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CRÉDITO TRIBUTÁRIO

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CRÉDITO TRIBUTÁRIO
ACADÊMICO: João Vitor dos Santos da Silva
RGA: 2020.0795.011-9
CURSO: Ciências Contábeis
CONCEITO
Designa-se "Crédito Tributário" a prestação em moeda ou outro valor que nela se possa exprimir, que o sujeito ativo da obrigação tributária (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) tem o direito de exigir do sujeito passivo direto ou indireto (contribuinte, responsável ou terceiro). 
Dispõe o artigo 139 do nosso Código Tributário Nacional que o crédito tributário decorre da obrigação principal (pagamento do tributo ou da penalidade pecuniária) e tem a mesma natureza desta.
O crédito tributário é a própria obrigação tributária já lançada, titulada, individualizada é o reflexo desta. 
CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
A constituição do crédito tributário vem prevista nos artigos 142 e seguintes do Código Tributário Nacional. Segundo o artigo 142 deste diploma, é de competência privativa da autoridade administrativa constituir o crédito tributário através do lançamento.
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Dessa forma, é através do lançamento que a autoridade administrativa constitui o crédito tributário. Em síntese, podemos afirmar que lançamento é um procedimento administrativo, o qual tem por desiderato observar a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária, determinar a matéria tributável, calcular o quantum de tributo devido, apontar o sujeito passivo e, eventualmente, cominar a penalidade aplicável. Assim, o lançamento constitui o crédito tributário.
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Extinção significa que deixará de existir, a extinção acarreta a inexistência. Há previsão, não taxativas, no Código Tributário Nacional, das formas de extinção do crédito tributário, artigo 156, qual só a lei poderia prever, porém “há no direito privado causas extintivas que, embora não previstas no Código Tributário Nacional, aplicam-se em matéria tributária” (Machado, 2015, pág. 203).
Havendo irregularidade de constituição do crédito tributário, há permissão pelo CTN, artigo 144 e 149, que a lei ordinária disponha sobre os efeitos de sua extinção, conforme artigo 156 do CTN em seu parágrafo único.
As principais causas extintivas encontram-se enumeradas no art. 156 do CTN:
Pagamento; 
Compensação;
Transação; 
Remissão; 
Prescrição e decadência; 
A conversão de depósito em renda; 
O pagamento antecipado e a homologação do lançamento, nos termos do disposto no art. 150 e seus §§ 1.º e 4.º; 
A consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2.º do art. 164; 
 A decisão administrativa irreformável, assim entendida a defendida na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; 
A decisão judicial passada em julgado; 
A dação em pagamento de bens imóveis, na forma e condições estabelecidas na lei. 
PAGAMENTO
Pagamento é o cumprimento do objeto da prestação tributária. É um fenômeno jurídico e não só tributário. Pode ser considerado quanto: ao tempo (apontado genericamente na lei e especificamente no ato administrativo de lançamento. Se o pagamento do tributo for feito em prestações, o inadimplemento de qualquer uma delas acarretará o vencimento antecipado das demais), ao lugar (o domicílio ou sede do contribuinte), ao modo [os tributos são pagos em moeda ou equivalente (cheque, títulos da dívida pública resgatáveis, selo ou papel selado ou estampilha)]. Quando pago em cheque, dá-se ao contribuinte uma quitação provisória, que se tornará definitiva após a devida compensação.
COMPENSAÇÃO
A compensação corresponde ao encontro de contas do Fisco e do contribuinte, sempre que forem credor e devedor um do outro. Existem duas grandes modalidades de compensação em matéria civil: a legal e a consensual. Em matéria tributária, entretanto, somente é admitida a compensação legal. Para que a compensação ocorra, é necessária a presença de três requisitos:
1. As partes devem ser as mesmas (mesma Fazenda Pública, federal, estadual ou municipal, e mesmo contribuinte). O contribuinte não pode utilizar um crédito federal, por exemplo, para compensar um crédito estadual.
2. Os créditos já devem estar liquidados, ou seja, é necessário que se saiba exatamente quanto há de ser pago.
3. A existência de uma lei autorizando a medida: cada pessoa política deve legislar a respeito. A União obedece à Lei n. 8.383/91; o seu art. 66 permite a compensação de tributos federais, indevidos ou recolhidos a maior, com outros da mesma espécie. A Fazenda Pública entende que tributo da mesma espécie significa o mesmo tributo (p. ex.: IR somente poderá ser compensado por IR). A doutrina, entretanto, entende que tributo pode ser compensado por tributo, taxa por taxa e contribuição de melhoria por contribuição de melhoria. A jurisprudência tem decidido em favor da doutrina.
TRANSAÇÃO
Transação é um acordo celebrado, com base em lei, entre o Fisco e o contribuinte, pelo qual a primitiva obrigação tributária desaparece, dando lugar a uma ou mais novas obrigações tributárias. É causa extintiva da obrigação tributária, muito rara.
Há quem admita que o parcelamento do débito tributário seria uma modalidade de transação; entretanto, outros doutrinadores entendem que o parcelamento é uma modalidade de moratória.
Em resumo, a transação é um acordo celebrado com base em lei entre o Fisco e o contribuinte, pelo qual a primitiva obrigação tributária desaparece, fazendo nascer uma nova (ou várias) obrigação tributária.
REMISSÃO
Remissão é o perdão legal do débito tributário, que pode ser total ou parcial. Somente a lei pode perdoar o débito tributário (lei remissiva), não podendo, a remissão, ser concedida por decretos, portarias ou qualquer outro ato que não seja lei propriamente dita (princípio da legalidade e princípio da indisponibilidade do interesse público). Somente lei específica da pessoa política tributante pode conceder a remissão. (art. 150, § 6.º, da CF/88).
A remissão tanto como a moratória são medidas de política fiscal (moratória é o adiamento da obrigação tributária).
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
Os arts. 173 e 150, § 4.º, ambos do Código Tributário Nacionaal, dispõem sobre a decadência do direito de efetuar o lançamento. O art. 174 do Código Tributário Nacional dispõe sobre a prescrição da ação de cobrança do crédito tributário devidamente constituído pelo lançamento. Antes do lançamento, pode ocorrer a decadência; após o lançamento, pode ocorrer a prescrição. Ambos os institutos importam na extinção do crédito tributário (art. 156, inc. V, do CTN).
Do disposto acima decorre, como conseqüência prática, que o contribuinte que paga o débito prescrito não tem direito à repetição, pois o direito à percepção do tributo persiste; ao contrário, se o contribuinte pagar tributo lançado após o prazo decadencial, ele faz jus à repetição, pois o direito já não mais existia.
CONVERSÃO DO PAGAMENTO EM RENDA
É a hipótese de extinção do crédito tributário, por meio do qual havendo depósito na discussão judicial e posterior improcedência da ação, o montante é convertido em renda em favor da Fazenda Pública, extinguindo-se o crédito tributário.
O PAGAMENTO ANTECIPADO E A HOMOLOGAÇÃO DO LANÇAMENTO
Trata-se de hipótese de lançamento por homologação, pela qual uma vez constituído o crédito tributário e procedido ao pagamento, ter-se-á a extinção do crédito tributário, por meio da posterior homologação.
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
Consiste modalidade de extinção do crédito tributário por meio de depósito judicial, nos casos como:
Recusa de recebimento ou subordinação do recebimento a outra obrigação;
Subordinação do recebimento à exigência administrativa sem fundamento legal; 
Bitributação.
Decisão administrativa irreformável/definitiva que nãomais pode ser objeto de ação anulatória: 
É a decisão proferida no processo  administrativo, que entende pela não existência do fato gerador, anulando o lançamento e por consequência extinguindo-se o crédito tributário.
Decisão judicial passada em julgado
Consiste na decisão judicial irreformável que entende pela extinção do crédito tributário.
Dação em pagamento em bens imóveis: 
É a modalidade de extinção do crédito tributário, por meio da qual a lei permite que seja dado como forma de pagamento do tributo um bem imóvel.
EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Entende-se por exclusão do crédito tributário o impedimento do lançamento do tributo, quebrando a linha do tempo do fenômeno jurídico tributário, evitando, portanto o nascimento do crédito e, consequentemente, a obrigação do pagamento.
Existem duas formas de excluir o crédito tributário, quais sejam a isenção e a anistia, conforme dispositivo previsto no art. 175 do CTN “ Excluem o crédito tributário: I - a isenção; II - a anistia”.
EXCLUSÃO PELA ISENÇÃO
A isenção, conforme (ALEXANDRE, 2014, p. 482) é a “dispensa legal do pagamento do tributo devido”. Este instituto só exclui a exigibilidade do crédito, continuando a existir o tributo, visto que continua a existir o fato gerador que foi alcançado pela hipótese de incidência gerando a obrigação tributária.
Assim, o surgimento da isenção ocorre após o surgimento da obrigação tributária e antes do lançamento do crédito tributário, ou seja, não é lançado o valor devido do tributo a ser pago.
EXCLUSÃO PELA ANISTIA
Pode-se conceituar a anistia como o perdão legal de infrações cometidas anteriormente à vigência da lei, impedindo o lançamento da respectiva penalidade pecuniária.
Existem dois marcos temporais que limitam a possibilidade da concessão da anistia: uma é que o benefício só poder ser concedido após o cometimento da infração e que deve ocorrer antes do lançamento da penalidade pecuniária.
Os incisos do art. 180 do Código Tributário Nacional trazem casos de proibições de anistia, disciplinando o primeiro inciso, a vedação desse instituto por “atos qualificados em lei como crimes ou contravenções penais e aos que, mesmo sem essa qualificação sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele”.
No inciso II, trata do segundo caso de proibição legal, que são “salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas”.
A anistia pode ser concedida em caráter geral ou limitadamente, conforme o art. 181 do CTN:
I - em caráter geral;
II - limitadamente:
a) às infrações da legislação relativa a determinado tributo;
b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado montante, conjugadas ou não com penalidades de outra natureza;
c) a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares;
d) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixação seja atribuída pela mesma lei à autoridade administrativa.
SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
As causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário estão arroladas no art. 151 do CTN. Podem ocorrer mesmo antes do lançamento e, portanto, não pressupõem a existência de crédito tributário no sentido que lhe deu o Código, de entidade que só se constituiria pelo lançamento.
O que suspende, portanto, é o dever de cumprir a obrigação tributária, ou porque o prazo foi prorrogado ou porque um litígio se esteja instaurando sobre a legitimidade da obrigação, e esse litígio seja acompanhado de alguma medida que impede a prática de atos do sujeito ativo no sentido de exigir o cumprimento da obrigação
Como dispõe o artigo 151 do CTN, suspendem a exigibilidade do crédito tributário: 
A moratória, que corresponde a uma dilação de prazo, ou seja, á concessão de um prazo maior para pagamento de uma dívida tributária vencida
O depósito do seu montante integral, o qual refere-se á situação do depósito feito para que se possa discutir, administrativa ou judicialmente, um lançamento feito e notificado ao contribuinte. 
As reclamações e os recursos, desde que feitos nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo. 
A concessão de medida liminar em mandado de segurança, que constitui uma garantia constitucional, suspendendo, até julgamento definitivo do mandado de segurança, o direito da Fazenda Pública exigir o crédito tributário. 
A concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial. 
O parcelamento
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CORRÊA DE SOUZA, Daniel Barbosa Lima Faria. Crédito Tributário: definição e características. Boletim Jurídico, Uberaba/MG, a. 10, nº 530. Disponível em < https://www.boletimjuridico.com.br/artigos/direito-tributario/1979/credito-tributario-definicao-caracteristicas. > Acesso em 29 nov. 2020
BARROZO, Jamisson Mendonça. Extinção do crédito tributário. Disponível em < https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/5800/Extincao-do-credito-tributario >
ARAUJO, Marcia Gleide Cavalcante. Formas de exclusão de crédito tributário. Disponível em < https://jus.com.br/artigos/33875/formas-de-exclusao-de-credito-tributario#:~:text=Entende-se%20por%20exclusão%20do,consequentemente%2C%20a%20obrigação%20do%20pagamento.&text=175%20do%20CTN%20“%20Excluem%20o,%3B%20II%20-%20a%20anistia >
AMARAL, Igor Rosado. A suspensão da exigibilidade do crédito tributário pelo depósito do seu montante integral. Disponível em < https://jus.com.br/artigos/38965/a-suspensao-da-exigibilidade-do-credito-tributario-pelo-deposito-do-seu-montante-integral >

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