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Partes e procuradores PT

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
PARTE, PROCURADORES, REPRESENTAÇÃO, 
SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL E LITISCONSÓRCIO
Livro Eletrônico
GUSTAVO DEITOS
Professor de Cursos Preparatórios pra Concur-
sos Públicos. Coach especialista em Concursos 
Públicos. Servidor do TRT da 12ª Região.
Convocações: Técnico Judiciário do TRT da 12ª 
Região e Analista Judiciário do TRF da 3ª Re-
gião. Outras aprovações: 8° lugar – TRT da 24ª 
Região – Analista Judiciário, 39° lugar – TST – 
Analista Judiciário e 48° lugar – TRT da 24ª Re-
gião – Técnico Judiciário.
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Parte, Procuradores, Representação, Substituição Processual e Litisconsórcio
Prof. Gustavo Deitos
Partes, Procuradores, Litisconsórcio, Jus Postulandi e Justiça Gratuita ................4
1. Das Partes .............................................................................................6
1.1. Sujeitos Processuais: Capacidade de ser Parte, Capacidade Processual e 
Capacidade Postulatória ..............................................................................6
1.2. Jus Postulandi ...................................................................................10
1.3. Representação das Partes por Outros Sujeitos ........................................14
2. Dos Procuradores (Representação por Advogado) ......................................20
2.1. Mandato Tácito ..................................................................................31
3. Substituição Processual .........................................................................34
3.1. Sindicato (Substituto Processual) .........................................................35
3.2. Associação (Substituta Processual) .......................................................36
4. Litisconsórcio .......................................................................................37
4.1. Reclamações Trabalhistas Individuais Plúrimas .......................................40
5. Justiça Gratuita e Assistência Judiciária ....................................................42
5.1. Assistência Judiciária ..........................................................................42
5.2. Justiça Gratuita ..................................................................................45
Questões de Concurso ...............................................................................49
Gabarito ..................................................................................................68
Gabarito Comentado .................................................................................69
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Parte, Procuradores, Representação, Substituição Processual e Litisconsórcio
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PARTES, PROCURADORES, LITISCONSÓRCIO, 
JUS POSTULANDI E JUSTIÇA GRATUITA
Olá, querido(a) aluno(a) do Gran Cursos Online! Espero encontrá-lo muito bem! 
Neste curso, apresento-lhe várias aulas autossuficientes de direito processual do 
trabalho, com o objetivo de lhe disponibilizar, de forma prática e completa, o subs-
trato de conteúdo necessário para ter o melhor desempenho possível na prova.
Esta aula, assim como as demais aulas em PDF, foi elaborada de modo que você 
possa tê-la como fonte autossuficiente de estudo, isto é, como um material de 
estudo completo e capaz de possibilitar um aprendizado tão integral quanto outros 
meios de estudo.
A preferência por aulas em PDF e/ou vídeos pertence a cada aluno, que, indivi-
dualmente, avalia suas facilidades e necessidades, a fim de encontrar seus meios 
de estudo ideais. Dessa forma, o aluno pode optar pelo estudo com aulas em PDF 
e vídeos, ou somente com um ou outro meio.
Aqueles que preferem estudar somente com materiais em PDF terão o privilégio 
de contar com as aulas em PDF autossuficientes do nosso curso, a exemplo desta 
aula. De qualquer forma, nada impede que as aulas em PDF sejam utilizadas como 
fonte de estudos de forma aliada com as aulas em vídeo do Gran Cursos Online. 
Tudo depende, unicamente, da preferência de cada aluno.
Nesta aula, estudaremos especialmente os seguintes tópicos de Direito Proces-
sual do Trabalho:
•	 Partes e procuradores;
•	 Representação e substituição processual;
•	 Litisconsórcio;
•	 Assistência Judiciária e Justiça Gratuita;
•	 Jus postulandi;
•	 Mandato tácito.
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A aula é acompanhada de exercícios selecionados e reunidos de modo a abran-
ger todos os pontos importantes da aula, a fim de que seu conhecimento seja ainda 
mais solidificado. O número de exercícios é determinado de acordo com dois parâ-
metros: complexidade do conteúdo e número de questões de concursos existentes. 
Por resultado, o número de exercícios disponibilizados é determinado de modo que 
seu conhecimento sobre os temas seja efetivamente testado e fixado, mas sem que 
haja uma repetição obsoleta.
Nosso curso possibilita a avaliação de cada aula em PDF de forma fácil e rápida. 
Considero o resultado das avaliações extremamente importante para a continuida-
de da produção e edição de aulas, como fonte fidedigna e transparente de informa-
ções quanto à qualidade do material.
Peço-lhe que, por favor, fique à vontade para avaliar as aulas do curso, de-
monstrando seu grau de satisfação relativamente aos materiais. Seu feedback é 
importantíssimo para nós. Se houver algum problema com a visualização de mapas 
mentais (fonte, cor etc.), o problema possivelmente terá surgido em alguma fase 
da edição, pelo que o professor não responde. Neste caso, você pode entrar em 
contato com a central de atendimento responsável.
Cordialmente, torço para que a presente aula que seja de profunda valia para 
você e sua prova, uma vez que foi elaborada com muita atenção, zelo e considera-
ção ao seu esforço, que, para nós, é sagrado.
Caso fique com alguma dúvida após a leitura da aula, por favor, envie-a a mim 
por meio do Fórum de Dúvidas, e eu, pessoalmente, a responderei o mais rápido 
possível. Será um grande prazer verificar sua dúvida com atenção, zelo e profundi-
dade, e com o grande respeito que você merece.
Bons estudos!
Seja imparável!
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1. Das Partes
Para a compreensão das características e das regras aplicáveis às partes no 
processo do trabalho, abordaremos, neste capítulo da aula, as regras gerais, o jus 
postulandi e algumas das peculiaridades darepresentação processual.
1.1. Sujeitos Processuais: Capacidade de ser Parte, Capacidade 
Processual e Capacidade Postulatória
Os sujeitos processuais, de forma genérica, são todas as pessoas que podem 
atuar no processo, em várias possíveis condições: como autor, réu, juiz, membro 
do Ministério Público, advogado, Defensor Público, terceiro interveniente (como as-
sistente, denunciado à lide etc.) ou ainda como auxiliar da justiça (servidor).
É imprescindível que você tenha uma primeira noção teórica acerca das capaci-
dades de atuação dos sujeitos processuais, antes de adentrar no conteúdo da CLT. 
Nos processos judiciais, existem três tipos de capacidade:
• CAPACIDADE DE SER PARTE (ou Capacidade de Estar em Juízo): todo 
e qualquer sujeito com personalidade civil, seja pessoa natural (física) ou ju-
rídica, é capaz de se fazer presente, num processo, como parte, em busca da 
tutela jurisdicional de seu próprio direito. É suficiente, portanto, que a pessoa 
se encontre no exercício de seus direitos.
 – Confira o que dispõem os arts. 70 e 71 do CPC:
Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para 
estar em juízo.
Art. 71. O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por cura-
dor, na forma da lei.
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Obs.: � As pessoas que necessitem ser representadas (absolutamente incapazes) 
ou assistidas (relativamente incapazes) possuem, igualmente, a capacida-
de de ser parte, ou capacidade de estar em juízo. Afinal de contas, apesar 
de serem representadas/assistidas, o direito postulado em juízo pertence ao 
próprio representado/assistido; logo, é ele a parte do processo.
•	 CAPACIDADE PROCESSUAL: as pessoas que possam buscar a tutela juris-
dicional por conta própria, sem necessidade de representação ou assis-
tência, isto é, as que possuam capacidade civil plena, possuem capacidade 
processual. Elas podem, autonomamente, contratar advogado ou, nos casos 
em que a lei permite, atuar sozinhas no processo (ações de Juizado Especial 
Cível, de valor não superior a vinte salários mínimos, ou ações trabalhistas 
em geral).
•	 CAPACIDADE POSTULATÓRIA: esta capacidade é tida pelas pessoas que 
tenham o poder de dar início a um processo judicial, por ato próprio. Normal-
mente, são os advogados, Defensores Públicos e o Ministério Público.
−	 Quando a lei permitir que a parte ajuíze ação sem advogado (ações de Jui-
zado Especial Cível, de valor não superior a vinte salários mínimos, habeas 
corpus ou ações trabalhistas em geral), a pessoa que tiver capacidade 
processual terá, ao mesmo tempo, capacidade postulatória.
−	 Se a parte plenamente capaz pretender ajuizar ação em que necessite de 
advogado, ela terá capacidade processual, mas não a capacidade postula-
tória. É por isso que ela precisa de alguém que tenha o poder de proto-
colar a petição inicial (advogado – art. 1º, inciso I, Estatuto da Advocacia 
e da OAB).
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Na Justiça do Trabalho, a capacidade processual é tida por todas as pessoas 
maiores de 18 anos. Se a parte, no processo do trabalho, for menor de 18 anos, 
ela não terá capacidade processual por si só, caso em que deverá ser representada 
ou assistida por alguém.
Essa regra está no art. 793 da CLT:
Art. 793. A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus repre-
sentantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo 
sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador nomeado em juízo.
Vamos entender este artigo de forma fracionada.
•	 O menor de 18 anos é representado/assistido por seus representantes legais, 
que normalmente são os pais do menor. Nesse caso, os representantes legais 
do menor deverão assinar a reclamação trabalhista eventualmente ajuizada
•	 Se esse menor não tiver representantes legais juridicamente habilitados, sua 
reclamação trabalhista deverá ser conduzida em conjunto com qualquer um 
dos seguintes sujeitos:
−	 Ministério Público do Trabalho - MPT (ali referido como “Procuradoria 
da Justiça do Trabalho”).
−	 Sindicato da categoria profissional.
−	 Ministério Público Estadual - MPE.
−	 Curador nomeado pelo juiz do trabalho para esse encargo.
Tecnicamente, o menor de 18 anos não terá capacidade processual, mas terá 
capacidade de ser parte. Esta é a capacidade tida por toda e qualquer pessoa, 
ainda que absolutamente incapaz. O menor de 18 anos pode figurar no polo passivo 
como parte, mas o exercício das faculdades processuais deverá ser acompanhado 
pelas pessoas referidas nas regras acima.
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Ainda que seja menor de 18 anos, o sujeito emancipado terá, também, capaci-
dade processual. Esta regra não se encontra na CLT, em razão de lacuna norma-
tiva. As hipóteses de emancipação do sujeito menor de 18 anos – para conquistar 
capacidade civil plena como se maior de idade fosse – estão no parágrafo único do 
art. 5º do Código Civil. Nesse sentido, defende Carlos Henrique Bezerra Leite, em 
conjunto com a maioria da doutrina e da jurisprudência.
Para te ajudar a assimilar esta diferença básica, apresento o seguinte mapa 
mental:
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Obs.: � A CLT, por ter parte de sua redação relativamente antiga, não distingue, 
tecnicamente, os casos de representação (para os absolutamente inca-
pazes) ou assistência (para os relativamente incapazes). Para uma inter-
pretação mais adequada e eficiente, recomendo que interprete o termo 
“representação” na CLT de maneira ampliativa, englobando tanto a repre-
sentação propriamente dita como a assistência.
1.2. Jus Postulandi
Se a parte for maior de 18 anos (ou menor, mas emancipada), ela terá capaci-
dade processual, certo? E quanto à capacidade postulatória?
Na Justiça do Trabalho, as partes podem defender seus interesses, como recla-
mante ou reclamado, sem o acompanhamento de advogado.
Isto significa que, na Justiça do Trabalho, em regra, quem tiver capacidade pro-
cessual terá, concomitantemente, capacidade postulatória. A tal prerrogativa dá-se 
o nome de JUS POSTULANDI.
DICA!
Quem tiver capacidadeprocessual, terá, também, ca-
pacidade postulatória. Isso é o jus postulandi.
O jus postulandi, por alguns, é visto como um princípio, pois sua existência de-
ve-se à realidade socioeconômica que norteia a estruturação do direito processual 
do trabalho. Inclusive, em nossa aula sobre os princípios do processo do trabalho, 
apresentei-lhe este instituto como princípio.
A expressão legal do jus postulandi consta do art. 791 da CLT:
Art. 791. Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente pe-
rante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.
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De acordo com o que já adiantamos na aula sobre os princípios, em tempos de 
processo judicial eletrônico (PJe), a reclamação trabalhista do trabalhador desas-
sistido de advogado deverá ser intermediada por um servidor da Vara do Trabalho, 
que deverá criar uma peça na qual reduzirá a termo os fatos e os pedidos narrados 
pelo reclamante. Se, todavia, o reclamante levar consigo a reclamação formalmen-
te produzida, caberá ao servidor juntá-la ao processo, se verificar que os termos da 
peça, de fato, correspondem ao interesse do reclamante.
O jus postulandi, na Justiça do Trabalho, tem um limite. Esse limite é devido 
ao avanço da técnica jurídica. Algumas ações e recursos exigem da parte o preen-
chimento de vários requisitos complexos, técnicos, cujo acesso, na grande maioria 
das vezes, só não é oneroso para os advogados. O limite do jus postulandi (ou, 
se preferir, as exceções ao jus postulandi) está estampado na Súmula n. 425 
do TST:
Súmula n. 425 do TST
O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às 
Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcan-
çando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recur-
sos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.
Você pôde perceber, acima, que o art. 791 da CLT fala que as partes poderão 
acompanhar suas reclamações “até o final”. Todavia, esse termo não deve ser 
interpretado literalmente. Considerando a complexidade técnica dos recursos de 
competência do TST, bem como as peculiaridades jurídicas de ações especialíssi-
mas como ação rescisória e mandado de segurança, o TST lançou ao art. 791 in-
terpretação sistemática, com resultado restritivo.
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A Reforma Trabalhista criou outra hipótese em que o jus postulandi não preva-
lecerá: nos procedimentos de homologação de acordo extrajudicial.
O novo art. 855-B da CLT dispõe: “O processo de homologação de acordo ex-
trajudicial terá início por petição conjunta, sendo obrigatória a representação das 
partes por advogado.”.
Logo, não pode qualquer das partes submeter ao juiz acordo extrajudicial para 
homologação sem ter advogado constituído por procuração válida.
Portanto, as partes do processo trabalhista precisarão, necessariamente, ser 
representadas por advogado nos seguintes casos:
•	 Recurso de Revista (TST).
•	 Embargos Infringentes ou Embargos por Divergência (TST).
•	 Recurso Ordinário ao TST em processo de competência originária do TRT
•	 Ação Rescisória (em qualquer tribunal).
•	 Mandado de Segurança (em qualquer juízo ou tribunal).
•	 Homologação de Acordo Extrajudicial (em qualquer juízo ou tribunal).
Você pode estar se perguntando: por que o professor não citou a ação caute-
lar? É porque a ação cautelar não mais existe no ordenamento jurídico, em razão 
de ter sido extinta pelo Novo CPC, que destinou sua finalidade inteiramente ao ins-
tituto da tutela provisória. Dessa forma, a Súmula n. 425 merece uma atualização, 
para excluir a ação cautelar do rol.
Existe, ainda, um grande detalhe que merece sua atenção.
O habeas corpus (HC) é um remédio constitucional que, para ser impetrado, inde-
pende de advogado, seja em qual instância for.
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É raro que se impetre um HC na Justiça do Trabalho, mas é possível (art. 114, in-
ciso IV, Constituição Federal). Portanto, se um dia alguém impetrar um HC perante 
o Tribunal Superior do Trabalho, a parte poderá, sim, fazê-lo sem advogado. Tra-
ta-se de uma exceção à regra de que o advogado será sempre indispensável nos 
Tribunais Superiores.
Um exemplo já visto na prática de habeas corpus impetrado na Justiça do Tra-
balho – e citado na nossa aula sobre as competências da Justiça do Trabalho – é o 
dos jogadores de futebol. Abaixo, transcreverei o exemplo apresentado na referida 
aula, para otimizar a movimentação de seu material:
Exemplo prático
O jogador Ratinho, do Flamengo, acerta com o Corinthians, para onde pretende ser 
transferido. O Flamengo, todavia, condiciona a liberação de Ratinho ao pagamento 
de uma multa ilegal e abusiva. No campo esportivo, há várias normas regulamen-
tares acerca das transferências de atletas, e muitas delas envolvem a necessidade 
de que o clube libere o atleta. Se o Flamengo não liberar Ratinho, o jogador não 
terá tempo hábil para ser inscrito na disputa da Copa Libertadores da América, dis-
putada pelo Corinthians. A liberdade de ir e vir, por ser direito fundamental, deve 
observar o princípio da máxima efetividade e ser interpretada da forma mais abran-
gente possível. É por isso que o direito de trabalhar onde quiser é compreendido 
no campo da liberdade de ir e vir. Dessa forma, como Ratinho sente-se coagido em 
sua liberdade de ir e vir em decorrência de relação de trabalho. Ratinho procura 
você, advogado, que poderá impetrar habeas corpus na Justiça do Trabalho contra 
o Flamengo.
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Se a alternativa da questão falar somente que a parte deverá, necessariamente, 
ter advogado no âmbito do TST, você deve considerar a alternativa CERTA, esque-
cendo-se da remota hipótese do habeas corpus.
1.3. Representação das Partes por Outros Sujeitos
Uma regra importantíssima no processo do trabalho é que o advogado não 
pode, em hipótese alguma, atuar, ao mesmo tempo, como advogado e pre-
posto numa audiência trabalhista. É possível que o advogado atue somente como 
preposto, por exemplo. Essa proibição está também no art. 23 do Código deÉtica 
e Disciplina da OAB, que dispõe: “É defeso ao advogado funcionar no mesmo pro-
cesso, simultaneamente, como patrono e preposto do empregado ou cliente.”.
Portanto, a presença apenas do advogado na audiência não impedirá a ocorrên-
cia de arquivamento (se o reclamante estiver ausente) ou de revelia (se o reclama-
do estiver ausente).
Pois então: o que será necessário fazer se a parte, em pessoa, não puder ir à 
audiência?
Na aula sobre as audiências, estudaremos a questão da impossibilidade de loco-
moção devidamente comprovada, que é uma hipótese que justifica a ausência da 
parte na audiência. Neste momento, tratarei dos sujeitos que podem ir à audiência 
representando, processualmente, a parte que não pôde estar presente.
As regras são distintas para o reclamante e para o reclamado.
No caso do reclamante, a regra é a do art. 843, § 3º, da CLT:
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§ 3º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, 
não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar 
por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.
O adjetivo “poderoso”, pelo que a grande maioria dos juristas afirmam, foi es-
crito de forma equivocada. Na verdade, a redação deveria ser apresentada com o 
adjetivo “ponderoso”, que indicaria um motivo ponderável (comparável, associável) 
com a doença.
Basicamente, o motivo legalmente justificável para que o reclamante seja re-
presentado por outra pessoa na audiência é o da doença ou aquele que, não 
sendo doença, cause debilidade proporcionalmente semelhante à que a 
doença causa.
Poderão representar o reclamante, portanto, as seguintes pessoas:
•	 Empregado da mesma categoria profissional (Exemplo: metalúrgico é 
reclamante, representado por outro metalúrgico, da mesma categoria profis-
sional da localidade).
•	 Sindicato da categoria profissional do reclamante (Exemplo: pessoa in-
tegrante do sindicato que é incumbida de ir às audiências para representar 
reclamantes em caso de necessidade).
Seja doença, seja outro motivo ponderoso, o fato alegado deve ser devidamente 
comprovado no processo. Cabe ao advogado (ou ao próprio reclamante, se não 
tiver advogado) juntar aos autos do processo prova do motivo alegado para que o 
reclamante fosse representado em audiência por outra pessoa.
E no caso do reclamado, como funciona a sua representação na audiência por 
outra pessoa?
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Na realidade, o empregador, na grande maioria das vezes, é pessoa jurídica. 
O representante legal da pessoa jurídica, muitas vezes, é impossibilitado de com-
parecer às audiências, seja em razão da abrangência nacional da empresa, seja em 
razão do número de reclamações trabalhistas existentes.
É por isso que a regra aplicável ao reclamado é mais vantajosa. Veja-a no 
art. 843, § 1º, da CLT:
§ 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro 
preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o propo-
nente.
Em qualquer caso, sem depender de qualquer justificativa, o empregador po-
derá ser representado por pessoa que tenha conhecimento do fato. Pode ser o 
gerente, um empregado seu, ou qualquer conhecido. O único requisito essencial 
para representar o empregador reclamado é ter conhecimento do fato.
A Reforma Trabalhista acrescentou ao art. 843 da CLT o § 3º, que dispõe: “O 
preposto a que se refere o § 1º deste artigo não precisa ser empregado da 
parte reclamada.”.
Antes da Reforma, a regra era diferente. Alguns empregadores específicos de-
veriam ser necessariamente empregados da reclamada (Súmula n. 377 do TST). 
Agora, a súmula que tratava sobre isso está totalmente superada. Todo e qualquer 
empregador poderá ser representado em audiência por qualquer pessoa que tenha 
conhecimento dos fatos narrados na reclamação.
Confira o seguinte mapa mental do resumo das diferenças apresentadas:
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Há, ainda, pessoas com regras específicas de representação no processo. Essas 
regras estão no art. 75 do CPC:
Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:
I – a União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão vinculado;
II – o Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores;
III – o Município, por seu prefeito ou procurador;
IV – a autarquia e a fundação de direito público, por quem a lei do ente federado 
designar;
V – a massa falida, pelo administrador judicial;
VI – a herança jacente ou vacante, por seu curador;
VII – o espólio, pelo inventariante; (REGRA APLICÁVEL PARA EMPREGADOS E EM-
PREGADORES FALECIDOS)
VIII – a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, 
não havendo essa designação, por seus diretores;
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IX – a sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem persona-
lidade jurídica, pela pessoa a quem couber a administração de seus bens;
X – a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de 
sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil;
XI – o condomínio, pelo administrador ou síndico.
Obs.: � Esta regra é para representação no processo, isto é, para a prática de 
atos processuais nos autos. A regra para representação pessoal na audiên-
cia, no caso do empregador, será aquela já estudada (qualquer pessoa com 
conhecimento do fato para o empregador e empregado da mesma categoria 
ou sindicato para o empregado).
As regras estabelecidas neste artigo dizem respeito à pessoa que possui a atri-
buição de representar em juízo os interesses dos sujeitos de direito mencionados 
nos incisos (pessoas naturais, pessoas jurídicas e corpos despersonalizados).
O art. 75 não é muito explorado em provas, mas, quando é, acaba sendo um grande 
diferencial na prova, uma vez que a cobrança se dirige à literalidade de todos os incisos. 
A banca, nesta situação, busca trocar as pessoas representantes dos sujeitos.
Exemplos:
1) O condomínio (inciso XI) é representado pelo administrador ou síndico. Já a 
massa falida (inciso V) é representada peloadministrador judicial. Já há questões 
afirmando, incorretamente – para confundir o candidato –, que o condomínio seria 
representado pelo administrador judicial.
2) O Município pode ser representado pelo seu procurador ou, ainda, pelo seu pre-
feito (inciso III). Há questões afirmando que todos os entes federados (indistinta-
mente) seriam representados por seus procuradores. Embora a União, os Estados 
e o Distrito Federal sejam de fato representados por seus procuradores (incisos I 
e II), as bancas tentam confundir o candidato, dizendo que o Município seguiria a 
mesma lógica, o que é errado.
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Apesar do número de representantes para memorizar, a missão não é tão difícil 
como parece. Acompanhe:
•	 É evidente que a massa falida será representada pelo administrador judi-
cial, uma vez que a Lei de Falências dispõe de forma muito repetitiva que o 
administrador judicial deverá gerir a massa falida;
•	 É evidente que o espólio será representado pelo inventariante, uma vez que 
o conjunto de bens é o objeto natural do processo de inventário;
•	 Como as autarquias e fundações de direito público são criadas por lei e não 
possuem uma estrutura previamente definida, é a lei criadora destas enti-
dades que deverá dispor sobre sua representação processual. A lei poderá 
criar carreira de Procurador Autárquico ou Procurador Fundacional ou, ainda, 
determinar que os procuradores do ente federado representem também a 
autarquia/fundação;
•	 Os entes despersonalizados são representados pelo sujeito que administra 
seus bens, uma vez que a gestão de bens é o poder de gestão mais importante 
aos olhos do juiz: os bens do ente são o mais importante para o processo civil;
•	 As pessoas jurídicas em geral têm liberdade de escolher seus representantes, 
indicando-os no ato constitutivo da pessoa jurídica. Na omissão, a atribuição 
representativa será do dirigente.
Os incisos que merecem um trabalho de memorização maior, ao que parece, são 
os seguintes:
•	 VI – a herança jacente ou vacante, por seu curador;
•	 X – a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou admi-
nistrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil;
•	 XI – o condomínio, pelo administrador ou síndico.
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No decorrer da aula, estudaremos as reclamações trabalhistas plúrimas, que con-
sistem em caso de litisconsórcio. Desde já, aproveito para adiantar que, no caso de li-
tisconsórcio, os empregados da ação poderão ser representados pelo sindicato da cate-
goria (art. 843, caput, da CLT). Ainda voltaremos a estudar esse tema, fique tranquilo.
2. Dos Procuradores (Representação por Advogado)
Embora a parte, no processo do trabalho, possa se fazer representar sem advo-
gado em muitas ocasiões, o advogado dá à parte enorme vantagem em decorrência 
de um grande incremento de técnica jurídica, habilidade processual e conhecimen-
to técnico.
Muitos sustentam que o jus postulandi seria inconstitucional, em razão de a 
Constituição Federal de 1988, em seu art. 133, classificar a figura do advogado 
como essencial à administração da justiça. A mesma tese é levantada para sus-
tentar a inconstitucionalidade da capacidade postulatória das pessoas nos Juizados 
Especiais, em causas com certo valor, também.,
Todavia, essa tese não prospera. A Reforma Trabalhista, igualmente, manteve o 
jus postulandi no direito processual do trabalho, confirmando a simpatia legislativa 
com esse instituto.
De qualquer maneira, a proporção de pessoas que contratam advogados para 
representarem-nas em ações trabalhistas é extremamente maior. São pouquíssi-
mas as pessoas que se propõem a ajuizar ações trabalhistas sem advogado.
A CLT, ao dispor sobre os sujeitos legitimados a representar tecnicamente as 
partes, dispõe, em seu art. 791, § 1º, o seguinte:
Art. 791, § 1º: Nos dissídios individuais os empregados e empregadores poderão 
fazer-se representar por intermédio do sindicato, advogado, solicitador, ou provisio-
nado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil.
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Atualmente, só são aplicáveis, como representantes processuais, os advoga-
dos e os sindicatos. Os sindicatos, por sua vez, exercem essa representação 
processual por intermédio de advogados que os representam. Portanto, no fundo, 
é sempre o advogado quem representa a parte, ressalvadas raríssimas exceções.
Todo advogado deve ser devidamente habilitado. Essa habilitação, normalmen-
te, ocorre mediante instrumento de procuração juntado ao processo, ou por subs-
tabelecimento de um advogado a outro. Há uma exceção, que estudaremos em 
seguida.
Para você compreender o que será cobrado sobre a representação do advogado 
em prova, apresentarei, abaixo, o conjunto de Súmulas e OJs do TST que tra-
tam sobre o tema e são cobradas com recorrência:
Súmula n. 436 do TST:
I – A União, Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e funda-
ções públicas, quando representadas em juízo, ativa e passivamente, por seus 
procuradores, estão dispensadas da juntada de instrumento de mandato 
e de comprovação do ato de nomeação.
II – Para os efeitos do item anterior, é essencial que o signatário ao menos 
declare-se exercente do cargo de procurador, não bastando a indicação do 
número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil.
Essa súmula quer dizer que as pessoas jurídicas de direito público são repre-
sentadas, no processo, por seus procuradores (disso você já sabia). Para que os 
procuradores sejam legitimados a fazer essa representação, é suficiente que eles 
declarem, expressamente, que exercem o cargo de Procurador que ocu-
pam. Basta declarar, tão somente. Não é preciso juntar cópia de sua nomeação 
para o cargo.
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O procurador do ente/entidade de direito público não precisará, portanto, juntar 
qualquer instrumento de procuração ou substabelecimento. Ele não precisará, tam-
bém, apresentar cópia do ato administrativo que o nomeou (portaria, decreto etc.).
Além da declaração expressa de ocupar o cargo de procurador, este precisaráindicar o número de sua OAB. Indicar o número de inscrição da OAB, na verdade, 
deve ser cumprido por todo e qualquer advogado.
Súmula n. 456 do TST
I – É inválido o instrumento de mandato firmado em nome de pessoa jurídica 
que não contenha, pelo menos, o nome do outorgante e do signatário 
da procuração, pois estes dados constituem elementos que os individualizam.
II – Verificada a irregularidade de representação da parte na instância ori-
ginária, o juiz designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. 
Descumprida a determinação, extinguirá o processo, sem resolução de mérito, 
se a providência couber ao reclamante, ou considerará revel o reclamado, se 
a providência lhe couber (art. 76, § 1º, do CPC de 2015).
III – Caso a irregularidade de representação da parte seja constatada em fase 
recursal, o relator designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado 
o vício. Descumprida a determinação, o relator não conhecerá do recurso, se 
a providência couber ao recorrente, ou determinará o desentranhamento das 
contrarrazões, se a providência couber ao recorrido (art. 76, § 2º, do CPC de 
2015).
A procuração dada por pessoa jurídica a um advogado deverá conter, em seu 
conteúdo, o nome da pessoa que outorgou a procuração. Normalmente, é o re-
presentante legal da pessoa jurídica ou alguém autorizado por ele. Não é possível 
que conste somente o nome da pessoa jurídica, pois é possível que algum sujeito 
outorgue procuração sem poderes para isso dentro da pessoa jurídica, achando que 
os tem.
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A irregularidade de representação, mencionada nos itens II e III da súmula, 
consiste na existência de defeito no elemento que prova, no processo, que o advo-
gado está autorizado a defender os interesses da parte. Geralmente, a irregularida-
de de representação é manifestada por falta de juntada de procuração aos autos, 
ou pela falta de juntada de substabelecimento.
Em qualquer caso de irregularidade de representação, a parte terá 5 dias 
para resolver o problema. Felizmente, o prazo será sempre esse, o que faci-
lita sua memorização. O problema normalmente é resolvido com a juntada da 
procuração, do substabelecimento ou da correção de algum erro em instrumento já 
juntado (falta de poderes, nomes equivocados etc.).
Se esse prazo for esgotado sem que a parte regularize sua representação pro-
cessual, as consequências dependerão de quem é a parte, e em que fase está o 
processo. Para entender com a maior clareza possível, apresentarei, abaixo, as con-
sequências em um quadro:
INSTÂNCIA ORIGINÁRIA 
(antes de qualquer recurso)
INSTÂNCIA RECURSAL (já em 
grau de recurso)
RECLAMANTE
Processo extinto sem resolução 
do mérito
Seu recurso não será conhecido 
(não analisado)
RECLAMADO Revelia
Suas contrarrazões, se ofereci-
das, serão retiradas do processo 
(desentranhadas)
Súmula n. 383 do TST
I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos 
autos até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter 
excepcional (art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado, indepen-
dentemente de intimação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) dias 
após a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante des-
pacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado e 
não se conhece do recurso.
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II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, 
em procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o 
órgão competente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) 
dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não 
conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará 
o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido 
(art. 76, § 2º, do CPC de 2015).
Se não houver registro em ata de audiência de que o advogado atuou com man-
dato tácito, ele deverá, necessariamente, ter instrumento de procuração juntado 
aos autos para poder interpor recurso em favor da parte.
Se não houver procuração ou substabelecimento nos autos, o magistrado pro-
ferirá despacho concedendo à parte o prazo de 5 dias para regularizar o equívoco. 
Ponto importante é que esse prazo não depende de intimação, isto é, a falta de 
intimação para regularização não prejudica a validade do ato processual. Esse pra-
zo pode ser prorrogado por mais 5 dias.
Se a parte não cumprir essa determinação, o ato praticado pelo advogado (in-
terposição de recurso) será ineficaz, e, por consequência natural, o recurso não 
será conhecido, por ausência do pressuposto “regularidade de representação”.
O segundo item desta súmula foi comentado nas considerações feitas à Súmula 
n. 456, acima.
OJ 318 da SDI-I do TST
I – Os Estados e os Municípios não têm legitimidade para recorrer em nome 
das autarquias e das fundações públicas.
II – Os procuradores estaduais e municipais podem representar as respectivas 
autarquias e fundações públicas em juízo somente se designados pela lei da 
respectiva unidade da federação (art. 75, IV, do CPC de 2015) ou se investidos 
de instrumento de mandato válido.
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Espera aí, professor. Você acabou de mostrar que os procuradores de entes de 
direito público podem somente declarar que exercem o cargo de procurador, 
sem necessidade de instrumento de procuração.
Caro(a) aluno(a), o contexto dessa OJ é um pouco diferente. Explicarei:
No item II, a súmula está tratando da hipótese em que um Procurador do Es-
tado/Município atua em juízo representando uma Autarquia Estadual/Mu-
nicipal, que é uma pessoa jurídica diferente. Nesse caso, esse procurador só 
poderá representar a autarquia (pessoa jurídica diferente daquela que o procurador 
representa em razão de seu cargo) se a lei que criou a autarquia disser, expressa-
mente, que o Procurador do Estado poderá representá-la em juízo.
Se a lei criadora da autarquia ou da fundação pública (fundação autárquica) não 
disser nada, o Procurador do Estado/Município poderá, ainda, representar a autar-
quia se ela lhe outorgar procuração.
Veja: se a própria autarquia tivesse um Procurador próprio, seria aplica-
da a regra normal da Súmula n. 436, que é a necessidade de simples declaração 
do advogado.
Para não esquecer, apresento exemplo com o Procurador do Estado, em ilustração:
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Quanto ao item I desta súmula, a regra é simples: o Estado/Município não 
pode recorrer, em nome próprio, em favor de autarquia ou fundação de direito 
público estadual/municipal. Embora seus procuradores possam ajudá-la (na 
forma anteriormente tratada), é impossível que o ente federativo pleiteie 
direito de entidade da Administração Indireta, pois são pessoas jurídi-
cas distintas, com direitos próprios. É diferente do que ocorre com os órgãos, 
que integram uma mesma pessoa.
OJ 319 da SDI-I do TST
Válidos são os atos praticados por estagiário se, entre o substabeleci-
mento e a interposição do recurso, sobreveio a habilitação, do então esta-
giário, para atuar como advogado.
Imagine que o estagiário do escritório de advocacia recebeu substabeleci-
mento do advogado do mesmo escritório, mas antes de o estagiário ser inscri-
to na OAB. Com base nesse substabelecimento – outorgado quando ele ainda 
não era advogado –, o estagiário (agora advogado) poderá interpor recurso no 
processo em favor da parte representada, sem necessidade de novo substabe-
lecimento.
OJ 371 da SDI-I do TST
Não caracteriza a irregularidade de representação a ausência da data 
da outorga de poderes, pois, no mandato judicial, ao contrário do man-
dato civil, não é condição de validade do negócio jurídico. Assim, a data 
a ser considerada é aquela em que o instrumento for juntado aos autos, 
conforme preceitua o art. 409, IV, do CPC de 2015 (art. 370, IV, do CPC de 
1973). Inaplicável o art. 654, § 1º, do Código Civil.
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Esta é simples. Se o instrumento da procuração for datado, a outorga dos pode-
res será considerada existente desde essa data. Se, contudo, não houver data na 
procuração, o início da outorga de poderes será considerado existente na data em 
que o instrumento da procuração é juntado aos autos do processo.
OJ 374 da SDI-I do TST
É regular a representação processual do subscritor do agravo de instrumento 
ou do recurso de revista que detém mandato com poderes de representação 
limitados ao âmbito do Tribunal Regional do Trabalho, pois, embora a apre-
ciação desse recurso seja realizada pelo Tribunal Superior do Trabalho, a sua 
interposição é ato praticado perante o Tribunal Regional do Trabalho, circuns-
tância que legitima a atuação do advogado no feito.
Imagine que o advogado recebe substabelecimento com reserva de poderes, 
podendo atuar somente até o TRT, e não no TST ou no STF. A parte representada foi 
vencida em grau de recurso ordinário no TRT. Portanto, o advogado deve interpor 
recurso de revista ao TST, ou agravo de instrumento para destrancar o recurso de 
revista, se for denegado.
Os recursos de revista e os agravos de instrumentos destinados a destrancá-los 
são interpostos com destino ao Presidente do TRT, normalmente. Os regimentos 
internos ainda podem dar essa competência aos Vices, ou a outra autoridade.
Veja: a interposição do recurso de revista ou do agravo de instrumento ocorre 
no âmbito do TRT, produzindo somente consequências no TST. Logo, se o ato é 
praticado no âmbito do TRT, o advogado com poderes restritos ao TRT estará legi-
timado a interpor esses dois recursos.
OJ 151 da SDI-II do TST
A procuração outorgada com poderes específicos para ajuizamento de recla-
mação trabalhista não autoriza a propositura de ação rescisória e mandado de 
segurança. Constatado, todavia, o defeito de representação processual na fase 
recursal, cumpre ao relator ou ao tribunal conceder prazo de 5 (cinco) dias 
para a regularização, nos termos da Súmula n. 383, item II, do TST.
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Se a procuração tiver cláusula de restrição ao ajuizamento de ação trabalhista 
comum, o advogado não poderá ajuizar mandados de segurança e ações rescisó-
rias. Isso consiste numa limitação objetiva do exercício dos poderes do advoga-
do, por mais amplos que estes sejam.
Portanto, caso seja verificado que, no curso da ação rescisória ou do mandado 
de segurança, a procuração do advogado restringe seus poderes a uma reclamação 
trabalhista comum, deverá ser concedido o prazo de 5 dias para regularização, 
sob as penas cominadas na Súmula n. 383, que estudamos anteriormente.
Súmula n. 395 do TST (explicação separada por itens)
I – Válido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contém 
cláusula estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da 
demanda (§ 4º do art. 105 do CPC de 2015).
Suponha que a procuração seja válida pelo prazo de um ano, conforme cláusula 
nela constante. Nesse caso, mesmo que o período de um ano seja ultrapassado, 
a procuração permanecerá válida e os poderes continuarão existindo se existir, na 
procuração, cláusula autorizando o advogado a exercer os poderes até o final do 
processo, seja qual for o tempo de sua duração.
II – Se há previsão, no instrumento de mandato, de prazo para sua juntada, 
o mandato só tem validade se anexado ao processo o respectivo instru-
mento no aludido prazo.
Os direitos trabalhistas sujeitam-se a prazo prescricional, certo? Portanto, o tra-
balhador, atento sobre a possibilidade de seus direitos prescreverem, pode exigir 
que conste na procuração um prazo para que o advogado junte o instrumento ao 
processo pretendido.
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Se, por exemplo, o cliente faz constar na procuração o prazo de 60 dias para 
sua juntada ao futuro processo (juntamente com a petição inicial e demais docu-
mentos), a procuração – e a regularidade de representação – só será válida se for 
juntada ao processo dentro desses 60 dias.
Após esse prazo, caracterizar-se-á irregularidade de representação, e será dado 
o prazo de 5 dias para que o equívoco seja sanado, sob as penas da Súmula n. 383.
III – São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, 
no mandato, poderes expressos para substabelecer (art. 667, e parágrafos, do 
Código Civil de 2002).
O substabelecimento é direito do advogado. O cliente não precisa autorizar o 
substabelecimento. Por isso, os atos praticados pelo advogado substabelecido são 
válidos, mesmo que a procuração não tenha, expressamente, autorização para dar 
substabelecimento.
O art. 24 do Código de Ética da OAB autoriza o advogado a substabelecer com 
ou sem reserva de poderes.No caso de substabelecimento sem reserva de poderes 
(substabelecido com poderes integrais), o cliente deverá ter prévio e inequívoco 
conhecimento, mas não precisará “autorizar”.
IV – Configura-se a irregularidade de representação se o substabelecimento é 
anterior à outorga passada ao substabelecente.
Embora o substabelecimento seja direito do advogado, ele não poderá substa-
belecer poderes que não tem. Portanto, se antes mesmo de receber os poderes por 
procuração o advogado resolver dar substabelecimento a outro advogado, a repre-
sentação da parte será irregular se exercida pelo advogado substabelecido, pois o 
substabelecente nem mesmo direito tinha de substabelecer poderes que não tem.
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Nesse caso, novamente, será dado o prazo de 5 dias para que o equívoco seja 
resolvido, sob as penas da Súmula n. 383.
Súmula n. 383
V – Verificada a irregularidade de representação nas hipóteses dos itens II e 
IV, deve o juiz suspender o processo e designar prazo razoável para que seja 
sanado o vício, ainda que em instância recursal (art. 76 do CPC de 2015).
O “prazo razoável” referido neste item – e também no art. 76 do CPC – foi esti-
pulado pelo TST na Súmula 383, em atenção às peculiaridades principiológicas da 
Justiça do Trabalho. Tal prazo é de 5 dias.
Nos comentários aos itens II e IV, destaquei o fato de o prazo de 5 dias ser con-
cedido à parte para a regularização de sua representação processual.
OJ 255 da SDI-I do TST
O art. 75, inciso VIII, do CPC de 2015 (art. 12, VI, do CPC de 1973) não 
determina a exibição dos estatutos da empresa em juízo como condição de 
validade do instrumento de mandato outorgado ao seu procurador, salvo se 
houver impugnação da parte contrária.
Os estatutos das pessoas jurídicas podem dispor sobre os poderes de determi-
nados integrantes. Dentre esses poderes, pode estar o poder para conferir pro-
curação a alguém.
Caso a procuração seja conferida por quem não tenha poder para tanto, o negó-
cio jurídico que originou o mandato conterá vício. Todavia, é incumbência da parte 
contrária impugnar esse fato. O juiz não poderá, de ofício, questionar a validade do 
instrumento de procuração em razão de o estatuto da empresa não ter sido junta-
do aos autos, a propósito de saber se o outorgante tem, realmente, poderes para 
outorgar procuração.
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Parte, Procuradores, Representação, Substituição Processual e Litisconsórcio
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OJ 349 da SDI-I do TST
A juntada de nova procuração aos autos, sem ressalva de poderes conferidos 
ao antigo patrono, implica revogação tácita do mandato anterior.
Exemplo prático:
O advogado Marcos recebe procuração do reclamante Ademir para representá-lo 
em determinada ação trabalhista. Logo, Marcos junta essa procuração juntamente 
com a petição inicial no processo. Três meses depois, Ademir e Marcos se desenten-
dem, e Marcos procura o advogado Pedro, outorgando-lhe nova procuração. Pedro 
junta essa procuração, devidamente assinada por Marcos, ao processo e passa a 
representá-lo. Neste caso, a juntada da procuração dada a Pedro faz presumir que 
a procuração dada a Marcos está revogada pelo reclamante. Dessa forma, eventual 
ato praticado posteriormente por Marcos será ineficaz.
2.1. Mandato Tácito
Na Justiça do Trabalho, o mandato tácito consiste na outorga de poderes pela 
parte a algum advogado por um meio que não seja a procuração formal.
Geralmente, quando a parte é acompanhada de advogado em sua reclamação 
trabalhista, ela confere ao advogado uma procuração específica, com poderes ge-
rais e, na maioria das vezes, também poderes especiais.
As exceções a esse fato verificam-se quando uma parte vai para a audiência 
trabalhista sem advogado nenhum, mas, na espera pelo início de sua audiência – 
ou até mesmo após seu início –, essa parte aceita que um advogado ali presente a 
acompanhe na audiência.
Para você relembrar a diferença entre poderes para o foro em geral e pode-
res especiais, cito o art. 105, caput, do CPC:
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Art. 105. A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou par-
ticular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, 
exceto receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, de-
sistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar 
compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica, que devem constar 
de cláusula específica.
A partir da palavra “exceto”, são os poderes especiais. Portanto, os po-
deres para o foro em geral (tidos pelo advogado investido em mandato tácito) são 
todos, com exceção dos especiais.
Portanto, o advogado trabalhista investido em mandato tácito NÃO PODERÁ: 
receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, 
renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar 
compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica.
Exemplo prático:
Marino, empresário, é reclamado em uma ação trabalhista. No dia da audiência, 
Marino comparece sozinho, sem ter contratado advogado. O reclamante, por sua 
vez, está assistido por advogado reconhecido por sua grande habilidade profissio-
nal na área trabalhista. Com medo de ser derrotado na audiência por desconhecer 
o procedimento trabalhista, Marino dirige-se a Paulo, advogado (que está presente 
na Vara do Trabalho em razão de ter uma audiência marcada para o final da tarde), 
convidando-o a acompanhá-lo na audiência, representando-o no que for possível. 
O advogado Paulo aceita o pedido de Marino e o acompanha na audiência, apresen-
tando-se como seu advogado. Para que a representação processual de Marino se 
torne certa e inequívoca, Marino deverá informar ao juiz que Paulo é seu advogado, 
devendo essa informação constar no texto da ata da audiência.
Veja: nesse contexto, mesmo sem procuração juntada aos autos, Paulo representa 
Marino como seu advogado. Os poderes de Paulo, todavia, serão aqueles poderes 
do foro em geral.
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Se, posteriormente, Paulo juntar procuração aos autos com poderes especiais, a repre-
sentaçãoprocessual de Marino passará a ter a mesma natureza de todas as represen-
tações que comumente acontecem (com procuração nos autos e poderes especiais).
O principal fundamento para nossa prova relativamente à regra que abordamos 
está no art. 791, § 3º, da CLT e na OJ 286 da SDI-I do TST:
Art. 791, § 3º A constituição de procurador com poderes para o foro em geral po-
derá ser efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento 
verbal do advogado interessado, com anuência da parte representada.
Os requisitos para a constituição do mandato tácito, portanto, são, sequen-
cialmente:
•	 Advogado deve requerer verbalmente esse registro;
•	 Parte a ser representada deve concordar com o pedido do advogado;
•	 Registro na ata da audiência, se o advogado requerer verbalmente e a 
parte concordar.
O TST, por meio da OJ que comentarei a seguir, flexibilizou esses requisitos. 
Observe:
OJ 286 da SDI-I do TST
I – A juntada da ata de audiência, em que consignada a presença do advogado, 
desde que não estivesse atuando com mandato expresso, torna dispensável 
a procuração deste, porque demonstrada a existência de mandato tácito.
II – Configurada a existência de mandato tácito fica suprida a irregularidade 
detectada no mandato expresso.
Embora a lei trace os requisitos para configuração de mandato tácito (requeri-
mento do advogado e anuência da parte), o TST, nesta OJ, entendeu que a simples 
presença do advogado na audiência, mesmo sem procuração (ou com procuração 
eivada de defeito) e sem nenhum requerimento no sentido de regularizar sua re-
presentação, já configura mandato tácito.
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Apesar de esta visão ser questionável tecnicamente, você precisa conhecê-la 
para resolver sua prova. Principalmente, você deve saber quais são os requisitos 
legais do mandato tácito e o que a jurisprudência fala para flexibilizá-los.
É claro que, no caso de mandato tácito, os poderes do advogado ainda serão 
muito restritos (sem poderes especiais, como vimos).
Um ponto importante para sua prova – embora seja questionável juridicamente 
– é que o advogado investido em mandato tácito não pode substabelecer seus 
poderes para outro advogado.
Esta regra está presenta no texto da OJ 200 da SDI-I do TST: “É inválido o 
substabelecimento de advogado investido de mandato tácito.”.
3. Substituição Processual
Basicamente, a substituição processual é o fenômeno pelo qual alguém plei-
teia em juízo, em nome próprio, o direito de outra pessoa (em nome próprio, direito 
alheio).
É nesse ponto que a substituição processual se diferencia da representação, que 
estudamos anteriormente. Na representação, o representante pleiteia direito alheio 
em nome alheio, enquanto na substituição o substituto pleiteia direito alheio em 
nome próprio.
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Quando uma pessoa pleiteia seu próprio direito, ela possui legitimidade ordiná-
ria para tanto. O substituto processual, por sua vez, possui legitimidade extra-
ordinária. É extraordinária porque alguém só pode cobrar direito alheio em nome 
próprio quando a lei expressamente permitir (art. 18 do CPC: “Ninguém poderá 
pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento 
jurídico.”).
3.1. Sindicato (Substituto Processual)
No processo do trabalho, não são muitos os casos de substituição processual. 
Os classicamente cobrados em prova são os casos dos sindicatos e das associações.
O STF, no julgamento do RE 214.668-4, fixou a tese de que os sindicatos 
possuem legitimidade extraordinária (podem ser substitutos processuais) 
para tutelar, na Justiça do Trabalho, os direitos dos integrantes da categoria que o 
sindicato representa, independentemente de autorização dos substituídos. 
Essa permissão está no art. 8º, inciso III, da Constituição Federal, podendo ocorrer 
por meio de ação civil pública ou ação civil coletiva, cujos procedimentos estudare-
mos nas aulas específicas.
Ademais, o sindicato, como substituto processual, não precisa apresentar 
nenhuma lista (rol) de trabalhadores substituídos nas ações de natureza co-
letiva lato sensu. A categoria como um todo é considerada substituída, no limite do 
interesse de cada trabalhador dessa categoria.
Essa regra passou a existir desde que a Súmula n. 310 do TST foi cancelada. 
Essa súmula exigia, dentre outras coisas, a apresentação da lista de trabalhadores 
substituídos. Já que o TST mudou seu entendimento (tornando desnecessária a 
lista de substituídos), a súmula foi cancelada.
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Além do caso dessas ações de natureza coletiva, há um caso específico na 
CLT: reclamações trabalhistas individuais plúrimas. No título do Litisconsór-
cio, estudaremos essa espécie de reclamação trabalhista.
Podemos adiantar, desde já, que a CLT dá ao sindicato a legitimidade extraor-
dinária para atuar como substituto processual dos trabalhadores em reclamação 
plúrima. Veja o que diz o art. 843, caput, da CLT:
Art. 843. Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o re-
clamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos 
casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os emprega-
dos poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria.
Na situação da reclamação plúrima, os empregados não precisarão estar pre-
sentes em audiência se o sindicato atuar em favor deles, com base nesse artigo.
3.2. Associação (Substituta Processual)
As associações que não tiverem a natureza sindical também poderão atuar 
em substituição às pessoas representadas por elas. Contudo, há uma grande di-
ferença entre a atuação das associações e a dos sindicatos.
As associações, necessariamente, dependem de prévia autorização das 
pessoas representadas para pleitear direito delas em ação trabalhista.
O STF, no julgamento do RE 573232, fixou a tese de que as associações de-
pendem de tal autorização, que pode ser conferida pela pessoa de forma 
individual (por procuração, por exemplo) ou de forma coletiva, com re-
gistro em ata da assembleia da associação. Não é suficiente que exista 
a mera previsão genérica no estatuto da associação para representar os 
associados.
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4. Litisconsórcio
Litisconsórcio é a participação de várias pessoas num mesmo polo (consórcio) 
de um litígio (litis). Várias pessoas participam de um processo em conjunto, em ra-
zão de defenderem seus direitos uma ao lado da outra, no mesmo “lado” do conflito.
As diferentes classificações do litisconsórcio (ativo, passivo, facultativo, necessá-
rio, simples, unitário) são estudadas com profundidade na disciplina de Direito Pro-
cessual Civil. Portanto, para evitar que seu material se torne repetitivo, mencionarei 
de forma sintética essas classificações, que são as mais relevantes, partindo aos pon-
tos essenciais de provável cobrança nas questões de Direito Processual do Trabalho.
Quanto à posição, o litisconsórcio pode ser ativo ou passivo.
•	 ATIVO: várias pessoas (mais de uma) pleiteiam direitos no polo ativo da 
ação, isto é, na condição de autores (reclamantes).
•	 PASSIVO: várias pessoas (mais de uma) defendem-se de pretensões dedu-
zidas contra todas elas, isto é, na condição de rés (reclamadas).
Quanto à obrigatoriedade, o litisconsórcio pode ser facultativo ou necessário.
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•	 FACULTATIVO: não é exigido que várias pessoas figurem no polo ativo ou 
no polo passivo; nesse caso, os sujeitos reúnem-se em um dos polos por 
mera conveniência, sem imposição legal.
•	 NECESSÁRIO: a lei e/ou a natureza da relação jurídica impõe(m) que várias 
pessoas figurem em um dos polos da ação, sendo devidamente citadas para 
participar do processo, sob pena de a sentença ser ineficaz (art. 114 do CPC).
Obs.: � No direito brasileiro, só existe litisconsórcio necessário no polo passivo da 
demanda. Logo, a doutrina amplamente majoritária não reconhece nenhum 
exemplo de “litisconsórcio ativo necessário”, mas somente de litisconsór-
cio passivo necessário.
 � Nesse sentido, posiciona-se o TST, em entendimento consubstanciado na 
Súmula n. 406, item I:
Súmula n. 406, item I, TST:
O litisconsórcio, na ação rescisória, é necessário em relação ao polo pas-
sivo da demanda, porque supõe uma comunidade de direitos ou de obrigações 
que não admite solução díspar para os litisconsortes, em face da indivisibili-
dade do objeto. Já em relação ao polo ativo, o litisconsórcio é facultativo, 
uma vez que a aglutinação de autores se faz por conveniência e não pela 
necessidade decorrente da natureza do litígio, pois não se pode condicionar 
o exercício do direito individual de um dos litigantes no processo originário à 
anuência dos demais para retomar a lide.
A súmula acima aborda o litisconsórcio ativo/passivo e facultativo/necessário na 
ação rescisória, considerando como critério para a fixação da regra a natureza da 
relação jurídica e, como vimos, o litisconsórcio pode ser necessário em razão da 
natureza da relação jurídica (art. 114 do CPC).
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Portanto, nessa súmula extraímos a lógica da necessidade e da facultatividade 
do litisconsórcio.
No necessário, há uma comunidade de direitos ou de obrigações que não admite 
solução díspar para os litisconsortes, em face da indivisibilidade do objeto da ação.
Já no facultativo, a aglutinação de autores se faz por conveniência e não pela 
necessidade decorrente da natureza do litígio, pois não se pode condicionar o exer-
cício do direito individual de um dos litigantes no processo originário à anuência 
dos demais para retomar a lide. Em outras palavras, ninguém é obrigado a ajuizar 
ações. Portanto, não há como exigir que alguém convença outra pessoa a ocupar o 
polo ativo para pleitear determinado direito.
Quanto ao resultado, o litisconsórcio pode ser simples ou unitário.
•	 SIMPLES: o juiz pode decidir o mérito da ação de forma diferente para os 
réus (reclamados). Nada impede que o juiz decida de forma igual para ambos, 
mas a lei não proíbe que ele decida de forma diferente para cada um deles.
•	 UNITÁRIO: o juiz deve, necessariamente, em virtude da natureza da relação 
jurídica, decidir o mérito da ação de forma idêntica para todos os réus (recla-
mados). Esta espécie de litisconsórcio tem previsão no art. 116 do CPC.
Você deve ficar atento quanto à OJ 310 da SDI-I do TST:
Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 229, caput e §§ 1º 
e 2º, do CPC de 2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão de incompatibilidade 
com a celeridade que lhe é inerente.
Esta OJ faz referência ao art. 229 do CPC, que garante aos litisconsortes com 
procuradores distintos, no processo físico, prazo em dobro para todas suas mani-
festações e recursos. Esta OJ surgiu para esclarecer que essa regra não se aplica 
ao processo do trabalho.
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Portanto, os litisconsortes (ativos ou passivos) com advogados diferentes NÃO 
possuirão prazo em dobro no processo do trabalho, em nenhuma hipótese, seja 
em processo físico, seja em processo eletrônico, porque esse prazo dobrado é in-
compatível com o princípio da celeridade.
4.1. Reclamações Trabalhistas Individuais Plúrimas
No início, alguns estudantes confundem Reclamações trabalhistas plúrimas com 
dissídio coletivo. Essa diferença é fácil de superar. Veja:
O dissídio coletivo tem como partes os sindicatos ou, ainda, sindicatos e empresas. 
No dissídio coletivo, o trabalhador não integra diretamente nenhum dos polos da ação.
Nas reclamações plúrimas, as partes são logicamente as mesmas de qualquer 
ação trabalhista (trabalhadores e empregadores). Todavia, por ser plúrima, a recla-
mação tem mais de um trabalhador no polo ativo.
DICA
Reclamações trabalhistas plúrimas são, em essência, 
reclamações individuais com litisconsórcio ativo.
Afinal, em qual situação pode haver reclamação plúrima?
O art. 842 da CLT traça os requisitos para que os trabalhadores pleiteiem seus 
direitos numa mesma reclamação:
Art. 842. Sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria, poderão 
ser acumuladas num só processo, se se tratar de empregados da mesma empresa ou 
estabelecimento.
Portanto, a reclamação poderá ser plúrima quando:
•	 Houver identidade de matéria a ser pleiteada pelos trabalhadores. 
Se, por exemplo, vários trabalhadores foram submetidos a jornada exaus-
tiva, há identidade de matéria, pois todos pretendem postular a reparação 
pela violação do mesmo direito. Contudo, não há identidade de matéria no 
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