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Ciclo menstrual

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Ciclo Menstrual: 
O organismo feminino funciona de maneira cíclica 
e pulsátil e começa a se expressar após a 
puberdade, na primeira menstruação, fase 
conhecida como menarca. 
Para que a menstruação ocorra, deve haver uma 
sintonia entre o eixo hipotálamo-hipófise-ovário 
(HHO): 
HIPOTÁLAMO: É influenciado pelas conexões que 
ele possui com diferentes partes do cérebro 
(sistema límbico, tálamo e ponte), sendo que este 
desempenha um papel central na iniciação do 
ciclo menstrual, mas que não atua de forma 
independente. 
ELE É UM LIBERADOR DE GnRH -> Hormônio liberador 
de gonadotrofinas, que é liberado pela porção 
infundibular do hipotálamo, sendo o único 
hormônio secretado de maneira pulsátil (meia-vida 
curta). O GnRH controla a secreção tanto do LH 
(hormônio luteinizante), como do FSH (hormônio 
folículo estimulante). 
Os pulsos de liberação do GnRH são estimulados 
pela norepinefrina, e inibidos pela dopamina, 
sendo que esses pulsos variam durante todo ciclo 
menstrual. Esse é um fator imprescindível para um 
ciclo normal (permite a variação do FSH e do LH, 
durante todo o ciclo menstrual): 
FASE FOLICULAR -> pulsos frequentes e de 
pequenas amplitudes; 
FASE FOLICULAR TARDIA -> aumento da frequência 
dos pulsos e da amplitude; 
FASE LÚTEA -> redução da frequência dos pulsos, 
com o aumento da amplitude destes; 
 
HIPÓFISE: É dependente do hipotálamo para realizar 
a sua atividade secretora, pois o GnRH que estimula 
a porção anterior dessa glândula (adeno-hipófise), 
para que ocorra a liberação de FSH e LH, pelas 
células basófilas da hipófise; 
A secreção pulsátil de FSH e LH é dependente da 
secreção dos esteroides ovarianos e caso haja 
administração crônica de estrogênios e 
progestagênios, o HHO fica bloqueado e, 
consequentemente, a ovulação também 
(mecanismo dos ACO). 
SOBRE O FSH E O LH: 
FSH -> Hormônio folículo estimulante, que se eleva 
já no final do ciclo anterior, por ser responsável pelo 
crescimento folicular (atua aumentando o número 
de receptores de FSH e de LH, nas células da 
granulosa; aumenta a síntese e a liberação de 
inibina e ativina); 
LH -> Hormônio luteotrófico, que é encontrado em 
[ ] baixas na fase folicular, e que se eleva no meio 
do ciclo, formando um pico -> responsável pela 
ovulação. 
**influências externas (de outros setores), podem alterar as perfeitas inter-
relações entre o eixo -> como tireoide, adrenais, tecido gorduroso, fígado, 
rins, Sistema Nervoso Central, entre outros. 
OVÁRIOS: Desde a 20ª semana de gestação os 
possuem cerca de 7 milhões de folículos primordiais 
(cada um contendo 1 oócito paralisado na fase 
diplóteno da prófase I da meiose, até que o 
processo de ovulação se inicie e caso ocorra 
fecundação – esse processo se completa, somente 
em caso de fecundação do oócito). Porém, até o 
nascimento, esse número de folículos primordiais se 
torna reduzido de 7 milhões, para 1 milhão. 
Até que a mulher esteja na fase da menacme, 
esses 1 milhão de folículos reduzem para cerca de 
400.000 e a cada ciclo menstrual, são convocados 
quase 1.000 folículos e quase todos passam por 
atresia, pois apenas 1 é destinado para a ovulação 
(na maioria dos casos). Com isso, durante toda a 
sua vida reprodutiva, a mulher ovula cerca de 400 
a 500 folículos. 
**A mulher já nasce com uma reserva ovariana definida (desde o útero 
ela já tem a quantidade certa de oócitos a serem ovulados). 
No geral, os ovários são divididos, funcionalmente 
em 3 compartimentos: 
FOLICULAR: Principal produto de secreção é o 
estrogênio (prepara o endométrio para a 
recepção do embrião – prolifera o endométrio – 
paciente em menacme tem glicogênio dentro da 
Faculdade Ciências Médicas MG // Saúde da Mulher I Luísa Trindade Vieira (@medstudydalu) – 72D 
célula vaginal – aumenta a espessura da parede 
vaginal – além disso, a paciente tem um corrimento 
semelhante a clara de ovo na fase ovulatória, que 
é propício para a passagem do esperma) e a 
inibina B (antes da ovulação, produzida pelas 
células da granulosa, com a função de inibir o FSH); 
CORPO LÚTEO: Principal produto de secreção é a 
progesterona (gera o aumento de secreção das 
glândulas -> endométrio secretor, inibe o 
peristaltismo tubário e aumenta a espessura do 
muco cervical, levando à um ambiente não 
propício para a passagem de mais esperma -> fase 
pós ovulatória) e a inibina A (após da ovulação, 
produzida pelo corpo lúteo, com a função de INIBIR 
o FSH); 
ESTROMA: Principais produtos de secreção são os 
androgênios (testosterona e androstenediona são 
precursores do estrogênio -> FSH estimula essa 
conversão – aromatização – que ocorre nas células 
GRANULOSAS por meio da enzima aromatase). 
FISIOLOGIA DO CICLO MENSTRUAL: 
São as alterações do final do ciclo anterior, que 
levam ao início do novo ciclo. 
Pode ser observado em relação ao endométrio e 
em relação aos ovarios: 
CICLO OVARIANO: 
Fase folicular: 
Fase variável, sendo que o objetivo final é a 
ovulação -> folículos escolhidos para que ocorra a 
ovulação (quando a paciente tem uma variação 
de ciclo menstrual, normalmente essa variação 
vem dessa fase -> recrutamento dos folículos para 
escolha do dominante). 
FASE INDEPENDENTE DO FSH -> É a menstruação, 
marcada como “fase inicial” -> leva a queda de 
progesterona, estradiol e inibina A. 
Nessa fase, temos o folículo primordial (1 camada 
de células laminares) e a posterior formação do 
folículo primário (organização das células da 
granulosa, responsável pela nutrição do folículo, em 
lâmina própria -> camada de células cuboides); 
 
FASE FSH DEPENDENTE -> Ocorre um feedback 
negativo pela queda da inibina A e dos outros 
hormônios -> hipófise volta a ter estímulo para a 
produção de FSH; 
FORMAÇÃO DO FOLÍCULO SECUNDÁRIO -> As 
células da granulosa se proliferam e ocorre a 
diferenciação do estroma em teca interna e teca 
externa; 
 
Com o retorno da produção do FSH e LH, ocorre o 
aumento da produção de estrogênio (teoria das 
duas células, duas gonadotrofinas -> LH estimula as 
células da teca a captar colesterol e produzir 
testosterona e androstenediona e o FSH estimula as 
células da granulosa a captar os androgênios e 
convertê-los em estrogênios, por meio da 
aromatização, realizada pela enzima AROMATASE); 
 
Diante dessa produção de estrogênio, pelas células 
granulosas, estimuladas pelo FSH, os folículos 
crescem e se tornam FOLÍCULOS PRÉ-ANTRAIS; 
 
Folículo continua crescendo e passa a ser 
chamado de FOLÍCULO ANTRAL, pelo surgimento 
de uma cavidade composta por fluido folicular 
(hormônios, fatores de crescimento e citocinas) 
 
FOLÍCULO PRIMORDIAL FOLÍCULO PRIMÁRIO 
FOLÍCULO SECUNDÁRIO 
FOLÍCULO PRÉ-ANTRAL 
FOLÍCULO ANTRAL 
Juntamente com o aumento de estradiol, temos o 
aumento da INIBINA B, que também é produzida 
pelas células da granulosa. Com a elevada 
concentração da inibina B, a hipófise passa por um 
processo de feedback negativo, e temos a queda 
de produção do FSH. 
Diante da queda do FSH, temos então a “escolha” 
do folículo dominante, que é aquele que mais 
possui receptores de FSH e que mais conseguiu 
aromatizar androgênio em estrogênios (por ele 
possuir mais receptores de FSH, ele consegue 
continuar crescendo e evoluindo, e os outros que 
não se desenvolveram tanto quanto o dominante, 
passam por um processo de ATRESIA). 
FOLÍCULO DOMINANTE depois de aumentado, e 
evoluído, se torna o FOLÍCULO PRÉ OVULATÓRIO 
(+/- 2cm); 
 
Nesse momento ocorre o FEEDBACK POSITIVO: Pico 
máximo de produção estradiol produzido pelas 
células da granulosa ([ ] acima de 200pg/ml, por 
um período superior a 50 horas), levando ao pico 
de gonadotrofinas -> PICO DE LH -> 10 a 12 horas 
depois desse pico, ocorre a ovulação. 
**Podemos afirmar que o estrogênio possui um efeito bimodal na hipófise: 
Sua alta leva à queda da produção de FSH e elevação da produção de 
LH. 
Para que a ovulação ocorra, há o aumento da 
contração das paredes do folículo, além da ação 
de enzimas proteolíticas degradam essas paredes, 
para a liberaçãodo óvulo. 
 
COM A OVULAÇÃO, TEMOS O INÍCIO DA FASE 
LÚTEA: 
Fase lútea: 
FASE CONSTANTE -> +/- 14 dias 
Corpo lúteo produz estrogênio, progesterona e 
inibina A, fazendo com que ocorra inibição 
hipofisária -> para que não tenha o recrutamento 
de novos folículos nesse período. Porém, com a 
inibição da hipófise, o corpo lúteo acaba ficando 
sem LH para o manter. 
 
Caso o corpo lúteo não seja fecundado, não há LH 
para o mantimento do corpo lúteo, fazendo com 
que haja queda desse hormônio, e 
consequentemente ocorre a degeneração do 
corpo lúteo -> COM ESSA DEGENERAÇÃO TEMOS: 
Formação do corpo Albicans e o início de um novo 
ciclo (queda da inibina A, leva ao retorno da 
produção de FSH pela hipófise); 
CICLO ENDOMETRIAL: 
FASE PROLIFERATIVA -> aumento do estrogênio leva 
à proliferação do endométrio para a ovulação (por 
isso que a menstruação para em algum momento, 
ou seja, quando começa o novo ciclo, ocorre a 
proliferação do endométrio, que leva à 
cicatrização desse tecido, que anteriormente 
estava descamado); 
FASE SECRETORA -> aumento da progesterona inibe 
os receptores de estrogênio e leva ao aumento das 
glândulas endometriais e de secreção destas, para 
favorecer a implantação do embrião, caso seja 
fecundado. 
 
FOLICULO DOMINANTE 
CORPO LÚTEO 
FASE PROLIFERATIVA FASE SECRETORA 
 
 
RESUMO CICLO MENSTRUAL:

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