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Audiencia PT

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
AUDIÊNCIAS, REVELIA, ARQUIVAMENTO, ACORDO 
EXTRAJUDICIAL, RESPOSTA E CONCILIAÇÃO
Livro Eletrônico
GUSTAVO DEITOS
Professor de Cursos Preparatórios pra Concur-
sos Públicos. Coach especialista em Concursos 
Públicos. Servidor do TRT da 12ª Região.
Convocações: Técnico Judiciário do TRT da 12ª 
Região e Analista Judiciário do TRF da 3ª Re-
gião. Outras aprovações: 8° lugar – TRT da 24ª 
Região – Analista Judiciário, 39° lugar – TST – 
Analista Judiciário e 48° lugar – TRT da 24ª Re-
gião – Técnico Judiciário.
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Audiências, Revelia, Arquivamento, Acordo Extrajudicial, Resposta e Conciliação
Prof. Gustavo Deitos
Apresentação .............................................................................................4
Audiências, Arquivamento, Revelia, Conciliação, Homologação de Acordo 
Extrajudicial e Resposta do Reclamado ............................................................ 6
1. Audiência: Regras Gerais .........................................................................6
2. Audiência: Procedimento, Arquivamento e Revelia .....................................11
2.1. Distinções entre Revelia e Confissão .....................................................26
2.2. Atos Processuais Praticados em Audiência .............................................31
3. Jurisdição Voluntária e Homologação de Acordo Extrajudicial ......................39
3.1. Jurisdição Voluntária no Processo do Trabalho ........................................40
4. Conciliação ..........................................................................................46
5. Súmulas e OJs do TST sobre o Conteúdo ..................................................52
Exercícios ................................................................................................55
Gabarito ..................................................................................................81
Gabarito Comentado ............................................................................... 82a
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Audiências, Revelia, Arquivamento, Acordo Extrajudicial, Resposta e Conciliação
Prof. Gustavo Deitos
Apresentação
Olá, querido(a) aluno(a) do Gran Cursos Online! Espero encontrá-lo muito bem! 
Neste curso, apresento-lhe várias aulas autossuficientes de direito processual 
do trabalho, com o objetivo de lhe disponibilizar, de forma prática e completa, o 
substrato de conteúdo necessário para ter o melhor desempenho possível na prova.
Esta aula, assim como as demais aulas em PDF, foi elaborada de modo que você 
possa tê-la como fonte autossuficiente de estudo, isto é, como um material de 
estudo completo e capaz de possibilitar um aprendizado tão integral quanto outros 
meios de estudo.
A preferência por aulas em PDF e/ou vídeos pertence a cada aluno, que, indivi-
dualmente, avalia suas facilidades e necessidades, a fim de encontrar seus meios 
de estudo ideais. Dessa forma, o aluno pode optar pelo estudo com aulas em PDF 
e vídeos, ou somente com um ou outro meio.
Aqueles que preferem estudar somente com materiais em PDF terão o privilégio 
de contar com as aulas em PDF autossuficientes do nosso curso, a exemplo desta 
aula. De qualquer forma, nada impede que as aulas em PDF sejam utilizadas como 
fonte de estudos de forma aliada com as aulas em vídeo do Gran Cursos Online. 
Tudo depende, unicamente, da preferência de cada aluno.
Nesta aula, estudaremos especialmente os seguintes tópicos de Direito Proces-
sual do Trabalho:
• Audiências (conciliação, unas, instrução e julgamento;
• Arquivamento, contumácia, revelia e confissão;
• Conciliação;
• Homologação de acordo extrajudicial;
• Resposta do reclamado.
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Audiências, Revelia, Arquivamento, Acordo Extrajudicial, Resposta e Conciliação
Prof. Gustavo Deitos
A aula é acompanhada de exercícios selecionados e reunidos de modo a abran-
ger todos os pontos importantes da aula, a fim de que seu conhecimento seja ainda 
mais solidificado. O número de exercícios é determinado de acordo com dois parâ-
metros: complexidade do conteúdo e número de questões de concursos existentes. 
Por resultado, o número de exercícios disponibilizados é determinado de modo que 
seu conhecimento sobre os temas seja efetivamente testado e fixado, mas sem que 
haja uma repetição obsoleta.
Nosso curso possibilita a avaliação de cada aula em PDF de forma fácil e rápida. 
Considero o resultado das avaliações extremamente importante para a continuida-
de da produção e edição de aulas, como fonte fidedigna e transparente de informa-
ções quanto à qualidade do material.
Peço-lhe que, por favor, fique à vontade para avaliar as aulas do curso, de-
monstrando seu grau de satisfação relativamente aos materiais. Seu feedback é 
importantíssimo para nós. Se houver algum problema com a visualização de mapas 
mentais (fonte, cor etc.), o problema possivelmente terá surgido em alguma fase 
da edição, pelo que o professor não responde. Neste caso, você pode entrar em 
contato com a central de atendimento responsável.
Cordialmente, torço para que a presente aula que seja de profunda valia para 
você e sua prova, uma vez que foi elaborada com muita atenção, zelo e considera-
ção ao seu esforço, que, para nós, é sagrado.
Caso fique com alguma dúvida após a leitura da aula, por favor, envie-a a mim 
por meio do Fórum de Dúvidas, e eu, pessoalmente, a responderei o mais rápido 
possível. Será um grande prazer verificar sua dúvida com atenção, zelo e profundi-
dade, e com o grande respeito que você merece.
Bons estudos!
Seja imparável!
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Audiências, Revelia, Arquivamento, Acordo Extrajudicial, Resposta e Conciliação
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AUDIÊNCIAS, ARQUIVAMENTO, REVELIA, CONCILIAÇÃO, 
HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL E RESPOSTA 
DO RECLAMADO
1. Audiência: Regras Gerais
Antes de entrarmos na parte procedimental da audiência trabalhista, é impor-
tante conhecermos algumas regras gerais aplicáveis a ela. Estas regras encon-
tram-se nos artigos 813 a 817 da CLT, e dizem respeito à duração e à ordem das 
audiências, não muito aos atos processuais em si.
De modo a tornar seu estudo mais sistematizado, abordarei as regras gerais 
das audiências em forma de comentários individualizados aos pertinentes artigos 
da CLT, com necessárias considerações.
Art. 813 - As audiências dos órgãos da Justiça do Trabalho serão públicas e realizar-
-se-ão na sede do Juízo ou Tribunal em dias úteis previamente fixados, entre8 (oito) 
e 18 (dezoito) horas, não podendo ultrapassar 5 (cinco) horas seguidas, salvo quando 
houver matéria urgente.
Via de regra, como qualquer audiência, a audiência na Justiça do Trabalho é 
pública. A publicidade somente será restringida nos casos previstos em lei como 
de segredo de justiça.
De acordo com o art. 11, parágrafo único, do CPC, “nos casos de segredo de 
justiça, pode ser autorizada a presença somente das partes, de seus advogados, 
de defensores públicos ou do Ministério Público”.
O art. 189 do CPC traça quatro hipóteses em que os processos tramitarão em 
segredo de justiça:
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Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça 
os processos:
I – em que o exija o interesse público ou social;
II – que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união es-
tável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes;
III – em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;
IV – que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde 
que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.
Destas quatro, aplicam-se ao processo do trabalho três delas:
Ademais, as audiências sempre devem ocorrer em dias úteis previamente fixa-
dos. Em cada dia, as audiências poderão iniciar-se entre as 8 e as 18 horas. Não 
haverá problema se a audiência terminar após as 18 horas. Elas não poderão ter 
início após as 18 horas.
A duração máxima de cada audiência é de 5 horas contínuas. Esse limite so-
mente poderá ser ultrapassado se houver matéria urgente envolvida na discussão. 
Geralmente, essa urgência consiste no perigo de dano irreparável ou de difícil re-
paração a alguma das partes ou a terceira pessoa. Nessa excepcional hipótese, a 
audiência poderá durar mais que 5 horas, sem limites.
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Veremos, mais à frente, o período mínimo necessário entre a designação da 
audiência e a sua realização, em diferentes casos.
§ 1º - Em casos especiais, poderá ser designado outro local para a realização das 
audiências, mediante edital afixado na sede do Juízo ou Tribunal, com a antecedência 
mínima de 24 (vinte e quatro) horas.
§ 2º - Sempre que for necessário, poderão ser convocadas audiências extraordiná-
rias, observado o prazo do parágrafo anterior.
Locais diversos para realização de audiências podem ser designados por vá-
rios motivos: realização de reparos/obras, falta de estrutura para acomodar todos 
os litigantes, evento de força maior que impeça as partes de chegar até a Vara 
(como quedas de pontes), dentre outros.
Audiências extraordinárias, por sua vez, são todas aquelas que fogem à re-
gra traçada na CLT (conciliação, instrução e julgamento). Podem enquadrar-se nes-
se conceito as audiências de justificação prévia, para análise de pedidos de tutela 
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provisória, ou audiências solicitadas pelas partes para tentativa de conciliação em 
momento aleatório, por exemplo.
Tanto para designar local diverso para a audiência quanto para designar uma 
audiência extraordinária, o prazo mínimo de antecedência entre a determinação 
e a realização da audiência é de 24 horas.
Art. 814 - Às audiências deverão estar presentes, comparecendo com a necessária an-
tecedência, os escrivães ou secretários.
Aqui, o “escrivão ou secretário” é o servidor ocupante da Função Comissionada 
de Secretário de Audiências. Este servidor é encarregado de realizar todos os 
preparativos para o bom andamento das audiências, com relação ao ambiente e à 
estrutura tecnológica da audiência (computadores, microfones, acomodações etc.).
Art. 815 - À hora marcada, o juiz ou presidente declarará aberta a audiência, sendo 
feita pelo secretário ou escrivão a chamada das partes, testemunhas e demais pessoas 
que devam comparecer.
As partes serão chamadas, em regra, na hora previamente marcada. A chama-
da só ocorrerá antes do horário marcado se as próprias partes solicitarem, e se for 
possível que o juízo antecipe a audiência sem prejuízo às atividades ou aos direitos 
de outras pessoas.
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A CLT diz que todos os sujeitos da audiência (partes, testemunhas e interve-
nientes) devem ser chamados no início. Na prática, porém, somente as partes e 
eventuais terceiros intervenientes são chamados no início da audiência. Testemu-
nhas, peritos e técnicos são chamados, normalmente, apenas no momento em que 
devam participar.
Parágrafo único. Se, até 15 (quinze) minutos após a hora marcada, o juiz ou presi-
dente não houver comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido 
constar do livro de registro das audiências.
Aqui, o prazo é diferente do CPC. O juiz do trabalho pode atrasar-se no máxi-
mo por 15 minutos. Passado esse prazo, as partes poderão, se quiserem, aguar-
dar a chegada do juiz. Se não, poderão exercer o direito de retirar-se do recinto, 
devendo ser designada nova data para que a audiência ocorra.
A ausência do juiz deverá ser apontada, pelo Secretário de Audiências, no livro 
de registro das audiências.
Art. 816 - O juiz ou presidente manterá a ordem nas audiências, podendo mandar re-
tirar do recinto os assistentes que a perturbarem.
Este artigo aborda uma hipótese de exercício do Poder de Polícia pelo juiz. O 
art. 360 do CPC elenca outras hipóteses em que o juiz exercerá o poder de polícia:
Art. 360. O juiz exerce o poder de polícia, incumbindo-lhe:
I – manter a ordem e o decoro na audiência;
II – ordenar que se retirem da sala de audiência os que se comportarem inconve-
nientemente;
III – requisitar, quando necessário, força policial;
IV – tratar com urbanidade as partes, os advogados, os membros do Ministério Pú-
blico e da Defensoria Pública e qualquer pessoa que participe do processo; [este inciso 
traz mais uma limitação ao poder de polícia do que uma hipótese]
V – registrar em ata, com exatidão, todos os requerimentos apresentados em audiência.
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Abaixo, a história regra do livro próprio:
Art. 817 - O registro das audiências será feito em livro próprio, constando de cada re-
gistro os processos apreciados e a respectiva solução, bem como as ocorrências eventuais.
Parágrafo único. Do registro das audiências poderão ser fornecidas certidões às pes-
soas que o requererem.
A partir da informatização dos processos judiciais, o registro das audiências em 
livro tornou-se prática reduzida ao desuso. As atas das audiências são automatica-
mente juntadas aos autos eletrônicos.
O parágrafo único, por sua vez, possibilita que todas as pessoas (partes ou não 
do litígio) requeiram certidões das audiências, que consistem, na prática, em có-
pias das respectivas atas de audiência.
2. Audiência: Procedimento, Arquivamento e Revelia
Estudamos boa parte do procedimento da audiência na aula em que tratamos 
dos procedimentos ordinário e sumaríssimo, tendo em vista a direta relação en-
tre os temas.
As regras procedimentais dos ritos tem muita relação com a audiência, uma vez 
que o processo do trabalho tem entre suas principais características a concentração 
dos atos processuais em audiência, em decorrência do Princípio da Oralidade.
Algumas regras procedimentais da audiência em si não foram tratadas ainda, 
mas serão a partir de agora. Por outro lado, aproveitaremos o conteúdo passado 
na aula sobre os procedimentos quanto às regras já estudadas, de modo a otimizar 
seu estudo, concentrando-o em um só material, evitando-se fragmentações.
Existe um intervalo mínimo que deve ser observado entre o recebimento da no-
tificação inicial pelo reclamado e a data da audiência designada. Veja:
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O prazo legal para que a notificação inicial ocorra é de 48 horas, contadas do pro-
tocolo da reclamação trabalhista. Nesta notificação, deverá constar a data da au-
diência inicial (audiência de conciliação, ou audiência una, se for rito sumaríssimo). 
Essa audiência deve ser marcada com respeito ao prazo mínimo de 5 dias, entre o 
recebimento da notificação pelo reclamado e a data escolhida para a audiência.
Esta regra está no art. 841 da CLT, que enuncia:
Art. 841 - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 
48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao re-
clamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do julgamento, 
que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias.
Se a audiência ocorrer em prazo inferior a 5 dias da notificação, ela será nula. 
A ideia disso é dar ao reclamado tempo suficiente para estruturar sua defesa. Essa 
regra é chamada de quinquídio legal.
Abaixo, apresentarei comentários individualizados aos artigos 843 a 845, que 
dispõem sobre as condições mínimas que as partes devem preencher em audiên-
cia (preposto, justificação de ausência, etc.), bem como sobre as consequências do 
não atendimento dessas condições (arquivamento e revelia).
Art. 843 - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o recla-
mado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos 
de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão 
fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria.
Obs.: � Não dê muita importância ao fato de alguns artigos fazerem menção à 
“audiência de julgamento”. A CLT planejou a audiência trabalhista para ser 
una (única) em todos os ritos, mas, na prática, implementou-se a cisão dela 
em três (no rito ordinário).
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Como já vimos em outras aulas, as partes, no processo do trabalho, podem 
comparecer à audiência sem advogado (jus postulandi). É por isso que o arti-
go fala “independentemente do comparecimento de seus representantes”. Com ou 
sem advogado, o reclamante e o reclamado devem estar presentes na audiência, ou 
substituídos por alguém nas hipóteses permitidas pela lei, como veremos adiante.
Ademais, a CLT dá ao sindicato a legitimidade extraordinária para atuar 
como representante dos trabalhadores em reclamação trabalhista individual 
plúrima. Já vimos em outras aulas que esta espécie de reclamação consiste em li-
tisconsórcio ativo, formado quando os trabalhadores reivindicam direitos com iden-
tidade de matéria, tendo trabalhado na mesma empresa ou estabelecimento.
No caso das Ações de Cumprimento (tema de uma aula específica no nosso 
curso), qualquer empregado pode, individualmente, ajuizá-la. Portanto, o sindica-
to poderá substituir esse empregado mesmo que ele seja o único no polo ativo da 
ação, diferentemente da reclamação plúrima, onde necessariamente há mais de 
um empregado no polo ativo.
Para sintetizar:
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§ 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro pre-
posto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.
De acordo com o que estudamos na aula sobre Partes e Procuradores, e m 
qualquer caso, sem depender de qualquer justificativa, o empregador poderá ser 
representado por pessoa que tenha conhecimento do fato. Pode ser o gerente, 
um empregado seu, ou qualquer conhecido. O único requisito essencial para repre-
sentar o empregador reclamado é ter conhecimento do fato.
A Reforma Trabalhista acrescentou ao art. 843 da CLT o § 3º, que dispõe: “O 
preposto a que se refere o § 1º deste artigo não precisa ser empregado da 
parte reclamada.”.
Antes da Reforma, a regra era diferente. Alguns empregadores específicos de-
veriam eleger prepostos necessariamente empregados da reclamada (Súmula 377 
do TST). Agora, a súmula que tratava sobre isso está totalmente superada. Todo e 
qualquer empregador poderá ser representado em audiência por qualquer 
pessoa que tenha conhecimento dos fatos narrados na reclamação.
Outra regra importantíssima é que o advogado não pode, em hipótese al-
guma, atuar, ao mesmo tempo, como advogado e preposto numa audiência 
trabalhista. É possível que o advogado atue somente como preposto, por exemplo. 
Essa proibição está também no art. 23 do Código de Ética da OAB.
§ 2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado,não 
for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por 
outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.
Para otimizar seu estudo, apresentarei, abaixo, as considerações feitas na aula sobre 
Partes e Procuradores, onde os detalhes da regra ora em comento foram esmiuçados.
O adjetivo “poderoso”, pelo que a grande maioria dos juristas afirmam, foi es-
crito de forma equivocada. Na verdade, a redação deveria ser apresentada com o 
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adjetivo “ponderoso”, que indicaria um motivo ponderável (comparável, associável) 
com a doença.
Basicamente, o motivo legalmente justificável para que o reclamante seja re-
presentado por outra pessoa na audiência é o da doença ou aquele que, não 
sendo doença, cause debilidade proporcionalmente semelhante à que a 
doença causa.
Poderão representar o reclamante, portanto, as seguintes pessoas:
• 1) Empregado da mesma categoria profissional
Exemplo: metalúrgico é reclamante, representado por outro metalúrgico, da mesma 
categoria profissional da localidade.
• 2) Sindicato da categoria profissional do reclamante
Exemplo: pessoa integrante do sindicato que é incumbida de ir às audiências para 
representar reclamantes em caso de necessidade.
Seja doença, seja outro motivo ponderoso, o fato alegado deve ser devidamente 
comprovado no processo. Cabe ao advogado (ou ao próprio reclamante, se não 
tiver advogado) juntar aos autos do processo prova do motivo alegado para que o 
reclamante fosse representado em audiência por outra pessoa.
O TST, na Súmula 122, fixou entendimento acerca de um motivo muito recor-
rente de ausência em audiências. Veja:
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Súmula 122 do TST
A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é revel, 
ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida 
a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que deverá declarar, 
expressamente, a impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu 
preposto no dia da audiência.
A Súmula fala especificamente da reclamada. As bancas, a fim de evitar margem 
para recursos, trabalham com a impossibilidade de locomoção somente se referindo à 
reclamada. Contudo, na prática, a impossibilidade de locomoção também é um mo-
tivo entendido como “ponderoso” para justificar a ausência do autor em audiência.
Veja que o atestado médico deve declarar que a locomoção do sujeito era 
impossível. Portanto, tratamentos estéticos, ou, ainda, tratamentos de saúde que 
não impeçam a locomoção do sujeito à sala de audiências não são motivos que 
justifiquem eventual ausência.
Não é elemento útil ao processo o atestado genérico, que apenas enuncia o 
comparecimento do sujeito a consulta ou a exame.
Às vezes, a impossibilidade de locomoção pode decorrer de outro motivo que 
não seja de saúde. Exemplos: sequestro-relâmpago, cárcere privado, acidente de 
trânsito, etc. Nesses casos, deverá igualmente haver comprovação da impossibili-
dade de locomoção, com certidões de órgãos públicos (como boletins de ocorrên-
cia) ou, até mesmo, testemunhas.
Apresento, abaixo, mapa mental sobre as diferenças apresentadas (mapa tam-
bém presenta na aula sobre Partes e Procuradores):
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Você, ao estudar esse assunto, pode se perguntar:
Por que a regra aplicável ao empregador é mais vantajosa que a regra aplicável 
ao empregado? Não deveria ser o contrário?
Na realidade, o empregador, na grande maioria das vezes, é pessoa jurídica. O 
representante legal da pessoa jurídica, muitas vezes, é impossibilitado de compa-
recer às audiências, seja em razão da abrangência nacional da empresa, seja em 
razão do número de reclamações trabalhistas existentes.
É por isso que a regra aplicável ao reclamado é mais vantajosa. Nesse contexto, 
existe quase uma “hipossuficiência logística” do empregador, a grosso modo.
§ 3º O preposto a que se refere o § 1º deste artigo não precisa ser empregado da parte 
reclamada.
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Este § 3º foi incluído pela Reforma Trabalhista (Lei n. 13.467/2017). Como já in-
formado, antes da Reforma, a regra era diversa. Alguns empregadores específicos 
(empregadores domésticos, microempresas e empresas de pequeno porte) deve-
riam escolher como prepostos pessoas necessariamente empregadas da reclamada 
(Súmula 377 do TST).
Assim dispunha a ultrapassada Súmula 377 do TST: “Exceto quanto à recla-
mação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o pre-
posto deve ser necessariamente empregado do reclamado.”.
Em razão da nova regra (§ 3º), todo e qualquer empregador poderá ser repre-
sentado em audiência por qualquer pessoa que tenha conhecimento dos fa-
tos narrados na reclamação.
Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquiva-
mento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de 
confissão quanto à matéria de fato.
A regra deste artigo é multicampeã de cobrança em provas!
Se o reclamante faltar à audiência, sem se fazer representar por pessoa auto-
rizada por lei, a reclamação será “arquivada”. Essa consequência, tecnicamente, é 
extinção do processo sem resolução do mérito. A palavra “arquivamento” é 
envelhecida diante do avanço do direito processual.
Quanto ao reclamado, se ele faltar à audiência (não indo ou não designando ne-
nhum preposto), ele será revel e confesso quanto à matéria de fato. Dessa forma, 
o processo prosseguirá com grande vantagem para o reclamante.
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REVELIA: consiste no não oferecimento de defesa.
CONFISSÃO: todosos fatos alegados pelo reclamante 
serão presumidos como verdadeiros.
Obs.: � A prova de alguns fatos depende de perícia por determinação legal. É o 
caso, por exemplo, do trabalho em ambiente insalubre ou perigoso. Nessas 
situações, a revelia e a confissão do reclamado não desobrigarão a reali-
zação de perícia técnica, que deverá ser determinada ainda que o reclamado 
seja revel e confesso.
Se o reclamante der causa ao arquivamento por não comparecimento à audiência 
inicial por duas vezes SEGUIDAS, ele será sancionado pela perempção (não po-
derá ajuizar ações na Justiça do Trabalho por seis meses). Explico abaixo.
Esta regra é depreendida dos artigos 731 e 732 da CLT:
Art. 731 - Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se 
apresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do art. 786, à Junta ou Juízo para 
fazê-lo tomar por termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do 
direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho.
Art. 732 - Na mesma pena do artigo anterior [PEREMPÇÃO DE 6 MESES] incorrerá o 
reclamante que, por 2 (duas) vezes seguidas, der causa ao arquivamento de que trata 
o art. 844.
A perempção, neste contexto, só ocorre se ambos os arquivamentos (extinções 
sem mérito) forem causados pelo mesmo motivo: ausência à audiência inicial. Se um 
dos arquivamentos ocorrer por conta de ausência à audiência inicial e o outro ocorrer 
por outro motivo (como desistência, por exemplo), a perempção não será aplicável.
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E se ambas as partes forem ausentes na audiência (reclamante e reclamado), 
o que deve acontecer?
É natural que, primeiramente, seja analisada a regra mais prejudicial ao pro-
cesso, que é a regra da ausência do autor (arquivamento). Se o processo fosse 
arquivado, não teria nenhum sentido que o reclamado fosse revel, pois sua revelia 
não aproveitaria a ninguém.
Logo, se ambas as partes faltarem à audiência inicial, o processo será arquiva-
do (extinto sem mérito), como se apenas o reclamante tivesse faltado.
AUSENTE O RECLAMANTE AUSENTE O RECLAMADO AUSENTES AMBAS AS PARTES
ARQUIVAMENTO (extinção) REVELIA (e confissão 
quanto à matéria de fato)
ARQUIVAMENTO (extinção)
Já adianto a você que a abrangência da confissão do reclamado revel pode ser 
muito restringida, reduzindo a vantagem do reclamante, se ocorrer a hipótese do § 
5º, que abordaremos oportunamente.
§ 1º Ocorrendo motivo relevante, poderá o juiz suspender o julgamento, designando 
nova audiência.
O texto da CLT apresenta a audiência de todos os ritos como una, embora não 
seja assim na prática. Este § 1º servia para que o juiz deixasse para julgar em ou-
tro dia, sem ser na própria audiência. Era uma carta em branco para poder apre-
sentar sua sentença em outro momento.
Hoje em dia, nem mesmo ocorre, na prática, audiência para leitura de sentença. 
Para mais informações, remeto à aula sobre o Dissídio Individual.
§ 2º Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento 
das custas calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação, ainda que beneficiário 
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da justiça gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu 
por motivo legalmente justificável.
§ 3º O pagamento das custas a que se refere o § 2º é condição para a propositura de 
nova demanda.
Estes parágrafos 2º e 3º são importantíssimos, pois foram incluídos pela Refor-
ma Trabalhista. Juntos, eles envolvem muitas informações.
Se o reclamante faltar à audiência inicial do processo, ele deverá pagar as cus-
tas processuais decorrentes da extinção sem resolução do mérito. Tais custas são 
de 2% sobre o valor da causa.
Detalhe: o reclamante deverá pagar essas custas MESMO 
QUE SEJA BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA!
Portanto, o benefício da justiça gratuita não abrange as custas processuais de-
correntes da extinção do processo em razão de ausência na audiência inicial.
Cuidado para não confundir: o reclamante, se tiver seu processo extinto sem 
resolução do mérito por qualquer outro motivo, não precisará recolher as custas 
processuais se tiver o benefício da justiça gratuita.
O dever de pagar essas custas, mesmo sendo beneficiário da justiça gratuita, só 
existirá se a extinção sem mérito decorrer, especificamente, de ausência na 
audiência inicial (“arquivamento”).
O dever de pagar essas custas processuais só pode ser eliminado em uma hi-
pótese: se o reclamante, no prazo de 15 dias, comprovar que faltou à audiência 
inicial por motivo justificado pela lei.
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Os motivos justificados por lei são: doença ou outro motivo ponderoso. 
Como já foi dito, o motivo legalmente justificável é o da doença ou aquele que, 
não sendo doença, cause debilidade proporcionalmente semelhante à que a doença 
causa, como a impossibilidade de locomoção.
§ 4º A revelia não produz o efeito mencionado no caput deste artigo se:
I – havendo pluralidade de reclamados, algum deles contestar a ação;
II – o litígio versar sobre direitos indisponíveis;
III – a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere 
indispensável à prova do ato;
IV – as alegações de fato formuladas pelo reclamante forem inverossímeis ou estive-
rem em contradição com prova constante dos autos.
O referido efeito é a confissão quanto à matéria de fato, isto é, a presunção 
de que todos os fatos alegados pela parte contrária são verdadeiros.
Nos casos desses quatro incisos, embora de fato ocorra revelia (ausência de 
defesa), não ocorre confissão. A consequência disso é que o reclamante deve, 
de qualquer modo, comprovar os fatos que alegou, sem poder invocar a confissão 
a seu favor. Isso porque, nesses quatro casos, não existirá confissão.
Abaixo, apresentarei um exemplo prático para cada inciso:
Exemplos práticos
Inciso I: O reclamante Pedro ajuíza ação trabalhista contra a empresa prestadora 
de serviços a terceiros HGF Terceirizações Ltda e, também, contra a empresa QW, 
tomadora dos serviços terceirizados. Pedro busca cobrar as verbas trabalhistas da 
sua empregadora (HGF), mas pretende o reconhecimento da responsabilidade sub-
sidiária da empresa QW, pelas verbas devidas em relação ao período em que pres-
tou serviços em suas dependências.
Nesse caso, se a empresa HGF oferecer contestação, mesmo que a empresa QW 
não conteste, esta, embora seja revel, não será confessa quanto à matéria de fato.
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Inciso II: A empresa Pão Bom ajuíza ação de consignação em pagamento alegan-
do que assinou a CTPS do trabalhador, com datas de entrada e saída da empresa, 
mas o trabalhador, no término do contrato, recusou-se a receber suas verbas res-
cisórias, razão que levou a empresa a ajuizar a ação consignatória. Nesse caso, 
se o trabalhador for revel, a confissão não incidirá sobre a alegação de que 
sua CTPS teria sido assinada. Nada impede que o trabalhador, posteriormente, 
alegue o contrário e prove.
Os direitos trabalhistas são conceitualmente indisponíveis. Contudo, o fato de a 
revelia não produzir confissão quando a causa versa sobre direitos indisponíveis diz 
respeito à indisponibilidade do direito pelo sujeito revel, e não pelo autor.
Os direitos trabalhistas indisponíveis, a ponto de evitar os efeitos de confissão, 
são aqueles absolutamente indisponíveis. Os direitos trabalhistas de natureza 
pecuniária (patrimonial), como salário, férias, 13º salário e aviso prévio, são indis-
poníveis no sentido de serem irrenunciáveis no curso do contrato de trabalho. Não 
significa que eventual acordo em audiência não possa reduzir suas importâncias. 
Assinatura em CTPS é um exemplo de direito absolutamente indisponível do traba-
lhador. Outros exemplos são as normas de saúde, higiene e segurança do trabalho, 
recolhimento de contribuições previdenciárias, normas de proteção ao trabalho da 
mulher e do menor, dentre outros.
Inciso III: João impetra mandado de segurança contra o órgão local integrante da 
estrutura do Ministério governamental responsável pela pasta trabalhista, por ter 
negado a expedição de certidão requerida em processo administrativo. João alega 
ter cópia da decisão denegatória, mas não junta ao processo tal cópia.
Se essa falta passar despercebida pelo juiz e a União for revel, não serão produzi-
dos efeitos da confissão, pois, nesse caso, a lei obriga o sujeito a apresentar, jun-
tamente com a petição inicial, o documento comprobatório da violação de direito 
líquido e certo (art. 6º da Lei n. 12.016/2009).
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Inciso IV: 1) Marcos ajuíza ação trabalhista contra seu empregador, Farias ME, 
pedindo horas extras, pois o empregador teria ordenado que Marcos fosse à Lua e 
voltasse, e Marcos fez o que o empregador pediu, e essa tarefa durou mais que 8 
horas no dia (fato inverossímil).
2) Cláudio postula o pagamento de saldo de salário, que não teria sido pago, mas 
acidentalmente junta aos autos comprovante bancário que atesta o pagamento 
dessa verba.
Nesses dois casos, os efeitos de confissão não serão produzidos, ainda que o recla-
mado não apresente defesa.
Na aula sobre a ação rescisória no processo do trabalho, cito que a revelia não pro-
duz confissão na ação rescisória. Esta regra está na Súmula 398 do TST:
“Na ação rescisória, o que se ataca é a decisão, ato oficial do Estado, acobertado 
pelo manto da coisa julgada. Assim, e considerando que a coisa julgada envolve 
questão de ordem pública, a revelia não produz confissão na ação rescisória.”
A proteção à coisa julgada não se enquadraria em quaisquer dos incisos do artigo 
ora em comento. A coisa julgada não é um mero direito da parte, mas sim uma ga-
rantia fundamental corporificada no art. 5º da Constituição Federal, que repercute 
em muitos outros interesses além do próprio interesse da parte.
A lógica disso está no seguinte pressuposto lógico: não há como alguém confes-
sar que outra pessoa fez algo. Se a decisão judicial é um “ato oficial do Estado”, 
não pode o réu da ação rescisória “confessar” que a decisão judicial é viciada por 
qualquer razão.
§ 5º Ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão aceitos 
a contestação e os documentos eventualmente apresentados.
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Este artigo surgiu para tornar a vida do reclamado muito mais fácil. Mesmo 
que ele seja ausente na audiência, não comparecendo ou não designando prepos-
to, basta que o seu advogado esteja presente nela para que a revelia seja 
afastada (caso a contestação já esteja juntada aos autos eletrônicos).
Ademais, todos os documentos que já tiverem sido apresentados nos autos 
servirão para limitar a abrangência dos efeitos da confissão. Portanto, o reclamado 
revel, se tiver advogado presente na audiência inicial, só será confesso quanto à 
matéria de fato sobre a qual não se posicionou na contestação ou não tenha junta-
do documentos para refutar.
Final da história: se o advogado estiver presente na audiência, o instituto da 
revelia e da subsequente confissão poderá perder sua aplicabilidade. O 
único modo de a revelia e a confissão serem plenamente aplicáveis em caso de o 
advogado do reclamado ser o único a comparecer é no caso de não terem sido jun-
tadas, até a audiência, contestação e documentos.
Se nem o reclamado e nem seu advogado comparecerem à audiência inicial, a re-
velia e a subsequente confissão serão plena e normalmente aplicáveis.
Art. 845 - O reclamante e o reclamado comparecerão à audiência acompanhados das 
suas testemunhas, apresentando, nessa ocasião, as demais provas.
O comparecimento das testemunhas em audiência, inicialmente, é de responsa-
bilidade da própria parte.
A última disposição normativa desse artigo é envelhecida e inaplicável do modo 
como está: “apresentando, nessa ocasião, as demais provas”.
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Eventuais provas documentais são, hoje, costumeiramente apresentadas antes 
da audiência, mediante juntada aos autos eletrônicos. O mesmo ocorre normal-
mente com as perícias.
Para fins de prova, leve em conta a literalidade deste artigo sem apegar-se 
a aspectos práticos.
2.1. Distinções entre Revelia e Confissão
Em alguns casos, a parte pode ser revel sem ser confessa, ou ser confessa 
sem ser revel.
Já vimos as hipóteses em que a revelia não produzirá confissão (art. 844, § 4º). 
Agora, veremos um caso de confissão, sem que necessariamente haja revelia.
Basicamente, trabalharemos com a regra da Súmula 74 do TST, muito explo-
rada em provas. Comentarei cada um dos três itens desta Súmula, separadamente:
I – Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela 
cominação, não comparecerà audiência em prosseguimento, na qual 
deveria depor.
Suponha que, em reclamação de rito ordinário, houve audiência inicial, com 
proposta de acordo recusada e oferecimento de defesa. Terminada a defesa, foi 
designada audiência de instrução, para algumas semanas depois.
Na audiência de instrução, para a qual ambas as partes foram intimadas, so-
mente o reclamante compareceu. Neste caso, todos os fatos que o reclamante ten-
tar comprovar na audiência de instrução (que é a “audiência em prosseguimento”), 
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com depoimentos, testemunhas e demais provas, serão considerados, em princí-
pio, verdadeiros. Isso se chama CONFISSÃO FICTA.
Exatamente a mesma regra será aplicada se somente o reclamado compare-
cer. Nesse caso, a regra é idêntica, mas é o reclamante quem será confesso. Logo, 
todos os fatos que o reclamado tentar comprovar na audiência de instrução serão 
considerados, em princípio, verdadeiros.
O reclamante (autor) também pode ser confesso!
Isso acontecerá se o reclamado (réu) comparecer à audiência de instrução e o re-
clamante (autor) faltar sem motivo justificável.
II – A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para con-
fronto com a confissão ficta (arts. 442 e 443, do CPC de 2015/ art. 400, I, 
do CPC de 1973), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de 
provas posteriores.
A confissão ficta decorrente de falta à audiência de instrução é mais sutil, pois 
todas as provas produzidas anteriormente serão devidamente consideradas, e po-
derão “combater” a confissão.
Exemplo prático
O reclamante alega que a empresa reclamada exigia trabalho em horas extras e 
nunca pagou por isso. Na audiência de instrução, a empresa é ausente (aplicando-se 
confissão ficta), e o reclamante traz duas testemunhas que confirmam sua alegação.
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Entretanto, a empresa reclamada, antes da audiência de instrução (juntamente 
com a defesa), juntou aos autos cartões de ponto que não registram nenhuma 
hora extra prestada. Como a empresa não tinha mais que 10 empregados, era do 
reclamante o ônus de comprovar que o cartão-ponto não corresponde à realidade.
Logo, como havia prova pré-constituída nos autos (cartões de ponto juntados com 
a defesa), o juiz poderá formar seu convencimento com base, também, nessa 
prova. Logo, tal prova será confrontada (comparada) com a confissão, e o juiz 
poderá considerar ambas as provas (cartões de ponto e confissão) para formar seu 
convencimento.
O segundo item desta súmula somente protege a prova pré-constituída. Após a 
confissão ficta, o juiz poderá indeferir todos os requerimentos de prova formulados 
pela parte confessa, sem que isso configure cerceamento de defesa.
III – A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente 
a ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de 
conduzir o processo.
Vamos aprender a regra do item III a partir de um exemplo prático:
Exemplo prático:
João, reclamante, queria ouvir duas testemunhas para comprovar que foi agredi-
do pelo empregador, o reclamado. Na audiência de instrução, João faltou, o que o 
tornou confesso (confissão ficta). João, portanto, está proibido de produzir provas 
posteriormente, em razão da confissão ficta.
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No entanto, essa proibição somente se aplica a João. O juiz, por força do Princípio 
Inquisitivo, pode determinar a coleta de todas as provas que ele entender neces-
sárias. Desse modo, se o juiz quiser ouvir tais testemunhas, ele poderá ouvi-las.
Essa oitiva ocorrerá não porque o reclamante pretendia ouvi-las, mas, sim, porque 
o juiz pretende ouvi-las. Logo, a proibição de produção de provas sobre deter-
minado fato controvertido somente se aplica à parte confessa, e nunca ao juiz.
É poder-dever do juiz buscar a verdade real sobre a lide que lhe foi submetida. Para 
isso, ele pode/deve usar todos os meios possíveis.
2.1.1. Contumácia e Revelia
Há ainda que se dar atenção a outro termo jurídico: contumácia. A contumá-
cia consiste na desobediência de ordens judiciais em geral: ausência em audiência, 
ausência de manifestação sobre atos processuais no prazo adequado, falta de es-
clarecimentos solicitados pelo juiz etc.
De forma mais simples, pode-se afirmar que a contumácia consiste na inércia 
da parte para a prática de quaisquer atos processuais no momento oportuno.
A contumácia é um gênero que abrange a revelia como sua espécie. Afinal de 
contas, a revelia consiste na consequência da ausência de defesa, que é somente 
uma hipótese do abrangente gênero da contumácia. Esta, por sua vez, compreende 
a inércia para qualquer ato processual, inclusive o ato de contestar.
Para ilustrar:
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2.1.2. Preposto e Defesa da União
Em essência, as regras aplicáveis ao preposto da União, em ações trabalhistas 
que a envolvam, bem como as regras para sua defesa, são praticamente iguais.
Todavia, faz-se necessária a abertura de um tópico específico para tratar deste 
tema em razão de um dispositivo da Lei n. 9.028/95, que dá um contorno especial 
à atuação do preposto e do advogado da União em audiências trabalhistas.
A Lei n. 9.028/95 dispõe sobre o exercício das atribuições institucionais da Advo-
cacia-Geral da União, em caráter emergencial e provisório. Em seu art. 5º, ela dispõe:
Art. 5º Nas audiências de reclamações trabalhistas em que a União seja parte, será 
obrigatório o comparecimento de preposto que tenha completo conhecimento do fato 
objeto da reclamação, o qual, na ausência do representante judicial da União, entregará 
a contestação subscrita pelo mesmo.
Este artigo costuma ser cobrado em provas da AGU, mas nada impede que ele 
seja cobrado em provas de outros órgãos e cargos, ante sua inserção no genérico 
tema das audiências trabalhistas. Confira, abaixo, os detalhes deste dispositivo:
• 1) O preposto deve ter completo conhecimento dos fatos. O adjetivo “com-
pleto” não é previsto na regra geral do art. 843, § 1º, da CLT, que se limita a 
exigir “conhecimento do fato”, seja ele completo ou não.• 2) O preposto da União pode comparecer sozinho, sem o Advogado da União, 
como prevê a regra geral da CLT. Todavia, neste caso, o preposto será obri-
gado a entregar a contestação escrita da União.
 – A contestação entregue pelo preposto deve ser assinada pelo Advoga-
do da União, na qualidade de procurador, obviamente. Logo, não pode o 
preposto fazer as vezes de advogado.
−	 Se o Advogado da União comparecer à audiência ao lado do preposto, se-
guir-se-á a regra geral.
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No mais, as regras aplicáveis ao preposto e ao procurador da União são as mes-
mas regras gerais aplicáveis a todas as partes.
2.2. Atos Processuais Praticados em Audiência
O processo do trabalho é marcado com muito destaque pelo Princípio da Ora-
lidade. Esse princípio tem por consequência natural a grande concentração de atos 
processuais em audiência. Portanto, as audiências no processo do trabalho têm 
uma função até maior do que no processo civil.
Todos os atos que devam ser praticados em audiência provocarão imediatas con-
sequências no processo, em razão de correta ou equivocada manifestação, ou da au-
sência de manifestação no momento oportuno. Desse modo, a audiência trabalhista 
acabou sendo conhecida como a mais dinâmica do direito processual brasileiro.
No processo do trabalho, a audiência terá procedimento distinto conforme se 
trate de reclamação trabalhista de rito ordinário ou de rito sumaríssimo.
Abordaremos, primeiramente, as audiências trabalhistas do rito ordinário. Refi-
ro-me à audiência no plural (audiências) porque, no rito ordinário, a audiência tra-
balhista é dividida em três partes. Duas dessas partes realizam-se com a presença 
das partes, e uma delas sem tal presença.
A seguir, apresentarei as considerações feitas na aula específica do dissídio in-
dividual e dos ritos ordinário e sumaríssimo, de modo a tornar seus estudos mais 
dinâmicos, tendo em vista, especialmente, o fato de estas duas aulas terem con-
teúdos diretamente relacionados (ritos e audiências).
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2.2.1. Audiências do Rito Ordinário
Como dito, no rito ordinário, ocorrem três audiências. Veja:
1ª Audiência: Audiência de Conciliação
Nesta, o juiz ouvirá das partes eventuais propostas de acordo e, em caso de 
intransigência ou injustiça da proposta, o juiz fará sua proposta de conciliação. É 
o que diz o art. 846 da CLT: “Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá 
a conciliação.”.
Se a conciliação não ocorrer, mesmo após tentativas válidas do juiz, o recla-
mado deverá apresentar sua defesa de forma oral, em 20 minutos, caso ainda não 
tenha protocolado defesa escrita no PJ-e. É o que dispõe o art. 847 da CLT: “Não 
havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a 
leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes.”.
Na prática, a leitura da reclamação nunca ocorre. No texto da lei, por sua vez, 
o procedimento é, sucessivamente, o seguinte:
• 1) Juiz propõe a conciliação.
• 2) Não havendo conciliação, a reclamação é lida na íntegra, salvo se as partes, 
mutuamente, dispensarem essa leitura, caso em que essa etapa não ocorrerá.
• 3) O reclamado apresentará defesa de forma oral, em 20 minutos, se ainda 
não a tiver oferecido de forma escrita no sistema do PJe.
2ª Audiência: Audiência de Instrução
Nesta audiência, o juiz atuará em busca da produção de provas em que possa 
se basear para proferir futura sentença, caso as partes não cheguem a um acordo 
antes dela.
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No momento em que a audiência de instrução se inicia, a defesa do reclamado 
já foi oferecida, seja de forma escrita, seja de forma oral, pois o momento mais 
tardio para apresentar defesa é na primeira audiência, de forma oral. Portanto, a au-
diência de instrução iniciar-se-á já com a busca da prova. É o que dispõe o art. 848 da 
CLT: “Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, podendo o presidente, 
ex officio ou a requerimento de qualquer juiz temporário, interrogar os litigantes.”.
Obs.: � Esse “interrogatório”, atualmente, é o depoimento pessoal do reclamante 
e do reclamado. Àquilo que a CLT chama de “interrogatório” aplicam-se as 
regras do CPC relativas ao depoimento pessoal. Estudaremos esse meio de 
prova na aula sobre provas, mas desde já adianto que o depoimento pessoal 
tem por principal objetivo obter-se a confissão da parte, por meio de afir-
mações que vão contra alegações dela em suas peças juntadas aos autos.
É necessário que ambas as partes estejam presentes na audiência de instrução, 
sob pena de confissão ficta. Estudaremos melhor esse fenômeno na aula sobre as 
audiências, mas já adianto, também, que a confissão ficta consiste na presunção de 
veracidade de todas as fundamentações da parte contrária na audiência de instru-
ção. Nesse caso, a consequência é idêntica para o reclamante e para o reclamado 
(ao contrário da ausência na audiência inicial, que causa revelia para um e arqui-
vamento para outro).
Após o depoimento pessoal (interrogatório) das partes, qualquer delas po-
derá retirar-se da audiência, desde que seu advogado nela permaneça. Imagine 
uma hipótese em que a parte está com tempo curtíssimo, por ter um voo marcado 
para as 15:00, e a audiência inicia-se às 14:00. Nesse caso, ela deve compare-
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cer sob pena de confissão ficta, mas poderá retirar-se após seu depoimento 
pessoal, ou após a dispensa de seu depoimento (interrogatório). É a regra 
do art. 848, § 1º, da CLT: “Findo o interrogatório, poderá qualquer dos litigantes 
retirar-se, prosseguindo a instrução com o seu representante”.
Conforme o art. 848, § 2º, da CLT, “Serão, a seguir, ouvidas as testemu-
nhas, os peritos e os técnicos, se houver.”. Este rol de produção probatória em 
audiência é aberto. Caso devam ser analisados outros elementos probatórios em 
audiência, eles serão analisados. Às vezes, alguma parte pretende que, em audiên-
cia, seja visto um vídeo, ou ouvido um áudio, por exemplo.
A oitiva das testemunhas ocorre da seguinte forma: a partefaz a pergunta ao 
juiz, e este, se entender que a pergunta é pertinente, formula a pergunta 
à testemunha. O juiz pode deferir ou indeferir a pergunta, conforme a relevância 
dela ao processo. Este sistema é conhecido como Sistema Presidencial ou Siste-
ma Indireto de coleta da prova testemunhal.
É muito rara a oitiva de peritos e assistentes técnicos em audiência. Geralmen-
te, a atuação destes sujeitos encerra-se em laudos e esclarecimentos escritos. A 
lei, contudo, prevê a possibilidade de eles serem ouvidos na audiência de instrução.
No procedimento ordinário (ora em estudo), o número máximo de testemu-
nhas é de TRÊS para cada parte (art. 821 da CLT). Este número é diferente no 
sumaríssimo e no inquérito judicial para apuração de falta grave. No inquérito, o 
limite é de seis para cada.
De modo geral, a produção de toda e qualquer prova deve ocorrer na audiência 
de instrução. Caso alguma, por sua natureza, não possa ser produzida em 
audiência (como expedição de ofícios a outras entidades para fornecimento de in-
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formações, requisição de imagens de câmeras de segurança, dentre outras), pelo 
menos o requerimento dessa prova deve ser feito, no mais tardar, na au-
diência de instrução.
Após a audiência de instrução, as partes não mais poderão produzir quaisquer provas.
Veja o que diz o art. 850 da CLT:
Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente 
de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a pro-
posta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão.
Após a produção de todas as provas necessárias (testemunhas, peritos etc.), 
as partes poderão sustentar suas razões finais, por no máximo 10 minutos cada 
uma. As razões finais servem para esclarecer pontos abordados por diferentes 
provas, de modo que a parte que está arrazoando possa mostrar ao juiz a melhor 
forma de interpretar uma prova ou um conjunto de provas produzidas.
Na prática, muitas vezes, os juízes permitem que as razões finais sejam ofere-
cidas de forma escrita, por meio de petições nos autos, após a audiência. Pela lei, 
as razões finais devem ser orais em audiência, o que dá expressão ao princípio 
da oralidade.
Após as razões finais orais (ou após a dispensa delas), o juiz deve propor, nova-
mente, a conciliação, com vista a todas as dificuldades do processo, que, a partir 
da produção das provas, tornam-se mais evidentes e admissíveis pelas partes.
Há doutrinadores que defendem que as razões finais consistem no momento 
processual adequado para a renovação de protestos realizados em audiência. 
É o chamado “protesto antipreclusivo”. Explico.
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Os chamados “protestos” são insurgências levantadas pelas partes no curso de 
uma audiência, com o fim de evitar a convalidação de uma nulidade relativa. Trata-
-se de uma forma de impugnar, imediatamente, alguma medida adotada pelo juiz, 
ou o indeferimento de alguma medida solicitada pela parte. Dessa forma, em grau 
recursal, poderá a parte seguramente apoiar-se na nulidade de algum ato do juiz 
para reverter uma situação processual desfavorável.
Os protestos antipreclusivos possuem um fundamento remoto na CLT, em seu 
art. 765: “As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das par-
tes, as quais deverão arguí-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência 
ou nos autos.”. Embora a CLT não preveja a figura do protesto nos autos, ela exige 
que as nulidades relativas sejam arguidas no primeiro momento em que a parte 
prejudicada tiver a palavra em audiência ou nos autos.
Entendimento do professor: as nulidades relativas, que se sujeitam à preclusão 
(convalidação), devem ser renovadas em razões finais pelo fato de as razões finais 
serem uma etapa processual expressamente prevista em lei. Os simples protestos 
em ata de audiência não configuram uma fase propriamente dita da audiência. 
Logo, a alegação da nulidade deve ser registrada numa etapa formal da audiência 
(razões finais), mesmo que de forma escrita, se o juiz deferir seu oferecimento 
desta forma.
Obs.: � As nulidades absolutas (como incompetência material do órgão) não pre-
cluem, razão pela qual, mesmo que a parte deixe de protestá-las, poderá 
alegá-las em qualquer tempo e grau de jurisdição.
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Exemplo:
A parte autora requer a oitiva de uma testemunha. O juiz indefere o requerimento, 
com fundamento na desnecessidade de novas provas para o fato. A parte autora, 
neste momento, poderá registrar em ata de audiência o seu protesto, de modo 
que, no futuro, poderá fundamentar eventual recurso em “cerceamento de defesa” 
ou outra razão pertinente.
Os protestos antipreclusivos, para muitos doutrinadores, devem ser renovados 
nas razões finais, quer orais, quer escritas.
DICA
A banca jamais chegaria ao ponto de cobrar a matéria 
de “protesto antipreclusivo em razões finais” se ela não 
conhecesse este posicionamento (de que os protestos 
deveriam ser renovados em razões finais). Portanto, se 
a banca abordar diretamente este entendimento, con-
sidere-o como válido. Afinal de contas, se a banca não 
conhecesse este entendimento, ela não chegaria ao 
ponto de mencioná-lo.
Como a audiência de instrução, no procedimento ordinário, é separada da de 
conciliação, é muito comum que essa tentativa ocorra no início da audiência de ins-
trução. Contudo, trabalhamos aqui com o esquema legal, que é cobrado em provas.
Resumidamente, a Audiência de Instrução tem a seguinte sucessão cronológica:
• 1) Depoimento pessoal (interrogatório) do reclamante e do reclamado
Obs.: � Após o depoimento, as partes podem, se quiserem, retirar-se, desde que o 
advogado da parte retirante fique na audiência até o fim
• 
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• 2) Produção das demais provas (testemunhas, peritos, técnicos etc.).
Obs.: � até 3 testemunhas para cada parte.
• 3) Razões finais, pelo tempo de 10 minutos para cada parte.
• 4) Renovação da proposta de conciliação pelo juiz.
3ª Audiência: Audiência de Julgamento (ou deEncerramento)
Esta audiência, na realidade, não acontece com a presença das partes. Ela é 
apenas lançada no processo para efeitos de publicação da sentença definitiva.
Cabe citar novamente o art. 850 da CLT: “Terminada a instrução, poderão as 
partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada 
uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não 
se realizando esta, será proferida a decisão.”.
Quando for designada a audiência de encerramento/julgamento, não haverá 
nenhuma oitiva das partes, mas somente publicação da decisão judicial. Logo, tra-
ta-se de uma audiência “fictícia”, a grosso modo.
2.2.2. Audiência Única do Rito Sumaríssimo
Por sua vez, o rito sumaríssimo é seguido a partir da concentração de atos pro-
cessuais numa única audiência, sem subdivisões. Veja:
Todas aquelas etapas de conciliação, instrução (testemunhas, peritos, técnicos 
etc.) e julgamento são programadas para ocorrerem num único evento. Trata-se 
de uma concentração de todas aquelas fases que elencamos anteriormente. Veja 
como ficará a sequência dessa audiência:
• 
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• 1) Juiz propõe a conciliação.
• 2) Não havendo conciliação, a reclamação é lida na íntegra, salvo se as partes, 
mutuamente, dispensarem essa leitura, caso em que essa etapa não ocorrerá.
• 3) O reclamado apresentará defesa de forma oral, em 20 minutos, se ainda 
não a tiver oferecido de forma escrita no sistema do PJ-e.
• 4) Depoimento pessoal (interrogatório) do reclamante e do reclamado
Obs.: � Após o depoimento, as partes podem, se quiserem, retirar-se, desde que o 
advogado da parte retirante fique na audiência até o fim.
• 5) Produção das demais provas (testemunhas, peritos, técnicos etc.).
Obs.: � No procedimento sumaríssimo, existe regra especial permitindo somente até 
DUAS testemunhas para cada parte (número diferente do rito ordinário).
• 6) Razões finais, pelo tempo de 10 minutos para cada parte.
• 7) Renovação da proposta de conciliação pelo juiz.
• 8) Julgamento.
Na prática, a prolação da sentença (julgamento) também ocorre a distância, e 
não na própria audiência. Pelo texto da lei, o julgamento deveria ocorrer na audiên-
cia, e é isso o que pode ser cobrado em provas.
3. Jurisdição Voluntária e Homologação de Acordo 
Extrajudicial
A Lei n. 13.467/2017 (Reforma Trabalhista) instituiu um procedimento especial 
de jurisdição voluntária próprio do processo do trabalho, com capítulo próprio na 
CLT: o procedimento de homologação de acordo extrajudicial.
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Doravante, a CLT passa a contemplar normas de caráter puramente contencioso 
e algumas normas personalizadas à natureza da jurisdição voluntária, com foco no 
acordo extrajudicial.
3.1. Jurisdição Voluntária no Processo do Trabalho
Quanto à relação jurídica submetida ao juiz pelas partes, a jurisdição pode ser 
voluntária ou contenciosa. Os procedimentos que estudamos ao longo do nosso 
curso são todos inerentes ao procedimento de jurisdição contenciosa, que é a regra 
geral, e você logo verá o porquê.
Afinal de contas, qual é a diferença entre jurisdição voluntária e contenciosa?
Abaixo, apresentarei a conceituação feita por Carlos Henrique Bezerra Leite:
• JURISDIÇÃO CONTENCIOSA: O Estado visa à composição de litígios por 
meio de um processo autêntico, no qual exista uma lide (conflito) a ser resol-
vida, com a presença das partes e aplicação das regras processuais de ônus 
probatório, revelia e confissão. Nessa modalidade jurisdicional, a decisão ju-
dicial pode produzir coisa julgada formal e material.
• JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA: O Estado participa como mero administrador 
de interesses privados, dando validade a negócios jurídicos por meio de um 
procedimento judicial. Neste caso, não existe lide (conflito) e nem partes (au-
tor e réu), mas apenas interessados (requerentes). Nesta modalidade jurisdi-
cional, a decisão judicial pode produzir tão somente coisa julgada formal.
Obs.: � Em razão de o procedimento de jurisdição voluntária envolver somente inte-
ressados, e não autor/réu, em busca da satisfação de interesse comum a 
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eles, o Procedimento de Homologação de Acordo Extrajudicial não possui 
reclamante/reclamado, mas, sim, requerentes. Ambos os sujeitos do acordo 
(trabalhador e empregador), portanto, são requerentes, sem distinção.
Aplicando o CPC de forma subsidiária, a jurisprudência justrabalhista reconhe-
ceu o cabimento de alguns procedimentos de jurisdição voluntária na Justiça do 
Trabalho, como o de expedição de alvarás (art. 725, inciso VII, CPC).
A seguir, lançarei comentários individualizados a cada dispositivo pertinente ao 
procedimento de homologação de acordo extrajudicial (arts. 855-B a 855-E da CLT, 
inseridos pela Reforma Trabalhista), de modo a tornar seu estudo mais sistematizado.
Art. 855-B. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição 
conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado.
§ 1º As partes não poderão ser representadas por advogado comum.
§ 2º Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de sua categoria.
Em outras aulas do curso, você já teve contato com a informação de que a Re-
forma Trabalhista criou uma nova hipótese em que o jus postulandi não será apli-
cável. Essa hipótese é a que estudaremos agora.
As partes, obrigatoriamente, devem ter advogado representando-as nesse 
procedimento especial. Portanto, a lista de exceções ao jus postulandi contida na 
Súmula 425 do TST deve ser estendida, com a inclusão do Procedimento de Homo-
logação de Acordo Extrajudicial.
O procedimento terá início a partir de uma única petição, formulada de forma 
conjunta pelas partes. Como a jurisdição voluntária tem por essência a busca por 
interesse comum às partes, o pedido pode ser formulado conjuntamente.
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Embora a petição possa ser conjunta, cada parte deverá ter o seu próprio 
advogado!
Esta é a regra do § 1º: o interesse é comum, mas o advogado deve ser separado.
Portanto, deverão

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