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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX Ivana, nacionalidade: xxxx, estado civil: xxxxx, profissão: xxxx, portador do CPF nº xxxxxxxxxx e RG xxxxxxxxxxx, residente e domiciliado na Rua xxxxxxx, bairro xxxxxx, nº xxx,cidade xxxxxx, Estado xxxx e Lisa, na condição de vítima falecida, portadora de cédula de identidade xxxxx, representada por sua irmã Ivana já qualificada, vem muito respeitosamente perante Vossa Excelência, através de seu advogado xxxxxx, inscrito na OAB XXXX, com os fundamentos dos artigos 30, 31 do CPP, artigo 5, inciso LIX, da Constituição Federal, artigo 100, parágrafo 3º, do Código Penal, nos termos do artigo 29, 41 e 44 do Código de Processo Penal, baseadas nas provas colhidas no inquérito policial, ante a inércia do Ministério Público em propor ação penal, pelas razões de fato e direito a seguir expostas: I - QUEIXA CRIME SUBSIDIÁRIA Em face de Rask, nacionalidade xxxxxxx, estado civil xxxxxx, profissão xxxxx, portador do CPF Nº XXXX, e RG xxxxxx, cidade xxxxxx, residente e domiciliado na Rua xxxxxx, bairro xxxx, nº xxxxx, Estado xxxxxx, pela conduta praticada prevista nos artigos 129, inciso II e artigo 121 § 3º,4º do código penal, em razão dos fatos a seguir narrados: PRELIMINARMENTE Eis que a vítima dos fatos, Lisa faleceu na data xxxxxxx, não teve tempo suficiente, para o exercício de seu direito de queixa. Terminado o prazo legal para oferecimento da denúncia pelo Parquet, de acordo com os arts. 30,31 e 46 do Código Processo Penal, o Ministério Público, que se quedou inerte, em que motiva sua irmã Ivana querelante possui garantido o direito de propor Ação Penal Privada Subsidiária da Pública. Importa mencionar que a queixa crime subsidiária, nos termos do artigo 5º inciso LIX da constituição federal, será admitida ação privada nos crimes de ação pública e conforme artigo 29 do Código de Processo Penal. 2- DOS FATOS O Querelado, um ex-estudante de Direito terrivelmente atormentado por suas dificuldades financeiras, rotineiramente recorre a Querelante que lhe socorre nos momentos de maior desespero e empresta dinheiro, no qual o querelado alegava serem aplicados a juros exorbitantes. Certo dia, particularmente indignado com aquela situação, que considerava um paradoxo inaceitável, Rask arquiteta um plano para matar Ivana, que resolve colocar em prática sem demora. No início da noite, o jovem foi à residência de Ivana para golpeá-la na cabeça com uma machadinha. Após o primeiro golpe, após o primeiro golpe, Rask desiste de seguir com seu plano e deixa o local em corrida desabalada. Ao descer as escadas, esbarrão, porém, Lisa rola escada abaixo e bate a têmpora em uma quina, morrendo na hora. Acionada, a polícia rapidamente chega ao local, encontrando Ivana viva ensanguentada e machadinha com as digitais de Rask. Ivana ficou internada por 35 dias, mas sobreviveu sem sequelas. Ocorre que, a inércia do ilustre representante do Ministério Público, que até o presente momento, sem motivo justificado, não tomou qualquer providência, vem a Querelante, propor a presente, conforme segue: 3- DO DIREITO Na ocasião do fato, o Querelado tinha um propósito de matar a querelante Ivana, desferiu golpe contra a cabeça, com o uso de uma machadinha, entretanto, com a desistência voluntária nos termos do artigo 15 do Código Penal, o Querelado responderá somente pela conduta já praticada e o fato de Ivana ter sido internada por 35 dias, enquadrando no artigo 129 Lesão Corporal, inciso I, do Código Penal, Lesão corporal natureza grave. O Querelado realizou uma conduta criminosa, ao tentar fugir do local, esbarra em Lisa que caiu escada abaixo e bateu a cabeça na quina e causou sua morte acidental, de acordo com o artigo 121, § 3º e cominado § 4º do Código Penal, visto que tal ação reúne todos elementos necessários para a existência de crime, conduta do querelado tipificada como homicídio culposo, pois deixou de prestar imediato socorro à Lisa, que produziu o resultado morte. 4- DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer: • O recebimento da presente Queixa Crime. • A citação do querelado, para, querendo, apresentar defesa nos termos da lei. • A produção de todos os meios de prova em direito admitidas, em especial a documental e testemunhal. • A intimação do ilustre representante do Ministério Público, nos termos do artigo 29 e artigo 45 do CPP. • A condenação do querelado na pena prevista no artigo 121,§ 3 e cominado 4 §, do código Penal e artigo 129, inciso I do Código Penal. • Requer ainda a fixação do valor mínimo pelos prejuízos sofridos, pelo denunciado, nos termos do artigo 387, inciso IV do CPP. Nestes Termos, Pede Deferimento. LOCAL XXXXX, DATA XXXXXXXX ADVOGADO XXXXXXXXX OAB XXXXXXXXX Rol de testemunhas xxxxxxxxxxxxxxx, qualificada xxxxxxxxxxxxxxx, qualificado xxxxxxxxxxxxxxx, qualificada
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