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Resenha Sou surda e Não Sabia

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Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) 
 ICHS – Instituto de Ciências Humanas e Sociais 
 IH902 – Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) 
 Aluna: Lorenza Caldas Santiago da Cunha 
 Matrícula: 20210019685 
 
Resenha do filme “Sou surda e não sabia” 
 
“Sou surda e não sabia” é um documentário francês que foi lançado no ano de 2009. 
O longa nos apresenta a atriz Sandrine Herman, que conta para o telespectador sobre 
a sua vida, o descobrimento da sua deficiência auditiva e como fez para lidar com o 
meio em que ela cresceu. Além disso, ao longo do filme vemos histórias paralelas de 
pessoas que convivem com a surdez em seu meio. 
Sandrine nos conta que seus pais eram ouvintes, e demoraram um pouco a suspeitar 
que ela não ouvia. Após procurarem médicos e especialistas que constataram o 
problema da menina, seus pais passaram a se distanciar e a relação que tinham foi 
se esfriando, mesmo ela tendo pouca idade. Eles recorreram ao uso do aparelho 
auditivo, mas Herman não conseguiu se acostumar. Durante anos ela não conseguia 
se comunicar com as pessoas, frequentava colégios onde só falavam francês, não 
conseguia fazer amizades, e se pegava imaginando que era de outro planeta por ser 
totalmente diferente das pessoas do seu meio social. Ao perceberem que seu 
rendimento escolar piorava, decidiram pôr Sandrine em um colégio de educação 
especial para surdos, onde a menina conheceu pessoas iguais a ela. Entretanto, a 
língua de sinais ainda era proibida, e os docentes faziam com que os alunos falassem 
em francês de modo oral, embora algumas crianças ali já conhecessem a Língua 
Francesa de Sinais (LSF), e ensinaram a ela. Sandrine nos conta que mesmo tendo 
aprendido a falar, descarta totalmente o uso da sua voz. 
Mesmo o filme tendo um pouco mais de 10 anos, é chocante saber que a atualidade 
não é muito diferente, e que ainda é normal que pensem que é possível “consertar” 
as pessoas com deficiência auditiva, seja com transplantes que façam eles ouvir, ou 
tentando ensinar as palavras na oralidade. Ainda durante o documentário, é reforçado 
a ideia de que a pessoa surda não deve ser rotulada como deficiente, pois o mesmo 
leva-se a entender que a identidade do indivíduo está totalmente inserida na 
deficiência que ele possui. Logo, se conclui que é o nosso dever de respeitar todas as 
línguas existentes, não duvidando da capacidade de outros e nem impondo o que é o 
certo ou errado para nós.

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