseram: Porventura, não é 
esta Bate-Seba, filha de ELiã e mulher 
de Urias, o heteu?
4 Então, enviou Davi mensageiros e a man­
dou trazer; e, entrando ela a ele, se deitou 
com ela (e já ela se tinha purificado da sua 
imundície); então, voltou ela para sua casa.
5 E a mulher concebeu, e enviou, e fê-lo 
saber a Davi, e disse: Pejada estou.
14 E sucedeu que, pela manhã, Davi escre­
veu uma carta a Joabe e mandou-lha 
por mão de Urias.
15 Escreveu na carta, dizendo: Ponde Urias na 
frente da maior força da peleja; e retirai-vos 
de detrás dele, para que seja ferido e morra.
26 Ouvindo, pois,a mulher de Urias que 
Urias, seu marido, era morto, lamentou 
a seu senhor.
27 E, passado o luto, enviou Davi e a recolheu 
em sua casa; e lhe foi por mulher e ela lhe 
deu um filho. Porém essa coisa que Davi 
fez pareceu mal aos olhos do SENHOR.
INTRODUÇÃO
A forma como olhamos as coisas que 
nos cercam, como também a ocasião em 
que estamos, pode ser um meio pelo 
qual seremos tentados. Precisamos estar 
vigilantes, pois a ocasião e lugar não po­
dem se tornar um elemento que facilite a 
ação de Satanás em nossas vidas. Mesmo 
sendo pessoas a quem o Eterno salvou 
pela sua graça, não estamos isentos de 
ocupar nossas mentes e o nosso olhar 
com aquilo que não agrada a Deus, por 
isso precisamos estar sempre atentos.
I - NOTEMPO DA GUERRA. OCIOSO
1. O homem segundo o coração 
de Deus. Ao estudarmos a respeito da 
tentação e queda de Davi, é preciso dizer 
que, na época, ele não era um jovem 
com pouca experiência de vida, e sim 
um rei coroado e experiente em batalhas.
A Palavra de Deus faz referência a ele 
como um homem segundo o coração 
do Senhor (At 13.22). Em seu histórico, 
Davi tinha diversas vitórias contra seus 
inimigos, vários livramentos da parte de 
Deus, o hábito de consultar ao Senhor 
para tomar certas ações e o fato de 
congregar sob sua liderança homens 
desajustados, transformando-os em 
valorosos. Some-se a essa Lista o fato 
de trazer de volta a Arca de Deus para 
Jerusalém e de buscar fazer com que o 
povo adorasse ao Senhor. Ele também foi 
chamado de poeta, compositor e profeta. 
Davi, sem dúvida, tinha habilidades e 
era dono de um currículo diferenciado 
para um rei daqueles dias.
2. Um homem de ação. A Palavra de 
Deus nos mostra que a tentação de Davi 
aconteceu em um momento de guerra. 
Naás, rei dos amonitas, faleceu, e seu 
filho, Hanum, reinou em seu lugar. Davi
JOVENS 29
se lembra de que Naás o havia tratado 
com bondade (2 Sm 10.2), e decide 
enviar mensageiros para consolar o 
novo rei. Hanum, inexperiente, ouve 
seus conselheiros, que acusam os men­
sageiros de Davi de serem espiões. O 
rei rapa metade da barba dos homens 
enviados por Davi, além de cortar-lhes 
as roupas de maneira que ficaram muito 
envergonhados. Como esses homens 
retornariam a Israel naquele estado? 
Davi, sabendo do ocorrido, pede que 
os homens fiquem em Jerico, até que 
suas barbas cresçam. Esse foi um ato 
de grande humilhação para com os 
mensageiros enviados por Israel.
Como se isso fosse pouco, os filhos 
de Amon contrataram mercenários 
sírios, para atacarem Israel, num total 
de 33,000 homens. A guerra estava a 
caminho e Davi precisava se preparar 
para esse momento.
3. No tempo em que os reis saem 
para as guerras. É notório que o rei 
Davi havia sido generoso para com a 
memória do rei Naás, mas sua ação 
foi interpretada de forma errada pelos 
amonitas, e isso lhes custaria caro.
Davi havia vencido muitos inimigos na 
sua jornada e Deus o havia preservado de 
ser morto por Golias e Saul. Ele derrotou os 
filisteus, moabitas, e também os arameus. 
Suas vitórias lhe deram prestígio como 
rei, e paz para a nação. Mas logo todas 
essas benesses podem ter deixado o rei 
em uma situação de despreparo para o 
que haveria a seguir. A Palavra nos diz 
que a queda de Davi se deu “no tempo 
em que os reis saem para a guerra” (2 
Sm 11.1), e podemos compreender esse 
momento como um período em que os 
monarcas conduziam suas tropas contra 
seus inimigos, para preservara soberania 
de seus países. Não era um momento de 
descanso, mas de alerta, pois vidas esta­
riam em jogo, e 0 nome do Senhor, numa 
guerra, seria glorificado ou blasfemado. 
0 PENSE!
É possível crer que uma pessoa 
que tem vários anos de experiên­
cia com Deus jamais poderá ceder 
à tentação?
0 PONTO IMPORTANTE!
A tentação vem sobre pessoas com 
bastante vivência com Deus, e sobre 
pessoas que estão começando a 
trilhar na caminhada da fé.
II - OLHANDO NA DIREÇÃO 
ERRADA
1. Passeando pelo terraço. A Palavra 
de Deus nos diz que Davi estava pas­
seando pelo terraço do seu palácio, e 
naquele lugar, viu-se observando uma 
mulher tomando banho (2 Sm 11.2). Isso 
era, com certeza, algo incomum. Por 
sua vez, Davi estava em um lugar alto, 
e quem está em um andar mais alto em 
um prédio consegue ver quem está nas 
partes mais próximas do nível do chão. 
Aquela visibilidade chamou a atenção 
de Davi, e foi o começo de sua queda. 
Bate-Seba era “mulher mui formosa 
à vista" (2 Sm 11.2), e o coração do rei 
havia sido envolvido pelo desejo. Não 
raro, 0 olhar pode ser a fonte de sérias 
tentações. O texto bíblico nos dá a ideia 
de que a contemplação de Davi não foi 
por um momento rápido, acidental, mas 
uma ação que encheu o seu coração, 
que durou tempo suficiente para que 
ele desejasse a mulher de outro homem.
2.0 adultério consumado. Antes de 
dar prosseguimento ao seu plano, Davi 
30 JOVENS
pergunta a algumas pessoas do palácio 
quem era aquela mulher, e lhe disseram 
que era "Bate-Seba, filha de Eliã e mulher 
de Urias, o heteu?” (2 Sm 11.3). Ele soube 
que ela tinha uma família, e um marido. 
Mesmo assim, essas informações não 
frearam o ímpeto do rei. Ele envia men­
sageiros para falarem com a mulher a fim 
de que ela fosse para o palácio, onde o 
rei a esperava. Ali, Davi consumou um 
dos seus pecados.
3. Matando um marido e soldado 
honrado. Não bastou que Davi tenha 
ficado com a mulher de outro homem. 
Aquela relação sexual ilícita gerou uma 
vida, e Bate-Seba foi falar com Davi 
que estava grávida. O período fértil de 
Bate-Seba é relatado: “e já ela se tinha 
purificado de sua imundicia” (2 Sm 11.4). 
Sabendo que o esposo dela estava na 
guerra, Davi tentou ocultar seu pecado 
trazendo Urias de volta para casa.
Ocorre que a tentativa de esconder 
o seu pecado não deu certo. Urias, em 
respeito aos seus colegas que estavam 
travando uma guerra pelo povo de 
Deus, não se deitou com sua esposa 
grávida. Ele chega a mencionar a Arca 
de Deus, que estava em uma tenda, e 
não vai para sua casa. Mesmo tendo 
Davi embebedado Urias, o soldado se 
manteve em seu propósito. A integridade 
de Urias incomodou Davi, e o rei decidiu 
tornar Bate-Seba viúva. Urias logo seria 
morto em combate, lutando em prol do 
reino de Israel, e Davi ganharia mais uma 
esposa, desta vez, já grávida. Esse foi o 
segundo pecado de Davi.
III - CONSEQUÊNCIAS DA AÇÃO
DE DAVI
1. O que Davi fez pareceu mau. A 
narrativa de 2 Samuel parece ser focada 
totalmente no ato de Davi, sem que 
houvesse qualquer intervenção divina. 
Entretanto, Deus não estava ausente, e 
mesmo amando Davi, julgou-o por três 
motivos: 1) O Senhor ungiu Davi, e deu 
a ele posses, bens e o reino de Israel. 
Mesmo assim, por causa de sua lascívia, 
desprezou “a palavra do Senhor, fazendo 
o mal diante dos seus olhos?” (2 Sm 12.9). 
2) Davi havia matado Urias e tomado 
a viúva. Essa parecia ser uma prática 
dos tempos antigos, onde homens 
que tinham poder, para não incorrerem 
em adultério, matavam ou mandavam 
matar o esposo da mulher casada para 
depois ficarem com ela. 3) Davi havia 
matado um de seus melhores e mais 
íntegros soldados, e fez isso à traição, 
ordenando que Urias fosse colocado na 
frente da batalha e deixado para trás, 
sem possibilidade de resgate (2 Sm 
11.6-11). A falta de controle sobre sua 
cobiça fez de Davi um homem digno 
de uma séria punição. A gravidade do 
ato do rei se conclui desta forma: “To­
davia, porquanto com este feito deste 
lugar sobremaneira a que os inimigos 
do SENHOR blasfemem [...]” (2 Sm 12.14). 
Toda vez que um servo ou uma serva 
de Deus peca, o nome do Senhor é 
blasfemado.
2. A espada nunca mais se separará 
da tua casa. As duas consequências 
do pecado de Davi, equiparáveis aos 
dois pecados cometidos por ele, foram 
a perda da criança que iria nascer, e 
a contínua guerra que haveria na sua 
família. O bebê de Bate-Seba chegou 
a nascer, mas faleceu depois de sete 
dias, ainda que Davi tenha buscado ao 
Senhor pela vida da criança. Depois, a 
Bíblia nos mostra que houve no lar do 
rei um incesto(2 Sm 13.1-36), um irmão
JOVENS 31
matando outro irmão (2 Sm 13.27.28) e 
AbsaLão, um dos filhos de Davi, deu um 
golpe de Estado e por pouco Davi não 
perde a vida (2 Sm 14). Custou caro para 
o rei ceder à tentação. Entendemos que 
Davi não planejou cair em tentação, nem 
pensou em matar alguém no dia em 
que cometeu o adultério. Entretanto, 
um pecado tende a atrair outro, numa 
continua sucessão de erros.
3. O continuo cuidado que pre­
cisamos ter. Davi era um “homem 
segundo o coração de Deus” (At 13.22) 
e tal verdade significa duas coisas: que 
ele era uma pessoa que fazia o pos­
sível para agradar a Deus, que amava 
ao Senhor e que havia sido escolhido 
por Ele para uma grande obra e que 
mesmo sendo “segundo o coração de 
Deus”, Davi era um homem. Isso signi­
fica que ele estava sujeito a situações 
que poderíam deixá-lo vulnerável, e 
foi justamente isso que o fez cair. Ser 
um homem ou uma mulher de Deus 
não tira de nós a nossa humanidade 
e a tendência a fraquejar. Por isso, 
precisamos vigiar sempre como nos 
alertou o Senhor Jesus: “Vigiai e orai, 
para que não entreis em tentação; na 
verdade, o espírito está pronto, mas a 
carne é fraca" (Mt 26.41).
0 PENSE!
Como pessoas de Deus, somente a 
oração e a leitura da Palavra bastam 
para que não caiamos em tentação?
0 PONTO IMPORTANTE!
A vigilância deve fazer parte da 
nossa vida, da mesma forma que 
a oração e a leitura da Palavra. 
Todas essas ações devem estar 
presentes em nossa vida.
QCONCLUSÃO
A tentação de Davi nos mostra que 
ninguém está imune aos desejos do 
coração, e que um momento de falta 
de vigilância é suficiente para manchar 
toda uma história de vida. Também 
aprendemos que certos pecados tém 
consequências duradouras e mortais, 
e que podem ser evitados se, ao invés 
de estar ociosos, estivermos fazendo 
0 que fomos chamados para realizar. 
Precisamos fixar o nosso olhar naquilo 
que Deus espera que façamos.
O HORA DA REVISÃO
1. Que rei humilhou os embaixadores 
de Davi?
2. Em que tempo a Bíblia diz que Davi es­
tava passeando pelo terraço do palácio?
3. Onde Davi estava quando parou para 
ver Bate-Seba?
4. Cite um motivo pelo qual Deus 
julgou Davi por seu pecado.
5. Cite duas consequências do pecado 
de Davi.
32 JOVENS
CONSTRUINDO TUDO 
PARA A MINHA GLÓRIA
TEXTO PRINCIPAL
"Eu sou o SENHOR; este é o 
meu nome; a minha glória, pois, 
a outrem não darei, nem o meu 
louvor, às imagens de escultura." 
(Is 42.8)
RESUMO DA LIÇÃO
Tudo o que conseguimos realizar 
ou ter em nossa vida vem de Deus, 
e não reconhecer tal fato pode nos 
levar a pecar contra o Eterno.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA-Dn 237
Deus concede honra ao rei
TERÇA - Dn 2.39
Deus avisa o que vai acontecer
QUARTA-Dn 328
Deus livra seus servos
QUINTA-Dn 4.31
Deus julga o soberbo
SEXTA - Pv 16.18
A soberba precede a queda
SÁBADO-Tg 4.6
Deus dá graça aos humildes
JOVENS 33
TEXTO BÍBLICO
Daniel 4.28-34
28 Todas essas coisas vieram sobre o rei 
Nabucodonosor.
29 Ao cabo de doze meses, andando a 
passear sobre o palácio real de Babilônia,
30 Falou o rei e disse: Não é esta a grande 
Babilônia que eu edifiquei para a casa 
real, com a força do meu poder e para 
glória da minha magnificência?
31 Ainda estava a palavra na boca do rei, 
quando caiu uma voz do céu: A ti se diz, 
ó rei Nabucodonosor: Passou de ti o reino.
32 E serás tirado dentre os homens, e a tua 
morada será com os animais do campo: 
far-te-ão comer erva como os bois, e 
passar-se-ão sete tempos sobre ti, até que 
conheças que o Altíssimo tem domínio 
sobre os reinos dos homens e os dá a 
quem quer.
33 Na mesma hora, se cumpriu a palavra 
sobre Nabucodonosor, e foi tirado dentre 
os homens e comia erva como os bois, e 0 
seu corpo foi molhado do orvalho do céu, 
até que lhe cresceu pelo, como as penas 
da águia, e as suas unhas, como as das 
aves.
34 Mas, ao fim daqueles dias, eu, Nabuco­
donosor, Levantei os meus olhos ao céu, 
e tornou-me a vir o meu entendimento, 
e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e 
glorifiquei ao que vive para sempre, cujo 
domínio é um domínio sempiterno, e cujo 
reino é de geração em geração.
INTRODUÇÃO
Deus, em sua soberania, honra 
pessoas e lhes dá domínio, recursos e 
inteligência a fim de que venham a se 
lembrar dEle, honrando-o e reconhe­
cendo que tudo vem do Senhor. Entre­
tanto. há pessoas que são tentadas a 
acreditar que sua própria mão, talentos 
e esforços foram os responsáveis por 
realizar grandes feitos, e ainda desejam 
que esses feitos durem para sempre. 
O orgulho impede estas pessoas de 
reconhecerem que foi Deus que tudo 
ofereceu. Todavia, todo orgulho será 
julgado no devido tempo pelo Todo- 
-Poderoso. É a respeito da tentação 
do orgulho que trataremos nesta lição.
I - UM HOMEM QUE SE TORNOU 
GRANDE
1. Um homem a quem Deus hon­
rou. Nabucodonosor, cujo significado 
é “Nebo, proteja a minha fronteira”, é 
um nome usado por quatro reis que 
governaram a Babilônia. Mas a Palavra 
de Deus menciona quem certamente 
seria Nabucodonosor II. Este teria sido 
filho de Nabopolassar, um rei babilônico 
que derrotou a Assíria. Nabucodonosor 
se tornou rei, e teve grande protagonis- 
mo no cerco e destruição de Jerusa­
lém, de onde levou Daniel e seus três 
amigos para serem treinados na corte 
babilônica. Era um grande estrategista 
e administrador, e também passou a 
ser conhecido como um homem que 
marcou seu governo pelas grandes 
construções que desenvolveu, como 
uma rua suspensa para que por ela 
se passassem uma procissão ao deus 
Marduque. Também é atribuída a ele a 
construção dos jardins suspensos da 
Babilônia, uma das sete maravilhas do 
mundo antigo. Por todo esse histórico, 
esse rei é descrito pelo profeta Daniel 
da seguinte maneira: “Tu, ó rei, és rei 
de reis, pois o Deus dos céus te tem
34 JOVENS
Devemos observar 
que Deus não permite 
que nos sobrevenham 
determinadas conse­
quências às nossas 
ações, sem antes nos 
dar as devidas ad­
vertências.
dado o reino, e o poder, 
e a força, e a majestade” 
(Dn 2.37).
2. O primeiro aviso. 
Devemos observar que 
Deus não permite que 
nos sobrevenham deter­
minadas consequências 
às nossas ações, sem 
antes nos dar as devidas 
advertências. Nabucodonosor teve um 
sonho no segundo ano do seu reinado 
onde viu uma estátua composta de 
diversos elementos, como ferro, ouro, 
prata e barro. Esses elementos repre­
sentavam diversos reinos que seriam 
conhecidos ao longo da história e todos 
teriam sua ascensão e seu declínio.
Daniel, ao falar com o rei Nabu­
codonosor, procurou deixar claro que 
embora o reino deste monarca fosse 
grandioso, ele também seria temporário: 
"E, depois de ti, se levantará outro reino, 
inferior ao teu, e um terceiro reino, de 
metal, o qual terá domínio sobre toda 
a terra” (Dn 2.39). Deslumbrado com a 
interpretação do sonho, Nabucodono­
sor reconhece que o Deus de Daniel é 
Deus acima dos deuses da Babilônia.
3.0 segundo aviso. A Bíblia não diz 
quanto tempo se passou após o sonho 
do rei e a revelação do significado por 
Daniel, mas ela nos diz que Nabuco­
donosor fez uma estátua. Se a estátua 
do sonho era feita de vários elementos, 
a que o rei mandou construir era de 
ouro, e grande (Dn 3.1). Uma celebra­
ção foi feita a fim de que essa estátua 
pudesse ser reverenciada. Quando os 
amigos de Daniel se recusaram a se 
dobrar diante da estátua, após serem 
advertidos, e se manterem firmes em 
seu propósito de não se ajoelharem 
diante dela, foram lan­
çados em uma fornalha. 
Ocorre que o rei viu que 
havia quatro homens na 
fornalha, e não estavam 
sendo afetados pelo 
fogo, e o quarto homem 
tinha uma aparência 
sobrenatural. Aquele 
era o segundo aviso 
do Senhor para o rei, que após tirar os 
jovens hebreus do fogo, fez um decreto 
ordenando que todas as pessoas ado­
rassem ao Deus dos hebreus.
0 PENSE!
Podemos crer que Deus nos 
adverte de forma contínua para 
que não venhamos a ser pessoas 
orgulhosas?
0 PONTO IMPORTANTE!
Deus abomina o orgulho, e por 
isso, nos dá diversas advertên ­
cias, em sua Palavra, a fim

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