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A IMPORTÂNCIA DOS CUIDADOS COM OS ANIMAIS E COM O LEITE SAIBA QUAIS OS ASPECTOS IMPORTANTES NA PRODUÇÃO DE LEITE E ENTENDA AS CONSEQUÊNCIAS BOVINO CULTURA DE LEITE A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA A água é um alimento essencial para os bovinos. É necessário para manter os líquidos do corpo, para a digestão, absorver e transformar os nutrientes, eliminar os resíduos e calores do corpo, prover o líquido que envolve o feto e transportar os nutrientes. Retirando toda a água de um alimento sobra a matéria seca. É nela que encontramos os nutrientes como os carboidratos, gorduras, proteínas, vitaminas, minerais e fibras. Através da experiência sabe-se que uma vaca leiteira consome em torno de 3 quilos de matéria seca por dia para cada 100 quilos de seu peso vivo. A quantidade de matéria seca depende de muitos fatores, como: peso do animal, quantidade de leite que está produzindo, estágio de lactação, número de lactações, manejo e condições corporais. Restringindo-se o consumo de água e o consumo de alimentos, a produção de leite diminui. As vacas sofrem de falta de água mais rapidamente e severamente do que a falta de qualquer outro alimento. MATÉRIA SECA Bem-estar animal; Higienização das salas, armazenamento, refrigeração e transporte; Alojamento adequado; Coleta de amostra do leite para avaliação da qualidade Contagem Padrão em Placas (CPP); Treinamento de pessoal e padronização de processos. PONTOS IMPORTANTES PARA UMA BOA QUALIDADE DO LEITE Cinco pilares da produção leiteira: GENÉTICA SANIDADE ALIMENTAÇÃO CONFORTO TÉRMICO GERÊNCIA Manejo que reduza a contaminação física, química e microbiológica; Utilizar o leite apenas das vacas sadias; Cuidados com a higiene no processo de obtenção, resfriamento e controle sanitário do rebanho. Preparação dos tetos antes da ordenha (pré- dipping), pós-dipping; Recomenda-se uma única roupa adequada para ordenha; Evitar o stress desnecessário, evitando usar equipamentos de agressão; Deve ser descartado de três a cinco jatos de leite na caneca de fundo preto ou telado para o diagnóstico de mastite clínica; Realizar CMT para diagnóstico da mastite subclínica. CUIDADOS COM A ORDENHA Deve-se usar papel descartável para fazer a secagem dos tetos. Passar o papel depois da lavagem e antes de começar a ordenha, lembrando sempre de não usar o mesmo papel pra todos os animais. É muito comum a contaminação quando não há esse tipo de prevenção, pois se houver um animal doente no rebanho, as chances de adoecer todos os outros são muito grandes. CUIDADOS COM A ORDENHA A contagem de microrganismos é importante para a avaliação da qualidade do leite cru, pois será um indicador das condições de higiene em que o leite foi obtido e armazenado, desde seu processo de ordenha até o consumo. A qualidade microbiológica estima a contaminação do leite por microrganismos, que está ligada com a saúde da glândula mamária do rebanho e às condições gerais do manejo e higiene adotados na fazenda. Contagem Padrão em Placas (CPP) que quantifica o número total de bactérias presentes no leite cru e é realizada em procedimento de contagem padrão em placas com incubação de 48hs a 32°C. A CCS, ou contagem de células somáticas, consiste em um meio de avaliação de saúde da glândula mamária de vacas leiteiras. As células somáticas são representadas por células de descamação do epitélio da própria glândula mamária e por células de defesa que passam do sangue para o úbere. Vacas sadias e com boa saúde da glândula mamária possuem valores de CCS de até 200.000 células/mL de leite. Valores superiores indicam que há algum desequilíbrio na glândula mamária, possivelmente devido a ocorrência de mastite. AVALIAÇÕES LABORATORIAIS DO LEITE TÉCNICA: Rápido, muito utilizado para indicar o pH e estabilidade térmica do leite simulando a pasteurização. PROCEDIMENTO: Adicionar ao tubo de ensaio 2mL de leite com mais 2mL de solução de alizarol. Homogeneizar e observar a coloração formada e possível presença de grumos ou coagulação. ANALISANDO A ACIDEZ DO LEITE Teste do Alizarol AMOSTRA DE LEITE RESULTADOS ESPERADOS LEITE NORMAL LEITE ÁCIDO LEITE INSTÁVEL LEITE ALCALINO Coloração violeta, sem precipitados. Coloração vermelho-tijolo, e presença de precipitados. Coloração amarelada e presença de precipitados. Coloração vermelho-tijolo, sem precipitados. PONTOS IMPORTANTES: Diversos grupos de bactérias podem acarretar em modificações importantes no leite analisado, temos como exemplo as bactérias mesofílicas que tornam o leite amarelado e as bactérias psicrotróficas que podem precipitar o leite. Este teste é importante e sua avaliação deve ser criteriosa pois levamos em conta variantes ambientais (estações do ano) e do animal (lactação e/ou dieta) que podem interferir no resultado da técnica. TÉCNICA: O pH pode indicar possíveis problemas higiênicos-santários na origem do leite. PROCEDIMENTO: Calibrar o pHmetro com as soluções padrão de pH 4,0 e 7,0. Inserir no béquer de análise 20 mL da amostra de leite e o sensor. Iniciar a leitura. O valor do pH poderá ser visualizado, após a estabilização, no visor do equipamento. ANIMAIS SADIOS: pH entre 6,2 a 6,8. ANIMAIS COM INFECÇÕES OU PRESENÇA DE COLOSTO: pH 7,5 ou 6,0 PONTOS IMPORTANTES: Na falta de higienização, bactérias mesofílicas podem fermentar e produzir ácido lático, aumentando assim a acidez do leite. Leites alcalinos podem ser barrados pela adição fraudulenta de substancias visando a neutralização dos ácidos formados (hidrólise da lactose). ANALISANDO A ACIDEZ DO LEITE Teste do pH TÉCNICA: : É usada uma substância alcalina (NaOH) para neutralizar o ácido do leite. É utilizado Fenolftalina para indicar a quantidade de álcali necessária para neutralizar o ácido do leite. PROCEDIMENTO: Adicionar 10 mL de leite no Erlenmeyer. Inserir quatro a cinco gotas de fenolftaleína ao leite e agitar. Titular a amostra agitando-a com a solução Dornic até obter coloração constante ligeiramente rosa. Verificar a quantidade de solução Dornic que foi gasta. Esta corresponde ao grau de acidez do leite. INCOLOR: Substância ácida. RÓSEA: Substância alcalina. PONTOS IMPORTANTES: A verificação da acidez do leite é importante pois analisa a presença de bactérias (podendo causar infecções ou não), formação de grumos e outros fatores que ocasionem o aumento do pH (fatores nutricionais do animal, possibilidades de fraudes na formulação do leite e entre outros). ANALISANDO A ACIDEZ DO LEITE Teste da Acidez do Leite REFERÊNCIAS AGUILAR, C. E. G; NETTO, A. S; VIDA, A. M. C. Análises físico-químicas e microbiológicas de leite. In VIDA, A. M. C; NETTO, A. S. Obtenção e processamento do leite e derivados. Pirassununga : Faculdade de Zootecnia e Engenharia deAlimentos da Universidade de São Paulo, 2018. p. 89-94. ALMEIDA, L.A.B.; BRITO, M.AV.P.; BRITO, J.R. F.; PIRES, F.A. & BENITES, N.R.,2015. Tratamento de mastite clínica experimental por meio de ordenhas múltiplas em vacas leiteiras inoculadas com Staphylococcus aureus. Arquivo Instituto Biológico, 72, 1-6; 11. ALVIM, M.J.; BOTREL, M.A. & XAVIER, D.F.,2002. As principais espécies de Brachiaria utilizadas no país. EMBREPA Gado de Leite, Minas Gerais. ARCURI, E.F.; BRITO, M.A.V.P; BRITO, J.R.F.; PINTO, S.M.; ÂNGELO, F.F. & SOUZA, G.N., 2006. Qualidade microbiológica do leite refrigerado nas fazendas Microbiological quality of refrigerated milk on farms. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, 58,440- 446. BAÊTA, F.C. & SOUZA, F.C., 2010. Ambiência em edificações rurais: conforto animal. Universidade Federal de Viçosa, Viçosa -MG. BARBALHO, T.C.F. & MOTA, R.A.,2005. Isolamento de agentes bacterianos envolvidos em mastite subclínica bovina no Estado do Pernambuco. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal,2,31-36. BERCHIELLI, T.T.; PIRES, A.V. & OLIVEIRA, S.G., 2011. Nutrição de ruminantes. FUNEP, Jaboticabal, Brasil. BRASIL, 2002. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Departamento de Inspeção de Produtos de OrigemAnimal (DIPOA). Instrução Normativa n. 51, de 18 de setembro de 2002. Aprova e oficializa o regulamento técnico de identidade e qualidade de leite cru refrigerado. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, p. 13-22, 20 de setembro. CERQUEIRA, M.M.O.P.; VARGAS, R.T.; CUNHA, A.F.; LAGE, A.D.; FONSECA, L.M.; RODRIGUES, R.; OLIVEIRA LEITE, M.; PENNA, C.F.A.M. & SOUZA, M.R., 2009. Mastite em novilhas: importância e controle. Ciência Animal Brasileira, 1. Amanda Alves Breviglieri 2014281 Ariele Maris Lima Ferreira 2018467 Barbara Caroline de Oliveira 2017616 Gabriela Claudine de Oliveira Malina 2018617 Giullia Camargo Biaseto 2018086 Henrique Cusatis Novaes 2018328 Julia Sofia Oliveira Diógenes 2018030 Keila Pacheco 2017213 Késsya Cristina Priori 2018124 Keven Guilherme de Oliveira Araújo 2016154 Leonardo Rossi Salviano 2018333 Luana de Oliveira Leite de Farias 2018156 Paula Sprega Maia 2018347 Sara Sthephany Wada de Oliveira Vilaça 2018099 ALUNOS
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