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sistema nervoso autonomo

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SISTEMA NERVOSO AUTONOMO 
→ O SN pode ser dividido em somático e visceral. 
→ O sistema nervoso somático é também 
denominado sistema nervoso da vida de 
relação, ou seja, aquele que relaciona o 
organismo com o meio. 
• AFERENTE - conduz aos centros 
nervosos impulsos originados em 
receptores periféricos, informando aos 
centros sobre o meio ambiente. 
• EFERENTE – leva aos músculos 
esqueléticos o comando dos centros 
nervosos resultando movimentos que 
levam a um maior relacionamento ou 
integração com o meio externo. 
→ O sistema nervoso visceral ou da vida 
vegetativa, relaciona-se com a inervação das 
estruturas viscerais para manter a homeostase. 
Assim como no sistema nervoso somático, 
distingue-se uma parte aferente e outra eferente. 
• AFERENTE – conduz impulsos 
nervosos originados em receptores das 
vísceras a áreas específicas do sistema 
nervoso central 
• EFERENTE- traz impulsos de certos 
centros nervosos até as estruturas 
viscerais, terminando, pois, em 
glândula, músculos lisos ou músculos 
cardíacos. 
→ Sistema nervoso visceral eferente = 
SISTEMA NERVOSO AUTONOMO 
• Simpático 
• Parassimpático 
 
 
→ Sistema nervoso autonomo tem parte tanto no 
sistema nervoso central como no periférico. 
Organização geral do sistema nervoso autonomo 
→ Neurônios pré e pós-ganglionares são os 
elementos fundamentais da organização da 
parte periférica do sistema nervoso autonomo. 
→ Os corpos dos neurônios pré-ganglionares 
localizam-se na medula e no tronco 
encefálico. 
→ No tronco encefálico, eles se agrupam 
formando os núcleos de origem de alguns 
nervos cranianos, como nervo vago. 
→ Na medula eles ocorrem do 1 ao 12 segmento 
torácico (T1 até T12) nos dois primeiros 
segmentos lombares (L1 até L2) e nos 
segmentos S2, S3 e S4 da medula sacral. 
→ Na porção tóraco-lombar (T1 até L2) da 
medula, os neurônios pré-ganglionares se 
agrupam formando uma coluna muito evidente 
denominada coluna lateral, situada entre as 
colunas anterior e posterior as substancia 
cinzenta. 
→ O axônio do neurônio pré-ganglionar envolvido 
pela bainha de mielina e bainha de neurilema 
constitui a fibra pré-ganglionar, assim 
denominada por estar situada antes de um 
gânglio, onde termina fazendo sinapse com o 
neurônio pós-ganglionar. 
→ Os corpos dos neurônios pós-ganglionares 
estão situados nos gânglios do sistema nervoso 
autonomo, onde são envolvidos por um tipo 
especial de células neurogliais denominadas 
anficitos. 
→ São neurônios multipolares, no que se 
diferenciam dos neurônios sensitivos, também 
localizados em gânglios, pois estes são 
Pseudounipolares. 
→ O axônio do neurônio pós-ganglionar 
envolvido apenas pela bainha de neurilema 
constitui a fibra pós-ganglionar. Portanto, a 
fibra pós-ganglionar se diferencia 
histologicamente da pré-ganglionar por ser 
amielínica com neurilema. 
→ As fibras pós-ganglionares terminam nas 
vísceras em contato com glândulas, músculos 
liso ou cardíaco. 
→ Nos gânglios do sistema nervoso autônomo a 
proporção entre fibras pré e pós-ganglionares 
varia muito e no sistema simpático, usualmente 
uma fibra pré-ganglionar faz sinapse com um 
grande número de neurônios pós-ganglionares. 
→ Convém lembrar que existem áreas no 
telencéfalo e no diencéfalo que regulam as 
funções viscerais, sendo a mais importantes o 
hipotálamo e o chamado sistema límbico. 
→ Estas áreas estão relacionadas com 
comportamentos, principalmente o emocional. 
→ Impulsos nervosos nelas originados são levados 
por fibras especiais que terminam fazendo 
sinapse com o neurônio pré-ganglionares do 
tronco encefálico e da medula. 
 
→ Por este mecanismo o sistema nervoso central 
influencia o funcionamento das vísceras. 
→ A existência destas conexões entre as áreas 
cerebrais relacionadas com o comportamento 
emocional e os neurônios pré-ganglionares o 
sistema nervoso autonomo ajuda a entender as 
alterações do funcionamento visceral, que 
frequentemente acompanha os graves 
distúrbios emocionais. 
Diferenças entre o sistema nervoso simpático e 
parassimpático 
→ Tradicionalmente divide-se o sistema nervoso 
autonomo em simpático e parassimpático 
Diferenças anatômicas 
a) Posição dos neurônios pré-ganglionares 
→ SN simpático – os neurônios pré-ganglionares, 
localizam-se na medula torácica e lombar (entre 
T1 e L2) (sistema tóraco-lombar) 
→ SN parassimpático -no tronco encefálico 
(portanto, dentro do crânio) e na medula sacral 
(S2, S3, S4) (sistema crânio-sacral) 
b) Posição dos neurônios pós-ganglionares 
→ SN simpático –, localizam-se longe das vísceras 
e próximo da coluna vertebral. 
→ SN parassimpático –localizam-se próximo ou 
dentro das vísceras; 
c) Tamanho das fibras pré e pós-ganglionares 
→ SN simpático – a fibra pré-ganglionar é curta e 
a pós-ganglionar é longa. 
→ SN parassimpático – fibra pré-ganglionar é 
longa e a pós-ganglionar curta. 
d) Ultra estrutura da fibra pós-ganglionar 
→ Sabe-se que a fibra pós-ganglionares contêm 
vesículas sinápticas de dois tipos: granulares e 
agranulares, podendo as primeiras ser grandes 
ou pequenas. 
→ A presença de vesícula granulares pequenas é 
uma característica exclusivamente das fibras 
pós-ganglionares simpáticas e permite separá-
las das parassimpáticas, nas quais predominam 
as vesículas agranulares. 
→ No sistema nervoso periférico, as vesículas 
granulares pequenas contêm noradrenalina e a 
maioria das vesículas agranulares contém 
acetilcolina. 
→ Essa diferença torna-se especialmente relevante 
para interpretação das diferenças 
farmacológicas entre fibras pós-ganglionares 
simpáticas e parassimpáticas. 
Diferenças farmacológicas entre o simpático e 
parassimpático 
→ Sabemos hoje que a ação da fibra nervosa sobre 
o efetuador (músculo ou glândula) se faz por 
liberação de um neurotransmissor, dos quais os 
mais importantes são a acetilcolina e a 
noradrenalina. 
→ As fibras que liberam acetilcolina são 
chamadas colinérgicas e as que liberam 
noradrenalina adrenérgicas. 
→ Os sistemas simpático e parassimpático diferem 
no que se refere à disposição das fibras 
adrenérgicas e colinérgicas. 
→ As fibras pré-ganglionares, tanto simpática 
como parassimpática, e as fibras pós-
ganglionares parassimpáticas são colinérgicas. 
→ Contudo, a grande maioria das fibras pós-
ganglionares simpáticas é adrenérgica, fazem 
exceção as fibras que inervam as glândulas 
sudoríparas e os vasos dos músculos estriados 
esqueléticos que, apesar de simpáticas, são 
colinérgicas. 
Neurotransmissores e a farmacologia da função neuro-
visceral 
Neurotransmissores pré-ganglionares 
→ O principal transmissor dos neurônios 
periféricos neurovegetativos é a acetilcolina 
(ACh), o mesmo transmissor utilizado na 
junção neuromuscular esquelética. 
→ Os neurônios pré-ganglionares de ambas as 
divisões, simpática e parassimpática, liberam 
ACh. 
 
→ O efeito imediato é que a ACh se liga a 
receptores nicotínicos da ACh, os quais são 
canais ativados pela ACh e que evocam um 
rápido potencial excitatório pós-sináptico, que, 
habitualmente, dispara um potencial de ação na 
célula pós-ganglionar. 
→ A ACh faz a ativação também de receptores 
colinérgicos muscarínicos, que são receptores 
metabotrópicos (acoplados à proteína G) e 
podem causar tanto abertura quanto fechado de 
canais iônios, levando a potencial excitatório 
pós-sináptico e PIPS muito lentos. 
→ Esses eventos mais lentos desencadeados pelos 
receptores muscarínicos não são tão evidentes, 
a menos que um nervo pré-ganglionar seja 
ativado de forma repetitiva. 
→ Além de ACh, alguns terminais pré-
ganglionares liberam uma variedade de 
pequenos peptídeos neuroativos, como 
neuropeptídeo Y (NPY) e o polipeptídeo 
intestinal vasoativo (VIP). 
→ Esses peptídeos são modulatórios; eles 
normalmente não fazem os neurônios pós-
sinápticos chegarem ao limiar de disparo, masos tornam mais responsivos aos efeitos 
nicotínicos rápidos, quando estes são 
simultâneos. 
→ Os RCNs têm importância em diversos 
processos, como o aprendizado e a memória, o 
desenvolvimento neuronal e participa do 
sistema de recompensa 
 
Neurotransmissores pós-ganglionares 
→ As células pós-ganglionares – os neurônios 
motores do SNV, que, de fato, estimulam as 
glândulas a secretar, os esfincteres a contrair ou 
a relaxar, e assim por diante – usam 
neurotransmissores diferentes nas divisões 
simpática e parassimpática. 
→ Neurônios pós-ganglionares parassimpáticos 
liberam ACh, mas os neurônios pós-
ganglionares da maior parte da divisão 
simpática liberam noradrenalina (NA). 
 
→ A ACh do sistema parassimpático tem um 
efeito bastante local em seus alvos e atua 
inteiramente por meio de receptores 
muscarínicos. Por outro lado, a Noradrenalina 
do sistema simpático frequentemente se 
difunde para longe, indo até mesmo para o 
sangue, onde pode circular amplamente. 
 
Diferenças fisiológicas entre o sistema nervoso 
simpático e parassimpático 
→ De modo geral, os sistemas simpáticos tem uma 
ação antagônica à do parassimpático em um 
determinado órgão. 
→ Esta afirmação, entretanto, não é valida em 
todos os casos. 
→ Assim, por exemplo, nas glândulas salivares os 
dois sistemas aumentam a secreção, embora a 
secreção produzida por ação parassimpática 
seja mais fluida e muito mais abundante. 
→ Além disso, os dois sistemas trabalham juntos 
para manter a coordenação da atividade 
visceral, adequando o funcionamento de cada 
órgão às diversas situações. 
→ A ação do simpático e do parassimpático em 
um determinado órgão depende do modo de 
terminação das fibras pós-ganglionares de cada 
uma destas divisões, dentro do órgão. 
→ A maioria dos órgãos a inervação é mista, 
simpática e parassimpática. Porém, alguns 
órgãos tem inervação puramente simpática, 
como as glândulas sudoríparas, os músculos 
eretores do pelo e o corpo pineal de vários 
animais. 
→ Na maioria das glândulas endócrinas as células 
secretoras não são inervadas, uma vez que seu 
controle é hormonal e, neste caso, existe apenas 
a inervação simpática da parede dos vasos. 
→ Em algumas exócrinas, como as glândulas 
lacrimais, a inervação parenquimatosa é 
parassimpática, limitando-se o simpático a 
inervar os vasos. 
→ Uma das diferenças fisiológicas entre o 
simpático e o parassimpático é que este tem 
ações sempre localizadas a um órgão ou setor 
do organismo, enquanto as ações do simpático, 
embora possam ser localizadas tendem a ser 
difusas, atingindo vários órgãos. 
→ A base anatômica desta diferença reside no fato 
de que os gânglios do parassimpático, estando 
próximo das vísceras, fazem com que o 
território seja restrito. 
→ Além do mais, no parassimpático uma fibra 
pré-ganglionar faz sinapse com um número 
relativamente pequeno de fibras pós 
ganglionares; já no sistema simpático os 
gânglios estão longe das vísceras e uma fibra 
pré-ganglionar faz sinapse com um grande 
número de fibras pós. 
→ Em determinadas circunstâncias, todo o sistema 
simpático é ativado, produzindo uma descarga 
em massa na qual a medula da supra-renal é 
também ativada, lançando no sangue a 
adrenalina que age em todo o organismo → 
reação de alarme – síndrome de emergência de 
Cannon 
• Os impulsos nervosos resultantes da 
visão do boi são levados ao cérebro 
resultando uma forma de emoção, o 
medo. 
• Cérebro → hipocampo → partem 
impulsos nervosos que descem pelo 
tronco encefálico e medula, ativando os 
neurônios pré-ganglionares simpáticos 
da coluna lateral, de onde os impulsos 
nervosos ganham os diversos órgãos, 
iniciando a reação de alarme. 
• Tudo isso para “resolver a situação” – 
o corpo entra em preparo, para nesse 
caso, fugir do boi: maior transformação 
de glicogênio, que é lançada no sangue, 
aumentando as possibilidades de 
consumo de energia pelo organismo; 
aumento no suprimento sanguíneo nos 
músculos estriado esqueléticos, 
necessário para levar a estes músculos 
mais glicose e oxigênio, bem como 
fácil remoção do CO2. Essas condições 
são proporcionadas por: aumento do 
ritmo cardíaco acompanhado de um 
aumento na circulação coronária; 
vasoconstrição nos vasos mesentéricos 
e cutâneos (individuo fica pálido), de 
modo a mobilizar maior quantidade de 
sangue para os músculos estriados. 
→ Logo, as do simpático são ao contrário, quando 
você está em uma situação de descanso. 
 
 
Controle Central do SNV 
→ O hipotálamo é o principal regulador dos 
neurônios pré-ganglionares do SNV 
→ De alguma forma, essa pequena estrutura 
integra as variadas informações que recebe 
sobre o estado corporal, antecipa algumas 
necessidades e fornece um conjunto 
coordenado de respostas neurais e hormonais. 
→ São essenciais para o controle neurovegetativo 
as conexões da zona paraventricular com 
núcleos do tronco encefálico e da medula 
espinhal que contêm neurônios pré-
ganglionares das divisões simpática e 
parassimpática. 
→ O núcleo do tractos solitário, localizado no 
bulbo e conectado com o hipotálamo, é outro 
centro importante para o controle visceral. 
→ De fato, algumas funções vegetativas operam 
muito bem, mesmo quando o tronco encefálico 
está desconectado de todas as outras estruturas 
superiores, incluindo o hipotálamo. 
→ O núcleo do trato solitário integra a informação 
sensorial dos órgãos internos e coordena 
eferentes para os núcleos vegetativos do tronco 
encefálico. 
→ O corno lateral da medula e alguns núcleos do 
tronco encefálico comporem um primeiro 
nível hierárquico, acima dos neurônios pós-
ganglionares: são os neurônios pré-
eganglionares. 
→ Ao lado deles, no tronco encefálico, estão os 
neurônios que controlam as funções 
cardiovascular, respiratória e digestória. 
→ Um componente-chave desse nível de controle 
é o núcleo do trato solitário, pois recebem 
aferentes que participam de diversos reflexos: 
cardiovasculares, respiratórios, digestórios. 
Além disso, o trato solitário conecta-se com o 
nível hierárquico imediatamente superior, 
composto pela formação reticular. 
→ Alguns reflexos emergências são produzidos 
nesse nível do tronco encefálico, em resposta a 
informações periféricas, como a tosse, espirro e 
o vomito. 
→ O nível hierárquico imediatamente acima fica 
situado no mesencéfalo e no diencéfalo, e 
envolve o núcleo parabraquial e o hipotálamo. 
→ Como nessas regiões recebem conexões 
ascendentes do núcleo do trato solitário, e por 
sua vez conectam-se ao tálamo, córtex e 
amídala, é nesse nível que se estabelece a 
articulação dos reflexos específicos com as 
reações homeostáticas gerais. 
→ Por exemplo, um comportamento de medo ou 
de agressão pode incluir reações antecipatórias 
que preparem o organismo para um esforço 
energético maior: o coração e respiração 
aceleram, peristaltismo gastrointestinal é 
interrompido, o indivuo fica em alerta. 
→ Comportamentos menos emergenciais também 
envolvem a participação dessas regiões, em 
particular do hipotálamo: é o caso dos 
chamados comportamentos motivados como 
por exemplo os de fome e de sede, estados, que 
não só produzem diversas reações autonômicas 
destinadas a poupar energia metabólica e a 
evitar a perda de líquido. 
Hipotálamo e o SNA 
→ O hipotálamo é parte do diencéfalo e se dispõe 
nas paredes do III ventrículo, abaixo do sulco 
hipotalâmico, que o separa do tálamo. 
→ Trata-se de uma área muito pequena, pois tem 
apenas 4g em um cérebro de 1.200 gramas. 
→ Apesar disto, o hipotálamo, por suas inúmeras 
e variadas funções, é uma das áreas mais 
importantes do sistema nervoso. 
 
→ O hipotálamo é constituído fundamentalmente 
de substancia cinzenta que se agrupa em 
núcleos, às vezes de difícil individualização. 
→ Percorrendo hipotálamo existem, ainda 
sistemas variados de fibras, como o fórnix. 
Estespercorrem de cima para baixo cada 
metade do hipotálamo, terminando no 
respectivo corpo mamilar. 
→ O fórnix divide o hipotálamo em área medial 
(situada entre fórnix e as paredes do III 
ventrículo há predominância de fibras de 
direção longitudinal) e lateral (percorrida pelo 
feixe prosencefálicomedial, complexo sistema 
de fibras que estatelem conexões nos dois 
sentidos entre a área septal, pertencente ao 
sistema límbico, e a formação reticular do 
mesencéfalo) 
 
→ O hipotálamo é o centro supra-segmentar mais 
importante do SNA, exercendo esta função 
juntamente com outras áreas do cérebro, em 
especial com as do sistema límbico. 
→ Estimulações elétricas em áreas determinadas 
do hipotálamo dão respostas típicas dos 
sistemas parassimpático e simpático. 
→ Quando estas estimulações são feitas no 
hipotálamo anterior, determinam aumento do 
peristaltismo gastrointestinal, contração da 
bexiga, diminuição do ritmo cardíaco e da 
pressão sanguínea, assim como constrição da 
pupila. 
→ Assim, o hipotálamo anterior controla 
principalmente o parassimpático, enquanto o 
posterior controla principalmente o sistema 
simpático. 
→ Junto com o sistema límbico e a área pré-
frontal, tem papel importante na regulação de 
processos emocionais. 
Hipotálamo – motivação, ajustes corporais e 
comportamentos motivados 
→ Existem três classes de estados motivacionais: 
• Motivações elementares – 
sobrevivência – comer/beber 
• Motivações fisiológicas reguladoras 
não tão bem definidas – sexo (pouco 
biológica) 
• Motivações complexas – afiliativos – 
sem determinação biológica – trabalho/ 
ascensão social 
→ Essas três classes envolvem dois tipos de ações: 
• Comportamentos apetitivos – atos 
preparatórios para a satisfação da 
necessidade motivante – “Luis faz atos 
para conquistar Ana, quer passar na 
frente na sala dela” 
• Comportamentos consumatórios – que 
realizam efetivamente a satisfação final 
– “ver a Luísa, beijar a Luísa” 
→ Diferença fundamental é que entre ações 
apetitivas e as consumatórias, é que as 
primeiras são aprendidas, enquanto as segundas 
são mais automáticas e reflexas. 
→ Duas forças fundamentais em todos os 
comportamentos motivados: a homeostasia e a 
busca do prazer. 
• Prazer –satisfação, bem estar 
• Homeostasia – tendencia dos 
organismos a manter uma certa 
constância do meio interno. 
→ Desde o início dos estudos da motivação, o 
hipotálamo apareceu como um centro 
integrador fundamental. 
→ É de se esperar que assim seja, pois essa região 
de encefálica: comunica-se extensamente com 
grandes regiões do SNC; comunica-se com 
diversos órgãos periféricos através do SNA e do 
sistema endócrino e recebe informações de 
todos os órgãos que controla 
→ Primeiros estudos: lesão no hipotálamo (perde 
a vontade de comer – afagia e adipsia) e a 
estimulação uma vontade de realizar tais ações 
→ Hipotálamo é uma espécie de ordenador dos 
comportamentos motivados, embora não atue 
isoladamente, sendo articulado com: (1) áreas 
corticais de controle, que se encarregam dos 
estados motivacionais em sua acepção 
subjetiva; (2) sistemas motores somáticos, que 
comandam os comportamentos 
correspondentes e (3) sistemas eferentes 
neurais e humorais0, como o SNA, o sistema 
endócrino e indiretamente o imunitário, que 
executam as ações fisiológicas reguladoras 
(sobre as interações neuroimunoendócrinas). 
→ Como as informações chegam ao hipotálamo? 
• O feixe prosencefálico medial e o 
fascículo longitudinal dorsal trazem 
grande parte da informação sensorial 
que o hipotálamo utiliza para orientar 
comportamentos motivados. 
• As conexões olfatórias são 
particularmente necessárias a dois 
deles: comportamento alimentar e o 
sexual/reprodutor. 
• Informações provenientes das vísceras, 
carreadas pelos nervos facial (VII), 
glossofaríngeo (IX) e o vago (X). neste 
caso, trata-se de projeções que o 
hipotálamo recebe do núcleo do trato 
solitário, da região ventrolateral do 
bulbo e do núcleo parabraquial, e que 
chegam principalmente através do 
fascículo longitudinal dorsal. 
→ Além das informações sensórias e daquelas 
utilizadas como temporizadoras, o hipotálamo 
recebe também informações provenientes do 
sistema límbico, o conjunto de regiões neurais 
dedicadas a interpretar e responder aos 
estímulos externos e internos de caráter 
emocional. 
→ Uma parte da formação hipocampal (subículo) 
emite axônios através do fórnix para os corpos 
mamilares, cujas fibras por suas vezes seguem 
ao tálamo utilizando o feixe mamilo-talamico. 
Esta é a parte hipotalâmica do chamado circuito 
de Papez. 
→ Outra região ligada ao sistema límbico – área 
septal- emite fibras para o hipotálamo através 
do fórnix e do feixe prosencefálico medial 
→ E finalmente, o complexo amigdaloide, o botão 
disparador das reações emocionais, emite um 
numeroso contingente de fibras para o 
hipotálamo através da via amigdalófuga 
ventral. 
→ O hipotálamo utiliza essas informações para 
realizar os ajustes fisiológicos que são 
necessários nas situações que geram em nós as 
experiências subjetivas que chamamos 
emoções 
→ todas essas informações que entram no 
hipotálamo o fazem através de vias aferentes 
que consistem em diferentes sistemas de fibras 
nervosas, reunidas em feixes ou não. 
→ Trata-se de informação codificada em sinais 
neurais, os potenciais de ação e potenciais 
sinápticos. 
 
Penetração dos sinais químicos 
→ Não só o hipotálamo, mas também várias outras 
regiões do SN recebem sinais químicos e físico-
químicos do organismo que orientam a sua 
função. 
→ Ficam quase todas em torno dos ventrículos, e 
por isso são chamadas órgãos 
circunventriculares. 
→ Duas características desses órgãos receptores 
especiais: 
• Barreira hemato-encefálica é 
permeável, pois os capilares o que 
irrigam são fenestrados 
• Seus neurônios possuem receptores 
moleculares para diferentes 
substancias circulantes 
→ Essas características permitem que os sinais 
químicos provenientes do organismo possam 
ter acesso aos neurônios dos órgãos 
circunventriculares, permitindo que estes 
respondam especificamente a cada um deles. 
→ Nem todos os órgãos circunventriculares ficam 
no hipotálamo, mas quase todos tem 
comunicação com ele. 
→ A eminencia mediana e o órgão vascular da 
lãmina terminal são os dois situados no 
hipotálamo. 
→ A eminencia mediana é um pequeno 
espessamento da parede do infundíbulo onde 
terminam axônios de neurônios hipotalâmicos 
→ Na vizinhança dos terminais axôniocos há um 
plexo de capilares da circulação sanguínea. 
→ Estes, uma vez no meio extracelular, funcionam 
como sinais químicos para regular a secreção de 
outros hormônios pelos terminais, que, 
portanto, expressam os receptores apropriados 
na sua membrana. 
→ Por sua vez, os neuro-hormônios secretados 
pelos terminais axôniocos na eminencia 
mediada irão regular a secreção hormonal da 
adeno-hipófise. 
→ A neuro-hipófise é um tecido glandular de 
origem neural que não possui corpos neurais, 
mas sim axônios originados no hipotálamo, 
além de gliócitos chamados pituicitos. 
• Glândula pois os axônios 
hipotalâmicos que aí terminam são 
secretores de hormônios 
→ A glândula pineal é um tecido glandular de 
origem neural. Porém, diferente da neuro-
hipófise, apresenta células neurais modificadas 
que secretam o hormônio melatonina sob o 
comando indireto do hipotálamo. 
→ Sabe-se que a melatonina é um sinal que atua 
sobre vários órgãos assinalando a duração da 
noite; 
Comandos neuroendócrinos 
→ De posse dessa extensa rede de 
informações neurais e químicas, os vários 
núcleos do hipotálamo evitam comandos 
neurais para outras regiões, especialmente 
aquelas relacionadas ao SNA. 
→ Um ajuste de comandos é emitindo pelo 
hipotálamo para produzir os ajustes 
fisiológicos necessários a cada situação: 
são os comandosneuroendócrinos. 
→ Isso significa a secreção de hormônios 
circulantes, cuja ação será efetuada à 
distância nos órgãos e tecidos do 
organismo. 
→ Como isso ocorre? 
• Existência de neurônios secretores – 
eles se originam nos grandes neurônios 
dos núcleos supraóptico e 
paraventricular do hipotálamo, 
formando um feixe ou eixo 
hipotálamo-hipofisário. 
• Alguns desses axônios se estendem até 
a neuro-hipófise, onde foram 
intumescências onde tem numerosos 
grânulos de secreção. Outros não são 
tão longos, e terminam na eminencia 
mediana, ou seja, na haste do 
infundíbulo que conecta o hipotálamo 
coma hipófise. 
→ Vascularização entre o hipotálamo e a hipófise 
– circulação porta-hipofisária – duas redes 
capilares conectadas por um vaso porta. 
• A primeira rede capilar se distribui na 
eminencia mediana, e a segunda na 
adeno-hipofise 
• Essa circulação é um veíuclo para a 
entrada de sinais químicos 
provenientes do organismo e 
percebidos pelo menos por alguns 
neurônios hipotalâmicos

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