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1 O relevo japonês é altamente montanhoso, com poucas planícies, e caracterizado por três grandes formas. Cite e explique quais são elas. O relevo japonês tem três grandes formas de relevo: escudos cristalinos (mais baixos e com grande riqueza mineral), dobramentos modernos (predominantes no país, formados em áreas de choque de placas tectônicas) e bacias sedimentares (nas quais se formam os combustíveis fósseis). 2 As correntes marítimas são grandes massas de água dis- tintas que se deslocam pelos continentes. O Japão tem duas correntes marítimas circulando em seu território. Quais são elas? São as correntes Kuroshivo (quente) e Oyashivo (fria). 3 Explique de que maneira a presença dessas corren- tes marítimas no litoral japonês favorece a atividade pesqueira. O encontro entre as duas correntes ameniza as temperaturas da água, atraindo grandes cardumes e favorecendo a pesca. 4 O Japão tem limitações naturais para a produção agrí- cola em seu território, mas ainda assim consegue obter grandes índices de produção. Quais são essas limita- ções? Cite alternativas encontradas pelo país para au- mentar a produção agrícola. Como limitações, podem ser mencionados: o relevo montanhoso, o território restrito, o clima frio e o congelamento de rios. Por isso, o governo japonês decidiu investir em plantações em pequenas propriedades e na técnica do terraceamento, que permite o cultivo em terrenos inclinados, já que o país é montanhoso, e previne a erosão. 5 Após a Segunda Guerra Mundial, o Japão passou por grandes transformações econômicas, a ponto de al- guns estudiosos chamarem esse momento de “milagre japonês”. Explique em que consiste tal termo e suas consequências para a economia japonesa. O “milagre japonês” se refere ao período de grande crescimento econômico do Japão, fazendo com que o país ocupasse a segunda posição da economia mundial na década de 1970. 6 Leia a matéria a seguir. Fenômeno da deflação prejudica a econo- mia do Japão [...] A deflação começou no início da década de 90, de- pois do estouro da bolha imobiliária japonesa que abalou a economia do país. Tóquio ainda é uma das cidades mais caras do mundo em dólar por causa da supervalorização da moeda japonesa, mas os preços – em ienes – vêm cain- do há 20 anos. Essa queda é lenta, quase imperceptível, e parece boa para os consumidores. É uma ilusão. KOVALICK, Roberto. Fenômeno da deflação prejudica a economia do Japão. G1, 15 fev. 2011. Disponível em: <http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2011/02/fenomeno- da-deflacao-prejudica-economia-do-japao.html>. Acesso em: 16 jan. 2018. A deflação traz consequências negativas para a econo- mia, uma vez que demonstra a estagnação do crescimen- to. No caso do Japão, esse fenômeno tem justificativas históricas. Cite dois fatores que causaram essa queda. A alta poupança interna dos japoneses e o alto custo dos produtos do país, sobretudo os eletroeletrônicos. PRATICANDO O APRENDIZADO 221 G E O G R A F IA » M Ó D U L O 1 8 PH9_EF2_C3_GEO_CA_212a225_M18.indd 221 23/04/18 10:41 AM 7 Observe a imagem. APLICANDO O CONHECIMENTO Essa imagem de satélite mostra o atual território japo- nês. No país há grande variedade de climas, e a latitude é um fator importante para esse aspecto. Explique de que modo a latitude influencia a variação do clima no território japonês. A latitude contribui para a formação de climas mais frios no norte do país e mais amenos ao sul. 8 Veja a foto a seguir. A técnica mostrada na imagem é conhecida como terracea- mento, muito utilizada no continente asiático. Identifique a importância dessa técnica para a agricultura japonesa. Essa técnica permite ao Japão cultivar em terras mais elevadas, como encostas, além de diminuir o processo de erosão. 1 Observe a imagem a seguir. A foto retrata a produção em uma fábrica japonesa de automóveis. Com base em sua observação, caracterize a produção industrial no país, destacando a participação e o papel da tecnologia no processo produtivo. O Japão possui empresas que produzem produtos de alto valor agregado, empregando o toyotismo como sistema produtivo. Nesse sistema, o trabalhador tem alto grau de qualificação e a empresa aplica grandes investimentos em tecnologia, gerando maior automação e robotização industrial. Ip p e i N a o i/ M o m e n t/ G e tt y I m a g e s To s h if u m i K it a m u ra /A g ê n c ia F ra n c e -P re s s e P la n e t O b s e rv e r/ U n iv e rs a l Im a g e s G ro u p /G e tt y I m a g e s 222 G E O G R A F IA » M Ó D U L O 1 8 PH9_EF2_C3_GEO_CA_212a225_M18.indd 222 23/04/18 10:41 AM 2 O Japão está situado em uma zona de encontro de pla- cas tectônicas conhecida como Círculo de Fogo do Pa- cífico. Cite e explique as possíveis consequências dessa localização para o país. O Japão sofre constantes terremotos por estar em uma região de contato de placas tectônicas. Além disso, a estrutura do país é formada por dobramentos modernos como consequência dessa localização. 3 Fale sobre a importância da energia nuclear para o Ja- pão, relacionando-a com as características naturais do seu território. O país apresenta grandes dificuldades naturais para a geração de energia. Com isso, a energia nuclear surge como opção, pois ocupa uma pequena área e gera bastante energia, empregando pouca matéria-prima. 4 Leia a matéria a seguir. Japão volta a atrair dekasseguis Sem perspectiva de trabalho no Brasil, de 15 mil a 20 mil brasileiros deixaram o País em busca de oportunidades no segundo semestre do ano passado [...] Somente no segundo semestre do ano passado, 15 mil a 20 mil brasileiros deixaram o Brasil rumo ao país do sol nascente, conforme estimativa da Associação Bra- sileira de Dekasseguis (Abdnet). Desse montante, pelo menos 10% – ou 1,5 mil pessoas – são da Região Norte do Paraná. [...] Segundo ele, esse movimento de volta ao Brasil permaneceu até 2014, motivado também pelo de- saquecimento da economia japonesa. “Hoje a situação se inverteu. Com a crise na economia brasileira, muitas empresas fecharam, aumentou o desemprego... Por outro lado, a situação econômica do Japão melhorou e o dólar está favorável para quem trabalha no exterior. Isso in- centivou o aumento de dekasseguis”, aponta, destacando que esse movimento começou a ganhar força em 2015. Japão volta a atrair dekasseguis. Folha de Londrina, 18 fev. 2017. Disponível em: <www. folhadelondrina.com.br/reportagem/japao-volta-a-atrair-deka sseguis-970488.html>. Acesso em: 16 jan. 2018. A matéria remete ao fenômeno dos dekasseguis, bra- sileiros descendentes de japoneses que migram para o Japão em busca de melhores condições de vida. Considerando a realidade demográfica do país asiáti- co, explique como a presença desses brasileiros pode ajudar a amenizar os problemas econômicos do en- velhecimento populacional japonês. Esses trabalhadores, mais jovens, podem ajudar a aumentar o contingente de população economicamente ativa (PEA) do país, levando ao crescimento do consumo e da economia japonesa. 5 O território japonês é escasso em recursos naturais, o que acaba contribuindo para a importação de grande quantidade desses produtos. Um fator sempre desta- cado para tal situação é a realidade de sua estrutura geológica, que reforça essa situação. Cite a estrutu- ra geológica encontrada no Japão. Predominam os dobramentos modernos. 6 Observe a foto. Explique a importância da revolução Meiji para a indus- trialização japonesa. A Era Meiji representou grandes modernizações em território japonês. Além de acabar com o sistema feudal, o país investiu maciçamente na produção industrial, modernizando-a com bens tangíveis de alto valor agregado. B ri d g e m a n I m a g e s /E a s y p ix B ra s il 223 G E O G R A F IA » M Ó D U L O 1 8 PH9_EF2_C3_GEO_CA_212a225_M18.indd 22323/04/18 10:41 AM 8 Analise o gráfico para responder à questão. ESTADOS UNIDOS 246,2 População urbana em milhões 81% MÉXICO 84,3 77% COLÔMBIA 34,3 73% BRASIL 162,6 85% ARGENTINA 35,6 90% UCRÂNIA 30,9 68% RÚSSIA 103,6 73% CHINA 559,2 População urbana em milhões 42% TURQUIA 51,1 68% ÍNDIA 329,3 29% BANGLADESH 38,2 26% FILIPINAS 55,0 64% INDONÉSIA 114,1 50% COREIA DO SUL 39,0 81% JAPÃO 84,7 66% EGITO 33,1 43% ÁFRICA DO SUL 28,6 60% CANADÁ 26,3 VENEZUELA 26,0 POLÔNIA 23,9 TAILÂNDIA 21,5 AUSTRÁLIA 18,3 PAÍSES BAIXOS 13,3 PERU 21,0 ARÁBIA SAUDITA 20,9 IRAQUE 20,3 VIETNÃ 23,3 REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO 20,2 ARGÉLIA 22,0MARROCOS 19,4 MALÁSIA 18,1 MIANMAR 16,5 SUDÃO 16,3 CHILE 14,6 COREIA DO NORTE 14,1 ETIÓPIA 13,0 USBEQUISTÃO 10,1 TANZÂNIA 9,9 ROMÊNIA 11,6 GANA 11,3 SÍRIA 10,2 BÉLGICA 10,2 80% 94% 62% 33% 89% 81% 73% 81% 67% 27% 33% 65% 60% 69% 32% 43% 88% 62% 16% 37% 25% 54% 49% 51% 97% Nigéria 68,6 50% REINO UNIDO 54,0 90% FRANÇA 46,9 77% ESPANHA 33,6 77% ITÁLIA 39,6 68% ALEMANHA 62,0 75% Irã 48,4 68% Paquistão 59,3 36% CAMARÕES 9,5 EQUADOR 8,7 COSTA DO MARFIM CUBA 8,5 8,6 7,6 Porto Rico (EUA) EL SALVADOR REPÚBLICA DOMINICANA HAITI HONDURAS GUATEMALA NICARÁGUA COSTA RICA PANAMÁ JAMAICA ANGOLA 9,3 TUNÍSIA CINGAPURA NEPAL NOVA ZELÂNDIA SRI LANKA CAMBOJA TURCOMENISTÃO QUIRGUISTÃO AFEGANISTÃO 7,8 TAJIQUISTÃO CASAQUISTÃO 8,6 Hong Kong MONGÓLIA LAOS PAPUA-NOVA GUINÉ TIMOR-LESTE BUTÃO AZERBAIJÃO GEÓRGIA ARMÊNIA HUNGRIA ESLOVÁQUIA REPÚBLICA TCHECA 7,4 MOLDÁVIA GRÉCIA SÉRVIA PORTUGAL SUÍÇA ÁUSTRIA BULGÁRIA LÍBIA SENEGAL ZIMBÁBUE DINAMARCA MALI ZÂMBIA UGANDA QUÊNIA BENIN NORUEGA GUINÉ MAURITÂNIA LÍBANO SOMÁLIA ISRAEL IÊMEN JORDÂNIA EMIRADOS ÁRABES UNIDOS KUWAIT OMÃ PALESTINA TOGO CHADE BURKINA FASSO CROÁCIA CONGO NÍGER SERRA LEOA MALAUÍ MOÇAMBIQUE MADAGASCAR MAURÍCIO BELARUSIRLANDA LITUÂNIA LIBÉRIA RUANDA BOLÍVIA PARAGUAI URUGUAI BÓSNIA- -HERZEGOVINA RCA LETÔNIA ALBÂNIA MACEDÔNIA GABÃO BOTSUANA ESLOVÊNIA ERITREIA ESTÔNIAFINLÂNDIASUÉCIA 7,6 GÂMBIA BURUNDI NAMÍBIA GUINÉ-BISSAU LESOTO SUAZILÂNDIA Trinidad e Tobago Tóquio 33,4 Osaka 16,6 Seul 23,2 Manila 15,4 Jacarta 14,9 Dacca 13,8 Mumbai 21,3 Délhi 21,1 Calcutá 15,5 Karachi 14,8 Xangai 17,3 Guangzhou 14,5 Beijing 12,7 Moscou 13,4 Teerã 12,1 Cairo 15,9 Istambul 11,7 Londres 12,0 Lagos 10,0Cidade do México 22,1 Nova York 21,8 São Paulo 20,4 Los Angeles 17,9 Rio de Janeiro 12,2 Buenos Aires 13,5 Crescimento urbano (2005-2010) África Ásia Oceania Europa 0,1% Leste Europeu -0,4% Estados árabes América Latina e Caribe América Anglo-Saxônica 3,2% 2,4% 1,3% 2,8% 1,7% 1,3% 75% ou mais Entre 50% e 74% Entre 25% e 49% Entre 0% e 24% Cidades com mais de 10 milhões de pessoas População urbana Melanésia O fenômeno da urbanização pode ser observado em diferentes escalas em nível mundial, como demonstra a anamorfose acima. Caracterize a realidade japonesa quanto à urbanização. O Japão tem grandes índices de urbanização, que podem ser explicados pela elevada população absoluta e pelo pequeno território, o que contribuiu para concentrar pessoas nas cidades. 7 Veja esta imagem gerada por satélite. A imagem mostra a área ocupada pela megalópole de Tokaido, considerada uma das maiores do planeta. De que maneira podemos relacionar a existência dessa megalópole com o desenvolvimento urbano japonês? Megalópoles são comuns em áreas de elevado desenvolvimento econômico. As cidades japonesas têm altos índices de desenvolvimento e boa infraestrutura, o que contribui para a formação dessa megalópole. Fonte: UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas). Disponível em: <http://image.guardian.co.uk/sys-files/Guardian/ documents/2007/06/27/URBAN_WORLD_2806.pdf>. Acesso em: 6 mar. 2018. M o d is /N a s a B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra 224 G E O G R A F IA » M Ó D U L O 1 8 PH9_EF2_C3_GEO_CA_212a225_M18.indd 224 23/04/18 10:41 AM 1 Durante a revolução ou Era Meiji, o Japão passou por profundas mudanças para se tornar uma potência mundial. Entre as inúmeras modificações estava a formação dos chamados zaibatsus, conhecidos como: a) grupos de proprietários agrícolas que lideraram a reforma agrária no território japonês. b) agências de energia do país, responsáveis por fomen- tar a política de investimento em energia nuclear. c) grandes conglomerados financeiros e industriais japoneses. d) grandes grupos políticos que lideraram o país a partir da revolução Meiji. e) associação entre indústria e agricultura para promo- ver o aumento da produtividade agrícola do país. 2 Uma das maiores mudanças empresariais ocorridas no Japão foi a formação de keiretsus, que podem ser caracterizados como: a) holdings que passaram a administrar diversas em- presas do país. b) monopólios industriais derivados dos zaibatsus. c) conglomerados industriais no setor automobilístico. d) empresas de alta tecnologia localizadas no litoral japonês. e) indústrias de bens de consumo não duráveis que se tornaram transnacionais. 3 O período subsequente à Segunda Guerra Mundial fez surgir um novo contexto geopolítico conhecido como Guerra Fria. O Plano Colombo estava alinhado a esse contexto histórico, já que: DESENVOLVENDO HABILIDADES Veja, no Manual do Professor, o gabarito comentado das quest›es sinalizadas com asterisco. a) consolidava a participação da URSS em território japonês, acordo que foi mantido até 1991, no mo- mento da dissolução da superpotência mundial. b) demonstrava a estratégia estadunidense de am- pliação de sua influência na Ásia, com o objetivo de formar um cordão de isolamento da URSS. c) formava um grande mercado capitalista na Ásia, tomando como base o território japonês. d) criava novas áreas militares na Ásia, visando con- ter o avanço da China, governada por Mao Tsé- -tung. e) continha a URSS na Ásia, contribuindo para a sua dissolução alguns anos depois. 4 O Japão demonstra grande contingente populacio- nal com idade elevada, como você pode ver na pi- râmide etária da página 219. Essa configuração gera consequências sociais, políticas e econômicas. Um aspecto positivo e outro negativo da realidade atual da pirâmide etária japonesa podem ser assinalados na alternativa: a) Elevada População Economicamente Ativa (PEA) – Alta taxa de fecundidade. b) Grande desenvolvimento socioeconômico – Ele- vados custos educacionais. c) Excelente sistema de saúde – Altos custos previ- denciários. d) Elevados índices de educação – Acesso restrito ao sistema de saúde. e) Baixo número de mortes – Elevado número de analfabetos. ANOTAÇÕES 225 G E O G R A F IA » M Ó D U L O 1 8 PH9_EF2_C3_GEO_CA_212a225_M18.indd 225 23/04/18 10:41 AM
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