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Física 2 Experimental – 02/2021 –Turma 12A Experimento 3 – Giroscópio 02/2021 Participantes: GRUPO 9 Gian Lucas Teixeira Lima 180032356 Larizza Marianne Frota Feitosa 180076639 Sheila de Lima Araújo 190098406 Vinicius Cardoso Rodrigues 202066974 1. INTRODUÇÃO O giroscópio tem movimento quase que livre, em todas as direções e eixos de rotação. Quando está em equilíbrio o somatório das forças e do torque é nulo. Quando inserido um torque externo, seu movimento corresponde a ele, de acordo com: 𝜏 = 𝑑�⃗⃗� 𝑑𝑡 (1) ou seja, a direção do momento angular varia na mesma direção do torque aplicado. Figura 01: As direções das grandezas vetoriais envolvidas no osciloscópio; Isso explica, por exemplo, o movimento de precessão do giroscópio que ocorre quando um peso é dependurado em uma das extremidades (Nº 1 ou 2 da Fig. 2) de um giroscópio equilibrado, situada a uma distância l do ponto de apoio (3) e girando em torno de seu próprio eixo. Se o giroscópio gira, sem atrito, o módulo do momento angular permanece constante, e assim, somente a direção do momento angular é alterada. Chamando o ângulo de precessão do giroscópio em torno do eixo vertical de φ teremos: | 𝑑�⃗⃗� 𝑑𝑡 | = 𝐿 𝑑𝜑 𝑑𝑡 = 𝜏 = 𝑚𝑔ℓ (2) 𝛺 = 𝑑𝜑 𝑑𝑡 = 𝑚𝑔ℓ 𝐿 = 𝑚𝑔ℓ 𝐼𝜔 (3) Onde Ω é a velocidade angular da precessão. Sendo que dL apontará na mesma direção do vetor torque aplicado pela força do peso pendurado. O momento de inércia do giroscópio pode ser determinado de duas maneiras. A primeira delas é através da conservação da energia mecânica. Considere a Figura 2 abaixo: Figura 02: Esquema demonstrando as partes do osciloscópio; Legenda da figura 02: 1. Posição para pendurar o peso; 2. Contrapeso; 3. Mancal do eixo horizontal; 4. Mancal do eixo vertical; 5. Disco de Nylon; 6. Polia de Alumínio; 7. Suporte com peso; 8. Posição para dependurar o peso; Suponha que o eixo do giroscópio seja travado de forma que ele apenas possa girar em torno do seu próprio eixo de rotação. Se uma massa (7) com peso P= mg (não confundir com o momento linear p) for dependurada por uma corda enrolada na polia (6) de raio r e liberada de uma altura h acima do solo, esse peso acelerará o disco do giroscópio até atingir uma velocidade angular (ômega pequeno). Na iminência de atingir o solo, a energia cinética do sistema consiste da soma da energia cinética de rotação do disco e da energia cinética de translação do peso: 𝑚𝑔ℎ = 1 2 𝐼𝜔2 + 1 2 𝑚𝑣² (4) Mas como a velocidade de translação do peso 𝑣 = 𝜔 𝑟, temos que 𝑚𝑔ℎ = 1 2 (𝐼 + 𝑚𝑟2)𝜔2 (5) Podemos reescrever essa equação em termos da frequência f de rotação, ou seja, do número de voltas por segundo atingida pelo disco: 𝑓2 = 𝑚𝑔 2𝜋2(𝐼+𝑚𝑟2) ℎ (6) Assim, fazendo-se uma medida do número de rotações por segundo atingida logo após o disco ter sido acelerado pelo peso solto de uma altura h, podemos determinar o momento de inércia. A segunda forma de determinar o momento de inércia é através da velocidade angular de precessão (eq.3): 𝛺 = 𝑚𝑔ℓ 𝐼𝜔 Essa equação nos diz que a velocidade angular de precessão é inversamente proporcional à velocidade angular de rotação. Assim, o produto ωΩ é uma constante igual ao torque aplicado pelo peso dividido pelo momento de inércia. Deve haver uma relação linear entre esse produto e a massa do peso aplicado em uma das extremidades do eixo do giroscópio (Fig 2. - 1 ou 8): 𝛺𝜔 = 𝑔ℓ 𝐼 𝑚 (7) Como o que se mede é o período de precessão 𝑇𝑝 e o período do disco T, (f = 1/T), em termos dessas grandezas a equação 7 nos dá: 𝑓 𝑇𝑝 = 𝑔ℓ 4𝜋2𝐼 𝑚 (8) Assim, medindo-se a razão 𝑓 𝑇𝑝 para várias massas diferentes devemos obter uma relação linear entre essas duas grandezas, cujo coeficiente angular nos permite determinar I. 2. OBJETIVOS O objetivo principal do experimento é averiguar os movimentos do giroscópio, com o intuito de compreender os mecanismos relacionados entre os momentos angulares e de rotação. As várias grandezas vetoriais envolvidas no movimento do giroscópio também foram analisadas para ter um entendimento das direções dos vetores das mesmas. Usaremos as equações 9 e 10 para analisar os sentidos e direções dos movimentos do giroscópio. 𝜏 = 𝑑�⃗⃗� 𝑑𝑡 = 𝑟 × �⃗� (9) �⃗⃗� = 𝑟 × 𝑝 (10) 3. MATERIAIS A análise será baseada no vídeo de referência e no simulador de torque postado no Moodle Aprender. 4. PROCEDIMENTOS E ANÁLISE Análise baseada em vídeos disponíveis na plataforma Aprender. Figura 03: Osciloscópio com as coordenadas de referência; ANÁLISE QUALITATIVA Primeiro Momento: Ao retirar o suporte de apoio do giroscópio, o equilíbrio do sistema deve ser encontrado movendo os contrapesos. Após atingir o equilíbrio, uma massa adicional é colocada na extremidade dos contrapesos. O equilíbrio está quebrado. O processo é repetido na outra extremidade (no disco), e o equilíbrio é quebrado novamente. Ao equilibrar o sistema com os contrapesos, o CM (centro de massa do sistema) fica no seu eixo de apoio, onde as únicas forças que atuam são as forças peso e normal, ambas se cancelando e, portanto, a soma dos torques das forças é nula. Ao adicionar a massa adicional, o CM não está mais no eixo de suporte, então o torque resultante não é zero e, portanto, o equilíbrio é quebrado e o giroscópio cai. Sem a massa adicional: 𝑇 = 𝑟(𝑚𝑔) = 0 × (𝑚𝑔) = 0 Com a massa adicional: Massa do lado dos contrapesos 𝑇 = 𝑟((𝑚 + 𝑚′)𝑔) = 𝑟 − 𝒚((𝑚 + 𝑚′)𝑔 − 𝒛) = + 𝒙 ≠ 0 Massa do lado do disco 𝑇 = 𝑟((𝑚 + 𝑚’)𝑔) = 𝑟 + 𝒚((𝑚 + 𝑚’)𝑔 − 𝒛) = −𝒙 ≠ 0 Segundo Momento: O disco é colocado para girar, e então uma massa adicional é colocada na extremidade dos contrapesos, e ao contrário do que acontece no primeiro momento, o equilíbrio do sistema é mantido, e da mesma forma quando a massa é colocada na outra extremidade (do disco) o equilíbrio não é perturbado. Ao adicionar a massa adicional, o torque do peso é perpendicular ao momento angular L, e faz o giroscópio girar em torno do eixo de apoio, alterando apenas a componente radial mantendo sua magnitude a mesma. O processo se repete com o disco girando para o lado oposto, as análises são as mesmas, mas como o momento angular agora aponta na direção oposta, o torque do peso também apontará na outra direção e a rotação que o giroscópio realiza tem seu sentido invertido. Sentido horário: Massa do lado dos contrapesos 𝐿 = 𝑟(𝑚𝑣) = 𝑟 + 𝒛(𝑚 𝑣 + 𝒙) = +𝒚 𝑇 = 𝑙(𝑚 + 𝑚’(𝑔)) = 𝑙 − 𝒚 ((𝑚 + 𝑚’(𝑔)) − 𝒛) = +𝒙 Massa do lado do disco 𝐿 = 𝑟(𝑚𝑣) = 𝑟 + 𝒛(𝑚 𝑣 + 𝒙) = +𝒚 𝑇 = 𝑙(𝑚 + 𝑚’(𝑔)) = 𝑙 + 𝒚 ((𝑚 + 𝑚’(𝑔)) − 𝒛) = −𝒙 Sentido anti horário: Massa do lado dos contrapesos𝐿 = 𝑟(𝑚𝑣) = 𝑟 + 𝒛(𝑚 𝑣 − 𝒙) = −𝒚 𝑇 = 𝑙(𝑚 + 𝑚’(𝑔)) = 𝑙 − 𝑦 ((𝑚 + 𝑚’(𝑔)) − 𝒛) = +𝒙 Massa do lado do disco 𝐿 = 𝑟(𝑚𝑣) = 𝑟 + 𝒛(𝑚 𝑣 − 𝒙) = −𝒚 𝑇 = 𝑙(𝑚 + 𝑚’(𝑔)) = 𝑙 + 𝒚 ((𝑚 + 𝑚’(𝑔)) − 𝒛) = −𝒙 Terceiro Momento: Nesta etapa, mais um contrapeso e mais um disco são anexados. O sistema é equilibrado movendo as balanças. Os discos são configurados para girar cada um em uma direção. Depois de adicionar a massa adicional, o equilíbrio parece ser perturbado e o giroscópio cai. Com os discos girando cada um para um lado, os momentos angulares L se cancelam e o sistema se comporta da mesma forma que os discos estavam estacionários. Ao adicionar a massa adicional o CM não está mais no eixo de suporte, então o torque resultante não é zero e o giroscópio cai. Como 𝐿 = 𝑟(𝑚𝑣) = 𝑟 + 𝒛(𝑚 𝑣 + 𝒙) = +𝒚 disco 1 que gira em sentido horário. 𝐿 = 𝑟(𝑚𝑣) = 𝑟 + 𝒛(𝑚 𝑣 − 𝒙) = −𝒚 disco 2 que gira em sentido anti horário. Os momentos se cancelam, o giroscópio tem o mesmo comportamento do primeiro momento. OBS: a análise foi justificada com o uso das equações 8 e 9 para que fossem explicadas apenas as coordenadas dos eixos das grandezas presentes nela (em negrito), não sendo utilizados valores. Figura 04: Giroscópio PASCO ME-8960 e seus componentes; 4.1. Análise das forças estáticas Com o giroscópio em equilíbrio (a resultante das forças e a resultante dos torques que atuam no giroscópio são nulas) inicialmente, temos que as forças, peso do disco, peso do contrapeso e força normal têm seus vetores cancelados por entre si, sendo assim temos uma força resultante zero sobre o sistema. Figura 05: Análise das forças estéticas; 4.2 Análise dos torques Com o giroscópio em equilíbrio inicialmente, colocamos uma massa na posição (1) alterando as forças e o centro de massa do sistema e criando um torque resultante na direção da força peso da massa (sentido anti-horário), agora colocando uma massa em posição (12) alteramos as forças do sistema criando um torque resultante na direção da força peso da nova massa aplicada (sentido horário), agora com o sistema em equilíbrio novamente se girarmos para frente e para trás no eixo vertical (9 ) temos um torque na direção vertical e o vetor aceleração angular terá o mesmo sentido e direção da força aplicada no giro inicial. Figura 06: Análise dos torques; 4.3 Resposta dinâmica do giroscópio a torques externos Giro do disco no sentido anti-horário Tabela 1 Força aplicada na extremidade 1 Direção e sentido do Torque Direção e sentido da extremidade 12 Direção de movimento da extremidade do vetor momento angular +x +z +x +y -x -z -x -y +z -x +z -z -z +x -z -z Gire o suporte central no sentido -z -x -x horário (visto de cima) Gire o suporte central no sentido anti horário (visto de cima) +z +x +x Giro do disco no sentido horário Tabela 2 Força aplicada na extremidade 1 Direção e sentido do Torque Direção e sentido da extremidade 12 Direção de movimento da extremidade do vetor momento angular +x +z -x -x -x -z +x +x +z -x +z +z -z +x +z +z Gire o suporte central no sentido horário (visto de cima) -z +x +x Gire o suporte central no sentido +z -x -x CONCLUSÃO A partir desse experimento foi possível analisar, a partir dos movimentos rotatórios do giroscópio, os efeitos que concernem o momento angular no movimento de rotação. Pela geração de diagramas vetoriais, foi possível visualizar as direções de atuação das grandezas vetoriais envolvidas, como o vetor velocidade angular, o vetor aceleração angular e o vetor torque, identificando, assim, a direção do braço de alavanca e questionando se existe uma força que possa alterar o momento angular. Todas essas previsões, que configuram cada tipo de movimento, foram coerentes e com argumento reforçado com o vídeo do experimento a qual esse relatório teve como base, tudo o que se previu que aconteceria por meio de análise vetorial foi averiguado qualitativamente. BIBLIOGRAFIA [1] [2017]Roteiro dos novos giroscópios (alunos) v1.11.pdf (unb.br) 09:40h 01/03/2022 [2] Gravitação, Ondas e Termodinâmica – Volume 2, 10.ª Edição 12:25h 03/03/2022 [3] COELHO, Letícia. Giroscópio - parte qualitativa. Youtube. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=ZijHfT90Cno>. Acesso em 19 de março de 2021. 12:30h 03/03/2022 [4] HALLIDAY, David; RESNICK, Robert. Fundamentos de Física: 1 - Mecânica. Rio de Janeiro, Brasil: LTC. 12:40 03/03/2022 [5] https://www.youtube.com/watch?v=GeyDf4ooPdo 13:00 03/03/2022 https://aprender3.unb.br/pluginfile.php/775545/mod_resource/content/3/%5B2017%5DRoteiro%20dos%20novos%20girosc%C3%B3pios%20%28alunos%29%20v1.11.pdf https://aedmoodle.ufpa.br/pluginfile.php/402989/mod_resource/content/14/Fi%CC%81sica%202%20-%20Gravitac%CC%A7a%CC%83o%20Ondas%20e%20Termodina%CC%82mica%20Halliday%2010%C2%AA%20Edic%CC%A7a%CC%83o.pdf https://www.youtube.com/watch?v=GeyDf4ooPdo
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