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MUNDO CONTEMPORANEO

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CEDERJ - CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA DO 
ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
 
Curso: Licenciatura em Geografia 
Disciplina: Mundo Contemporâneo II 
Gustavo Bezerra De Brito Tutor a Distância 
Aluna: Kátia Alves Leite mat.: 19112140145 
 
AD1 
 
Ailton Krenak, um dos mais expressivos pensadores indígenas da atualidade 
escreveu um livro chamado “Ideias para adiar o fim do mundo”, que tem como foco a 
discussão sobre a capacidade da humanidade de autodestruição, em vista da 
exaustão pela exploração excessiva da natureza. Neste livro, o líder indígena critica 
a ideia de humanidade como algo separado da natureza, uma "humanidade que não 
reconhece que aquele rio que está em coma é também o nosso avô", estaria na 
origem do desastre socioambiental de nossa era, o chamado antropoceno. Para o 
autor, a ideia de humanidade foi, e continua sendo, um pretexto utilizado para a 
justificativa do uso da violência em diversos momentos históricos. A principal 
justificativa do processo civilizatório seria trazer luz à “humanidade obscurecida”, por 
meio do encontro e trocas com a “humanidade esclarecida”, civilizada. 
Para o autor, o “fim do mundo” não é uma preocupação exclusiva do Antropoceno, 
nem da dita ‘sociedade civilizada'. Existem diversos “fins do mundo” possíveis, para 
muitos dos povos que sofreram o processo civilizatório, e cujos mundos subitamente 
desapareceram, o “fim do mundo” foi encontrado séculos atrás; sinais de “fim do 
mundo” podem ser visualizados na Guerra Fria, na segregação do ser humano; ou 
simplesmente, na “breve interrupção de um estado de prazer extasiante que a gente 
não quer perder”. 
A capacidade de adiar o “fim do mundo” estaria, enfim, ligada à resiliência, à qualidade 
de não desistir. Tal característica espelha a luta dos nossos povos originários que 
resistem e insistem em adiar o fim de seu mundo, da sua cultura e da sua organização 
social. Segundo o autor Ailton Krenak a única forma de adiar o fim do mundo é 
contando uma nova história e reafirmando a nossa singularidade, ancestralidade e 
nossas raízes. Assim, verifica-se que o caminho é reafirmar e reivindicar a nossa 
subjetividade reconhecendo que somos diferentes e festejando as diferenças. 
Opinar sobre o fim do mundo é uma oportunidade de expressar nossas ideias, nossos 
sonhos e esperanças, se fizéssemos uma pesquisa hoje, teríamos inúmeras ideias 
de como melhorar o mundo em que vivemos, porém isso parece hipocrisia, porque 
somos nós mesmos, com nosso consumo exorbitado e nosso egoísmo que estamos 
destruindo o mundo. Hoje com a tecnologia, o medo de sair da segurança de seus 
apartamentos nos mostram lá “fora” não é legal então pra que cuidar. Por isso o autor 
defende as raízes, as culturas, porque são nossos ancestrais que sempre abriram 
nossos olhos, são eles com suas histórias que nos deixaram curiosos em conhecer 
esse mundo maravilhoso e assim quere preserva-lo. E com isso eu dou um “viva” para 
nossos avôs e avós eles são a esperança de que o mundo não acabe. Contem para 
nós o que estamos perdendo confinados em quatro paredes, o mundo é muito mais 
do que tecnologia, o mundo é vida, e sabedoria é saúde.

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