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Apologética - Islamismo (www icp com br)

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Pági na
1
ISLAMISMO
ARTIGOS NESTE MATERIAL:
1. Motivos para o terrorismo no fundamentalismo 
islâmico.............................................................................02
2. Quem é Alá? - O que os muçulmanos pensam sobre o 
Deus da Bíblia e dos cristãos............................................11
3. Um exame crítico e histórico da adoração islâmica.....21
4. Uma resposta cristã ao islamismo sobre o Alcorão......31
5. Islamismo - a religião de Maomé: O último profeta.....37
6. Quem são os filhos de Abraão?....................................41
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2
1. MOTIVOS PARA O TERRORISMO NO FUNDAMENTALISMO 
ISLÂMICO
Answering Islam
Desde o dia 11 de setembro, quando ocorreu o maior ataque terrorista da historia as 
torres gêmeas do World Trade Center, em Nova Iorque, nunca se viu uma tentativa 
tão insistente por parte da liderança islâmica em mostrar ao mundo que a sua religião
não patrocina o terror e muito menos defende o uso da violência contra os não-
muçulmanos. Através dos meios de comunicação, os muçulmanos afirmam que ações 
de como a que ocorrreu nos Estados Unidos não fazem parte da visão islâmica de 
conversão dos ‘infieis’ e não são modelo de oposição aos que não apóiam o islã no 
mundo.
É verdade que muitos muçulmanos não compartilham desta visão de J ihad1, 
principalmente os mais intelectuais e transculturados, como é o caso do moderado 
Mohammad Kathami, primeiro- ministro do Irã, que conduz, mesmo sob forte 
oposição dos religiosos, uma reforma social nunca vista desde a revolução 
fundamentalista do Aiatolá Komeini.
Mas, por outro lado, toma-se dificílimo ver o islamismo com bons olhos. Isto porque a
responsabilidade de aproximadamente 50% dos atentados terroristas em todos os 
cinco continentes do mundo, com milhares de vítimas, é de grupos islâmicos 
fundamentalistas, que reivindicam a autoria dos crimes. E contam com o apoio dos 
governos dos Estados islâmicos, como Argélia, I raque, I rã, Arábia Saudita, 
Afeganistão, Indonésia, Líbia e Mauritânia, entre outros.
E mais. Os atos terroristas que apavoram o mundo é visto pela grande maioria da 
população dos países islâmicos não como uma ação criminosa hedionda, mas como 
uma defesa, um ato altruísta, e os suicidas envolvidos nestas ações passam a ser 
mártires, jamais assassinos. Quando se viu nos noticiários o julgamento e a 
condenação desses radicais e seguidores. Ou, quando se viu uma campanha oficial 
desses países para conter os movimentos radicais?
O fato de que quase a metade, aproximadamente, dos atentados terroristas em todo 
o mundo ser de origem ideológica muçulmana nos leva a algumas perguntas: Há 
alguma ligação entre o terrorismo e o islã? Há algum apoio direto ou indireto para 
este tipo de ação? Por que tanto ódio contra países cristãos e a cristãos residentes 
nessas nações? Por que as nações árabes mais fundamentalistas são responsáveis 
pelas maiores agressões aos direitos humanos? Seria isto apenas uma coincidência?
É preciso conhecer a história do islamismo e a sua doutrina para que estas perguntas 
sejam respondidas apropriadamente. Ainda que apenas algumas delas, pois jamais 
haverá respostas para todas. Cremos, no entanto, que, com algumas 'evidências' 
encontradas na história de Maomé (Mohammad) e no próprio Alcorão, um feixe de luz
é lançado nestas questões.
Maomé e os conflitos que envolvem sua história
Durante o período em que Maomé falou acerca da sua nova religião, considerando-se 
um profeta, ele foi duramente perseguido e odiado por muitos de Meca ( cidade onde 
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3
nasceu em 25 de abril de 571 da era cristã) , pois a sua mensagem era oposta às 
religiões politeístas do povo daquela região e época.
Houve uma grande perseguição contra o 'profeta’ inclusive um grupo tentou tirar- lhe 
a vida, mas ele mais uma vez conseguiu escapar2. Após dura perseguição em Meca, 
alguns dos seus seguidores foram enviados para refúgio na Etiópia. Outros seguiram 
para uma cidade mais ao norte, Yathiib, onde as pessoas de duas tribos árabes 
queriam que Maomé fosse também o profeta deles.
Durante o período em que Maomé viveu em Meca, antes da fuga para Medina, ele não
recebeu nenhuma mensagem de ‘Allah’ permitindo a guerra. E, apesar do risco de 
vida e da vigilância constante dos primeiros muçulmanos para guardá-lo, inclusive 
sob vigilância armada, a ordem de Deus em Meca foi para que ele fosse paciente e 
não usasse de violência para com os seus opositores.
Mas logo após, segundo os muçulmanos, a guerra foi sancionada por ‘Allah’ em 
MNedina, havendo debate entre os próprios muçulmanos sobre qual capítulo do 
Alcorão realmente retratava esta primeira ordem divina para o uso da forca3.
Algo curioso que pode ser percebido claramente nos relatos da vida de Maomé, e que 
demonstra que ele era um estrategista, é que, apesar da violência constante dos 
habitantes de Meca contra ele e seus seguidores por um período de aproximadamente
13 anos, não vemos nenhuma ação de Maomé contra seus inimigos, a não ser 
quando chegou em Medina, onde possuía mais seguidores dispostos a segui- lo na 
guerra. E foi justamente isso que fizeram, por volta do ano 630 AD. Ele retorna a 
Meca e, numa luta armada, toma a forca a cidade do poder Coreishe.
Apesar de ouvirmos muçulmanos constantemente afirmarem que só agem em defesa 
própria, a historia do ‘profeta’ demonstra que não é bem assim. Maomé revidou os 
agressores quando possuiu um número suficiente de guerreiros.
Um caso bastante conhecido pelos próprios muçulmanos é a morte de Abu Afak, um 
judeu de 120 anos que tinha criticado abertamente Maomé. Após sentir a forma 
resistente que Abu Afak se lhe opunha, Maomé perguntou: "Quem tratará com este 
desonesto por mim? Imediatamente Salim B. Umayr seguiu em frente e matou-o".4 
Abu Afak, pela sua atitude crítica, teve um fim trágico, sendo assassinado por Salim 
lbn Umayr, um dos seguidores de Maomé, enquanto dormia, e isso com o 
consentimento do próprio profeta.5
Outros casos como a morte de Abu Afak e de uma mulher chamada Asma D. Marwan,
assassinada por Umayr Adiy AI -Khatrrú, entre outros, estão registrados por Abdullah 
lbn Abbas em seu livro "The Hadith of ABU Dawud Book 38, nº 4348".
Histórias ainda mais terríveis continuam sendo escritas por radicais muçulmanos de 
grupos como o Al Quaed, de Osama bin Laden, oabu Nidhal (grupo extremista 
palestino fundado em 1974 por Sabri AI Banna Ramas) , o Hezbollah (movimento 
radical libanês que emergiu nos anos oitenta e cuja açao se baseia na doutrina do 
Aiatolá Khomeini, visando destruir a influência ocidental no mundo islâmico) e o J ihad
Islamica (grupo fundamentalista egípcio que visa derrubar o regime de Hosni 
Mubarak e criar, em sua substituição, um Estado Islâmico) .
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4
Como é possível uma religião que diz hastear a bandeira de paz e da boa convivência 
com os não-islâmicos perseguir e maltratar milhares de pessoa sem todo o mundo? 
Não há um paralelo entre o comportamento dos atuais muçulmanos e a historia do 
fundador do islamismo?
Qual foi a atitude de J esus Cristo diante de seus inimigos? "Como uma ovelha muda, 
foi conduzido diante dos seus agressores” ( Is 53.7) . Como o Senhor reagiu a atitude 
de Pedro quando este agrediu Malco, servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha 
com um golpe de espada (Lc 22.50) ?
O aumento de agressividade registrado no alcorão
No Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, encontram-se as seguintes declarações:
“Combatei-os ateh sufocar a intriga e fazer com que o culto seja totalmente a 
Deus...” (Surata 8: 39)
“Mas qudndo os meses sagrados houverem transcorrido, matai-os idolatras onde quer
que os acheis; capturai-os, acossai-os, espreitai-os; porem, caos se arrependam, 
observem a oração e paguem o tributo, deixai-os em paz. Sabei que Deus eh 
indulgente, misericordiosíssimo” (Surata 9: 5 – grifo nosso) .
“O crentes, em verdade os idolatras são imundos. Que depois deste ano não se 
aproximem da Sagrada Mesquita! ... ( Surata 9: 28) .“Combatei aqueles que não crêem em Deus e no Dia do J uízo Final, nem se abstém 
do que Deus e Seu Apostolo proibiram, não professam a verdadeira religião daqueles 
que receberam o livro, até que eles, submissos, paguem o tributo” (Surata 9: 29) .
“O crentes, que vos sucedeu quando foi-vos dito para partirdes ao combate pela 
causa de eus e vos ficastes apegados a terra?... Se não marchardes para o combate, 
Ele vos castigará severamente...” (Surata 9: 38,39) .
"Quer estejais leve ou fortemente armados, marchai para o combate e sacrificai 
vossos bens e pessos pela causa de Deus!..." (Surata 9: 41) .
E quando vos enfrentardes com os incrédulos, em batalha, combatei-os até que os 
tenhais dominado, tomai os sobreviventes como prisioneiros... quanto àqueles que 
houverem sido mortos pela causa de Deus, Ele jamais desmerecerá suas obras" 
(Surata 47: 4) .
O que dizer de textos como esses? Qual a interpretação pacifista que poderia ser 
aplicada a sentenças tão severas e explícitas como essas? É certo que a grande 
massa popular muçulmana leva ao pé da letra essas ordenanças corânicas, e o 
resultado é tudo isso que estamos vendo.
Maomé ensinou aos seus seguidores que judeus e cristãos deveriam pagar a ‘J izya’ 
(uma taxa imposta para que todos os não-muçulmanos pudessem viver segurança' do
Islã) . Todos eles deveriam se converter à mensagem proclamada por Maomé, caso 
contrário seriam mortos. Era necessário que pagassem uma quantia estipulada para 
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5
que pudessem ter seus 'direitos' mantidos pelo profeta e por seus seguidores, que, se
encontravam em uma situação favorável e ideal para impor o que desejassem aos 
'infiéis' e 'idólatras'.
Devemos entender um pouco o contexto no qual esta revelação fora dada a Maomé. 
Na ocasião, o 'profeta' havia entrado em acordo com várias tribos árabes, e algumas 
delas abraçaram sua mensagem, outras, no entanto, simplesmente não a aprovaram.
Então, mais uma vez, as coisas mudaram, daí a permissão de 'Alláh' para a 
perseguição contra os idolatras árabes. Ate então, muitos desses árabes possuíam 
um relacionamento amigável com os muçulmanos, apesar de não acatarem a 
mensagem pregada por eles. Mas, devido ao fato de o relacionamento entre os 
árabes e os muçulmanos não ter redundado em submissão total daqueles a 
mensagem desses, o acordo fora quebrado e, mais uma vez, vimos, de forma clara, o
alto preço pago pela insubmissão e incredulidade: a morte.7
O terrorismo imposto aos apostatas
Alem da opressão e ameaças para os de fora, um outro aspecto histórico e 
doutrinário bem definido no islamismo eh o preço que se paga pelo abandono da fé 
muçulmana. Na mensagem de Maomé, eh equivalente à perda total do valor 
espiritual.
O alcorão traz uma declaração sobre o assunto:
“...Os incrédulos, enquanto podem, não cessarão de vos combater, ate vos fazerem 
renegar vossa religião; porem, aqueles dentre vos que renegarem a sua fé e 
morrerem incrédulos desmerecerão suas obras neste mundo e no outro, e serão 
condenados ao fogo infernal, onde permanecerão eternamente.
“Aqueles que creram, migraram e combateram pela causa de Deus poderão esperar 
d’Dele a misericórdia, porque eh Indulgente, Misericordiosissimo (Surata 2: 217,218) .
Embora não vejamos nesse texto do Alcorão nenhuma ordem para assassinar 
qualquer pessoa que abandone a mensagem do islã, ele, no entanto, nos mostra algo
de suma importância para a compreensão da questão relacionada a apostasia entre 
os muçulmanos. Vemos, de forma clara, que o ‘profeta’ incentiva os fieis a 
permanecerem no Islã, pois renegá-lo seria equivalente a condenação no inferno, 
onde ficariam para sempre!
Em um outro livro islâmico, lemos: “Um muçulmano eh considerado um apostata 
quando nega total e categoricamente um preceito pela religião islâmica, como a 
pratica da oração, o jejum, a peregrinação, o pagamento do tribuno, a proibição da 
ingestão de bebidas alcoólicas e a alimentação com carne suína”.
Os jurisprudentes opinam que, se o apostata tiver duvida no tocante à sua conversão,
os sábios devem sanar- lhe a duvida, indicando-lhe o caminho da razão e dando-lhe a 
oportunidade de refletir. Se ele se arrepender, o seu arrependimento deverá ser 
aceito. Se persistir no erro, porém, devera ser punido, se for homem, com a morte. 
Os jurisprudentes baseiam sua sentença nas palavras do 'profeta': "Matai aquele que 
renegar a sua religião".
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6
Em relação à mulher, caso ela venha cometer o mesmo erro, a opinião de alguns . 
jurisprudentes é de que ela também seja punida com a morte', e se baseiam na 
generalidade da tradição anterior, cujo significado abrange homens e mulheres. 
Todavia, o Imame Abu Hanifa não concorda com essa sentença. Ele diz: "A mulher 
apóstata não dever ser punida com a morte, mas deve ser aprisionada até que se 
convença de seu erro, ou até que pereça naturalmente...” Contudo, deduzimos que a 
opinião geral da jurisprudência islâmica aprova a execução do muçulmano apóstata, 
seja homem ou mulher8.
Esta é a face mais cruel e desumana de uma religião: vetar aos seus membros o 
direito de renegá-la, sob pena de morte. Trazer uma mensagem de paz e tolerância 
aos povos, impondo-lhes a sua opinião e fazendo que sua vida tenha pouco valor não 
tem muito significado ou razão de ser.
Tudo isso nos faz pensar sobre a atitude do próprio J esus Cristo (que é citado no 
Alcorão) ao ser traído por um dos discípulos após uma convivência de 
aproximadamente três anos. Qual foi exatamente a sua resposta ao ato de J udas 
Iscariotes? Ele mandou que os outros discípulos o matassem por apostasia? Ou 
simplesmente ofereceu-lhe o perdão, chamando-o de amigo (Mt 26.49-50)?
Segundo o dicionário Aurélio, terrorismo eh: “Modo de coagir, combater ou ameaçar 
pelo uso sistemático do terror”. O que sinceramente temos visto em todas essas 
citações de fontes islâmicas desde o inicio?
A passividade do terrorismo no I slã
Após analisarmos, ainda que resumidamente, a historia muçulmana e a origem da 
violência nas comunidades islâmicas do passado, conduzidas pelo ‘profeta’ Maomé, 
podemos entender um pouco a questão do terror nos paises que hoje tem sido 
vitimas dessa ação estúpida e inconseqüente.
Como falamos no inicio, cerca de 50% dos atentados terroristas ocorridos em todo o 
mundo tem sua origem nos grupos explicitamente islâmicos, o que certamente tem 
muito a ver com a própria cronologia dessa religião e suas conquistas a base da 
espada, inspiradas em seu fundador. Os muçulmanos, inclusive, dizem que a 
referencia do Salmo 45.2-5 eh uma citação ao’profeta’ Mohammad, que afirmam ser 
o ‘Profeta da Espada’.
Vimos na revista Veja, edição de 08/08/2001, o relato dos crimes cometidos pelo 
iraniano Saeed Haanayi: assassinou, a sangue frio, cerca de dezesseis prostitutas. 
Apesar da barbárie cometida por esse fanático, ele tem sido considerado um herói 
pela próprias autoridades da cidade em que os crimes foram realizados. Na referida 
revista, Saeed aparece segurando uma arma na mão e o Alcorão na outra.
Em julho de 1991, um muçulmano assassinou Hitoshi Igarachi, um japonês que 
traduziu o livro “Versos satânicos” no J apão. Um líder islâmico se pronunciou dizendo 
que aprovava o que havia sido feito, pois Hitoshi insultara a fé.
Estes não são fatos isolados dentro dos paises de governos muçulmanos. A igreja 
cristã está sendo ferozmente perseguida, na sua maior parte, em nações islâmicas, 
como podemos constatar na lista editada pela Missão Portas Abertas ( ver pp. 24 e 
Pági na
7
25) .
Os muçulmanos não aceitam, de nenhuma forma, uma convivência pacífica com 
outros grupos que professam fé diferente da deles, e seguem realizando sua J ihad. 
Isto é, sem dúvida, fruto da visão de expansão da fé muçulmana ensinada, desde os 
primórdios do islamismo, pelo 'profeta' Maomé.
Qual é a visão do I slã hoje?
"Graças a Deus, senhor do universo e que a paz esteja com o profeta Mohammad e 
seus familiares e companheiros. A pessoa que se concentra sobre o mundomuçulmano de hoje fica chocado e deprimido... Uma parte dos filhos dos macacos e 
dos porcos mata nossos irmãos na palestina nas mesquitas! Agridem a imunidade 
sagrada da mesquita de Al Aksaa em J erusalém! Não distinguem entre crianças, 
mulheres ou velhos.
O mundo árabe e islâmico e todo o resto da comunidade internacional esta em 
absoluto silencio a respeito deste crime. Achamos que eh nosso direito perguntar:
“Qual o fator que fez os muçulmanos ficarem em silencio deste jeito?
“Para responder a esta pergunta eh imprescindível ler a historia, voltar para as 
nossas origens, e retirar lições e exercícios de civilidade e amor a verdade.
“Nesta historia vamos encontrar varias crises que se abateram sobre os 
muçulmanos... os muçulmanos em todas as ocasiões venceram seus inimigos... 
Khaled Iben Al Walid, um dos comandantes do exercito muçulmano na época do 
profeta, ele dizia para os inimigos: ‘Vim para o combate com homens que amam a 
morte como vocês amam a vida’.
“Pois a nação Mujahidah, que luta pela causa de Deus não conhece o cansaço, mas se
apaixona pelo martírio e defende sua terra e seus locais sagrados.
“O profeta Mohammad (Saw) disse para os seus companheiros e para a nação 
islâmica: ‘caso vocês deixem o J iha, a luta, Deus mandara um opressor para vocês 
ate o dia do juízo final’. O profeta alertou sobre uma doença de nome ‘Wahn’, que 
significa a fraqueza. O profeta traduziu a palavra ‘Wahn’, da seguinte maneira: ‘O 
amor pela vida mundana e o ódio a morte’.
“A nação islâmica de hoje gosta da vida mundana e odeia a mote... Esta eh a 
doença... Meus irmãos muçulmanos, o que podemos esperar da opinião publica 
internacional?
“O mundo se cala quando morrem crianças palestinas todos os dias...
“Mas o mundo se movimenta quando morre um judeu agressor, que deixou o seu pais
na Europa ou América do Sul e foi ocupar terras alheias, a terra palestina...
“O mundo não vai se movimentar para nos apoiar, se nos não apoiarmos uns aos 
outros.
Pági na
8
A nossa alternativa eh o nosso retorno a Deus, a crença sincera em nossos direitos e 
a luta por estes direitos através de todos os meios disponíveis.
"Esta deve ser a nossa paz e que digam o que quiserem sobre nós... e que (Deus) 
amaldiçoe os sionistas usurpadores e que com todos vocês".
São essas as partes mais importantes da mensagem pregada em 17108/01 por 
Khaled Tky El Din Rizk e reproduzidas em várias mesquitas do mundo inteiro ao 
proclamar o povo muçulmano a lutar pelos seus 'direitos'. Apesar de todo discurso de 
paz dos muçulmanos que temos ouvido nos meios de comunicação, é exatamente o 
contrário que temos percebido na prática.
Os judeus são chamados de 'filhos dos macacos e dos porcos', os muçulmanos devem
'amar a morte' e serem 'apaixonados pelo martírio'. São induzidos a alcançar seus 
direitos através de todos os meios disponíveis. E interpretam o J ihad como uma luta, 
e não como um 'esforço', como constantemente é pregado pelos professores e 
intelectuais para suavizar os ouvintes e não causar impactos negativos. O objetivo é 
alcançar mais seguidores para o islamismo.
A recompensa o terrorismo
Depois de pregação de uma mensagem como essa, divulgada em todo o mundo, da 
para imaginar o impacto causado na mente dos milhões de muçulmanos que a 
ouviram?
O que esta por trás do fanático heroísmo demonstrado por verdadeiros batalhões de 
homens e crianças que se preparam para morrer pela crença islâmica? Que ‘galardão’
lhes esta proposto a ponto de fazerem do próprio corpo um veiculo para a catástrofe 
de pessoas inocentes?
A tradução da palavra Islã eh resignação ou submissão – a doutrina de Maomé. 
Espera-se que o Islã ganhe, finalmente, o mundo, então todos serão julgados por Ala.
Enquanto o muçulmano deve ser submisso a Ala e ao profeta, através de seus 
escritos no Alcorão, o mundo deve resignar-se e submeter-se também ao Islã. Os 
meios podem incluir a força, a violência e a morte. As constituições das nações 
árabes estão alicerçadas nas crenças do islamismo.
Os muçulmanos com ao morrerem, vão para uma espécie de estágio int diário 
aguardar o juízo final, ocasião em que Alá decidirá o destino eterno de cada um. Por 
outro lado, os mártires da luta religiosa, ou guerra santa, e aqueles que morreram 
pela causa, vão diretamente para o céu, um paraíso de prazeres. A vida, em um 
paraíso celestial é o ideal islâmico, a recompensa! Diante das dificuldades, limitações 
e miséria em que vive a maioria, e em especial as facções radicais, o paraíso soa 
como um oásis em um deserto desesperador.
Existe um contraste entre esta vida e a vida futura, nos jardins de Alá. Enquanto a 
abstinência social, sexual e material é enfatizada do lado de cá, o oposto é oferecido 
para os que partem - especial e principalmente para os mártires! Diferente dos 
demais muçulmanos, que aguardam em um estágio intermediário, o mártir tem 
passaporte garantido, sem fila de espera! Não ficarão aguardando, em alguma 
câmara intermediária. Aquilo que se caracterizaria uma vida de luxúria neste mundo 
Pági na
9
será a recompensa para os mártires. O texto sagrado e demais comentários islâmicos
transmitem um pomposo conceito de vida pós-morte.
Os mártires são servidos de frutas. Não terão necessidade de plantar ou colher. Tudo 
já está preparado por jovens formosos. A regalia é infinita, regada de bebidas 
aromáticas. Os utensílios do paraíso são de pedras e metais preciosos. A infinita 
calmaria somente é quebrada pela presença incessante de moças virgens. O deleite 
sexual apresentado é bem diferente do perfil da mulher muçulmana, que precisa 
cobrir todo o rosto e o corpo. Enquanto a mulher muçulmana, nas facções radicais, 
não pode estudar ou trabalhar fora de casa, as moças do além são o divertimento 
celestial. O número de tais beldades pode chegar a cem.
Reposta cristã aos muçulmanos
O ideal cristão é que nos amemos uns aos outros, assim como o Mestre e Senhor 
J esus nos amou, doando a sua vida pelo próximo ( J o 13.34) , e não tirando a vida de 
inocentes, usando qualquer meio de violência (Mt 26.52) . Esse amor somente é 
possível porque Deus, o verdadeiro Deus, é amor ( lJ o 4.8) . E o amor de Deus foi de 
uma grandeza infinita que Ele trouxe seu Filho unigênito ao mundo ( J o 3.16) . Esse 
amor também nos capacita, por meio de Cristo J esus, que nos da a liberdade de 
chamar Deus de Pai (Mt 6.9; Rm 8.15) . O evangelho produz fruto e não radicalismo e
racismo. Produz o verdadeiro fruto pelo Espírito Santo (GI 5.22,23) . O verdadeiro 
Deus não está distante de seu povo, mas habita com o homem (Ef 2.22; Ap 21.3) .
O evangelho de Cristo atravessa todas as culturas do mundo sem destruí- las. Não é 
um evangelho de usos e costumes, mas de fé e vida cristã (Mt 24.14) . O evangelho 
respeita as autoridades governamentais (Rm 13. 1) mesmo aquelas que dificultam a 
divulgação da Palavra de Deus. O evangelho é pregado com fervor, mas com espírito 
conciliador e manso (1 Pe 3.15,16) . O cristão espera um galardão, mas este galardão 
não é carnal, imoral; antes, é espiritual, segundo o caráter do Filho de Deus (Rm 
8.29) .
O verdadeiro paraíso é o céu bíblico e cristão. Não é um lugar de orgia, mas de 
santidade (Ef 5.5) . O cristão tem paz com Deus (Ef 4.7) . E o testemunho do Espírito 
Santo em seu coração testifica que ele é filho de Deus (Rm 8.16) . O cristão não tem 
temor de ser esquecido ou rejeitado por Deus por causa de algum capricho. Não! O 
Deus v é fiel (1 Co 1.9) . O evangelho não é austero. Pelo contrário, ensina ao cristão 
a usufruir as boas coisas da vida, desde que esteja atento ao bom juízo (Ec 19.11) . 
Finalmente, o evangelho ensina a vencer o mal com o bem (Rm 12.21) .
J esus, o Messias, e aquele que cura os doentes e ressuscita os mortos ( ver Surata 
3: 45 e 5: 1 1 0) ama profundamente os muçulmanos. E neste momento em que o 
mundo nutre ódio por eles o Senhor lhes dirige um olhar de ternura, convidando-os 
para seus braços: "Vinde a mim, todos os que estais cansadose oprimidos, e eu vos 
aliviarei" (Mt 11.28) . Quando foi que Maomé proferiu palavras como estas, ditas por 
J esus? Assim, jamais ele (Maomé) pode ser maior que J esus, o Filho amado de Deus.
Satanás tem erguido muitas muralhas para impedir que os muçulmanos abram o 
coração para o evangelho de Cristo. Barreiras políticas e nacionais foram criadas 
entre os cristãos e os muçulmanos através da história. Além disso, as Cruzadas 
Católicas dos séculos 11 e 13 formaram feridas profundas de amargura nos árabes e 
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10
mancharam o cristianismo na visão dos muçulmanos.
Oremos pela Igreja em todo o mundo, especialmente para a que se encontra em 
nações muçulmanas.
Oremos para que a Igreja tenha força, coragem, determinação, ousadia e proteção 
para os crentes.
Oremos pelos perdidos. Muitos muçulmanos estão se aproximando do Senhor por 
meio de sonhos e visões.
Oremos por uma revelação divina aos líderes-chave dos muçulmanos para que eles 
vejam J esus como Ele realmente é.
Oremos por misericórdia para as nações em conflito e pelos refugiados de guerra.
Logo virá o Príncipe da Paz, J esus Cristo nosso Senhor. Então, o mundo será 
governado num reino tranqüilo: "J ustiça e juízo são a base do seu trono; benignidade
e verdade vão adiante de ti" (Si 89.14) . E "Nós, porém, segundo a sua promessa, 
aguardamos novos céus e uma nova terra, nos quais habita a justiça'(2 
Pe3.13) .OREMOS PELOS MUÇULMANOS!
Maranata! 
Notas:
1 J ihad é o termo árabe que pode ser traduzido por esforço pela causa santa do Islã, 
inclusive a luta armada, se preciso for.
Mohwmad, o mensageiro de Deus. Certo de divulgação do Islã para América Latina, 
pp.150,151
2 lbidem, pp. 172,173
3 The life of Mohammad, p.675
4 Book Of The Major, Classes (Vol.ll) - p.32
5 Alcorão Sagrado, versão portuguesa diretamente do árabe por Samir El Hayek, 
diretor, do Centro lslâmico do Brasil e coordenador dos assuntos lslamicos da América
Latina, Tangará-Expansão Editorial S. A, 2a. edição 1977
6 The life of Mahammad, p.673
7 Os direitos humanos no Islã. Centro de divulgação do Islã para a América Latina, 
pp.25 e 26
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2. QUEM é ALá
O que os muçulmanos pensam sobre o Deus da Bíblia e dos cristãos
Por Silas Tostes
Qual seria nossa reação ao ouvir um muçulmano afirmar que o Alá do Alcorão é o 
Deus da Bíblia? Apesar do pouco conhecimento que muitos possuem acerca do 
islamismo, não é difícil identificar as imensas diferenças que esta religião possui em 
relação ao cristianismo. Apesar deste abismo doutrinário que nos separa, esta é a 
crença islâmica: o Alá do Alcorão é o Deus da Bíblia! Nosso propósito, ao longo desta 
matéria, é demonstrar que isso é impossível, uma vez que o islamismo se opõe ao 
entendimento cristão de que há um único triúno Deus. Ressaltamos que não temos a 
intenção de denegrir o islamismo, mas somente expor seu entendimento sobre Deus. 
Ratificamos a necessidade desta abordagem em Defesa da Fé pelos seguintes fatores:
1. Há um avanço numérico islâmico. Tem sido noticiado pela imprensa que o 
islamismo possui muitos seguidores. Segundo J aime Klintowitz, jornalista, o 
islamismo tem hoje 1,2 bilhões de adeptos.1 Isto representa um quinto da população 
mundial. O mesmo artigo informa que o islamismo governa cinqüenta países do 
mundo.2
2. Há um ardor missionário islâmico em ação e um ataque do islamismo contra as 
doutrinas cristãs. Sabemos que o islamismo esforça-se por difundir sua doutrina em 
todo o mundo livre. Isto é facilmente visto pelas mesquitas construídas e inúmeros 
livros escritos e publicados ao redor do mundo. Há nas últimas páginas do livro 
Islamismo Mandamentos Fundamentais, de Mohammad Ahmad Abou Fares, 25 fotos 
de mesquitas construídas no Brasil. Tem sido observado por nós que onde há uma 
mesquita há também um esforço de proselitização, o qual se dá por meio de 
distribuições de livros religiosos islâmicos e doações do Alcorão. Neste contexto, o 
islamismo se opõe às doutrinas cristãs por meio de regulares publicações.3
Uma precaução necessária
Para não criarmos problemas de comunicação, é importante esclarecer em que 
sentido usaremos a palavra Alá ou Alah, termo usado para Deus na língua árabe, 
tanto no Alcorão quanto na Bíblia. Se fôssemos ler em árabe o famoso versículo do 
evangelho de J oão: “Deus amou o mundo de tal maneira”, seria: “Alá amou o mundo 
de tal maneira” ( J o 3.16) . Nosso problema não está no uso da palavra Alá, mas em 
entendermos se o Alá do Alcorão é o Alá da Bíblia.
Se faz necessário uma breve definição do que queremos dizer por Deus, como uma 
unidade absoluta no islamismo e como uma unidade composta no cristianismo. Sem 
isto, o entendimento do texto, para quem não está familiarizado com a doutrina da 
Trindade, ficará difícil. Por ora, basta afirmar que, segundo autores islâmicos e o 
Alcorão, Deus, no islamismo, é uma unidade absoluta, ou seja, há um único ser 
divino, em uma única essência divina. Por outro lado, Deus, no cristianismo, é uma 
unidade composta, ou seja, há só um Deus, mas três pessoas distintas, Pai, Filho e 
Espírito Santo, em uma única essência divina. Neste caso, as Pessoas são 
inseparáveis e indivisíveis, por isso que há um único triúno Deus.
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Passemos, então, à explanação de como o islamismo crê que Deus é.
Alá seria o mesmo Deus da Bíblia?
Se o Alá do Alcorão é o mesmo da Bíblia, ficamos, então, com o dilema de como pode
um Deus triúno (unidade composta) ser o mesmo Deus que não é triúno (unidade 
absoluta) . Os muçulmanos resolvem este problema negando a autenticidade da Bíblia
e se apoiando nas instruções do Alcorão.
No verso 46 do Sura 29, lemos o seguinte: “E não disputeis com os adeptos do 
Livro4, senão da melhor forma [...] Dizei- lhes: Cremos no que nos foi revelado, assim
como no que vos foi revelado antes; nosso Deus e o vosso são Um e a Ele nos 
submetemos” (grifo do autor) .
Como podemos ver, não é incomum os muçulmanos pensarem que a Bíblia testifica 
do mesmo Deus que o Alcorão, pois este conceito fica claro nesse verso, por meio da 
expressão: Nosso Deus e o vosso são Um e a Ele nos submetemos.
Além disso, crêem que os personagens bíblicos Abraão, Ismael, Isaque, J acó, Moisés, 
J esus, entre outros, eram muçulmanos (Sura 2: 136) .
O professor Samir El Hayek, responsável pela versão do Alcorão em português, a qual
é utilizada nesta matéria, expressa a mesma idéia: “Abraão, Ismael, Isaac, J acó e as 
tribos (destes, Abraão tinha aparentemente um livro — versículo 19 da 87ª Surata — 
e outros seguiam sua tradição) , Moisés e J esus, deixando cada um deles uma 
escritura... Não fazemos distinção entre qualquer um desses (profetas) . Sua 
mensagem (no essencial) foi uma só (ou seja, Abraão, Ismael, Isaac, J acó, Moisés e 
J esus pregaram uma única mensagem, que era a islâmica) , e isso constitui a base do 
Islam” (último parênteses do autor) .5 Sendo assim, teriam pregado o conceito 
islâmico de Deus.
Outro destacado pensador islâmico, Mohamad Ahmad Abou Fares, ao mencionar um 
trecho do Alcorão (Sura 4: 150-152) , confirma esta mesma idéia: “Estes versículos e 
muitos outros contidos no Alcorão nos ensinam a grande religião: a religião de Deus é
uma só... desde de o início da criação até hoje... e até o fim!”6 (grifo do autor) . A 
idéia que Fares procura provar é a de que cristãos e muçulmanos servem o mesmo 
Deus, e isto desde o princípio.
Ahmed Deedat, outra autoridade islâmica, também tenta provar que o Alcorão está 
certo quanto ao seu Alá ser o mesmo Deus da Bíblia. Faz isso citando uma nota de 
rodapé da Bíblia The New Scofield Reference Bible. Publicou a primeira página da The 
New Scofield Reference Bible, na qual se encontra a nota de rodapé nº 1, que diz: 
“Eloim (às vezes El ou Elah) , na forma inglesa Deus (God) , o primeiro dos três nomes
primários da divindade, é um substantivo uniplural formado por El = forte e Alah = 
jurar, se obrigar por voto, implicando em fidelidade. Esta unipluralidade implícita no 
nomeé diretamente afirmada em Gênesis 1.26 (pluralidade) , e no verso 27 
(unidade) . Veja também Gênesis 3.22. Assim, a Trindade é latente em Eloim”.7
Deedat usa essa nota de rodapé como um argumento para sustentar o que se 
encontra em diversos textos do Alcorão (Suras 2: 136, 138-140; 4: 150-152; 29: 46) , 
ou seja, cristãos e muçulmanos adoram o mesmo Deus. Faz isso porque a palavra 
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Alah foi mencionada na nota. Reconhecemos que a nota da Bíblia The New Scofield 
Reference Bible faz bem ao mencionar a palavra Alah, pois Elohim é o plural de Eloah,
do verbo alá em hebraico, que significa ser adorado, ser excelente, temido e 
reverenciado. No entanto, destacamos que se Eloim, plural de Eloah, que vem do 
verbo alá, é uma evidência de que cristãos e muçulmanos servem ao mesmo Deus, 
segundo Deedat, então o Deus alcorânico deveria ser uma unidade composta, como 
indica a palavra Eloim, plural de Eloah, e como explicou Scofield em sua nota de 
rodapé: “El = forte e Alah = jurar, se obrigar por voto, implicando em fidelidade. Esta 
unipluralidade implícita no nome é diretamente afirmada em Gênesis 1.26 
(pluralidade) , e no verso 27 (unidade) . Veja também Gênesis 3.22. Assim, a Trindade
é latente em Eloim.” Contudo, ele usa de seletividade para com a citação e ignora o 
fato de que a nota claramente ensina que o Deus verdadeiro é uma unidade 
composta, o que, por sinal, é bem antiislâmico.
Diante da enfática exposição desses testemunhos que concordam que o Alá do 
Alcorão é o Deus da Bíblia, e considerando muitos outros que foram aqui omitidos, 
ratificamos a necessidade de conhecermos qual é o entendimento islâmico sobre 
Deus, e como, neste contexto, os muçulmanos negam as doutrinas basilares da fé 
cristã. Entretanto, antes de fazê-lo, é importante entender o que levou Maomé a 
pregar o monoteísmo absoluto islâmico, rechaçando a doutrina da Trindade. Para 
tanto, precisamos saber o que significa shirk, conhecimento que nos dará base para 
entendermos o contexto no qual surgiu a crença islâmica de Deus. Passemos a defini-
lo.
Como shirk é definido
Shirk é atribuir associado ou parceiro a Alá, ou seja, considerar algo ou alguém que 
não tem natureza divina como Deus e adorá-lo como tal. Este é o único pecado no 
islamismo que não tem perdão: “o homem se tornou culpado de shirk, adorador de 
ídolos”.8 Em outras palavras, adoração a ídolos (politeísmo) é shirk, pois é o mesmo 
que associar ou atribuir um parceiro a Alá, considerando-o Deus, quando esse não o 
é.
No Alcorão está claro que shirk é imperdoável, conforme vemos autenticado: “Deus 
jamais perdoará a quem lhe atribuir parceiros (associados) ; porém, fora disso, perdoa
a quem lhe apraz. Quem atribuir parceiros a Deus comete um pecado ignominioso” 
(Sura 4: 48; grifo do autor) . Tal como este, outros textos participam da mesma 
concepção (Sura 4: 116; 5: 172) .
J ohn Gilchrist, pesquisador do islamismo, entende que a maior barreira entre os 
cristãos e os muçulmanos é o fato de que para o islamismo os cristãos cometem shirk
ao adorarem J esus, pois no entendimento islâmico, J esus é apenas um profeta, e não 
Deus encarnado. Neste caso, isto seria associar alguém, uma criatura de Alá, a Alá, 
adorando-o como Deus, quando essa criatura ou alguém não seria Deus. 
Gilchrist explica que a raiz da palavra parceiro é a mesma da palavra shirk, a saber 
yushraku.9 Segundo ele, os cristãos cometem shirk numa perspectiva islâmica, pois o
Alcorão condena o entendimento cristão de que J esus é o Filho de Deus (Sura 10: 68) .
Os muçulmanos pensam que os cristãos associaram ou atribuíram J esus a Alá, 
quando aquele ( J esus) era um mero mensageiro deste (Alá) . Na verdade, sabemos 
que J esus é eterno e nunca foi associado a Alá. Deus é triúno de eternidade a 
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eternidade.
Os árabes pré-islâmicos eram idólatras
Os árabes pré-islâmicos criam que Alá tinha filhos e filhas. Estes eram deuses e 
deusas, ou gênios e gênias, que descendiam de Alá. Como seus descendentes 
possuíam natureza divina, por isso eram adorados como divindades por eles. 
Contudo, numa perspectiva islâmica, isto era o mesmo que associar ou atribuir 
parceiros a Alá. Temos suficiente informação no Alcorão sobre os árabes pré-islâmicos
nesses termos, ou seja, eram idólatras e cometiam shirk.
No Sura 53: 19-23, temos a menção de três deusas adoradas no período pré-islâmico:
Al- Lát, Al-Uzza e Manata. Pensavam que estas eram filhas de Alá: “Considerai Al-Lát 
e Al-Uzza. E a outra, a terceira deusa, Manata. Porventura, pertence-vos o sexo 
masculino e a Ele o feminino? Tal, então, seria uma partilha injusta. Tais (divindades)
não são mais do que nomes, com que as denominastes, vós e vossos antepassados 
[...] Não seguem senão as suas próprias conjecturas e as luxúrias das suas almas, 
não obstante ter- lhes chegado a orientação do seu Senhor!” (Maomé teria, então, 
trazido a orientação do seu Senhor contra o entendimento errado da idolatria) ; 
parênteses do autor.
O entendimento islâmico presume que Deus não tem nenhum Filho, porque Alá não 
faz sexo. Veja o Sura 6: 100-102: “Mesmo assim atribuem como parceiros a Deus, os 
gênios, embora fosse Ele quem os criasse; e, nesciamente, inventarem-lhe filhos e 
filhas [ ...] Originador dos céus e da terra! Como poderia ter prole, quando nunca teve
uma esposa, e foi Ele quem criou tudo o que existe, e é Onisciente? Tal é o vosso 
Deus, vosso Senhor! Não há mais divindade além dele, Criador de tudo! Adorai-o, 
pois, porque é o guardião de todas as coisas” (grifo do autor) .
Na prática, segundo esse texto, os seres (gênios) seriam deuses parceiros de Alá, aos
quais os pré- islamicos atribuíram como parceiros a Deus, por serem seus 
descendentes e, por isso, foram condenados por Maomé como idólatras.
Como, então, o entendimento pré-islâmico pensava em Deus como alguém que tinha 
filhos e filhas conforme Maomé anunciava o monoteísmo, esses islâmicos achavam 
que ele (Maomé) tivesse sugerindo que todos os deuses formassem um só, como se 
fosse possível somá-los em um (Sura 38: 5) . Contudo, Maomé anunciava-lhes que 
havia somente um Deus e, neste sentido, o islamismo é semelhante ao cristianismo, 
pois prega a existência de um único Deus e condena a idolatria, mas, apesar dessa 
semelhança, Maomé ensinou que Deus não é triúno e, por isso, existe uma grande 
tensão entre o islamismo e o cristianismo. Munidos desse contexto, passemos agora a
considerar alguns fatores que evidenciam que o Alá do Alcorão não é o Deus da 
Bíblia.
O Alá do Alcorão não teve filho
Começamos pelo Sura 112: “Dize: Ele é Deus, o Único. Deus! O Absoluto! J amais 
gerou ou foi gerado! E ninguém é comparável a Ele!”. Hayek diz o seguinte sobre esta
passagem alcorânica: “A natureza de Deus é nos aqui, indicada em poucas palavras, 
de maneira que possamos entender [ ...] Ele é Uno e Único, o Uno e Único, a quem 
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devemos adorar; todas as outras coisas ou entidades em que ou em quem pudermos 
pensar são as suas criaturas, de maneira nenhuma comparáveis a Ele [ ...] Ainda 
mais, não devemos pensar que Ele teve um filho ou um pai, porquanto isso seria 
querer imputar- lhe qualidades materiais, ao formarmos um juízo dele”.10
Ainda nesse contexto, o Sura 19: 35 diz o seguinte: “É inadmissível que Deus tenha 
tido um filho. Glorificado seja! Quando decide uma coisa, basta- lhe dizer: Seja! , e é”. 
Hayek, ao comentar este verso, mais uma vez explica que Deus não pode ter um 
filho, porque não faz sexo: “Gerar um filho é um ato fisiológico que depende das 
necessidades da natureza animal do homem. Deus, o Altíssimo, é independente de 
todas as necessidades, e é derrogatório atribuir- lhe tal ato”.11
Percebemos que esse entendimento é fruto do desconhecimento da doutrina cristã. 
Perguntamos: quem afirmou que J esus é Filho de Deus em termos carnais? É 
abominação e blasfêmia também para os cristãos imaginar que J esus é Filho de Deus 
nessa condição. Nãodeveria haver tal barreira entre o cristianismo e o islamismo, 
pois este não é o ensino cristão sobre a filiação de J esus. De fato, os cristãos não 
ensinam que Deus precisa fazer sexo para ter um filho, assim como não precisa de 
mãos para segurar, de pés para andar ou de pulmão para respirar e viver.
Mas como, então, os muçulmanos enfrentam as afirmações bíblicas que legitimam a 
filiação de J esus? Ahmed Deedat alista algumas passagens, tais como Gênesis 6.2,4 
(os filhos de Deus casaram-se com as filhas dos homens) , Êxodo 4.22 ( Israel é filho 
de Deus) , Salmo 2.7 (Davi como filho de Deus) e Romanos 8.14 (os filhos de Deus 
são guiados pelo Espírito Santo) , por meio das quais afirma que J esus era Filho de 
Deus de uma maneira metafórica, como Israel, Davi e outros na Bíblia.12 Assamad 
interpreta as mesmas passagens concluindo que J esus era Filho de Deus no sentido 
que era próximo de Deus pelo amor, assim como qualquer homem pode ser filho de 
Deus.13
Como podemos ver, as duas argumentações só provam que há mais de um uso para 
a expressão filho de Deus na Bíblia sem considerarem as passagens que definem 
J esus como Filho de forma especial e única, nas quais J esus é revelado como tendo a 
mesma natureza do Pai, assim como igualdade. Logo se percebe que tanto Assamad 
como Deedat não compreendem os vários significados bíblicos da expressão Filho 
Deus.
A idéia de que J esus era um mero homem, um mensageiro (profeta) , um ser criado, 
não divino, também é vista na citação, por parte de Ahmed Deedat, dos Suras 3: 47 e
3: 59. Fez isso para embasar sua opinião, como muçulmano, de que J esus fora criado:
“Este é o conceito islâmico do nascimento de J esus. Pois para Deus criar um J esus, 
sem um pai, basta simplesmente desejar. Se ele quiser criar um milhão de J esus, 
sem pais, basta Alá desejar”.14
Deedat parece estar convencido de que J esus não é Deus, pois entende que Ele nunca
se declarou como tal. Procura provar sua opinião citando J oão 10.23-36 para explicar 
que J esus é um com o Pai ( v. 30) , mas, segundo seu entendimento, somente em 
propósito. J esus não seria Filho de Deus de uma maneira especial, como se fosse 
Deus, ou tivesse reivindicado sê- lo.15 No entanto, Deedat cai em contradição quando
reconhece que o entendimento dos cristãos e dos judeus, quanto ao episódio da 
passagem, é claro. Ou seja, J esus reivindicou ser Deus ao dizer que era um com o 
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Pai, com a diferença de que os judeus não aceitaram isto, mas os cristãos, sim: “Os 
cristãos concordam com os judeus, J esus realmente fez tal reivindicação ( ser Deus) ; 
mas diferem nisto, não era blasfêmia para os cristãos, porque crêem que Ele é 
Deus”.16 A contradição de Deedat demonstra que no fundo ele sabe que J esus 
realmente se declarou Deus! Ora, se J esus nunca se declarou Deus, como judeus e 
cristãos entenderam isso? Como vieram a discordar desse ponto, se não houve 
reivindicação por parte de J esus?
Assamad igualmente parece convencido de que J esus não é Deus, pois Ele orava a 
Deus Pai e, nesse sentido, era como qualquer outro homem, como qualquer criatura 
de Deus, por isso conclui que J esus não podia ser Deus encarnado: “Ele falava de 
Deus como meu Pai e vosso Pai, e meu Deus e vosso Deus ( J o 22.17) . Essas palavras
de J esus relatadas na Bíblia demonstram que J esus tinha a mesma relação com Deus 
que qualquer outro homem. Ele era uma criatura de Deus [...] Em sua agonia na 
cruz, J esus exclamou: ‘Eloi, Eloi, lamma sabachthani?’. Que quer dizer: ‘Deus meu, 
Deus meu, por que me desamparaste?’ (Mc 15.34)”.
Segundo Assamad, jamais tais palavras, proferidas na cruz por J esus, poderiam ser 
pronunciadas por Deus, por isso diz: “O que temos aí é o grito de um homem 
indefeso e agonizante dirigido ao seu Criador e Senhor”.17 Cita então diversas 
passagens bíblicas em que J esus orava, concluindo que Ele não podia ser Deus e que 
nada sabia sobre a Trindade pelo fato de ter sido sua prática a oração (Mc 1.35; Lc 
5.16; J o 17.3) .
O aparente problema apontado por Assamad, por meio do qual tenta provar que 
J esus não era divino, pois orava a Deus Pai, de fato não o é, pois havendo três 
pessoas na Divindade, uma fala com a outra, não só durante a encarnação, mas 
também antes e depois da mesma. Na realidade, podemos verificar grande 
semelhança entre o seu argumento e os das testemunhas-de-jeová, as quais, tal 
como Assamad, procuram intensificar a questão atacando a divindade de J esus à luz 
das limitações decorrentes de sua encarnação.
Declaram que J esus, pelo fato de ter sido homem, não podia ser Deus encarnado. É 
Claro que um ser humano se alimenta e passa por todas as vicissitudes decorrentes 
de sua natureza. Como homem, J esus era tão humano como qualquer outro ser 
humano. Todavia, isso não consiste em prova de que não podia ser uma das pessoas 
da Divindade que se encarnou. Fez isso por um certo tempo, para que, assim, se 
cumprisse toda a Escritura e pudesse haver salvação para o homem. Não obstante, 
possuía natureza divina, mesmo que, voluntariamente, tivesse se limitado na 
manifestação de seus atributos divinos. Não há, no genuíno entendimento cristão, 
conflito no fato de J esus, sendo Deus, ter-se tornado homem, mesmo que para isso 
tivesse se limitado, por um certo tempo, na manifestação plena dos atributos divinos.
O Alá do Alcorão não é triúno
Uma vez que Alá no Alcorão é uma unidade absoluta, é de se esperar que a doutrina 
da Trindade fosse claramente condenada no Alcorão. Há passagens no Alcorão que 
claramente se opõem à Trindade.
Hayek, ao comentar o Sura 2: 135 (“Disseram: Sede judeus ou cristãos, que estareis 
bem iluminados. Responde-lhes: Qual! Seguimos o credo de Abraão, o monoteísta, 
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que jamais se contou entre os idólatras”) , disse o seguinte sobre a Trindade: “Os 
judeus, embora orientados quanto à Unicidade, procuraram falsos deuses, e os 
cristãos inventaram a Trindade ou a copiaram da idolatria”.18 Podemos ver, pelo 
comentário de Hayek, que o islamismo condena a Trindade, pensando ser ela o 
mesmo que idolatria. Percebemos que os posicionamentos islâmicos são 
profundamente antagônicos ao cristianismo.
Vejamos o que diz o Sura 5: 73: “São blasfemos aqueles que dizem: Deus é o um da 
Trindade! Porquanto não existe divindade além do Deus Único...” (grifo do autor) . 
Veja também o Sura 4: 171. Ressaltamos, porém, que os cristãos não crêem que 
Deus seja o um de uma Trindade, como se duas outras Pessoas tivessem sido 
associadas a Deus, mas ao contrário, crêem que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são 
um e somente um Deus, pois há somente uma essência divina; cada uma das 
Pessoas é Deus e possui a totalidade da essência divina; as Pessoas são eternamente 
inseparáveis e eternamente unidas nessa única essência divina; cada uma das 
Pessoas possui a mesma dignidade das outras duas, e, portanto, conseqüentemente 
cada uma das Pessoas são idênticas em essência, vontade, propósito, poder, 
eternidade e nos demais atributos. Sendo assim, a Surata 5: 73 não faz referência ao 
entendimento bíblico e cristão de Deus.
Além desse erro de interpretação da Trindade por parte dos muçulmanos, existe a 
possibilidade de Maomé ter confundido o ensino cristão da Trindade com o triteísmo 
do Pai, Maria e J esus. Se isto ocorreu, há a possibilidade de Maomé ter condenado a 
Trindade por causa de um entendimento errôneo, pois até mesmo os cristãos 
condenariam veementemente a Trindade nesses termos. Como teria ocorrido isso? Há
dois versos que indicam que Maomé pensava que Maria também tinha natureza 
divina.
Citamos aqui o Sura 5: 116, no qual se lê que: “E recorda-te de que quando Deus 
disse: Ó J esus, filho de Maria! Fosse tu quem disseste aos homens: Tomai a mim e 
minha mãe por duas divindades, em vez de Deus?” (grifo do autor) . Veja também o 
Sura 5: 75. Aqui, constatamos, havia a crença ou o entendimento de que os cristãos 
adoravam J esus e Maria como pessoas da Trindade.Há duas possibilidades de como Maomé se convenceu de que a crença da divindade 
de Maria era aceita por cristãos. Talvez obteve este conhecimento por meio de uma 
obscura seita cristã chamada Collyridians, cujos adeptos adoravam Maria e lhe 
ofereciam um bolo em devoção chamado Collyris.19 Ou simplesmente o obteve por 
meio do que pensou ser verdade, segundo as aparências, pois alguns cristãos 
veneravam Maria em suas expressões populares de fé de tal maneira que poderia ter-
lhes parecido que a divindade de Maria era uma doutrina cristã, o que é contrário ao 
ensino bíblico sobre ela.20
De qualquer maneira, o entendimento islâmico inicial quanto à Trindade, segundo 
antigos comentaristas islâmicos, supunha que essa fosse composta de Deus, Maria e 
J esus: “Estes versos (Sura 5: 75 e 5: 116) são explicados pelo comentarista J alalu’din 
e Yahya como sendo a resposta de Maomé à declaração que ouviu de certos cristãos 
de que há três deuses, a saber: o Pai, Maria e J esus (Tisdall, The Original sources of 
the Qur’an)”.21 Outro grande comentador, Zamakhshari, também concorda que o 
Alcorão ensina a suposta crença cristã de que Deus, Cristo e Maria são três deuses, e 
que Cristo é o filho de Deus por Maria.
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18
Assim, segundo J alalu’din, Yahya e Zamakhshari, era isso que Maomé condenava, e 
não a doutrina como a conhecemos. O fato de Deus ser uma unidade composta não 
faz dele três deuses.22 Se pudéssemos remover esses mal-entendidos, então o 
islamismo veria que o cristianismo também prega o monoteísmo. Agora, passaremos 
a expor, brevemente, essas discordâncias doutrinárias.
Equívocos islâmicos na interpretação da Bíblia
1. Imaginar que a Trindade foi retirada da idolatria ou inventada pelo homem. De 
fato, a doutrina da Trindade é revelada implicitamente no Velho Testamento e 
explicitamente no Novo Testamento. A Bíblia e os cristãos que a seguem se opõem à 
idolatria, totalmente. As evidências bíblicas das Escrituras quanto à divindade do Pai, 
do Filho e do Espírito Santo são tantas que não podemos dizer que a doutrina da 
Trindade foi inventada pelos homens, ou copiada da idolatria. Temos também as 
evidências de que Deus é uma unidade composta nas Escrituras. Como, então, a 
doutrina teria sido retirada da idolatria ou inventada pelo homem? Será que isso não 
é uma tentativa para justificar o Alcorão? Aparentemente sim.
2. Imaginar que J esus foi associado a Alá. Não é verdade que os cristãos crêem em 
Deus como o um de uma Trindade. Não é assim que a Bíblia revela Deus. Ele é sim 
uma unidade trina, composta de três Pessoas, que é eterna. J esus, por isso, nunca foi
associado a Deus. Ele é eternamente Deus. Nunca, no entanto, houve um momento 
em que J esus deixasse de ser Deus para depois passar a ser associado a Deus. Os 
cristãos nunca cometeram shirk. J esus é eternamente Deus.
3. Atacar a divindade de J esus, tendo como base sua encarnação. Se a Bíblia revela 
que o Messias seria Deus em carne, quem somos nós para negar isto? Quem somos 
nós para limitar Deus naquilo que Ele quer e pode fazer? Certamente que para o Deus
do impossível é possível voluntariamente se limitar em um corpo humano, se assim o 
desejar. A encarnação de J esus não prova que J esus não é Deus, e não nos dá base 
para rejeitarmos a Trindade. Ela simplesmente mostra que Deus, voluntariamente, se
limitou em um corpo humano para morrer pelo homem que se havia perdido. 
Contudo, após sua exaltação, não possui limitações de um corpo humano. Somente 
assim J esus poderia dizer que estaria onde dois ou três estivessem reunidos em seu 
nome. Ele está agora no pleno exercício da manifestação de seus atributos.
4. Ignorar todos os sentidos da expressão Filho de Deus na Bíblia. Por causa disso 
crêem que J esus não é o Filho de Deus, pois Deus não faz sexo. Não é isso que os 
cristãos ensinam. Sabemos que a expressão Filho de Deus tem um sentido natalício, 
messiânico, assim como retrata um relacionamento filial entre J esus e o Pai. Todavia, 
um de seus sentidos evidencia que J esus se autodeclarava Deus, quando aplica a 
expressão para si, reivindicando igualdade e unidade com o Pai ( J o. 5: 18-28; 8: 28, 
cf. J o 8.24,52-58) . Há muitas passagens para fundamentarmos esse ponto em termos
bíblicos. Certamente que nunca foi ensinado pelo cristianismo que Deus fez sexo com 
Maria, querendo, com isso, justificar o uso da expressão Filho de Deus. De onde será 
que o islamismo tirou tal idéia? Por que ainda a propaga? Certamente que esse não é 
o ensino cristão a respeito da expressão Filho de Deus.
5. Confundir a doutrina da Trindade com o triteísmo do Pai, do Filho e do Espírito 
Santo. Afirmam que a doutrina da Trindade divide a deidade em três Pessoas divinas,
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separadas e distintas — Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo. Isso seria 
triteísmo: três Pessoas distintas e separadas em três essências. Nós, cristãos, porém,
não cremos assim, antes, que J esus ensinou a unidade das Pessoas em uma única 
essência divina, ou seja, em uma unidade trina. De tal maneira que as pessoas são 
inseparáveis, mesmo internamente, na única natureza divina existente. Veja os 
seguintes textos bíblicos para a divindade de J esus e sua unidade com o Pai em uma 
mesma essência: J oão 1.1,14,18; 5.18-28; 8.24,28,52-58; 10.30-38; 14.7-11. Como
disse J esus: se não pudessem crer no que Ele dizia, que cressem por causa das obras
que Ele realizava: J oão 10.30-38; 14.11, entre suas realizações, sua ressurreição: 
J oão 2.18-22; 8.28, por meio da qual ficaria evidente que Ele era (e ainda é) auto-
existente, eterno, com poder sobre a morte e, de fato, podia oferecer vida eterna ao 
que nele cresse: J oão 8.51.
6. Imaginar que a Trindade pudesse ser composta do Pai, de Maria e do Espírito 
Santo. Nunca passou pela cabeça de nenhum erudito cristão essa possibilidade. A 
doutrina da Trindade é baseada nas Escrituras, e estas não ensinam a Trindade dessa
maneira. Vemos pelas Escrituras que Maria foi uma mulher escolhida por Deus, mas, 
como todas as criaturas, era apenas um ser humano.
O Alá do Alcorão não é o Deus da Bíblia!
À luz da revelação bíblica e alcorânica, afirmamos que:
Alá não é o mesmo Deus da Bíblia. O Deus da Bíblia é triúno, o do Alcorão não. Alá se
define como uma unidade absoluta, mas o Deus da Bíblia como uma trina unidade 
composta. Alá não possui um filho, o Deus da Bíblia sim. Alá ataca, por meio do 
Alcorão, a doutrina cristã de Deus e a Divindade e a Filiação de J esus, porém, estas 
foram reveladas, ao longo da história, por Deus nas Escrituras Sagradas, a Bíblia, por
meio de suas muitas evidências. 
Respeitamos as convicções islâmicas num contexto de liberdade religiosa, mas 
lamentamos que sua doutrina de Deus, tal como se apresenta no Alcorão, ataca a 
cristã. Percebemos que os muçulmanos não assimilaram, como convém, a doutrina 
bíblica de Deus. Atacam-na, mas não a compreendem. Não conseguem perceber que 
Deus se revelou ao homem como triúno. É lamentável que imaginem que Deus só 
pode ter um filho se fizer sexo. Não é nesse sentido que J esus é Filho de Deus, como 
já afirmamos.
Costumo dizer que podemos passar uma eternidade discutindo doutrina, 
provavelmente não chegaremos a nenhum lugar. Contudo, nosso desejo é que os 
muçulmanos possam ter um encontro vivo e real com J esus. Isto é possível, pois Ele 
ressuscitou, venceu a morte, portanto, pode se manifestar a todo aquele que crê. Só 
Ele pode perdoar pecados e salvar, pois para isto morreu pelo homem. Contudo, o 
homem, criado por Deus, precisa crer e clamar, pois sem fé é impossível agradar a 
Deus (Hb 11.6) . Não é preciso palavras quando há um encontro com o J esus 
ressurreto, pois Ele ainda tem o mesmo poder transformador manifesto durante sua 
encarnação terrena.
Fazer um texto abordando as diferenças doutrinárias entre os cristãos e os 
muçulmanos não significa que não amamos os seguidores do Islã. Ao contrário. Nós 
os amamos e sabemos que o Senhor é poderoso para serevelar a eles.
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Oremos pelos muçulmanos, e não nos deixemos levar pelos nossos preconceitos.
Notas:
1 Klintowitz, J . Islã: a derrota do fanatismo, revista Veja, São Paulo: Editora Abril, 1º 
de março de 2000, p. 46.
2 Ibid., p. 46.
3 Dr. Maurice Bucaille, A Bíblia, o Alcorão e a ciência. Abul Hassam Annaduy, O Islam 
e o mundo. Ulfat Aziz Assamada, Islam e cristianismo. Mohamad Ahmad Abou Fares, 
Islamismo Mandamentos Fundamentais.
4 Nesse momento, vale a pena esclarecer o que significa adeptos do Livro, pois esta 
expressão aparece com certa freqüência no Alcorão. Esta se refere a judeus e 
cristãos, como explica Ahmed Deedat: “Adeptos do Livro é um título muito respeitável
pelo qual judeus e cristãos são tratados no Santo Alcorão. Em outras palavras, Alá 
está dizendo – “Ó pessoas instruídas!” “Pessoas com uma Escritura”, (Deedat, A. 
Christ in Islam. RSA, Islamic Propagation Centre, 1983, p. 32) .
5 Hayek, S. El. O Significado dos Versículos do Alcorão Sagrado. Brasil, MarsaM 
Editora J ornalística, 1994, p. 21.
6 Fares, M. A. Islamismo Mandamentos Fundamentais. Brasil, Editora Gráfica e 
Editora Monte Santo, p. 152.
7 Deedat, A. What Is His Name. RSA, Islamic Propagation Centre International, 1997,
p. 28.
8 Maududi, A. A. Para Compreender o Islamismo. Brasil, Centro de Divulgação do Islã
Para América Latina, 1989, p. 96.
9 Gilchrist, J . The Christian Witness To The Muslim. RSA, Roodepoort Mission Press, 
1988, p. 326-327.
10 Hayek, S. El. O Significado dos Versículos do Alcorão Sagrado. Brasil, MarsaM 
Editora J ornalística, 1994, p.757.
11 Ibid., p. 351.
12 Deedat, A. Christ in Islam, RSA, Islamic Propagation Centre International, 1983, p.
28-29.
13 Assamad, U. A. O Islam e o Cristianismo. Brasil, Editora Makka, 1991, p. 44-45.
14 Deedat, A. Christ in Islam, RSA, Islamic Propagation Centre International, 1983, p.
24-25.
15 Deedat, A. Christ in Islam, RSA, Islamic Propagation Centre International, 1983, p.
37.
16 Ibid., p. 38.
17 Assamad, U. A. O Islam e o Cristianismo. Brasil, Editora Makka, 1991, p 39.
18 Hayek, S. El. O Significado dos Versículos do Alcorão Sagrado. Brasil, MarsaM 
Editora J ornalística, 1994, p.20.
19 Gilchrist, J . The Christian Witness To The Muslim. RSA, Roodepoort Mission Press, 
1988, p. 318.
20 Ibid., p. 319.
21 Ibid., p. 318.
22 Ibid., p. 318
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3. UM EXAME CRíTICO E HISTóRICO DA ADORAçãO ISLâMICA
Por João Flávio Martinez
O dr. Halley nos informa que Maomé, quando moço, visitou a Síria e entrou em 
contato com os cristãos daquela região, onde se encheu de horror pela idolatria que 
os tais seguidores de Cristo praticavam.1
Parece que o profeta estava à procura de um Deus mais singular e único. Cansado da 
idolatria e do paganismo existentes em suas terras, esse conflito espiritual gerou em 
seu coração a sensação heróica de querer ser o “profeta da restauração”: “Eis aqui a 
religião de Deus! Quem melhor que Deus para designar uma religião? Somente a Ele 
adoramos!” (Surata 2: 138) .
Os historiadores Knigth e Anglin também comentam sobre o zelo do islamismo contra
a idolatria: “No ano 726 d.C., Leão I I I , imperador do Oriente, assustado com o 
progresso dos maometanos, cujo fim conhecido era exterminar a idolatria e afirmar a 
unidade de Deus, começou, por interesse próprio, uma cruzada animada contra as 
adorações das imagens, e o zelo que mostrou nessa nova empresa logo lhe criou o 
nome de Iconoclasta, que significa quebrador de imagem”.2
As imagens e a Igreja Católica Apostólica Romana
Quando o catolicismo começou a aderir às imagens de esculturas e aos desenhos de 
fatos bíblicos e de santos, a idéia não era ir contra os ensinamentos da Palavra de 
Deus, mas implantar uma didática pragmática para que o povo da Idade Média, leigo 
e analfabeto, pudesse aprender mais sobre as histórias bíblicas. O difícil foi conseguir 
separar a imagem da adoração idólatra, o que o catolicismo romano falhou 
miseravelmente ao dar plena evasão a uma prática tão condenada pela Bíblia 
Sagrada.
Até mesmo os livros apócrifos condenam tal prática. Por exemplo, no primeiro Livro 
de Macabeus é-nos contado que os judeus preferiram enfrentar a morte e ir contra o 
decreto do rei grego Antíoco Epifânio a terem de adorar as imagens do panteão 
mitológico da Grécia: “Erigissem altares, templos e ídolos [ ...] a obrigarem-nos a 
esquecer a lei e a transgredir as prescrições” ( I Macabeus 1: 47-49) . Ou seja, a 
problemática católica teve início com uma boa intenção: instruir os incautos usando 
as imagens.
Nesse ínterim, os bárbaros “convertidos” ao cristianismo já haviam encontrado os 
representantes de seus ídolos em imagens católicas. O comércio dessas imagens e 
ídolos estava, desde então, gerando enormes recursos para a Igreja. O procedimento 
do clero, que vivia nas trevas da ignorância, sem se preocupar com o que realmente 
a Bíblia ensinava, e toda a conjectura dos acontecimentos mostravam que a idolatria 
seria a marca registrada da Igreja Romana. Em seu livro, As brumas de Avalon, 
Marion Zimmer Bradley relata que a “deusa mãe”, adorada pelos Teutões e Saxões 
(germanos) , tinha sobrevivido à cristianização na pessoa da mãe de Deus — a Virgem
Maria. Esses povos não tiveram dificuldades em assimilar a deusa Virgem Maria, pois 
viam nela a sua adorada “deusa mãe”. Por fim, só restava ao papa decretar o que já 
era fato, o que aconteceu em 787 d.C., no segundo Concílio de Nicéia, quando ele 
disciplinou a veneração de imagens.
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Bem, você deve estar se perguntando porque estou explicitando algo sobre o 
catolicismo quando a minha intenção é falar de islamismo. É que, para nossa 
surpresa e concepção, o islamismo passou e está passando por uma transformação 
parecida: do zelo iconoclasta maometano ao desvio para a idolatria. Foi justamente 
isso que descobri em várias leituras que fiz sobre o mundo islâmico. Sempre tive no 
islamismo, devido à minha cultura ocidental, uma religião um tanto paradoxal e 
composta de doutrinas bem exóticas, mas não imaginava que tivesse alguma 
tendência à prática da idolatria.
Acredito que ídolos e analfabetismo sejam uma mistura perfeita para a incubação do 
misticismo popular, e como nos países muçulmanos a taxa de analfabetismo sempre 
foi muito alta, é possível que o islamismo venha seguindo, já há alguns séculos, o 
mesmo caminho que a Igreja Romana tomou na Idade Média. Isso não é de se 
admirar, porque, como veremos, o islamismo nasceu em meio a um ambiente pagão 
idólatra – a Caaba.
O Alcorão condena a idolatria?
Sim! As páginas corânicas são bem claras em relação a esta questão. A luta contra a 
adoração de imagens e ídolos parece ter sido uma das maiores empreitadas do 
profeta. A seguir iremos relacionar alguns textos que condenam a prática da idolatria.
Gostaríamos que o leitor observasse que, para o islamismo, acreditar na Trindade 
também é pecado de idolatria. Vejamos:
“E quando viu despontar o Sol, exclamou: Eis aqui meu Senhor! Este é maior! Porém,
quando este se pôs, disse: Ó povo meu, não faço parte da vossa idolatria!” (Surata 
6: 78) .
“Porém, se Deus quisesse, nunca se teriam dado à idolatria. Não te designamos (ó 
Mohammad) como seu defensor, nem como seu guardião” (Surata 6: 107) .
“Porventura, enviamos-lhes alguma autoridade, que justifique a sua idolatria?” 
(Surata 30: 35) .
“Ó filho meu, não atribuas parceiros a Deus, porque a idolatria é grave iniqüidade” 
(Surata 31: 13) .
“E permanecei tranqüilas em vossos lares, e não façais exibições, como as da época 
da idolatria; observai a oração, pagai o zakat , obedecei a Deus e ao seu mensageiro,
porque Deus só deseja afastar de vós a abominação, ó membros da Casa, bem como 
purificar-vos integralmente” (Surata 33: 33) .
A Trindade como prática idólatra:
“São blasfemos aqueles que dizem: ‘Deus é o Messias, filho de Maria’, ainda quando o
mesmo Messias disse: Ó israelitas, adorai a Deus, que é meu Senhor e vosso. A 
quem atribuir parceirosa Deus, ser- lhe-á vedada a entrada no paraíso e sua morada 
será o fogo infernal!’ Os iníquos jamais terão socorredores. São blasfemos aqueles 
que dizem: ‘Deus é um da Trindade!’, portanto não existe divindade alguma além do 
Deus único. Se não desistirem de tudo quanto afirmam, um doloroso castigo açoitará 
os 
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23
incrédulos entre eles” (Surata 5: 72-3; grifo nosso) .
A sentença para quem pratica a idolatria:
“Mas quando os meses sagrados houverem transcorrido, matai os idólatras, onde 
quer que os acheis; capturai-os, acossai-os e espreitai-os; porém, caso se 
arrependam, observem a oração e paguem o zakat, abri- lhes o caminho. Sabei que 
Deus é indulgente, misericordiosíssimo” (Surata 9: 5; grifo nosso) .
I ndícios de idolatria em algumas práticas islâmicas
A partir daqui, estaremos discrimando algumas práticas de adoração islâmicas que se 
chocam com a teoria doutrinária exarada no Alcorão. Construiremos esta análise 
fundamentando-a na concepção de diversos pesquisadores religiosos e esperamos 
que as referências citadas nos possibilitem tecer um julgamento equilibrado da tensão
existente no ambiente de adoração islâmico. Vejamos:
Maomé – um profeta vaticinado por pagãos idólatras
No livro A vida do profeta Maomé, traduzido por Ibn Ishaq, é declarado: “Rabinos 
judeus, monges cristãos e adivinhos árabes prevêem o advento de um profeta...”.3
A Bíblia, no entanto, diz: “Porventura a fonte deita da mesma abertura água doce e 
água amargosa?” (Tg 3.11) . Ou seja, de acordo com os ensinamentos de Deus, de 
uma mesma fonte não pode jorrar dois tipos de águas — ou a água é boa ou é má. 
Se Maomé foi profetizado por árabes pagãos isso coloca, até mesmo para os seus 
seguidores, uma dúvida latente sobre a autenticidade de seu ministério.
Caaba – a veneração à Pedra Negra
A Caaba é o santuário islâmico localizado no centro da Grande Mesquita, em Meca. 
Lugar sagrado dos muçulmanos, guarda a Pedra Negra, que, segundo a crença 
islâmica, fora dada a Adão depois de sua expulsão do paraíso.
Por ter sido levada pelo dilúvio, a Caaba fora reconstruída por Abraão e seu filho 
Ismael, que teriam embutido no ângulo Sudeste do cubo de pedra que formava a 
casa de Deus a Pedra Negra, trazida pelo anjo Gabriel. “Os muçulmanos contornavam
a Caaba sete vezes, tocando ou beijando a Pedra Negra ao passarem por ela”.4
A peregrinação para Meca, ou Hajj, é um dos pilares do islamismo. Essa viagem ao 
lugar do nascimento de Maomé deve ser feita por todo muçulmano pelo menos uma 
vez na vida, desde que dotado de condições físicas e econômicas.
Mantran comenta o seguinte sobre a Caaba:
“A partir do século V, Meca ficou sob o domínio da tribo de Qoraysh, quando um de 
seus membros, Qosayy, vindo do norte, eliminou a tribo de Khozaa e teve a 
habilidade para transformar Meca em um grande centro de peregrinação, reunindo 
em um só santuário, a Caaba, as principais divindades dos Árabes [...] Entre os 
árabes, essa Pedra Negra, provavelmente um meteorito, era (e é) objeto de 
veneração [...] reunindo ali as grandes divindades árabes, permitindo assim aos 
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homens das caravanas satisfazerem sua crença numa ou noutra divindade”.5 (grifo 
nosso)
O prêmio nobel de literatura, dr. Naipaul, corrobora nesse sentido:
“... A peregrinação a Meca é mais velha do que o Islã, enraizada no antigo culto tribal
árabe e incorporada pelo profeta às práticas islâmicas: a essa cultura, camada após 
camada de história”.6
O dr. Salim Almahdy também faz a seguinte observação sobre a Caaba e a Pedra 
Negra:
“... Também já existia em Meca a Pedra Negra, por causa da qual as pessoas 
peregrinavam para Meca. Os peregrinos beijavam a pedra, prestando culto a Alá por 
meio dela”.
Todas as evidências fidedignas mostram que esse lugar foi o centro do paganismo na 
Arábia, adaptado ao islamismo pelos fiéis muçulmanos e mantido até hoje na 
essência de sua doutrina, onde na prática a Pedra Negra acaba recebendo tanta 
veneração quanto Alá.
Alá – mais um ídolo adorado na Caaba?
Para o historiador libanês, Albert Hourani, Alá não passava de mais um dos deuses e 
ídolos do paganismo:
“O nome dado a Deus era Alá, já em uso para um dos deuses locais (e hoje usado por
judeus e cristãos de língua árabe como o nome de Deus)”.7
Escritores e historiadores que corroboram que Alá era mais um deus entre o panteão 
pagão da Arábia:
Dr. Salim Almahdy, escritor e ex- islâmico:
“O islamismo, Alá e grande parte do Alcorão já existiam antes de Maomé. O pai de 
Maomé chamava-se Abed Alá, que significa escravo de Alá [ ...] A Enciclopédia do 
islamismo nos fala que os árabes pré-islâmicos conheciam Alá como uma das 
divindades de Meca [...] Segundo a Enciclopédia Chamber’s, ‘a comunidade onde 
Maomé foi criado era pagã, com diferentes localidades que tinham os seus próprios 
deuses, freqüentemente representados por pedras. Em muitos lugares havia 
santuários para onde eram feitas peregrinações. Meca possuía um dos mais 
importantes, a Caaba, onde foi colocada a pedra negra, há muito tempo um objeto de
adoração [...] Alá era o deus lua. Até hoje os muçulmanos usam a forma do quarto 
crescente sobre as suas mesquitas. Nenhum muçulmano consegue dar uma boa 
explicação para isso. Na Arábia havia uma deusa feminina que era a deusa sol e um 
deus masculino que era o deus lua. Diz-se que eles se casaram e deram à luz três 
deusas chamadas as filhas de Alá, cujos nomes eram Al Lat, Al Uzza e Manat. Alá, 
suas filhas e a deusa sol eram conhecidos como os deuses supremos. Alá, Allat, Al 
Oza e Akhbar eram alguns dos deuses pagãos...’”(www.ictus.com.br) .
Rushdie, autor de Versos satânicos:
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“Pensai também em Lat e Uzza, e em Manat [filhas de Alá] Elas são os pássaros 
exaltados, e sua intercessão é de fato desejada [pelos muçulmanos]”8
Mantran:
“Os árabes do Norte tinham crenças mais realistas: espíritos, djinns representados 
por árvore, pedras. Acreditavam também em divindades, muito numerosas, mas 
algumas eram veneradas pela maioria das tribos; as mais importantes entre essas 
divindades eram três deusas: Manat, Ozza e al-Lat, por sua vez subordinadas a uma 
divindade superior, Alá...”.9
Mather e Nichols:
“Alá era uma divindade suprema já conhecida dos povos do Norte da Arábia”.10
O que Maomé realmente fez foi substituir o paganismo politeísta por um paganismo 
monoteísta. Afinal, todas as evidências comprobatórias e históricas nos apontam para
o fato de que Alá era um ídolo tribal.
Os amigos de Deus
No catolicismo romano é comum a reza aos “santos” mortos. O católico acredita que 
esses cristãos, que em vida fizeram grandes obras de piedade, possam, depois de 
mortos, ter acesso a Deus e realizar intercessões espirituais em favor dos vivos que 
fazem preces em seus nomes.
Estranhamente, algo parecido acontece com os muçulmanos. Na teologia islâmica, 
esses santos especiais são chamados de “amigos de Deus”. É o que nos conta o dr. 
Hourani:
“A idéia de um caminho de acesso a Deus implicava que o homem não era só criatura
e servo dele, mas também podia tornar-se seu amigo (wali) . Essa crença encontrava 
justificativa em trechos do Alcorão: ‘Ó vós, Criador dos céus e da terra, sois meu 
amigo neste mundo e no próximo’ (Surata 12: 101) .
“Aos poucos, foi surgindo uma teoria de santidade (wilaya) . O amigo de Deus era o 
único que sempre estava perto dele, cujos pensamentos estavam sempre nele, e que 
havia dominado as paixões humanas que afastavam o homem dele. A mulher, tanto 
quanto o homem, podia ser santa. Sempre houvera e sempre haveria santos no 
mundo, para manter o mundo no eixo.
“Com o tempo, essa idéia adquiriu expressão formal: sempre haveria certo número 
de santos no mundo; quando um morria, era sucedido por outro; e eles constituíam a
hierarquia que eram os governantes desconhecidos do mundo, tendo o qutb, o pólo 
sobre o qual o mundo girava, como seu chefe [ ...] Os amigos de Deus intercediam 
junto a ele em favor de outros, e sua intercessãotinha resultados visíveis neste 
mundo. Trazia curas para a doença e a esterilidade, ou alívio nos infortúnios, e esses 
sinais de graça (karamat) eram também provas da santidade do amigo de Deus.
“Veio a ser largamente aceito que o poder sobrenatural pelo qual um santo invocava 
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graças para este mundo podia sobreviver à sua morte, e podia-se fazer pedidos de 
intercessão em seu túmulo. As visitas aos túmulos dos santos, para tocá-los ou orar 
diante deles, passaram a ser uma prática complementar de devoção, embora alguns 
pensadores muçulmanos encarassem isso como uma invocação perigosa, porque 
interpunha um intermediário humano entre Deus e cada crente individual. O túmulo 
do santo, quadrangular, com um domo abaulado, caiado por dentro, isolado ou 
dentro de uma mesquita, ou servindo de núcleo em torno do qual surgia uma zawiya,
era uma feição conhecida na paisagem rural e urbana islâmica [...] Do mesmo modo 
como o Islã não rejeitou a Caaba, mas deu-lhe novo sentido, também os convertidos 
do Islã trouxeram-lhe seus próprios cultos imemoriais. A idéia de que certos lugares 
eram moradas de deuses ou espíritos sobre-humanos estava generalizada desde 
tempos muito antigos: pedras de um tipo incomum, árvores antigas, nascentes que 
brotavam espontaneamente da terra, eram encaradas como sinais visíveis da 
presença de um deus ou espírito ao qual se dirigia pedidos e se faziam oferendas, 
pendurando-se panos votivos ou sacrificando-se animais.
“Em todo o mundo onde o Islã se espalhou, tais lugares se tornaram ligados aos 
santos muçulmanos, e com isso adquiriram um novo significado [...] Alguns dos 
túmulos dos santos tinham-se tornado centros de grandes atos litúrgicos públicos. O 
aniversário de um santo, ou um dia especial ligado a ele, era comemorado com uma 
festa popular, durante a qual muçulmanos do distrito em torno ou de mais longe 
ainda se reuniam para tocar o túmulo, rezar diante dele e participar de vários tipos de
festividades [...] Esses santuários nacionais ou universais eram os de Mawlay Idris 
(m. 791) , tido como fundador da cidade de Fez; Abu Midyan ( c. 1126-97) em 
Tlemcem, na Argélia Ocidental; Sidi Mahraz, santo padroeiro no delta egípcio, objeto 
de um culto em que os estudiosos viam uma sobrevivência em nova forma do antigo 
culto egípcio de Bubastis; e ‘Abd al-Qadir, que deu nome à ordem qadirita, em Bagdá 
[...] Com o decorrer do tempo, o profeta e sua família passaram a ser vistos na 
perspectiva da santidade. A intercessão do profeta no J uízo Final, acreditava-se 
comumente, atuaria para a salvação daqueles que tinham aceito a missão dele.
“Maomé passou a ser encarado como um wali, além de profeta, e seu túmulo em 
Medina era um local de prece e pedidos, a ser visitado por si ou como uma extensão 
do hadj. O aniversário do profeta (mawlid) tornou-se uma ocasião de comemoração 
popular; essa prática parece ter começado a surgir na época dos califas fatímidas, no 
Cairo, e estava generalizada nos séculos XI I e XIV [ ...] O santo, ou seus 
descendentes e os guardiães de seu túmulo, podiam lucrar com sua reputação de 
santidade; as oferendas dos peregrinos davam-lhe riquezas e prestígios [ ...] Alguns 
exemplos disso foram observados nos tempos modernos: na Síria, o khidr, o 
misterioso espírito identificado com São J orge, era reverenciado em fontes e outros 
lugares santificados; no Egito, coptas e muçulmanos comemoravam igualmente o dia 
de santa Damiana...”.11
Em seu livro Entre os fiéis, o dr. Naipaul comenta a respeito da veneração que um 
paquistanês desenvolveu por um desses santos:
“Disse ele: ‘Existem categorias de fiéis. Alguns querem dinheiro, outros desejam uma 
boa vida no além [...] Eu desejo encontrar Alá. Você só pode fazer isso através de um
médium. Meu murshid é o meu médium. Eu desejo amar meu murshid em meu 
coração. Alá está com meu murshid. E quando meu murshid entra em meu coração, 
Alá está comigo [...] Só posso conhecer Alá através do meu médium. O murshid não 
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era o pir ou chefe da comunidade, como eu pensei [ ...] era o santo cuja tumba havia 
visitado”.12
A Bíblia desaprova a intercessão dos santos católicos, dos “amigos de Deus” 
muçulmanos e de qualquer outra espécie de entidade. Somente a J esus Cristo, o Filho
de Deus, a Bíblia tem outorgado esse direito de interceder pelos homens: “Porque há 
um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo J esus, homem” (1Tm 
2.5) .
A veneração aos imãs
“Maomé, Fátima ( filha do profeta) e os imãs eram vistos como encarnações das 
inteligências por meio dos quais o Universo foi criado. Os imãs eram vistos como 
guias espirituais no caminho do conhecimento de Deus: para os xiitas, vieram a ter a 
posição que os ‘amigos de Deus’ tinham para os sunitas”.13
Procissões
Algo comum no catolicismo é uma romaria ou procissão em devoção a algum santo 
canonizado pela Igreja Romana. O que poucos sabem é que no Islã os tais “amigos 
de Deus” também recebem a mesma homenagem, principalmente entre os xiitas.
O dr. Naipaul, em uma de suas viagens por países islâmicos, fez uma observação a 
esse respeito quando visitava o I rã em 1979, no auge da Revolução Islâmica 
impetrada por Khomeini. Revolução que, devido ao rigor religioso, punia todas as 
pessoas, inclusive estrangeiras, que desrespeitassem as normas do Alcorão.
Vejamos o que ele nos informa:
“O islamismo tem seus próprios mártires. Uma vez por ano, desfilam seus mausoléus 
alegóricos pelas ruas; os homens ‘dançam’ com pesadas luas crescentes, ora 
balançando as luas de um jeito, ora de outro; os tambores batiam, e às vezes havia 
combates rituais com varas. As brigas de vara eram uma simulação de uma antiga 
batalha, mas a procissão era de luto e comemorava a derrota naquela batalha [...] A 
cerimônia — da qual participavam tanto hindus como muçulmanos — era 
essencialmente xiita, e a batalha tinha a ver com a sucessão do profeta, que fora 
travada no Iraque, que o homem especificamente pranteado era o neto do 
profeta”.14
Quanto à procissão, a teologia bíblica só tem uma resposta, tanto para os católicos 
como para estes grupos específicos de islâmicos: “Congregai-vos, e vinde; chegai-vos
juntos, os que escapastes das nações; nada sabem os que conduzem em procissão as
suas imagens de escultura, feitas de madeira, e rogam a um deus que não pode 
salvar” ( Is 45.20) .
Superstições islâmicas
“Mais difundida, na verdade praticamente universal no islamismo, era a crença em 
espíritos e a necessidade de descobrir um meio de controlá- los. Os jinns eram 
espíritos com corpos de vapor ou chama que apareciam aos sentidos, muitas vezes 
sob forma de animais, e podiam influenciar as vidas humanas; às vezes, eram maus, 
Pági na
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ou pelo menos travessos, e, portanto, era necessário controlá- los.
“Também podia haver seres humanos com poderes sobre as ações e vidas de outros, 
ou devido a alguma característica sobre a qual não tinham controle — o olho mau — 
ou pelo exercício deliberado de certas artes, que podiam despertar forças 
sobrenaturais. Era um reflexo distorcido do poder que os virtuosos, os amigos de 
Deus, podiam adquirir por graça divina. Mesmo o cético (escritor islâmico) Ibn 
Khaldun acreditava na existência da bruxaria, e que certos homens podiam descobrir 
meios de exercer poder sobre outros, mas achava isso repreensível. Havia uma 
crença geral entre os muçulmanos em que tais poderes podiam ser controlados ou 
contestados por encantos e amuletos colocados em certas partes do corpo, 
disposições mágicas de palavras e figuras, sortilégios ou rituais de exorcismo ou 
propiciação, como o zar, um ritual de propiciação, ainda difundido no vale do Nilo”.15
Segundo o historiador Mantran, o próprio Maomé, quando começou a receber a 
revelação de Alá e do Alcorão, acreditou estar possuído por jinns e até pensou em 
cometer suicídio16.
O que percebemos com todas essas conjecturas e colocações é que algumas 
vertentes do Islã, em determinadas

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