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Gabarito_Geografia_Módulo14_8ano

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Neste módulo tratamos da história da África e da interferência europeia na organização produ-
tiva, social e política do continente, que contribuiu para a atual situação de subdesenvolvimento 
africana.
PARA CONCLUIR
1 Comente as dificuldades enfrentadas pelos europeus 
na colonização do continente africano. 
As maiores dificuldades eram a resistência dos povos nativos africanos
e as dificuldades naturais para a interiorização europeia. Além
disso, as riquezas do interior do continente chegavam às mãos dos 
europeus por meio dos próprios africanos, o que contribuía para o 
menor interesse europeu em vencer as dificuldades naturais 
impostas.
2 O que se entende por missão civilizatória?
Em uma visão etnocêntrica, os colonizadores consideravam que 
os povos africanos eram inferiores. Assim, a missão civilizatória 
consistia em levar conhecimentos científicos, religiosos e 
culturais para esses povos, de modo a civilizá-los e desenvolvê-los. 
É importante que o aluno compreenda que esse era um ponto de 
vista eurocentrista.
3 Por que dizemos que o imperialismo europeu criou 
fronteiras artificiais na África?
Porque a divisão realizada pelos europeus não levou em consideração 
os aspectos populacionais e culturais do continente. 
4 O imperialismo provocou inúmeras consequências para 
o continente africano. Identifique a mudança ocorrida 
na estrutura econômica da maioria dos países africanos. 
O estabelecimento de grandes propriedades monocultoras voltadas 
ao abastecimento das metrópoles e de atividades mineradoras foi 
responsável, muitas vezes, por expropriar terras de tribos que viviam
tradicionalmente da agricultura de subsistência e do pastoreio ou da
caça e da coleta.
PRATICANDO O APRENDIZADO
5 Pode-se dizer que a qualidade de vida dos povos africa-
nos melhorou depois da imposição de modelos de vida 
europeus durante o imperialismo?
Não, pois, na maior parte dos casos, os povos africanos se viram 
destituídos de suas terras, com sua organização social arruinada e 
explorados pelos colonizadores europeus, situação que persiste 
mesmo após a independência política de tais países.
6 Indique a contribuição da Guerra Fria na intensificação 
dos conflitos no período de descolonização africana.
Em muitos casos, as lutas por independência ganharam apoio 
com a disputa geopolítica entre as superpotências ascendentes – 
Estados Unidos e União Soviética. Interessadas em novas áreas de
influência, as duas superpotências apoiaram os processos de
 independência, a fim de alcançar seus objetivos. 
7 Qual é a posição ocupada pela maior parte dos países 
africanos na Divisão Internacional do Trabalho atual-
mente?
A maioria dos países africanos são tidos como exportadores de 
matéria-prima. 
8 Explique a frase “Para os países africanos, a indepen-
dência política não significou a independência econô-
mica”.
Com estruturas produtivas defasadas e voltadas para a produção
agromineral, os países que se tornaram politicamente independentes 
continuaram tecnológica e economicamente dependentes. 
Isso porque importam produtos de maior valor agregado e sua 
industrialização, mesmo escassa, está atrelada às transnacionais. 
de uma multinacional. O documentário apresenta também ações jurídicas e políticas que podem ser 
encaminhadas para combater tal exploração.
Debata os desdobramentos do que você viu no documentário. Reflita se aquilo que ocorre na-
queles países pode ter relação com a ação de empresas que exploram recursos naturais em outros 
países periféricos, incluindo o Brasil.
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1 Relacione a Revolução Industrial com o neocolonialismo 
praticado na África.
Com o crescimento econômico europeu, aumentou a necessidade
de buscar novas fontes de matéria-prima e novos mercados 
consumidores. As independências americanas, ao mesmo tempo
que levaram à criação de novos mercados, dificultaram a 
continuidade da expropriação das riquezas.
2 Apesar da independência política alcançada, muitos 
países africanos permanecem economicamente de-
pendentes de suas antigas metrópoles ou de outras 
potências, como os Estados Unidos. Com suas palavras, 
explique a dependência econômica dos países africanos 
na economia global. 
Muitos países africanos têm sua riqueza explorada por empresas 
transnacionais, portanto não ficam com a maior parte do lucro 
gerado. Além disso, são dependentes da importação de bens 
tecnológicos e estão em frágil posição na Divisão Internacional do 
Trabalho, como exportadores de matérias-primas. 
3 A partilha da África pelos colonizadores europeus cons-
tituiu numa divisão territorial. Do ponto de vista dos 
povos africanos, ocorreu a junção de centenas de povos 
em territórios dominados por cerca de meia dúzia de 
nações hegemônicas. Explique a afirmação anterior.
Ao pensarmos que no continente habitavam centenas de 
povos diferentes, organizados em clãs, tribos e reinos, parece 
mais adequado falar em unificação. Em algumas das colônias 
estabelecidas (com os novos limites traçados) juntaram-se, em 
um mesmo território, mais de uma dezena desses grupos, alguns 
inimigos antigos. 
Sobre as estratégias de dominação imperialista usadas 
por países europeus no continente africano, responda 
às questões 4 a 6 a seguir.
4 Júlio César, em sua obra De Bello Gallico (escrita por 
volta de 50 a.C.), foi um dos primeiros estrategistas mili-
tares a escrever Divide et vinces, cuja tradução é “dividir 
para conquistar”. Antes dele, Sun Tzu (544 a.C. -496 a.C.) 
já considerava a mesma estratégia, além de Alexandre 
Magno e Maquiavel. 
Comente como essa estratégia foi utilizada pelos euro-
peus durante o imperialismo na África. 
Aproveitando-se da rivalidade étnica local, os europeus 
escolhiam um lado para apoiar e forneciam meios para que esse lado 
confrontasse o grupo rival. Desse modo, os europeus dominavam a 
população inteira com mais facilidade.
5 Quais foram as consequências do uso dessa estratégia 
para o povo africano?
A tática de “dividir para conquistar” intensificou os conflitos já 
existentes e criou novas rivalidades, impactando violentamente o 
continente até os dias atuais.
6 Cite um exemplo do uso do “dividir para conquistar”.
Um dos melhores exemplos do uso dessa tática foi o que ocorreu
em Ruanda, com os tutsis e os hutus. Escolhido como o grupo a ser
apoiado, os tutsis foram considerados mais nobres enquanto
os hutus foram subjugados e marginalizados. Mesmo após a 
independência os tutsis se mantiveram no poder. Em 1994, os anos
de tensão eclodiram em um conflito sangrento que matou mais de
1 milhão de pessoas.
7 Relacione a Segunda Guerra Mundial com o sucesso dos 
movimentos de independência do continente africano.
Após a Segunda Guerra Mundial, as potências europeias 
encontravam-se econômica, política e militarmente enfraquecidas.
Aproveitando-se disso, os movimentos de luta por independência
das colônias, que haviam sido fortemente reprimidos ao longo do
período imperialista, ressurgiram.
APLICANDO O CONHECIMENTO
Veja, no Manual do Professor, o gabarito comentado das questões sinalizadas com asterisco.
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1 A conquista da independência em relação a Portugal 
não garantiu a autonomia política e econômica das 
ex-colônias africanas. Em Angola, por exemplo, novos 
confrontos surgiram em decorrência do apoio das su-
perpotências do mundo bipolar a grupos políticos rivais.
Marque a alternativa que indica corretamente o nome 
de um dos grupos angolanos rivais e a superpotência 
que lhe dava sustentação política e militar.
a) UNITA – União Soviética. 
b) MPLA – União Soviética.
c) UNITA – Bélgica.
d) MPLA – Estados Unidos. 
e) UNITA – Cuba. 
2 Observe a imagem a seguir.
Album/Fotoarena
Entre as razões históricas que explicam os conflitos 
ocorridosno continente africano, está(ão):
a) a chegada dos árabes em busca de escravos, que de-
sorganizou as estruturas produtivas do continente.
b) a organização social tribal, característica de povos 
de baixo desenvolvimento técnico e culturalmente 
inferiores. 
c) os processos de independência, que não foram ca-
pazes de conter o avanço dos conflitos. 
d) o imperialismo, que unificou antigos povos inimigos 
em um mesmo território e com frequência estimu-
lou a rivalidade entre eles. 
e) a escassez de recursos, que condiciona piores con-
dições de vida, intensificando conflitos. 
4 Faça a leitura do trecho da canção a seguir.
 War
 Compositores: Allan Cole e Carlton Barret.
 Until the philosophy which hold one race
 Superior and another inferior
Is finally and permanently
Discredited and abandoned
Everywhere is war, me say war
 [...]
 And until that day, the African continent
 Will not know peace, we Africans will fight
 We find it necessary and we know we shall win
As we are confident in the victory
 Of good over evil
Good over evil, yeah! 
Tradução
Guerra
Até que a filosofia que sustenta uma raça superior e 
outra inferior 
Seja finalmente e permanentemente desacreditada e 
abandonada, 
Haverá guerra, eu digo, guerra
[...]
Até esse dia, o continente africano não conhecerá a 
paz
Nós, africanos, lutaremos, se necessário
DESENVOLVENDO HABILIDADES
 A imagem faz referência a:
a) Conferência de Bandung.
b) Congresso de Viena.
c) Conferência de Berlim.
d) Divisão do continente americano.
e) Darwinismo social.
3 Os conflitos armados entre grupos sociais e povos afri-
canos se tornaram mais brutais nos últimos cinquenta 
anos. Se muitos desses conflitos foram causados por 
motivos étnicos e antigos conflitos regionais, a eficácia 
das armas adquiridas por grupos rivais os torna cada 
vez mais letais.
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E sabemos que vamos vencer, 
Pois estamos confiantes na vitória 
Do bem sobre o mal, 
Do bem sobre o mal, é... 
War. Intérprete: Bob Marley. In: Rastaman Vibration, 1976.
War foi composta a partir do discurso de Hailé Selassié 
(1892-1975), imperador da Etiópia, durante a Liga das 
Nações em 1936. 
O trecho destacado na música está associado: 
a) à superioridade africana sobre as demais raças
humanas.
b) à necessidade de mais territórios para os povos afri-
canos.
c) ao imperialismo, que manteve a organização social 
africana fragmentada e subordinada mesmo após a 
independência política de diversos países. 
d) à superioridade racial dos colonizadores europeus 
em relação aos povos africanos. 
e) aos conflitos provocados pela crença na superiorida-
de de alguns grupos sociais sobre outros, com base 
em critérios culturais, políticos ou econômicos.
Sudão e Sudão do Sul: fragmentação política
Em janeiro de 2011, após décadas de conflitos, ocorreu a fragmentação territorial do Sudão. O Sudão do Sul 
tornou-se independente, tendo sido definida a cidade de Juba como capital do novo país. Assim como Cartum, 
capital do Sudão, a cidade mais importante do recém-criado país também se situa às margens do rio Nilo.
Pode-se pensar a princípio que a separação dos dois países foi resultado natural da busca por autonomia de 
dois povos muito diferentes, unidos arbitrariamente durante séculos de imperialismo egípcio e britânico: no nor-
te, área desértica, a maioria é muçulmana e no sul, 
tropical semiúmido, predominam grupos africanos 
de religiões animistas e cristãos. Desde a indepen-
dência total do Sudão, em 1956, estabeleceu-se 
um governo muçulmano, que impunha suas regras 
de conduta e idioma ao restante da população 
não muçulmana. As disputas entre esses grandes
grupos (e outros grupos guerrilheiros minoritá-
rios) levaram a conflitos violentos que, associados 
a problemas econômicos e naturais (secas pro-
longadas), deixaram milhões de mortos. O agra-
vamento dos confrontos chegou ao pior nível no 
início do século XXI, tendo sido considerado um 
genocídio pelo governo dos Estados Unidos em 
2004. As pressões internacionais se intensificaram 
a partir de então e, em 2011, após um plebiscito, 
o Sudão do Sul tornou-se independente.
I. Vista de Cartum, capital do Sudão,
às margens do rio Nilo. Foto de 2015.
II. Vista aérea de Juba, capital do Sudão do 
Sul, às margens do rio Nilo. Foto de 2017. 
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GOTAS DE SABER
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