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Importância das baratas e seu controle no meio urbano Com a expansão do meio urbano, espécies animais exclusivamente silvestres tiveram que se adaptar a esse meio para sobreviver, entre essas estão as baratas. No Brasil existem em média 644 espécies de baratas identificadas, sendo que 20 delas se encontram particularmente no meio urbano. Esses insetos têm uma função muito importante no ecossistema de reciclar matéria orgânica, além de fazerem parte da cadeia alimentar de outros animais como escorpiões, lacraias, lagartixas e aranhas. As baratas são onívoras (tendo preferência por doces, alimentos ricos em gordura e de origem animal, dependendo da espécie) e tendem a habitar lugares com abundância de matéria orgânica (como esgotos e lixões). Têm comportamento noturno (fototropismo negativo), portanto possuem olhos simples (ocelos) exclusivamente capazes de distinguir variações na intensidade da luz. Como instinto protetor, possuem cercos abdominais com percepção de movimentos do ar (propiciando um comportamento de fuga) e deslocam-se para superfícies de maior contato quando se sentem em risco (tigmotropismo positivo), além de poderem simular um comportamento mórbido (tanatose) a fim de afastar um possível predador. Os animais da ordem Blattodea são hemimetábolos (se desenvolvem ao longo da vida com pouca diferenciação física entre a ninfa e o adulto) e sofrem em média 11 ecdises (troca de exoesqueleto quitinoso). Vivem tempo referente a um ciclo de gestação (ovipõem até 50 ovos por espermateca) e normalmente não possuem cuidado parental. Apesar de terem sua importância, são consideradas pragas urbanas assim que colonizam o ambiente e começam a causar danos ao ser humano, sejam eles físicos (como a vetorização mecânica de patógenos, contaminação de alimentos e reações alérgicas devido ao contato com excrementos ou exúvias) ou psicológicos (catsaridafobia – medo de baratas), além de atraírem predadores naturais mais nocivos (vide 2° parágrafo). A ação primordial para o controle de insetos da subordem Blattaria é a observação do comportamento da espécie que está colonizando o ambiente em questão. As espécies mais comuns são a Blatella germanica (de pequeno porte, mais encontrada em armários, sem hábito de vôo) – que pode ser controlada por meio de iscas com mel ou açúcar e fipronil (inseticida de ação neurotóxica) ou IRG (inseticidas reguladores de crescimento) – e a Periplaneta americana (conhecida como barata vermelha por ter uma coloração mais avermelhada, possui hábito de vôo e costuma habitar esgotos) – que pode ser controlada com a pulverização de inseticidas piretróides (deltametrina). Como ações de controle alternativo pode-se fazer uma isca de bicarbonato de sódio com açúcar (medida de 1:1) que vai ter ação física no sistema digestório da barata e aspergir hipoclorito nos ralos do local infestado para que os insetos sejam repelidos. Essas ações exigem maior frequência de manutenção até que se note diminuição da espécie no ambiente. Bibliografia Consultada: • Material referente à aula 3 (baratas) da matéria Controle de Insetos Urbanos.
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