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Izaias Netto – 4º Período – Medicina CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS CURSO DE MEDICINA DISCIPLINA DE SAÚDE COLETIVA – IV EPIDEMIOLOGIA ESTUDO DIRIGIDO SAUDE COLETIVA 1. Defina o que é epidemiologia, epidemiologia social e epidemiologia moderna. . Epidemiologia: ciência que utiliza métodos quantitativos para o estudo dos problemas de saúde. “CIÊNCIA DO QUE OCORRE COM O POVO” – história natural da doença. . Epidemiologia social: Busca explicação científica para as condições de saúde da maioria de sua população. Ex.: se fala muito da saúde mental (depois do isolamento social pós COVID 19). . A população utilizada é aquela localizada em uma determinada área ou país em um certo momento do tempo. . Epidemiologia moderna: demonstrações de vários fatores que contribuem para a determinação da doença; interesse em Epidemiologia para doenças crônicas e para a epidemiologia para doenças transmissíveis (voltou a evidência por causa do Covid-19). 2. Fale da origem e história da epidemiologia. . Hipócrates: fatores ambientais influenciam a ocorrência de doenças. A epidemiologia ganha forças no século XIX, época da revolução industrial (crescimento das cidades, deterioração das condições de vida), pois a distribuição de doenças em grupos humanos específicos passou a ser medida em larga escala; Resumindo: compara os coeficientes de doenças em subgrupos populacionais e sua aplicação iniciação foi visando o controle de doenças transmissíveis e depois na relação entre condições ou agentes ambientais e doenças específicas (caso do COVID 19); 3. Quem foi que realizou as primeiras observações epidemiológicas? Fale sobre essa experiência. John Snow: estudo epidemiológico das moradias das vítimas de cólera em Londres. A partir disso, notou correlação entre origem da água consumida e as mortes ocorridas; . Observação: a partir do estudo epidemiológico ele comparou o número de óbitos por cólera em áreas abastecidas por diferentes companhias, notando que a mais alta foi as que consumiam água fornecida pela companhia de Southwark. Conclusão: sugeriu que a cólera era disseminada através da água contaminada e conseguiu propor medidas preventivas. 4. Quanto as análises epidemiológicas do COVID-19, quais foram as pessoas de grupos de risco? . Idosos, cardiopatas, hipertensos, pneumopatias, obesidade, imunodepressão, doenças renais crônicas, diabetes mellitus, doenças cromossômicas, portadores do vírus da imunodeficiência humana, neoplasia maligna, gestação de alto risco e tabagismo. 5. Dê a definição de surto, endemia, epidemia e pandemia. Cite exemplos de doenças. - Surto: aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região específica; Número de casos maior do que o esperado. Ex.: em algumas cidades a dengue é um surto, pois ocorre apenas em bairros; o covid-19 e o Zika Vírus surgiram como surto. - Endemia: ocorrência coletiva de um agravo em um largo período histórico acometendo grupos humanos distribuídos em espaços limitados e tem incidência constante. Ex.: Malária endêmica em Rondônia. Izaias Netto – 4º Período – Medicina 6. Dentro do método epidemiológico, o que é uma causa necessária e uma causa suficiente? Dê exemplos de causa necessária e suficiente ao mesmo tempo, um exemplo de causa necessária mais não suficiente e fale sobre fator de risco. . Causa: uma ocorrência/condição que determinam um importante papel de uma doença/evento. - Causa necessária: doença não pode se desenvolver na ausência desse fato; Ex.: ingesta da samonella spp – causa necessária para infecção por salmonelose. - Causa suficiente: inevitavelmente produz ou inicia uma doença. Ex.: Ingesta de salada de galinha e sopa cremosa – causa suficiente para infecção por salmonelose; . Causa necessária e suficiente: necessária para que o efeito ocorra e somente ela é suficiente – Trissomia 21. . Causa necessária, mas não suficiente: é aquela que se estiver ausente, o efeito não ocorre, mas se estiver presente não implica que o efeito ocorra necessariamente. – Tuberculose. . Fator de risco: é um fator cuja presença aumenta a chance de algo ocorrer, mas não pode ser considerado causa. Artur, 23 anos tem histórico de hemofilia. Ele tem boa alimentação, faz atividade física e tem boa renda familiar. Caso Artur tenha um filho hemofílico, e essa criança seja bem alimentada e mantenha-se com boa avaliação nutricional e sem condição imunossupressora. classifique corretamente. A situação, epidemiologicamente poderá ser considerada: A) Causa necessária. B) Causa suficiente. C) Causa necessária e suficiente. D) Sem fatores de riscos. E) Há fatores de proteção e a doença não é desenvolvida. 7. Fale sobre 3 tipos de paradigmas causais. . Teoria miasmática: emanações impuras do ambiente (ar água e o solo); . Teoria dos germes: bactérias e germes causadores de doenças mococausalidade; . Multicausalidade: influência de vários fatores na determinação das doenças; 8. Conforme a Portaria 264 de 2020, o que integra a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública? Acidente de trabalho; Acidente por animais peçonhento e transmissor da raiva; Cólera; Botulismo; Coqueluche; Difteria; Dengue; Doença de Chagas (Aguda ou crônica); Meningites; Rubéola; Varíola; Esquistossomose; Zika Vírus; Chikungunya; Febre amarela; Hanseníase; Leishmaniose; Leptospirose; Poliomelite; Peste; Malária; Raiva humana; Hepatite; Sífilis; Tétano; Tuberculose; Toxoplasmose; Varicela; Violência sexual e doméstica; Izaias Netto – 4º Período – Medicina 9. Conforme a Portaria 204 de 2016, para fins de notificação compulsória de importância nacional, são considerados alguns conceitos. Cite e os descreva. I - agravo: qualquer dano à integridade física ou mental do indivíduo, provocado por circunstâncias nocivas, tais como acidentes, intoxicações por substâncias químicas, abuso de drogas ou lesões decorrentes de violências interpessoais, como agressões e maus tratos, e lesão autoprovocada; II - autoridades de saúde: o Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde dos Estados, Distrito Federal e Municípios, responsáveis pela vigilância em saúde em cada esfera de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS); III - doença: enfermidade ou estado clínico, independente de origem ou fonte, que represente ou possa representar um dano significativo para os seres humanos; IV - epizootia: doença ou morte de animal ou de grupo de animais que possa apresentar riscos à saúde pública; V - evento de saúde pública (ESP): situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública, como a ocorrência de surto ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida, alteração no padrão clínicoepidemiológico das doenças conhecidas, considerando o potencial de disseminação, a magnitude, a gravidade, a severidade, a transcendência e a vulnerabilidade, bem como epizootias ou agravos decorrentes de desastres ou acidentes; VI - notificação compulsória: comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública, descritos no anexo, podendo ser imediata ou semanal; VII - notificação compulsória imediata (NCI): notificação compulsória realizada em até 24 (vinte e quatro) horas, a partir do conhecimento da ocorrência de doença, agravo ou evento de saúde pública, pelo meiode comunicação mais rápido disponível; VIII - notificação compulsória semanal (NCS): notificação compulsória realizada em até 7 (sete) dias, a partir do conhecimento da ocorrência de doença ou agravo; IX - notificação compulsória negativa: comunicação semanal realizada pelo responsável pelo estabelecimento de saúde à autoridade de saúde, informando que na semana epidemiológica não foi identificado nenhuma doença, agravo ou evento de saúde pública constante da Lista de Notificação Compulsória; e X - vigilância sentinela: modelo de vigilância realizada a partir de estabelecimento de saúde estratégico para a vigilância de morbidade, mortalidade ou agentes etiológicos de interesse para a saúde pública, com participação facultativa, segundo norma técnica específica estabelecida pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS). 10. Sobre as notificações compulsórias, fale sobre o Artigo 3º da Portaria 204 de 2016. Art. 3º A notificação compulsória é obrigatória para os médicos,outros profissionais de saúde ou responsáveis pelos serviçospúblicos e privados de saúde, que prestam assistência ao paciente, emconformidade com o art. 8º da Lei nº 6.259, de 30 de outubro de1975. § 1º A notificação compulsória será realizada diante da suspeitaou confirmação de doença ou agravo, de acordo com o estabelecidono anexo, observando-se, também, as normas técnicas estabelecidaspela SVS/MS. § 2º A comunicação de doença, agravo ou evento de saúdepública de notificação compulsória à autoridade de saúde competentetambém será realizada pelos responsáveis por estabelecimentos públicosou privados educacionais, de cuidado coletivo, além de serviçosde hemoterapia, unidades laboratoriais e instituições de pesquisa. Izaias Netto – 4º Período – Medicina §3º A comunicação de doença, agravo ou evento de saúdepública de notificação compulsória pode ser realizada à autoridade desaúde por qualquer cidadão que deles tenha conhecimento. Art. 4º A notificação compulsória imediata deve ser realizadapelo profissional de saúde ou responsável pelo serviço assistencialque prestar o primeiro atendimento ao paciente, em até 24 (vinte equatro) horas desse atendimento, pelo meio mais rápido disponível. Parágrafo único. A autoridade de saúde que receber a notificaçãocompulsória imediata deverá informa-la, em até 24 (vinte equatro) horas desse recebimento, às demais esferas de gestão do SUS,o conhecimento de qualquer uma das doenças ou agravos constantesno anexo. Art. 5º A notificação compulsória semanal será feita à Secretariade Saúde do Município do local de atendimento do pacientecom suspeita ou confirmação de doença ou agravo de notificaçãocompulsória. Parágrafo único. No Distrito Federal, a notificação será feitaà Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Art. 6º A notificação compulsória, independente da formacomo realizada, também será registrada em sistema de informação emsaúde e seguirá o fluxo de compartilhamento entre as esferas degestão do SUS estabelecido pela SVS/MS. Bons estudos.