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conforto ambiental 3

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- -1
ACÚSTICA ARQUITETÔNICA
CONFORTO ACÚSTICO EM EDIFICAÇÕES – 
ACÚSTICA DOS MATERIAIS
Inara Pagnussat Camara
- -2
Olá!
Você está na unidade . Conheça aqui sobre osConforto Acústico em Edificações – acústica dos materiais
materiais acústicos, a natureza dos principais materiais utilizados para absorção e isolamento sonoro. Quando
projetamos, pensando em todas as condicionantes, inclusive nos materiais, temos projetos com maior eficiência,
conforto e agradabilidade, principalmente quando falamos em conforto sonoro e conforto climático. Nosso foco,
aqui, é o conforto sonoro.
Portanto, falaremos sobre os materiais que podem ser utilizados no processo projetual e em uma reforma ou
ajuste de projeto, melhorando as condições internas dos espaços residenciais e comerciais. Lembramos que,
apesar de tratarmos sobre os materiais mais relevantes atualmente, esse mercado está em constante atualização.
Bons estudos!
- -3
1 Comportamento acústico dos materiais – conceitos
Primeiramente, abordaremos os principais conceitos sobre a e sua emnatureza dos materiais aplicabilidade
projetos, com o objetivo de melhorar o clima e conforto das edificações e dos ambientes internos. Conforme já
abordamos anteriormente, quando a onda sonora bate em um obstáculo três situações distintas podem ser
geradas: a onda pode ser através do material, ser pelo obstáculo ou ser por ele.transmitida absorvida refletida
Em geral, as três situações ocorrem ao , porém, em maior ou menor intensidade, dependendo dasmesmo tempo
características desta superfície. Carvalho (2008), afirma que se um material retém uma quantidade maior de
ondas sonoras, transforma-se em energia térmica e dizemos que, portanto, ele tem boa absorção acústica. Ainda,
todo e qualquer material responde acusticamente da seguinte forma:
Figura 1 - Reposta acústica dos materiais
Fonte: CARVALHO, 2008, p. 47.
#PraCegoVer: na figura, temos uma ilustração simbólica de uma parede, com a forma como os materiais
respondem acusticamente a qualquer sequência sonora.
- -4
A autora ainda afirma que “se o material reflete grande parte da energia sonora incidente, evitando que ela seja
transmitida de um meio para outro, caracteriza-se como um bom isolante acústico” (CARVALHO, 2008, p. 47). Ou
seja, podemos entender, com isso, que um material que reflete grande parte das ondas de som é um material de 
. Caso o contrário seja verdadeiro, o material, por sua vez, será um .bom isolamento mau absorvente
Carvalho (2008) comenta, também que podemos fazer a composição de tipos de materiais, como umdiferentes
absorvente e um isolante. Entretanto isto já passa a ser um sistema de materiais. Dessa forma, um tem a
característica de isolar e o outro de absorver o som. Essa situação, requer um estudo preciso sobre sua aplicação
e sobre quais ambientes são específicos para esse uso.
Figura 2 - Reposta acústica dos materiais com diferentes finalidades
Fonte: CARVALHO, 2008, p. 48.
#PraCegoVer: na figura, temos uma ilustração simbólica de uma parede, com a forma como os materiais
respondem acusticamente a qualquer sequência sonora.
Problemas de acústica podem ser evitados se o projeto previr esses materiais em sua concepção, considerando
a influência da forma e dos materiais na propagação sonora. Entretanto, como já explicamos, nem sempre isso
ocorre.
- -5
Outro fator importante a ser observado é o e os que acontecem no ambiente, de modo que o som ruídos layout
pode influenciar diretamente no conforto acústico. A seguir, veremos mais detalhadamente sobre os materiais e
sistemas isolantes acústicos.
1.1 Materiais e sistemas isolantes acústicos
Carvalho (2008, p. 49), afirma que “a variação da pressão acústica de um determinado ambiente induz aos
anteparos/superfícies nas imediações a vibrarem. É esse processo vibratório que gera, do outro lado da
superfície, uma fonte sonora secundária”. Podemos pensar, dessa forma, que quanto maior for a massa de um
material, menor será a probabilidade de ele ou de o som.vibrar transmitir
Imagine, por exemplo, duas paredes, uma em madeira e outra em concreto. A probabilidade de o som ser
transmitido de um ambiente para outro, por essa superfície, é muito maior na , devido à sua poucamadeira
espessura.
A aferição exata destes dados e das composições é aferida em laboratório, através de testes e ainda, variando
conforme a incidência sonora que vem do exterior das edificações. Existem muitas variáveis que devem ser
consideradas, visto que cada entorno possui características próprias e pode ser, variável conforme o horário e o
dia – como o barulho do trânsito, por exemplo, que é maior em determinados horários e determinados dias da
semana. Para se aprofundar mais no assunto e ter ciência dos mais importantes índices de isolamento
, consulte a obra de Carvalho (2008, p. 49-51).acústico
Fique de olho
Na falta de informações precisas sobre índices de isolamento acústico, adota-se a Lei das
Massas, obtida originalmente de forma empírica e posteriormente confirmada pela teoria
(CARVALHO, 2008, p. 52).
- -6
1.2 Tratamento acústico – como fazer?
A partir de agora, estudaremos o . Falaremos sobre o que ele consiste, para que você,tratamento acústico
posteriormente, possa compreender quais os principais aplicáveis a cada .materiais superfície
Carvalho (2008, p. 55) afirma que “materiais bons absorventes acústicos são necessariamente materiais macios,
porosos ou fibrosos, que têm a capacidade de absorver sons que nele incidem”. A autora ainda afirma que “em
função das formas e dimensões dos poros ou das fibras desses materiais é que se explica a variação de suas
absorções acústicas, conforme as faixas de frequência” (CARVALHO, 2008, p. 55). Em geral, os materiais 
 absorvem melhor as frequências mais altas do que as mais baixas.absorventes acústicos
Entretanto, o comportamento acústico dos materiais pode variar conforme sua , e em função da aplicação
 em que está inserido. Essas superfícies podem ser rígidas, elásticas, afastado de superfícies, de massasuperfície
densa, variadas e de outros diversos tipos. Fabricantes de materiais e sistemas absorventes, costumam
apresentar na embalagem e descrição de seus produtos o , conhecido como , do inglêsíndice de absorção NRC 
.Noise Reduction Coeficient
Mas você sabe em que consiste um ambiente? Carvalho (2008, p. 77) nos traz uma boatratar acusticamente
definição, explicando que o tratamento acústico consiste basicamente em:
Dar boas condições de audibilidade, seja através das absorções acústicas dos revestimentos internos (pisos,
paredes, tetos e outros componentes) e/ou em função da geometria interna (direcionamento das reflexões
internas).
Bloquear os ruídos externos que porventura possam vir a perturbar a boa audibilidade do recinto.
Bloquear os possíveis ruídos produzidos no recinto de forma que não perturbem o entorno.
Fique de olho
O NRC é a média aritmética dos coeficientes de absorção acústica de determinado material às
frequências de 250 Hz, 500 Hz, 1000 Hz e 2000 Hz.
- -7
Perceba que não se trata apenas de ter cuidados acústicos em ambientes fechados, mas, na medida do possível,
em , inclusive os internos. No caso de conchas acústicas, por exemplo, são ambientestodos os ambientes
externos, geralmente em parques que possuem diversidade de barreiras e desvios do som – edificações,
vegetações em tamanhos diversos, vento, movimentação de tráfego de veículos etc.
Carvalho aborda, além disso, ainda a necessidade de existirem os seguintes elementos básicos (CARVALHO,
2008, p. 79):
Locação e situação do imóvel.
Plantas e cortes.
Utilização do imóvel.
Níveis de ruídos aceitáveis, estabelecidos por norma para ambientes de utilização análoga.
Nível de ruído do entorno.
Nível de ruído interno do recinto em funcionamento (função da atividade a que se prestará).
Especificações dos materiais, do mobiliário e dos demais componentes a serem empregados na construção.
Entretanto, preste muita atenção, pois temos diferençaentre e .tratamento acústico isolamento acústico
Quando falamos em isolar acusticamente um ambiente, estamos nos referindo a todo e qualquer ruídobloquear
externo. Esse controle é feito por meio da permitidos em cada situação ou ambiente.quantidade de decibéis
Esse nível de ruído, em geral, deve ser verificado com as NBRs, ou nas legislações locais.
Temos ainda, dentro do leque de formas de tratamento e conceituações, a que consiste “emabsorção acústica
atenuarmos os efeitos dos sons ambientes, posto que, quando um som atinge uma superfície lisa e dura, parcela
significativa dele é refletida e, em caso contrário, quando atinge superfície macia, parcela significativa dele é
absorvida” (CARVALHO, 2008, p. 81).
Para que tenhamos a absorção total de uma parede, por exemplo, precisamos do dos e somatório acabamentos
 de cada área componente dessa parede, pelo seu coeficiente de absorção acústica. Ou seja, mesmo noelementos
caso de uma parede de alvenaria, temos de considerar a alvenaria dos tijolos cerâmicos, com o reboco liso e com
as esquadrias presentes nesta superfície.
Por fim, há , que consiste em fornecer as melhores condições possíveis decondicionamento acústico
audibilidade interna a um ambiente. Carvalho (2008, p. 84) afirma que isso se faz segundo duas providencias
fundamentais:
Corrigir o tempo de reverberação do recinto com base nas absorções acústicas internas.
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Promover a melhor distribuição possível dos sons gerados internamente via superfície refletora (e/ou
absorventes) de sons, via geometria interna do recinto.
Procure observar, ainda, a dos ambientes, pois ela influencia diretamente na programaçãogeometria interna
ou bloqueio do som. Dependendo da situação, a própria geometria ou podem ser barreiras acústicas quelayout
influenciam ou não tiram o melhor proveito dos materiais.
Aqui você pôde compreender sobre os principais conceitos antes de iniciar uma escolha de material para
situações acústicas. Em seguida, abordaremos exclusivamente sobre os para tratamento eprincipais materiais
conforto acústico e suas características fundamentais.
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2 Materiais para Tratamento acústico
A partir de agora, falaremos sobre a classificação dos e ,materiais convencionais não convencionais
compreendendo cada um e sua aplicabilidade para auxiliar no conforto acústico das edificações. Ainda,
perceberemos que essa é uma das mais importantes etapas para a acústica arquitetônica, a que corresponde à
composição do ambiente interno, na qual são estudados os aspectos formais e a reverberação no som ambiente.
Esses conhecimentos são fundamentais no processo de aprendizagem, pois permitem que você desenvolva
projetos de ambientes convenientes a cada uso, gerando aos usuários e em obras conforto economia
 ou .residenciais comerciais
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2.1 Considerações importantes
Neste tópico, abordaremos algumas considerações que são importantes que você relembre. As propriedades
sonoras são diferentes em ambientes fechados e ambientes ao ar livre, onde o som é refletido pelas superfícies
que compõem este espaço. Relembre que, “o som percebido pelo ouvinte é resultado do raio sonoro direto e dos
refletidos. Ao encontrar uma superfície, o som é refletido, absorvido ou transmitido em proporções que
dependem da dimensão, da forma e do material dessa superfície” (SOUZA; ALMEIDA; BRAGANÇA, 2012, p. 106).
Se a superfície possui dimensões do que o , o som é e se possuimaiores comprimento de onda refletido
comprimento menor, o som sofre . Observe esse fenômeno na figura seguinte. Ainda, a direção dos raiosdifração
sonoros refletidos é diretamente influenciada pela forma física da superfície, sendo que superfícies côncavas
resultam na concentração de raios sonoros enquanto superfícies convexas tendem a difundi-los.
Figura 3 - Reflexão sonora nas diferentes superfícies
Fonte: SOUZA; ALMEIDA; BRAGANÇA, 2012, p. 108 (Adaptada).
#PraCegoVer: na figura, temos uma fonte sonora que é lançada em diferentes superfícies, gerando diferentes
efeito de som.
O nível sonoro depende, ainda, da porcentagem de energia que é pela superfície ou pelo materialabsorvida
dessa superfície. Em casos onde as ondas sonoras se distribuem de em todas as direções de um ambiente, com
energia igualitária, temos ambientes de boa difusão. Nesse caso, essa é uma característica desejadaboa difusão
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acusticamente para um ambiente. Lembre-se, ainda, de que todos os elementos – paredes, tetos, móveis, pisos –
são responsáveis pela difusão do som em um ambiente. O resultado das reflexões da fonte sonora é a chamada 
, e ela pode ocorrer uma ou mais vezes em um ambiente, de acordo com Souza, Almeida ereverberação
Bragança (2012).
Figura 4 - Porcentagem de energia sonora absorvida pelos materiais
Fonte: SOUZA; ALMEIDA; BRAGANÇA, 2012, p. 109 (Adaptada).
#PraCegoVer: na figura, temos um morcego (fonte sonora) fazendo barulho e movimentação próximo a uma 
superfície, onde parte do som é absorvido e parte refletido.
Ainda, de acordo com os autores “quando a pressão sonora é gerada em um ambiente, ela cresce gradualmente
até se estabilizar e, ao cessar a emissão da fonte, é necessário que decorra um espaço de tempo até que o som se
torne inaudível” (SOUZA; ALMEIDA; BRAGANÇA, 2012, p. 109). A isso, chamamos de etempo de reverberação 
é uma das principais características para o desempenho acústico de um ambiente. Contudo, “ele depende não só
da frequência sonora, mas também do e da do ambiente [...] e todas estas propriedadesvolume absorção total
[...] agem simultaneamente, produzindo a qualidade acústica do espaço (SOUZA; ALMEIDA; BRAGANÇA, 2012, p.
110, grifo nosso).
É importante perceber, ainda, que salas destinadas a auditórios, conferências, aulas em gera têm como fonte
sonora principal a palavra falada, enquanto em salas de concerto e óperas, a fonte sonora é a música. Nesses
casos, temos diferenças de , e de som. Ainda, na música, as exigênciaspotência frequência nível de intensidade
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estéticas da plateia são maiores e para a palavra falada a inteligibilidade e compreensão do tom de voz é
fundamental. Os sons precisam ser percebidos de forma clara pelo ouvinte, mesmo sons de curta duração, muito
presentes na palavra falada. Na música, há maior diversidade de instrumentos e intensidades aplicados em cada
um, e a uma fração maior de tempo dos sons.
Perceba que, a primeira consideração para de um ambiente é “determinar o uso que seráo conforto acústico
dado ao ambiente, para que possam ser identificados a natureza da fonte e a sua localização na sala” (SOUZA;
ALMEIDA; BRAGANÇA, 2012, p. 113). Quando o ambiente tiver múltiplos usos, caberá ao profissional de acústica
ponderar a melhor forma de abordagem do problema, com técnicas para o conforto em todos os usos, ou para a
atividade prioritária do ambiente.
Em seguida, falaremos mais sobre os materiais, absorção e tempo de reverberação de cada um. É importante
destacar que, embora alguns materiais sejam chave para o conforto acústico de ambientes, o mercado da
construção civil atualiza-se constantemente. Procure estar sempre atualizado, buscando conhecer os novos
lançamentos de mercado e as opções que surgem diariamente. É interessante, ainda, sempre prezar por 
 ou com características que sejam menos agressivas ao meio ambiente. Pensarmateriais sustentáveis
consciente é papel de todos, certo?
Fique de olho
Enquanto para a palavra falada a propagação e o decaimento sonoro são importantes, para a
música, o crescimento e a sequência das reflexões sonoras também são essenciais (SOUZA;
ALMEIDA; BRAGANÇA, 2012, p. 111).
- -13
2.2 Materiais, absorção e tempo de reverberação
Neste tópico, você irá conhecer sobre os principais materiais utilizados para o tratamento acústico. De acordo
com Souza, Almeida e Bragança (2012, p. 127) “a boa difusão de uma sala é alcançada não só pela forma
irregular e difusora de superfícies, mas também pela aplicação balanceada de materiais de construção”.Esses materiais apresentam determinada capacidade de e sua distribuição influencia na absorção sonora
 de uma sala. Portanto, a escolha dos materiais pode influenciar na intensidade do som refletido,reverberação
na porcentagem de som absorvido, na distribuição das frequências e por fim na qualidade acústica do ambiente.
Os autores explicam, também que essa capacidade do material é indicada pelo , o qualcoeficiente de absorção
representa a porcentagem de som que é absorvido, ou deixa de ser refletido em relação ao som incidente. Seu
valor pode variar de 0 a 1, e o coeficiente de absorção de um determinado material não é o mesmo para sons
graves, médios e agudos.
Tabela 1 - Coeficiente de absorção de alguns materiais
Fonte: SOUZA; ALMEIDA; BRAGANÇA, 2012, p. 128.
#PraCegoVer: na tabela, temos uma tabela mostrando o coeficiente de absorção de alguns materiais.
A escolha de um material – seja para o ou para – deve considerar a taxa de ocupação doteto revestimentos
ambiente, a durabilidade, a manutenção, a estabilidade e a resistência ao fogo (REMORINI, 2018). Souza, Almeida
e Bragança (2012, p. 128) afirmam que “materiais menos absorventes e mais refletores representam valores de
absorção próximos a zero. São geralmente materiais com características mais impermeáveis, como algumas
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pedras, azulejos e resinas, ou seja, com grande resistência à passagem do ar (pouca porosidade)”. Ainda explicam
que:
[...] os materiais porosos ou fibrosos são aqueles que apresentam uma rede de poros interligados. A
energia sonora incidente é convertida em calor pela fricção das partículas de ar com as paredes do
poro, ou ainda, pela deformação das paredes dos poros ou fibras. Esses materiais são mais
absorventes à alta frequência, mas podem apresentar aumento de sua eficiência à baixa frequência,
se sua espessura e espaço de ar entre ele e a superfície, forem aumentados. São exemplos fibra de
vidro, feltro, lã mineral, lã de rocha, vermiculita etc. para alguns desses materiais, cuidados devem
ser tomados quanto à pintura da sua superfície, pois pode prejudicar a absorção pela alteração de
sua porosidade. (SOUZA; ALMEIDA; BRAGANÇA, 2012, p. 128)
Outro acabamento muito utilizado são as ou . Estes “são superfícies montadas sobre outramembranas painéis
superfície sólida, porém com espaço de ar entre elas. Para essa classe de materiais, a absorção é resultado da
deformação do sistema de montagem, ao sofrer a incidência sonora”. Esses materiais são mais eficientes em
baixas frequências sonoras. São exemplos: painéis suspensos de gesso, vidros de janelas, madeiras. Ainda, se
esse material for aplicado sobre uma superfície, “mantendo um espaçamento de ar, funciona como um painel
” (SOUZA, ALMEIDA E BRAGANÇA, 2012, p. 130, grifo nosso).vibratório
- -15
Figura 5 - Superfícies montadas sobre superfície rígida
Fonte: SOUZA; ALMEIDA; BRAGANÇA, 2012, p. 130.
#PraCegoVer: na figura, temos um sanduiche de superfícies montadas sobre uma superfície rígida. 
Essa é muito utilizada em , e pode ainda ser utilizada em situações emtécnica auditórios estúdios de música
que o projeto não tenha sido feito com o intuito de ter bom conforto acústico. Em casos de reformas ou
 de espaços, utilizar um material acústico sobre a parede pode auxiliar na correta reverberação doadaptações
som, proposto para aquele ambiente e a finalidade ao qual ele possui.
É importante que você sempre se mantenha atualizado, assim como o mercado, que lança novas soluções
frequentemente. Procure, ainda, ter certo cuidado e utilizar, sempre que possível, materiais de caráter mais
sustentável ou que não agridam tanto o meio ambiente. Verifique, a seguir, algumas opções muito utilizadas:
Lã de vidro
É um material isolante acústico e térmico. Formado por sílica e sódio, aglomerada por
resina sintética em alto forno. Pode ser encontrada no mercado, em produtos como
mantas ensacadas com polietileno, manta aluminizada, manta revestida de feltro para
construção metálica e manta de fibra cerâmica para tubulação com temperatura elevada. É
leve, de fácil manipulação, não propaga o fogo, não deteriora, não prolifera fungos e
bactérias, não deteriora quando exposto à maresia e não é atacado por roedores.
- -16
Lã de rocha
É composta por fibras de basalto aglomerado com resina sintética. Pode ser aplicada em
forros, divisórias, dutos de ar-condicionado e tubulação com baixa, média e alta
temperatura. Podemos encontrar em forma de painéis e mantas – revestidas ou não – com
plástico autoextinguivel e mantas com tela metálica, para proporcionar maior resistência
mecânica ao material. Oferece bom isolamento acústico e térmico, pH neutro, é
antiparasita, é não corrosivo, não é nocivo à saúde quando manipulado de forma
adequada (luvas e vestuário), não é poluente e tem ótimo custo-benefício.
Vermiculita
É um mineral da família das micas, constituído pela superposição de finas lamínulas e que,
ao se submetidas a altas temperaturas, se expande até 20 vezes o seu volume original,
deixando um espaço vazio em seu interior. Pode ser aplicado no preenchimento de piso,
isolamento termoacústico em divisórias, forros, lajes e paredes, corta-fogo, câmaras à
prova de fogo e som, rebocos isolantes. Se encontra em forma de placas, de blocos ou de
concreto leve expandido. É recomendado para contrapiso, reboco acústico ou enchimento,
com boa qualidade. Tem baixa densidade, baixa condutibilidade, é incomburente,
insolúvel em água, não é toxico, não é abrasivo, é inodoro, não se decompõe, não apodrece
e não se deteriora.
Espuma
elastométrica
É uma espuma de poliuretano poliéster, autoextinguível. É indicada para uso em
escritórios, auditórios, salas de treinamento e salas de som. Pode ser encontrada em
forma de placas com várias espessuras e dimensões. Possui proteção contra mofos, fungos
e bactérias e, quando tratada, retarda chamas.
Fibra de coco
Quando misturada com aglomerado de cortiça expandido, tem uma ótima capacidade de
absorção de ondas de baixa frequência, que poucos materiais conseguem atingir. É
resistente e durável e tem uma matéria-prima natural e renovável, além de ser indicada
como material térmico e acústico.
Corresponde a placas fincadas em uma leve estrutura metálica. Pode ser utilizado como
parede dupla, com montante de 48 ou 70 mm e material acústico entre as placas (neste
caso, a lã de vidro é muito utilizada). Tem elevada produtividade, pequena espessura,
- -17
Drywall
( g e s s o
acartonado)
pouco peso, permite precisão e permite embutir as instalações elétricas. Como
desvantagem, possui baixa resistência mecânica às cargas superiores a 35 kg e tem baixa
resistência à umidade.
Esperamos ter despertado seu interesse em conhecer mais sobre esses materiais e sugerimos que continue seus
estudos, procurando observar em seu dia a dia e nas obras que frequenta ou tem acesso, a aplicabilidade dos
materiais e técnicas que mencionamos aqui. Exercite seu olhar, ao observar a arquitetura e buscar compreender
como os edifícios se comportam e como auditórios, teatros e salas de reuniões.
Enfim, é sempre recomendável que o profissional da arquitetura esteja e atento às que sãoatualizado mudanças
naturais no processo dinâmico da arquitetura e da construção civil.
é isso Aí!
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• classificar os tipos de materiais para isolamento acústico;
• compreender o conceito de reverberação;
• compreender o conceito de propagação de som;
• reconhecer os principais materiais utilizados no tratamento acústico de edificações;
• compreender sobre a aplicação dos materiais na construção civil.
Referências
CARVALHO, R. P. . Brasília: Thesaurus, 2008.Acústica arquitetônica
CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2014.Arquitetura de interiores ilustrada. 
REMORINI, S. L. . Porto Alegre: Sagah, 2018.Acústica arquitetônica
SOUZA, L. C. L de; ALMEIDA, M. G. de; BRAGANÇA, L. : Ouvindo a Arquitetura.Bê-á-bá da acústica arquitetônica
SãoCarlos: EduFSCar, 2012.
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	Olá!
	1 Comportamento acústico dos materiais – conceitos
	1.1 Materiais e sistemas isolantes acústicos
	1.2 Tratamento acústico – como fazer?
	Assista aí
	2 Materiais para Tratamento acústico
	2.1 Considerações importantes
	Assista aí
	2.2 Materiais, absorção e tempo de reverberação
	Assista aí
	é isso Aí!
	Referências

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