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REPÚBLICA VELHA

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HISTÓRIA DO BRASIL
BRASIL REPÚBLICA
A REPÚBLICA VELHA
1889-1930
BRASIL REPÚBLICA
A REPÚBLICA VELHA
1889-1930
BRASIL REPÚBLICA
REPÚBLICA VELHA
REPÚBLICA DA ESPADA 1889 -1894
REPÚBLICA OLIGÁRQUICA 1894-1930
2
PROF. MAX DANTAS 
PROF. MAX DANTAS
www.oficinadahistoria.com.br
2
CARACTERÍSTICAS
Período em que a política funcionava na base dos favores.
Economia agroexportadora, favorecendo o desenvolvimento da indústria.
Graves problemas sociais e econômicos.
Revoltas populares que representavam a exclusão a que o povo estava submetido.
GOVERNO PROVISÓRIO
DEODORO DA FONSECA 1889-1891
Em 16 de novembro 1889, foi organizado um governo provisório, formado por militares e por civis.
Deodoro da Fonseca foi escolhido como presidente desse governo.	
Dissolveu as assembleias provinciais, nomeando interventores; dissolveu as câmaras municipais e a dos deputados provinciais.
Dissolveu o senado vitalício e o conselho de Estado, acabando com o poder moderador.
Exílio da família real, em 17 de novembro de 1889.
GOVERNO PROVISÓRIO
DEODORO DA FONSECA 1889-1891
Laicismo – separação entre a igreja e o Estado; liberdade religiosa.
Províncias passaram a ser chamadas de Estados; garantia de Federalismo.
Grande naturalização de imigrantes e de estrangeiros.
Regulamentação do casamento e do registro civil (certidões).
Convocação de uma assembleia constituinte.
Queima dos documentos acerca da escravidão (Rui Barbosa).
O ENCILHAMENTO
RUI BARBOSA, ministro da fazenda, em 17 de janeiro de 1890.
SITUAÇÃO: Acreditava que a libertação dos escravos e a expansão do trabalho livre geraria demanda de moeda.
OBJETIVO: era incentivar o desenvolvimento industrial no país.
SOLUÇÃO: emissão de moeda.
RESULTADO: desvalorização da moeda e elevação da taxa de juros.
O ENCILHAMENTO
Decretou o aumento nas taxas de importação para promover o desenvolvimento da indústria nacional.
Autorizou os bancos a emitirem papel moeda e conceder empréstimos àqueles que desejassem abrir empresas,
A expansão de crédito gerou especulação: Foram criadas empresas fantasmas e as ações dessas empresas eram vendidas na bolsa.
O resultado foi uma crise de graves proporções e a inflação disparou de 1,1% para 89,9% em 2 anos.
Rui Barbosa, criticado, demitiu-se em 1891.
CONSTITUIÇÃO DE 1891
Foi a primeira constituição republicana e a segunda do Brasil.
Garantiu avanços políticos, embora apresentasse algumas limitações, pois representava os interesses das elites agrárias.
Implantou o voto universal para os cidadãos, HOMENS, maiores de 21 (mulheres, analfabetos, militares de baixa patente fora). 
Instituiu o Presidencialismo e o voto aberto.
CONSTITUIÇÃO DE 1891
O Brasil passava a ser chamado de Estados Unidos do Brasil.
Garantia de Federalismo, amplos direitos aos estados (20).
Vigência dos três poderes; executivo, legislativo e judiciário.
Liberdade de imprensa, de ensino e de religião.
Mantido o Laicismo, separando a Igreja do Estado.
Casamento e registro civil (certidões)
Distrito Federal – antigo município neutro – Rio de Janeiro.
Cemitérios sob o controle do Estado.
DEODORO DA FONSECA 1891
Eleito indiretamente pelo Congresso Nacional, tendo Floriano Peixoto como vice.
Período de muita agitação política, de disputa entre o congresso e o presidente.
A característica marcante de seu governo foi o autoritarismo: faltou-lhe diplomacia para lidar com os políticos.
Principalmente a partir da nomeação de um monarquista – BARÃO DE LUCENA – para o ministério da fazenda.
DEODORO DA FONSECA 1891
O congresso tenta aprovar a LEI DAS RESPONSABILIDADES, prevendo a deposição em caso de corrupção e limitando seus poderes.
Em 3 de novembro de 1891, Deodoro fechou o Congresso e prendeu seus principais líderes.
Foi o GOLPE DE 3 DE NOVEMBRO, resultando em motins, em revoltas e em greves.
1° REVOLTA DA ARMADA
1891
23/11/1891 - As unidades da Armada, na baía de Guanabara, sob a liderança do almirante Custódio de Melo, 
Ameaçaram bombardear a cidade do Rio de Janeiro, então capital da República. 
Para evitar uma guerra civil, o marechal Deodoro renunciou à presidência em 23 de novembro de 1891.
FLORIANO PEIXOTO 
1891-1894
Com a renúncia de Deodoro, o vice-presidente Floriano Peixoto assumiu o governo.
Convidou membros do PRP para compor o ministério e, ao mesmo tempo, favorece a população mais pobre.
Forte apoio à indústria, adotando leis protecionistas, constrói casas populares e destrói os antigos cortiços. 
Conteve a inflação, reduziu os aluguéis e tabelou o preço de alguns alimentos como pão, feijão, batata entre outros.
Apesar disso enfrentou forte oposição política, principalmente por não ter convocado novas eleições.
Assim, surge a campanha antiflorianista onde políticos e oficiais do exército assinaram o MANIFESTO DOS 13 GENERAIS, publicado em 21 de março de 1892.
FLORIANO PEIXOTO 
1891-1894
FLORIANO PEIXOTO 
1891-1894
O documento pedia novas eleições, previsto pela Constituição no caso de renúncia presidencial antes de 2 anos.
Sem dar muita importância, um dia após a publicação, Floriano manda afastar os signatários. 
"Vão discutindo que eu vou mandando prender“, disse Floriano enquanto o Congresso discutia a legalidade das prisões.
REVOLUÇÃO FEDERALISTA 
1893-1895
DISPUTA PELO DOMÍNIO POLÍTICO LOCAL ENTRE O PRR E O PF.
PICA-PAUS				 MARAGATOS
LENÇO-BRANCO 		 LENÇO VERMELHO
JULIO DE CASTILHOS 		 SILVEIRA MARTINS
REPUBLICANOS FEDERALISTAS
			
REVOLUÇÃO FEDERALISTA 
1893-1895
A divergência teve início com a reeleição de JÚLIO DE CASTILHOS para o governo do estado.
Alegando fraude, os federalistas exigem a renúncia do governador eleito. 
Os partidos empenharam-se em disputas sangrentas que acabaram por desencadear uma guerra civil.
A luta armada que atingiu as regiões compreendidas entre Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
REVOLUÇÃO FEDERALISTA 
1893-1895
Em janeiro de 1894, os federalistas se uniram aos participantes da Revolta da Armada.
Entraram no estado do Paraná e tomaram a cidade de Curitiba.
No final de 1894, o movimento federalista perdeu força. 
Depois de mais de dois anos de conflito, os “pica-paus” saem vitoriosos.
REVOLUÇÃO FEDERALISTA 
1893-1895
Acabou definitivamente no governo de Prudente Moraes, em 1895.
Júlio de Castilhos retoma o poder perdido - concedido pelo governo -, e o Congresso indulta os coautores do levante.
A paz foi assinada em 23 de agosto de 1895, na cidade de Pelotas, e selou a derrota dos federalistas.
 SEGUNDA REVOLTA DA ARMADA
1893
Teve início com uma agitação encabeçada por generais, que enviaram uma carta ao presidente Floriano Peixoto, ordenando-lhe que convocasse imediatamente novas eleições.
O presidente coibiu severamente a insubordinação, ordenando a prisão dos condutores do levante. 
A liderança foi de Custódio de Melo e de Saldanha da Gama, que ameaçaram bombardear o Rio de Janeiro.
 SEGUNDA REVOLTA DA ARMADA
1893
O movimento chega ao fim em 10 de março de 1894.
Floriano sufoca o movimento, amparado pelas forças do exército, pelo Partido Republicano Paulista e contando com uma nova frota de navios obtida no exterior.
No mesmo ano, termina o governo de Floriano Peixoto e, com ele, a república da espada.
A REPÚBLICA OLIGÁRQUICA
1894-1930
A política da República Velha foi completamente dominada e manipulada por estruturados métodos oligárquicos que garantiam a manutenção dos interesses. 
Ferramentas de manipulação, como o Coronelismo a Política dos Governadores, o Voto de Cabresto e o Clientelismo, constituíam a grande estrutura de poder das elites, conhecida como Política do Café com Leite.
CORONELISMO
“Conjunto de ações políticas dos latifundiários em que se aplica o domínio econômico e social para a manipulação eleitoral.”
Era, também, a partir desse meio de controle que se formavam os traços pelos quais se desenhava toda a realidade da política nacional.Os coronéis, em acordo com os governadores, determinavam em quem seus comandados iriam votar.
POLÍTICA DOS GOVERNADORES
Rede de poder e de alianças com outros fazendeiros e líderes locais para eleger os governadores de interesse mútuo.
Acordo entre governadores estaduais e governo central; onde o presidente respeitava e apoiava decisões dos governos estaduais. 
Em contrapartida, os governos estaduais comprometiam-se a ajudar a eleger para o Congresso Nacional parlamentares simpatizantes com o presidente da República.
VOTO DO CABRESTO
Como o voto era aberto, favorecia as fraudes eleitorais.
Os coronéis exigiam que votassem em seus candidatos, em troca de favores.
“Sistema tradicional de controle de poder político, por meio do abuso de autoridade; compra de votos ou utilização da máquina pública para favorecimento pessoal ou de simpatizantes políticos.”
CLIENTELISMO
O poder dos coronéis ultrapassavam as fronteiras das fazendas.
“Forma de relação entre diferentes atores políticos envolvendo concessão de empregos, benefícios públicos e fiscais, vantagens econômicas, obras, donativos, etc., em troca de apoio político, sendo traduzido na maior parte das vezes em votos para si ou seus aliados.”
REPUBLICA DO CAFÉ-COM-LEITE
Era a alternância entre São Paulo e Minas gerais na presidência da república.
PRP+ ricos PRM > bancada no congresso.
Maior aliança política da República Velha, submetendo o restante do país aos seus interesses.
Embora contasse com a participação direta de outros estados: Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco.
PRUDENTE DE MORAIS 
1894-1898
Primeiro presidente civil do Brasil eleito pelo voto.
Ligado à aristocracia cafeeira paulista; deu início à política oligárquica.
Desenvolve uma política econômica liberal, acabando com as taxas protecionistas.
Reata relações diplomáticas com Portugal – Portugal tinha auxiliado os revoltoso durante a segunda revolta da armada.
A GUERRA DE CANUDOS 1896-1897
De novembro de 1896 a outubro de 1897, no interior do sertão Baiano.
De um lado, os habitantes do Arraial de Canudos (jagunços, sertanejos pobres e miseráveis, fanáticos religiosos) liderados pelo beato Antônio Conselheiro. 
Do outro, as tropas do governo da Bahia, com apoio de militares enviados pelo governo federal.
CAUSAS
Fome – desemprego e baixa renda das famílias deixavam muitos sem ter o que comer. 
Seca – a região do agreste ficava muitos meses e até anos sem receber chuvas. 
Esse fator dificultava a agricultura e matava o gado. 
Falta de apoio político – os governantes e os políticos da região não davam a mínima atenção para as populações carentes. 
Violência – era comum a existência de grupos armados que trabalhavam para latifundiários. Eles espalhavam a violência pela região. 
CAUSAS
Desemprego – grande parte da população pobre estava sem emprego em função da seca e da falta de oportunidades em outras áreas da economia. 
Fanatismo religioso: era comum a existência de beatos que arrebanhavam seguidores prometendo uma vida melhor. 
BELO MONTE
Antônio conselheiro e seus seguidores construiriam uma comunidade igualitária chamada BELO MONTE.
Os sertanejos começaram a abandonar as fazendas em direção a CANUDOS.
Essa atração se devia à existência de uma espécie de “comunismo” primitivo, em que todos os bens e toda a produção era distribuída de forma igualitária.
Inicialmente, o povoado teve sucesso, realizando um comércio com outras localidades.
O CONFLITO
O governo da Bahia, com apoio dos latifundiários, não concordava com o fato dos habitantes de Canudos não pagarem impostos e viverem sem seguir as leis estabelecidas. 
Afirmava, também, que Antônio Conselheiro defendia a volta da Monarquia. 
Por outro lado, Antônio Conselheiro defendia o fim da cobrança dos impostos e era contrário ao casamento civil. 
Ele afirmava ser um enviado de Deus, que deveria liderar o movimento contra as diferenças e injustiças sociais. 
 O CONFLITO
Nas três primeiras tentativas das tropas governistas em combater o arraial de Canudos nenhuma foi bem-sucedida. 
Os sertanejos e os jagunços se armaram e resistiram com força contra os militares. 
Na quarta tentativa, o governo da Bahia solicitou apoio das tropas federais.
Militares do Brasil todo, usando armas pesadas, foram enviados para o sertão baiano. 
Massacraram os habitantes do arraial de Canudos de forma brutal e até injusta. 
Crianças, mulheres e idosos foram mortos sem piedade e Antônio Conselheiro foi morto em 22 de setembro de 1897. 
Após 5 meses de luta, no dia 5 de outubro de 1897, Canudos foi totalmente destruída, junto com toda a sua população.
“Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até o esgotamento completo... caiu... quando caíram seus últimos defensores, que todos morreram...”
RESULTADO
CAMPOS SALES 1898-1902
Cafeicultor paulista, desenvolveu a POLÍTICA DOS GOVERNADORES - estados harmonizados com o governo federal em troca de favores e alianças.
Seu governo também é caracterizado pela COMISSÃO VERIFICADORA DE PODERES.
Pela aquisição de empréstimos - FUNDING LOAN.
E pela política externa, expressa na QUESTÃO DO AMAPÁ com a França.
COMISSÃO VERIFICADORA DE PODERES
Foi um instrumento para reforçar a política dos governadores, seu objetivo era reconhecer a legitimidade dos deputados eleitos em cada estado e excluir os da oposição.
MISSÃO: verificar as possíveis fraudes eleitorais e, depois, diplomar, ou seja, declarar deputados os candidatos eleitos.
DEGOLA: qualificava de honestos apenas aqueles que o governo assim designasse; os outros sofriam o não reconhecimento da vitória.
FRAUDE: os grupos oposicionistas perdiam qualquer possibilidade de ganhar eleições.
RESULTADO: harmonizou as relações entre as oligarquias estaduais e o governo federal, criando uma estabilidade que durou até 1920.
FUNDING LOAN
Foi uma medida econômica tomada por Campos Sales e seu Ministro da Fazenda, Joaquim Murtinho, em 1898. 
Sales fez uma viagem para a Europa para tentar negociar uma saída para a questão da dívida interna causada pela política do encilhamento e pela herança monárquica. 
Os Ingleses concordaram com um novo acordo financeiro a concessão de um empréstimo de 10 milhões de libras esterlinas, a ser utilizado para o pagamento dos juros da dívida externa brasileira, nos três anos seguintes.
FUNDING LOAN
A concessão de um prazo de 10 anos, além dos 3 iniciais, para o início do pagamento.
A penhora, a título de garantia com os bancos credores, de toda a receita da alfândega do Rio de Janeiro, além de, em caso de necessidade, outras alfândegas.
A obrigação assumida perante os bancos de sanear a moeda brasileira, isto é, fortalecê-la pelo combate à inflação, com o objetivo de estabilizar a economia do país.
RESULTADO: aumento das importações, falências, desemprego em massa e novos empréstimos.
ANEXAÇÃO DO AMAPÁ 
Suspendeu o auxílio à indústria; consolidou a economia agroexportadora com o fim das tarifas protecionistas
“É tempo de tomarmos o caminho certo, e nos esforçarmos para importar tudo aquilo que eles possam produzir...”
No seu governo, ocorreu a disputa sobre a demarcação da fronteira entre o Amapá e a Guiana Francesa, que havia invadido o território brasileiro, anexando cerca de 260 mil km² do estado .
Graças à defesa da diplomacia do Barão do Rio Branco, a Comissão de Arbitragem, em Genebra, concedeu a posse do território ao Brasil (1 de maio de 1900), incorporado ao Estado do Pará com o nome de Araguari.
RODRIGUES ALVES 1902-1906
Desapropriações sem indenizações, projeto de urbanização da capital - BOTA ABAIXO.
“O Rio de Janeiro será a sala de visitas do Brasil”. 
SURTO DA BORRACHA NO AMAZONAS.
TRATADO DE PETRÓPOLIS (1903) – o Brasil recebia o território do Acre da Bolívia.
REVOLTA DA VACINA – Oswaldo Cruz.
CONVÊNIO DE TAUBATÉ (1906) – valorização do café.
BOTA ABAIXO
Foi mais um componente integrante das oligarquias cafeeiras.
Nesse aspecto, sua gestão foi visivelmente beneficiada pelo bom momento em que a economia agroexportadoraviveu naquele período.
Com o auxílio do prefeito carioca Pereira Passos, o governo empreendeu uma reforma dos bairros e ruas da antiga capital, inspirada nos padrões dos centros urbanos europeus. 
Esse projeto de modernização foi realizado graças a uma série de desapropriações que expulsaram as populações pobres do Rio de Janeiro de seus casebres e cortiços.
BOTA ABAIXO
Os antigos quarteirões, fechados, empobrecidos e sujos, com seus cortiços, foram demolidos e seus moradores foram transferidos para a periferia.
Abriu espaço para ruas mais largas e a construção de novas avenidas, com destaque para a abertura da avenida Central, atual avenida Rio Branco. 
Além das mudanças estéticas, novas posturas públicas foram adotadas, como a proibição do comércio ambulante e as práticas como soltura de fogos de artifício, balões e criação de fogueiras.
SURTO DA BORRACHA
Esse imenso investimento na remodelação da capital consumia, sem dúvida, muitos recursos. 
Nesse aspecto, porém, o governo de Rodrigues Alves estava devidamente amparado, pois dispunha de capital suficiente, devido ao auge do ciclo da borracha no Brasil. 
O ciclo da borracha viveu seu auge entre 1879 e 1912, tendo depois experimentado uma sobrevida entre 1942 e 1945, durante a Segunda Guerra Mundial.
O país, na época, respondia sozinho por 97% da produção mundial.
SERINGAL - formado por um barracão, onde moravam os “patrões” e algumas famílias de trabalhadores, formando um vilarejo, era a unidade produtiva e social e também se constituía pela posse de uma imensa área onde se localizavam as seringueiras. 
SERINGALISTA – O “patrão”, o dono dos meios de produção que comandava seus capatazes, gozando dos privilégios de mando. 
SERINGUEIRO - provinha das camadas mais pobres da população e, na maioria das vezes, era o migrante nordestino que, imerso num sistema de endividamento do qual dificilmente conseguia escapar, vivia numa condição semi-escravista, à mercê dos “patrões”.
SISTEMA DE AVIAMENTO
QUESTÃO DO ACRE.
No começo do século XX, grande parte da borracha comercializada no mundo tinha como origem os seringais da região amazônica. 
A geração de empregos na região atraiu muitos nordestinos, que foram para o Acre, que pertencia à Bolívia. 
A ocupação do Acre pelos brasileiros gerou uma tensão diplomática entre Bolívia e Brasil. 
Este problema ficou historicamente conhecido como - A QUESTÃO DO ACRE.
Para resolver essas tensões um acordo diplomático foi feito pelo Barão de Rio Branco após violentos conflitos na região do Acre.
E assim, Brasil recebia o território do Acre da Bolívia, em troca do pagamento ao país de dois milhões de libras, mais a construção, pelo Brasil, da Estrada de ferro Madeira Mamoré para uso da Bolívia.
O Brasil cedeu à Bolívia algumas faixas de terras na fronteira norte entre Brasil e Bolívia e na região de fronteira no estado do Mato Grosso.
E a garantia do uso dos rios da bacia amazônica aos bolivianos para chegarem ao mar.
TRATADO DE PETRÓPOLIS 1903
REVOLTA DA VACINA
No ano de 1904, estourou um movimento de caráter popular na cidade do Rio de Janeiro. 
O motivo que desencadeou a revolta foi a campanha de vacinação obrigatória, imposta pelo governo federal, contra a varíola.  
A população sofria com a falta de um sistema eficiente de saneamento básico. 
Esse fato desencadeava constantes epidemias, entre elas, febre amarela, peste bubônica e varíola. 
REVOLTA DA VACINA
A população de baixa renda, que morava em habitações precárias, era a principal vítima dessa situação.
Preocupado com esta situação, o presidente Rodrigues Alves colocou em prática um projeto de saneamento e de reurbanização do centro da cidade.
A reforma urbana retirou a população pobre do centro da cidade, derrubando vários cortiços e outros tipos de habitações mais simples.
REVOLTA DA VACINA
O médico Oswaldo Cruz foi designado como chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública, com o objetivo de melhorar as condições sanitárias da cidade.
Começa a combater a febre amarela e a varíola e, em 9 de novembro de 1904, é aprovada a LEI DE VACINAÇÃO OBRIGATÓRIA para toda a população.
A oposição aproveita a insatisfação popular e organiza um comício contra a campanha de vacinação.
Embora seu objetivo fosse positivo, ela foi aplicada de forma autoritária e violenta e em alguns casos, os agentes sanitários invadiam as casas e vacinavam aqueles que se recusavam, a força. 
Nesta época, grande parte da população não sabia o que era vacina e tinham medo de seus efeitos.
A revolta popular aumentava a cada dia, impulsionada, também, pela crise econômica.
REVOLTA DA VACINA
REVOLTA DA VACINA
A resistência popular, que quase levou a um golpe militar, teve o apoio de positivistas e dos alunos da Escola Militar da Praia Vermelha.
Mas no fim, sem lideranças políticas, o movimento é dominado por líderes populares, e assim tem início a REVOLTA DA VACINA.
As manifestações populares e os conflitos espalham-se pelas ruas da capital brasileira. 
Populares destroem bondes, apedrejam prédios públicos e espalham a desordem pela cidade.
REVOLTA DA VACINA
A reação popular levou o governo a suspender a obrigatoriedade da vacina e a declarar estado de sítio (16 de Novembro). 
A rebelião foi contida, deixando 30 mortos e 110 feridos. 
Centenas de pessoas foram presas e, muitas delas, enviadas para o Acre.
Ao reassumir o controle da situação, o processo de vacinação foi reiniciado, tendo a varíola, em pouco tempo, sido erradicada da capital.
CONVÊNIO DE TAUBATÉ 1906
Foi uma política de valorização do café onde SP, MG e RJ se reúnem para traçar as novas formas de produção e comercialização do café.
OBJETIVOS: melhorar a qualidade para a exportação, criar mecanismos de propaganda do produto.
Controlar a quantidade da produção, criando impostos elevados para novos cafezais.
Garantia de preço mínimo aos cafeicultores.
CONVÊNIO DE TAUBATÉ 1906
Os governos estaduais comprariam o excedente de café que não fosse exportado e o financiamento dessa compra seria feito com empréstimos externos.
Inicialmente, deu certo com a retirada de milhões de sacas de café do mercado, provocando uma alta momentânea do preço.
Mas, com o passar do tempo, essa política fracassou, pois os produtores não diminuíram sua produção e os estados acabaram se endividando devido aos empréstimos externos.
Com grande oferta, o valor do café começa a despencar, levando o setor à crise.
AFONSO PENA 1906-1909
Mineiro, inaugura, de fato, a política do “café com leite”.
Optou por ministros jovens, com pouca experiência política, buscando fortalecer a autoridade federal.
Por esse motivo, seus opositores satirizaram seu ministério, chamando-o de “Jardim de Infância”.
AFONSO PENA 1906-1909
Reafirma o Convênio de Taubaté, acordo que obrigava o Estado a comprar os excedentes de café. 
A política de valorização do café: “Novos Funding Loan”.
Alcança prestígio internacional com a participação do Brasil na CONFEREÊNCIA DE PAZ DE HAIA, onde Rui Barbosa defende as nações exploradas como o Brasil.
AFONSO PENA 1906-1909
Imigração estrangeira; “Governar é povoar” – europeus e também os japoneses.
Incentivou a criação de ferrovias e interligou a Amazônia ao Rio de Janeiro pelo fio telegráfico, por meio da expedição de Cândido Rondon.
Prestigiou o setor militar com a aquisição de novos equipamentos como a compra os encouraçados MG e SP.
Morre um ano antes de completar o seu mandato.
NILO PEÇANHA 
1909-1910
Assumiu devido à morte de Afonso Pena.
Criação do Serviço de Proteção ao Índio (SPI), que resultou na FUNAI, comandado pelo marechal Cândido Rondon.
Campanha Civilista desenvolvida por Rui Barbosa, apoiado por São Paulo, contra a eleição de Hermes da Fonseca.
O nome de civilista deu-se por defender a candidatura de um civil, em oposição à candidatura de um militar.
HERMES DA FONSECA 
1910-1914
Seu governo rompeu (temporariamente) com a “política do café com leite”.
Criou a “política das salvações” (salvacionista), em que usava tropas federais para garantira intervenção nos estados brasileiros.
Retirava do poder todos os governadores que lhe faziam oposição.
Instituiu a Lei do Serviço Militar obrigatório e o uso da faixa presidencial.
REVOLTAS
REVOLTA DA CHIBATA
1910
REVOLTA DE JUAZEIRO
1913-14
GUERRA DO CONTESTADO
1912-16
REVOLTA DA CHIBATA - 1910
Foi um movimento social ocorrido na cidade do Rio de Janeiro; iniciou em 22 de novembro de 1910.
Neste período, os marinheiros brasileiros eram punidos com castigos físicos. 
As faltas graves eram punidas com 25 chibatadas (chicotadas). 
Essa situação gerou uma intensa revolta entre os marinheiros.
O estopim da revolta ocorreu quando o marinheiro Marcelino Rodrigues foi castigado com 250 chibatadas por ter ferido um colega da Marinha, dentro do encouraçado Minas Gerais.
O navio de guerra estava indo para o Rio de Janeiro e a punição, que ocorreu na presença dos outros marinheiros, desencadeou a revolta.
REVOLTA DA CHIBATA
O motim agravou-se e os revoltosos chegaram a matar o comandante do navio e três oficiais. 
Já na Baia da Guanabara, os revoltosos conseguiram o apoio dos marinheiros do encouraçado São Paulo e o Bahia
O líder, João Cândido, redigiu a carta reivindicando: 
Fim dos castigos físicos,
Melhorias na alimentação e a
Anistia para todos que participaram da revolta. 
Caso não fossem cumpridas as reivindicações, os revoltosos ameaçaram bombardear a cidade do Rio de Janeiro
REVOLTA DA CHIBATA - 1910
O presidente Hermes da Fonseca aceita as reivindicações.
Contudo, dois dias depois de entregarem as armas, é decretado “estado de sítio”, iniciando o expurgo e prisão daqueles marinheiros considerados indisciplinados.
Vários morreram, foram presos e expulsos da marinha; o líder, João Candido, foi preso em um hospício.
Ele foi julgado 18 meses depois e acabou absolvido, os maus tratos acabaram.
REVOLTA DE JUAZEIRO 
1913-14
Representou uma oposição à intervenção do presidente no governo do Ceará.
Padre Cícero, aliado da família Acioly, no poder há décadas, mobilizou seus fiéis e organizou um “exército”.
A revolta foi violenta, e o governo federal resolveu ceder, anulou a intervenção no governo cearense e devolveu o poder à família Acyoli.
Com a renúncia do presidente do estado, Franco Rabelo, Nogueira Acioly reconduzido ao poder.
Padre Cícero organiza o PACTO DOS CORONÉIS para diminuir as disputas locais pelo poder e defender o domínio político dos Acioly no Ceará.
GUERRA DO CONTESTADO 1912-16
Foi um conflito armado que ocorreu na região sul do Brasil, entre outubro de 1912 e agosto de 1916. 
Envolveu cerca de 20 mil camponeses que enfrentaram forças militares dos poderes federal e estadual.
Ganhou o nome de Guerra do Contestado, pois os conflitos ocorreram numa área de disputa territorial entre os estados Paraná e Santa Catarina.
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CAUSAS
A estrada de ferro entre São Paulo e Rio Grande do Sul estava sendo construída por uma empresa norte-americana.
E contava com o apoio dos coronéis (grandes proprietários rurais com força política) da região e do governo.
Para a construção da estrada de ferro, milhares de famílias de camponeses perderam suas terras. 
Esse fato gerou muito desemprego entre os camponeses da região, que ficaram sem terras para trabalhar.
CAUSAS
Outro fator foi a compra de uma grande área da região por um grupo de pessoas ligadas à empresa construtora da estrada de ferro. 
Essa propriedade foi adquirida para o estabelecimento de uma grande empresa madeireira, voltada para a exportação. 
Com isso, muitas famílias foram expulsas de suas terras.
O CONFLITO
O clima ficou mais tenso quando a estrada de ferro ficou pronta. 
Muitos trabalhadores tinham sido trazidos de diversas partes do país e ficaram desempregados com o fim da obra. 
Eles permaneceram na região sem qualquer apoio por parte da empresa norte-americana ou do governo.
Diante da crise e da insatisfação popular, ganhou força a figura do beato José Maria. 
SITUAÇÃO
Ele pregava a criação de um mundo novo, regido pelas leis de Deus, onde todos viveriam em paz, com prosperidade, justiça e terras para trabalhar. 
José Maria conseguiu reunir milhares de seguidores, principalmente de camponeses sem terras.
Fundou uma comunidade a fim de receber os oprimidos – Quadrado Santo, razão pela qual a Guerra do Contestado ficou também conhecida como Guerra Santa.
José Maria organizou a resistência popular contra os coronéis e as tropas federais, a “Monarquia celeste”.
A GUERRA
José Maria falava que o fim do mundo aconteceria nos anos 2000, era contra a república e tinha fama de curandeiro.
Preocupado com o desenrolar dos acontecimentos, o governo envia soldados para a região a fim de perseguir o monge e seus seguidores.
A guerra iniciou com o armamento dos soldados contra as ferramentas agrárias dos fazendeiros, o que levou a morte de muitas pessoas, a maior parte camponeses, inclusive do seu líder, que foi morto na BATALHA DE IRANI.
RESULTADO
Quatro anos de batalhas, milhares de mortos, é assinado o acordo de Limites Paraná-Santa Catarina, no Rio de Janeiro.
Surgem as cidades de Mafra, Joaçaba, Chapecó e de Porto União
As terras ficaram definitivamente liberadas para a exploração dos coronéis e das multinacionais.
O povo foi excluído das mínimas condições de sobrevivência.
CANGAÇO
O cangaço esteve presente em toda a república velha.
Foi uma onda de banditismo, de crime e de violência que se alastrou por quase todo o sertão do Nordeste brasileiro entre o século XVIII e meados do XX.
Sua origem encontra-se na exclusão social e na marginalização econômica.
Foi um fenômeno social, caracterizado por atitudes violentas por parte dos cangaceiros. 
CANGAÇO
Promoviam saques a fazendas, atacavam comboios e chegavam a sequestrar fazendeiros para obtenção de resgates. 
Aqueles que respeitavam e acatavam as ordens dos cangaceiros não sofriam; pelo contrário, eram muitas vezes ajudados. 
Essa atitude fez com que os cangaceiros fossem respeitados e até mesmo admirados por parte da população da época.
CANGAÇO
O mais famoso cangaceiro foi VIRGULINO FERREIRA DA SILVA, o LAMPIÃO.
Seu grupo aterrorizou o nordeste nos primeiros anos do século XX.
Foram capturados e mortos em 28 de julho de 1938.
WENCESLAU BRÁS 1914-18
Mineiro ganha a eleição com apoio de São Paulo.
Os estados de São Paulo e Minas Gerais reconciliam-se com o Tratado de Ouro Fino, o pacto fixava a alternância de políticos de São Paulo e das Minas Gerais na presidência do país
É responsável por colocar fim à guerra do contestado.
Em 20 de outubro de 1916, os governadores de SC E PR assinaram, no Palácio do Catete, um acordo que fixava as divisas entre aqueles estados.
OS 3 G´S DE WENCESLAU BRÁS
GRANDE GUERRA
GRIPE ESPANHOLA
GREVE OPERÁRIA
A GRANDE GUERRA
Adotou uma austera política financeira para enfrentar a redução das exportações ocorridas com a Primeira Guerra Mundial. 
A indústria de substituição leva o Brasil ao SEGUNDO SURTO INDUSTRIAL.
Com a Primeira Guerra Mundial, os países industrializados dirigiram suas produções para a industria bélica.
Por isso, tivemos que produzir aqui o que não era mais fornecido por esses países.
ATENÇÃO
PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
SUBSTITUIÇÃO DAS IMPORTAÇÕES
INDUSTRIA TÊXTIL E ALIMENTOS
NOVOS
GRUPOS
SOCIAIS
FORA DO DOMÍNIO DOS CORONÉIS DECLÍNIO DAS OLIGÁRQUIAS
OPERÁRIOS
BURGUESIA INDUSTRIAL
CLASSE MÉDIA URBANA
GRANDE GUERRA
No mês de abril de 1917, forças alemãs abateram o navio Paraná nas proximidades do Canal da Mancha. 
Seis meses mais tarde, outra embarcação brasileira, o encouraçado Macau, foi atacado por alemães. 
Indignados, populares exigiram uma resposta contundente das autoridades brasileiras.
Essa ação contra navios mercantes brasileiros levou à ruptura com o Império Alemão e a declaração de guerra em outubro de 1917.
GRANDE GUERRA
Entre outras ações, o Brasil enviou alguns pilotos da Força Aérea, navios militares e apoio médico. 
Incumbidos de proteger o Atlântico de ataques de submarinosalemães, sete embarcações foram usadas.
A pequena tripulação desses navios foi vítima da epidemia de gripe espanhola que assolou a Europa nesse período. 
GRIPE ESPANHOLA
Acredita-se que a gripe espanhola tenha chegado a Recife por meio do retorno de marinheiros que prestaram serviço militar em Dacar. 
Mais de 1.500 pessoas morreram de Gripe Espanhola em seus últimos anos como presidente da República.
O presidente eleito, Rodrigues Alves, não pôde ser empossado para o início de seu segundo mandato.
O vice Delfim Moreira assumiu interinamente em seu lugar.
GREVE OPERÁRIA
A industrialização fez surgir no Brasil um novo perfil social: O OPERÁRIO FABRIL. 
O movimento operário surge no final do século XIX, mas foi com a industrialização provocada pela primeira guerra, no Brasil, que rapidamente se transformou em uma grande força política.
Já em 1917, pôde ser visto como um dos maiores movimentos operários do mundo.
GREVE OPERÁRIA
Teve início na cidade de São Paulo nas fábricas têxteis. 
A adesão foi aumentando, passando pelos estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, pelos servidores públicos e por diversos órgãos.
Devido à grande presença de imigrantes, sobretudo italianos, a ideologia ANARQUISTA marcou o tom das reivindicações, que exigiam melhores salários e condições de trabalho.
GREVE OPERÁRIA
Em meio a uma manifestação no dia 9 de julho, a repressão da polícia acabou causando a morte de um anarquista espanhol chamado José Martinez.
Os trabalhadores entraram em greve; mais de 80 mil pessoas aderiram ao movimento. 
Algumas das exigências são atendidas pelos donos das fábricas para conter a greve.
Aumento de 20% no salário
O movimento operário sofreu influência ANARQUISTA e SOCIALISTA.
DELFIM MOREIRA 1918-19
Vice durante as eleições, assumiu a presidência em virtude do falecimento de Rodrigues Alves, vítima da Gripe Espanhola, até que fossem convocadas novas eleições.
Reformou a administração do território do Acre, republicou o Código Civil Brasileiro.
No seu governo, o Brasil fez-se representar na Conferência de Paz, em Paris, pelo senador Epitácio Pessoa, eleito presidente em 13 de maio.
Logo após a volta do novo presidente do exterior, Delfim Moreira passou-lhe o cargo, voltando à vice-presidência.
EPITÁCIO PESSOA 1919-22
O início do seu governo é marcado por uma intensa agitação social.
Para combater a seca no nordeste, realiza um empréstimo para construir açudes.
Desagrada os cafeicultores que exigem a realização de um novo empréstimo para a valorização do café (FUNDING LOAN).
Substituiu ministros militares por civis, o que faz crescer a indignação e a oposição dos setores militares.
EPITÁCIO PESSOA 1919-22
Brasil voltou a importar produtos industrializados, ocorreu o abandono da indústria brasileira pelo governo.
Os novos empréstimos e o abandono da indústria leva a um aumento de impostos e alta onda inflacionária.
É criada a LEI DE REPRESSÃO AO ANARQUISMO, uma continuação da LEI ADOLFO GORDO que perseguia os estrangeiros anarquistas.
O 1922
SEMANA DE ARTE MODERNA
FUNDAÇÃO DO PCB
REVOLTA DO FORTE DE COPACABANA
SEMANA DE ARTE DE 1922
Ocorreu em São Paulo, entre os dias 11 e 18 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal da cidade.
O governador do estado, Washington Luís, apoiou o movimento, por meio de René Thiollier, que solicitou patrocínio para trazer os artistas do Rio de Janeiro Plínio Salgado e Menotti Del Picchia eram membros de seu partido, o Partido Republicano Paulista.
Cada dia da semana trabalhou um aspecto cultural: pintura, escultura, poesia, literatura e música. 
O MODERNISMO
O evento marcou o início do Modernismo no Brasil e tornou-se referência cultural do século XX.
Representou uma verdadeira renovação de linguagem, na busca de experimentação, na liberdade criadora da ruptura com o passado, pois a arte passou, então, da vanguarda para o modernismo.
“Marcou época ao apresentar novas ideias e conceitos artísticos, como a poesia, por meio da declamação, que antes era só escrita, a música, por meio de concertos, que antes só havia cantores sem acompanhamento de orquestras sinfônicas e a arte plástica exibida em telas, em esculturas e em maquetes de arquitetura, com desenhos arrojados e modernos.”
PARTICIPANTES
Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Víctor Brecheret, Plínio Salgado, Anita Malfatti, Menotti Del Picchia, Guilherme de Almeida, Sérgio Milliet, Heitor Villa-Lobos,Tácito de Almeida, Di Cavalcanti.
Na ocasião, Tarsila do Amaral, considerada um dos grandes pilares do Modernismo brasileiro, encontrava-se em Paris.
INFLUÊNCIAS
Mesmo sofrendo influência da arte moderna europeia, como o cubismo e o futurismo, o movimento modernista brasileiro buscou romper com a tradição da arte importada.
Lançando uma nova arte que valorizasse temas nacionais, representando uma nova preocupação e conscientização dos artistas.
GRUPOS
MOVIMENTO PAU BRASIL, liderado por Oswald de Andrade, lança, em 1928, o MANIFESTO ANTROPOFÁGICO, com tendências de esquerda e buscando transformar influências estrangeiras em temas nacionais.
MOVIMENTO VERDE AMARELO, liderado por Plínio Salgado, ultranacionalista e direitistas, negando qualquer influência estrangeira.
FUNDAÇÃO DO PARTIDO COMUNISTA
Fundado em 25 de março de 1922, é o partido mais antigo do país ainda em atividade.
Representa o amadurecimento político de vários setores da sociedade brasileira.
Classe média de intelectuais e do movimento operário.
A Revolução Russa, ocorrida em 1917, vai ser o grande impulso para a fundação.
FUNDAÇÃO DO PARTIDO COMUNISTA
Diferente do caso Russo, o partido comunista não tinha um projeto revolucionário.
Era um partido político com o objetivo de agremiar operários e lutar por seus direitos.
Entre 1922 e 1927, ficou na clandestinidade, pois estava impedido de lançar candidatos.
REVOLTA DO FORTE DE COPACABANA
Foi a primeira revolta tenentista ocorrida na cidade do Rio de Janeiro, em 5 de julho de 1922.
Para concorrer contra o candidato governista Arthur Bernardes, foi lançada a Reação Republicana com candidatura de Nilo Peçanha. 
O evento, considerado o estopim para a revolta, teve origem nessa disputa eleitoral de 1921.
REVOLTA DO FORTE DE COPACABANA
Durante o período, cartas ofensivas ao Exército e ao Marechal Hermes da Fonseca, supostamente assinadas pelo candidato Arthur Bernardes, tornaram-se públicas.
A vitória de Bernardes aumentaram as discussões e culminaram com o fechamento do Clube Militar e a prisão do Marechal Hermes da Fonseca, então seu presidente, no dia 2 de julho.
E assim, diversas unidades organizaram-se para realizar um levante no dia 5 de julho de 1922.
No entanto, apenas o Forte de Copacabana, sob comando do Capitão Euclides da Fonseca, e a Escola Militar revoltaram-se.
REVOLTA DO FORTE DE COPACABANA
Apesar da posição contrária à política “café com leite”, os militares de alta patente acabaram por não aderir ao movimento. 
Para tentar uma negociação, o Capitão Euclides da Fonseca saiu da fortaleza, mas acabou preso.
Apenas 17 militares continuaram e partiram em marcha em direção ao Leme; a eles, juntou-se um civil, Otávio Correa. 
O enfrentamento com a tropa matou 16 revoltosos, restando vivos os tenentes Siqueira Campos e Eduardo Gomes.
ARTUR BERNARDES 1922-26
Seu governo é marcado pelo movimento tenentista e a guerra civil no Rio Grande do Sul entre chimangos e maragatos.
E o movimento operário fortalecia-se novamente. 
Tudo isso o levou a decretar o estado de sítio, que perdurou durante quase todo seu governo.
Foi o pioneiro da siderurgia em Minas Gerais e retirou o Brasil da Liga das Nações em 1926.
TENENTISMO
Foi o movimento político-militar e a série de rebeliões dos oficiais de baixa e média patente do Exército, no início da década de 1920.
Os movimentos tenentistas foram: a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, em 1922, a Revolução de 1924, a Comuna de Manaus de 1924 e a Coluna Prestes.
OBJETIVOS
Queriam a moralidade política no país e combatiam a corrupção. 
Fim dovoto de cabresto (sistema de votação baseado em violência e fraudes que só beneficiava os coronéis).
Reforma no sistema educacional público do país.
Mudança no sistema de voto aberto para secreto.
TENENTISMO
Embora tivessem uma posição conservadora e autoritária, os tenentes defendiam reformas políticas e sociais.
Foi um movimento confuso e sem um projeto e ideologias definidas.
No entanto, era elitista, pois excluía a população do processo decisório. 
REVOLUÇÃO FEDERALISTA DE 1923 -RS
CHIMANGOS X MARAGATOS.
Reeleição, pela quinta vez consecutiva, de BORGES DE MEDEIROS (chimangos).
Nas urnas, a vitória foi fraudulenta e elegeu Borges de Medeiros.
A oposição liderada por Assis Brasil (maragato) tenta impedir a posse iniciando a revolução.
REVOLUÇÃO FEDERALISTA DE 1923 -RS
Dura cerca de 9 meses e deixa um saldo de 1.200 mortos.
O conflito chega ao fim com o TRATADO DE PEDRAS ALTAS.
Borges terminaria seu mandato, mas não poderia mais se reeleger.
WASHINGTON LUÍS 1926-30
Foi o último presidente da república velha, marcou o fim da política do “café com leite”.
Getúlio Vargas é nomeado ministro da fazenda.
Criada a Lei Celerada – 1927, que estabelecia a censura à imprensa, proibia reuniões de operários, de tenentes e do PCB.
“Questão operária é questão de polícia”.
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WASHINGTON LUÍS 1926-30
“GOVERNAR É ABRIR ESTRADAS”.
Construiu estradas para facilitar o escoamento da produção.
Criou a CAIXA DE ESTABILIZAÇÃO.
Buscou estabilizar a economia emitindo papel moeda baseado no lastro em ouro, mas a crise de 29 inviabilizou a proposta.
A quebra da Bolsa de Nova York leva o governo a abandonar a política de apoio aos cafeicultores, gerando oposição de certos grupos de SP ao governo.
A consequência direta foi o rompimento da política do “CAFÉ COM LEITE”, apoiando um novo candidato paulista.
WASHINGTON LUÍS 1926-30
Washington Luís rompe com a política do “café com leite” e indica mais uma vez um candidato paulista: JÚLIO PRESTES.
O objetivo era apoiar um presidente que continuaria com a política de recuperação financeira adota por ele.
Os mineiros buscam apoio dos gaúchos e criam a ALIANÇA LIBERAL.
Tendo GETÚLIO VARGAS como candidato a presidência e JOÃO PESSOA como vice.
ALIANÇA LIBERAL
ANTÔNIO CARLOS DE ANDRADA 
MG
GETÚLIO VARGAS 
RS
JOÃO PESSOA 
PB
ELEIÇÕES DE 1930
As eleições de 1930 deram a vitória ao paulista Júlio Prestes, que derrotou Getúlio Vargas da Aliança Liberal.
Os políticos mais jovens, como Osvaldo Aranha, Francisco Campos e Getúlio Vargas, não aceitaram o resultado das urnas.
Os tenentes falavam em pegar em armas e derrubar o presidente eleito quando ele assumisse.
O REVÉS
Em 27 de Julho de 1930, João Pessoa foi assassinado em Recife.
Vargas e os líderes da Aliança Liberal acusam o governo como responsável pela morte de João Pessoa.
Milhares de pessoas saem às ruas em todo país protestando contra a situação e todos os ódios reprimidos.
REVOLUÇÃO DE 1930
Antônio Carlos, governador de Minas Gerais, conclama as elites para conter a revolução:
“Vargas, façamos a revolução, antes que o povo a faça”.
As forças aliancistas articulam-se, contando com o apoio dos tenentes.
Em início de outubro, as tropas começam a se movimentar em MINAS GERAIS e RIO GRANDE DO SUL, e em seguida houve a adesão de outros estados.
São Paulo, Rio de Janeiro, Pará e Bahia ainda apoiavam o governo.
REVOLUÇÃO DE 1930
E assim, para evitar um confronto entre as tropas, o alto comando do exército no Rio de Janeiro, em 24 de Outubro de 1930, depõe o presidente Washington Luís e impede que Júlio Prestes assuma o governo.
A revolução foi vitoriosa, evitando uma guerra civil, e em seguida é criada uma junta provisória.
A junta tentou se manter, mas diante das manifestações populares e da pressão política dos gaúchos Getúlio Vargas chega ao poder.
Em 3 de Novembro de 1930, toma posse e assim nascia o governo provisório que contava com o apoio das forças armadas e de amplos setores da sociedade.

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