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ativid 1 Queixa Subsidiária José Carlos do Nascimento Oliveira

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DE XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 
 
 
 
 
 Ivana, nacionalidade: xxxx, estado civil: xxxxx, profissão: xxxx, 
portador do CPF nº xxxxxxxxxx e RG xxxxxxxxxxx, residente e 
domiciliado na Rua xxxxxxx, bairro xxxxxx, nº xxx,cidade xxxxxx, Estado 
xxxx e Lisa, na condição de vítima falecida, portadora de cédula de 
identidade xxxxx, representada por sua irmã Ivana já qualificada, vem 
muito respeitosamente perante Vossa Excelência, através de seu 
advogado xxxxxx, inscrito na OAB XXXX, com os fundamentos dos 
artigos 30, 31 do CPP, artigo 5, inciso LIX, da Constituição Federal, 
artigo 100, parágrafo 3º, do Código Penal, nos termos do artigo 29, 41 e 
44 do Código de Processo Penal, baseadas nas provas colhidas no 
inquérito policial, ante a inércia do Ministério Público em propor ação 
penal, pelas razões de fato e direito a seguir expostas: 
 
 
 
 I - QUEIXA CRIME SUBSIDIÁRIA 
 
 
 Em face de Rask, nacionalidade xxxxxxx, estado civil xxxxxx, profissão 
xxxxx, portador do CPF Nº XXXX, e RG xxxxxx, cidade xxxxxx, residente 
e domiciliado na Rua xxxxxx, bairro xxxx, nº xxxxx, Estado xxxxxx, pela 
conduta praticada prevista nos artigos 129, inciso II e artigo 121 § 3º,4º 
do código penal, em razão dos fatos a seguir narrados: 
 
 
 
 PRELIMINARMENTE 
 
 Eis que a vítima dos fatos, Lisa faleceu na data xxxxxxx, não teve 
tempo suficiente, para o exercício de seu direito de queixa. Terminado o 
prazo legal para oferecimento da denúncia pelo Parquet, de acordo com 
os arts. 30,31 e 46 do Código Processo Penal, o Ministério Público, que 
se quedou inerte, em que motiva sua irmã Ivana querelante possui 
garantido o direito de propor Ação Penal Privada Subsidiária da Pública. 
 Importa mencionar que a queixa crime subsidiária, nos termos do 
artigo 5º inciso LIX da constituição federal, será admitida ação privada 
nos crimes de ação pública e conforme artigo 29 do Código de Processo 
Penal. 
 
 2- DOS FATOS 
 O Querelado, um ex-estudante de Direito terrivelmente atormentado 
por suas dificuldades financeiras, rotineiramente recorre a Querelante 
que lhe socorre nos momentos de maior desespero e empresta dinheiro, 
no qual o querelado alegava serem aplicados a juros exorbitantes. Certo 
dia, particularmente indignado com aquela situação, que considerava um 
paradoxo inaceitável, Rask arquiteta um plano para matar Ivana, que 
resolve colocar em prática sem demora. 
 No início da noite, o jovem foi à residência de Ivana para golpeá-la 
na cabeça com uma machadinha. Após o primeiro golpe, após o primeiro 
golpe, Rask desiste de seguir com seu plano e deixa o local em corrida 
desabalada. Ao descer as escadas, esbarrão, porém, Lisa rola escada 
abaixo e bate a têmpora em uma quina, morrendo na hora. Acionada, a 
polícia rapidamente chega ao local, encontrando Ivana viva 
ensanguentada e machadinha com as digitais de Rask. Ivana ficou 
internada por 35 dias, mas sobreviveu sem sequelas. 
 Ocorre que, a inércia do ilustre representante do Ministério Público, 
que até o presente momento, sem motivo justificado, não tomou 
qualquer providência, vem a Querelante, propor a presente, conforme 
segue: 
 
 
 
 3- DO DIREITO 
 
 Na ocasião do fato, o Querelado tinha um propósito de matar a 
querelante Ivana, desferiu golpe contra a cabeça, com o uso de uma 
machadinha, entretanto, com a desistência voluntária nos termos do 
artigo 15 do Código Penal, o Querelado responderá somente pela 
conduta já praticada e o fato de Ivana ter sido internada por 35 dias, 
enquadrando no artigo 129 Lesão Corporal, inciso I, do Código Penal, 
Lesão corporal natureza grave. 
 O Querelado realizou uma conduta criminosa, ao tentar fugir do 
local, esbarra em Lisa que caiu escada abaixo e bateu a cabeça na 
quina e causou sua morte acidental, de acordo com o artigo 121, § 3º e 
cominado § 4º do Código Penal, visto que tal ação reúne todos 
elementos necessários para a existência de crime, conduta do querelado 
tipificada como homicídio culposo, pois deixou de prestar imediato 
socorro à Lisa, que produziu o resultado morte. 
 
 4- DOS PEDIDOS 
 
 Diante do exposto, requer: 
• O recebimento da presente Queixa Crime. 
• A citação do querelado, para, querendo, apresentar defesa nos termos 
da lei. 
• A produção de todos os meios de prova em direito admitidas, em 
especial a documental e testemunhal. 
• A intimação do ilustre representante do Ministério Público, nos termos do 
artigo 29 e artigo 45 do CPP. 
• A condenação do querelado na pena prevista no artigo 121,§ 3 e 
cominado 4 §, do código Penal e artigo 129, inciso I do Código Penal. 
• Requer ainda a fixação do valor mínimo pelos prejuízos sofridos, pelo 
denunciado, nos termos do artigo 387, inciso IV do CPP. 
 
 Nestes Termos, 
 Pede Deferimento. 
 
 
 LOCAL XXXXX, DATA XXXXXXXX 
 
 ADVOGADO XXXXXXXXX 
 OAB XXXXXXXXX 
 
Rol de testemunhas 
 
xxxxxxxxxxxxxxx, qualificada 
xxxxxxxxxxxxxxx, qualificado 
xxxxxxxxxxxxxxx, qualificada

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