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Aula 1 (4)

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AUTORES COLABORADORES
Fabiana Franco
Graduação em Comunicação Social - Jornalismo pela FAESA (1999), Mestre em Comunicação e Saúde pela 
Universidade Metodista de São Paulo -UMESP (2006) e Doutora pela UMESP (2012). Consultora na área de 
comunicação estratégica com ampla atuação na área de comunicação e saúde. Publicações em livros 
especializados em comunicação. 
Lílian Cristiane Moreira
Graduação em Letras pela Universidade Federal de São João del-Rei – UFSJ (2004), especialização 
em Educação Inclusiva pelo Instituto de Estudos Sociais e Desenvolvimento Educacional – IESDE (2005), 
mestrado em Letras/Estudos Literários também pela UFSJ (2006) e doutorado em Letras/Estudos Literários 
pela Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF (2011). Atualmente é professora da Faculdade Católica 
Salesiana, atuando na área de Comunicação e Expressão e Metodologia da Pesquisa. Possui certificado 
de participação em curso da ABNT, dedicando-se à formatação e estruturação de trabalhos acadêmicos.
Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo
Núcleo de Educação a Distância
Comunicação
e Expressão
Livro didático
Vitória
2015
FACULDADE CATÓLICA SALESIANA DO ESPÍRITO SANTO
DIRETOR GERAL
Irmão Cledson Martas Rodrigues
DIRETOR ADMINISTRATIVO
Padre Rogério Calvi
DIRETOR EXECUTIVO/ACADÊMICO
Jolmar Luis Hawerroth
COORDENADORES DE ÁREA
Cláudia Câmara – Coordenadora do Núcleo de Desenvolvimento Acadêmico e 
Comissão Própria de Avaliação
Heloisa Ferreira Lopes – Coordenadora Administrativo-Financeira
Marisa Marqueze – Coordenadora do Núcleo de Projetos e Processos Organizacionais 
e do Núcleo de Educação a Distância
COORDENADORES DE CURSO
Alessandra Rodrigues Garcia dos Santos – Nutrição 
Alexandre Aranzedo – Psicologia 
Ana Emilia Brasiliano Thomaz – Engenharia Civil 
de Sistemas e Redes de Computadores
Bethania Silva Belisário - Direito
Cláudia Câmara – Engenharia de Produção
Cláudia Curbani Vieira Manola – Enfermagem
Christiane Curi Pereira – Farmácia 
Danilo Camargo – Ciências Biológicas
Elisangela Maria Marchesi – Serviço Social
Fábio Venturim – Educação Física
João Luiz Coelho de Faria – Fisioterapia
Marcelo Albuquerque Schuster– Sistemas de Informação, Análise e Desenvolvimento 
Márcia Valéria Gonçalves – Administração
Patrício Baionco Mindelo Biaguê– Ciências Contábeis
Paulo César Delboni – Filosofi a
Pedro Canal Filho – Arquitetura e Urbanismo
Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo
Núcleo de Educação a Distância
Comunicação
e Expressão
Livro didático
FICHA TÉCNICA
Fabiana Franco e Lílian Cristiane Moreira - Texto e Revisão
Daniel Halim Sahb - Diagramação/Arte
Vitória
2015
Catalogação na fonte elaborada pela
Biblioteca da Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo
Bibliotecária Responsável Janine Silva Figueira CRB6 ES - 429 
 Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo. Núcleo de Educação a Distância.
F143s 
 
 100 p. : il. 
 ISBN: 978-85-69081-03-6
 
 
 CDU 316 (035)
Comunicação e Expressão / FCSES, NEAD ; texto de Fabiana Franco e Lílian 
Cristiane Moreira; revisão de Fabiana Franco e Lílian Cristiane Moreira ; 
diagramação de Daniel Halim Sahb – Vitória : FCSES / NEAD, 2015.
1. Comunicação e Expressão – Apostila. 2. Faculdade Católica Salesiana do Espírito 
Santo. 3. Núcleo de Educação a Distância. 4. Franco, Fabiana 5. Moreira, Lílian 
Cristiane. 6. Franco, Fabiana 7. Moreira, Lilian Cristiane. 8. Sahb, Daniel Halim. I. Título.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .................................................................................................................... 9
UNIDADE 1 - PREPARANDO AS MALAS ....................................................................... 12
AULA 1 – NIVELAMENTO DE CONCEITOS ..................................................................... 13
1.1 OS SINAIS DE ACENTUAÇÃO .................................................................................................................. 13
1.2 ACENTO GRAVE E A CRASE ..................................................................................................................... 20
1.3 COLOCOU NA MALA OS SINAIS DE PONTUAÇÃO? ELES NÃO PODEM FALTAR! ..... 26
1.4 JÁ ARRUMOU, ESTÁ ARRUMANDO OU ARRUMARÁ A MALA? ...................................... 34
1.5 HORA DE FAZER COMBINAÇÕES ........................................................................................................ 39
 1.5.1 Concordância nominal .......................................................................................................... 39
 1.5.2 Concordância verbal .............................................................................................................. 43
1.6 MALAS ORGANIZADAS? ......................................................................................................................... 49
AULA 2 – VÍCIOS E ERROS MODERNOS DE LINGUAGEM ...................................... 52
2.1 VÍCIOS ................................................................................................................................................................. 52
 2.1.1 Gerundismo ................................................................................................................................ 52
 2.1.2 Pleonasmo vicioso .................................................................................................................. 54
 2.1.3 Onde e aonde ........................................................................................................................... 55
2.2 ERROS FREQUENTES .................................................................................................................................... 58
 2.2.1 Os porquês .................................................................................................................................. 58
 2.2.2 Erros variados ............................................................................................................................. 59
AULA 3 – EVOLUÇÃO DA LINGUAGEM - EXISTÊNCIA DO NOVO ACORDO ..... 63
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 66
UNIDADE 2 - COMEÇANDO A VIAGEM ....................................................................... 68
AULA 1 – ESTRUTURA DA COMUNICAÇÃO ................................................................ 69
AULA 2 - LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL ........................................................ 76
2.1 COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL .............................................................................................................. 76
2.2 COMUNICAÇÃO VERBAL .......................................................................................................................... 78
2.3 COMUNICAÇÃO VERBAL E NÃO VERBAL ....................................................................................... 79
AULA 3 - NÍVEIS DE LINGUAGEM E VARIEDADES LINGUÍSTICAS ........................ 85
3.1 NÍVEIS DE LINGUAGEM .............................................................................................................................. 86
 3.1.1 Linguagem vulgar ou inculta ............................................................................................. 86
 3.1.2 Linguagem formal ou culta ................................................................................................ 87
 3.1.3 LInguagem informal ou coloquial .................................................................................... 88
3.2 VARIEDADES LINGUÍSTICAS ..................................................................................................................... 88
 3.2.1 Variedade regional .................................................................................................................. 88
 3.2.2. Variedade histórica ................................................................................................................89
 3.2.3 Variedade em relação à idade ............................................................................. 89
 3.2.4 Variedade dos grupos sociais .............................................................................. 90
 3.2.5 O internetês ..................................................................................................................... 90
AULA 4 - COESÃO E COERÊNCIA ......................................................................... 93
4.1 CONJUNÇÕES .................................................................................................................................... 94
4.2 REFERÊNCIA, SUBSTITUIÇÃO, ELIPSE ..................................................................................... 99
 4.2.1 Referência ........................................................................................................................ 99
 4.2.2 Substituição ................................................................................................................... 102
 4.2.3 Elipse .................................................................................................................................. 102
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 105
UNIDADE 3 - A VIAGEM PROSSEGUE ................................................................ 108
AULA 1 - GÊNEROS TEXTUAIS ............................................................................. 109
1.1 OS GÊNEROS TEXTUAIS ACADÊMICOS ............................................................................. 110
 1.1.1 Esquema ......................................................................................................................... 111
 1.1.2 Resumo ............................................................................................................................ 113
 1.1.3 Resenha ........................................................................................................................... 115
AULA 2 - TIPOS DE TEXTOS ................................................................................... 118
2.1 NARRAÇÃO ....................................................................................................................................... 118
2.2 DESCRIÇÃO ........................................................................................................................................ 119
2.3 EXPOSIÇÃO ........................................................................................................................................ 120
2.4 ARGUMENTAÇÃO (DISSERTAÇÃO) ......................................................................................... 121
 2.4.1 Estrutura de um texto argumentativo ............................................................. 122
2.5 INJUNÇÃO ........................................................................................................................................... 125
AULA 3 - FUNÇÕES DA LINGUAGEM ................................................................. 127
3.1 FUNÇÃO REFERENCIAL ................................................................................................................ 128
3.2 FUNCÃO EMOTIVA .......................................................................................................................... 129
3.3 FUNCÃO CONATIVA ....................................................................................................................... 130
3.4 FUNÇÃO FÁTICA ............................................................................................................................... 131
3.5 FUNÇÃO METALINGUÍSTICA ...................................................................................................... 131
3.6 FUNÇÃO POÉTICA ........................................................................................................................... 133
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 138
UNIDADE 4 - O DESTINO É VOCÊ QUEM FAZ ................................................. 140
AULA 1 - CAPACITANDO O LEITOR ..................................................................... 141
AULA 2 - CTRL C + CTRL V? VOCÊ NÃO PRECISA DISSO! ............... 145
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................... 151
HORA DE UM “ATÉ BREVE”! ................................................................... 153
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 9
APRESENTAÇÃO
A tal ComunicAÇÃO
A comunicação é definida por muitos autores como um processo de 
transmissão e de troca de signos e informações, em que os protagonistas 
são atores que enviam e recebem mensagens e precisam interpretá-las 
constantemente. O mundo contemporâneo, permeado de tecnologias, 
que prometem a intensificação dos processos comunicativos, acaba 
nos ofer tando a fantasia da comunicação imediata e constante, mas a 
realidade é que o homem nunca esteve tão só e tão carente dos processos 
comunicativos. 
Essa solidão tem relação direta com a forma como nos comunicamos 
nestes tempos, em que a sensação de comunicação real se relaciona com 
a presença física do outro, mas que na realidade se faz, muitas vezes, 
intermediada pelas novas tecnologias, como os celulares, os computadores, 
os jogos eletrônicos e a internet. É preciso estarmos preparados para 
vivenciar essa modernidade. Negar esse processo é opor-se a viver em um 
mundo onde a comunicação é intermediada pela tecnologia. As relações 
modernas se valem dessa nova forma de comunicação, as relações 
profissionais e educacionais também.
Mas a base comunicacional é sem dúvida o domínio da língua. Se não 
dominarmos a estrutura linguística, sua forma, sua intenção, sua evolução, 
seus segredos, a comunicação se torna impossível. E é por esse motivo 
que devemos dedicar tempo e atenção ao estudo da nossa língua mãe: 
o Português. 
Para os docentes o desafio é enorme. Compreender as modernidades 
tecnológicas que envolvem o uso da língua e estimular o discente a ter 
interesse pela leitura e pela escrita em um mundo de “emoticons” não é 
tarefa fácil. 
Preparar um material didático para uma disciplina on-line é mais difícil 
ainda e exige muita dedicação e escolha. Optamos por oferecer o que 
acreditamos serem os melhores elementos para que você se interesse 
pela comunicação e possa aprender a parte teórica da língua para usá-la 
a seu favor. 
Nossa função, como educadores, é fazer com que você, aluno, compreenda 
as oportunidades que a comunicação adequada oferece para sua vida. 
É mostrar que a língua empregada de forma apropriada melhora a sua 
qualidade de comunicação e à medida que você lê e escreve com frequência 
amplia seus conhecimentos, exercita melhor a sua fala, consegue emitir sua 
A comunicação 
é defi nida por 
muitos autores 
como um 
processo de 
transmissão e de 
troca de signos 
e informações, 
em que os 
protagonistas 
são atores 
que enviam 
e recebem 
mensagens 
e precisam 
interpretá-las 
constantemente. 
NEAD • CATÓLICA SALESIANA10
O material está 
dividido por 
unidades e por 
cores. Essas 
cores indicam 
a fi nalidade da 
unidade, como 
podemos ver 
na pirâmide.
opinião, reconhece a importância da defesa do seu ponto de vista e até 
mesmo do seu silêncio. Esse exercício do uso correto da Língua Portuguesa 
é um trunfo para a vida social moderna porque, quando há o domínio 
da língua oral e escrita, solidificam-se as possibilidades das mudanças 
sociais, intelectuais, emocionais proporcionadas pela socialização que a 
comunicação eficaz ofer ta.
 
O que pretendemos com o material que criamos é oferecer elementos 
normativos da língua (emprego da concordância e or tografia) 
de forma atrativa e elucidar como eles são 
importantes para a textualidade 
(estrutura e formato, escolha do 
vocabulário).
 
Será uma grande viagem! O convite é para 
que você embarque conosco nesse grandedesafio. Mas viajar sem saber para onde 
vamos? 
Nós tentamos fazer para você uma 
espécie de guia. O material está dividido 
por unidades e por cores. Essas cores 
indicam a finalidade da unidade, como 
podemos ver na pirâmide abaixo, a saber: amarelo para a “estrutura da 
língua”, azul para “montando a língua”, verde para “finalidade da língua” e 
vermelho para “capacidade de se comunicar”. 
cordância e or tografia) 
s são 
para 
nde 
de 
a 
o 
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 11
Os destinos estão bem definidos, cada unidade tem uma proposta 
diferente. Vamos partir do geral para o particular, em um primeiro momento, 
nivelando conceitos e mencionando a função e a estrutura da língua. Na 
fase amarela, estarão disponíveis, de forma separada e cuidadosa, os 
elementos necessários para montar as mensagens comunicacionais, a fim 
de que, depois, possamos passar para o segundo nível.
A segunda parada de nossa viagem, a unidade azul, nos permitirá a 
montagem da mensagem. Nesta parte, estarão disponíveis a estrutura da 
comunicação, os tipos e níveis de linguagem e orientações sobre coesão e 
coerência – todas são informações muito importantes para a elaboração 
da mensagem.
Na unidade verde, vamos tratar dos textos, abordando os gêneros textuais 
(dando destaque aos gêneros acadêmicos), os tipos de textos e as funções 
da linguagem. 
No destino final, a unidade vermelha, exploramos a compreensão 
necessária de que sem esses elementos a capacidade de comunicação 
fica limitada. O intuito é estimular você, discente, a se envolver nesta viagem 
e compreender os motivos reais de ter que estudar estes conteúdos. Vamos 
usar todos os recursos necessários para incentivá-lo a se capacitar e se 
afastar de comportamentos comunicacionais inadequados. 
Esperamos contar com você para nos acompanhar nesta viagem!
NEAD • CATÓLICA SALESIANA108
UNIDADE 3 – A VIAGEM PROSSEGUE
Nossa viagem pela Língua Por tuguesa segue... Como prometemos 
no início desta proposta, vamos seguir com vocês até nosso 
destino principal, que é prepará-los para uma comunicação 
adequada. Fizemos as malas juntos, selecionando e aprendendo 
a usar cada elemento essencial e cada acessório da nossa língua. 
Embarcamos na viagem e começamos a entender como o processo 
de comunicação ocorre e quais os elementos fundamentais desse 
processo, assim como vimos as par ticularidades da linguagem 
verbal e não verbal. Passamos, ainda, pelos recursos de coesão, 
que fazem com que nossas comunicações escritas tenham mais 
coerência, sendo claras e objetivas.
Agora, nesta nova fase da viagem, veremos que, ao realizarmos 
qualquer processo comunicativo, há sempre um objetivo sendo 
“perseguido”. Nesse sentido, dizemos que a linguagem apresenta 
diferentes funções. Tudo dependerá do objetivo que temos com a 
comunicação que realizaremos. 
Quando conhecemos essas funções, fica mais fácil entender o 
conceito de gênero textual e, em seguida, de tipologia textual. 
São sempre pontos inter-relacionados. A produção de um gênero 
textual vai depender do objetivo da comunicação. Entendido 
isso, o gênero é produzido utilizando a narração, a descrição, a 
argumentação, a injução ou a exposição – que são os tipos de 
texto que possuímos.
Foi informação demais de uma só vez para você? Calma! Esse é 
só o roteiro desta nova etapa da viagem. Vamos fazer algumas 
paradas em cada um desses pontos para entendê-los bem.
Cintos aper tados? A viagem prossegue... 
Aula 1 - GÊNEROS TEXTUAIS
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 109
AULA 1
GÊNEROS TEXTUAIS
Imagine que no meio de uma viagem, em uma parada 
qualquer, alguém lhe entrega um panfleto de um 
restaurante. Por que você sabe que é um panfleto, ou 
seja, uma propaganda? Quais características permitem 
que você chegue a essa conclusão? Fácil, não é? Tem 
o nome do restaurante, provavelmente uma foto, o 
endereço, alguma indicação de comida, às vezes, até 
uma promoção...
São as características que um determinado texto possui que 
fazem dele o que ele é. Ou seja, quando a gente se depara com uma carta, 
sabe que é uma carta pela estrutura que ela possui e pelos elementos 
que fazem parte dela: indicação de local e data, o vocativo (Prezado fulano 
de tal...), a mensagem, a despedida (Atenciosamente, Um abraço...), a 
assinatura. 
Todos os textos que chegam até nós são reconhecidos assim, pela 
estrutura que eles possuem. Se você pegar uma bula de remédio, mesmo 
que nela não esteja escrito bula, você reconhece, não vai confundir com 
uma propaganda, com um cardápio...
Portanto, os textos têm peculiaridades que os diferem uns dos outros. Cada 
texto é um gênero textual diferente. Entender a noção de gênero textual 
é importante para que saibamos qual texto temos que usar (escrever ou ler) 
em determinada situação.
Assim como precisamos adequar o nível de linguagem à situação de 
comunicação, também temos que adequar o gênero textual ao nosso 
objetivo. Por exemplo, se você precisa saber quais são as normas de um 
concurso, que gênero textual você vai consultar? O edital, não é mesmo? 
Se precisa saber como fazer um determinado prato para um almoço, qual 
o gênero textual de que você precisa? A receita... Se precisa realizar o 
pedido de prova de segunda chamada, qual o gênero textual de que você 
vai precisar? A requisição da segunda chamada... Se seu bairro resolve 
Iniciando o assunto
ada 
um 
ou 
m 
m 
sui que 
t
Aula 1 - GÊNEROS TEXTUAIS
NEAD • CATÓLICA SALESIANA110
reivindicar algo da prefeitura, qual o gênero textual adequado para 
fazer um pedido coletivo? Um abaixo-assinado...
Todas as nossas comunicações são produzidas por meio de gêneros 
textuais: uma conversa é um gênero textual, um telefonema também; 
uma aula, uma mensagem via WhatsApp, um post no Facebook, a 
publicidade no outdoor, ou na página da internet ou do jornal...
É impossível sabermos quantos gêneros textuais existem. São 
inúmeros. E alguns deixam de ser usados (ou pelo menos muito 
usados) porque outros vão surgindo, mais modernos. A carta, por 
exemplo, não é mais tão usada, pois o e-mail, que tem características 
e função semelhantes, faz o mesmo que a carta, em um tempo 
absurdamente mais rápido. Um telefonema é um gênero textual que 
nos permite uma comunicação rápida com alguém que pode estar 
do outro lado do mundo. Um SMS, uma mensagem via WhatsApp 
também.
1.1 OS GÊNEROS TEXTUAIS ACADÊMICOS
Como o objetivo de nossa viagem pela Língua Portuguesa é prepará-
los para conduzirem melhor os processos de comunicação em sua 
vida acadêmica e profissional, vamos nos ater a alguns gêneros 
textuais que serão muito exigidos de você nessa sua passagem 
pela graduação (e quem sabe pela pós-graduação – mestrado e 
doutorado - também?). 
Como existem gêneros textuais para todo tipo de comunicação que 
precisamos realizar, também existem os gêneros acadêmicos. Você 
que está começando sua graduação vai produzir, por exemplo, muitos 
resumos e resenhas. Vai ler muitos artigos. Produzir um Trabalho 
de Conclusão de Curso (TCC), projetos de pesquisa, etc. Cada um 
desses trabalhos é um gênero textual diferente, que possui finalidade 
e características próprias.
Aula 1 - GÊNEROS TEXTUAIS
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 111
Vamos falar um pouco sobre três gêneros acadêmicos – esquema, resumo 
e resenha - que são muito importantes para seu processo de ensino-
aprendizagem. Assim, quando você tiver que produzi-los, já saberá como 
eles se estruturam e quais as características que possuem.
1.1.1 Esquema
Quando falamos em esquema, o que você pensa? Se pedirmos para você 
fazer como trabalho um esquema desta aula, como você faria? Consegue 
visualizar algum tipo de trabalho? Como ele seria? Qual o objetivo dele? 
Seria um texto longo, muito elaborado? Ou seria feito em tópicos? Chaves? 
Setinhas? Balões?
Afinal, o que é um esquema? 
É a seleção dos pontos principais de um texto (aula, assunto em geral) 
escritos em forma de tópicos, sem grandes elaborações textuais. O 
esquema é uma espécie de esqueleto de um texto,ou seja, a estrutura 
dele. Não é o seu esqueleto que sustenta você? Pois bem, é o esqueleto 
do texto que o sustenta também.
Para elaborar um bom esquema, ou seja, para encontrarmos o esqueleto do 
texto, devemos fazer, primeiro, uma leitura completa, para reconhecimento 
do assunto. Em seguida, reler fazendo marcações dos pontos principais. 
Depois, é só transcrever esses pontos em forma de tópicos (com números, 
pontinhos, tracinhos, setinhas, colchetes, chaves, etc.). O desenho do 
esquema não é fixo, você pode escolher a forma como vai construí-lo. O 
que importam é que os pontos principais do assunto sejam selecionados. 
O esquema, portanto, não é um texto que exige uma elaboração mais 
trabalhada e detalhada. Nem são necessárias frases completas. Precisam 
aparecer as palavras-chave, os conceitos, as expressões principais. Um 
texto simples, com poucas divisões, que trata de um assunto de modo 
mais geral gerará um esquema mais simples, com menos divisões e 
ramificações. Quanto mais abrangente for o texto, mais ramificações o 
esquema terá.
Embora o esquema não seja um gênero textual muito solicitado pelos 
professores, ele é uma ótima maneira de fixar leituras, aulas, ajudar na 
elaboração de resumos. A prática de elaborar esquemas auxilia muito no 
processo de aprendizagem, portanto, é muito recomendada. 
Ao elaborar um esquema, principalmente se for para entregá-lo 
como trabalho, antes de começar a produzi-lo, coloque, no alto da 
página, a referência bibliográfica completa do material que você estiver 
esquematizando.
Aula 1 - GÊNEROS TEXTUAIS
NEAD • CATÓLICA SALESIANA112
Veja um modelo de esquema produzido a partir da Aula 1 da 
Unidade 2 deste nosso material, sobre a estrutura da comunicação
##ficaadica
Veja no Guia de Elaboração e Apresentação de Trabalhos 
Acadêmicos e de Pesquisa da Faculdade Católica 
Salesiana <http://www.catolica-es.edu.br/publicacao/
guia_de_normalizacao>, no capítulo 4, como são feitas as 
referências de livros, capítulos, artigos de revistas, etc. 
(Este conteúdo será estudado na disciplina Metodologia 
da Pesquisa, mas você já pode consultar o Guia sempre 
que for preciso e solicitar ajuda no Ambiente Virtual para 
tirar suas dúvidas sobre referências).
FACULDADE CATÓ
LICA SALESIANA D
O ESPÍRITO SANT
O. Núcleo 
de Educação a D
istância. Estrutura 
da comunicação. I
n: ______. 
Comunicação e Ex
pressão. Vitória: FC
SES/NEAD, 2015. p
. 67-73.
ESTRUTURA DA CO
MUNICAÇÃO
• Comunicação: – t
ornar algo comum;
– partilhar uma açã
o.
• Elementos impres
cindíveis da comun
icação:
 Emissor: 
- aquele que emi
te e transmite a 
mensagem 
(codifi ca);
- papel importantíss
imo na comunicaçã
o;
- responsável para q
ue não seja mal com
preendido.
 Mensagem
: - informação a ser
 transmitida do emis
sor para o 
receptor;
 Código: - s
inais, símbolos, ges
tos utilizados na con
strução da 
mensagem.
 Canal: - m
eio que permite que
 a mensagem saia 
do emissor 
e chegue ao recept
or.
 Receptor: 
- aquele que recebe
 a mensagem e a d
ecodifi ca;
- papel importantíss
imo na comunicaçã
o;
- precisa dominar o
 código e se compr
ometer com 
o processo da comu
nicação.
 Os papéis 
de emissor e recept
or se alternam cons
tantemente 
no processo comun
icativo.
• Ruído: qualquer pr
oblema que ocorra 
no processo de com
unicação, 
comprometendo-o.
Aula 1 - GÊNEROS TEXTUAIS
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 113
1.1.2 Resumo
Agora, é a vez de falarmos sobre o resumo. Talvez ele seja mais 
conhecido do que o esquema. Na verdade, o resumo é um gênero 
textual muito conhecido. Provavelmente, você já teve que produzir 
alguns resumos em sua vida escolar e, com certeza, muitos professores 
lhe solicitarão resumos na graduação. Vale também destacar que o 
resumo é uma ótima prática de escrita e aprendizagem.
Mas será que você faz resumos de maneira adequada?
Você sabe exatamente o que é um resumo? 
Primeiramente, o resumo e o esquema possuem uma 
característica em comum. Você saberia dizer qual? Ambos 
apresentam as ideias principais de um texto. O esquema faz 
isso em tópicos; o resumo, em texto.
Exatamente, o resumo também é a seleção das ideias principais de um 
determinado material. Só que, agora, diferentemente do esquema, em 
forma de um texto corrido, bem elaborado, com todos os recursos de 
coesão e coerência e de correção gramatical (concordâncias, pontuação, 
ortografia) – tópicos que já foram estudados nas Unidades 1 e 2. 
O que muitas pessoas fazem, inadequadamente, é copiar trechos, 
frases dos textos ao elaborar seu resumo. Mas um resumo não é uma 
montagem de partes do texto. Por isso indicamos a elaboração do 
esquema como uma etapa preparatória para o resumo, pois, se você 
seleciona, em tópicos, as partes mais importantes, depois é só voltar ao 
esquema e, a partir dele, elaborar um resumo, unindo aqueles tópicos 
em frases com as quais construirá o texto da síntese. Escrevemos com 
nossas palavras um pequeno texto do que foi selecionado como ideias 
principais.
Se você fizer um esquema bem feito, nem precisa voltar ao texto original 
para elaborar o resumo, uma vez que as ideias principais já estarão 
devidamente selecionadas. Do próprio esquema você cria o resumo.
A ideia é exatamente esta: transformar a prática de elaboração de 
esquemas em uma atividade preparatória para a escrita de resumos. 
Muitas pessoas têm dificuldades para começar a redigir a síntese 
##ficaadica
Não estamos dizendo que não podemos usar palavras e 
expressões do texto original. Claro que podemos! Afinal, 
não vamos inventar novas palavras, não é mesmo? As 
palavras-chave do texto, necessariamente, vão aparecer 
no nosso resumo. O que não podemos, como vimos, é 
copiar trechos, frases, e sairmos fazendo uma “colcha de 
retalhos” com esses “pedaços”.
Aula 1 - GÊNEROS TEXTUAIS
NEAD • CATÓLICA SALESIANA114
de um texto, mas, se esse texto for esquematizado antes, já ficam 
selecionados todos os pontos que precisarão entrar no resumo. 
Experimente transformar essas orientações em atividades corriqueiras 
suas no decorrer de sua graduação e você verá como que, com o 
tempo, a escrita acadêmica vai se tornar cada vez mais fácil para você.
Portanto, não copie trechos do texto em seu resumo. Nem se colocá-los 
entre aspas, pois não fazemos citações diretas em resumos (conteúdo 
que você verá na disciplina Metodologia da Pesquisa). Também não 
colocamos exemplos e, preste bastante atenção: não damos nossa 
opinião sobre o assunto. Isso mesmo! No resumo você deve ser 
imparcial e apenas apresentar as ideias principais do texto. Mesmo que 
você ache o assunto um absurdo, ou não concorde de jeito nenhum 
com o que o(s) autor(es) fala(m), você não deve se posicionar a 
respeito disso.
Atenção: Se você tiver que apresentar um resumo como 
trabalho acadêmico, deve colocar, antes de começar a 
escrever a síntese – assim como no esquema –, a referência 
completa do material que estiver sendo resumido.
##ficaadica
Um resumo bem feito dispensa a leitura do original, pois faz, 
de fato, um apanhado do todo do texto. Experimente fazer 
um resumo e pedir a alguém para ler. Se a pessoa entender 
e conseguir explicar para você, seu resumo está bom.
Aula 1 - GÊNEROS TEXTUAIS
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 115
Veja o resumo que fizemos como exemplo para você, a partir do esquema 
criado da Aula 1 da Unidade 2.
Esse resumo foi produzido apenas a partir do esquema e das leituras 
feitas antes de elaborar o esquema. Não foi preciso ficar voltando ao texto 
original, pois os pontos principais já haviam sido indicados no esquema.
1.1.3 Resenha
Já falamos sobre o esquema e sua função como atividade preparatória 
para a elaboração do resumo. Falamos do resumo e da característica 
de imparcialidade de quem o redige. Falaremos, agora, da resenha – 
outro gênero textual muito solicitado como trabalho acadêmico durante 
a graduação.
FACULDADE CATÓLIC
A SALESIANA DO ESP
ÍRITO SANTO. Núcleo 
de Educação a Distân
cia. Estrutura da com
unicação.In: ______. 
Comunicação e Expres
são. Vitória: FCSES/NEA
D, 2015. p. 67-73.
A comunicação compr
eende uma ação part
ilhada, ou seja, trata-
se de tornar algo com
um entre duas ou mai
s pessoas. O processo
 
comunicativo possui a
lguns elementos que l
he são indispensáveis
: 
emissor, mensagem, c
ódigo, canal, receptor.
 Não há comunicação
 
sem um desses elem
entos. O emissor é o
 elemento que inicia a
 
comunicação, pois é e
le que emite e transmi
te uma informação, em
 
forma de mensagem. S
eu papel é muito impo
rtante, pois a maneira 
como ele produzirá e t
ransmitirá a mensagem
 infl uenciará, de certo 
modo, a forma como o r
eceptor a entenderá. Me
nsagem mal produzida,
 
produzida inadequadam
ente, ou mal enviada pe
lo emissor pode torná-
lo mal compreendido. 
A mensagem, como d
ito, é a codifi cação da
 
informação a ser transm
itida e pode ser verbal 
(por meio de palavras) 
ou não verbal (por gesto
s, sons, símbolos e outr
os sinais). Ou seja, um 
código é utilizado na e
laboração da mensage
m. O emissor também
 
é responsável por esc
olher o canal que tran
smitirá a mensagem, 
fazendo-a chegar ao 
emissor. O canal dev
e ser adequadamente
 
escolhido, considerand
o-se o contexto da com
unicação e o emissor 
a quem a mensagem
 é dirigida, do contrá
rio pode provocar um
 
problema de comunic
ação. O receptor, aq
uele que receberá a
 
mensagem, também te
m um papel importantí
ssimo no processo de 
comunicação. Ele prec
isa dominar o código 
da mensagem que lhe
 
foi transmitida e, talve
z, tenha que se esforç
ar um pouco para que
 
isso ocorra. Ainda, é n
ecessário que o recept
or se comprometa com
 
o processo da comuni
cação, envolva-se, res
ponsabilizando-se pelo
 
entendimento da mensa
gem. Como a comunica
ção é um processo de 
interação entre duas pe
ssoas/grupos, os papéi
s de emissor e receptor
 
se alternam constantem
ente. O emissor agora s
erá o receptor depois, 
vice-versa. Qualquer f
alha que ocorra no p
rocesso comunicativo,
 
comprometendo-o, é ch
amada de ruído.
Aula 1 - GÊNEROS TEXTUAIS
NEAD • CATÓLICA SALESIANA116
Você sabe o que é uma resenha? Algum professor já lhe 
solicitou alguma? Se sim, ele explicou o que é, como se faz? 
Você já pesquisou sobre esse gênero?
Bom, a resenha tem um ponto em comum com o resumo. 
Ambos apresentam a síntese do texto, ou seja, as ideias 
principais. Mas ela tem um algo a mais: a parte crítica. Ou 
seja, na resenha você DEVE dar sua opinião sobre o assunto, 
fazer um comentário crítico. Exatamente o que você não pode 
fazer no resumo, você PRECISA fazer como parte constituinte 
da resenha.
A estrutura da resenha é bem parecida com a do resumo, mas com 
o acréscimo da parte crítica: primeiramente, colocamos a referência 
bibliográfica do livro/texto que estiver sendo resenhado; em seguida, 
fazemos uma síntese (resumo) do assunto; por fim, elaboramos um (ou 
mais) parágrafo(s) crítico(s). Mas atenção: a resenha é um texto 
“corrido”, não fazemos divisões para separar o resumo da 
parte crítica. 
Pode ser que você encontre, em pesquisas ou em modelos de 
resenhas, a parte crítica sendo desenvolvida à medida que a síntese 
do conteúdo é feita. Sim, isso é possível. Também pode ser feita uma 
resenha comparando-se e analisando-se diferentes textos. Essa 
estrutura vai depender da proposta de resenha que você tiver que 
fazer. O importante é que você se lembre das partes que compõem 
a resenha: a referência do texto ou textos, o resumo e a parte crítica.
Orientamos que, como aluno iniciante de um curso de graduação, 
produzindo seus primeiros textos acadêmicos, você faça a resenha 
com a parte crítica finalizando o texto. É uma maneira mais fácil de você 
se orientar na sua produção. A não ser que, como dissemos, você seja 
solicitado a produzir de outra forma.
##ficaadica
Ao dizer que você deve dar sua opinião sobre o assunto, não 
estamos dizendo que você deve usar a primeira pessoa. Ou 
seja, você não vai escrever algo do tipo: “Na minha opinião...” 
ou “Eu acho que...”. Vai fazer um comentário dizendo, por 
exemplo, se o assunto é importante ou não e por quê; se é 
polêmico ou não e por quê, sem usar o “eu”.
Aula 1 - GÊNEROS TEXTUAIS
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 117
Como apresentamos um esquema e um resumo produzidos a partir da 
Aula 1 da Unidade 2, também fizemos uma resenha para você ter como 
modelo. Aproveitamos o resumo pronto e acrescentamos a ele a parte 
crítica. Veja só!crítica. Veja só!
FACULDADE CATÓLI
CA SALESIANA DO 
ESPÍRITO SANTO. N
úcleo de 
Educação a Distância. 
Estrutura da comunica
ção. In: ______. Comun
icação e 
Expressão. Vitória: FCS
ES/NEAD, 2015. p. 67-
73.
A comunicação compre
ende uma ação partilha
da, ou seja, trata-se de
 tornar algo 
comum entre duas ou
 mais pessoas. O pro
cesso comunicativo po
ssui alguns 
elementos que lhe sã
o indispensáveis: emi
ssor, mensagem, cód
igo, canal, 
receptor. Não há comun
icação sem um desses e
lementos. O emissor é o
 elemento 
que inicia a comunicaç
ão, pois é ele que emit
e e transmite uma infor
mação, em 
forma de mensagem. 
Seu papel é muito imp
ortante, pois a maneira
 como ele 
produzirá e transmitirá 
a mensagem infl uencia
rá, de certo modo, a fo
rma como 
o receptor a entenderá
. Mensagem mal produ
zida, produzida inadequ
adamente, 
ou mal enviada pelo e
missor pode torná-lo m
al compreendido. A m
ensagem, 
como dito, é a codifi caç
ão da informação a ser
 transmitida e pode ser
 verbal (por 
meio de palavras) ou n
ão verbal (por gestos, s
ons, símbolos e outros 
sinais). Ou 
seja, um código é utiliz
ado na elaboração da 
mensagem. O emissor
 também é 
responsável por escolh
er o canal que transmit
irá a mensagem, fazen
do-a chegar 
ao emissor. O canal 
deve ser adequadame
nte escolhido, conside
rando-se o 
contexto da comunicaçã
o e o emissor a quem a
 mensagem é dirigida, d
o contrário 
pode provocar um prob
lema de comunicação. 
O receptor, aquele que
 receberá a 
mensagem, também te
m um papel importantís
simo no processo de co
municação. 
Ele precisa dominar o c
ódigo da mensagem qu
e lhe foi transmitida e, t
alvez, tenha 
que se esforçar um pou
co para que isso ocorra
. Ainda, é necessário qu
e o receptor 
se comprometa com o 
processo da comunicaç
ão, envolva-se, respons
abilizando-
se pelo entendimento 
da mensagem. Como 
a comunicação é um p
rocesso de 
interação entre duas pe
ssoas/grupos, os papéi
s de emissor e receptor
 se alternam 
constantemente. O em
issor agora será o rec
eptor depois, vice-vers
a. Qualquer 
falha que ocorra no p
rocesso comunicativo, 
comprometendo-o, é c
hamada de 
ruído.
O processo de comunic
ação é muito importante
 para todos nós. Estam
os o tempo 
todo envolvidos em um
a comunicação e prec
isamos, ora como emi
ssores, ora 
como receptores, estar
 atentos a todo o proc
esso. O contexto da co
municação 
é fundamental para de
terminar o código que 
utilizaremos na produç
ão de nossa 
mensagem, assim com
o para nos indicar noss
o receptor, ou para nos
 dizer como 
nos comportarmos com
o receptores. Ter consc
iência de que a comuni
cação é um 
conjunto de elementos 
interdependentes faz-n
os perceber nossa resp
onsabilidade 
na produção e no ente
ndimento de todas as m
ensagens diárias em q
ue estamos 
envolvidos. Um mal ente
ndido, por descuido ou n
egligência, pode nos co
mprometer 
seriamente ou comprom
eter nosso interlocutor, 
pois alguns ruídos de co
municação 
são irreparáveis.
Viu só como produzir um resumo ou uma resenha passo a passo, desde 
a elaboração do esquema, não é nenhum “bicho de sete cabeças”? 
Faremos uma pequena pausa na viagem e, na próxima aula, falaremos 
sobre os tipos de textos.

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