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Página 1 de 7 
 
Universidade Veiga de Almeida 
 
 
 
Patrícia Robaina Pimentel 
Nota: 100% 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO CRÍTICA- ANALÍTICA SOBRE COMO AS 
RELAÇÕES SOCIAIS DE PRODUÇÃO E O ESTADO 
SÃO IMPORTANTE PARA A COMPREENSÃO DO 
CAPITALISMO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Página 2 de 7 
Niterói-RJ 
Março/2022 
 
Rio de Janeiro, 20 de Março de 2022. 
Professora: Joelma Cerqueira de Oliveira. 
Aluna: Patrícia Robaina Pimentel. 
Trabalho Avaliativo de Sociologia. 
 
 
• Introdução: 
 
Marx e Engels compreenderam que as relações estabelecidas entre as 
classes são, em geral, marcadas pela opressão de uma classe sobre a outra. Ou 
seja, as relações sociais de produção eram baseadas na exploração do trabalho 
de uma classe sobre a outra e, em geral, esse processo era acompanhado de 
altas doses de violência. Para os autores, ao longo da história, os conflitos de 
classe são a mola propulsora das transformações e das mudanças. 
Nesta atividade, façam uma avaliação crítica-analítica sobre como as 
relações sociais de produção e o Estado são importantes para a compreensão 
do capitalismo. 
 
• Desenvolvimento: 
 
1.1- Capitalismo 
 
O Capitalismo é uma forma de organização social marcada pela 
separação entre os proprietários, controladores dos meios de produção, 
(máquinas, matérias-primas, instalações, etc.) e os que não possuem e não 
controlam os meios de produção, dependendo exclusivamente da venda de sua 
 Página 3 de 7 
força de trabalho, através do salário, para sobreviver. Essa divisão seria a base 
da divisão da sociedade capitalista, entre duas classes antagônicas: a burguesia 
exploradora e os trabalhadores explorados. 
1.2- Expansão do trabalho capitalista 
 
A expansão das forças de produção e da organização do trabalho 
capitalista, com o assalariamento e a exploração da mais-valia, proporcionou um 
avanço tecnológico que ficou conhecido como Revolução Industrial. A 
necessidade de exploração da mais-valia para a produção de capital e sua 
acumulação levou ao fortalecimento das relações sociais de produção 
capitalista. No aspecto econômico, ela resultou no desenvolvimento industrial, 
tecnológico e de meios de comunicação. 
Por outro lado, a exploração da mais-valia provocou a miséria de um 
número crescente de trabalhadores, que passaram a lutar por melhorias em suas 
condições de vida e trabalho. Para isso, criaram sindicatos e diversas formas de 
associação de trabalhadores através dos quais lutavam pela garantia de direitos. 
Com o acúmulo de experiências, os trabalhadores passaram também a perceber 
a necessidade de alcançar o poder político e econômico, no Estado e nas 
empresas, para que a exploração da mais-valia fosse extinta. Com isso, 
conquistaram o direito ao voto, o direito de organização e o direito de greve. 
Assim, pode-se perceber que o Capitalismo teve como um dos seus 
alicerces as relações sociais de produção, em que de um lado havia os 
proprietários dos meios de produção, procurando explora o máximo para 
conquistar lucros, e do outro lado a massa oprimida dos trabalhadores em que 
após muita luta conseguiram, com o passar dos anos, seus direitos. Porém, além 
dessas relações, existe também outro importante alicerce que fez com que o 
Capitalismo fosse adotado como uma organização social mundial. 
As relações sociais construídas pelo capital se estabelecem, se mantêm 
e se reforçam por meio de múltiplos mecanismos de dominação, administrados 
por diferentes tecnologias de poder e inculcados nos diversos aparelhos 
ideológicos do Estado, ou impostos repressivamente. Entre os autores decisivos 
 Página 4 de 7 
para o entendimento dessas construções sociais históricas se destacam Marx, 
Althusser e Foucault. 
 
1.3- O Estado 
Os estudos sobre o desenvolvimento capitalista atual se detêm sobre a 
questão do Estado, acentuando suas novas funções ou o deslocamento da 
soberania. Segundo Wallerstein, hoje há sinais de crise no capitalismo no âmbito 
da soberania do Estado nacional. A peculiaridade a observar é que estados são 
soberanos dentro de um sistema interestatal. A soberania reclamada pelos 
estados desde o século XVI não diz respeito propriamente ao Estado como tal, 
mas ao sistema interestatal. É uma pretensão dupla, porque voltada para dentro 
e para fora do Estado. A soberania do Estado ‘para dentro’, no limite do seu 
território, autoriza esse Estado a definir e aplicar as políticas e as leis julgadas 
apropriadas ou necessárias, tendo garantido o direito de vê-las obedecidas por 
todos os que fazem parte desse Estado. A soberania do Estado ‘para fora’ 
garante a esse Estado a não-interferência de outro Estado dentro dos limites do 
Estado em questão. Neste sentido, a soberania envolve o reconhecimento mútuo 
dessas pretensões de cada Estado no sistema interestatal. 
O Estado tem sido definido como um conjunto de instituições políticas, 
jurídicas e administrativas com jurisdição sobre a população de um país 
internacionalmente reconhecido em suas fronteiras. Sendo um dos fatores 
primordiais para a ascensão do Capitalismo. 
Para os pensadores alemães Karl Marx e Friedrich Engels, o Estado é um 
instrumento que serve aos interesses da classe dominante em qualquer 
sociedade. 
“As revoluções de 1648 e 1789 não foram revoluções inglesa e francesa; 
foram revoluções de tipo europeu. Não representavam o trinfo de uma 
determinada classe da sociedade sobre o velho regime político; proclamavam 
um regime político para a nova sociedade europeia. Nelas triunfara a burguesia; 
mas a vitória da burguesia significava então o triunfo de um novo regime social, 
o triunfo da propriedade burguesa sobre a propriedade feudal, da nação sobre o 
 Página 5 de 7 
provincialismo, da concorrência sobre as corporações, da partilha sobre o direito 
de progenitura, da submissão da terra ao proprietário sobre a submissão do 
proprietário sobre à terra, da ilustração sobre a superstição, da família sobre a 
linhagem, da indústria sobre a negligência heroica, do direito burguês sobre os 
privilégios medievais” (MARX; ENGELS, 1982, p. 49-50). 
 
1.4- Conclusão 
Em primeiro lugar, Marx considerava as condições materiais de uma 
sociedade como a base de sua estrutura social e da consciência humana. A 
forma do Estado, portanto, emerge das relações de produção, não do 
desenvolvimento geral da mente humana ou do conjunto das vontades humanas. 
(…) 
Essa formulação do Estado contradizia diretamente a concepção de 
Hegel do Estado “racional”, um Estado ideal que envolve uma relação justa e 
ética de harmonia entre os elementos da sociedade. Para Hegel, o Estado é 
eterno, não histórico; transcende a sociedade (ou seja, está acima da sociedade) 
como uma coletividade idealizada. Assim, é mais do que as instituições 
simplesmente políticas. 
Marx, ao contrário, colocou o Estado em seu contexto histórico e o 
submeteu a uma concepção materialista da história. Não é o Estado que molda 
a sociedade, mas a sociedade que molda o Estado. A sociedade, por sua vez, 
se molda pelo modo de produção e pelas relações de produção inerentes a esse 
modo de produção. 
Em segundo lugar, Marx (novamente em oposição a Hegel) argumentava 
que o Estado, emergindo das relações de produção, não representa o bem 
comum, mas é a expressão política da estrutura de classe inerente a produção. 
Hegel tinha uma visão do Estado como responsável pela representação 
da “coletividade social”. O Estado estaria, assim, acima dos interesses 
particulares e das classes, assegurando que a competição entre os indivíduos e 
os grupos permanecesse em ordem, enquanto os interesses coletivos do “todo” 
social seriam preservados nas ações do próprio Estado. 
 Página 6 de 7 
No capitalismo a exploração se dá por meio da extração da mais-valia, 
porção do trabalho que garante o acumulo de capital ao capitalista. Esse 
processo não se dá de forma voluntária e exige domínio de uma classe sobrea 
outra, como colocam os autores. Durante a Revolução Industrial a divisão social 
das classes se dava entre burgueses e proletários, sendo os primeiros 
proprietários dos meios de produção e os últimos a força de trabalho. 
O Estado, nesse contexto, seria uma estrutura que garantiria os 
interesses da classe dominante sobre a classe dominada. Por meio das normas 
do Direito Estatal estariam garantidas as dinâmicas de exploração da burguesia, 
por meio de um contrato de trabalho aparentemente imparcial, mas que 
beneficiaria mais o capitalista. Assim, o Estado seria sempre burguês. 
Muito embora a exploração do trabalho e a luta de classes permaneça até 
os dias de hoje no capitalismo contemporâneo, a natureza desse sistema, em 
conjunto com uma infinidade de mudanças sociais, fez com que a distinção crua 
entre burgueses e proletários não mais representasse inteiramente as relações 
sociais de produção. De forma similar, o Estado moderno, ainda que continue a 
atender interesses capitalistas corporativos, não atua da mesma forma como a 
descrita por Marx. 
 
• Referências bibliográficas: 
 
AGLIETTA, Michel. A theory of capitalist regulation: the US experience. 
London: Verso, 2000. _______. Régulation et crises du capitalism. Paris: Odile 
Jacob, 1997. AGAMBEN, Giorgio. Estado de exceção. São Paulo: Boitempo, 
2004. 
BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre 
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BERCOVICI, Gilberto. Constituição e estado de exceção permanente. 
São Paulo: Azougue, 2004. _______. Constituição Econômica e 
desenvolvimento. São Paulo: Malheiros, 2005. 
 Página 7 de 7 
BONEFELD, Werner e HOLLOWAY, John. Un Nuevo Estado? Debate 
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BOYER, Robert. La flexibilité du travail en Europe. Paris: La découverte, 
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BRAVERMAN, Harry. Trabalho e capital monopolista: a degradação do 
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CLAVERO, Bartolomé. Estado de direito, direitos coletivos e presença 
indígena na América. In: O estado de direito: história, teoria e crítica. 1 ed. São 
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COSTA, Pietro; ZOLO, Danilo. O estado de direito: história, teoria e crítica. 
1 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006. 
 
 
 
 
	Universidade Veiga de Almeida
	Patrícia Robaina Pimentel
	AVALIAÇÃO CRÍTICA- ANALÍTICA SOBRE COMO AS RELAÇÕES SOCIAIS DE PRODUÇÃO E O ESTADO
	SÃO IMPORTANTE PARA A COMPREENSÃO DO CAPITALISMO.
	Niterói-RJ
	Março/2022