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EXERCICIO SOBRE SOCIEDADE ANONIMA

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UNIFBV - DIREITO EMPRESARIAL - 5º PERÍODO - NOITE 
PROFª. DANIELA MADRUGA 
ALUNAS: CAMILA CORREIA SODRÉ RAPOSO, MATRÍCULA: 201951388861 
MARIA CAROLYNE BELTRÃO DE ALBUQUERQUE ROCHA, MATRÍCULA: 201951359186 
BIANCA DE CASSIA ALBUQUERQUE MARINHO DA COSTA, MATRÍCULA: 201851105352 
 
 
EXERCÍCIO SOBRE SOCIEDADE ANÔNIMA 
 
1. Qual a natureza jurídica das ações de uma sociedade anônima? 
 
A ação de uma sociedade anônima tem natureza jurídica de título de crédito representativo de posição 
societária, isso quer dizer que, o titular tem o direito de receber dividendo e pode transferir para 
outrem. Ou seja, é pessoa jurídica ou instituto jurídico-mercantil, ou ainda, instituição econômica de 
natureza comercial, que tem o dever de controlar e fiscalizar, assim como o comando econômico das 
autoridades governamentais. 
 
2. O que são ações nominativas e escriturais? 
 
As ações nominativas são as que constam o nome do proprietário como o próprio nome já diz e que a 
vende precisa e dever ser registrada na empresa que expediu a ação nominativa e esse registro é 
expresso através de cautela ou certificado e o acionista é identificado através do Livro de Registro de 
Ações Nominativas. 
 
Outro aspecto que vale ressaltar é que, as ações nominativas são vinculadas ao nome e CPF o que é 
importante porque traz segurança para quem vai investir e tudo fica registrado na Bolsa de Valores do 
Brasil, além de ficar registrado no Livro de Registro de Ações Nominativas, evitando assim, fraude e 
sonegação de impostos. 
 
Diferente das ações nominativas, as ações escriturais não são expressas por cautela ou certificado, e 
também, não existe e não se faz necessário a movimentação física de documentos porque os valores 
são creditados e debitados na conta do próprio acionista. E, as Ações Escriturais podem ser 
autorizadas pelo estatuto da empresa e mantido em contas de deposito que vai está em nome do 
investidor e não precisa da emissão de certificado. E é justamente por não possuir documento físico 
que não há essa movimentação. 
 
Ou seja, a principal diferença entre ambas é que as ações nominativas envolvem documentos físicos, 
como certificado e cautela, e as ações escriturais não. 
 
 
3. Quais as espécies de acionistas segundo classificação da doutrina, levando-se em consideração o 
objetivo de cada um. 
 
O acionista é um sócio que participa da gestão da sociedade, sendo por isso, detentor de direitos de voto 
proporcionais a quantidade de ações que possui. De início, é válido ressaltar que as responsabilidades 
dos acionistas são limitadas ao valor de emissão de suas ações. Ou seja, ele é responsável apenas pelo 
seu montante nas ações. De modo geral, ele participa do lucro da companhia por meio do recebimento 
de dividendos. 
 
Existem diferentes tipos de acionistas segundo a classificação da doutrina. Tem o Acionista Controlador, 
que pode ser um grupo, uma pessoa, uma empresa, escolhida por votação, responsável pelo controle da 
empresa; o Acionista Majoritário, que tem a maioria das ações ordinárias, no mínimo 50%; o Acionista 
Minoritário, que é o que tem menos ações da companhia. 
 
Esses acionistas têm direito a fiscalizar a gestão do negócio, retirar-se da sociedade caso queira, 
participar dos lucros da empresa e da divisão dos bens caso ela seja vendida, tem preferência na compra 
de outros valores mobiliários da companhia. 
 
4. Como se constitui uma Sociedade Anônima? 
 
 
A Sociedade Anônima é regulamentada pela Lei n / 6.404/76. Uma Sociedade Anônima é formada por 
02 (dois) acionistas, ou mais, e a responsabilidade sobre o empreendimento é limitada de modo que, o 
empresário pode ter mais ou menos obrigações com o negócio. Ou seja, os lucros são divididos 
proporcionalmente a porcentagem de cada acionista, que são regras para evitar que haja conflitos 
internos porque torna impossível que haja desigualdade. 
 
Ademais, a Sociedade Anônima facilita d investimento, de modo que venha a ter uma expectativa de 
lucro/investimento considerado alto e o capital é dividido de maneira que as ações fiquem iguais ao 
valor nominal. Mas, para abrir uma Sociedade Anônima precisa cumprir alguns requisitos, além de ter 
em mãos os documentos de cada acionista e possui um prazo de 15 (quinze) dias para a abertura. Vale 
ainda ressaltar que, o acionista que obtiver o controle majoritário vai ser o que obtiver mais de 51% do 
capital social. 
 
Existem 02 (dois) tipos de Sociedade Anônima, a Sociedades Anônimas de Capital Aberto, que está 
relacionada a Bolsa e ao mercado de balcão, porque disponibiliza os seus valores para ser negociado; e 
as Sociedade Anônimas de Capital Fechado, que não são negociáveis, porque os acionistas são 
predeterminados. 
 
As Sociedades Anônimas também necessitam de órgãos de administração, como a Assembleia Geral que 
é responsável pelas decisões da empresa; Conselho de Administração, responsável pela deliberação e 
fiscalização, e tem o papel de orientar na tomada de decisões; Diretoria que gere e representa os 
interesses da empresa e é composta por, no mínimo, 02 (dois) diretores; e Conselho Fiscal que controla 
e fiscaliza as atividades financeiras, lembrando que, não é um órgão obrigatório. 
 
A Lei nº 6.404/76, em especial o artigo 80, que descreve os requisitos preliminares, que são: 
 
Art. 80. A constituição da companhia depende do cumprimento dos seguintes requisitos preliminares: 
 I – subscrição, pelo menos por 0 
2 (duas) pessoas, de todas as ações em que se divide o capital social fixado no estatuto; 
II – realização, como entrada, de 10% (dez por cento), no mínimo, do preço de emissão das ações 
subscritas em dinheiro; 
III – depósito, no Banco do Brasil S/A., ou em outro estabelecimento bancário autorizado pela Comissão 
de Valores Mobiliários, da parte do capital realizado em dinheiro. 
 
 
5. Quais as principais medidas de controle, destinadas à proteção dos acionistas minoritários, 
asseguradas pela legislação societária brasileira? 
 
Aos minoritários assegura-se o direito de convocar a assembleia geral, desde que representem 5% ou 
mais do capital votante, caso os administradores não atendam a pedi do de convocação formulado, 
eleger um membro do Conselho Fiscal e seu suplente, por meio de votação em separa do, desde que 
representem 10% ou mais das ações com direito a voto, retirada da sociedade (direito de recesso), pela 
ocorrência de alterações na estrutura ou no funcionamento da sociedade, previstas em lei, com as quais 
não concordem. 
 
 
 
6. Quais as características principais do acionista controlador? 
 
o acionista controlador é aquele que possui o poder de controle sobre as decisões de uma companhia, 
seja em razão da sua participação majoritária em número de ações, seja devido a sua capacidade de 
articulação e interferência nas decisões de outros acionistas, um erro comum no administrativo-
financeiro é supor que todo acionista controlador é um acionista majoritário, embora seja comum, não 
é obrigatório deter mais de 50% do capital votante de uma empresa para exercer o poder de controle. 
 
Na verdade, essa é apenas uma das três modalidades de acionista controlador existentes, nas outras 
duas, o acionista minoritário pode controlar a organização das seguintes formas, na primeira delas, ele 
se une a outros acionistas, por meio de um acordo de votos, de modo a alcançar a maioria absoluta na 
somatória. 
Já na segunda, mesmo tendo capital votante inferior a 50%, o acionista consegue dominar os votos da 
maioria e a escolha de administradores. É uma união de persuasão e oportunidade. Nesse caso em 
específico, há o que se conhece como controle pulverizado: entre as empresas que atuam no mercado 
brasileiro, Embraer, Hering e Valid são algumas das que adotam este modelo. 
 
7. Cite três exemplos de atos praticados pelo controlador com abuso de poder. 
 
Já que é dever do acionista controlador usar o poder para fazer a companhia realizar seu objeto e 
cumprir sua função social seria abuso de poder conduzir a atividade empresarialpara um fim diferente 
do objeto social ou que cause danos ao interesse nacional. Bem como, tomar decisões com a finalidade 
de prejudicar uma categoria de acionistas ou para satisfazer interesses pessoais de alguns deles, pois o 
controlador deve assegurar o acúmulo de patrimônio social e a prosperidade da empresa. Ou contratar 
com a companhia diretamente ou através de um terceiro visando dar favorecimento o qual tenha 
interesse. 
 
8. Quais as atribuições da Assembleia Geral? Dar exemplos de decisões de sua competência 
privativa. 
 
A Assembleia Geral reúne os acionistas e se trata do órgão máximo da companhia, sendo convocada e 
instalada formalmente, conforme previsão estatutária, sob pena de nulidade. Tem poderes para tomar 
decisões relativas ao objeto social da companhia, defendendo seus interesses, dentro da lei. Como: 
reformar o estatuto social em votação, instaurada com a presença de pelo me nos 2/3 dos acionistas 
com direito a voto. Pode autorizar a emissão de debêntures e também suspender o exercício dos direitos 
do acionista. 
 
9. Quais os deveres dos administradores? 
 
Os Administradores devem ser leais a empresa e agir com honestidade e transparência, acompanhando 
o monitoramento e governança. O descumprimento dos deveres legais causa danos à própria companhia, 
assim como aos acionistas, ao mercado de capitais e até mesmo as empresas parceiras. 
 
O artigo 153 da Lei de Sociedade Anônima disserta a respeito dos deveres do Administrador da 
Companhia que é de empregar, no exercício de suas funções, o cuidado e diligência que todo homem 
ativo e probo costuma empregar na administração dos seus próprios negócios. Complementado pelo 
artigo 154, que diz que deve seguir de acordo com a legislação, o estatuto que lhe confere para lograr os 
fins, e no interesse da companhia. 
 
Ademais, o Administrador que for eleito por grupo de acionista, tem os mesmos deveres que os demais. 
Outro ponto importante que vale ser ressaltado é que o Administrador não pode praticar ato de 
liberalidade à custa da companhia; não pode tomar por empréstimo recurso ou bens da companhia, ou 
usar para o seu interesse próprio ou de terceiro os bens, serviços ou créditos; Além de não poder receber 
de terceiros, sem autorização estatutária ou da Assembleia-Geral, qualquer vantagem pessoas, direta ou 
indireta, em razão do seu cargo. Ainda, o Conselho de Administração, podem autorizar a prática de atos 
gratuitos em benefícios dos empregados ou da comunidade de que a empresa participe. 
 
Os Administradores também são vedados de intervir em qualquer operação social em que tiver 
interesse conflitante com o da companhia. Podendo, inclusive, somente contratar com a companhia em 
condições razoáveis ou equitativas, idênticas às que prevalecem no mercado ou em que a companhia 
contrataria com terceiros. Eles devem analisar propostas comerciais na defesa dos interesses da 
sociedade, na formação de preço dos produtos e serviços comercializados, na manutenção da função 
social da propriedade, administração do capital de giro, ou seja, dentre as funções do Administrador, 
tem-se um leque muito amplo. 
 
Por fim, os Administradores de companhia “aberta”, deve declarar o número de ações, bônus de 
subscrição, opções de compra de ações e debêntures conversíveis em ações, de emissão da companhia 
e de sociedades controladas ou do mesmo grupo, e que seja titular, tudo isso ao firmar o termo de posse, 
conforme o artigo 157 da Lei de Sociedade Anônima. 
 
10. De que forma é a responsabilidade dos administradores, no caso de prejuízo causado pelo não-
cumprimento dos deveres legais ou do estatuto? 
 
No caso de prejuízo causado pelo não-cumprimento dos deveres legais ou do estatuto, o Administrador 
tem como principal atribuição guardar a fixidade do capital social da companhia, no caso de perda, tanto 
o controlador quanto o Administrador, tem o dever de indenizar, por ação ou omissão, porque se trata 
de uma omissão de cautela que se caracteriza como falta de cautela e cuidado necessário diante do 
exercício de sua função e gestão, assim como de controle. 
 
De início, é importante dizer que, o mínimo que se espera de um Administrador é cuidado e ele é 
responsável pela reparação do dano/prejuízo caudado ao capital social. Assim, o Administrador, assim 
como o Controlador devem ter cautela na apreciação de propostas comerciais, na administração do 
capital de giro, na defesa dos interesses da sociedade, na formação de preço dos produtos e serviços 
comercializados, assim como em todas as suas funções. 
 
E, qualquer falta de cautela, qualquer falta de pulso firme e eficiente dos Administradores, fere a 
integridade das funções que lhe é atribuída, os deveres de diligência e lealdade, ou seja, a cautela. A falta 
de cautela está relacionada com o abuso de poder, abuso de direito, assim com desvio de finalidade, que 
gera a reparação do dano que foi causado por esse fato, e a reposição do lucro cessante perdido junto a 
sociedade, empregados, sócios e terceiros credores, todos prejudicados com o prejuízo. 
 
O Administrador só não será responsabilizado se o prejuízo tiver sido causado decorrente de fato 
fortuito ou de força maior que são os casos como roubos, terremotos, incêndio, recessão econômica no 
país, são fatos que não poderiam ser evitados pelo administrador. A indenização decorrente do dano 
causado tem como finalidade restaurar o equilíbrio moral e patrimonial provocado pelo Administrador 
que causou o dano. 
 
E, por sim, conclui-se que, eles são solidariamente responsáveis pelos prejuízos causados por sua falta 
se cautela, em decorrência do não cumprimentos dos deveres que a eles são impostos pela legislação e 
pelo estatuto. 
 
11. Quais as atribuições do Conselho Fiscal? 
 
As principais competências do conselho fiscal são a fiscalização dos atos dos 
administradores (tendo em vista o cumprimento do objeto social da empresa), a emissão de opiniões 
sobre as demonstrações financeiras e o relatório de administração, a formulação de opiniões sobre 
propostas que serão submetidas à aprovação por parte dos acionistas em assembleia, a denúncia de 
erros, fraudes ou crimes e a convocação de assembleias em casos especiais. Todas essas atribuições 
conferem transparência às decisões tomadas pelos administradores e às contas apresentadas pela 
empresa. 
 
12. O que é reserva legal? 
 
A reserva legal está relacionada a destinação dos lucros, são criada pela Assembleia mediante proposta 
dos órgãos da Administração e representam, basicamente, a diferença entre o Patrimônio Líquido e o 
Capital, e é resultante de valores entregues pelos titulares do capital (ou seja, os acionistas, sócios...) que 
não representam aumento de capital, ou ainda, não representem acréscimo de valor de elementos ativos. 
 
O artigo 195 da Lei n° 6.404/76 dispõe acerca das assembleias e diz que ela poderá, através de proposta 
dos órgãos de administração, destinar parte do lucro líquido à formação de reserva a fim de compensar 
a diminuição de lucro decorrente de perda julgada provável. Ou seja, de modo geral, as propostas devem 
indicar claramente a causa da perda e justificar o motivo da constituição da reserva, devendo esclarecer 
a sua finalidade, e fixar os critérios para determinar 
à parcela anual dos lucros líquidos que serão destinados a constituição da mesma. 
 
A reserva legal é constituída por 5% (cinco por cento) do lucro líquido do exercício, não podendo 
ultrapassar 20% do capital social. Ademais, a reserva legal deve ser mantida e poderá ser utilizada 
somente para o aumento do capital social ou nos casos de absorção de prejuízos. E artigo 200 disserta 
sobre a situação às quais as reservas de capital podem ser utilizadas: 
 
Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para: 
I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros (artigo 189, 
parágrafo único); 
II - resgate, reembolso ou compra de ações; 
III - resgate de partes beneficiárias; 
IV -incorporação ao capital social; 
V - pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada (artigo 
17, § 5º). 
Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes beneficiárias poderá ser 
destinada ao resgate desses títulos. 
 
13. Sendo o estatuto da companhia omisso a respeito de qual percentagem do lucro líquido deverá 
ser distribuído aos acionistas dividenduais, que direito lhes assiste? 
 
Conforme o art. 202 da lei 6404/76: Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, 
em cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto ou, se este for omisso, a importância 
determinada de acordo com as seguintes normas: 
I -metade do lucro líquido do exercício diminuído ou acrescido dos seguintes valores: a) importância 
destinada à constituição da reserva legal (art. 193); e b) importância destinada à formação da reserva 
para contingências (art. 195) e reversão da mesma reserva formada em exercícios anteriores. 
No § 2 também diz: Quando o estatuto for omisso e a assembléia-geral deliberar alterá-lo para 
introduzir norma sobre a matéria, o dividendo obrigatório não poderá ser inferior a 25% (vinte e 
cinco por cento) do lucro líquido ajustado nos termos do inciso I deste artigo. 
Por isso os acionistas terão direito a receber metade do lucro líquido ajustado retirando os valores que 
são destinados à formação da reserva legal, de contingências e lucros para a reserva. 
14. O que se entende por alienação do controle da sociedade anônima aberta? 
 
É quando o acionista controlador transfere o poder de controle da companhia com a venda ou permuta 
das suas ações de sua propriedade, pois com elas ele detém de modo permanente, o poder de eleger a 
maioria dos administradores e a maioria dos votos da Assembleia Geral. 
 
15. Como ocorre a formação do Capital Social? 
 
A priori, o Estatuto da companhia irá fixar o valor do Capital Social, expresso em moeda nacional. A 
formação do Capital Social de uma Sociedade Anônima pode ser subscrito, que é a quantia total que 
cada sócio assume quando a empresa é aberta, ou seja, é a parcela que cada sócio assumiu se 
comprometendo a pagar; Ou integralizado, que está relacionado ao valor incorporado que foi assumido, 
mas que não foi pago, ou seja, parcela total restituída para o patrimônio social. Ou seja, o valor das ações, 
valor nominal, prazo para o capital subscrito, recursos e outras decisões serão deliberadas pelos sócios. 
 
Há 03 (três) formas de integralizar o capital social em uma Sociedade Anônima que é: dinheiro; bens ou 
créditos, sendo o dinheiro o mais usado que o sócio paga à vista. 
 
Para um bem ser integralizado, sendo ele móvel ou imóvel, corpóreo ou incorpóreo, necessita de uma 
avaliação, ou seja, avaliar o bem de forma que esteja dentro dos critérios estabelecidos em lei, com uma 
votação na assembleia-geral, além de um laudo técnico feito por uma empresa especializada, podendo 
ainda ser feito por 03 (três) peritos. 
 
A formação se dará da seguinte forma: o sócio (acionista) irá transferir à sociedade os direitos de 
créditos que possui perante terceiros, por nota promissora, duplicata, contratos ou qualquer outro título 
para a sociedade que irá depender da concordância da companhia em geral. De forma clara, ele é 
dividido em ações de igual valor nominal, e limita a responsabilidade do acionista apenas ao preço de 
emissão das ações adquiridas os subscritas, levando em consideração que, o objetivo é a acumulação de 
capitais. Ou seja, se importa mais com a acumulação do que com a atração de acionistas em si. 
 
No geral, o capital inicial é o valor monetário que é necessário para o exercício da atividade empresarial 
e é dividido em ações, que são de propriedade dos sócios que lhe são atribuídas proporcionalmente ao 
que cada um investiu, porque ao se tornar acionista de uma sociedade anônima, deve subscrever 
(investir determinado valor na sociedade) e integralizar as ações (transferir o que prometeu). O preço 
da emissão das coes é justamente o valor que cada pessoa deve pagar por cada ação que pretende 
subscrever. 
 
Nas sociedades por ações, deverá da como entrada 10% (dez por cento), no mínimo, do preço de 
emissão das ações subscritas em dinheiro. E, tanto o aumento quanto a diminuição do capital social só 
ocorrem nos casos previstos em lei e deverá observar as regras, procedimentos e estatuto. 
 
16. Álvaro Alberto Jardim, Ana Maria Paes e Xavier Barbosa são amigos há muito tempo. Os dois 
primeiros são servidores do Banco Central do Brasil há quinze anos, e o terceiro é Procurador da 
República na ativa. Os três foram sorteados na Mega Sena e receberam juntos o valor líquido total 
de R$ 9.000.000,00 (nove milhões de reais). Após terem dividido em partes iguais o dinheiro 
recebido, debateram a possibilidade de formarem uma sociedade para explorar negócio bancário, 
e foram ao seu escritório consultá-lo. Após examinar as leis pertinentes, redija uma 
correspondência endereçada simultaneamente aos três potenciais sócios, aconselhando-os a 
respeito do tipo societário que poderão adotar para viabilizar o empreendimento, justificando 
sua opinião. Lembre também de responder justificadamente à pergunta feita a você, durante a 
reunião, pela Ana Maria Paes, a qual tem diversas dívidas antigas para quitar e, assim, se 
preocupava com o fato de que talvez só pudesse realizar, no ato de subscrição, 8% (oito por cento) 
da parcela de capital social que irá subscrever na sociedade a ser constituída. 
 
Álvaro e seus sócios podem optar pela chamada Sociedade Limitada. Esse tipo societário é na 
modalidade conjunta e requer uma divisão de quotas que vão variar de acordo com o capital investido 
por sócio. Esse modelo jurídico não conta com valor mínimo e é definido de acordo com a investido por 
cada um. Assim, cada parte terá sua porção de responsabilidade e participação nos lucros limitados 
conforme aquilo que foi investido por qual na abertura da empresa. Tudo deve ser previamente definido 
em Contrato Social e devidamente registrado na Junta Comercial. Além disso, todos os segmentos de 
empresas podem optar por esse tipo de sociedade, como, por exemplo: comércio, indústria, empresas 
de tecnologia, etc. 
Com isso, Ana poderá entrar com os seus 8% e em relação as suas dívidas, a quitação das mesmas será 
também limitada apenas ao bem empresarial de cada sócio envolvido, Álvaro e Xavier não serão preju-
dicados. 
17. A Assembleia Geral Ordinária da SA deliberou aumentar o capital social com o aproveitamento 
das reservas, previsto no Estatuto, e com o valor resultante da reavaliação do ativo. Os acionistas 
minoritários reclamaram alegando ser o aumento de capital ato privativo da Assembléia Geral 
Extraordinária. Procede? 
 
A assembleia geral é o órgão deliberativo máximo da sociedade anônima e que, conforme disposto 
no artigo 121 da Lei das S.A., possui competência para decidir todos os negócios relativos ao objeto 
da companhia e tomar as resoluções que julgar convenientes à sua defesa e desenvolvimento, nesse 
sentido, são materiais de competência privativa da assembleia geral, de acordo com o artigo 122 da 
Lei das S.A: 
I — Reformar o estatuto social; 
II — Eleger ou destituir, a qualquer tempo, os administradores e fiscais da 
companhia, ressalvado o disposto no inciso II do art. 142; 
III — tomar, anualmente, as contas dos administradores e deliberar sobre as 
demonstrações financeiras por eles apresentadas; 
IV — Autorizar a emissão de debentures, ressalvado o disposto no § 1º do 
art. 59; 
V — Suspender o exercício dos direitos do acionista (art. 120); 
VI — Deliberar sobre a avaliação de bens com que o acionista concorrer para 
a formação do capital social; 
VII — autorizar a emissão de partes beneficiarias; 
VIII — deliberar sobre transformação, fusão, incorporação e cisão da companhia, sua dissolução e 
liquidação, eleger e destituir liquidantes e julgar-lhes as 
contas; e 
IX — Autorizar os administradores a confessarfalência e pedir concordata.” 
Ressalte-se que a função deliberativa da assembleia geral está condicionada 
a um rigoroso formalismo, regulado de forma detalhada em lei, incluindo 
regras de convocação, instalação e representação dos acionistas, além dos diversos rituais que 
revestem a reunião, sendo certo que tais procedimentos 
são dispensáveis quando presentes todos os acionistas, inclusive aqueles sem 
direito a voto. 
 
18. Daniel Gomes, acionista e Presidente do Conselho de Administração da construtora 
Internacional de Engenharia S/A quer adotar o sistema do voto múltiplo na eleição dos membros 
deste órgão societário. Assim, indaga sobre o funcionamento desse sistema de votação, 
perguntando, ainda, sobre a distinção entre voto múltiplo e voto plural. Justifique a resposta. 
 
O voto múltiplo pode ser conceituado como o processo de votação mediante o qual se atribui a cada 
ação tantos votos quantos sejam os cargos a preencher no conselho de administração, reconhecendo-se 
ao acionista o direito de cumular os votos em um único candidato ou distribui-los entre vários. 
O processo de voto múltiplo, assim, foi concebido para conferir aos acionistas minoritários a 
oportunidade de obter representatividade nos órgãos sociais da companhia, os quais seriam sempre 
dominados pelo acionista controlador na hipótese de adoção do processo de voto comum. 
No voto plural, é atribuído um peso maior a uma classe de ações. Por exemplo, o voto dos fundadores 
https://syhus.com.br/2018/07/26/remuneracao-dos-socios-saiba-como-os-proprietarios-sao-remunerados/
de uma empresa pode valer 150 vezes o dos novos investidores. O texto inclui dispositivos na Lei das 
Sociedades Anônimas, que atualmente proíbe a prática. 
 
19. Como ocorre Redução do Capital Social? 
 
A redução do Capital Social está interligada com ao montante, mais especificadamente quando ele é 
superior ao que é necessário para o desenvolvimento do objeto da empresa. A redução do Capital 
Social vai ocorrer quando ele for considerado “excessivo” e pode ocorrer de 02 (duas) formas. A 
primeira é por meio da restituição aos sócios e acionistas de parte do valor das ações ou quotas. A 
segunda o valor das quotas é diminuído e a prestação ainda devidas são dispensadas. 
 
Também pode ser reduzido, inclusive, mediante a alteração do estatuto da Sociedade Anônima, desde 
que este esteja totalmente integralizado e devem-se observar alguns aspectos, tais como: deverá 
observar se o capital foi considerado excessivo em comparação ao objeto da sociedade, nesse caso, a 
redução vai ser feita mediante a restituição da parte do valor da quota aos sócios ou as prestações 
devidas dispensadas, como já foi citado. 
 
Outro aspecto a ser observado é em casos de comprovação de perdas irreparáveis diante da sociedade 
porque essa diminuição deve ser proporcional ao valor nominal de cada quota, e ainda, se torna 
efetiva junto ao Registro da Ata aprovada da Junta Comercial. 
 
Quando todo o procedimento é realizado, a redução passa a ter eficácia no prazo de 60 (sessenta) dias 
se tratando se sociedades anônimas, sendo o prazo contado a partir da publicação da ata. 
 
A redução do Capital Social deve ser publicada no Diário Oficial da União ou do Estado e a publicação 
também deve ser feita nos jornais de grande circulação, porém, essa ultima opção não é tão válida nos 
dias de hoje, tendo em vista que, estamos vivendo a era das tecnologias e poucas pessoas lêem jornais, 
tendo mais contato com redes sociais e plataformas de informações via internet. 
 
20. A CIA. SAGITÁRIO DE INDÚSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS, que não possui suas ações 
admitidas à negociação no mercado de valores mobiliários, realizou, em sua sede social, na 
cidade do Rio de Janeiro, em 30 de agosto de 2014, uma Assembleia Geral Extraordinária, tendo 
como único objetivo discutir e deliberar sobre a mudança de seu objeto social para a exploração 
comercial de restaurantes, bares e atividades assemelhadas. 
Os diretores da mencionada sociedade, sem qualquer orientação jurídica prévia, tomaram 
algumas providências legais que entenderam ser adequadas à realização da AGE e também 
elaboraram os termos da respectiva Ata, onde consta que: 
A) O 1º anúncio referente à 1ª convocação da citada Assembleia foi publicado no dia 26 de 
agosto de 2014, sem que a matéria objeto da AGE tenha sido indicada. 
B) A Assembleia foi instalada em 1ª convocação com a presença de acionistas que 
representaram 25% (vinte e cinco por cento) do capital social com direito de voto. 
C) A deliberação da AGE que resultou na aprovação da mudança do objeto da CIA SAGITÁRIO DE 
INDÚSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS foi tomada por maioria absoluta de votos, dos 
presentes. 
Antes, porém, de submeter a Ata ao competente arquivamento na Junta Comercial do Estado do Rio de 
Janeiro (JUCERJA), resolveram os diretores da CIA. SAGITÁRIO DE INDÚSTRIA DE PRODUTOS 
ALIMENTÍCIOS fazer uma consulta ao escritório de advocacia do qual você é integrante, para que fossem 
informados se houve, ou não, observância, por parte deles, das prescrições e exigências legais 
necessárias à regularidade da AGE. 
Feita a sua indicação para examinar o assunto, elabore um PARECER fundamentado, resumindo a 
consulta e expondo, de modo claro e objetivo, o seu ponto de vista sobre os dados constantes das letras 
A, B e C acima indicados, com o devido esclarecimento se os mesmos estão, ou não, corretos, indicando, 
obrigatoriamente, em cada caso, os dispositivos legais pertinentes às suas repostas. 
 
Parecer jurídico nº 00001 
REQUERENTE: CIA. SAGITÁRIO DE INDÚSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS 
EMENTA: DIREITO EMPRESARIAL. ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA. INDÚSTRIA DE 
PRODUTOS ALIMENTÍCIOS. Artigo 134, 135 e 136 da lei da S.A. MUDANÇA DE OBJETO SOCIAL. 
PUBLICAÇÃO DE ATA NA JUNTA COMERCIAL. IMPOSSIBILIDADE. 
RELATÓRIO: a Empresa CIA. SAGITÁRIO DE INDÚSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS, no dia 
01 de setembro de 2014, solicitou parecer jurídico com análise sobre as eventuais infrações à 
legislação empresarial na Assembleia Geral Extraordinária que ocorreu no dia 30 de agosto de 
2014, realizada em sua sede social. Trouxe, para a elaboração do parecer, os documentos tais, 
apresentados em anexo e questionou, tendo em vista a legislação sobre o tema, a favorabilidade 
pelo empreendimento para a exploração comercial de restaurantes, bares e atividades 
assemelhadas. 
FUNDAMENTAÇÃO: O artigo 134, § 5º da lei das sociedades anônimas estabelece que: 
Art. 134. Instalada a assembléia-geral, proceder-se-á, se requerida por qualquer acionista, à leitura 
dos documentos referidos no artigo 133 e do parecer do conselho fiscal, se houver, os quais serão 
submetidos pela mesa à discussão e votação. 
§ 5º A ata da assembléia-geral ordinária será arquivada no registro do comércio e publicada." 
A lei das sociedades anônimas é clara quanto a necessidade de publicação da ata da assembleia 
geral ordinária em qualquer hipótese. Porém essa formalidade não é obrigatória a todas 
extraordinárias. 
No artigo 135 § 1° da lei da S.A, está descrito: 
"Art. 135. A assembléia-geral extraordinária que tiver por objeto a reforma do estatuto somente se 
instalará em primeira convocação com a presença de acionistas que representem 2/3 (dois terços), 
no mínimo, do capital com direito a voto, mas poderá instalar-se em segunda com qualquer número. 
§ 1º Os atos relativos a reformas do estatuto, para valerem contra terceiros, ficam sujeitos às 
formalidades de arquivamento e publicação, não podendo, todavia, a falta de cumprimento 
dessas formalidades ser oposta, pela companhia ou por seus acionistas, a terceiros de boa-fé." 
Por isso, a formalidade seria exigida apenas em temas em que haja necessidade de validade 
perante terceiros. 
Conforme o art. 136 da lei das sociedades anônimas: 
Art. 136. É necessária a aprovação de acionistas que representem metade, no mínimo, das ações 
com direito a voto, se maior quórum não for exigido pelo estatuto da companhiacujas ações não 
estejam admitidas à negociação em bolsa ou no mercado de balcão, para deliberação sobre: 
I- criação de ações preferenciais ou aumento de classe de ações preferenciais existentes, sem 
guardar proporção com as demais classes de ações preferenciais, salvo se já previstos ou 
autorizados pelo estatuto; 
II- alteração nas preferências, vantagens e condições de resgate ou amortização de uma ou mais 
classes de ações preferenciais, ou criação de nova classe mais favorecida; 
III- redução do dividendo obrigatório; 
IV- fusão da companhia, ou sua incorporação em outra; 
V- participação em grupo de sociedades (art. 265); 
VI- mudança do objeto da companhia; 
VII- cessação do estado de liquidação da companhia; 
VIII- criação de partes beneficiárias; 
IX- cisão da companhia; 
X- dissolução da companhia. 
Outro fator que recomenda a publicação da ata da AGE é a aprovação de acionistas, sobre as 
matérias citadas nos artigos acima. Seus sócios e administradores estão obrigados a cumprir os 
requisitos para a deliberação. 
A reunião não poderá tomar medidas que tenham alguma irregularidade pois os responsáveis 
serão prejudicados se a respectiva ata for publicada. 
De acordo com o art. 137 da referida lei: 
"Art. 137. A aprovação das matérias previstas nos incisos I a VI e IX do art. 136 dá ao acionista 
dissidente o direito de retirar-se da companhia, mediante reembolso do valor das suas ações (art. 45), 
observadas as seguintes normas: 
V - o prazo para o dissidente de deliberação de assembléia especial (art. 136, § 1º) será 
contado da publicação da respectiva ata; 
§ 1º O acionista dissidente de deliberação da assembléia, inclusive o titular de ações 
preferenciais sem direito de voto, poderá exercer o direito de reembolso das ações de que, 
comprovadamente, era titular na data da primeira publicação do edital de convocação da assembléia, 
ou na data da comunicação do fato relevante objeto da deliberação, se anterior." 
Ademais, quando se trata de companhias abertas, a necessidade de publicação das atas de todas 
as assembleias extraordinárias se justifica pela ampla transparência que devem dar aos seus atos, 
com intuito de contempla à completa informação do mercado de capitais e investidores. 
Bem como, se faz necessário que se revistam de certeza jurídica antes de sua publicação. 
Conforme analisaremos: 
A) Essa publicação da ata da AGE é referida em lei, quando a reunião do órgão delibera matéria 
que dá ensejo ao exercício do direito de recesso, pelo acionista; quando decide a emissão de 
debêntures; nos casos de reforma os estatutos; quando é o local em que ocorre a renúncia de 
administrador; quando reduz o capital social, com restituição aos acionistas; e quando toma a 
prestação final de contas do liquidante; assim como quando aprova as operações de 
incorporação, fusão e cisão. Ademais, fora essas situações citadas acima, inexiste para a 
publicação da ata da assembleia geral extraordinária, a qual é uma situação obrigatória. 
O fator validade perante terceiros é sempre conveniente que a companhia a providencie, mesmo 
nas hipóteses em que a formalidade não é obrigada na lei. Entretanto, a hipótese de não 
publicação pode ser facilmente suscitada em casos concretos específicos. 
O anúncio da convocação da assembleia não poderia ter sido publicado sem que a matéria objeto 
fosse indicada. 
B) A Lei das S.A. assegura aos acionistas minoritários que representem, separadamente ou em 
conjunto, pelo menos 5% (cinco por cento) do capital social, o direito de solicitar a convocação 
de Assembleia para deliberar sobre quaisquer matérias que eles considerem de interesse da 
sociedade (art. 123, § único, alínea “c” da Lei das S.A.). Para tanto, tais acionistas deverão 
apresentar aos administradores da sociedade um pedido neste sentido, devidamente 
fundamentado, com indicação dos assuntos a serem tratados. Caso o pedido de convocação da 
Assembleia não seja atendido no prazo de 8 (oito) dias, os próprios acionistas poderão promover 
diretamente a convocação. 
III) Convocação de Assembleia Geral para deliberar sobre a instalação do Conselho Fiscal 
Acionistas que representem, no mínimo, 5% (cinco por cento) do capital votante, ou 5% (cinco 
por cento) das ações sem direito a voto, poderão convocar a Assembleia Geral com o objetivo 
específico de deliberar sobre a instalação do conselho fiscal, quando o pedido de convocação de 
Assembleia para tal finalidade não for atendido, no prazo de 8 (oito) dias, pelos administradores 
da companhia 
O acionista minoritário, ao participar e votar nas Assembleias Gerais, está exercendo uma 
prerrogativa fundamental da condição de acionista, visto que o voto por ele manifestado poderá 
influenciar a formação da vontade da sociedade anônima. Ao exercer tal direito, o acionista, seja 
minoritário ou controlador, deve sempre observar o princípio básico de que o voto visa ao 
atendimento do interesse da sociedade, e não aos interesses particulares de cada acionista, na 
eleição, em separado, de um membro do conselho de administração, desde que compareçam à 
Assembleia Geral titulares de ações preferenciais que representem, no mínimo, 10% (dez por 
cento) do capital social (art. 141, § 4º, inciso II, da Lei das S.A.). 
C) Embora a deliberação da AGE que resultou na aprovação da mudança do objeto da CIA 
SAGITÁRIO DE INDÚSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS foi tomada por maioria absoluta de 
votos, dos presentes vimos que é necessária a aprovação de acionistas que representem metade, no 
mínimo, das ações com direito a voto, se maior quorum não for exigido pelo estatuto da companhia. 
Por isso a lei não autoriza que essa medida seja tomada. Se fazendo necessária uma nova reunião com 
os sócios para que seja feita a alteração. Pois estar em desacordo com a legalidade pode trazer 
responsabilização dos sócios que participaram da AGE e tomaram essas medidas. 
CONCLUSÃO: Diante do exposto, entende-se que a mudança do objeto social da CIA SAGITÁRIO 
DE INDÚSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS violaria tais fundamentos, indo de encontro à 
doutrina e jurisprudência pacífica, motivo pelo qual este parecer mostra-se desfavorável ao 
solicitado pela requerente. 
É o parecer. 
Recife 01 de setembro de 2014 
 
Camila Correia Sodré Raposo 
OAB/PE Nº 00005789 
 
Maria Carolyne Beltrão de Albuquerque Rocha 
OAB/PE Nº 00008761 
 
Bianca de Cassia Albuquerque Marinho da Costa 
OAB/PE Nº 00003333

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